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NOVOS E VELHOS CONCEITOS NO ENSINO DO PROJETO ARQUITETÔNICO ELVAN SILVA 1. SILVA, E. Novos e velhos conceitos no ensino do projeto arquitetônico. In: MARQUES, S; LARA, Fernando. Projetar: desafios e conquistas da pesquisa da pesquisa e do ensino do projeto. Rio de Janeiro, EVC, 2003. p. 32-34. O tema “ensino de projeto arquitetônico” não têm recebido tanta atenção, que por um lado mostra a valorização de incursões realizadas, mas também deixa de haver aprofundamento em alguns aspectos. E se houve maior atenção, essa não resultou em grandes mudanças no debate, pois o núcleo pedagógico ainda se vale de enfoques que revelam a origem centenária dos principais conceitos usados nos processos de discussão. Muitas vezes as expressões “composição” e “compositivo” são usadas como princípio genético da forma a edificar (mesmo se relacionadas a processos projetuais que colimam a decomposição do objeto arquitetônico) Enquanto que na engenharia podemos resolver as questões com algoritmos e fórmulas de maneiras mais exatas, na arquitetura não se pode deduzir matematicamente uma melhor forma de concepção e forma arquitetônica: “Na arquitetura, o problema (programa) se expressa textualmente, enquanto a solução (projeto) se expressa imageticamente. (...) Na realidade, o que se busca, no processo criativo da arquitetura, é associar cada elemento do programa a uma determinada forma ou sistema de formas capaz de satisfazer o requisito em questão. Esta correspondência não é estabelecida por uma fórmula ou processo dedutivo mas, preponderantemente pela intuição ou comprovação cultural. Assim sendo, pode-se compreender a persistência do enfoque dito acadêmico, pois a premissa da concepção vanguardista não se concretiza coerentemente no âmbito operacional: não há um genuíno processo de dedução exata da forma arquitetônica.” Por isso não houve sucesso em substituir a intuição por um processo de pseudo-matematização dos processos de criação arquitetônica. Para Silva, as instituições de ensino devem ensinar, além do fenômeno do projeto isoladamente,aprofundar o estudo também da projetualidade. Projetualidade: categoria complexa que inclui tanto a convicção de que o mundo visível pode ser aperfeiçoado como a sistematização do conhecimento para identificar elementos programáticos e modos apropriados de encaminhar as soluções requeridas. Para Silva, o conhecimento em arquitetura (lê-se essência do corpo cognitivo da instituição de ensino de arquitetura) se divide em duas teorias hegemônicas: a Teoria da Produção Arquitetônica e a Teoria da Excelência Arquitetônica. Excluídas essas teorias, o ensino da arquitetura perde seu fundamento teleológico. Teoria da Produção Arquitetônica: Essa modalidade ocupa-se o fazer arquitetônico, a concepção e a materialização os objetosss arquitetônicos; Teoria da Excelência Arquitetônica: diz respeito aos critérios de certo ou errado, a avaliação a qualidade daqueles objetos.