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ANÁLISE DE RISCO E DESENVOLVIMENTO DE PROJETO’ 
DE SPDA PARA O GINÁSIO DO IFPE CAMPUS PESQUEIRA 
 
RISK ANALYSIS AND LIGHTNING PROTECTION SYSTEM 
(LPS) DESIGN FOR THE IFPE CAMPUS PESQUEIRA 
GYMNASIUM 
Wellyma Ayanne Santos da Silva 
wass2@discente.ifpe.edu.br 
Herick Talles Queiroz Lemos 
herick.lemos@pesqueira.ifpe.edu.br 
 
 
RESUMO 
Este trabalho apresenta um estudo de caso em gerenciamento de risco e projeto de 
sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) para o ginásio do IFPE 
– Campus Pesqueira. As descargas atmosféricas, popularmente conhecidas como 
raios, são fenômenos naturais gerados por diferenças de potencial elétrico entre 
nuvens e o solo ou entre diferentes regiões das nuvens. Esses eventos ocorrem, 
geralmente, durante tempestades, e podem transportar correntes elétricas de 
dezenas a centenas de milhares de amperes. A segurança em edificações, 
especialmente em áreas como ginásio, é de extrema importância, pois é necessário 
garantir a integridade física das pessoas e da estrutura. Sendo assim, o Sistema de 
Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) é essencial, principalmente em um 
ambiente com grande circulação de pessoas como em um ginásio. O ginásio do 
IFPE – Campus Pesqueira recebe frequentemente um grande número de pessoas 
que praticam atividades físicas e educacionais. Isso torna a adoção de um sistema 
eficiente contra raios indispensável. Diante desta necessidade, além de apresentar 
uma solução técnica, este trabalho visa contribuir para conscientização sobre a 
importância do planejamento e da prevenção em ambientes educacionais, 
reforçando a relevância da engenharia para a proteção da vida e do patrimônio. 
 
Palavras-chave: Descargas atmosféricas. Gerenciamento de risco. SPDA. 
 
ABSTRACT 
This work presents a case study in risk management and the design of a lightning 
protection system (LPS) for the gymnasium at IFPE – Pesqueira Campus. Lightning, 
commonly known as thunderbolts, are natural phenomena caused by electrical 
potential differences between clouds and the ground or between different regions 
within the clouds. These events typically occur during storms and can carry electrical 
currents ranging from tens to hundreds of thousands of amperes. Safety in buildings, 
especially in areas like gymnasiums, is extremely important, as it is necessary to 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
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ensure the physical integrity of both people and the structure. Therefore, the 
Lightning Protection System (LPS) is essential, particularly in environments with a 
high circulation of people, such as a gym. The gymnasium at IFPE – Pesqueira 
Campus frequently hosts a large number of individuals engaged in physical and 
educational activities. This makes the implementation of an efficient lightning 
protection system indispensable. In light of this need, in addition to presenting a 
technical solution, this work also aims to raise awareness about the importance of 
planning and prevention in educational environments, reinforcing the relevance of 
engineering in protecting both life and property. 
Keywords: Lightning discharges; Risk management; Lightning Protection System 
(LPS) 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A energia elétrica possui uma jornada fascinante que começou com a 
observação de fenômenos naturais e tornou-se uma das tecnologias mais 
transformadoras da humanidade. Seu uso é essencial, eficiente e versátil. Sua 
importância alcança todas as áreas do cotidiano, como, por exemplo: uso doméstico, 
industrial, saúde, educação, comunicação, sustentabilidade e desenvolvimento 
social. Sem sua existência sistemas de saúde e segurança colapsa, a comunicação 
é interrompida e a economia entra em crise. 
A energia elétrica é uma necessidade básica, no entanto, é necessário adotar 
sistemas de proteção contra choques elétricos para garantir a segurança e o 
bem-estar de todos que usufruem da eletricidade. Os principais sistemas de 
segurança contra choques elétricos são: aterramento, dispositivo DR (diferencial 
residual), isolamento elétrico, desligamento automático, blindagens e barreiras. A 
importância desses sistemas de proteção se deve à preservação da vida humana, 
segurança patrimonial e confiabilidade das instalações elétricas. Tornando-se 
fundamentais para evitar acidentes graves, incêndios e garantir o seguro uso da 
eletricidade em todos os tipos de ambiente. 
Neste contexto, as descargas atmosféricas causam sérias perturbações nas 
redes aéreas de transmissão e distribuição de energia elétrica, além de provocarem 
danos materiais nas construções atingidas por elas, sem contar os riscos de morte a 
que as pessoas e animais ficam submetidas. (Mamede Filho, 2018). 
As descargas atmosféricas, popularmente conhecidas como raios, são 
fenômenos naturais gerados por diferenças de potencial elétrico entre nuvens e o 
solo ou entre diferentes regiões das nuvens. Esses eventos ocorrem, geralmente, 
durante tempestades, e podem transportar correntes elétricas de dezenas a 
centenas de milhares de amperes. 
A segurança em edificações, especialmente em edificações de grande altura 
ou extensão, como ginásio, é de extrema importância, pois é necessário garantir a 
integridade física das pessoas e da estrutura. Sendo assim, o Sistema de Proteção 
contra Descargas Atmosféricas (SPDA) é essencial, principalmente em um ambiente 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
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com grande circulação de pessoas como em um ginásio. No IFPE Campus 
Pesqueira, a segurança de todos é uma prioridade e garantir um bom sistema de 
proteção contra descargas atmosféricas é fundamental para proteger os alunos, 
professores, funcionários e os bens da instituição. 
Quando não há medidas adequadas de proteção, os efeitos de um raio 
podem resultar em prejuízos materiais consideráveis, paralisação de atividades e, 
em casos extremos, acidentes fatais. Por isso, a instalação de um SPDA é uma 
exigência não apenas normativa, mas também uma necessidade para garantir a 
segurança de ambientes coletivos. 
O objetivo principal deste trabalho é garantir a segurança dos alunos, 
professores e servidores do IFPE Campus Pesqueira, desenvolvendo um projeto de 
SPDA com base no gerenciamento de risco e conforme os critérios da norma NBR 
5419. O ginásio do IFPE – Campus Pesqueira recebe frequentemente muitas 
pessoas que praticam atividades físicas e educacionais. Isso torna a adoção de um 
sistema eficiente contra raios indispensável. Diante desta necessidade, além de 
apresentar uma solução técnica, este trabalho visa contribuir para conscientização 
sobre a importância do planejamento e da prevenção em ambientes educacionais, 
reforçando a relevância da engenharia para a proteção da vida e do patrimônio. 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 Descargas atmosféricas: Conceitos e efeitos 
 
Segundo Mamede Filho (2018), foram desenvolvidas diversas teorias para 
compreender o fenômeno dos raios. Atualmente, entende-se que o atrito entre 
partículas presentes na água das nuvens causa fortes correntes de ar ascendente e 
gera um acúmulo significativo de cargas elétricas, formando o raio. Alguns 
experimentos mostram que as cargas positivas se alocam na parte superior da 
nuvem, enquanto as cargas negativas concentram-se na parte inferior, fazendo com 
que haja uma movimentação de cargas elétricas positivas na parte superior terrestre 
direcionada à região abaixo das nuvens. Esse processo faz com que a nuvem 
apresente um comportamento bipolar. 
 
Figura 01 - Distribuição das cargas elétricas nas nuvens e no solo. 
 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
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Fonte: Mamede Filho, 2019. 
A Figura 01 ilustra a diferença de potencial elétrico entre a nuvem e o solo. 
Essa diferença acontece devido à separação das cargas elétricas, podendo superar 
a rigidez dielétrica do ar, que é um isolante natural e levando à sua ruptura. Quando 
essa diferença, chamada de gradiente de tensão, ultrapassa a rigidez do ar ocorre asua ruptura e as cargas elétricas migram para o solo em forma de descarga 
atmosférica, resultando em um raio, que segue um caminho irregular e ramificado. 
Além do impacto visual e sonoro (raios e trovões), as descargas representam sérios 
riscos à integridade física de pessoas, animais, edificações e equipamentos 
eletrônicos, podendo causar: 
a) Incêndios; 
b) Queima de equipamentos eletrônicos; 
c) Danos estruturais; 
d) Acidentes fatais por choque elétrico. 
As descargas atmosféricas podem ser consideradas um fenômeno natural, 
sendo impossível evitá-las, porém existe a possibilidade de diminuir os efeitos 
causados por ela através de seu redirecionamento do local de impacto para o solo 
através de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas. (MIRANDA, 
2003b). 
 
2.2 Norma aplicável: ABNT NBR5419 (Partes 1 a 4) 
Atualmente, não existem dispositivos ou métodos capazes de interferir nos 
fenômenos climáticos naturais a ponto de evitar a ocorrência de descargas 
atmosféricas. Quando essas descargas atingem diretamente edificações, linhas 
elétricas, tubulações metálicas que adentram as estruturas ou o solo em suas 
proximidades, podem representar riscos significativos às pessoas, às construções, 
seus equipamentos e instalações internas. Por esse motivo, é indispensável adotar 
medidas adequadas de proteção contra descargas atmosféricas. (NBR 5419-1:2015) 
As conexões entre as partes da ABNT NBR 5419 são representadas na Figura 02. 
 
Figura 02 - Conexões entre as partes da ABNT NBR 5419:2015. 
 
 
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Fonte: ABNT NBR 5419-1:2015 
2.2.1 ABNT NBR 5419-1: Princípios Gerais 
Essa parte da norma apresenta as diretrizes básicas para a proteção das 
estruturas contra as descargas atmosféricas. Além disso, apresenta também os 
conceitos fundamentais, os critérios do projeto e os procedimentos iniciais que 
devem ser adotados para garantir a segurança das pessoas, edificações e 
equipamentos. 
Os efeitos provocados pelas descargas atmosféricas que incidem sobre as 
estruturas podem resultar em danos variados, afetando desde a própria edificação 
até equipamentos instalados em seu interior, pessoas presentes no local e redes 
elétricas associadas. O item 5.2.1 da NBR 5419-1 fala que a corrente da descarga 
atmosférica é a fonte de danos. As seguintes situações devem ser levadas em 
consideração em função da posição do ponto de impacto relativo à estrutura 
considerada: 
 
● S1: descargas atmosféricas na estrutura, podendo causar: 
a) danos mecânicos imediatos, fogo e/ou explosão devido ao próprio plasma 
quente do canal da descarga atmosférica, ou devido à corrente resultando em 
aquecimento resistivo de condutores (condutores sobreaquecidos), ou devido 
à carga elétrica resultando em erosão pelo arco (metal fundido);   
b) fogo e/ou explosão iniciado por centelhamento devido a sobretensões 
resultantes de acoplamentos resistivos e indutivos e à passagem de parte da 
corrente da descarga atmosférica;   
c) danos às pessoas por choque elétrico devido a tensões de passo e de toque 
resultantes de acoplamentos resistivos e indutivos; 
d) falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP; 
● S2: descargas atmosféricas próximas à estrutura, podendo causar: 
a) falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a LEMP. 
● S3: descargas atmosféricas sobre as linhas elétricas e tubulações metálicas que 
entram na estrutura, podendo causar: 
a) fogo e/ou explosão iniciado por centelhamento devido a sobretensões e 
correntes das descargas atmosféricas transmitidas por meio das linhas 
elétricas e tubulações metálicas; 
b) danos a pessoas por choque elétrico devido a tensões de toque dentro da 
estrutura causadas por correntes das descargas atmosféricas transmitidas 
pelas linhas elétricas e tubulações metálicas; 
c) falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a sobretensões que 
aparecem nas linhas que entram na estrutura. 
● S4: descargas atmosféricas próximas às linhas elétricas e tubulações metálicas 
que entram na estrutura, podendo causar: 
a) falha ou mau funcionamento de sistemas internos devido a sobretensões 
induzidas nas linhas que entram na estrutura 
Em consequência disso, a parte 5.1.2.4 da NBR 5419-1 mostra que as descargas 
atmosféricas podem causar três tipos de danos. Sendo eles: 
a) D1: danos às pessoas devido a choque elétrico;   
b) D2: danos físicos (fogo, explosão, destruição mecânica, liberação de produtos 
químicos) devido aos efeitos das correntes das descargas atmosféricas, 
inclusive centelhamento;   
 
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c) D3: falhas de sistemas internos devido a LEMP. 
Cada tipo de dano relevante para a estrutura a ser protegida, sozinho ou em 
combinações com outros, pode, em consequência, produzir diferentes perdas. O tipo 
de perda que pode ocorrer depende das características do próprio objeto. Para a 
ABNT NBR 5419, são considerados os seguintes tipos de perdas, os quais podem 
aparecer como consequência de danos relevantes à estrutura: (Item 5.2 da NBR 
5419-1:2015) 
a) L1: perda de vida humana; 
b) L2: perda de serviço ao público;   
c) L3: perda de patrimônio cultural;   
d) L4: perda de valor econômico. 
As perdas classificadas como L1, L2 e L3 podem ser caracterizadas como 
perdas de valor social, enquanto as perdas do tipo L4 são consideradas 
exclusivamente de natureza econômica. A relação entre as fontes de danos, os tipos 
de danos e as respectivas perdas estão apresentados na Tabela 01 
 
Tabela 01 - Danos e perdas relevantes para uma estrutura para diferentes pontos de 
impacto da descarga atmosférica. 
 
Fonte: Tabela 2 da ABNT NBR 5419-1:2015. 
A necessidade de proteger um objeto contra descargas atmosféricas deve ser 
analisada com o objetivo de minimizar as perdas de valor social classificadas como 
L1, L2 e L3. Para determinar se a instalação de um sistema de proteção contra 
descargas atmosféricas é ou não necessária, deve-se realizar uma avaliação de 
risco conforme os procedimentos estabelecidos na ABNT NBR 5419-2. Nessa 
avaliação, devem ser considerados os seguintes riscos, de acordo com os tipos de 
perdas descritos no item 5.2 da ABNT NBR 5419-1: 
a) R1: risco de perdas ou danos permanentes em vidas humanas; 
b) R2: risco de perdas de serviços ao público;   
c) R3: risco de perdas do patrimônio cultural. 
 
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A Figura 03 a seguir ilustra a relação entre os riscos considerados no 
gerenciamento de risco, conforme estabelecido na ABNT NBR 5419-2, e os 
respectivos fatores de danos e perdas. 
 
Figura 03 - Tipos de perdas e riscos correspondentes que resultam de diferentes 
tipos de danos. 
 
Fonte: Figura 2 da ABNT NBR 5419-1:2015. 
Informações detalhadas sobre avaliação de risco e do procedimento para 
escolha das medidas de proteção são relatadas na ABNT NBR 5419-2. 
2.2.2 ABNT NBR 5419-2: Gerenciamento de Risco 
Essa parte da norma apresenta os critérios e procedimentos para avaliar a 
necessidade de proteção contra descargas atmosféricas em estruturas e 
instalações. Essa etapa é essencial para determinar se é necessário instalar um 
Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e, se for o caso, qual o 
nível de proteção mais adequado. 
O item 4.2.2 da norma, apresenta os componentes de risco para uma 
estrutura devido às descargas atmosféricas, sendo eles: 
a) RA: componente relativo a ferimentos aos seres vivos causados por choque 
elétrico devido às tensões de toque e passo dentro da estrutura e fora nas 
zonas até 3 m ao redor dos condutores de descidas. Perda de tipo L1 e, no 
caso de estruturas contendo animais vivos, as perdas do tipo L4 com 
possíveis perdas de animais podem também aumentar; 
b) RB: componente relativo a danos físicos causados por centelhamentos 
perigosos dentro da estrutura iniciando incêndio ou explosão, os quais podem 
também colocar em perigo o meio ambiente. Todos os tipos deperdas (L1, 
L2, L3 e L4) podem aumentar; 
c) RC: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por LEMP. 
Perdas do tipo L2 e L4 podem ocorrer em todos os casos junto com o tipo L1, 
nos casos de estruturas com risco de explosão, e hospitais ou outras 
estruturas onde falhas de sistemas internos possam imediatamente colocar 
em perigo a vida humana. 
 
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No item 4.2.3 da NBR 5419-2 são apresentados os componentes de risco para uma 
estrutura devido às descargas atmosféricas perto da estrutura: 
a) RM: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por LEMP. 
Perdas do tipo L2 e L4 podem ocorrer em todos os casos junto com o tipo L1, 
nos casos de estruturas com risco de explosão, e hospitais ou outras 
estruturas onde falhas de sistemas internos possam imediatamente colocar 
em perigo a vida humana. 
Além desses, são representados também os componentes de riscos para 
uma estrutura devido às descargas atmosféricas a uma linha conectada à estrutura 
e os componentes de risco para uma estrutura devido às descargas atmosféricas 
perto de uma linha conectada à estrutura. Esses componentes são representados 
nos itens 4.2.4 e 4.2.5, respectivamente. 
O item 4.2.4 mostra que os componentes de risco para uma estrutura devido às 
descargas atmosféricas em uma linha conectada à estrutura são: 
a) RU: componente relativo a ferimentos aos seres vivos causados por choque 
elétrico devido às tensões de toque e passo dentro da estrutura. Perda do tipo 
L1 e, no caso de propriedades agrícolas, perdas do tipo L4 com possíveis 
perdas de animais podem também ocorrer; 
b) RV: componente relativo a danos físicos (incêndio ou explosão iniciados por 
centelhamentos perigosos entre instalações externas e partes metálicas 
geralmente no ponto de entrada da linha na estrutura) devido à corrente da 
descarga atmosférica transmitida ou ao longo das linhas. Todos os tipos de 
perdas (L1, L2, L3 e L4) podem ocorrer; 
c) RW: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por 
sobretensões induzidas nas linhas que entram na estrutura e transmitidas a 
esta. Perdas do tipo L2 e L4 podem ocorrer em todos os casos, junto com o 
tipo L1, nos casos de estruturas com risco de explosão, e hospitais ou outras 
estruturas onde falhas de sistemas internos possam imediatamente colocar 
em perigo a vida humana. 
As linhas que são consideradas nessa análise, são apenas as linhas que adentram à 
estrutura. 
Já o item 4.2.5 apresenta o componente de risco para uma estrutura devido às 
descargas atmosféricas perto de uma linha conectada à estrutura, sendo ele: 
a) RZ: componente relativo a falhas de sistemas internos causados por 
sobretensões induzidas nas linhas que entram na estrutura e transmitidas a 
esta. Perdas do tipo L2 e L4 podem ocorrer em todos os casos, junto com o 
tipo L1, nos casos de estruturas com risco de explosão, e hospitais ou outras 
estruturas onde falhas de sistemas internos possam imediatamente colocar 
em perigo a vida humana. 
Cada risco ‘R’, é a soma dos seus componentes de risco. Ao calcular um 
risco, os componentes de risco podem ser agrupados de acordo com as fontes de 
danos e os tipos de danos. 
Para mais detalhes, ler o item 4.3 da NBR 5419-2 onde é mostrada a 
composição dos componentes de risco, detalhando a análise levada em conta para 
cada tipo de perda na estrutura. Esses componentes de risco que correspondem 
para cada tipo de perda, também estão mostrados na Tabela 02. 
 
 
 
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Tabela 02 - Componentes de risco a serem considerados para cada tipo de perda 
em uma estrutura. 
 
Fonte: Tabela 2 da ABNT NBR 5419-2:2015. 
 
Após a identificação das componentes de risco relacionadas à estrutura em 
análise, essas componentes devem ser calculadas por meio da Equação 1 
estabelecida pela norma. 
 𝑅
𝑋
= 𝑁
𝑋
* 𝑃
𝑋
* 𝐿
𝑋 (Equação 1) 
 
 
Onde: 
● Nx é número de eventos perigosos por ano; 
● Px é a probabilidade de dano à estrutura; 
● Lx é a perda consequente. 
 
Portanto, antes de apresentar o cálculo das componentes de risco para cada 
situação, é fundamental definir como são determinados o número de eventos 
perigosos, a probabilidade de ocorrência de danos e as perdas consequentes, 
considerando também as diferentes situações de danos possíveis. A Tabela 03 
mostra de maneira resumida algumas equações que são essenciais para a análise 
dos componentes de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 03 – Componentes de risco para diferentes tipos de danos e fontes de danos. 
 
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Fonte: Tabela 6 da ABNT NBR 5419-2:2015. 
 
Para mais detalhes das equações, ver a Tabela 5 da ABNT NBR 5419-2. 
2.2.2.1 Risco tolerável (RT) 
 
Cabe à autoridade competente definir o valor do risco tolerável a ser adotado. 
A Tabela 04 apresenta valores representativos de risco tolerável (RT) para situações 
em que as descargas atmosféricas possam causar perdas de vidas humanas ou 
prejuízos a valores sociais e culturais. (Item 5.3 ABNT NBR 5419-2). 
 
Tabela 04 - Valores típicos de riscos toleráveis RT. 
 
Fonte: Tabela 4 da ABNT NBR 54919-2:2015. 
 
O item 5.4 da NBR-5419-2 explica que, de acordo com a NBR 5419-1, os 
riscos R1, R2 e R3 devem ser considerados na análise da necessidade da proteção 
contra descargas atmosféricas. Se R ≤ RT, a proteção contra a descarga atmosférica 
não é necessária. Se R > RT, medidas de proteção devem ser adotadas no sentido 
de tornar R ≤ RT para todos os riscos aos quais a estrutura está sujeita. 
De acordo com o que é apresentado de maneira geral nesta parte da norma, 
pode-se concluir que para realizar o cálculo do risco atual da edificação, é 
necessário considerar os seguintes fatores: 
1. Análise do número anual de eventos perigosos; 
2. Avaliação da probabilidade de danos; 
3. Análise da quantidade de perda; 
4. Avaliação dos custos das perdas. 
 
Para detalhamento de cada fator citado acima, pode-se verificar os Anexos A, 
B, C e D da ABNT NBR 5419 - 2. 
 
 
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2.2.3 ABNT NBR 5419-3: Danos Físicos a Estruturas e Perigos à Vida 
Esta parte da norma trata das medidas de proteção contra descargas 
atmosféricas no interior e ao redor da estrutura e dos riscos à vida causados por 
tensão de passo. O seu principal objetivo é estabelecer critérios para projetar e 
implementar o SPDA interno e externo, visando prevenir danos estruturais e 
proteger pessoas. Esta norma se aplica para: 
a) Projeto, instalação, inspeção e manutenção do SPDA para estruturas sem 
limitação de altura; 
b) Estabelecimento de medidas para proteção contra lesões a seres vivos 
causados pelas tensões de passo e toque provenientes das descargas 
atmosféricas. 
 
As características de um SPDA são definidas com base nas características da 
estrutura que será protegida e pelo nível de proteção necessário para proteção 
contra descargas atmosféricas. Os níveis de proteção estão mostrados na Tabela 
05. 
 
Tabela 05 - Relação entre níveis de proteção para descargas atmosféricas e classe 
de SPDA. 
Nível de proteção Classe do SPDA 
I I 
II II 
III III 
IV IV 
Fonte: ABNT NBR 5419-3, 2015. 
 
O nível de proteção é determinado a partir do estudo de gerenciamento de 
risco da estrutura, enquanto a classe do SPDA será definida com base no nível de 
proteção pretendido para a estrutura protegida. Por meio da classe do SPDA, é 
possível obter as seguintes informações: 
a) Parâmetros da descarga atmosférica; 
b) Raio da esfera rolante, tamanho da malha e ângulo de proteção; 
c) Distâncias típicas entre condutores de descida e dos condutores em anel; 
d) Distância de segurança contra centelhamento perigoso; 
e) Comprimento mínimo dos eletrodos de terra. 
 
Como é dito no Item 4.2 da norma, quanto maior for a integração e a 
coordenação entre os projetos e as execuções da estrutura e do SPDA, melhores 
serãoas soluções adotadas, permitindo a otimização dos custos sem comprometer 
a qualidade técnica. Sempre que possível, o projeto da própria estrutura deve 
viabilizar o aproveitamento de suas partes metálicas como componentes naturais do 
sistema de proteção contra descargas atmosféricas. 
 
2.2.4 ABNT NBR 5419-4: Sistemas Elétricos e Eletrônicos Internos na Estrutura 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
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Esta parte da norma aborda a prevenção a danos permanentes aos 
equipamentos devido a impulsos eletromagnéticos dos raios, conhecidos como 
LEMP (Lightning Electromagnetic Impulse) que em português quer dizer Impulso 
Eletromagnético do Raio. Essa parte da norma não garante a proteção total contra 
interferências eletromagnéticas causadas por descargas atmosféricas. No entanto, é 
possível obter uma redução satisfatória nos danos aos equipamentos e perturbações 
causadas pelos raios por meio da adoção de medidas de proteção contra surtos 
(MPS). 
As medidas de proteção indicadas pela norma são baseadas no conceito de 
zonas de proteção contra raios (ZPR), as quais podem ser divididas em duas, sendo 
elas: 
a) Zona de proteção interna; 
b) Zona de proteção externa. 
A zona de proteção interna é dividida em três partes: 
1. ZPR 0, onde a ameaça é devida a não atenuação do campo eletromagnético 
e os sistemas internos estão sujeitos a correntes de surto totais ou parciais; 
2. ZPR 0A, onde a ameaça é devida a descarga atmosférica direta e totalidade 
do campo eletromagnético gerado por esta descarga; 
3. ZPR 0B, onde a ameaça é devida a descarga atmosférica direta, no entanto, a 
ameaça é causada pela totalidade do campo eletromagnético. 
A zona de proteção externa é dividida em duas partes, sendo elas: 
1. ZPR 1, onde a corrente de surto é limitada pela distribuição das correntes e 
interfaces isolantes, por DPS ou blindagem espacial instalados na fronteira 
das zonas; 
2. ZPR 2, onde a corrente de surto pode ser ainda mais limitada. 
As medidas básicas de proteção contra surtos (MPS) incluem: 
1. Aterramento e equipotencialização; 
2. Blindagem magnética e roteamento das linhas; 
3. Coordenação de DPS; 
4. Interfaces isolantes. 
Para mais detalhamento sobre os incisos citados acima, ler os Itens 5 a 9 da norma. 
 
2.3 Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) 
 
O SPDA é um sistema integrado usado para diminuir os danos físicos 
causados pelas descargas atmosféricas em edificações, sendo considerado o 
sistema mais confiável e eficaz. Geralmente é composto por dois sistemas de 
proteção: sistema interno e sistema externo. O item 8.4.1.2 da norma NBR 
5419-1:2015 diz que o sistema externo está destinado à: 
a) Interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura (por meio do subsistema 
de captação); 
b) Conduzir a corrente da descarga atmosférica para a terra de forma segura (por 
meio do subsistema de descida); 
c) Dispersar a corrente da descarga atmosférica na terra (por meio do subsistema 
de aterramento). 
 
O sistema interno visa evitar os danos causados por tensão perigosa e 
centelhamentos que podem ocorrer no interior da edificação quando ocorre uma 
 
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descarga atmosférica. Esse sistema tem como objetivo principal garantir que a 
corrente elétrica proveniente de uma descarga atmosférica não cause danos às 
pessoas que estão no interior da edificação e aos equipamentos eletrônicos. 
As principais medidas de proteção contra as tensões perigosas, que também 
são conhecidas por tensão de passo e tensão de toque, para os seres vivos, 
consiste em: 
a) Diminuir a corrente elétrica que flui entre os seres vivos; 
b) Diminuir a ocorrência de tensões perigosas por meio de barreiras físicas ou 
advertências. 
 
Como é mostrado no item 4.2 da norma NBR 5419-3:2015, existem quatro 
classes de SPDA que correspondem aos quatro níveis de proteção contra descargas 
atmosféricas. Cada classe do SPDA é definida pelos seguintes critérios: 
a) Dados dependentes da classe do SPDA; 
b) Fatores que não dependem da classe do SPDA. 
 
O SPDA classe I possui o nível de proteção mais elevado e é indicado para 
instalações que possuem riscos extremos de impacto por raios, como, por exemplo: 
prédios muito altos, instalações nucleares e refinarias. 
O SPDA classe II é indicado para instalações com alto risco, mas não 
extremo, como, por exemplo: hospitais, escolas e prédios públicos. 
Já o SPDA classe III e IV são indicados para instalações com riscos médios 
ou mínimos, como: galpões isolados, edifícios comerciais, residências maiores e 
pequenas edificações rurais. 
A definição de cada classe é por meio de uma análise de risco obrigatória, 
conforme mostra a ABNT NBR 5419-2:2015. Nessa análise são considerados: 
a) Tipo de estrutura e edificação; 
b) Número de pessoas presentes no local; 
c) Valor e importância dos bens a proteger; 
d) Presença de materiais inflamáveis; 
e) Localização geográfica da estrutura. 
2.3.1 Subsistemas de Captação 
 
São elementos condutores geralmente expostos, posicionados nos pontos 
mais altos da edificação, cuja função é realizar o contato direto com as descargas 
atmosféricas (Mamede Filho, 2018). Os captores são divididos em: 
1. Captores naturais: são formados por elementos condutores expostos, 
geralmente partes integrantes da própria edificação a ser protegida (Mamede 
Filho, 2018). 
2. Captores não naturais: são compostos por elementos condutores expostos, 
geralmente instalados sobre a cobertura e nas laterais das edificações, com a 
função de estabelecer contato direto com as descargas atmosféricas 
(Mamede Filho, 2018). 
2.3.2 Subsistemas de Descida 
Os subsistemas de descidas podem ser classificados de acordo com a sua 
natureza construtiva, podendo ser: 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
14 
1. Subsistemas de descida naturais: são elementos condutores, geralmente 
integrados à própria edificação, que, devido à sua natureza condutiva, 
permitem a condução das correntes elétricas provenientes das descargas 
atmosféricas até o subsistema de aterramento (Mamede Filho, 2018). 
2. Subsistemas de descida não naturais: são formados por elementos 
condutores, expostos ou embutidos, destinados exclusivamente a conduzir ao 
subsistema de aterramento as correntes elétricas resultantes dos raios 
captados (Mamede Filho, 2018). 
2.3.3 Subsistemas de aterramento 
Os subsistemas de aterramento também são classificados de acordo com sua 
natureza construtiva, podendo ser: 
1. Subsistemas de aterramento naturais: são compostos por elementos 
metálicos embutidos nas fundações das edificações, fazendo parte integrante 
da própria estrutura, com a função de dispersar as correntes elétricas das 
descargas atmosféricas no solo como parte do sistema de aterramento 
(Mamede Filho, 2018). 
2. Subsistema de aterramento não natural: são compostos por elementos 
condutores enterrados, dispostos horizontal ou verticalmente, cuja função é 
dispersar as correntes elétricas das descargas atmosféricas no solo (Mamede 
Filho, 2018). 
 
A Figura 04 ilustra detalhadamente os componentes construtivos de um 
SPDA, desde o subsistema de captação que é representado pelo captor, o 
subsistema de descida representado pelo condutor de descida e o subsistema de 
aterramento representado pelos eletrodos. 
 
Figura 04 – Elementos construtivos de um sistema de SPDA. 
 
Fonte: Mamede Filho, 2018. 
2.4 Método de Medição da Resistividade do Solo 
O arranjo de Wenner é um dos métodos mais aceitos do mundo, produz 
resultados satisfatórios e é de fácil execução. Esse método consiste em quatro 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
15 
hastes igualmente espaçadas, cravadas no solo com a mesma profundidade. Com 
este método, o aparelho faz circular uma corrente elétrica entre as duas hastes 
externas, nesse caso A1 e A2, como mostra a Figura 05. 
 
Figura 05 – Medição pelo método de Wenner. 
 
Fonte: (RAGGI, 2009). 
Deacordo com Mamede Filho (2018), para realizar a medição de 
resistividade do solo, é necessário cumprir alguns critérios, tais como: 
1. Os eletrodos devem ser cravados, aproximadamente 20 cm no solo; 
2. Os eletrodos devem estar sempre alinhados; 
3. A distância entre os eletrodos deve ser igual; 
4. Para cada espaçamento definido, ajustar o multiplicador do terrômetro. 
Esses são alguns dos passos cruciais para realizar a medição de 
resistividade do solo de maneira correta. Segundo Kindermann (1995), os 
espaçamentos sugeridos para medição são: 1, 2, 4, 8, 16 e 32 m. 
2.4.1 Fórmula de Wenner 
A Equação 2 mostra como a fórmula de Wenner é aplicada para obtenção do 
valor da resistividade do solo. 
 ρ = 𝑘 * 𝑅 (Equação 2) 
 
Onde, 
● ρ, é a resistividade do solo; 
● , é uma constante função da distância e profundidade das hastes; 𝑘
● , é a resistência em ohms. 𝑅
A constante, função da distância e profundidade das hastes, pode ser obtida 
por meio da equação 3: 
 𝑘 = 4π𝑎
1+ 2𝑎
𝑎2+4𝑏2
− 2𝑎
4𝑎2+4𝑏2 (Equação 3) 
 
Onde, 
● a, é o espaçamento entre as hastes; 
● b, é a profundidade das hastes. 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
16 
A seguir será apresentado a metodologia utilizada para o desenvolvimento 
deste trabalho. 
3 METODOLOGIA 
Esta seção apresenta a metodologia utilizada para realização deste trabalho, 
a qual foi dividida em três partes: a) inicialmente, foram realizadas as medições da 
resistividade do solo utilizando o método de Wenner; e na sequência, b) o projeto do 
SPDA adequado. 
 
3.1 Gerenciamento de Risco 
 
Para realizar o gerenciamento de risco, foi utilizada a metodologia proposta 
na ABNT-NBR 5419-2. A primeira etapa do processo é o levantamento de dados da 
estrutura. A Tabela 06 apresenta os dados essenciais da estrutura para 
determinação do gerenciamento de risco. 
 
Tabela 06 – Características do projeto da estrutura. 
Parâmetros Comentário Valores Referência da 
NBR 5419-2 
Densidade de descargas atmosféricas 
(1/Ωkm2/por ano) Valor fictício 2 - 
Fator de localização da estrutura Estrutura 
isolada 1 Tabela A.1 
Risco de incêndio Baixo 0,001 Tabela C.4 
Proteção contra choques (descargas 
na estrutura) Não existe 1 Tabela B.2 
Proteção contra choques (descargas 
na linha) Não existe 1 Tabela B.6 
Blindagem espacial interna Não existe 0,0001 Equação B.6 
Blindagem espacial externa Não existe 1 Equação B.5 
Perigo especial Não 
apresenta 1 Tabela C.6 
Perda de vida humana (devido à 
tensão de toque e passo) 
Isolação 
elétrica 0,01 Tabela C.2 
Perda de vida humana (devido à 
danos físicos) Outros 0,01 Tabela C.2 
Fator de instalação de linha 
(elétrica/sinal) 
Aérea/Aére
a 1 Tabela A.3 
Fator tipo de linha (elétrica/sinal) Linha de 
BT/ Sinais 1 Tabela A.3 
Fator ambiental (elétrica/sinal) Suburbano 0,5 Tabela A.4 
Parâmetros Comentário Valores Referência da 
NBR 5419-2 
Blindagem, aterramento e isolação 
(elétrica/sinal) Não existe 1 Tabela B.4 
Estrutura adjacente (elétrica/sinal) Não existe 0,2 - 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
17 
Fator de localização da estrutura 
adjacente (elétrica/sinal) Não existe 1 Tabela A.1 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
Além desses dados, faz-se necessário a divisão das zonas de risco. Para o 
ginásio, foram definidas duas zonas, uma interna, denominada de Zona 1, e outra 
externa, denominada de Zona 2. A Tabela 07 apresenta os parâmetros de projeto de 
cada zona. 
 
Tabela 07 – Distribuição de pessoas nas zonas. 
Quantidade de zonas 2 
Nº de pessoas na Zona 1 50 
Nº de pessoas na Zona 2 5 
Total de tempo na Zona 1 por ano (h) 720 
Total de tempo na Zona 2 por ano (h) 720 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
Para essas zonas, foram consideradas os danos, riscos e perdas 
apresentadas na Tabela 08. 
 
Tabela 08 – Danos, perdas e riscos considerados nas Zona 1 e 2. 
Tipos de danos 
Tipo Descrição 
D1 Ferimentos a seres vivos por choque elétrico 
D2 Danos físicos 
D3 Falhas de sistemas eletroeletrônicos 
Tipos de perdas 
Tipo Descrição 
L1 Ferimentos a seres vivos por choque elétrico 
Riscos 
Tipo Descrição 
R1 Risco de perda de vida humana, incluindo ferimentos 
 
As Tabela 09 e 10 apresentam, respectivamente, os parâmetros de projeto 
associados à estrutura e ao ambiente das Zonas 1 e 2. 
 
Tabela 09 – Características da estrutura e do meio ambiente na Zona 1. 
Parâmetros Comentário Valores Referência da 
NBR 5419-2 
Fator de localização da estrutura Isolada 1 Tabela A.1 
Parâmetros Comentário Valores Referência da 
NBR 5419-2 
SPDA (Pb) Não existe 1 Tabela B.2 
Ligação equipotencial (Peb) Não existe 1 Tabela B.7 
Blindagem espacial externa Não existe 1 Equação B.5 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
18 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
Tabela 10 – Características da estrutura e do meio ambiente na Zona 2. 
Parâmetros Comentário Valores Referência da 
NBR 5419-2 
Fator de localização da estrutura Isolada 1 Tabela A.1 
SPDA (Pb) Não existe 1 Tabela B.2 
Ligação equipotencial (Peb) Não existe 1 Tabela B.7 
Blindagem espacial externa Não existe 1 Equação B.4 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
Já as Tabelas 11 e 12 apresentam os valores associados às características 
das linhas de energia e sinal para as Zonas 1 e 2 respectivamente. 
 
Tabela 11 – Características da linha de energia e sinal na Zona 1. 
Características da linha de energia 
Parâmetros Comentários Valores 
Referência 
da NBR 
5419-2 
Comprimento - 1000 - 
Fator de instalação Enterrada 0,5 Tabela A.2 
Fator tipo de linha BT 1 Tabela A.3 
Fator ambiental Suburbano 0,5 Tabela A.4 
Blindagem da linha Não existe 1 Tabela B.8 
Blindagem, aterramento e isolação Não existe 1 Tabela B.4 
Estrutura adjacente Não existe - - 
Fator de localização da estrutura Não existe - Tabela A.1 
Tensão suportável do sistema interno (kV) Baixa tensão 2,5 - 
Características da linha de sinal 
Parâmetros Comentários Valores Referência 
Comprimento - 1000 - 
Fator de instalação Aérea 0,5 Tabela A.2 
Fator tipo de linha Linha de sinais 1 Tabela A.3 
Fator ambiental Suburbano 0,5 Tabela A.4 
Blindagem da linha Não existe 1 Tabela B.8 
Blindagem, aterramento e isolação Não existe 1 Tabela B.4 
Estrutura adjacente Não existe - - 
Fator de localização da estrutura Estrutura isolada - Tabela A.1 
Tensão suportável do sistema interno (kV) - 1,5 - 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
 
Tabela 12 – Características da linha de energia e sinal na Zona 2. 
Características da linha de energia 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
19 
Parâmetros Comentários Valores 
Referência 
da NBR 
5419-2 
Comprimento - 1000 - 
Fator de instalação Enterrada 0,5 Tabela A.2 
Fator tipo de linha BT 1 Tabela A.3 
Fator ambiental Suburbano 0,5 Tabela A.4 
Blindagem da linha Não existe 1 Tabela B.8 
Blindagem, aterramento e isolação Não existe 1 Tabela B.4 
Estrutura adjacente Não existe - - 
Fator de localização da estrutura Não existe - Tabela A.1 
Tensão suportável do sistema interno Uw 
(kV) Baixa tensão 2,5 - 
Características da linha de sinal 
Parâmetros Comentários Valores Referências 
Comprimento - 1000 - 
Fator de instalação Aérea 0,5 Tabela A.2 
Fator tipo de linha Linha de sinais 1 Tabela A.3 
Fator ambiental Suburbano 0,5 Tabela A.4 
Blindagem da linha Não existe 1 Tabela B.8 
Blindagem, aterramento e isolação Não existe 1 Tabela B.4 
Estrutura adjacente Não existe - - 
Fator de localização da estrutura Estrutura isolada - Tabela A.1 
Tensão suportável do sistema interno Uw 
(kV) - 1,5 - 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
A partir dos parâmetros de projeto apresentados, é possível determinar 
fatores como: tensão suportável de impulso do sistema a ser protegido, 
probabilidade PLD dependente da resistência da blindagem do cabo e da tensão de 
impulso e a probabilidade PLI dependente do tipo da linha e da tensão suportável de 
impulso, conforme demonstrado a seguir. 
 
3.3.1 Tensão Suportável de Impulso do SistemaProtegido 
 
É o valor máximo de tensão de impulso que um equipamento, ou parte dele, 
pode suportar, conforme definido pelo fabricante, indicando a capacidade da 
isolação de resistir a sobretensões transitórias. Este valor pode ser obtido por meio 
da Equação 4: 
 𝑈
𝐾
= 1
𝑈𝑤
 
(Equação 4) 
Onde, é a tensão suportável nominal de impulso de um sistema. 𝑈𝑤
 
3.3.2 Probabilidade PLD 
 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
20 
É a probabilidade de reduzir as componentes PU , PV e PW, dependendo das 
características da linha e da tensão suportável do equipamento (descargas 
atmosféricas na linha conectada), em que: 
● PU, é a probabilidade de ferimentos em seres vivos por choque elétrico 
(descargas atmosféricas perto da linha conectada); 
● PV, é probabilidade de danos físicos à estrutura (descargas atmosféricas perto 
da linha conectada); 
● PW, é a probabilidade de falha de sistemas internos (descargas atmosféricas 
na linha conectada). 
A probabilidade PLD pode ser obtida por meio da Tabela B.8 da ABNT NBR 
5419-2, apresentada no Tabela 13. 
 
Tabela 13 – Valores da probabilidade PLD dependendo da resistência RS da 
blindagem do cabo e da tensão suportável de impulso UW do equipamento. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
3.3.3 Probabilidade PLI 
 
É a probabilidade de reduzir a componente PZ, dependendo das 
características da linha e da tensão suportável do equipamento (descargas 
atmosféricas perto da linha conectada). PZ, é a probabilidade de falha de sistemas 
internos (descargas atmosféricas perto da linha conectada). 
A probabilidade PLI pode ser obtida por meio da Tabela B.9 apresentada na 
ABNT NBR 5419-2 e na Tabela 14. 
 
 
 
 
Tabela 14 – Valores da probabilidade PLI dependendo do tipo da linha e da tensão 
suportável de impulso. 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
21 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
A partir das probabilidades PLD e PLI é possível determinar os fatores de 
projeto associados às perdas típicas apresentados nas Tabelas 15 e 16 para as 
Zonas 1 e 2 respectivamente. 
 
Tabela 15 – Fatores válidos para a Zona 1. 
Parâmetros Comentários Valores Referência da 
NBR 5419-2 
Tipo de piso Concreto 0,01 Tabela C.3 
Proteção contra choque 
(descargas na estrutura) Não existe 1 Tabela B.1 
Proteção contra choque 
(descargas na linha) Não existe 1 Tabela B.6 
Risco de incêndio Baixo 0,001 Tabela C.5 
Proteção contra incêndio Não existe 1 Tabela C.4 
Blindagem espacial interna Não existe 1 Equação B.6 
Fiação interna energia Não blindada (condutores 
no mesmo eletroduto) 0,2 Tabela B.5 
DPS coordenados energia Não existe 1 Tabela B.3 
Perigo especial Não existe 1 Tabela C.6 
Dano 1 Devido à tensão de passo 
e toque 0,01 Tabela C.2 
Dano 2 Devido à danos físicos 0,001 Tabela C.2 
Dano 3 Devido a falhas em 
sistemas internos - Tabela C.2 
 
Tabela 16 – Fatores válidos para a Zona 2. 
Parâmetros Comentários Valores 
Referência da 
NBR 5419-2 
Tipo de piso Agricultura 0,01 Tabela C.3 
Proteção contra choque 
(descargas na estrutura) Não existe 1 Tabela B.1 
Proteção contra choque 
(descargas na linha) Não existe 1 Tabela B.6 
Risco de incêndio Baixo 0,001 Tabela C.5 
Proteção contra incêndio Não existe 1 Tabela C.4 
Blindagem espacial interna Não existe 1 Equação B.6 
Parâmetros Comentários Valores 
Referência da 
NBR 5419-2 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
22 
Fiação interna energia 
Não blindada 
(condutores no 
mesmo eletroduto) 
0,2 Tabela B.5 
DPS coordenados energia Não existe 1 Tabela B.3 
Perigo especial Não existe 1 Tabela C.6 
Dano 1 Devido à tensão 
de passo e toque 0,01 Tabela C.2 
Dano 2 Devido a danos 
físicos 0,001 Tabela C.2 
Dano 3 
Devido a falhas 
em sistemas 
internos 
- Tabela C.2 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
A seguir será apresentado a metodologia de cálculo das perdas típicas de D1, 
D2 e D3, além do fator de pessoas por zona. 
 
3.3.4 Perdas Típicas na Zona 1 
 
Nesta zona interna, foi considerada a perda L1, correspondente a ferimentos 
a seres vivos por choque elétrico. Para a L1, existem perdas típicas que precisam 
ser determinadas para cada tipo de dano. A Tabela 17 exibe a tabela C.1 da ABNT 
NBR-5419-2, que apresenta as equações utilizadas para cada dano. 
 
Tabela 17 – Tipo de perda L1: Valores da perda para cada zona. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
Na Tabela 17: 
● LT, é o número relativo médio típico de vítimas feridas por choque elétrico (D1) 
devido a um evento perigoso; 
● LF, é número relativo médio típico de vítimas por danos físicos (D2) devido a 
um evento perigoso; 
● LO, é número relativo médio típico de vítimas por falha de sistemas internos 
(D3) devido a um evento perigoso; 
● rt, é um fator de redução da perda de vida humana dependendo do tipo do 
solo ou piso; 
● rp, é um fator de redução da perda devido a danos físicos dependendo das 
providências tomadas para reduzir as consequências do incêndio; 
● rf, é um fator de redução da perda devido a danos físicos dependendo do risco 
de incêndio ou do risco de explosão da estrutura; 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
23 
● hz, é um fator de aumento da perda devido a danos físicos quando um perigo 
especial estiver presente; 
● nz, é o número de pessoas na zona; 
● nt, é o número total de pessoas na estrutura; 
● tz, é o tempo, durante o qual as pessoas estão presentes na zona, expresso 
em horas por ano. 
Os fatores LT, LF e LO são apresentados na Tabela C.2 da ABNT NBR 5419-2, 
conforme ilustrado no Tabela 18. 
 
Tabela 18 – Tipo de perda L1: Valores médios de LT, LF e LO. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
O fator de redução da perda de vida humana (rt) é determinado por meio da 
Tabela C.3 da NBR 5419-2, apresentada na Tabela 19. 
 
Tabela 19 – Fator de redução rt em função do tipo da superfície do solo. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
O fator de redução rP em função das providências tomadas para reduzir as 
consequências de um incêndio, é determinado por meio da Tabela C.4 da NBR 
5419-2, apresentada na Tabela 20. 
 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
24 
Tabela 20 - Fator de redução rp em função das providências tomadas para reduzir as 
consequências de um incêndio. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
Por fim, o fator de redução rf em função do risco de incêndio ou explosão na 
estrutura, é determinado por meio da Tabela C.5 da NBR 5419-2, apresentada na 
Tabela 21. 
 
Tabela 21 - Fator de redução rf em função do risco de incêndio ou explosão na 
estrutura. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2. 
 
3.3.5 Fator de Pessoas na Zona 
 
A equação que resulta no fator de pessoas na zona, é obtido através de 
Equação 5. 
 
 𝐹
𝑝𝑧
=
𝑛
𝑧
𝑛
𝑡
*
𝑡
𝑧
8760
(Equação 5) 
Onde: 
● nz, é o número de pessoas na zona; 
● nt, é o número de pessoas presentes na estrutura; 
● tz, é a quantidade de tempo em horas no qual as pessoas estão presentes na 
zona; 
● 8760, é o tempo em horas equivalente a um ano. 
 
3.3.6 Área de Exposição Equivalente das Linhas 
 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
25 
A área equivalente de exposição à descargas diretas, fator dependente do 
comprimento da linha de energia, é determinado por meio da Equação 6. 
 
 𝐴
𝐿
= 40 * 𝐿
𝐿
(Equação 6) 
 
Onde, LL, é o comprimento da linha de energia. Quando esse valor é desconhecido, 
seu valor pode ser considerado como 1000 metros. 
 
3.3.7 Número Anual de Eventos Perigosos 
 
É o número anual médio esperado de eventos perigosos devido a descargas 
atmosféricas diretas na estrutura, ou nas linhas. Na estrutura, este número pode ser 
calculado de acordo com a Equação 7. 
 
 𝑁
𝐷
= 𝑁
𝐺
* 𝐴
𝐷
* 𝐶
𝐷
* 10−6
 
(Equação 7) 
Onde: 
● NG, é a densidade de descargas atmosféricas para a terra (1/km2 × ano); 
● AD, é a área de exposição equivalente da estrutura, expressa em metro 
quadrado; 
● CD, é o fator de localização da estrutura. 
 
O fator de localização da estrutura,é determinado a partir da Tabela A.1 da 
NBR 5419-2 e apresentada na Tabela 22. 
 
Tabela 22 – Fator de localização da estrutura CD. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
Na linha de energia, o número médio anual de eventos perigosos é dado pela 
Equação 8. 
 
 𝑁
𝐿
= 𝑁
𝐺
* 𝐴
𝐿
* 𝐶
𝐼
* 𝐶
𝐸
* 𝐶
𝑇
* 10−6
 
(Equação 8) 
 
Onde: 
● NL, é o número de sobretensões de amplitude não inferior a 1 kV (1/ano) na 
seção da linha de energia; 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
26 
● NG, é a densidade de descargas atmosféricas para a terra (1/km2 × ano); 
● AL, é a área de exposição equivalente de descargas atmosféricas que atingem 
a linha, expressa em metro quadrado; 
● CI, é o fator de instalação da linha; 
● CT, é o fator tipo de linha; 
● CE, é o fator ambiental. 
 
O fator de instalação da linha é determinado a partir da Tabela A.2 da NBR 
5419-2 e apresentado na Tabela 23. 
 
Tabela 23 – Fator de instalação da linha CI. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
Já o fator tipo de linha é determinado a partir da Tabela A.3 da ABNT NBR 
5419-2 e apresentado na Tabela 24. 
 
Tabela 24 – Fator tipo de linha CT. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
3.3.8 Análise da Quantidade de Perdas 
 
A Tabela 25 apresenta a equações de cálculo das perdas que podem ocorrer 
em razão de uma descarga elétrica na estrutura, relacionadas aos tipos de danos 
que ela pode causar. Essas equações estão descritas na Tabela C.1 da ABNT NBR 
5419-2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 25 – Tipo de perda L1 – Valores de perda para cada zona. 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
27 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
Onde: 
● LT, é o número relativo médio típico de vítimas feridas por choque elétrico (D1) 
devido a um evento perigoso; 
● LF, é o número relativo médio típico de vítimas por danos físicos (D2) devido a 
um evento perigoso; 
● LO, é número relativo médio típico de vítimas por falha de sistemas internos 
(D3) devido a um evento perigoso; 
● rt, é um fator de redução da perda de vida humana dependendo do tipo do 
solo ou piso; 
● rp, é um fator de redução da perda devido a danos físicos dependendo das 
providências tomadas para reduzir as consequências do incêndio; 
● rf, é um fator de redução da perda devido a danos físicos dependendo do risco 
de incêndio ou do risco de explosão da estrutura; 
● hz, é um fator de aumento da perda devido a danos físicos quando um perigo 
especial estiver presente; 
● nz, é o número de pessoas na zona; 
● nt, é o número total de pessoas na estrutura; 
● tz, é o tempo, durante o qual as pessoas estão presentes na zona, expresso 
em horas por ano. 
A Tabela 26 apresenta os valores típicos toleráveis para LT, LF e LO. Estes 
valores são encontrados na Tabela C.2 da ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
Tabela 26 – Tipo de perda L1: Valores médios típicos de LT, LF e LO. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-2, 2015. 
 
3.3.9 Cálculo das Componentes de Risco 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
28 
 
Como etapa final do gerenciamento de risco, são determinadas as 
componentes de risco conforme as Figuras 05 e 06 deste trabalho. Os valores 
obtidos são somados e comparados com o risco tolerável para avaliação da 
necessidade do uso de SPDA na estrutura. Os resultados obtidos com e sem SPDA 
são apresentados na Seção 4. 
3.4 Projeto de SPDA 
 
O projeto do SPDA para o ginásio do IFPE Campus – Pesqueira foi realizado 
de acordo com as exigências da ABNT NBR 5419-3 2015. Esta parte da norma 
aborda os detalhes construtivos de um SPDA, desde o método de captação ao 
método de aterramento adequado. Nas próximas seção serão descritos os critérios 
de dimensionamento e especificação dos componentes do SPDA. 
 
3.4.1 Método de Captação 
 
O método de captação é determinado de acordo com as características 
dimensionais e dos materiais da coberta da estrutura protegida. A Tabela 3 da ABNT 
NBR 5419-3 apresenta os requisitos de espessura mínima necessária para que a 
cobertura seja considerada um captor natural. Essa tabela é reproduzida na Tabela 
27. 
 
Tabela 27 – Espessura mínima de chapas metálicas ou tubulações metálicas em 
sistemas de captação. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-3, 2015. 
 
3.4.2 Subsistema de Descida 
 
Para condução das correntes de descarga à terra, deve-se especificar um 
subsistema de descida. A Tabela 06 da ABNT NBR 5419-3 apresenta as 
especificações mínimas para variadas opções não naturais, assim como as 
condições e especificações mínimas para o uso de partes da estrutura como 
subsistema de descida natural. A quantidade mínima de condutores de descida pode 
ser determinada por meio do perímetro da estrutura e o espaçamento mínimo 
previsto na Tabela 04 da ABNT NBR 5419-3, apresentada na Tabela 28.. 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
29 
 
Tabela 28 - Valores típicos de distância entre os condutores de descida e entre os 
anéis condutores de acordo com a classe de SPDA. 
 
Fonte: ABNT NBR 5419-3. 
 
3.4.3 Subsistema de Aterramento 
É responsável por dissipar com segurança a corrente elétrica da descarga 
atmosférica para o solo, minimizando riscos a pessoas, edificações e equipamentos. 
Ele atua em conjunto com os subsistemas de captação e de descida, garantindo a 
eficiência global do SPDA. 
Segundo a NBR 5419:2015, o aterramento no SPDA deve: 
● Oferecer baixa resistência de dispersão da corrente para a terra. 
● Manter a equipotencialização entre elementos metálicos, estruturas e 
sistemas elétricos. 
● Evitar gradientes de potencial perigosos (tensões de passo e de 
toque). 
O subsistema de aterramento pode ser implementado de diferentes formas: 
● Anel de aterramento (malha perimetral) – condutor enterrado ao redor 
da edificação, interligando todos os pontos de descida. 
● Eletrodos verticais (hastes) – utilizados para melhorar a dissipação de 
corrente em solos de alta resistividade. 
● Malhas internas – aplicadas em pisos ou áreas específicas para 
proteção adicional. 
Assim, o subsistema de aterramento é a etapa final e crucial do SPDA, 
assegurando que a energia da descarga seja conduzida de forma controlada e 
segura ao solo, preservando a integridade da edificação e das pessoas no entorno. 
3.5 Medição da Resistividade do Solo 
Para a determinação da resistividade do solo, utilizou-se o método de 
Wenner, associado à utilização de um terrômetro digital, do modelo MTD20KWe, 
apresentado na Figura 05. 
 
 
Figura 05 - Terrômetro digital MTD20KWe. 
 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
30 
 
Fonte: Acervo do autor, 2025. 
 
O terrômetro digital MTD20KWe, é destinado para medir resistências e 
resistividades de aterramento pelo método de Wenner em um amplo intervalo de 
medições, desde 0,01Ω até 20kΩ. Este equipamento permite ensaios confiáveis em 
todo tipo de terreno, inclusive naqueles que possuem uma resistividade muito alta. 
O instrumento possui quatro terminais, sendo dois deles destinados para 
medição de corrente e dois para medição de potencial. O aparelho, através de sua 
fonte interna, faz circular uma corrente elétrica entre duas hastes externas que estão 
conectadas aos terminais de corrente Ext e Exc. As duas hastes internas são 
conectadas nos terminais de potencial Ec e Et. Assim, o aparelho processa 
internamente e indica a leitura do valor da resistência elétrica, dada em ohms, de 
acordo com a Equação 9: (Kindermann, 1995) 
 𝑅 = 𝑉
𝐼
(Equação 9) 
 
As hastes utilizadas na medição possuem de 30 centímetros de comprimento 
e foram fixadas 20 cm no solo. 
3.5.1 Coleta e Tratamento dos Dados 
 
A Tabela 29 apresenta as coordenadas geográficos dos vértices da estrutura. 
 
Tabela 29 – Coordenadas geográficas dos vértices da estrutura . 
Coordenadas geográficas Dados 
Centro -8,3666349º, -36,6812233º 
Ponto 1 -8,3665719º, -36,6813970º 
Ponto 2 -8,3664594º, -36,6812370º 
Ponto 3 -8,3667231º, -36,6810513º 
Ponto 4 -8,3668452º, -36,6811807º 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
 
InstitutoFederal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
31 
As medições foram realizadas em duas direções, mais precisamente na 
direção frontal e lateral da estrutura. A Tabela 30 apresenta os valores obtidos. 
 
Tabela 30 – Valores obtidos através das medições. 
Direção 1 
Distância entre 
hastes (m) 
Resistência 
(Ω) 
Escala 
utilizada 
Valores 
de k 
Resistividad
e (Ω.m) 
2 3,6 200 13,04 46,94 
4 1,02 20 25,37 25,87 
8 0,64 20 50,36 32,23 
16 0,85 20 100,54 85,46 
Direção 2 
2 4,64 20 13,04 60,50 
4 1,74 20 25,37 44,14 
8 1,04 20 50,36 52,38 
16 0,82 20 100,54 82,44 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
Os valores de k foram obtidos através da Equação 3 e os valores da 
Resistividade foram obtidos através da Equação 4. A partir disso, foi calculada a 
média da resistividade e foi encontrado o valor de 53,74 Ω.m. 
3.5.2 Dimensionamento do Eletrodo de Aterramento 
 
A Tabela 31 apresenta os necessários para o cálculo da resistência da haste 
de aterramento. O comprimento e largura da estrutura corresponde às dimensões do 
ginásio do IFPE Campus Pesqueira. 
 
Tabela 31 – Dados da estrutura. 
Resistividade do solo (Ω.m) 53,74 
Comprimento (m) 45,5 
Largura (m) 35,5 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
O eletrodo proposto para o aterramento será do tipo anel, com hastes de aço 
cobreado de 1”x2400mm interligadas por meio de cabo de cobre nú de 35 mm² e 
solda exotérmica. A Tabela 32 resume as características construtivas do eletrodo de 
aterramento. 
 
Tabela 32 – Configuração da malha de aterramento. 
Configuração do eletrodo Anel 
Perímetro do anel 168 m 
Profundidade 0,5 m 
Diâmetro das hastes 1” ou 0,0254 m 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
32 
Comprimento das hastes 2,4 m 
Seção do condutor de cobre 35 mm2 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
A resistência equivalente do eletrodo foi determinada seguindo a metodologia 
proposta em Kindermann (1995). A primeira etapa consiste em determinar a 
resistência de uma haste cravada verticalmente no solo por meio da Equação 10: 
 
 𝑅
1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒
= ρ𝑎
2π𝐿 ln 𝑙𝑛 4𝐿
𝑑( ) (Equação 
10) 
Onde, 
● , é a resistividade conhecida do solo; ρ𝑎
● , é o comprimento da haste; 𝐿
● , é o diâmetro da haste. 𝑑
Aplicando-se os valores do Quadro 02 na Equação 10, obteve-se uma 
resistência 21,16 Ω para uma haste do eletrodo. A resistência equivalente do anel, 
por sua vez, poderá ser determinada por meio da Equação 11. 
 
 𝑅
𝑒𝑞
= 𝑘 * 𝑅
1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒
(Equação 11) 
 
Na Equação 11, é o índice de redução obtido pelo arranjo, determinado com 𝑘
auxílio das curvas apresentadas na Figura 06, que correlaciona o índice de redução 
com o espaçamento e o diâmetro das hastes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 06 – Índice de redução da resistência para malha quadrado vazio com 36 
hastes. 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
33 
 
Fonte: Geraldo Kindermann, 1995. 
 
 
Para o eletrodo do SPDA, será considerado um afastamento de 3 metros 
entre as hastes, de modo que serão necessárias 13 hastes na largura e 17 hastes 
no comprimento, totalizando 56 hastes. Para esse afastamento, de acordo com a 
Figura 11, o fator de redução correspondente é de aproximadamente 0,04, do qual 
obtém-se uma resistência equivalente total de 0,85 . Ω
 
4 RESULTADOS 
 
Esta seção apresenta os resultados obtidos para o gerenciamento de risco do 
ginásio poliesportivo do IFPE Campus Pesqueira. Inicialmente serão apresentados 
os resultados considerando as condições atuais do ginásio, isto é, sem SPDA. 
Conforme demonstrado, o risco obtido para essa condição supera o limite tolerável 
recomentando pela NBR 5419, sendo necessário a adoção de proteção adicional. 
Assim, na sequência, são apresentadas as especificações de um SPDA Classe III 
incluindo o eletrodo de aterramento. Por fim, são apresentados os resultados de um 
novo gerenciamento de risco considerando a instalação do SPDA Classe III, 
demostrando sua eficácia para redução dos riscos a valores inferiores aos limites 
toleráveis pela NBR 5419. 
 
4.1 Gerenciamento de Risco Sem SPDA 
 
Seguindo as etapas descritas na metodologia, foram determinadas as 
componentes de risco associadas aos danos D1 e D2 e o risco total R1 para cada 
zona. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 33. 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
34 
 
Tabela 33 – Riscos relativos às Zonas definidas, sem SPDA. 
Riscos Relativos à Zona 1 (interno) 
Dano D1 0,039089546 
1,4944E-05 
Dano D2 0,000390895 
1,4944E-05 
R1 0,03951032888 
Riscos Relativos à Zona 2 (externo) 
Dano D1 0,7817909101 
0,02988792 
Dano D2 1,56358182 
0,02988792 
R1 2,40514857095 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
Considerando os valores obtidos para R1 nas Zonas 1 e 2, verifica-se que o 
risco total é de 2,44466E-05 para a estrutura não protegida. Esse valor é superior ao 
risco tolerável recomendado pela NBR 5419, correspondente a 1,0E-05, indicando, 
portanto, a necessidade de adoção de medidas de proteção. A Tabela 34 resume os 
resultados da análise. 
 
Tabela 34 – Risco total e avaliação da necessidade de SPDA. 
Riscos da Estrutura Não Protegida 
Zona 1 3,95103E-07 
Zona 2 2,40515E-05 
Total 2,44466E-05 
Decisão da Necessidade do SPDA 
Tolerável 1,0E-05 
R1>RT VERDADEIRO 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
4.2 Proposta de SPDA Classe III 
 
A fim de reduzir o risco de perdas humanas incluindo ferimentos 
permanentes, foi projetado um SPDA para a ginásio do IFPE Campus Pesqueira. 
Para esse tipo de estrutura, a classe é definida de forma iterativa, isto é, atribui-se 
uma classe e realiza-se um novo gerenciamento de risco a fim de testar se o risco 
total com o SPDA da classe atribuída é inferior ao risco tolerável. Para este projeto, 
verificou-se a necessidade de adoção de um SPDA Classe III. As características do 
SPDA projetado são apresentadas a seguir. 
 
 
4.2.1 Subsistema de Captação 
 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
35 
O telhado do IFPE Campus Pesqueira consiste em uma estrutura de grande 
extensão, baixa altura e coberta em telha metálica. Para essas condições, optou-se 
pela utilização do telhado como um captor natural, dispensando assim a instalação 
de captores adicionais. 
Após inspeção técnica do telhado do ginásio do IFPE Campus Pesqueira, foi 
verificado que este utiliza estrutura com terças e tesouras metálicas e telha 
trapezoidal galvanizada com chapa nº 24 e espessura de 0,65 mm. Uma vez que 
essas características não proporcionam riscos de ignição e a importância de pontos 
quentes e perfuração pode ser desprezada, avalia-se, com base na Figura 23, que o 
telhado atende aos requisitos de uso como captor natural. 
A conexão do subsistema de descida ao telhado metálico será realizada por 
meio de conector em aço zincado com aba 8-10 mm e parafuso 1/4” para telha 
trapezoidal metálica, conforme ilustrado na Figura 06. 
 
Figura 06 – Conexão do subsistema de descida ao telhado. 
 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
 
4.2.2 Subsistema de Descida 
Neste projeto, será utilizado uma opção de descida não natural composta de 
cabo de cobre nu de 35 mm². De acordo com a Figura 24, considerando o perímetro 
162 metros do ginásio, para a Classe III, será necessário um afastamento mínimo de 
15 metros entre os cabos de descida, sendo necessário 12 descidas, três por lateral, 
conforme as Figura 07 e 08. 
Figura 07 – Vista Frontal e lateral com os cabos de descida. 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
36 
 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
Figura 08 – Vista Isométrica dos cabos de descida. 
 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
 
 
4.2.3 Subsistema de Aterramento 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
37 
Conforme foi apresentado na seção de metodologia, a malha de aterramento 
foi definida a partir da análise de Geraldo Kindermann (1995), através da 
observação no gráfico do índice de redução para malha de aterramento com trinta e 
seis hastes em quadradovazio, foi considerado que o valor do índice de redução é 
aproximadamente 0,07. Com isso foi realizado o cálculo utilizando a Equação 6 e 
obteve-se os detalhes construtivos da malha de aterramento adequada para o 
SPDA. Estes detalhes estão apresentados na Tabela 35. 
 
Tabela 35 – Detalhes construtivos da malha de aterramento. 
Resistência da haste de aterramento 21,16 Ω 
Índice de redução (k) 0,07 
Resistência da malha de aterramento 1,48 Ω 
Espaçamento entre as hastes 3 m 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
Para o eletrodo do SPDA, será considerado um afastamento de 3 metros 
entre as hastes, de modo que serão necessárias 13 hastes na largura e 17 hastes 
no comprimento, totalizando 56 hastes. 
As Figura 09, 10 e 11 mostram as vistas de como devem ser posicionadas as 
hastes de aterramento juntamente das caixas de medição, em vista superior e 
isométrica, além de mostrar os detalhes de conexão do cabo de descida com a 
malha de aterramento. 
 
Figura 09 – Vista superior das hastes de aterramento e eletrodo do SPDA. 
 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
38 
Figura 10 – Vista isométrica do eletrodo de aterramento do SPDA. 
 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
Figura 11 – Detalhes da conexão entre os cabos de descida e as hastes de 
aterramento 
 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
4.3 Gerenciamento de Risco Sem SPDA 
Após a análise realizada considerando as condições de proteção que estão 
presentes na estrutura atualmente, foi feita uma nova análise considerando que as 
medidas de proteção contra descargas atmosféricas existem. A análise realizada foi 
a mesma, alterando apenas os valores correspondentes à proteção. Considerando 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
39 
que a estrutura tenha um SPDA classe III instalado, os resultados dos riscos estão 
presentes na Tabela 36. 
 
Tabela 36 - Riscos relativos às Zonas definidas, com SPDA. 
Riscos relativos à zona 1 
Dano D1 
0,039089546 Risco relativo à perda L1 
7,47198E-06 Risco relativo à perda L2 
Dano D2 
0,000195448 Risco relativo à perda L1 
7,47198E-06 Risco relativo à perda L2 
R1 0,03929993719 Risco total 
Riscos relativos à zona 2 
Dano D1 
0,7817909101 Risco relativo à perda L1 
1,4944E-07 Risco relativo à perda L2 
Dano D2 
7,81791E-06 Risco relativo à perda L1 
1,4944E-07 Risco relativo à perda L2 
R1 0,78179902690 Risco total 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
Com isso, foi realizada a análise para verificar se as medida de proteção 
consideradas foram ou não suficientes para proteger a estrutura contra as 
descargas atmosféricas. O valor obtido nesta análise, está apresentado na Tabela 
37. 
Tabela 37 – Decisão da necessidade do projeto, com SPDA. 
Riscos da estrutura não protegida 
Zona 1 3,92999E-07 
Zona 2 7,81799E-06 
Total 8,21099E-06 
Decisão da necessidade do projeto 
Tolerável 0,00001 
R1>RT FALSO 
Fonte: Autoria própria, 2025. 
 
 
5 CONCLUSÃO 
O estudo desenvolvido permitiu compreender a importância do Sistema de 
Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) como medida essencial para a 
preservação da integridade física de pessoas, da estrutura das edificações e da 
operação segura de equipamentos elétricos e eletrônicos. A análise dos 
subsistemas que o compõem – captação, descida e aterramento – evidenciou que a 
eficiência do sistema depende da correta integração e dimensionamento de cada um 
deles, seguindo rigorosamente as diretrizes estabelecidas pela NBR 5419:2015. 
Dessa forma, ressalta-se que o SPDA não deve ser visto apenas como 
exigência normativa, mas como investimento em segurança e continuidade 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
40 
operacional. A aplicação criteriosa dos conceitos abordados neste trabalho contribui 
para a redução de danos causados por descargas atmosféricas, reforçando a 
relevância do tema para a engenharia elétrica e para a sociedade em geral. 
Por fim, espera-se que este estudo possa servir de referência para futuros 
trabalhos e projetos relacionados à proteção contra descargas atmosféricas, 
incentivando a adoção de soluções cada vez mais eficientes e alinhadas às normas 
técnicas, de forma a garantir ambientes mais seguros e protegidos contra eventos 
naturais de alta periculosidade. 
Adicionalmente, a realização deste trabalho reforçou a importância da 
integração entre teoria e prática na formação do engenheiro eletricista. O processo 
de estudo, análise de risco, desenvolvimento do projeto e compreensão dos 
aspectos técnicos do SPDA permitiu consolidar conhecimentos adquiridos ao longo 
do curso e aplicá-los em uma situação real, contribuindo não apenas para a 
segurança da edificação estudada, mas também para o crescimento profissional e 
acadêmico do autor. 
REFERENCIAS 
ALMEIDA, Fernanda Souza de; COSTA, Ricardo. Análise do desempenho de 
sistemas de aterramento em SPDA. Revista Eletrônica de Engenharia, [s. l.], 2020. 
ANTUNER, Ygor De Luca Medeiros. Projeto executivo de SPDA de uma subestação 
distribuidora de energia elétrica após unificação e modernização. 2023. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – Instituto Federal de 
Goiânia, Goiânia, 2023. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419: proteção contra 
descargas atmosféricas. Rio de Janeiro, 2015. 
GOMES, Patrick Anderson Pinheiro. Gerenciamento de risco para projeto SPDA: um 
estudo de caso. 2023. Monografia (Graduação em Engenharia Elétrica) – 
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2023. 
KINDERMANN, Geraldo. Aterramento elétrico. 3. ed. Porto Alegre: Sagra, 1995. 
MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 
2018. 
MORAES, José Antonio de; LIMA, Carla Regina. Gerenciamento de riscos em 
projetos de engenharia: metodologia e aplicação prática. Revista Gestão e Projetos, 
[s. l.], 2019. 
SOUZA, André Nunes. SPDA – Sistemas de proteção contra descargas 
atmosféricas. 2. ed. [S. l.]: [s. n.], 2020. 
 
 
 
Instituto Federal de Pernambuco. Campus Pesqueira. 
	1 INTRODUÇÃO 
	2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
	2.2.1 ABNT NBR 5419-1: Princípios Gerais 
	2.2.2 ABNT NBR 5419-2: Gerenciamento de Risco 
	2.2.2.1 Risco tolerável (RT) 
	2.3.1 Subsistemas de Captação 
	2.3.2 Subsistemas de Descida 
	2.3.3 Subsistemas de aterramento 
	2.4 Método de Medição da Resistividade do Solo 
	2.4.1 Fórmula de Wenner 
	3 METODOLOGIA 
	3.4 Projeto de SPDA 
	3.4.3 Subsistema de Aterramento 
	3.5 Medição da Resistividade do Solo 
	3.5.1 Coleta e Tratamento dos Dados 
	3.5.2 Dimensionamento do Eletrodo de Aterramento 
	4 RESULTADOS 
	4.1 Gerenciamento de Risco Sem SPDA 
	4.2 Proposta de SPDA Classe III 
	5 CONCLUSÃO 
	REFERENCIAS

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