Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

10/2/2025
1
AVALIAÇÃO E REABILITAÇÃO 
FUNCIONAL DA COLUNA 
VERTEBRAL
Jair Lopes, Me.,Cert.MDT
jairfisioterapia@gmail.com
CURRÍCULO
• Fisioterapeuta CBM - 2009
• Mestre em Ciências em Saúde – Programa 
Reabilitação e Desempenho Funcional pelo 
Faculdade de Medicina USP – RP
• Especialista em Ortopedia e Traumatologia –
Ênfase em Terapia Manual CBM – 2015
• Especialista em Dor- Ufscar 2020
• Especialista em Fisiologia do exercício - Ufscar
2024
• Certificado MDT
• Certificação em Clinical Neurodynamics -
Neurodynamics Solutions
• Certificação Maitland Concept 
• Certificação Mulligan Concept 
• Certificação Sistemas de Classificação de 
Subgrupos TBC
• Certificação Estabilização Segmentar Cervical e 
Lombar, Estabilização Segmentar Dinâmica.
• Fisioterapeuta Revitalle.
Conteúdo Programático
Teórico
Módulo 1: A Base do Raciocínio Moderno
Módulo 2: Avaliação e Testes Diagnósticos
Módulo 3: Terapia Manual para o Quadrante Superior
Módulo 4: Neurodinâmica e Exercícios para o Quadrante Superior
Módulo 5: Desvendando a Coluna Lombar e Pelve
Módulo 6: Terapia Manual para o Quadrante Inferior
Módulo 7: O Pilar do Tratamento - Exercício Terapêutico
Módulo 8: Integração Final - Raciocínio Clínico em Casos Complexos
• Conteúdo prático
• Laboratório de Avaliação Cervical: Prática supervisionada e intensiva do Cluster de
Wainner e do Teste de Flexão-Rotação Cervical para diagnóstico diferencial de
radiculopatias e cefaleia cervicogênica.
• Prática de Terapia Manual para o Quadrante Superior:
• Baixa Velocidade: Prática de mobilizações articulares para a coluna cervical
inferior e torácica.
• Alta Velocidade (Thrust): Introdução e prática supervisionada de técnicas de
manipulação para a coluna torácica (DOG)
• Prática de Neurodinâmica e Exercícios para o Quadrante Superior:
• Neurodinâmica: Avaliação para o nervo Mediano.
• Exercícios Terapêuticos: Ativação e progressão dos flexores profundos do pescoço e
da musculatura da cintura escapular.
10/2/2025
2
• Conteúdo prático
• Laboratório de Avaliação Lombo-Pélvica: Prática do Cluster de Laslett
(sacroilíaca), Prone Instability Test (instabilidade) e avaliação da Preferência
Direcional (McKenzie) para classificação do paciente.
• Prática de Terapia Manual para o Quadrante Inferior:
• Baixa Velocidade: Prática de mobilizações para a coluna lombar.
• Alta Velocidade (Thrust): Prática da manipulação lombar em rotação (“lumbar
roll").
• Laboratório de Exercícios - Construindo Progressões: Criação e demonstração,
em grupo, de programas de exercícios progressivos para diferentes perfis de
pacientes.
• Prática de Raciocínio Clínico Integrado ("O Desafio Clínico"): Resolução em
grupo de casos clínicos complexos e multirregionais, com desenvolvimento de
um plano de tratamento completo e apresentação da estratégia.
FUNDAMENTOS, AVALIAÇÃO AVANÇADA 
E QUADRANTE SUPERIOR
Qual seu maior desafio clínico hoje com 
pacientes com dor na coluna?
1a causa de incapacidade
291 condições 
Impacto Global
▪ Sintoma x Doença
▪ Experiência universal na população adulta
▪ 58% buscam tratamento 
▪ Multifatorial 
 
(Maher et al, 2017)
Dor Lombar
10/2/2025
3
Maior custo em tratamento do planeta
• Exames de imagens 
• Injeçoes epidurais
• Medicação 
• Cirurgia
EUA = U$ 30 bilhões
Austrália= U$ 9 bilhões 
(Maher et al, 2017)
Impacto Financeiro
O que é a desmedicalização 
da dor lombar ?
Desmedicalização
Redução dos 
serviços médicos 
10/2/2025
4
▪Estima-se que 15 milhões de pessoas em todo mundo são medicadas com opióides
▪69.000 morrem por overdose de opióides / ano
▪Fisioterapeutas podem ter um papel-chave no tratamento tanto quanto na prevenção da
dor crônica
10/2/2025
5
• Somente 7% que são consultados por clínicos 
gerais recebem Fisioterapia dentro de 90 dias 
após início dos sintomas. 
• Fisioterapia Precoce dentro da 1a a 4a 
semana após início dos sintomas resulta em 
bons resultados, reduz custos adicionais (U$ 
2800 a menos) e diminui o risco de desenvolver 
dor crônica e incapacidade. 
▪ 14 estudos / 13 (dor lombar) - 4 ECRs
▪ Fisioterapia Precoce está associada com menor custo total, devido a
menos diagnóstico e intervenções como medicações, exames de
imagens, injeções e cirurgia comparada com Fisioterapia Tardia
O paradigma biopsicossocial
Há claramente uma limitação nas intervenções 
com modelo biomédico – foco na estrutura limita 
o enfrentamento de um problema multifatorial 
como a dor lombar.
10/2/2025
6
10/2/2025
7
Por que avaliar 
outras 
dimensões ?
10/2/2025
8
10/2/2025
9
Fisioterapeuta pode e deve ser visto como aquele que trata a 
alteração no movimento e na função que podem estar alterados 
pelos aspectos psicossociais. 
)Nbjo!f !Hfpshf !-!3122*
Fisioterapeuta pode e deve ser visto como aquele que
trata a alteração no movimento e na função que podem
estar alterados pelos aspectos psicossociais.
Vencer as barreiras 
psicossociais e 
modificar crenças e 
comportamentos são 
tão importantes quanto 
qualquer outra 
intervenção de natureza 
física
• Para vencer as barreiras psicossociais é 
preciso saber quem são, o que são, onde 
estão e o que fazer com elas?
Catastrofização
Configuração mental negativa 
e exagerada para sustentar uma 
experiência dolorosa atual ou 
antecipada
Resposta cognitiva-emocional 
negativa
10/2/2025
10
Grande responsável 
pelo desenvolvimento 
de pensamentos 
catastróficos 
é a linguagem 
nocebo!!! 
Comunicação inadequada e 
irracional tem um efeito 
devastador
Eu?
10/2/2025
11
SIM, VOCÊ 
E EU 
TAMBÉM ! 
VOU ABRIR MEU EXAME E 
FAZER O DIAGNÓSTICO 
NO GOOGLE !
Catastrofização prediz nível de intensidade de dor e incapacidade e 
media eficácia de tratamento em muitos estudos. 
Presença de catastrofização deve ser considerada em pacientes 
com dor lombar persistente. 
Nível de 
Evidência 
1 
Catastrofização prediz nível de intensidade de dor e incapacidade 
em média eficácia de tratamento em muitos estudos.
Presença de catastrofização deve ser considerada em pacientes 
com dor lombar persistente.
Evidência 1A
10/2/2025
12
Medo relacionado a dor e lesão
Cinesiofobia
▪ 1983: Relação medo e dor é descrita pela 1ª vez por Lethem et al. 
▪ 1990: Termo cinesiofobia é empregado por Kori et al. como uma nova visão para 
comportamentos na dor crônica 
)Mfui f n !f u!bm-!2: 94Cefaléia 
Alodinia pescoço 
Dor no joelho 
Dor na face 
Tontura 
Instabilidade postural
Eu não estou certa de que vou me recuperar 
Eu devo ter alguma coisa realmente muito séria 
Meu joelho está degenerando Afetividade negativa
Eu não compreendo todos estes diagnósticos 
Meu namorado não acredita em minha dor 
Me sinto muito infeliz 
Se eu não estivesse indo tão rápido isso não 
teria acontecido comigo
Informação ameaçadora
Meu médico disse que tenho hernia de disco e que não 
devo pegar peso com os braços 
O primeiro fisioterapeuta disse que eu tenho uma 
instabilidade cervical 
O segundo fisioterapeuta disse que eu tenho uma lesão 
articular e trigger points 
Internet: hernia discal cervical pode causar quadriplegia 
Tratamento Fisioterapêutico tem 
agravado minhas lesões do 
pescoço 
Dor significa que eu tenho uma 
lesão séria
Tenho que ser cuidadosa para 
subir escadas 
Quando acordo eu começo a 
pensar na minha dor
Eu decidi repousar 
Eu devo mover meu pescoço 
muito cuidadosamente 
Eu não devo subir e descer 
escadas
Estou muito infeliz 
Eu não levanto meus braços 
Eu não frequento minhas aulas 
Eu tenho rejeitado um emprego oferecido 
Eu não posso fazer as coisas que eu gosto
10/2/2025
17
Abordagem baseada em 
mecanismos de dor
• Por que pacientes 
com o mesmo 
diagnóstico podem 
apresentar 
sintomas tão 
diferentes ?
6 fatos sobre 
dor 
• A dor é sempre uma experiência 
pessoal que é influenciada em 
vários graus por fatores 
biológicos, psicológicos e sociais.
• Dor e nocicepção são fenômenos 
diferentes. A dor não pode ser 
inferida apenas da atividade dos 
neurônios sensoriais.
• Através de suas experiências de 
vida, os indivíduos aprendem o 
conceito de dor.
• O relato de uma pessoa de uma 
experiência como dor deve ser 
respeitado. 
• Embora a dor geralmente tenha 
um papel adaptativo, ela pode 
ter efeitos adversos na função e 
no bem-estar social e psicológico. 
• A descrição verbal é apenas um 
dos vários comportamentos para 
expressar dor; a incapacidade de 
se comunicar não nega a 
possibilidade de que um ser 
humano ou um animal não 
humano sinta dor.
• IASP, 2021
10/2/2025
18
• Mecanismos patobiológicos no processamento
de dor requerem avaliação e prescrição de
exercícios de forma apropriada.
• Embora mecanismos sejam avaliados
individualmente (e podem estar sobrepostos),
os tratamentos podem multimodais podem
maximizar os efeitos do tratamento.
Chimenti, Frey-law, Sluka, 2018
Definição
• O termo “mecanismo de dor” é utilizado para
delimitar fatores que podem contribuir para o
desenvolvimento, manutenção, ou melhora da
dor. Ainda podem ocorrer de forma cíclica em
reação a dor.
• Comum em tratamentos farmacológicos mas
ainda não clinicamente.
Chimenti, Frey-law, Sluka, 2018
• Início, manutenção e percepção da dor podem ser
influenciada por fatores biológicos, psicossociais
e/ou relacionado a fatores do sistema de
movimento.
Chimenti, Frey-law, Sluka, 2018
10/2/2025
19
Definição dos mecanismos de dor (IASP)
Nociceptiva Dor que surge de real ou ameaçada dano
ao tecido não neural e é devido ao ativação
de nociceptores
Neuropática Dor causada por uma lesão ou doença do
sistema nervoso somatossensorial
Nociplástica Dor que surge da nocicepção alterada,
apesar de não haver evidência clara de
dano tissular real ou ameaçado causando a
ativação de nociceptores periféricos ou
evidência de doença ou lesão do sistema
somatossensorial causando a dor.
IASP, 2021 Chimenti, Frey-law, Sluka, 2018
Dor nociceptiva
• Dor localizada na área de lesão/disfunção
• Clara natureza mecânica /anatômica proporcional ao agravante e
fatores de atenuação
• Normalmente intermitentes com provocação mecânica;
• Pode ser maçante ou latejante em repouso
sensibilidade 90,9% / especificidade 91 %
Dor nociceptiva
• Ausência associação com: outras disestesias; dor noturna / sono
perturbado; Posturas antálgicas / padrões de movimento
• Dor diversamente descrita como queimação, penetrante, afiado ou
tipo choque elétrico '.
10/2/2025
20
Dor neuropática
• Dor referida dermatomal ou distribuição cutânea
• História de lesão nervosa, patologia ou comprometimento
mecânico
• Dor/sintomas provocados por movimentos (testes neurodinâmicos; 
movimentos ativos/passivos) que movem, comprimem ou colocam 
carga no trato neural
sensibilidade 86,3% / especificidade 96 %
Dor nociplástica
• Dor desproporcional , não mecânica, de padrão imprevisível quanto
a provocação em resposta a fatores agravo/alívio
múltiplos/inespecíficos
• Dor desproporcional à natureza e extensão da lesão ou patologia
sensibilidade 91,8% / especificidade 97,7 %
Dor nociplástica
• Forte associação com fatores psicossociais mal adaptados
(emoções negativas, baixa autoeficácia, crenças inadequadas e
comportamentos dolorosos
• Difusa / áreas de dor não anatômicas / sensibilidade à palpação
sensibilidade 91,8% / especificidade 97,7 %
Como a sensibilização pode conduzir 
a dor ?
Chimenti, Frey-law, Sluka, 2018
10/2/2025
21
Variabilidade diante da 
sensibilização
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
Manejo da dor não farmacológico e 
farmacológico
Abordagem do sistema de 
movimento
10/2/2025
22
“Um passo crítico para o futuro da profissão é o 
desenvolvimento de categorias de diagnóstico”
“Classificação de sinais e sintomas que possam ser 
identificados no exame pelo fisioterapeuta”
QUAIS FORAM AS EXPERIÊNCIAS COM 
DOR CRONICA ?
Dizziness
Diplopia
Dysartria (disartria)
Dysphagia (disfagia)
Drop attacks
Numbness
Náusea
Nistagmo
SCREEN CERVICAL
Coman,1986
RED FLAGS
• Mielopatia Cervical
• Neoplasias
• Insuficiência Ligamentar - Cervical Alta
• Insuficiência Vertebro-Basilar / Disfunção 
Arterial Cervical
Childs,2004
10/2/2025
23
MIELOPATIA CERVICAL
• Compressão da medula
cervical
• Predominantemente
decorrente de uma pressão
na região anterior com
isquemia, resultado de
herniações discais anteriores,
osteófitos, ossificação do
ligamento longitudinal
anterior ou estenose.
Kong et al, 2013
CARACTERÍSTICAS E 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
• Grande variedade de sinais e sintomas.
• Insidiosa e lenta
• 5 e 6 década
• Não necessariamente dolorosa, com diagnóstico tardio
• Parestesia, incoordenação, dor nas mãos
• Redução das capacidades motoras finas
• Perda de força, hipotrofia dos interósseos
Boos; Aebi, 2008
CARACTERÍSTICAS E 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
• Redução da extensão cervical
• Dor no ombro, escapular
• Parestesia em uma ou ambas mãos/ braços
• Sinais de radiculopatia
• Ataxia
• Hiperreflexia patelar e Aquileu
• Clônus, Babinski, Hoffman
• Distúrbios urinários
Boos; Aebi, 2008
RADICULOPATIA vs
MIELOPATIA
Boos; Aebi, 2008
10/2/2025
24
MIELOPATIA CERVICAL
Cluster diagnóstico
• Distúrbios na marcha
• + teste Hoffmann
• Sinal do supinador invertido
• +teste Babinski
• Idade maior que 45 anos
• 4/5 sinais > 94%
Cook et al., 2010
MIELOPATIA CERVICAL
MIELOPATIA CERVICAL
• Não há consenso sobre o manejo em formas
leve e moderada da doença
• Tratamento conservador (AInEs e fisioterapia)
podem apresentar melhora na variável dor.
• Condição degenerativa e progressiva, lenta e
continuada perda neurológica poderá ocorrer.
Boos; Aebi, 2008
Tratamento cirúrgico não melhor que conservador no follow-up de 2 anos
10/2/2025
25
NEOPLASIAS
• Pequena causa no total das
dores vertebrais
• Comumente metástases de
vísceras
• Raros osteosarcomas (mais
comum em jovens)
• Instabilidade vertebral e
comprometimento neurológico
são os problemas principais dos
afetados.
Ciftdemir et al., 2016
NEOPLASIAS
Boos; Aebi, 2008
INSUFICIÊNCIA VÉRTEBRO-
BASILAR / DISFUNÇÃO 
ARTERIAL CERVICAL
• Termo que se refere a
redução transitória ou
permanente do fluxo
sanguíneo nos tecidos
neurais e não neurais em
cabeça e pescoço
• Aterosclerose / Dissecção
arterial / vasoespasmo
INSUFICIÊNCIA VÉRTEBRO-
BASILAR / DISFUNÇÃO 
ARTERIAL CERVICAL
Apresentações
• Amplitude cervical dolorosa• Disfunções dos nervos 
cranianos
• Disfunção nervosa do sistema 
simpático, como na síndrome 
de Horner
• Cegueira
• AVE
• Morte
10/2/2025
26
DISSECÇÃO ARTERIAL ATEROESCLEROSE
DISFUNÇÃO ARTERIAL 
CERVICAL
Fatores de risco associados com aumento das doenças da
carótida interna ou verterbro-basilar coletados na história
do paciente
• História de trauma passado na cervical/ vasos cervicais
• História de migrânea
• Hipertensão
• Hipercolesteremia/ hiperlipidemia
• Doenças cardíacas, vasculares, AVE prévio ou AIT
• Diabetes mellitus
Arnold; Bousser, 2005; Kerry et al, 2008
DISFUNÇÃO ARTERIAL 
CERVICAL
• Distúrbios de coagulação (hiperhomocisteinemia)
• Uso de anticoagulantes
• Uso prolongado de esteroides
• Fumante
• Infecção recente
• Pós parto imediato
• Ausência de plausibilidade para explicação
mecânica dos sintomas do paciente
• Traumas triviais cervical ou cabeça (Haneline; Lewkovich, 2005; Thomas et 
al, 2011) 
Arnold; Bousser, 2005; Kerry et al, 2008
10/2/2025
27
DISFUNÇÃO ARTERIAL 
CERVICAL
• Ocorrência rara em técnicas de terapia manual,
essencialmente em técnicas que envolvem
rotação
DISFUNÇÃO ARTERIAL 
CERVICAL
DISFUNÇÃO ARTERIAL 
CERVICAL
Componentes
• Pressão arterial
• Teste de integridade ligamentar
• Exame neurológico (incluindo nervos cranianos)
• Testes posicionais
• Palpação da artéria carótida
• Diagnóstico impreciso
TESTE POSICIONAL
• Rotação cervical sustentada
1. Paciente é posicionado deitado.
2. A cabeça é colocada em extensão, e posteriormente 
em leve inclinação lateral
3. Mantida por 10 segundos
4. Repetida no lado oposto.
5. Teste positivo quando há presença de tontura, 
diplopia, disartria, disfasia, desmaio, náusea e 
nistagmo.
Cook et al., 2013
10/2/2025
28
TESTE POSICIONAL
• Se houver sintomas, o terapeuta deverá elevar
a perna do paciente para aumento do fluxo
cerebral e aguardar a recuperação
Pobre 
relevância 
clinica
TESTE POSICIONAL
• Wallenberg’s Position (Extensão e Rotação)
1. Paciente é posicionado sentado.
2. A cabeça é rodada para um lado, seguida de extensão
3. Mantida por 30 segundos
4. Repetida no lado oposto.
5. Teste positivo quando há presença de tontura, diplopia, disartria, disfasia, 
desmaio, náusea e nistagmo.
Cook et al., 2013
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Maitland,2005
10/2/2025
29
INSUFICIÊNCIA LIGAMENTAR -
CERVICAL ALTA
Robusto complexo ligamentar
• Instabilidade
• Cefaléia occipital e formigamento
• Limitação severa na ADM ativa em todas as
direções
• Sinais de mielopatia cervical
Childs et al., 2004
Terapia Manual Ortopédica
MOBILIZAÇÃO
MANIPULAÇÃO
EDUCAÇÃO DO 
PACIENTE
EXERCÍCIO 
TERAPÊUTICO
Terapia Manual Ortopédica
• Kaltenborn-Evjenth, Cyriax, 
McKenzie, Grimsby, Paris, 
Mennel, Mulligan, Maitland...
“Objetivo de qualquer conceito 
de Fisioterapia Manipulativa é 
identificar disfunções / 
desordens do movimento e a 
partir das intervenções 
maximizar o potencial para o 
movimento !”
Terapia Manual
• “Aplicação de força
mecânica ao exterior do
corpo com intuito
terapêutico,
frequentemente como
parte do tratamento de
controle da dor, cuidados
de reabilitação ou
promoção do bem-estar
geral e prevenção de
doenças.”
NHI, 2023
Tecidos moles
Mobilização articular
Manipulação articular
10/2/2025
30
62 estudos; 35 eram Revisões sistemáticas; 36 com 
apropriadas para qualidade e risco de viés
• Revisões de qualidade moderada suportaram mudanças neurovasculares, neurológicas e
de neurotransmissores/neuropeptídeos.
• Revisões de baixa qualidade apoiaram mudanças neuroimunes, neuromusculares e
neuroendócrinas.
• Revisões de qualidade criticamente baixa suportaram mudanças biomecânicas.
MOBILIZAÇÃO E 
MANIPULAÇÃO
• Utilizadas com objetivo de restabelecer a
artrocinemática e consequentemente, a
osteocinemática.
• Técnicas de terapia manual que consiste em um
contínuo habilidoso movimento passivo em
articulações e/ou nos tecidos moles que são
aplicados em variáveis velocidade e amplitudes,
incluindo movimento de pequena amplitude e
alta velocidade
Guide to Physical Therapist Practice,2003
EFEITOS DA TERAPIA MANIPULATIVA
Analgesia 
e aumento 
ADM
Mecânicos Neurofisiológicos
EFEITOS MECÂNICOS
1. Liberação de sinóvia e plicas aprisionadas;
2. Relaxamento de músculos hipertônicos;
3. Ruptura de adesões articulares e
periarticulares;
4. Restauração da apropriada posição articular
em repouso;
5. Restauração da amplitude de movimento
fisiológica que estaria “presa” ao final da
ADM.
Evans, 2002; Shekelle, 1994
10/2/2025
31
EFEITOS MECÂNICOS EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS
• Hipoteticamente:
✓ Respostas a opióides endógenos (Vernon et al 1986);
✓ Ocorrem alterações na ativação do corno dorsal da coluna
(Malisza et al 2003);
✓ Mecanismos nervosos periféricos ativados pela
mobilização e manipulação gerariam um efeito de contra
irritação através de mecanismos medulares (Pickar;Wheeler, 2001;
Malisza et al 2003, Boal; Gillette 2004)
EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS
• Hipoteticamente:
✓ Melhoras dos resultados de componentes de saúde
mental gerais (Williams et al 2007)
✓ Mobilização e manipulação podem reduzir as repostas
medulares através de inibição descendente
supraespinhal pelo do córtex cingulado anterior,
amigdala, substância cinzenta periaqueductal e medula
rostral ventromedial (Hsieh et al 1995, Vogt et al 1996, Derbyshire et al 1997,
Iadarola et al 1998, Peyron et al 2000, Moulton et al 2005, Guo et al 2006, Bee;Dickenson
2007, Oshiro et al 2007, Staud et al 2007).
10/2/2025
32
TERAPIA MANUAL É JANELA PARA O 
EXERCÍCIO ATIVO !
DOR CERVICAL
Impacto socioeconômico,
prevalência, avaliação e
tratamento
IMPACTO SOCIOECONÔMICO
• Segunda queixa mais comum entre desordens musculoesqueléticas
• Prevalencia entre 16,7 a 75,1 % no mundo
• 45% a 54% ao menos uma vez ao ano.
• 28.401.000 (13,8% da população) maior de 18 anos nos EUA reportaram
ter dor cervical (NCHS e NHIS,2002)
• 50% - 75% dos indivíduos terão no mínimo 1 x na vida.
• Aproximadamente 25% dos pacientes buscam tratamento fisioterapêutico
nos EUA.
• 44% dos pacientes desenvolverão sintomas crônicos.
Shekelle et al.,1995; Fejer et al., 2006; Cote;Cassidy;Carroll,1998; Jette;Delitto, 1997
10/2/2025
33
Malchaire et al., 2001
Multifatorial
Ergonômicos
Fatores individuais
Ansiedade/satisfação com trabalho
Idade
Comportamento
10/2/2025
34
• Prevalência de 20,3% com associação de viuvez
ou divorciados, baixa renda, baixo nível
educacional, trabalho na posição sentada, duas ou
mais doenças.
DOR CERVICAL
SINTOMA x DOENÇA
Mobilidade Coordenação Cefaléia Dor irradiada
Tentando por subgrupos...
Variabilidade
CLASSIFICAÇÃO MDT
DESARRANJO
Consistência
DISFUNÇÃO
Amplitude final
POSTURAL
OUTROS
10/2/2025
35
Cholewicki et al, 2019
AVALIAÇÃO
EXAME 
SUBJETIVO
PLANEJAMENTO 
DO EXAME 
FISICO
EXAME FÍSICO TRATAMENTO
Nota : Avalição e raciocínio clinico são intrinsicamente ligados
ESTRUTURADO E ORDENADO
AVALIAÇÃO
Avaliação Analítica ( forma de pensar)
Avaliação e reavaliação
EXAME TRATAMENTO
Os achados batem ?
10/2/2025
36
EXAME SUBJETIVO
Quando ?
Como ?
Constante ou intermitente ?
Movimento comparável ?
Trauma ?
Sinais de IVB ?
Irradiada ou local ?
Fatores agravantes e amenizantes
Escala de dor e Neck Disability Index
Fatores emocionais
EXAME SUBJETIVO
• Mapa corpóreo
EXAME SUBJETIVO
• Escalas de dor
• MCDI é 1,3 a 2,0
Clealand et al., 2008
Exame de imagem
• Sensibilidade 99,4%
• Especificidade 45,1%
Stiell et al, 2003
10/2/2025
37
EXAME FÍSICO
✓Observação
✓Exame neurológico
✓Movimento fisiológico ativo e passivo
✓Movimento acessório
✓Movimento repetido
✓Exame do controle motor
✓Exame do comprimento muscular
✓Palpação
✓Exame de marcha
OBSERVAÇÃO
• Posição em pé
• Posição da cabeça
• Curvaturas vertebrais
• Trofismo muscular
• Posição em repouso da escápula
EXAME NEUROLÓGICO
Força e potência muscular
Sensibilidade
Reflexos
Testes neurodinâmicos
Deve ser realizado em todos os pacientesMIÓTOMOS
Nível Movimento
C3 Flexão e inclinação lateral cervical
C4 Elevação dos ombros
C5 Abdução dos ombros
C6 Flexão de cotovelo e extensão do punho
C7 Extensão do cotovelo e flexão do punho
C8 Abdução do polegar
T1 Abdução dos dedos
Fernández-de-las-Peñas, Clealand, Dommerholt, 2016
10/2/2025
38
DERMATOMOS DERMATOMOS
EXAME NEUROLÓGICO
• Sensibilidade: Toque suave, sensibilidade
tátil, térmica e discriminatória
EXAME NEUROLÓGICO
BICIPITAL C5-C6 
TRICIPITAL C6-8 
PATELAR L4-L5
AQUILEANO S1-S2
10/2/2025
39
QUAIS SÃO AS FERRAMENTAS 
DA TM?
MOBILIZAÇÃO ARTICULAR
MANIPULAÇÃO ARTICULAR
NEURODINÂMICA CLÍNICA
MOVIMENTO REPETIDO
EXERCICIO TERAPEUTICO
EDUCAÇÃO 
MOVIMENTO ACESSÓRIO 
PASSIVO
• Pressão póstero – anterior (PA) central
MOVIMENTO ACESSÓRIO 
PASSIVO
• Pressão póstero – anterior (PA) unilateral
MOVIMENTO ACESSÓRIO 
PASSIVO
10/2/2025
40
RADICULOPATIA
• Anormalidade da raiz nervosa originada na 
coluna cervical.
• 3,3 a 83,2 / 1000 pessoas, mais comum em 
mulheres
• Bloqueio da condução em axônios sensoriais 
resulta em parestesia, enquanto em axônios 
motores resulta em fraqueza muscular
Polston 2007, Wainner et al., 2003 Radhakrishnan et al.,1994 
RADICULOPATIA CERVICAL
• C7( 60%) e C6 (25%) são as raízes mais afetadas
• Jovens – herniação discal (20 a 25%) ou trauma
• Idosos – Osteofitose, redução da altura discal, 
condições degenerativas articulares
• Fatores de risco: Trabalho manual com carregamento 
maior que 11,3 kgs, fumantes, operadores de máquinas
que vibram.
Murphey , Simmons , Brunson , 1973; Bogduk , Twomey , 1991; Shelerud, Paynter, 
2002;Soubrier, Dubost, Tournadre et al., 2002 
10/2/2025
41
TESTE DE SPURLING
• Teste de Compressão Cervical
1. Paciente assume a postura
sentado com a cervical em
neutro e os sintomas em repouso
são avaliados.
2. O paciente é orientado a inclinar
a cabeça para o lado dos
sintomas. Se a dor radicular
surgir, o teste é positivo
3. Se não há sintomas até este
momento, o terapeuta aplicada
uma compressão associada com
inclinação lateral para o lado
sintomático. Se a dor radicular
aparecer, o teste é positivo.
Cook et al., 2013
TESTE DE DISTRAÇÃO
1. Paciente assume a postura
supino e os sintomas em repouso
são avaliados.
2. O terapeuta posiciona a mão no
queixo e a outra na região
suboccipital
3. Uma tração é aplicada e os
sintomas são reavaliados.
4. As referências de dor são
checadas.
5. Se houver redução dos sintomas
o teste é positivo. Cook et al., 2013
TESTE NEURODINÂMICO 
MEDIANO 1 - MNT1
Posição paciente – supino, ombro suportado na
maca, sem travesseiro. Ensine a inclinação
lateral.
Posição mãos
• Mão proximal acima do ombro, como fulcro;
cotovelo esticado.
• Mão distal – pistol grip
10/2/2025
42
MNT1
• Posição inicial - braço
ao lado do corpo,
cotovelo 90º de flexão,
punho neutro.
MNT1
• Abdução do ombro (90
a 110º) – não deprima a
escápula.
MNT1
• Rotação externa do ombro.
MNT1
• Supinação do antebraço / extensão punho e
dedos
10/2/2025
43
MNT1
• Extensão do cotovelo
MNT1
• Diferenciação estrutural – Inclinação
contralateral.
ADM ROTAÇÃOSISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO
• 5 grupos compunham
a proposta oficial de
organização
• Nomes adaptados
para nomenclatura
atual
TERMINOLOGIA
Original (Childs et al., 2004) Adaptada (Olson, 2009)
• Mobilização
• Centralização
• Tolerância ao exercício 
graduado e 
condicionamento
• Controle da dor
• Cefaléia
• Hipomobilidade cervical
• Dor discogênica e 
Radiculopatia cervical
• Instabilidade clínica
• Dor aguda
• Cefaléia cervicogênica
10/2/2025
51
HIPOMOBILIDADE CERVICAL
Achados do exame Intervenção proposta
• Restrição da ADM ativa
• Restrição ADM passiva
cervical ou torácica alta
• Sem sintomas radiculares
• Súbita ou gradual
aparecimento
• Exercícios de amplitude
movimento
• Mobilização cervical e
torácica
• Manipulação
Olson, 2009
RADICULOPATIA CERVICAL
Achados do exame Intervenção proposta
• Teste de Spurling positivo
• Teste de distração positivo
• Teste neurodinâmico 1
positivo (mediano)
• Rotação menor que 60º para
mesmo lado
• Tração cervical
• Mobilização neurodinâmica
• Manipulação torácica
• Exercícios posturais
Olson, 2009
INSTABILIDADE CLÍNICA
Achados do exame Intervenção proposta
• História remota de trauma
• Sintomas provocados pela
sustentação de carga
• Sintomas aliviados em posição
sem carga
• Hipermobilidade com perda da
sensação final dos segmentos
cervicais médios
• Fraqueza estabilizadores cervicais
(2/5)
• Movimentos aberrantes
• ADM maior em supino do que
sentado
• Educação postural
• Programa de estabilização
segmentar
• Mobilização ou manipulação nos
níveis ademais dos hipermoveis
• Correções ergonômicas
Olson, 2009
DOR AGUDA ( inclui chicote)
Achados do exame Intervenção proposta
• Altos índices de
incapacidade (escalas) e dor
• História recente de trauma
• Sintomas referidos para o
quadrante superior
• Baixa tolerância ao exame e
intervenções
• Exercícios de amplitude de
movimento ativo gentis na
tolerância do paciente
• Repouso relativo
• Modalidade analgésicas
• Uso intermitente do colar
• Terapia manual gentil e
exercícios sem evocação de
sintomas
Olson, 2009
10/2/2025
52
CEFALÉIA CERVICOGÊNICA
Achados do exame Intervenção proposta
• Dor de cabeça unilateral
precedida de dor cervical
• Dor de cabeça disparada por
posições ou movimentos do
pescoço
• Dor de cabeça elicitada por
pressão posterior do
pescoço, especialmente do
terço superior cervical
• Mobilizações/manipulações
cervical e torácica
• Fortalecimento do pescoço e
dos músculos posturais
• Educação postural
Olson, 2009
FUNDAMENTOS, AVALIAÇÃO AVANÇADA 
DO QUADRANTE INFERIOR
Dor Lombar
Específica e Inespecífica
Dor Lombar Específica
Fonte patológica é identificada em menos de 15% dos casos
▪ Câncer - 0,7% 
▪ Fratura de compressão - 4%
▪ Infecção (discite) - 0,01%
▪ Síndrome da Cauda Equina – 0,04%
▪ Radiculopatias - 10%
▪ Estenose vertebral - 3%
▪ Espondilite Anquilosante - 0,3% 
(Stetts e Carpenter, 2014; Finucane et al., 2020)
10/2/2025
53
▪Quando a causa patoanatômica de dor não pode ser determinada
▪ Prevalência 18 a 30%
▪Mais comum em mulheres (buscam mais tratamento)
▪Mais comum : 40-69 anos
▪ Países desenvolvidos
Dor Lombar Inespecífica
(Maher et al,2017) 
▪ 76% reportam episódios prévios 
▪ 80% apresentam dor de intensidade moderada a muito severa
▪ 76% a dor produz uma interferência moderada a severa nas funções 
diárias 
▪ Muitos relatam problemas para lidar com a dor e estão preocupados 
com o risco de perpetuação 
Dor Lombar Inespecífica Fatores de Risco 
(Steffenns et al,2015) 
Físicos 
• Levantar algo de modo desajeitado ou distraído
• Carga e número de levantamentos 
• História prévia de dor lombar (novos episódios mais comuns pela manhã e 
em casa (80%)
Psicológicos 
• Fadiga 
• Sentimentos depressivos
Estilo de vida 
• Tabagismo 
• Obesidade
Social 
• Insatisfação com trabalho 
• Falta de apoio social 
10/2/2025
54
Preditores de Recorrência 
*
HR= 1 é referência 
HR 1 causa dano (no caso, recorrência 
da dor)
* HR medida de risco que leva em conta o aspecto cronológico / tempo de exposição 
Awkward Posture* 
*Refere-se a posições do corpo que desviam significativamente da
posição “neutra” enquanto realiza atividades ocupacionais
Prevenção
Exercício e Educação reduzem o risco 45% 
Exercício sozinho reduzem o risco em 35% 
Sem especificidade para o exercício
Educação do Paciente
10/2/2025
55
Educação do Paciente
Curso Natural
Aguda x Persistente 
▪Cursos diferentes
▪Dor lombar aguda: resolução completa em 4-6 semanas (super-
estimado?)
• 72% levam 1 ano para recuperarem completamente, 33% tiveram recorrência no
ano seguinte
▪ Dor Persistente: prognóstico ruim com recuperação improvável (sub-
estimado?)
• 42% se recuperam em 12 meses
Fatores associados com 
resultados ruins 
(Hayden et al,2009) 
▪ Incapacidade alta
▪ Presença de ciática
▪ Idade avançada
▪ Saúde geral ruim
▪ Sofrimento psicossocial
▪ Cognição negativa
▪ Relacionamento pobre com colegas de trabalho
▪ Alta demanda ocupacional
▪ Presença de reinvidicações trabalhistas
10/2/2025
56
Red Flags
Coluna Lombar
• Clínicos devem considerar 
encaminhamento do paciente 
para tratamento médico 
quando paciente apresenta red 
flags e comorbidades não 
amenizadas ou que não estão 
sendo controlados com 
intervenções fisioterapêuticas.
(Finucane et al., 2020)
✓ Somente 1% de todas as apresentações musculoesqueléticas na
atenção primária são devido a uma patologia séria.
✓ Apesar da baixa prevalência, devem ser consideradas como
diagnóstico diferencial pelo fisioterapeuta
10/2/2025
57
n= 41320 paciente (22 estudos)
2,5 - 5,1
Alta prevalência comparado a serviços de atenção primária
2 a 5 x +
✓ Identificar patologias sérias precocemente é muito importante por
diversas razões:
▪ Melhor prognóstico com diagnóstico precoce
▪ Tolerância maior do paciente ao tratamento
▪ Resultados são melhores
▪ Melhor qualidade de vida
(Finucane et al., 2020)
Reconhecer patologias sérias é desafiador porque 
geralmente mimetizam condições musculoesqueléticas, 
particularmente em estágios iniciais da doença 
COMPLEXO
Red Flags são usadas para ajudar 
clínicos a identificar patologias 
vertebrais sérias e a maioria dos 
guidelines recomendam seu uso 
(Dellito et al., 2012; Bernstein et al, 2017; Blanpied et al,2017)
10/2/2025
58
Termo foi usado pela 1º vez em 1994 
Clinical Standards Advisory Group (Reino Unido)
Comissão para promover reformas e melhorias na Saúde
Marcadores de ALTO RISCO 
James Mennel (1952) James Cyriax (1982)
Red Flags
São sinais e sintomas que aumentam a 
suspeita de patologias vertebrais sérias
163 sinais e sintomas reportados 
119 sintomas - história do paciente
44 sinais - exame físico 
Red Flags
FUNÇÃO
Aumentar a suspeita do 
clínico para uma patologia séria 
(Premkumar et al, 2018)
Red Flags *
* Torácica e Lombar
✓ Revisão sistemática mais recente a considerar as Red Flags e guiar
profissionais da saúde durante avaliação de pcts com dor torácica e
lombar
✓ Fornece a primeira lista de RFs com valores de acurácia úteis para
triar pacientes que se apresentam com sinais e sintomas não-
musculoesqueléticos
10/2/2025
59
FRATURA VERTEBRAL
✓ Patologia séria de coluna mais frequentemente encontrada em pacientes
(0,4-5,6%)
✓ 8 de 12 estudos identificaram como RFs –chaves para fraturas vertebrais:
História de trauma, idade avançada, uso prolongado de corticoesteróides e
gênero feminino
FRATURA VERTEBRAL
Baixo Risco de Viés 
Score =9 
Newcastle-Ottawa Quality
Assessment
for observational studies
(Henschke et al, 2009) 
3+ / 4 
LR + = 15.5 Sp= 96%
4+/ 4 
LR+ Inf. SP=100%
FRATURA 
VERTEBRAL
• Outras Red Flags que 
podem ser valorizadas: 
• Dor à palpação na linha 
média 
• Sinais Neurológicos 
• END > 7
• Osteoporose 
• Anormalidades de 
marcha 
• Degrau palpável na linha 
média 
• Hematoma 
• Teste de Percussão
Teste de Percussão 
comPunho fechado
Sensibilidade Especificidade LR + LR- QUADAS
88 90 8.8 0.14 11
▪ Posição do paciente: Frente ao
espelho para avaliar sua reação
▪ Considerado + quando paciente se
queixa de uma dor aguda e
repentina na coluna
10/2/2025
60
Sensibilidade Especificidade LR + LR- QUADAS
81 93 11.6 0.2 11
▪ Clínico questiona a resposta do
paciente na posição
▪ Considerado + quando paciente se
queixa de uma dor aguda e repentina
na coluna impossibilitando de
permanecer na posição
Sinal da Posição 
Supina
CÂNCER / METASTÁSE
10/2/2025
61
✓ Coluna é o local mais comum para metástase óssea afetando entre
30-70% de pcts com câncer. Câncer de mama, pulmão e próstata
são os mais comuns em produzir metástase de coluna
✓ Detecção precoce foi o screening mais importante para prevenir a
propagação e o surgimento de outras complicações
✓ História prévia de câncer foi a RF com a > acurácia diagnóstica
(LR+ 7.25)
CÂNCER / METÁSTASE
Cluster
História prévia de câncer + perda inexplicada de peso 
LR+ = 10.2 
(Premkumar et al, 2018)
✓ Outras Red Flags que podem ser valorizadas:
• Idade avançada
• Ausência de melhora em tratamentos conservadores
• Dor noturna (falso-positivo em quase 85% de pacientes)
• Dor que alivia com repouso
CÂNCER / METASTÁSE
INFECÇÃO
INFECÇÃO
• Tuberculose e Staphylococcus Aureus representam a principal fonte de 
infecção na coluna 
• Diagnóstico precoce é essencial para prevenir abscesso extradural com 
sinais e sintomas neurológicos
• Coluna toracolombar é o local mais comum de infecção 
• 6 de 8 estudos reportam a presença de febre como o mais importante RF 
• História recente de infecção recente (LR+ 9.31) 
10/2/2025
62
INFECÇÃO
• Outras Red Flags que podem ser valorizadas : 
• Calafrios 
• Sudorese 
• Perda inexplicada de peso 
• Dor constante não alivia com repouso 
1ª RS a fazer um pooling
estatístico da acurácia de 
RFs para o diagnóstico da 
SCE 
✓ Sinais e sintomas comumente usados como red flags para SCE não são
tão robustos devido a pobre acurácia
✓ Ainda permanecem como importantes ferramentas diagnósticas na
suspeita da SCE
✓ RM é a investigação de escolha para confirmar a presença da SCE
✓ Pesquisas futuras devem avaliar as RFs em clusters para determinar se a
acurácia melhora quando usada desta maneira
o Cartão informativo desenvolvido por Greenhalgh et 2016 é um bom
recurso a ser usado para a educação dos pacientes
10/2/2025
63
▪ Perda de sensibilidade (formigamento) na parte interna da coxa e genitais
▪ Dormência na área retal ou nádegas
▪ Sensibilidade alterada ao usar o papel higiênico durante limpeza íntima
▪ Dificuldade quando tenta urinar
▪ Dificuldade para parar ou controlar o fluxo de urina 
▪ Perda de sensação quando urina 
▪ Gotejamento da urina ou necessidade recente para o uso de absorventes
▪ Não saber quando a bexiga está cheia ou vazia 
▪ Incapacidade para prender as fezes
▪ Perda de sensação na passagem das fezes
▪ Presença de disfunção erétil e/ou dificuldade para se ter uma ejaculação
▪ Perda de sensação nos genitais durante o intercurso sexual 
Ferramenta de decisão clínica para ajudar clínicos 
a identificar patologias sérias de coluna vertebral
Síntese das Evidências
✓ Há uma falta de evidência de alta qualidade para a acurácia diagnóstica de
testes de red flags
✓ Evidência suporta somente um número limitado de red flags para
aumentar a suspeita de patologia séria
✓ Poucos red flags são informativos quando usados isoladamente
✓ Combinados parecem ser promissores mas estudos de validação são
requeridos
✓ Questões Red Flags e Testes do Exame Físico não tem LR baixa, não
podendo descartar uma patologia quando estes testes são negativos
✓ Modelo Internacional foi desenvolvido recentemente para auxiliar
clínicos na detecção de patologias sérias da coluna.
▪ Indivíduos de meia idade
▪ Pain on-off, independente do esforço
▪ Perda progressiva de ADM
▪ Dor Sacroilíaca enquanto caminha 
▪ Limitação grosseira da inclinação lateral bilateral
▪ Dor central 
▪ Rigidez matinal que melhora com movimento
▪ Ausência de parestesia 
Espondiloartropatias axiais 
Espondilite Anquilosante
10/2/2025
64
Teste da Expansão 
Torácica
▪ Mensurar a distância circunferencial
(altura do mamilo) tanto em repouso
quanto no final de uma inspiração
profunda
▪ Considerado + quando as diferença
entre as 2 mensurações foro ContraSL passivo produziu uma redução nas sensações de
alongamento coxa posterior em todos os indivíduos do grupo intervenção. A redução da
sensação evocada é agora documentada como um evento normal
Resposta Normal (Saudáveis) 
TN – Tibial 
Bueno-Garcia et al.(2020). Normal
response to tibial neurodynamic test in
asymptomatic subjects. Journal of Back
and Musculoskeletal Rehabilitation 1: 1-
7
.
Primeiro estudo (2020) a investigar a 
resposta neurodinâmica do Teste 
Neurodinâmico do Nervo Tibial. A 
resposta sensorial em indivíduos 
saudáveis é uma sensação de 
alongamento no aspecto posterior do 
joelho que estende para a área de 
distribuição anatômica do nervo tibial 
10/2/2025
70
Resposta Normal (Saudáveis) 
TN – Slump Femoral Test
Weng-Hang Lai et al.(2012). Normal
neurodynamic responses of the Femoral Slump
Test. Man Ther. 17: 126-132
.
Resposta sensorial em 
participantes saudáveis é uma 
sensação de alongamento 
desconfortável sobre o aspecto 
anterior da coxa
▪ Também conhecido como Teste de Laségue
▪ Teste Neurodinâmico mais conhecido e usado
▪ Testa a mecanosensibilidade das estruturas lombossacrais e suas 
extensões distais
Straight Leg Raise (SLR)
▪ Indicações para uso:
• Dor e parestesias no aspecto 
lateral e posterior do quadrante 
inferior (nádegas, coxa e perna)
• Dor calcanear 
10/2/2025
71
Objetivo: Explorar se disfunção da excursão neural durante SLR
ocorre em pacientes com sintomas de ciática secundária a
herniação discal lombar
Resultados mostraram 66,6% de redução na excursão do cone medular com a realização
do SLR do lado sintomático comparado com as excursões mensuradas com SLR realizado no
lado assintomático
Em pacientes com herniação discal, o deslizamento neural no lado sintomático está
significativamente reduzido pela compressão da herniação discal. Primeiros dados não-
invasivos em humanos mostrando limitação dos movimentos neurais no canal vertebral com
herniação discal lombar
Achados ajudar a elucidar porque o SLR test é uma ferramenta útil na avaliação de
disfunções neuromecânicas em pacientes com ciática
▪ 1985: Descrito como teste por Maitland
▪ Indicações para uso:
▪ Exacerbação ou reprodução dos sintomas com movimentos 
cervicais (flexão cervical) ou MMII na posição sentada
▪ Síndrome da Dor Ciática
▪ Sintomas relacionados ao trato do ciático 
Slump Test
10/2/2025
72
Slump Test
Teste de Movimento Ativo Teste de Movimento Ativo 
10/2/2025
73
Teste de Movimento Ativo com Overpressure Ritmo Lombopélvico
▪ Subgrupos de pcts com dor lombar persistente tem diferentes
características e repostas às intervenções
▪ Estudo examinou se há padrões de flexão relacionados a
cinemática lombopélvica e parâmetros EMG que podem
definir subgrupos de movimento
▪ n= 126 sem dor lombar / 140 com dor lombar
▪ Sensores de movimento wireless
10/2/2025
74
Teste de Movimento Repetido 
10/2/2025
75
Teste de Movimento Acessório
Confiabilidade Sensibilidade Especificidade LR + LR-
Utilidade 
clínica
NT 100 22 1.3 0.0
E 
(QUADAS 
11)
NT 100 12 1.1 0.0
E 
(QUADAS 
10)
Teste Específicos 
Extensão-Rotação
10/2/2025
76
Two-stage treadmill test (Teste da esteira)
Teste para Diagnóstico Diferencial: estenótico x não estenótico
• 1o Estágio: Caminhar na esteira sem
inclinação (plano)
• 2o Estágio: Caminhar na esteira com
inclinação (15o) (coluna assume uma flexão)
• 10 min cada estágio / 1,5 km/h
3 variáveis foram registradas:
▪ Tempo requerido até iniciar ou aumentar os sintomas
▪ Tempo total de caminhada 
▪ Tempo requerido para os sintomas retornarem para o basal
Está associado ao diagnóstico de estenose:
▪ Início precoce dos sintomas durante deambulação em esteira reta
▪ Aumento do tempo de deambulação na esteira inclinada
▪ Recuperação mais prolongada após deambulação em plano reto 
Tempo maior de caminhada na esteira inclinada
Sensibilidade Especificidade LR + LR- QUADAS
50 92 6.5 0.54 9
Início precoce dos sintomas durante caminhada em esteira plana 
Sensibilidade Especificidade LR + LR- QUADAS
68 83 4.1 0.39 9
Recuperação prolongada requerida após caminhada em esteira plana
Sensibilidade Especificidade LR + LR- QUADAS
82 68 2.6 0.26 9
Teste da Esteira é:
▪ Seguro
▪ Facilmente administrado
▪ Quantificável para avaliar resultados cirúrgicos em indivíduos com
estenose lombar sintomática
▪ Pode servir como “outcome measures” em pacientes submetidos a
tratamento conservador
(Deenet al, 1995; Fritz et al, 1997 )
10/2/2025
77
▪ Componente postural (aumenta ou diminui os sintomas)
▪ Produção de dor na coxa após 30 seg em extensão lombar
sustentada
▪ Associação forte com diagnóstico de estenose
(Katz et al,1995)
Teste de Extensão Sustentada 30 seg Teste de Flexão Repetida 
Sentado
Pacientes com Estenose Lombar 
tem Testes Neurodinâmicos negativos
Ponte em Prono
▪ Elevar a pelve da maca e manter as pernas retas
▪ Antebraços apoiados na maca, formando um “V”
▪ Dispositivo alinhado com as cristas ilíacas posteriores
▪ Teste é encerrado se a pelve perde contato com o dispositivo por mais de
2 seg ou quando o avaliado não sustenta mais a posição
10/2/2025
78
Ponte Lateral
▪ Perna superior cruzada sobre a inferior para estabilidade
▪ Braço sem carga cruzado com a mão em contato com o ombro oposto
▪ Posição neutra de flexo/extensão do tronco/quadril
▪ Dispositivo alinhado com a crista ilíaca
▪ Teste é encerrado se a pelve perde contato com o dispositivo por mais de
2 seg ou quando o avaliado não sustenta mais a posição
Flexão do Tronco à 60o
V-sit modificado
▪ Tronco permanece flexionado sobre o quadril em ângulo de 60o
▪ Quadril e Joelho flexionados em ângulo de 90o
▪ Pés são estabilizados com uma cinta com braços cruzados à frente no tórax
▪ Evitar a anteriorização da cabeça
▪ Teste é encerrado se o avaliado não suportar mais a posição ou encostar novamente
na maca
Teste de Sorensen
10/2/2025
79
Categoria
Dor Lombar com 
Disfunção de Mobilidade
10/2/2025
80
Pessoas que satisfazem o RPC prescritivo para manipulação- se beneficiam tanto da mobilização
selecionada a partir de um raciocínio clínico (pragmático) tanto quanto da manipulação
Mudanças imediatas na intensidade da dor e limiar de dor à pressão (algômetro) após
uma única HVLA não difere pela região manipulada assim como pela técnica utilizada
em pacientes com dor lombar crônica
Nenhuma diferença foi observado entre manipulação especifica e manipulação
genérica em pessoas com dor lombar crônica
10/2/2025
81
Chicago Roll Lumbar Roll
Exercícios de 
Amplitude de Movimento
Exercícios de 
Amplitude de Movimento
10/2/2025
82
Exercícios de 
Amplitude de Movimento
Categoria
Dor Lombar com ou sem Irradiação 
para a Extremidade Inferior
TEMPO
10/2/2025
83
10/2/2025
84
Categoria
Estenose Lombar
10/2/2025
85
▪ Preferência por atividades de flexão devido alívio dos sintomas (posição sentada,
empurrar carrinho de supermercado, subir ladeira/rampa)
▪ Atividades em extensão (posição em pé ou caminhar) produzem ou pioram os
sintomas
10/2/2025
86
10/2/2025
87
Categoria
Dor Lombar com Disfunção de Controle 
Motor, Resistência e Força Muscular
10/2/2025
88
Dor sacroilíaca
“Sintomas tipo ciática provenientes da sacroilíaca 
podem clinicamente mimetizar uma radiculopatia"
10/2/2025
89
Área de Fortin = 3 cm horizontal por 10 cm inferior a EIPS
Mapas de dor referida não são úteis para 
discriminar pacientes com dor sacroilíaca 
e dor lombar crônica com dor oriunda de 
outras fontes. 
Diferença é encontrada somente em 
mapas de intensidade da dor.
10/2/2025
90
3 testes positivos de 5 
(Thrust da Coxa, Distração, Gaenslen, Thrust sacral e Compressão)
Confiabilidade Sensibilidade Especificidade LR + LR-
Utilidade 
clínica
88 78 4.29 0.8 D
Testes provocativos SI
• Teste de Compressão comprimir a pelve com uma pressão aplicada a parte 
superior da crista ilíaca direcionada para a cristailíaca oposta. 
• Thrust da Coxa: evitar a adução excessiva porque a flexão + adução 
combinada normalmente é desconfortável e dolorosa.
• Gaeslen Test : Produz uma torção pélvica. Overpressure é aplicada na SI 
joint no final da ADM 
• 2 testes com baixa confiabilidade (thrust sacral e cranial glide): como 
ambos envolvem pressão direta no sacro, isso pode ter confundido o 
terapeuta ou paciente ao determinar se os sintomas foram produzidos ou 
agravados pelo teste. Esta confusão pode ocorrer uma vez que uma dor à 
palpação sacral é comum em pcts com dor lombar. 
3 testes positivos de 5 + 
ausência de centralização 
Sensibilidade Especificidade LR + LR-
Utilidade 
clínica
QUADAS
91 83 6.9 0.11 D 13
Testes provocativos SI
10/2/2025
91
Mudança relevante ? AGUDOS
10/2/2025
92
AGUDOS AGUDOS
AGUDOS CRÔNICOS
10/2/2025
93
CRÔNICOS CRÔNICOS
CRÔNICOS CRÔNICOS
10/2/2025
94
CRÔNICOS PÓS OPERATÓRIO
PÓS OPERATÓRIO
Será ?
10/2/2025
95
10/2/2025
96
SEGURANÇA
• Isométrico para isotônico; posteriormente dinâmico;
• Uniplanar para multiplanar;
• Pequena para grande amplitude;
• Assistido para funcional;
• Nas extremidades, de pequenos movimentos em CCA para
CCF;
• Evite alongamentos estáticos, mobilize “suave” o nervo.
PLANO TERAPÊUTICO
• A progressão deve respeitar a cicatrização
tecidual e quadro individual de cada paciente.
• O plano pode incluir: Ativação do core,
mobilidade gradual, equilíbrio, coordenação,
força dos membros inferiores; educação.
• Deve estimular demandas diárias e laborais,
alinhadas com as expectativas do paciente e
metas terapêuticas.
10/2/2025
97
10/2/2025
98
RECOMENDAÇÕES DE LEITURA
MENSAGEM FINAL
1. Ouça seu paciente: a história é a chave.
2. Avalie a pessoa, não a imagem.
3. Educação e movimento são os pilares.
4. Use a terapia manual como uma ferramenta
para facilitar o movimento.
5. Capacite seu paciente para a autonomia.
RECOMENDAÇÕES DE LEITURA
10/2/2025
99
O Pós-Chicote Cervical que Não 
Melhora"
• Identificação: Mariana, 28 anos, publicitária. Dor cervical e na cintura escapular, com cefaleia, há 4 
meses.
• Anamnese / História: Sofreu uma colisão traseira de carro (WAD - "chicote cervical"). Exames de 
imagem na emergência não mostraram fraturas. Usou colar cervical por 1 semana. Desde então, a 
dor persiste. "Sinto meu pescoço pesado, rígido, e tenho uma dor de cabeça que começa na nuca e 
vai para a testa no fim do dia. Meu braço direito parece 'pesado' e às vezes sinto um formigamento 
nos dedos quando passo muito tempo no computador. Estou com dificuldade de concentração no 
trabalho e muito irritada com essa dor que não passa."
• Achados da Avaliação:
• Inspeção: Postura de guarda, com leve inclinação da cabeça para a esquerda.
• ADM Cervical Ativa: Flexão (40°), Extensão (20°), Rotação D (45°), Rotação E (60°), Inclinação D (20°), 
Inclinação E (35°). Movimentos hesitantes, com padrão de movimento aberrante (usa a torácica para iniciar a 
rotação).
• Avaliação Segmentar: Hipomobilidade acentuada em C4-C5 e C5-C6. Hipermobilidade compensatória em 
C2-C3. Restrição importante na transição cérvico-torácica (T1-T4).
• Controle Motor: Teste de Flexão Crânio-Cervical (CCFT) positivo, incapaz de manter a contração acima de 
24 mmHg com qualidade.
• Testes Especiais: Teste de Tensão do Membro Superior (ULTT-A) para o nervo mediano positivo à direita, 
reproduzindo o formigamento nos dedos.
• Palpação: Hipertonia e múltiplos pontos-gatilho em suboccipitais, trapézio superior e escalenos à direita, que 
referem dor para a cabeça e ombro.
A Dor Torácica Persistente
• Identificação: Valdir, 68 anos, marceneiro aposentado. Dor em faixa na região torácica direita há 5 
meses.
• Anamnese / História: Teve um episódio de Herpes Zoster ("cobreiro") há 6 meses, no lado direito 
do tórax. As lesões de pele cicatrizaram, mas a dor permaneceu. "É uma dor que queima, uma 
ardência constante. Piora com movimentos de torcer o tronco ou respirar fundo. Sinto um repuxar na 
pele daquela região. Por causa disso, parei de fazer minhas caminhadas e evito até me espreguiçar 
pela manhã. Fico mais tempo sentado, o que tem me causado dor nas costas também.“
• Achados da Avaliação:
• Inspeção: Postura fletida, com o ombro direito levemente "fechado".Padrão Respiratório: Apical, 
com clara restrição da expansão da caixa torácica no hemitórax direito durante a inspiração 
profunda.ADM Torácica: Rotação e inclinação para a esquerda limitadas em 50% pela dor e 
sensação de "repuxar". Extensão torácica ativa quase ausente.Avaliação Segmentar: Hipomobilidade 
acentuada nas articulações costovertebrais e intervertebrais de T6 a T8.Exame Neurológico: 
Hipoestesia (sensibilidade diminuída) ao toque leve no dermátomo de T7 à direita. Hiperalgesia (dor 
aumentada) ao teste de pinprick (toque de agulha) na mesma faixa.
• Palpação: Os músculos intercostais no espaço de T6-T7 e T7-T8 estão extremamente tensos e 
dolorosos.
A Perna Pesada Pós-Cirurgia
•Identificação: Sandra, 53 anos, representante comercial. Dor lombar e na perna esquerda há 1
ano, 8 meses após uma microdiscectomia L5-S1.
•Anamnese / História: "Fiz a cirurgia para uma hérnia e melhorei por uns 2 meses, mas a dor
voltou. Tenho uma dor lombar profunda, tipo um cansaço, mas o pior é a dor na parte de trás da
minha perna esquerda, que queima e às vezes formiga até o pé. A cicatriz da cirurgia é sensível e
repuxa quando me dobro. Fico o dia todo sentada no carro e quando levanto, demoro para
'desenferrujar'. Perdi a confiança no meu corpo e tenho medo de fazer qualquer exercício mais
pesado para não 'estragar' a cirurgia."
•Achados da Avaliação:
•Inspeção: Leve atrofia do gastrocnêmio esquerdo. Postura antálgica com desvio do tronco para
a direita ao ficar em pé.
•ADM Lombar: Flexão limitada a 50% pela reprodução da dor e tensão na perna esquerda.
Extensão limitada e dolorosa localmente na lombar baixa.
•Avaliação da Cicatriz: Cicatriz cirúrgica de 4 cm em L5-S1, com aderência aos planos
profundos e dolorosa à palpação mais firme.
•Exame Neurológico: Força do extensor longo do hálux (EHL) esquerdo grau 4/5. Reflexo
aquileu diminuído à esquerda. Hipoestesia na face lateral do pé esquerdo (dermátomo de S1).
•Testes Especiais: Slump Test e TEPE (Lasègue) positivos a 40º à esquerda, reproduzindo a dor
irradiada. Teste de tensão do nervo femoral negativo.
•Quadril: Força de glúteo médio esquerdo grau 4/5.
10/2/2025
100
JAIRFISIOTERAPIA@GMAIL.COM
	Seção Padrão
	Slide 1
	Slide 2: CURRÍCULO
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6: FUNDAMENTOS, AVALIAÇÃO AVANÇADA E QUADRANTE SUPERIOR
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20: O paradigma biopsicossocial
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42
	Slide 43
	Slide 44
	Slide 45
	Slide 46
	Slide 47
	Slide 48
	Slide 49
	Slide 50
	Slide 51
	Slide 52
	Slide 53
	Slide 54: COMUNICAÇÃO ADEQUADA
	Slide 55
	Slide 56
	Slide 57: EDUCAÇÃO EM DOR PARA PACIENTES
	Slide 58
	Slide 59
	Slide 60
	Slide 61
	Slide 62
	Slide 63
	Slide 64
	Slide 65: Abordagem baseada em mecanismos de dor
	Slide 66
	Slide 67: 6 fatos sobre dor 
	Slide 68
	Slide 69
	Slide 70: Definição
	Slide 71
	Slide 72
	Slide 73
	Slide 74
	Slide 75: Dor nociceptiva
	Slide 76: Dor nociceptiva
	Slide 77: Dor neuropática
	Slide 78: Dor nociplástica
	Slide 79: Dor nociplástica
	Slide 80: Como a sensibilização pode conduzir a dor ?
	Slide 81: Variabilidade diante da sensibilização
	Slide 82: RECOMENDAÇÃO DE LEITURA
	Slide 83: Manejo da dor não farmacológico e farmacológico
	Slide 84: Abordagem do sistema de movimento
	Slide 85
	Slide 86
	Slide 87: SCREEN CERVICAL
	Slide 88: RED FLAGS
	Slide 89: MIELOPATIA CERVICAL
	Slide 90: CARACTERÍSTICAS E APRESENTAÇÃO CLÍNICA
	Slide 91: CARACTERÍSTICAS E APRESENTAÇÃOCLÍNICA
	Slide 92: RADICULOPATIA vs MIELOPATIA
	Slide 93: MIELOPATIA CERVICAL
	Slide 94
	Slide 95: MIELOPATIA CERVICAL
	Slide 96
	Slide 97: NEOPLASIAS
	Slide 98: NEOPLASIAS
	Slide 99: INSUFICIÊNCIA VÉRTEBRO-BASILAR / DISFUNÇÃO ARTERIAL CERVICAL
	Slide 100: INSUFICIÊNCIA VÉRTEBRO-BASILAR / DISFUNÇÃO ARTERIAL CERVICAL
	Slide 101: DISSECÇÃO ARTERIAL
	Slide 102: ATEROESCLEROSE
	Slide 103: DISFUNÇÃO ARTERIAL CERVICAL
	Slide 104: DISFUNÇÃO ARTERIAL CERVICAL
	Slide 105: DISFUNÇÃO ARTERIAL CERVICAL
	Slide 106: DISFUNÇÃO ARTERIAL CERVICAL
	Slide 107: DISFUNÇÃO ARTERIAL CERVICAL
	Slide 108: TESTE POSICIONAL
	Slide 109: TESTE POSICIONAL
	Slide 110
	Slide 111: TESTE POSICIONAL
	Slide 112: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
	Slide 113: INSUFICIÊNCIA LIGAMENTAR - CERVICAL ALTA
	Slide 114: Terapia Manual Ortopédica
	Slide 115: Terapia Manual Ortopédica
	Slide 116: Terapia Manual
	Slide 117
	Slide 118: MOBILIZAÇÃO E MANIPULAÇÃO
	Slide 119: EFEITOS DA TERAPIA MANIPULATIVA
	Slide 120: EFEITOS MECÂNICOS
	Slide 121: EFEITOS MECÂNICOS
	Slide 122: EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS
	Slide 123: EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS
	Slide 124
	Slide 125
	Slide 126
	Slide 127: DOR CERVICAL
	Slide 128: IMPACTO SOCIOECONÔMICO
	Slide 129
	Slide 130
	Slide 131
	Slide 132
	Slide 133
	Slide 134: DOR CERVICAL
	Slide 135
	Slide 136
	Slide 137
	Slide 138
	Slide 139: AVALIAÇÃO
	Slide 140: AVALIAÇÃO
	Slide 141: EXAME SUBJETIVO
	Slide 142: EXAME SUBJETIVO
	Slide 143: EXAME SUBJETIVO
	Slide 144: Exame de imagem
	Slide 145: EXAME FÍSICO
	Slide 146: OBSERVAÇÃO
	Slide 147: EXAME NEUROLÓGICO
	Slide 148: MIÓTOMOS
	Slide 149: DERMATOMOS
	Slide 150: DERMATOMOS
	Slide 151: EXAME NEUROLÓGICO
	Slide 152: EXAME NEUROLÓGICO
	Slide 153: QUAIS SÃO AS FERRAMENTAS DA TM?
	Slide 154: MOVIMENTO ACESSÓRIO PASSIVO
	Slide 155: MOVIMENTO ACESSÓRIO PASSIVO
	Slide 156: MOVIMENTO ACESSÓRIO PASSIVO
	Slide 157: RADICULOPATIA
	Slide 158: RADICULOPATIA CERVICAL
	Slide 159
	Slide 160
	Slide 161
	Slide 162: TESTE DE SPURLING
	Slide 163: TESTE DE DISTRAÇÃO
	Slide 164: TESTE NEURODINÂMICO MEDIANO 1 - MNT1
	Slide 165: MNT1
	Slide 166: MNT1
	Slide 167: MNT1
	Slide 168: MNT1
	Slide 169: MNT1
	Slide 170: MNT1
	Slide 171: ADM ROTAÇÃO

Mais conteúdos dessa disciplina