JudicializaÃÃo aula

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Judicialização na saúde
A judicialização da saúde é entendida como o
fenômeno das ações judiciais contra o Sistema
Único de Saúde (SUS) que pedem o fornecimento
de serviços e produtos em saúde com base no
direito constitucional.
TOREZANI, Y. L. DA S.; SIENA, O.. Respostas Institucionais à Judicialização 
da Saúde no Brasil. Revista Direito e Práxis, v. 15, n. 4, p. e86259, 2024. 
https://www.scielo.br/j/rdp/a/NBQn3mnB4GHY7VjqWYZrCVK/?lang=pt
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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a assistência 
aos desamparados, na forma desta Constituição.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
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Amparados pelo direito constitucional à saúde, os 
indivíduos recorrem ao Judiciário para ter acesso a 
medicamentos, tanto aos que já estão incorporados ao 
SUS quanto aos que ainda não são disponibilizados 
por ele.
TOREZANI, Y. L. DA S.; SIENA, O.. Respostas Institucionais à Judicialização 
da Saúde no Brasil. Revista Direito e Práxis, v. 15, n. 4, p. e86259, 2024. 
https://www.scielo.br/j/rdp/a/NBQn3mnB4GHY7VjqWYZrCVK/?lang=pt
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Houve ampliação das despesas oriundas de 
decisões judiciais no total de despesas com 
medicamentos do Ministério da Saúde (MS): de 
4,0%, em 2012, para 7,4% em 2018, quando 
atingiram cifras superiores a R$ 1,02 bilhões. 
Estes gastos foram da ordem de R$ 1,78 bilhões 
em 2021.
OSORIO-DE-CASTRO, C. G. S. et al.. Judicialização de medicamentos de alto custo no Brasil: 
uma revisão de escopo. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 35, n. 3, p. e350309, 2025. 
https://www.scielo.br/j/physis/a/mMMLv5zGPp8bW77hKbztHwp/?lang=pt
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Diante desse cenário, os mais variados atores sociais 
e instituições vêm desenvolvendo estratégias voltadas 
a lidar com a judicialização da saúde de forma 
alternativa, não contenciosa, a fim de construir novos 
caminhos que atendam o direito, aos quais 
denominam-se respostas institucionais de 
enfrentamento à judicialização da saúde
TOREZANI, Y. L. DA S.; SIENA, O.. Respostas Institucionais à Judicialização 
da Saúde no Brasil. Revista Direito e Práxis, v. 15, n. 4, p. e86259, 2024. 
https://www.scielo.br/j/rdp/a/NBQn3mnB4GHY7VjqWYZrCVK/?lang=pt
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O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) 
decidiu, em 2020, que o Estado não é obrigado a 
fornecer medicamentos de alto custo solicitados 
judicialmente, quando não estiverem previstos na 
relação do Programa de Dispensação de 
Medicamentos em Caráter Excepcional, do 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
Supremo Tribunal Federal
https://noticias.stf.jus.br/postsnoticias/estado-nao-e-obrigado-a-fornecer-medicamentos-de-alto-custo-nao-registrados-na-lista-do-sus-atualizada/
Porém, o Estado pode ser obrigado a fornecer 
medicamentos de alto custo, desde que comprovadas 
a extrema necessidade do medicamento e a 
incapacidade financeira do paciente e de sua família 
para sua aquisição.
Supremo Tribunal Federal
https://noticias.stf.jus.br/postsnoticias/estado-nao-e-obrigado-a-fornecer-medicamentos-de-alto-custo-nao-registrados-na-lista-do-sus-atualizada/
Em 2024, o STF define critérios para a concessão 
judicial de medicamentos não incorporados ao 
SUS, ainda como fruto do processo realizado em 
2020 e que havia sido iniciado em 2016
Supremo Tribunal Federal
https://noticias.stf.jus.br/postsnoticias/stf-define-criterios-para-a-concessao-judicial-de-medicamentos-nao-incorporado-ao-sus/
A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte:
1 – A ausência de inclusão de medicamento nas 
listas de dispensação do Sistema Único de Saúde 
– SUS (RENAME, RESME, REMUME, entre 
outras) impede, como regra geral, o fornecimento 
do fármaco por decisão judicial, 
independentemente do custo.
Supremo Tribunal Federal
https://noticias.stf.jus.br/postsnoticias/stf-define-criterios-para-a-concessao-judicial-de-medicamentos-nao-incorporado-ao-sus/
2 – É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento 
registrado na ANVISA, mas não incorporado às listas de dispensação do 
Sistema Único de Saúde, desde que preenchidos, cumulativamente, os 
seguintes requisitos, cujo ônus probatório incumbe ao autor da ação:
(a) negativa de fornecimento do medicamento na via administrativa, nos 
termos do item ‘4’ do Tema 1.234 da repercussão geral;
(b) ilegalidade do ato de não incorporação do medicamento pela Conitec, 
ausência de pedido de incorporação ou da mora na sua apreciação, 
tendo em vista os prazos e critérios previstos nos artigos 19-Q e 19-R da 
Lei nº 8.080/1990 e no Decreto nº 7.646/2011;
...
Supremo Tribunal Federal
https://noticias.stf.jus.br/postsnoticias/stf-define-criterios-para-a-concessao-judicial-de-medicamentos-nao-incorporado-ao-sus/
Tese (1234):
I – Competência 1) Para fins de fixação de competência, as demandas 
relativas a medicamentos não incorporados na política pública do SUS e 
medicamentos oncológicos, ambos com registro na ANVISA, tramitarão 
perante a Justiça Federal, nos termos do art. 109, I, da Constituição 
Federal, quando o valor do tratamento anual específico do fármaco ou 
do princípio ativo, com base no Preço Máximo de Venda do Governo 
(PMVG – situado na alíquota zero), divulgado pela Câmara de 
Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED - Lei 10.742/2003), for
igual ou superior ao valor de 210 salários mínimos, na forma do art. 292 
do CPC. 
Supremo Tribunal Federal
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=6335939&numeroProcesso=1366243&classeProcesso=RE&numeroTema=1234
2 – É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento registrado na 
ANVISA, mas não incorporado às listas de dispensação do Sistema Único de Saúde, 
desde que preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos, cujo ônus probatório 
incumbe ao autor da ação:
...
(c) impossibilidade de substituição por outro medicamento constante das listas do SUS e 
dos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas;
(d) comprovação, à luz da medicina baseada em evidências, da eficácia, acurácia, 
efetividade e segurança do fármaco, necessariamente respaldadas por evidências 
científicas de alto nível, ou seja, unicamente ensaios clínicos randomizados e revisão
sistemática ou meta-análise;
(e) imprescindibilidade clínica do tratamento, comprovada mediante laudo médico 
fundamentado, descrevendo inclusive qual o tratamento já realizado; e
(f) incapacidade financeira de arcar com o custeio do medicamento.
Supremo Tribunal Federal
https://noticias.stf.jus.br/postsnoticias/stf-define-criterios-para-a-concessao-judicial-de-medicamentos-nao-incorporado-ao-sus/
Mas a judicialização da saúde tem incidido 
praticamente sobre a totalidade dos objetos 
técnicos em saúde conduzidos pelos entes 
federados, com impacto sobre o planejamento e a 
orçamentação do SUS
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E a um conjunto variado de doenças
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Além de outras demandas, como retratação de 
erros profissionais
Judicialization of nursing malpractice in perioperative care, and delivery and
birth assistance
Leão, Thiago Marques e Ianni, Aurea Maria Zöllner. Judicialização e 
subpolítica médica. Physis: Revista de Saúde Coletiva [online]. 2020, v. 30, 
n. 01 [Acessado 30 Março 2022] , e300115. 
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https://www.scielo.br/j/physis/a/fcx5PWjP9zDjnRkhKNPPYGR/?lang=pt
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https://www.scielo.br/j/physis/a/fcx5PWjP9zDjnRkhKNPPYGR/?lang=pt
Ou para garantia de acesso e manutenção da 
qualidade da Saúde suplementar
Judicialização da saúde decorrente dos planos de pré-pagamento e o 
direito sanitário: revisão integrativa
https://www.scielo.br/j/reben/a/fNVbFzvPVnzPNkbS4jtGCyg/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/reben/a/fNVbFzvPVnzPNkbS4jtGCyg/?format=pdf&lang=pt
https://www.scielo.br/j/reben/a/fNVbFzvPVnzPNkbS4jtGCyg/?format=pdf&lang=pt
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A judicialização no plano privado afeta direta, ou 
indiretamente, as relações contratuais entre cerca 
de 50 milhões de beneficiários de planos de 
saúde, operadoras e prestadores de serviços de 
assistência à saúde
O Conselho Nacional de 
Justiça contratou, por 
meio de Edital de 
Convocação Pública e de 
Seleção, a produção da 
pesquisa realizada pelo 
Insper – Instituto de 
Ensino e Pesquisa 2019
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/conteudo/arquivo/2019/03/f74c66d46cfea933bf22005ca50ec915.pdf
O número de demandas judiciais relativas à saúde 
aumentou 130% entre 2008 e 2017, enquanto o 
número total de processos judiciais cresceu 50%.
Os medicamentos representam cerca de 20% das 
demandas judiciais, menos do que as referentes à 
Saúde Suplementar, que seria em torno de 30%.
Esses números são significativos, pois, segundo o 
Ministério da Saúde, em sete anos houve um 
crescimento de aproximadamente 13 vezes nos seus 
gastos com demandas judiciais, atingindo R$ 1,6 
bilhão em 2016.
Demandas justas? 
 Injustas? 
 Necessárias?
 Desonestas?
Mesmo países com alto grau de investimento em 
saúde não conseguem atender 100% da demanda.
Esse estudo compara a Grã Bretanha com Alemanha, 
Austrália, Canadá, Dinamarca, França, Holanda, 
Suécia, Suíça e EUA.
Performance of UK National Health Service compared with other high income countries:
observational study | The BMJ
https://www.bmj.com/content/367/bmj.l6326
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O Reino Unido apresentou as taxas mais baixas para 
os que deixaram de tomar medicamentos prescritos 
devido aos custos (Reino Unido, 2%; média do estudo, 
8%). No entanto, a proporção de adultos que deixaram 
de tomar medicamentos prescritos devido aos custos 
aumentou desde 2010 no Reino Unido, apesar da 
queda em outros países.
Performance of UK National Health Service compared with
other high income countries: observational study | The BMJ
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A integralidade da assistência terapêutica, como 
Princípio do SUS, não pode ser interpretada como 
tudo para todos, como direito indiscriminado a 
qualquer tecnologia.
Dentro de um sistema de saúde, há inúmeras 
escolhas a serem feitas entre diferentes 
tratamentos, localidades e grupos de pacientes 
que demandam atenção e recursos. 
Há de se estabelecer prioridades
Obviamente, o registro de um medicamento, junto 
à ANVISA, não impõe sua incorporação para 
distribuição pelo SUS. 
Há critérios de racionalidade para a sua 
padronização.
As demandas judiciais podem ter como origem a 
negação do fornecimento de determinado 
medicamento em função de não preencher os pré 
requisitos definidos nos PCDT
Além disso, alguns medicamentos demandados se 
sobrepõem, têm menor potencial terapêutico ou 
apresentam maiores riscos em relação a outros já 
disponíveis no SUS, podendo ser muito mais 
caros.
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE – CONASEMS. Alocação de recursos e o direito à saúde. Brasília, Julho 2021. 25 p. 
https://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Cartilha_1_PROVA-3-1-1.pdf
https://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Cartilha_1_PROVA-3-1-1.pdfhttps://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Cartilha_1_PROVA-3-1-1.pdf
https://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Cartilha_1_PROVA-3-1-1.pdf
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https://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2021/07/Cartilha_1_PROVA-3-1-1.pdf
A relação custo x benefício derivada da 
judicialização pode comprometer o orçamento do 
município, fomentando e agravando o risco de 
uma quebra econômica, além de prejudicar a 
oferta de medicamentos devidamente 
padronizados
As decisões do Judiciário podem gerar pontos de 
ruptura na política pública existente, passando por 
cima de critérios que foram elaborados para 
salvaguardar a saúde da população e a gestão 
mais eficiente dos recursos públicos.
Mas, somente resta aos gestores do SUS, na 
ausência de articulações intersetoriais prévias, 
executar a sentença judicial nos termos em que foi 
concebida e que, em geral, instituem outra lógica 
operacional que não aquela própria do SUS, 
gerando desvirtuamentos diversos. 
A consolidação de entendimentos e 
jurisprudências afetam o sistema jurídico, o 
sistema público de saúde e o interesse dos 
sujeitos ampla e indistintamente.
atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3868
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3868
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3868
Os Comitês Estaduais de Saúde são órgãos 
colegiados, que fazem parte do Fórum Nacional de 
Saúde, política apoiada pelo CNJ.
São compostos por representantes do Sistema de 
Justiça, do Sistema de Saúde, órgãos do executivo e 
representantes da sociedade visam incentivar medidas 
que busquem efetivação no direito de saúde
TOREZANI, Y. L. DA S.; SIENA, O.. Respostas Institucionais à Judicialização 
da Saúde no Brasil. Revista Direito e Práxis, v. 15, n. 4, p. e86259, 2024. 
https://www.scielo.br/j/rdp/a/NBQn3mnB4GHY7VjqWYZrCVK/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/rdp/a/NBQn3mnB4GHY7VjqWYZrCVK/?lang=pt
Sistema e-NatJus - Portal CNJ
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/forum-da-saude-3/e-natjus/
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/forum-da-saude-3/e-natjus/
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/forum-da-saude-3/e-natjus/
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/forum-da-saude-3/e-natjus/
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/forum-da-saude-3/e-natjus/
Demandas justas? Doenças raras
 Injustas? 
 Necessárias?
 Desonestas?
Muitas demandas individuais na judicialização da 
saúde estão vinculadas a medicamentos ainda 
não padronizados pelo SUS, como ocorre de 
forma mais frequentemente em doenças raras.
A Organização Mundial de Saúde define doença 
rara como aquela que afeta menos de 65 a cada 
100.000 indivíduos.
Existem mais de 7000 diferentes doenças que 
atingem, aproximadamente, 8% da população 
mundial.
No Brasil, esse número representa algo entre 11 a 
15 milhões de pessoas.
ANEXO XXXVIII PRC 3
Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com 
Doenças Raras
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Ficam instituídas a Política Nacional de Atenção 
Integral às Pessoas com Doenças Raras e as Diretrizes 
para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no 
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Desde 2023, foram incorporadas, pela CONITEC, 
46 novas tecnologias ao SUS: 15 para doenças 
raras, 11 para oncologia, sete para doenças 
crônicas, nove para doenças infecciosas e quatro 
para outras condições. 
Acordo sobre judicialização da saúde contempla tratamentos 
de doenças raras desde que sejam eficazes e seguros — 
Secretaria de Comunicação Social
https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/noticias/2024/10/acordo-sobre-judicializacao-da-saude-contempla-tratamentos-doencas-raras-desde-que-sejam-eficazes-e-seguros
https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/noticias/2024/10/acordo-sobre-judicializacao-da-saude-contempla-tratamentos-doencas-raras-desde-que-sejam-eficazes-e-seguros
https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/noticias/2024/10/acordo-sobre-judicializacao-da-saude-contempla-tratamentos-doencas-raras-desde-que-sejam-eficazes-e-seguros
https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/noticias/2024/10/acordo-sobre-judicializacao-da-saude-contempla-tratamentos-doencas-raras-desde-que-sejam-eficazes-e-seguros
Demandas justas? 
 Injustas? 
 Necessárias?
 Desonestas?
Alguns estudos mostram que alguns fármacos 
demandados por via judicial têm alternativa terapêutica 
no SUS. Com variações regionais, os dados oscilaram 
entre 41,7% e 96,0%.
OLIVEIRA, Y. M. DA C. et al.. Judicialization of medicines: effectiveness of rights or 
break in public policies?. Revista de Saúde Pública, v. 54, p. 130, 2020. 
https://www.scielo.br/j/rsp/a/rnbBtyWr3j9qfVqSg4d8mZQ/?lang=pt
Demandas justas? 
 Injustas? 
 Necessárias?
 Desonestas?
O bevacizumabe tem registro na Anvisa com 
indicação para o tratamento do câncer, porém 
vem sendo utilizado de forma off label para a 
DMRI. Judicialização de medicamentos: efetivação de direitos ou ruptura das 
políticas públicas?
https://www.scielo.br/j/rsp/a/rnbBtyWr3j9qfVqSg4d8mZQ/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/rsp/a/rnbBtyWr3j9qfVqSg4d8mZQ/?lang=pt&format=pdf
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Em vista da intensa judicialização e da falta de 
opções terapêutica no SUS, em 2016 a Anvisa 
autorizou seu uso excepcional e temporário por 
três anos
Judicialização de medicamentos: efetivação de direitos ou ruptura das políticas públicas?
https://www.scielo.br/j/rsp/a/rnbBtyWr3j9qfVqSg4d8mZQ/?lang=pt&format=pdf
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https://www.scielo.br/j/rsp/a/rnbBtyWr3j9qfVqSg4d8mZQ/?lang=pt&format=pdf
L14313 (planalto.gov.br)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14313.htm
Lei 8080/1990
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de 
gestão do SUS (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011): 
I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de 
medicamento, produto e procedimento clínico ou 
cirúrgico experimental,ou de uso não autorizado pela 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; 
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo: (Incluído 
pela Lei nº 14.312, de 2022)
I - medicamento e produto em que a indicação de uso seja distinta
daquela aprovada no registro na Anvisa, desde que seu uso tenha sido 
recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias 
no Sistema Único de Saúde (Conitec), demonstradas as evidências 
científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança, e 
esteja padronizado em protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde; 
(Incluído pela Lei nº 14.312, de 2022)
portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf (www.gov.br)
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-10-_dmri_.pdf
Demandas justas? 
 Injustas? 
 Necessárias?
 Desonestas?
Um dos protagonistas da judicialização da saúde 
são os profissionais médicos. Estudos sobre a 
temática têm apontado as relações entre 
prescritores, indústria farmacêutica e advogados 
que atuam de forma coordenada, gerando 
demanda judicial por medicamentos e, assim, 
pressionando sua incorporação
OLIVEIRA, Y. M. DA C. et al.. Judicialization of medicines: effectiveness of rights or 
break in public policies?. Revista de Saúde Pública, v. 54, p. 130, 2020. 
https://www.scielo.br/j/rsp/a/rnbBtyWr3j9qfVqSg4d8mZQ/?lang=pt
Estudos sobre a temática têm apontado as relações 
entre prescritores, indústria farmacêutica e advogados 
que atuam de forma coordenada, gerando demanda 
judicial por medicamentos e, assim, pressionando sua 
incorporação
CAMPOS NETO, O. H.; GONÇALVES, L. A. O.; ANDRADE, E. I. G.. A judicialização da Saúde na percepção de 
médicos prescritores. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 22, n. 64, p. 165–176, jan. 2018. 
https://www.scielo.br/j/icse/a/TvhmYHxb6MBmtPFmBSR8sVh/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/icse/a/TvhmYHxb6MBmtPFmBSR8sVh/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/icse/a/TvhmYHxb6MBmtPFmBSR8sVh/?lang=pt&format=pdf
Há de se considerar, também, os interesses comerciais 
de toda a rede de medicamentos que, de algum modo, 
forçam a compra de determinados produtos.
Em um estudo conduzido sobre as ações judiciais 
ajuizadas contra a Secretaria Estadual de Saúde de São 
Paulo em 2006, foi identificado a concentração de dois 
médicos em torno de 17,8% das demandas e em torno de 
12,1% em 2007. Todas essas demandas tinham 
determinados antineoplásicos como objeto comum. 
Pepe, Vera Lúcia Edais et al. A judicialização da saúde e os novos desafios da gestão da assistência 
farmacêutica. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2010, v. 15, n. 5 [Acessado 31 Março 2022] , pp. 2405-2414. 
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
https://www.scielo.br/j/csc/a/L4m7NMGV397wCRGnZthwJrD/abstract/?lang=pt
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Outro estudo concluiu que, de 59 ações judiciais que 
demandavam o medicamento Erlotinibe, 39 delas 
(66%) continham a prescrição de um único médico.
SciELO - Brasil - Médicos, advogados e indústria farmacêutica na judicialização da 
saúde em Minas Gerais, Brasil Médicos, advogados e indústria farmacêutica na 
judicialização da saúde em Minas Gerais, Brasil
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Esse tipo de concentração em médicos e 
medicamentos também pode ser encontrado com os 
mesmos advogados demandando os mesmos 
medicamentos. 
Mas também é importante considerar que a gestão 
municipal inadequada da Assistência Farmacêutica 
retroalimentaria a ocorrência de demandas judiciais por 
medicamentos que já estão incorporados ao SUS.
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