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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 
2 A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER .. 5 
2.1 Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) .............................. 6 
3 DESENVOLVIMENTO DA MULHER NAS DIFERENTES FASES DA VIDA ..... 11 
3.1 Pré - Adolescência ............................................................................................ 11 
3.2 Adolescência..................................................................................................... 12 
3.3 Puberdade ........................................................................................................ 12 
3.4 Menopausa e Climatério ................................................................................... 13 
3.5 Etapas do ciclo menstrual ................................................................................. 13 
3.6 Período Gestacional ......................................................................................... 13 
3.7 Amamentação ................................................................................................... 14 
3.8 Puerpério .......................................................................................................... 15 
3.9 Aborto ............................................................................................................... 15 
4 PRINCIPAIS AGRAVOS À SAÚDE DA MULHER ............................................. 16 
4.1 Câncer de mama .............................................................................................. 16 
4.2 Câncer de colo de útero .................................................................................... 20 
4.3 Infecções sexualmente transmissíveis .............................................................. 24 
4.4 Violência sexual e doméstica ............................................................................ 25 
4.5 Dor pélvica ........................................................................................................ 26 
4.6 Endometriose .................................................................................................... 27 
4.7 Infertilidade ....................................................................................................... 29 
4.8 Doença inflamatória da pelve............................................................................ 30 
4.9 Atraso menstrual e amenorreia ......................................................................... 31 
5 PRINCIPAIS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ...................... 32 
5.1 Sífilis ................................................................................................................. 34 
 
3 
 
5.2 Vírus da imunodeficiência humana (HIV) .......................................................... 36 
5.3 Hepatites virais ................................................................................................. 37 
6 PLANO DE CUIDADOS PARA A MULHER ...................................................... 39 
6.1 Políticas públicas e planejamento familiar ........................................................ 41 
6.2 Métodos contraceptivos .................................................................................... 42 
7 ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS .................... 53 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER 
 
Fonte: shre.ink/mjTs 
As mulheres são as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e 
são a maioria da população brasileira (50,77%). Elas visitam os serviços de saúde 
para seus próprios cuidados e acompanham crianças e outros familiares, idosos, 
pessoas portadoras de deficiência, vizinhos, amigos. Elas não apenas são cuidadoras 
só das crianças ou outros membros da família, mas também de pessoas da vizinhança 
e da comunidade. 
A situação de saúde engloba vários aspectos da vida, como a relação com o 
meio ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho, moradia e renda. 
Para as mulheres, os problemas são agravados pela discriminação no emprego e pela 
sobrecarga com as responsabilidades domésticas. Outras variáveis como raça, etnia 
e situação de pobreza realçam ainda mais as desigualdades (ORDONEZ; PAIVA, 
2017). 
Embora as mulheres vivam mais do que os homens, elas adoecem com mais 
frequência. A vulnerabilidade feminina a certas doenças e causas de morte está mais 
relacionada com a situação de discriminação social e não a fatores biológicos. O 
Sistema Único de Saúde deve ser orientado e capaz de prestar atenção integral à 
saúde da mulher, em uma perspectiva que respeite a promoção da saúde, as 
necessidades de saúde da população feminina, o controle de patologias mais 
prevalentes nesse grupo e a garantia do direito à saúde (ORDONEZ; PAIVA, 2017). 
 
6 
 
 
A saúde engloba vários aspectos da vida, incluindo as relações com o meio 
ambiente, o lazer, a alimentação, condições de trabalho e moradia. Além dessas 
questões, as mulheres ainda sofrem discriminação no trabalho e estão 
sobrecarregadas com as tarefas domésticas e de trabalho familiar. Portanto, o 
desenvolvimento das políticas de atenção à saúde da mulher representa um marco 
histórico para esse grupo populacional, que antes só recebia atendimento durante a 
gestação e o parto (SARTORI, 2019). 
2.1 Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) 
O Ministério da Saúde criou, em 1984, o Programa de Atenção Integral à Saúde 
da Mulher (PAISM), considerado um marco por desconstruir conceitos com os 
princípios norteadores da política de saúde da mulher e os parâmetros para escolha 
de prioridades desse âmbito (BRASIL, 1984). 
O PAISM em suas linhas de ações, estabeleceu os princípios de integralidade 
e equidade, abordando a saúde da mulher de maneira global e em todas as fases do 
seu ciclo vital. Segundo a Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: 
princípios e diretrizes: na década de 1980, a partir da realização de pesquisas para 
analisar as fases de implantação da política de saúde da mulher, identificaram-se a 
complexidade e a dificuldade em instituir as ações, pois, as cidades apresentavam 
problemas políticos, técnicos e administrativos particulares (BRASIL, 2011). 
O PAISM abrangia as atividades educativas, preventivas, de diagnóstico, 
tratamento e recuperação, além da assistência à saúde da mulher em clínica 
ginecológica, no período de pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em 
planejamento familiar, em doenças sexualmente transmissíveis, e no câncer de colo 
de útero e de mama (BRASIL,1984). 
É importante destacar que o processo de desenvolvimento do SUS teve uma 
enorme influência na implantação do PAISM. O SUS tem sido construído a partir de 
princípios e diretrizes que integram a legislação básica da Constituição de 1988, a Lei 
n.o 8.080/1990 e a Lei n.o 8.142/1990, Normas Operacionais Básicas (NOB) e as 
Normas Operacionais de Assistência à Saúde (NOAS), atualizadas pelo Ministério da 
Saúde. Nesse contexto, especialmente com a implantação da NOB 96, solidifica-se o 
 
7 
 
processo de municipalização das atividades e dos trabalhos no Brasil. Segundo a 
Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes: a 
municipalização da gestão do SUS vem se desenvolvendo em um âmbito favorecido 
de reestruturação das atividades e dos serviços básicos, incluindo as ações de 
atenção à saúde da mulher, incorporados ao sistema e acompanhando as suas 
orientações (BRASIL, 2011). 
Em 2004, foi elaborada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da 
Mulher (PNAISM), fundamentado no PAISM de 1983, com os objetivos de promover 
a melhoria das condições de vida e da saúde das mulheres, contribuir para a redução 
da morbidade e da mortalidade feminina, principalmente por causas evitáveis, e 
ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS (BRASIL, 
2004). 
Princípios e as estratégias da PNAISM (ORDONEZ, PAIVA, 2017): 
 Abordar as mulheres em todos os ciclos de vida, diferentes faixas etárias e 
distintos grupos populacionais (mulheres negras, indígenas, residentes em 
áreas urbanas e rurais, residentes em locais de difícil acesso, em situação de 
risco, presidiárias, de orientação homossexual, com deficiência, etc.). 
 A elaboração, a execução e a avaliação das políticas de saúde da mulher 
devem nortear-se pela perspectiva de gênero, de raça e de etnia, e pela 
ampliação do enfoque, rompendo-se as fronteiras da saúde sexual e 
reprodutiva, para alcançar todos os aspectos da saúde da mulher. 
 A gestão da política de atenção à saúde deve estabelecer uma dinâmica 
inclusiva, para atender às demandas emergentes ou demandas antigas, em 
todos os níveis assistenciais. 
 As políticas de saúde da mulher devem ser compreendidas em sua dimensão 
mais ampla, objetivando a criação e ampliação das condições necessárias ao 
exercício dos direitos da mulher, seja no âmbito do SUS, seja na atuação em 
parceria do setor Saúde com outros setores governamentais, com destaque 
para a segurança, a justiça, trabalho, previdência social e educação. 
 A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações de 
promoção, proteção, assistência e recuperação da saúde, executadas nos 
diferentes níveis de atenção à saúde (da básica à alta complexidade). 
 
8 
 
 O SUS deve garantir o acesso das mulheres a todos os níveis de atenção à 
saúde, no contexto da descentralização, hierarquização e integração das ações 
e serviços. É responsabilidade dos três níveis gestores, conforme suas 
competências, garantir as condições para a execução da PNAISM. 
 A atenção integral à saúde da mulher compreende o atendimento à mulher a 
partir de uma percepção ampliada do seu contexto de vida, desde o momento 
em que apresenta determinada necessidade, assim como de sua singularidade 
e das suas condições enquanto sujeito capaz e responsável por suas escolhas. 
 A atenção integral à saúde da mulher implica, para os prestadores de serviço, 
no estabelecimento de relações com pessoas singulares, seja por razões 
econômicas, culturais, religiosas, raciais, orientações sexuais, etc. O 
atendimento deve nortear-se pelo respeito a todas as diferenças, sem 
discriminação de qualquer espécie e sem imposição de valores e crenças 
pessoais. Esse enfoque deve ser incorporado aos processos de sensibilização 
e capacitação para humanização das práticas em saúde. 
 As práticas em saúde devem nortear-se pelo princípio da humanização, aqui 
compreendido como atitudes e comportamentos do profissional de saúde que 
contribuam para reforçar o caráter da atenção à saúde como direito; que 
melhorem o grau de informação das mulheres em relação ao seu corpo e suas 
condições de saúde, ampliando sua capacidade de fazer escolhas adequadas, 
ao seu contexto e momento de vida; que promovam o acolhimento das 
demandas conhecidas, ou não pelas equipes de saúde; que busquem o uso de 
tecnologia apropriada a cada caso e que demonstrem o interesse em resolver 
problemas e diminuir o sofrimento associado ao processo de adoecimento e 
morte da clientela e seus familiares. 
 No processo de elaboração, execução e avaliação da PNAISM deve ser 
estimulada e apoiada a participação da sociedade civil organizada, em 
particular do movimento de mulheres, pelo reconhecimento de sua contribuição 
técnica e política no campo dos direitos e da saúde da mulher. 
 A participação da sociedade civil na implementação das ações de saúde da 
mulher, no âmbito federal, estadual e municipal requer (cabendo às instâncias 
gestoras) melhorar e qualificar os mecanismos de repasse de informações 
 
9 
 
sobre as políticas de saúde da mulher e sobre os instrumentos de gestão e 
regulação do SUS. 
 No âmbito do setor Saúde, a execução de ações depende de todos os níveis 
hierárquicos, visando a uma atuação mais abrangente e horizontal, além de 
permitir o ajuste às diferentes realidades regionais. 
 As ações voltadas à melhoria das condições de vida e saúde das mulheres, 
devem ser executadas de forma articulada com setores governamentais e não 
governamentais; condição básica para a configuração de redes integradas de 
atenção à saúde e para a obtenção dos resultados esperados. 
 
No ano de 2008, a Secretaria de Políticas para Mulheres elaborou e divulgou o 
II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, em que preservou as diretrizes do I 
Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, porém o aprofundou e introduziu outros 
eixos de atuação, objetivos, metas e planos de ações (TILIO, 2012). 
Segundo o decreto nº 7. 959 de 13 de março de 2013, dispõe sobre o Plano 
Nacional de Políticas para as Mulheres, para o período de 2013 a 2015, onde foi 
realizada a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres em 2011, 
resultando no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres 2013–2015, plano este 
que cooperou para a consolidação e a institucionalização da PNAISM, que apoiou os 
princípios norteadores da PNAISM e que consiste na autonomia das mulheres, na 
obtenção da igualdade concreta entre mulheres e homens, no respeito à 
heterogeneidade e na luta contra a discriminação, com caráter laico do Estado, 
universalidade dos serviços e benefícios disponibilizados pelo Estado, participação 
ativa das mulheres nas políticas públicas e transversalidade como princípio norteador 
de todas as políticas públicas (BRASIL, 2013a; BRASIL, 2013b). 
Objetivos gerais da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher 
Segundo a Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios 
e diretrizes: o objetivo geral da PNAISM consiste em melhorar as condições de saúde 
e de vida das brasileiras, por meio da segurança dos direitos legalmente constituídos 
e do aumento do acesso aos serviços de saúde, abrangendo a promoção da saúde, 
a prevenção de agravos, a assistência e a recuperação da saúde em todo o Brasil. 
Também compreende um dos objetivos da PNAISM a colaboração para a redução da 
 
10 
 
morbidade e mortalidade feminina no país, principalmente por causas evitáveis, em 
todos os ciclos de vida e nos vários grupos populacionais, sem nenhuma 
diferenciação. Ademais, a PNAISM tem as finalidades de amplificar, qualificar e 
humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS (BRASIL, 2011). 
 
Objetivos específicos e estratégias da Política Nacional de Atenção 
Integral à Saúde da Mulher 
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), os objetivosespecíficos e as 
estratégias da PNAISM consistem nas descritas a seguir: 
 Amplificar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, até mesmo para as 
mulheres com infecções pelo HIV e outras doenças sexualmente 
transmissíveis. 
 Incentivar a instituição e a efetivação da assistência voltada ao planejamento 
familiar, tanto para as mulheres quanto para os homens, na fase adulta ou na 
adolescência, na esfera da atenção integral à saúde. 
 Proporcionar atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, 
abrangendo a assistência ao abortamento em situações de insegurança, para 
as adolescentes e mulheres. 
 Propiciar a atenção às mulheres e aos adolescentes em situações de violência 
sexual e doméstica. 
 Viabilizar, com o Programa Nacional de DST/aids, a prevenção e o controle 
das doenças sexualmente transmissíveis e das infecções pelo HIV/aids nas 
mulheres. 
 Diminuir a morbimortalidade em decorrência do câncer em mulheres. 
 Estabelecer um modelo de atenção à saúde mental das mulheres, salientando 
o gênero. 
 Elaborar e estabelecer a atenção à saúde da mulher na fase do climatério. 
 Ofertar a atenção à saúde da mulher idosa. 
 Possibilitar a atenção à saúde da mulher negra. 
 Proporcionar a atenção à saúde das mulheres que trabalham no campo e na 
cidade. 
 Proporcionar a atenção à saúde da mulher indígena. 
 
11 
 
 Viabilizar a atenção à saúde da mulher encarcerada, abrangendo a promoção 
das ações de prevenção e controle das doenças sexualmente transmissíveis e 
das infecções pelo HIV/aids. 
 Consolidar a presença e o controle social na determinação e na implantação 
das políticas de atenção integral à saúde da mulher. 
3 DESENVOLVIMENTO DA MULHER NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
 
Fonte: shre.ink/mjTe 
As mulheres na sociedade brasileira ainda são vistas como subordinadas ao 
homem forte, que as protege e sustenta. Os deveres femininos mais importantes 
seriam a maternidade, a manutenção da boa saúde e a educação da prole. As 
perspectivas para considerar dimensões como direitos humanos e questões de 
cidadania ainda estão muito distantes de torna-se realidade. O conceito mais aceito e 
exposto sobre o que é a saúde da mulher aborda aspectos da biologia e da anatomia 
do corpo feminino. O corpo da mulher é, então, visto apenas sob a óptica da 
reprodução, e a maternidade torna-se o seu principal atributo (BRASIL, 2004). 
3.1 Pré - Adolescência 
As características físicas na pré-adolescência se baseia na perda da aparência 
infantil da face, adquirindo traços que o caracterizarão como adulto; aparecem os 
 
12 
 
caracteres sexuais secundários nas meninas entre 10 e 12 anos, bem como as 
alterações físicas da puberdade, como aumento de altura e peso, aumento da pelve 
e dos quadris, desenvolvimento das mamas, aumento da sudorese, aparecimento dos 
pelos pubianos. 
3.2 Adolescência 
As mudanças físicas que acontecem nessa fase permitem delimitar o seu início 
a partir do fenômeno fisiológico individual e variável da puberdade, que se manifesta 
por volta de 8 a 14 anos (em mulheres, em geral, ocorre mais cedo do que os homens). 
O caráter sociocultural da adolescência, particularmente, sua característica de 
transição a vida adulta não fornece uma definição precisa de sua duração, ainda que 
se convencione comumente o período de 10 a 19 anos. O desenvolvimento da 
maturidade física e mental, a integração no mundo adulto e do trabalho, e os novos 
exercícios da sexualidade, que implicam uma complexa inter-relação físico 
psicossocial, apresentam a adolescência como um fenômeno muito complexo e 
dinâmico. Na realização das ações de cuidado à saúde, essa complexidade precisa 
ser apreendida, compreendida e considerada (FERNANDES, 2013). 
3.3 Puberdade 
A puberdade distingue-se pelo crescimento somático e por mudanças que 
geram maturação sexual, aquisição das funções e características do corpo adulto, e 
novas formas físicas e estéticas, comandadas por complexa inter-relação de vários 
órgãos e fatores neuroendócrinos (COUTINHO, M.; POINT, ML.; 2001). 
A puberdade é o início da vida sexual adulta. Esse período é determinado por 
um aumento gradual da secreção de hormônios gonadotróficos pela hipófise e se 
inicia aproximadamente no oitavo ano de vida. Durante a infância, o hipotálamo não 
secreta quantidades significativas do GnRH. Uma das razões é que, nesse período, a 
menor secreção dos hormônios esteroides atua a produzir um forte efeito inibitório 
sobre a secreção hipotalâmica de GnRH (AIRES, 2015). 
 
13 
 
3.4 Menopausa e Climatério 
A menopausa, surge normalmente entre 40 e 50 anos de idade, na ocasião em 
que o ciclo menstrual passa a ser irregular e não haver mais ovulação em muitos 
casos. Alguns meses ou anos depois, o ciclo sexual é encerrado por completo. Desse 
modo, o momento em que se finaliza o ciclo, e os hormônios femininos caem a 
próximo de zero, é denominado menopausa (AIRES, 2015). 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no manual de Atenção à 
Mulher no Climatério / Menopausa (2008), climatério é definido como uma das fases 
biológicas da mulher e não mais como um processo patológico. É a transição entre os 
períodos reprodutivos e não reprodutivos da mulher (BRASIL, 2008). 
3.5 Etapas do ciclo menstrual 
O sistema reprodutor feminino dispõe de alterações cíclicas regulares para 
preparar o corpo para a fertilização e a gestação. O ciclo menstrual se caracteriza por 
um sangramento vaginal mensal, que acontece pela descamação do endométrio e 
com duração média de 28 dias a partir do início da menstruação (MARIEB; HOEHN, 
2009). 
3.6 Período Gestacional 
O tamanho do útero, durante o período gestacional, aumenta em decorrência 
da hiperplasia do tecido conjuntivo, da hipertrofia das fibras musculares lisas e do 
desenrolamento das espirais contínuas do miométrio. Ressalta-se que esse 
desenrolamento é gradual e segue o crescimento do feto. Durante a gestação, as 
fibras musculares do colo continuam enroladas. 
No momento em que as fibras musculares conseguem o máximo da sua 
capacidade de desenrolamento, são distendidas diretamente e, sob influência de 
hormônios, começa o trabalho de parto, de modo que as fibras se contraem e 
empurram o feto para o canal cervical. Desse modo, as fibras musculares do colo se 
desenrolam, dilatam o canal cervical, contraem as fibras musculares do miométrio e, 
com a pressão abdominal, acarretam no esvaziamento uterino. 
 
14 
 
Após o parto, o útero permanece se contraindo e, após um tempo, retorna a um 
tamanho semelhante ao anterior à gestação, em decorrência do enrolamento das 
fibras. Vale destacar que as contrações uterinas posteriormente ao parto são muito 
importantes, pois possibilitam o pinçamento natural das artérias e das arteríolas que 
se romperam no momento do descolamento da placenta, ou seja, quando não há 
contrações uterinas após o parto, podem ocorrer quadros hemorrágicos graves e até 
mesmo a morte (VANPUTTE; REGAN; RUSSO, 2016). 
3.7 Amamentação 
Amamentar é um processo que envolve uma profunda interação entre mãe e 
filho, com repercussões no estado nutricional da criança, a capacidade defensiva nas 
infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional. O 
profissional de saúde, especialmente os enfermeiros, devem identificar e 
compreender o aleitamento materno no contexto sociocultural e familiar da mulher, 
buscando formas de interação para que a população reconheça a importância de 
adotar práticas saudáveis de aleitamento materno (AMARO, 2019). 
 A prática de amamentar se torna mais satisfatória quando as mães possuem 
informações sobre práticas saudáveis para ela e para os seus bebês, incluindo a 
importância do aleitamento exclusivo durante os primeiros 6 meses de vida. Mesmo 
quando existem obstáculos, a amamentação pode ser mantida se as mães receberem 
a compreensão e o apoio dos familiares, dos amigos, da equipede saúde e no seu 
ambiente de trabalho. 
Segundo o departamento de atenção básica. Saúde da criança: aleitamento 
materno e alimentação complementar: A expectativa é que na infância, desenvolva 
grande parte das potencialidades humanas, e o aleitamento materno resulta em um 
impacto positivo quando se pensa na promoção da saúde integral do binômio 
mãe/bebê (BRASIL, 2012). Esta é a forma natural de criação de vínculo, afeto, 
proteção e nutrição para a criança e estabelece a mais sensível, econômica e eficaz 
intervenção para reduzir a morbimortalidade infantil (BRASIL, 2015). 
 
15 
 
3.8 Puerpério 
 Pode ser definido como o ciclo gestacional puerperal em que as modificações 
locais e sistêmicas ocasionadas pela gravidez e pelo parto no organismo da mulher 
retornam ao estado pré-gravídico (BRASIL, 2001). Tem início 1 a 2 horas após a saída 
da placenta sem um prazo para terminar, já que, durante o período de amamentação, 
a mulher continua a sofrer modificações provenientes da gestação (no caso, a 
lactância), sem que seu organismo ainda tenha retornado completamente ao estado 
pré-gravídico (BRASIL, 2013). 
 O Ministério da Saúde (BRASIL, 2013) divide esse ciclo em três partes: 
imediato (1° ao 10° dia); tardio (11° ao 42° dia); e remoto (a partir do 43° dia). Em 
virtude de possíveis problemas de hemorragias, a puérpera deve ficar na sala de 
recuperação ou na sala de parto no centro obstétrico nas primeiras 2 horas. 
E, quando a puérpera estiver em equilíbrio hemodinâmico e com formação do 
globo de segurança de Pinard (útero nivelado com a cicatriz umbilical e bem 
contraído), pode ser encaminhada ao alojamento após a avaliação dos sinais vitais 
(BRASIL, 2001). O puerpério não abrange apenas os aspectos endócrinos e genitais, 
mas também o componente psíquico, já que para que o organismo da mulher retorne 
ao estado normal, ou pré-gravídico, o puerpério cobre todos os aspectos da mãe. 
3.9 Aborto 
O tema do aborto vem sendo discutido ao longo do tempo e é sempre um 
assunto complexo e polêmico, pois, envolve aspectos de alta indagação e abrange 
campos distintos, como ética, medicina, direito, religião e filosofia. Os mais remotos 
apontamentos das referências sobre a prática de métodos abortivos foram ainda no 
século XXVIII antes de Cristo na China. Nos extremos da discussão sobre aborto, há 
aqueles o qual defendem o direito à vida a partir do momento da concepção, 
condenando qualquer tipo de exceção os quais permitam a interrupção da gravidez 
de forma voluntária. No outro extremo, estão os que admitem a possibilidade de 
interrupção da gravidez por vontade da mulher em diversas situações 
(BALLESTRERI, 2019). 
A ideia o qual a mulher necessita assegurar o direito sobre o próprio corpo, 
entendido como extensão do corpo o feto e, consequentemente, tem autonomia para 
 
16 
 
interromper uma gravidez indesejada é um dos argumentos mais difundidos 
atualmente pelos grupos liberais. A existência de leis punitivas de aborto não reduz 
os índices da prática, apenas contribui para que as mulheres mais pobres recorram a 
métodos pouco seguros de abortamento, colocando em risco a vida da gestante 
(BALLESTRERI, 2019). 
Os tipos de aborto são: aborto espontâneo e provocado. A literatura médica 
classifica o aborto como espontâneo, ocorre quando há morte na concepção por 
qualquer causa natural ou devido ao estímulo dos centros contráteis do útero. A 
maioria dos abortos espontâneos ocorrem porque o feto não está se desenvolvendo 
normalmente. Em alguns casos, o estado de saúde da mãe pode induzir ao aborto. 
Os exemplos incluem: diabetes não controlada, infecções, problemas hormonais, 
problemas no útero ou no colo do útero. O aborto espontâneo ainda pode ser 
classificado em: 
 Aborto iminente – quando a mulher tem um leve sangramento seguido de 
dores nas costas e cólicas menstruais. 
 Aborto inevitável – quando há dilatação do útero para expulsão do feto ou 
embrião, seguido de fortes dores e perda de sangue. 
Já o outro tipo de aborto é o provocado, que é aquele que leva a expulsão do 
concepto de maneira intencional, seja por ingestão de medicamentos ou pela 
introdução de objetos que facilitem a dilatação e o esvaziamento da cavidade uterina. 
Eles podem ser por aspiração, curetagem, químicos, envenenamento, etc. 
4 PRINCIPAIS AGRAVOS À SAÚDE DA MULHER 
Abordaremos agora sobre as condições que mais afetam a saúde da mulher, 
impactando especialmente a sua saúde e qualidade de vida. 
4.1 Câncer de mama 
Este tipo de câncer é considerado o segundo tipo mais comum entre as 
mulheres no Brasil e no mundo, respondendo por 25% dos casos de neoplasia 
maligna, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Além disso, após os 
 
17 
 
35 anos e especialmente após os 50 anos de idade, sua incidência tem crescimento 
progressivo. 
O diagnóstico de câncer de mama tem uma repercussão muito forte na vida da 
mulher, pois, está associado à ideia de sofrimento e morte, além de influenciar a 
feminilidade e a sexualidade da mulher (PASSOS et al., 2017). 
Os principais fatores relacionados ao risco de desenvolver são: 
 idade, 
 alterações biológicas; 
 fatores endócrinos e reprodutivos, 
 pelo estímulo hormonal prolongado; 
 menarca precoce (antes dos 12 anos); 
 menopausa após os 55 anos; 
 nuliparidade; 
 primeira gestação após os 30 anos; e 
 uso de terapia hormonal após a menopausa. 
Diagnóstico 
O rastreamento do câncer de mama consiste em detectar o câncer em seus 
estágios iniciais, em populações assintomáticas, permitindo assim que o seu 
prognóstico seja modificado. Em geral, são identificados três padrões de lesões: 
alterações benignas, lesões malignas in situ e lesões malignas invasivas. Lesões 
benignas estão associadas a um risco variável de câncer de mama, que vão do menor 
(lesões não proliferativas e sem atipias) ao maior risco (lesões proliferativas com 
atipias). As lesões malignas in situ podem ser ductais ou lobulares, variando também 
em relação ao risco de câncer de mama invasivo (maior risco para as lesões lobulares 
in situ) (INCA, 2014, 2016). 
Algumas mulheres normalmente, preocupam-se com o surgimento de nódulos 
ou sinais de anormalidade nas mamas, os quais causam temor e ansiedade e que 
sempre precisam ser investigados. Mas, é importante saber que nem sempre esses 
nódulos são tumores malignos ou indicam alguma doença preocupante. O ideal é que 
investigar esses nódulos com exame de mamografia e, se necessário, biópsia, de 
modo a obter um diagnóstico preciso e também cessando os motivos de preocupação 
(INCA, 2014, 2016). 
 
18 
 
Existem diferenças fundamentais entre o tumor de mama considerado benigno 
e o tumor indicativo de câncer de mama. O fibroadenoma é um tipo de tumor de 
caráter benigno, cujo desenvolvimento é mais comum em mulheres jovens, com 
menos de 30 anos, ou naquelas que já realizaram cirurgias de mama. 
Ao exame das mamas, o fibroadenoma geralmente se apresenta como um 
tumor móvel, facilmente palpável, com tamanho médio de 2 a 3 cm, apresentando 
massa e contornos bem definidos, sem aderência aos tecidos que o circundam. A 
única maneira de distinguir o fibroadenoma do câncer de mama é por meio do 
diagnóstico médico com a realização de mamografia e biópsia do nódulo. 
É importante ressaltar que a presença de fibroadenomas não representa um 
potencial evolutivo para o desenvolvimento de câncer de mama, nem indica um risco 
no futuro. A principal diferença entre o câncer de mama e o fibroadenoma são as 
características do nódulo. Em geral, o câncer de mama possui formato irregular, 
bordas e massa mal definidas, com aderência aos tecidos circundantes da mama, 
além de não serem maleáveis, estando fixos ao local (ALMEIDA, 2015). 
Várias técnicas foram testadas para o rastreamento do câncer de mama. As 
mais conhecidas e estudadas são os exames de imagem, o exame clínico das mamas 
eo autoexame das mamas. A mamografia é um exame radiológico, realizado com 
equipamento específico e que emite uma dose mínima de radiação, devendo ser 
empregada em pacientes de 50 a 69 anos de idade, segundo o Ministério da Saúde 
(BRASIL, 2013). 
 Outros exames, além da mamografia, podem ajudar na identificação e 
confirmação do câncer na mama: 
 exame clínico das mamas: exame realizado por um profissional médico ou 
da enfermagem pela palpação da mama para detecção de nódulos e outras 
alterações na mama da mulher. Contudo, não se trata de um exame que 
indique se o nódulo é benigno ou maligno. Este é o primeiro exame 
normalmente feito quando a mulher tem sintomas de câncer na mama ou 
descobriu alterações durante o autoexame; 
 exame de sangue: muito útil no diagnóstico do câncer de mama, já que, 
normalmente, quando há algum processo cancerígeno, a concentração de 
algumas proteínas específicas aumenta no sangue, como CA 125, CEA, CA 
 
19 
 
27.29 e CA 15.3, o último normalmente o marcador mais solicitado pelo 
médico. Além de serem importantes para auxiliar no diagnóstico de câncer de 
mama, os marcadores tumorais podem informar o médico quanto a resposta à 
terapia e à recorrência do câncer de mama, como é o caso do marcador CA 
27.29. Além dos marcadores tumorais, por meio da análise de uma amostra 
de sangue podem ser identificadas mutações em genes supressores de tumor, 
o BRCA1 e o BRCA2, que, quando mutados, podem predispor ao câncer de 
mama. Esse teste genético é recomendado, por exemplo, para pacientes com 
parentes próximos diagnosticados com câncer de mama antes dos 50 anos 
(INCA, 2014, 2016); 
 ultrassonografia da mama: exame de imagem que indica a presença, a 
posição e o tamanho dos nódulos, utilizado muitas vezes de maneira 
complementar à mamografia, já que consegue identificar nódulos pequenos 
em mulheres com mamas grandes; 
 ressonância magnética: Exame usado principalmente quando existe grande 
risco de desenvolvimento de câncer da mama, especialmente quando existem 
alterações nos resultados da mamografia ou da ultrassonografia. Assim, a 
ressonância magnética ajuda a confirmar o diagnóstico e a identificar o 
tamanho do câncer, assim como a existência de outros possíveis locais 
afetados; 
 biópsia da mama: normalmente, é o último exame de diagnóstico utilizado 
para confirmar a presença de câncer, pois é feito no laboratório com amostras 
retiradas diretamente das lesões da mama, permitindo observar se existem 
células tumorais que, quando presentes, confirmam o diagnóstico de câncer; 
 exame FISH: pode ser feito após a biópsia, quando existe diagnóstico de 
câncer de mama, para colaborar na escolha do tipo de tratamento mais 
indicado para tratar o câncer. O exame FISH é um teste genético que permite 
identificar genes específicos nas células cancerígenas, conhecidos como 
HER2, que, quando estão presentes, informam que o melhor tratamento para 
o câncer se dá com uma substância quimioterápica conhecida como 
trastuzumabe, por exemplo. 
 
20 
 
Tratamento 
Nos últimos anos houve importantes avanços na abordagem do câncer de 
mama, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como 
a busca da individualização do tratamento (PERES, 2014). O tratamento será de 
acordo com o estadiamento da doença, suas características biológicas e as condições 
da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e preferências). O câncer de 
mama deve ser abordado por uma equipe multidisciplinar visando ao tratamento 
integral da paciente. 
4.2 Câncer de colo de útero 
O câncer de colo de útero é o único câncer genital feminino que pode ser 
realmente prevenido por uma técnica de rastreamento eficaz e de baixo custo, a qual 
permite sua detecção e o tratamento na fase pré-maligna, ainda na forma de neoplasia 
intraepitelial cervical (NIC). Nos países em desenvolvimento, é a quinta causa mais 
comum de morte por câncer em mulheres. Nos últimos anos houve avanços 
importantes quanto ao seu diagnóstico e tratamento. Cirurgia ou radioquimioterapia 
(RQ) podem curar 80 a 95% das mulheres em estádio inicial (estádios I e II) e 60% 
daquelas em estádio III (PASSOS et al., 2017). 
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de colo de 
útero, a infecção por papilomavírus humano (HPV) constitui sua principal causa, 
fazendo com que esse tipo de câncer, somado ao fato de o HPV ser uma infecção 
sexualmente transmissível (IST), também apresente causas associadas a fatores de 
risco relacionados a IST, como baixo nível socioeconômico, início precoce da 
atividade sexual e grande número de parceiros sexuais, gravidez precoce, 
multiparidade e prostituição (PASSOS et al., 2017). 
O câncer de colo do útero em estágio inicial costuma ser rastreado 
periodicamente pelo ginecologista ou enfermeiro durante as consultas de rotina 
realizadas nas unidades básicas de saúde ou em clínicas particulares, conforme o 
caso. Há algumas classificações para identificar os carcinomas invasivos do colo do 
útero de acordo com a origem do epitélio comprometido. Os carcinomas invasivos se 
classificam em carcinoma epidermoide, tipo mais incidente, que acomete o epitélio 
escamoso e representa cerca de 80% dos casos, e o adenocarcinoma, tipo mais raro 
 
21 
 
e que acomete o epitélio glandular, sendo responsável por cerca de 10% dos casos 
(OPAS, 2013). 
Diagnóstico 
Os exames mais utilizados para identificar as lesões causadas pela infecção 
por HPV, são os descritos a seguir (BRASIL, 2017; INCA, 2011a). 
 Exame pélvico e história clínica: exame da vagina, colo do útero e reto por 
avaliação com espéculo, Papanicolaou, toque vaginal e toque retal. 
 Exame preventivo (Papanicolau): coleta de células do epitélio do colo uterino. 
 Colposcopia: exame que facilita a visualização da vagina e do colo de útero 
por meio de um aparelho chamado colposcópio, capaz de detectar lesões 
anormais nessas regiões. 
 Biópsia: se células anormais são detectadas no exame de citologia oncótica 
(Papanicolau), é necessário realizar uma biópsia, com a retirada de uma 
pequena amostra de tecido para análise no microscópio. Trata-se do exame 
que permite diagnosticar anormalidades das células e, consequentemente, 
identificar a possível malignidade dos tumores. A biópsia pode ser feita por 
conização, procedimento no qual se remove um pedaço de tecido em forma de 
cone do colo do útero. A base do cone é formada pela ectocérvice (parte 
externa do colo do útero), e o ponto ou ápice do cone é proveniente do canal 
endocervical. O tecido removido no cone inclui a zona de transformação (a 
fronteira entre a ectocérvice e a endocérvice, na qual o câncer de colo uterino 
é mais propenso a começar). 
 Exame de HPV por DNA: coleta as células do colo do útero e verifica a 
presença do vírus. Por ser mais específico, esse exame é realizado em 
mulheres com o exame preventivo anormal. 
Quando o câncer de colo do útero já está em curso, alguns exames podem ser 
feitos para identificar a extensão e a malignidade do tumor: 
 biópsia da região; 
 
22 
 
 tomografia computadorizada; 
 ultrassonografia; 
 ressonância magnética; 
 tomografia por emissão de pósitrons (PET-scan). 
O câncer de colo do útero divide-se em diferentes estágios, permitindo-nos 
conhecer o grau de invasão celular (INCA, 2017), conforme descrito a seguir. 
 Estágio 0 ou carcinoma in situ: quando as células cancerígenas ainda estão 
na superfície do colo do útero. 
 Estágio I: quando o câncer invade o colo do útero, mas se mantém nessa 
região, sem ir para fora do útero. 
 Estágio II: o câncer já cresceu para fora do útero, mas ainda não se espalhou 
em direção as paredes da pelve ou para a vagina. 
 Estágio III: o câncer atingiu a vagina e a parede da pelve e pode estar 
bloqueando a uretra. 
 Estágio IV: o câncer já se espalhou para outras regiões do organismo, como 
bexiga,reto, pulmões ou fígado. 
Tratamento 
As opções de tratamento para o câncer de colo do útero, descritas a seguir, 
variam conforme o estadiamento do tumor mencionado. 
 Cirúrgico: retira-se total ou parcialmente o tecido afetado pelo câncer; no caso 
do câncer cervicouterino, a indicação seria pela retirada parcial (somente o colo 
uterino) ou total do útero, situações denominadas histerectomia simples e 
histerectomia radical, respectivamente. 
 Radioterápico: a radioterapia usa radiação para destruir as células 
cancerígenas, podendo ser feita externa e/ou internamente. Na primeira 
técnica, um raio é aplicado de fora do corpo e, na segunda, o material da 
 
23 
 
radioterapia é colocado na vagina por alguns minutos. A radioterapia pode 
promover a interrupção da menstruação ou a abreviação da menopausa em 
mulheres em pré-menopausa. 
 Quimioterápico: a quimioterapia pode ser feita como um complemento à 
radioterapia ou para reduzir o tumor antes da cirurgia. 
No caso de lesões pré-cancerígenas no colo do útero, as opções de tratamento 
envolvem a destruição desse tecido de três formas: 
 crioterapia: as células malignas são destruídas por congelamento; 
 tratamento com laser: pode ser usado para destruir o tecido com células 
malignas; 
 imunoterapia: considerada uma forma de tratamento no qual o câncer é 
tratado utilizando o próprio sistema de imunológico do paciente para atacar as 
células malignas. 
Segundo o departamento de atenção básica(2013) controle dos cânceres do 
colo do útero e da mama: Quando diagnosticado em fase não invasiva ou em estágio 
I, o câncer de colo do útero alcança entre 80 e 90% de chance de cura. No entanto, 
as condições para um prognóstico favorável diminuem à medida que o quadro estiver 
mais avançado (BRASIL, 2013). 
 
Prevenção do câncer de colo uterino 
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição 
do risco de contágio pelo HPV. A infecção é transmitida via sexual, presumidamente 
por meio de abrasões microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Por 
consequência, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a 
relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que 
também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, as regiões perineal e perianal 
e a bolsa escrotal (BRASIL, 2017). 
A realização do exame de citologia oncótica constitui um espaço não apenas 
clínico preestabelecido vinculado às normas e rotinas, mas também de acolhimento, 
diálogo e reflexão, no qual a mulher procura o serviço para compreender a respeito 
 
24 
 
dos determinantes de sua saúde, fortalecendo a autonomia sobre o seu viver e 
buscando estabelecer hábitos de vida saudáveis. Nesse contexto, o enfermeiro deve 
desenvolver práticas educativas que abordem e sensibilizem as mulheres para os 
benefícios da detecção precoce do câncer do colo do útero, incentivando a realização 
da citologia oncótica (INCA, 2011a). 
Vacinação contra o HPV 
Considerando as mudanças no Calendário de vacinação para 2017, a 
população-alvo da vacinação com a vacina HPV quadrivalente é: 
 meninas e mulheres: faixa etária de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade. 
Adolescentes com 14 anos de idade poderão iniciar o esquema vacinal desde 
que o complete até os 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, respeitando o 
intervalo mínimo de 6 meses entre as doses. O esquema é realizado em três 
doses (0, 2 e 6 meses) para meninas e mulheres entre 9 e 26 anos, 11 meses 
e 29 dias de idade vivendo com HIV/aids. É necessária prescrição médica; 
 pacientes transplantados e oncológicos: na faixa etária de 9 a 26 anos de 
idade, o esquema consistem de três doses (0, 2 e 6 meses), sendo também 
necessária a prescrição médica. 
Em relação ao esquema de duas doses, vale destacar que, para ambas as 
vacinas HPV - bivalente e quadrivalente, este utilizará o intervalo de 6 meses entre as 
doses, podendo as mulheres e homens com idade inferior a 15 anos estar 
adequadamente cobertos com esse esquema. Não há intervalo máximo recomendado 
entre as doses nem a necessidade de uma terceira dose se o paciente procurar o 
serviço tardiamente e tiver 15 anos de idade incompletos até a data da segunda dose. 
A vacina é administrada via intramuscular, com injeção de 0,5 mL em cada dose 
(BRASIL, 2017). 
4.3 Infecções sexualmente transmissíveis 
As IST também são alvo de programas de saúde pública por sua importância 
na saúde das mulheres. Estima-se que 530 mil pessoas estejam infectadas pelo 
 
25 
 
herpes-vírus simples e mais de 250 milhões pelo HPV. A maioria dos casos das IST 
está associada a pessoas sexualmente ativas, adultos, jovens e adolescentes, e 
recém-nascidos ou lactentes de mães contaminadas (PASSOS et al., 2017). 
 A prevenção constitui a melhor forma de combater a continuidade das IST, e o 
tratamento é específico para cada doença, mais bem-sucedido se iniciado com o 
começo da doença, além de uma continuidade correta. 
Corrimento vaginal e cervicites 
No atendimento à mulher com corrimento vaginal e cervicite, é preciso pesquisa 
a quantidade do corrimento, a coloração, o aspecto, o odor e os fatores 
desencadeantes ou associados, além dos sintomas associados, como prurido, 
irritação vulvar, sangramento, presença de dispareunia (durante o ato sexual) e IST 
(PASSOS et al., 2017). 
4.4 Violência sexual e doméstica 
Segundo a Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios 
e diretrizes: assunto de saúde pública no Brasil, em todas as regiões, vários trabalhos 
apresentam estatísticas alarmantes sobre a violência contra a mulher e a baixa 
procura por serviços de saúde (BRASIL, 2011). 
Ações vêm sendo tomadas no sentido de orientar, capacitar e instrumentalizar 
a mulher, como protagonista da sua saúde, do seu corpo e das suas decisões, para 
impedir que seja vítima desse tipo de violência. Existem casos de grande impacto no 
aumento da procura dos serviços de saúde e apoio, demonstrando o quanto as 
mulheres estão dispostas a mudar a situação de vítimas de agressão, procurando 
ajuda e apoio profissionais. Para violências sexuais como estupro, existe um aumento 
significativo de hospitais e serviços especializados no atendimento a esses casos, 
bem como no aborto após estupro (BRASIL, 2011). 
A conscientização da problemática, o apoio e a divulgação de instrumentos e 
recursos visam a combater toda e qualquer forma de violência contra a mulher. 
 
26 
 
4.5 Dor pélvica 
Pode ser aguda, cíclica ou crônica, conforme mostrado a seguir (BRASIL, 
2016). 
Aguda: início ou aumento abrupto da dor, evolução curta, sinais e sintomas 
associados. Pode-se considerar gravidez ectópica, abortamento, gravidez com 
complicação, cisto de corpo lúteo e torção de ovário. Dura menos que 3 meses. 
Cíclica: associada ao ciclo menstrual, apresenta dor em cólica ou pontada, 
geralmente unilateral, alterna a lateralidade nos ciclos subsequentes. Pode ser 
também causada por dismenorreia ou endometriose. 
 Crônica: a intensidade da dor interfere nas atividades habituais. Pode se 
estender além da pelve, com duração maior que 6 meses. 
Miomas 
Segundo os protocolos da atenção básica : Saúde das Mulheres, Instituto Sírio-
Libanês de Ensino e Pesquisa os miomas podem causar sangramento uterino 
aumentado, geralmente determinado por miomas submucosos ou ocasionalmente 
intramurais com componente intracavitário. Outras causas também devem ser 
avaliadas nos casos de sangramentos não compatíveis com miomas, os quais 
raramente provocam dor pélvica (BRASIL, 2016). 
Problemas urinários 
Quando a mulher queixar-se de perda urinária, deve-se verificar o início dos 
sintomas, a frequência das perdas, a gravidade, o hábito intestinal e os sintomas 
associados, como urgência miccional, frequência urinária, nictúria, esvaziamento 
incompleto, disúria, hematúria, infecção do trato urinário e prolapsouterino. As 
queixas urinárias podem estar relacionadas a processos inflamatórios/infecciosos, 
efeitos colaterais de medicamentos, constipação intestinal, fraqueza de alguns 
músculos pélvicos ou complicações operatórias. Caso a mulher tenha algumas 
alterações urinárias, devem ser investigados sintomas de infecção do trato urinário, 
como disúria, dor suprapúbica, urgência miccional, aumento da frequência urinária, 
 
27 
 
nictúria ou hematúria, além de avaliar a presença de leucorreia ou irritação vaginal 
(BRASIL, 2016). 
4.6 Endometriose 
Conforme o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas: endometriose. É uma 
Doença ginecológica definida pelo desenvolvimento e crescimento de estroma e 
glândulas endometriais fora da cavidade uterina, o que resulta em uma reação 
inflamatória crônica, não há correlação entre sintomatologia e grau da doença e, para 
confirmar o seu diagnóstico, é necessário um procedimento invasivo (laparoscopia), o 
que dificulta a determinação da prevalência. A patogênese da endometriose tem sido 
explicada por diversas teorias que apontam para a multicausalidade, associando 
fatores genéticos, anormalidades imunológicas e disfunção endometrial (BRASIL, 
2010). 
 Na teoria da implantação, o tecido endometrial, por menstruação retrógrada, 
teria acesso a estruturas pélvicas pelas tubas uterinas, implantando-se na superfície 
peritoneal, estabelecendo um fluxo sanguíneo e promovendo uma resposta 
inflamatória. Para a teoria da metaplasia celômica, as células indiferenciadas do 
periônio pélvico seriam capazes de diferenciarem-se em tecido endometrial. Por fim, 
a teoria do transplante direto explica o desenvolvimento da endometriose em 
episiotomia, em cicatriz de cesariana e em outras cicatrizes cirúrgicas, em que as 
células ou o tecido endometrial se disseminariam pelos vasos sanguíneos, explicando, 
assim, a localização fora da cavidade pélvica (BRASIL, 2010). 
As apresentações clínicas mais comuns da endometriose são infertilidade e 
dor pélvica, dismenorreia, dispareunia e dor cíclica, mas também podem ser 
encontrados outros sintomas em localizações atípicas e distantes do tecido 
endometrial, como hemoptise, cefaleias, convulsões, lesões dolorosas em cicatrizes 
cirúrgicas, edema e sangramento nessas cicatrizes. 
De acordo com o Ministério da Saúde (2010), no protocolo clínico e diretrizes 
terapêuticas: endometriose o estadiamento mais usado para endometriose leva em 
consideração o tamanho, a profundidade, a localização dos implantes endometrióticos 
e a gravidade das aderências, consistindo em quatro estágios (BRASIL, 2010). 
 
28 
 
 estágio 1 ou doença mínima: implantes isolados e sem aderências 
significativas; 
 estágio 2 ou doença leve: implantes superficiais com menos de 5 cm, sem 
aderências significativas; 
 estágio 3 ou doença moderada: múltiplos implantes superficiais e profundos, 
incluindo endometriomas e aderências densas e firmes; 
 estágio 4 ou doença mais extensa: não há correlação entre o estágio da 
doença com prognóstico ou o nível da dor. A dor é influenciada pela 
profundidade do implante endometriótico e por sua localização em áreas com 
maior inervação. 
O tratamento da endometriose depende da gravidade dos sintomas, da 
extensão e localização da doença, do desejo de engravidar e da idade da paciente, 
podendo ser medicamentoso, cirúrgico ou pela combinação de ambos (BRASIL, 
2010). 
A sintomatologia da doença inflamatória da pelve inclui (PASSOS et al., 2017): 
 dor no baixo ventre; 
 dor na região lombossacral; 
 corrimento mucopurulento; 
 sangramento vaginal; 
 Dor genital persistente, durante ou após a relação sexual (dispareunia); 
 Desconforto, dor ou queimação ao urinar (disúria); 
 febre; 
 dor no hipocôndrio direito; 
 Náuseas e vômito. 
Ao exame físico, pode-se encontrar/evidenciar febre, dor à palpação e 
descompressão brusca dolorosa no baixo ventre, dor à palpação do colo uterino, 
 
29 
 
abaulamento doloroso em fundo de saco vaginal, canal cervical com corrimento 
branco, amarelado ou sangramento induzido (HALBE; CUNHA, 2010). 
4.7 Infertilidade 
A infertilidade ou subfertilidade é definida como a incapacidade de um casal 
sexualmente ativo e sem usar métodos anticoncepcionais ter uma gravidez bem 
sucedida em 12 meses ou mais de adequada exposição ao coito (PASSOS et al., 
2017). 
As causas que levam à infertilidade dividem-se em três grupos (PASSOS et al., 2017): 
 
Fatores anatômicos femininos: são aqueles considerados orgânicos, 
infecciosos ou funcionais que alteram ou provocam alteração no aparelho reprodutor 
feminino, impedindo a concepção. 
 obstrução, alteração ou aderências tubárias: infecção, endometriose, 
cicatrizes e aderências pós-cirúrgicas; 
 deformidades uterinas, endometriais e cervicais: miomas, endome-triose, 
adenomiose, pólipos. 
Fatores hormonais: são aqueles que alteram a homeostase hormonal 
feminina, levando, frequentemente, à oligovulação ou à anovulação. 
 oligoanovulação: síndrome dos ovários policísticos (SOP), hiper-
prolactinemia, hipotireoidismo ou hipertireoidismo, hiperplasia suprarrenal de 
aparecimento tardio. 
 Fatores masculinos: Compreendem alterações do espermograma que deter-
minam a infertilidade de origem masculina. 
 oligospermia ou azoospermia, astenospermia, teratospermia: causas 
obstrutivas, disfunções hormonais, trauma, agentes tóxicos externos e uso de 
anabolizantes. 
 
30 
 
O tratamento para a infertilidade será direcionado para cada uma das três 
possíveis causas da infertilidade, conforme o diagnóstico feito ao casal. Como 
definição, temos que (PASSOS et al., 2017): 
4.8 Doença inflamatória da pelve 
 
É causada por infecção polimicrobiana do trato genital superior, originária de 
foco uretral, vaginal ou cervical (HALBE; CUNHA, 2010). A virulência dos germes e a 
resposta imune definem a progressão da doença: 
 
 endometrite; 
 salpingite; 
 pelviperitonite; 
 ooforite; 
 peri-hepatite; 
 abscesso tubo-ovariano, ou de fundo de saco de Douglas. 
 
Sangramento uterino anormal (SUA) Pode ser um sangramento (BRASIL, 
2016): 
 aumentado - definido por ciclos menstruais regulares, cujo volume de 
sangramento interfere nas atividades. Pode ser causado por miomatose, 
adenomiose, dispositivo intrauterino (DIU) de cobre, coagulopatias, causa 
funcional endometrial, pólipos endometriais, hiperplasia ou carcinoma do 
endométrio, ou endometrite (doença inflamatória pélvica); 
 irregular - caracterizado por ciclos regulares com volume de sangue variável 
e que pode ser causado por SOP, nos primeiros anos após a menopausa, 
climatério, hipotireoidismo ou hiperprolactinemia; 
 intermenstrual - aquele não relacionado ao ciclo menstrual, que ocorre em 
qualquer momento do ciclo menstrual, geralmente em pequena quantidade, ou 
pós o ato sexual, geralmente decorrente de patologias da vagina ou do colo 
uterino 
 
31 
 
4.9 Atraso menstrual e amenorreia 
Quando houver atraso menstrual, deve-se investigar quantos dias há de atraso, 
se há a possibilidade de gravidez por meio de exames, se houve falhas no caso de 
mulher em uso de anticoncepcionais, causas emocionais, histórico de aborto, ganho 
de peso excessivo e controle hormonal, além de avaliar a idade para possível 
climatério ou menopausa. A ausência de menstruação em mulheres que nunca 
menstruaram e estão em idade fértil é chamada de amenorreia primária, e a ausência 
da menstruação em mulheres que já menstruam, de amenorreia secundária. Ainda 
sobre problemas relacionados à menstruação, temos os sintomas pré-menstruais, 
conforme mostrado a seguir. 
Sintomas pré-menstruais 
 
Segundo os protocolos da atenção básica : Saúde das Mulheres, Instituto Sírio-
Libanês de Ensino e Pesquisa: os sintomas pré-menstruais trata-se de sintomas 
típicos na fase lútea do ciclo menstrual que podem ser afetivos, como depressão, 
explosão deraiva, irritabilidade, confusão, isolamento social e fadiga, e somáticos, 
como dor mamária, distensão abdominal, cefaleia e edema de extremidades (BRASIL, 
2016). 
Conforme a política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios 
e diretrizes: Os objetivos e estratégia para prevenção de agravos (BRASIL, 2011): 
 Ampliar e qualificar a atenção clínica e ginecológica para a mulher, incluindo 
portadoras de IST. 
 Implementar a assistência de planejamento familiar. 
 Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada. 
 Promover a atenção às mulheres em situação de violência doméstica e sexual. 
 Promover a prevenção e o controle das doenças sexualmente transmissíveis e 
da infecção pelo HIV na população feminina. 
 Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina. 
 Implantar a atenção à saúde da mulher no climatério. 
 Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade. 
 Promover a atenção à saúde da mulher negra. 
 
32 
 
 Promover a atenção à saúde das mulheres trabalhadoras do campo e da 
cidade. 
 Promover a atenção à saúde da mulher indígena. 
 Promover a atenção à saúde da mulher em situação de prisão. 
 Promover e fortalecer a participação da mulher em políticas públicas 
direcionadas à saúde da mulher. 
5 PRINCIPAIS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
Segundo o departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo clínico e 
diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente 
transmissíveis: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são consideradas um 
tipo de infecção do trato reprodutivo (ITR), também incluindo as infecções iatrogênicas 
(infecções pós-aborto e pós-parto) e as endógenas (candidíase vulvovaginal e 
vaginose bacteriana). O termo “doenças sexualmente transmissíveis” não é mais 
utilizado, em consonância com o que preconiza a Organização Mundial da Saúde 
(OMS), com o objetivo de alertar a população sobre a possibilidade de ter e transmitir 
uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas, o que aponta para estratégias de uma 
atenção integral, eficaz e resolutiva (BRASIL, 2015). 
 No contexto da atenção integral à saúde, conforme o protocolo clínico e 
diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente 
transmissíveis: o atendimento deve ser organizado para não perder a oportunidade 
do diagnóstico e do tratamento. As IST podem ser causadas por agentes etiológicos 
diferentes (vírus, bactérias, fungos e protozoários), transmitidas, majoritariamente, por 
meio do contato sexual (oral, vaginal e anal) desprotegido, ou seja, sem o uso de 
camisinha (feminina ou masculina), com uma pessoa infectada, embora também haja 
a transmissão da mãe para o feto durante a gestação, o parto ou a amamentação 
(transmissão vertical), por uso de drogas injetáveis pelo compartilhamento de seringas 
e agulhas e por transfusão de sangue contaminado (mais raro) (BRASIL, 2018a). 
Algumas IST podem ser assintomáticas, e as três principais manifestações 
clínicas, tanto na mulher quanto no homem, consistem em corrimento, feridas e 
verrugas anogenitais. Geralmente, essas manifestações aparecem no órgão genital 
(pênis ou vagina), porém, podem surgir em outras partes do corpo. Os corrimentos 
 
33 
 
podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, com cheiro forte e prurido 
vaginal, eventualmente causando disúria e/ou dispareunia, e surgindo sobretudo nos 
casos de gonorreia e clamídia. Torna-se importante diferenciar esses casos das 
infecções endógenas (candidíase e vaginose bacteriana), não consideradas IST. 
Embora não exclusivamente, as feridas se manifestam na sífilis e na herpes 
genital, principalmente nos órgãos sexuais. As verrugas são causadas pelo 
papilomavírus humano (HPV), podendo ocasionar irritação e coceira, com ou sem dor. 
As infecções virais, como pelo vírus do HIV e pelas hepatites B e C, costumam ser 
assintomáticas. É importante ressaltar que o fato de o indivíduo não apresentar sinais 
ou sintomas da doença não significa que ele não esteja infectado, ou melhor, que não 
seja capaz de constituir uma fonte de transmissão da doença, motivo pelo tornando-
se um exame de triagem para definir um diagnóstico e posterior tratamento, com o 
objetivo principal de identificar indivíduos portadores das IST, mas, até o momento, 
assintomáticos. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) segundo o departamento de DST, Aids e 
Hepatites Virais. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às 
pessoas com infecções sexualmente transmissíveis: disponibiliza os testes rápidos de 
HIV, sífilis e hepatites B e C, cuja principal vantagem reside na facilidade para 
execução e interpretação e na rapidez para disponibilização do resultado, em no 
máximo 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial, porém, executado 
por um profissional de saúde capacitado. O diagnóstico e o tratamento das IST e de 
suas parcerias sexuais interrompem a cadeia de transmissão, prevenindo outras 
infecções e possíveis complicações. A anamnese, a identificação das diferentes 
vulnerabilidades e o exame físico constituem-se elementos essenciais para o 
diagnóstico das IST. E seu tratamento deve ser realizado considerando-se fatores 
como eficácia, segurança, posologia, via de administração, custo, adesão e 
disponibilidade (BRASIL, 2015). 
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado e oportuno das IST, 
principalmente durante a gravidez, levam à prevenção da transmissão vertical e 
minimizam as possíveis sequelas no feto. Entretanto, a melhor maneira de interromper 
a cadeia de transmissão das IST refere-se à prevenção pelo uso de preservativos em 
todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais), prevenindo-se, também, 
gestações indesejadas. 
 
34 
 
Outras intervenções também são comprovadamente eficazes e precisam ser 
incorporadas à proposta de prevenção combinada, como ações de prevenção e 
educação em saúde, busca adequada e acesso aos serviços de saúde, diagnóstico e 
tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais, profilaxia pós-
exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão 
vertical do HIV, sífilis e hepatite B, e redução de danos e notificação das IST, conforme 
o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com 
infecções sexualmente transmissíveis. No exercício da profissão, os profissionais de 
saúde são obrigados a comunicar aos gestores do SUS a ocorrência de casos 
suspeitos ou confirmados de doenças de interesse nacional, passíveis de prevenção 
e controle pelos serviços de saúde. O caráter compulsório da notificação implica 
responsabilidades formais para todo cidadão, constituindo uma obrigação inerente às 
profissões na área da saúde (BRASIL, 2018a). 
A notificação compulsória é obrigatória no caso de sífilis adquirida, sífilis em 
gestante, sífilis congênita, hepatites virais B e C, aids, infecção pelo HIV, infecção pelo 
HIV em gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de transmissão 
vertical do HIV. 
5.1 Sífilis 
Segundo o departamento de vigilância, prevenção e controle das infecções 
sexualmente transmissíveis, do HIV/ Aids e das Hepatites Virais, por meio do manual 
técnico para diagnóstico da sífilis : Embora essa patologia seja um grave problema de 
saúde pública no Brasil, seu tratamento é fácil e está disponível na rede pública de 
saúde. Contudo, apesar de todos os esforços para a diminuição da sua incidência, 
principalmente a transmissão vertical de mãe para feto, os índices vêm crescendo ao 
longo dos anos, em especial em gestantes e a sífilis congênita. Isso advém do fato de 
seu diagnóstico ter sido facilitado pela implantação da utilização do teste rápido, mas 
também por sua notificação, que deve ser compulsória. A sífilis tem aumentado 
também entre a população jovem, consequência do sexo desprotegido,aumentando 
consideravelmente o risco de adquirir ou transmitir outras IST, em especial o HIV 
(BRASIL, 2016b). 
 
35 
 
De acordo com o Boletim Epidemiológico sobre Sífilis de 2018 do Ministério da 
Saúde, em 2017, foram notificados 119.800 casos de sífilis adquirida (taxa de 
detecção de 58,1 casos/100 mil habitantes), 49.013 casos de sífilis em gestantes (taxa 
de detecção de 17,2/1.000 nascidos vivos), 24.666 casos de sífilis congênita (taxa de 
incidência de 8,6/1.000 nascidos vivos) e 206 óbitos por sífilis congênita (taxa de 
mortalidade de 7,2/100 mil nascidos vivos) (BRASIL, 2018c). 
De 2010 a 2017, a taxa de incidência de sífilis congênita aumentou 3,6 vezes, 
a taxa de detecção de sífilis em gestantes aumentou 4,9 vezes e a taxa de detecção 
da sífilis adquirida aumentou de 2 para 58,1 casos por 1.000 habitantes. Esses dados 
justificam a importância do conhecimento sobre a doença, além de seu diagnóstico e 
tratamento, com o objetivo de diagnosticá-la precocemente e tratá-la corretamente, 
prevenindo, sobretudo, a sífilis congênita. A sífilis é uma infecção bacteriana de 
caráter sistêmico causada pelo Treponema pallidum (T. pallidum), exclusiva do ser 
humano e que, quando não tratada precocemente, pode evoluir para uma 
enfermidade crônica, comprometendo especialmente os sistemas nervoso e 
cardiovascular. É transmitida, principalmente, por contato sexual desprotegido, sem 
uso de preservativos, mas também da mãe para o feto durante a gravidez, pela 
transmissão vertical de uma gestante com sífilis não tratada ou tratada 
inadequadamente. 
 A probabilidade de infecção fetal é influenciada pelo estágio da sífilis na mãe 
e pela duração da exposição fetal. Dessa forma, a transmissão é maior quando a 
mulher apresenta sífilis primária ou secundária durante a gestação. Infecção do feto a 
partir da mãe acarreta o desenvolvimento da sífilis congênita. Transmissão pelo 
contato do recém-nascido com lesões genitais no momento do parto também pode 
acontecer, mas é menos frequente. Sífilis congênita é responsável por altas taxas de 
morbidade e mortalidade, podendo apresentar consequências graves, como 
abortamento, prematuridade, óbito fetal e morte neonatal (BRASIL 2018a). 
A infectividade da sífilis por transmissão sexual é maior (cerca de 60%) nos 
estágios iniciais (primária, secundária e latente recente), diminuindo gradualmente 
com o passar do tempo (latente tardia e terciária), aspecto explicado pela intensa 
multiplicação do patógeno e pela riqueza de treponemas nas lesões, comuns na sífilis 
primária (cancro duro) e secundária (lesões mucocutâneas). Essas lesões são raras 
ou inexistentes por volta do 2º ano da infecção (BRASIL, 2015). 
 
36 
 
 Conforme o estágio da infecção, a doença é assintomática, o que aumenta seu 
potencial de transmissibilidade de uma pessoa infectada para seus parceiros sexuais. 
Além de ser infectocontagiosa e poder acometer o organismo de maneira grave 
quando não tratada, a sífilis aumenta significativamente o risco de contrair a infecção 
pelo HIV, uma vez que a entrada do vírus é facilitada pela ocorrência de lesões 
sifilíticas. A presença do T. pallidum no organismo também acelera a evolução da 
infecção pelo HIV para a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) (BRASIL, 
2016b). 
Todos os profissionais de saúde devem estar aptos a reconhecer as 
manifestações clínicas da sífilis e interpretar os resultados dos exames laboratoriais, 
que desempenham papel fundamental no controle da infecção e possibilitam 
conformar o diagnóstico e monitorar a resposta ao tratamento (BRASIL, 2015). 
5.2 Vírus da imunodeficiência humana (HIV) 
A aids é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção 
pelo vírus HIV, um retrovírus que costuma ter como propriedades período de 
incubação prolongado, infecção das células do sangue e do sistema nervoso, e 
supressão do sistema imune. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O 
vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo; após se 
multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. As IST 
compreendem um fator de risco para aquisição e transmissão do HIV. 
A infecção pelo HIV cursa com um amplo espectro de apresentações clínicas, 
desde a fase aguda até a fase avançada da doença. Em indivíduos não tratados, 
estima-se que o tempo médio entre o contágio e o aparecimento da doença esteja em 
torno de 10 anos. As estratégias para testagem do HIV têm o objetivo de melhorar a 
qualidade do diagnóstico da infecção e, simultaneamente, assegurar a realização do 
diagnóstico o mais precocemente possível, de maneira segura e com rápida 
conclusão. O diagnóstico da infecção pelo HIV pode ser feito por meio do teste rápido, 
realizado em ambientes laboratoriais e não laboratoriais. 
Segundo o departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções 
Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, através do protocolo 
clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos: As 
 
37 
 
formas de transmissão do HIV são semelhantes a de outras IST, como sexo 
desprotegido, transmissão vertical durante a gravidez, parto e amamentação, e 
compartilhamento de materiais perfurocortantes (agulhas, seringas). Na gestação, 
todas as gestantes e suas parcerias sexuais devem ser investigadas para IST e 
informadas sobre a possibilidade de infecções perinatais. Mães que vivem com HIV 
têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado 
durante o pré-natal, o parto e o pós-parto. O risco de transmissão vertical do HIV 
continua por meio da amamentação, motivo pelo qual o fato de a mãe utilizar 
antirretrovirais não controla a eliminação do HIV pelo leite, e não garante proteção, 
recomendando-se que toda puérpera vivendo com HIV/aids seja orientada a não 
amamentar (BRASIL, 2018d). 
5.3 Hepatites virais 
Provocadas por diferentes agentes etiológicos, que têm em comum o tropismo 
primário pelo tecido hepático (vírus hepatotrópicos), são cinco os vírus que as 
causam: vírus das hepatites A (HAV), B (HBV), C (HCV), D (HDV) e E (HEV), porém, 
no Brasil os mais comuns são os vírus HAV, HBV e HCV. Na maioria dos casos, são 
doenças silenciosas e assintomáticas, principalmente em suas formas agudas, 
dificultando o diagnóstico e o tratamento e colabora na cadeia de transmissão dessas 
infecções. Em virtude de suas taxas de prevalência, potencial de transmissibilidade, 
cronicidade e potencial para complicações, as hepatites virais B e C são agravos de 
grande importância em termos de saúde pública no Brasil (BRASIL, 2018a). 
Sua transmissão ocorre de maneira similar a outras IST, por contato sexual 
desprotegido, compartilhamento de seringas e agulhas e, também, alicates de unha 
(vírus B, C e D), transmissão vertical (perinatal e intrauterina) (vírus B, C e D), além 
de contágio fecal-oral (vírus A e E) em locais com condições precárias de higiene e 
saneamento básico (BRASIL, 2018b). 
 Por serem causadas por diferentes agentes etiológicos, a evolução dos 
diferentes tipos de hepatites varia conforme o vírus. Os vírus A e E se manifestam na 
forma aguda da hepatite, não apresentando forma crônica, ou seja, após uma 
infecção, o vírus é eliminado do organismo. De maneira contrária, os vírus B, C e D 
se manifestam tanto de forma aguda quanto crônica, persistindo no organismo para o 
 
38 
 
resto da vida. Por isso, os vírus B e C têm maior prevalência na população e maior 
potencial de transmissibilidade, já que grande parte da população é portadora dos 
vírus e, muitas vezes, não sabe. A hepatite B constitui uma infecção de transmissão 
parenteral, por contato com fluidos corpóreos contaminados, predominantemente, 
pela via sexual, por sêmen ou saliva, mas também pelo sangue. 
A capacidade do vírus de sobreviver fora do organismo humano por períodos 
prolongados facilitaa transmissão por meio do contato direto ou por meio de fômites, 
objetos capazes de absorver, reter e transportar agentes infecciosos de um indivíduo 
para outro, como o alicate de unha. o desfavorável, o que resulta em, 
aproximadamente, 90% de cronicidade (BRASIL, 2015). 
Quando a gestação ocorre em mulher portadora de infecção crônica pelo HBV, 
a imunoprofilaxia adequada no momento do parto é fundamental. Sem a adoção 
dessa medida, mais de 90% das crianças desenvolverá infecção aguda pelo HBV, que 
poderá progredir para infecção crônica com complicações da doença hepática crônica 
na idade adulta. A via perinatal, no momento do parto, é uma das vias mais 
importantes de transmissão para os recém-nascidos (RN), cenário no qual a evolução 
é desfavorável, com maior chance de cronificação (BRASIL, 2018a). 
Aproximadamente 5 a 10% das pessoas infectadas tornam-se portadoras 
crônicas do HBV, e cerca de 20 a 25% dos casos crônicos de hepatite B que 
apresentam replicação do vírus evoluem para doença hepática avançada (BRASIL, 
2015). Da mesma maneira que o vírus HBV, o vírus HCV também é transmitido por 
fluidos corporais contaminados, principalmente o sangue. Seu método de transmissão 
mais eficiente se dá por meio da exposição percutânea repetida ou de grandes 
volumes de sangue contaminado, sendo importantes fontes de transmissão 
hemodiálise, usuários de drogas intravenosas, procedimentos de manicure e 
pedicure, tatuagens e piercings, tratamentos odontológicos, quando as normas de 
biossegurança não são obedecidas para esterilização e desinfecção de materiais 
reutilizáveis. 
A transmissão sexual não é tão comum quanto a do HBV, ocorrendo mais 
frequentemente em pessoas com múltiplos parceiros sexuais e com relações sexuais 
desprotegidas e/ou na presença de outras IST. Portanto, deve-se solicitar a testagem 
para o HCV para todos os indivíduos em situações de risco, como: pessoas com 
múltiplos parceiros sexuais ou com múltiplas IST; trabalhadores do sexo; antecedente 
 
39 
 
de transfusão de sangue, hemoderivados ou órgãos antes de 1993; antecedente de 
uso de drogas injetáveis, intranasal, antecedente de tatuagem ou piercing em 
ambiente não regulamentado; antecedente de exposição a material biológico 
contaminado; e crianças nascidas de mães que vivem com o HCV. Não há 
recomendação para testagem de rotina na população geral (BRASIL, 2018a). 
6 PLANO DE CUIDADOS PARA A MULHER 
Segundo o departamento de vigilância, prevenção e controle das Infecções 
sexualmente transmissíveis, do HIV/ Aids e das Hepatites Virais, por intermédio do 
protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com 
infecções sexualmente transmissíveis: a sexualidade é definida como uma questão 
essencial do ser humano, que contempla sexo, identidades e papéis de gênero, 
erotismo, orientação sexual, prazer, intimidade e reprodução, influenciada pela 
relação de aspectos biológicos, psicológicos, socioeconômicos, políticos, culturais, 
legais, históricos, religiosos e espirituais. Nesse sentido, a escuta ativa e a promoção 
de ambiente favorável ao diálogo sobre as práticas sexuais devem estar presentes na 
rotina dos serviços de saúde. Essa abordagem possibilita vínculos e facilita a adesão 
às tecnologias disponíveis ofertadas pelos profissionais de saúde. A escuta 
qualificada deve ser realizada com atenção e respeito, livre de preconceitos, 
possibilitando que a própria pessoa encontre soluções para as suas questões 
(BRASIL, 2018a). 
Oferecer preservativos gratuitamente no SUS e esperar que todos os usuários, 
homens e mulheres, absorvam o conhecimento e a suposta obrigação da utilização 
dos mesmos em todas as relações sexuais não resolve o problema das IST, pois 
existem muitos em jogo muitos outros fatores, individuais e, também, das parcerias 
sexuais. É necessário ampliar a abordagem do cuidado sexual, expandindo assim as 
possibilidades da prevenção combinada. 
É fundamental que o profissional de saúde ofereça as orientações centradas 
na pessoa com vida sexual ativa e em suas práticas com o intuito de ajudá-la a 
reconhecer e minimizar seu risco. A prevenção combinada das IST contempla 
diversas ações de prevenção e assistência, distribuídas em três áreas estratégicas - 
biomédica, comportamental e estrutural aplicadas aos âmbitos individual e coletivo. 
 
40 
 
Assim, sua definição parte do pressuposto de que diferentes ações devem ser 
conciliadas em uma ampla estratégia, combinando os três eixos de intervenções. A 
premissa básica é a de que estratégias de prevenção devem observar, 
concomitantemente, diferentes focos, sempre considerando as especificidades dos 
sujeitos e dos seus contextos (BRASIL, 2018d). 
As intervenções biomédicas são aquelas com enfoque na redução do risco à 
exposição dos indivíduos às IST, a partir de estratégias que impeçam a sua 
transmissão direta, na interação entre uma ou mais pessoas infectadas e outras 
pessoas não infectadas. Por sua vez, as intervenções comportamentais compõem 
aquelas cujo foco está na abordagem dos diferentes graus de risco a que os indivíduos 
estão expostos, e as intervenções estruturais remetem às estratégias voltadas a 
interferir nos aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos que criam ou 
potencializam vulnerabilidades dos indivíduos em relação às IST (BRASIL, 2018d). 
Para uma prática sexual segura, além do uso de preservativos, outras medidas 
de prevenção são essenciais, como: imunização contra hepatites B e HPV; testar 
regularmente para HIV e outras IST (sorologias); conhecer o status sorológico do 
parceiro sexual; realização de exames preventivos (Papanicolau) como modo de 
prevenção ao HPV; e busca de conhecimentos e acesso à anticoncepção e à 
concepção (BRASIL, 2018d). 
Entre as principais medidas de prevenção comuns aos vírus das hepatites B e 
C, estão: uso de preservativo masculino ou feminino em todas as relações sexuais; 
não compartilhamento de material de uso de higiene pessoal ou perfurocortante 
(agulhas, lâminas de barbear, alicates); uso de material descartável ou esterilizado na 
realização de procedimentos odontológicos, de manicure ou pedicure, tatuagens ou 
piercings. Contra a hepatite B, a principal medida de prevenção consiste na vacinação 
para todas as pessoas, independentemente da idade. Três doses de vacina contra a 
hepatite B induzem títulos protetores de anticorpos (anti-HBs maior ou igual a 10 
UI/mL) em mais de 90% dos adultos e dos jovens sadios, e em mais de 95% dos 
lactentes, das crianças e dos adolescentes (BRASIL, 2018a). 
A gestação e a lactação não representam contraindicações para imunização, 
prevenindo a transmissão vertical do vírus da mãe para o filho. Gestantes que não 
receberam a vacina devem ser imunizadas. A vacinação contra hepatite B faz parte 
do calendário de vacinação das crianças, sendo a primeira dose realizada ao nascer. 
 
41 
 
A primeira dose é apenas a hepatite B, a partir da segunda dose aos 2 meses, a 
terceira aos 4 meses e a quarta aos 6 meses de vida, a vacina da hepatite B é 
combinada com outras quatro vacinas individuais (difteria, tétano, coqueluche, 
meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo B), sendo 
essa a vacina pentavalente. A primeira dose da vacina deve ser aplicada nas 
primeiras 24 horas de vida da criança, prevenindo a transmissão para o recém-
nascido. E não há vacinação para hepatite C. 
6.1 Políticas públicas e planejamento familiar 
Segundo o departamento de atenção básica, saúde sexual e saúde reprodutiva: 
os direitos sexuais e os direitos reprodutivos constituem direitos humanos já 
reconhecidos em leis nacionais e documentos internacionais. Os direitos à saúde 
sexual e à saúde reprodutiva são conceitos desenvolvidos recentemente e 
representam uma conquista histórica, fruto da luta pela cidadania e pelos direitos 
humanos (BRASIL, 2010). 
Em 1948, com a criaçãoda Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
firmou-se uma série de convenções no âmbito internacional. Por meio desse 
documento, foram estabelecidos estatutos comuns de cooperação mútua e 
organismos de controle capazes de garantir uma gama de direitos básicos e 
fundamentais a uma vida digna, chamados de direitos humanos. Os direitos humanos 
básicos e fundamentais garantem que as pessoas tenham direito à vida, à 
alimentação, à saúde, à moradia, à educação, ao afeto, à expressão da sua 
sexualidade e, também, aos direitos reprodutivos (BRASIL, 2010). 
 Ao longo da história do Brasil, até os anos 1970, a assistência à saúde da 
mulher era realizada através de programas hospitalocêntrico com foco no tratamento 
de enfermidades já instaladas, e não na prevenção de possíveis infecções e agravos 
causados por tais condições. Esse enfoque resultava em elevadas taxas de 
morbidade e de mortalidade. Ainda nos anos 1970, o planejamento familiar tinha como 
alicerce programas e políticas controlistas, com o objetivo principal de realizar 
campanhas de esterilizações em massa, distribuir contraceptivos ainda pouco 
testados e oferecer recompensas para aqueles ou aquelas que aceitassem realizar a 
esterilização (LIMA, 2010). 
 
42 
 
 
6.2 Métodos contraceptivos 
Englobam todos os métodos existentes para evitar a gravidez, como os 
comportamentais, os que usam hormônios, objetos/dispositivos e cirurgias. Existem 
métodos femininos e masculinos, reversíveis e considerados definitivos, e aqueles 
que oferecem dupla proteção, ou seja, além de evitarem a gravidez, protegem contra 
as infecções sexualmente transmissíveis (IST) (CARNIER, 2019). 
Os métodos anticoncepcionais reversíveis, adquiridos pelo Ministério da Saúde 
para oferecimento na rede de serviços do SUS são: 
 pílula combinada de baixa dosagem (etinilestradiol 0,03 mg + levo-norgestrel 
0,15 mg); 
 minipílula (noretisterona 0,35 mg); 
 pílula anticoncepcional de emergência (levonorgestrel 0,75 mg); 
 injetável mensal (enantato de norestisterona 50 mg + valerato de estradiol 5 
mg); 
 injetável trimestral (acetato de medroxiprogesterona 150 mg); 
 preservativo masculino e feminino; 
 diafragma; 
 DIU Tcu-380 A (DIU T de cobre). 
Algumas secretarias estaduais e municipais de saúde também adquirem 
aquisições de métodos anticoncepcionais complementando a distribuição promovida 
pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2010). 
Principais métodos contraceptivos propostos pelo Ministério da Saúde: 
Contraceptivos hormonais 
 
43 
 
Administrados por via oral, intravaginal, transdérmica, subdérmica e 
intramuscular, esses contraceptivos são feitos de estrogênio e progestina, um 
hormônio semelhante ao hormônio progesterona produzido naturalmente pelo corpo 
da mulher em algumas fases do ciclo menstrual e da gestação (CARNIER, 2019). 
Orais 
Os contraceptivos orais (figura1) são considerados medicamentos eficientes e 
reversíveis usados para evitar a gravidez não planejada durante determinado período 
da vida da mulher. Podem ser constituído por dois hormônios, estrógeno e 
progestogênio, ou somente pelo progestogênio. Os comprimidos precisam ser 
ingeridos diariamente, o que exige da mulher bastante disciplina para a ingestão da 
dose recomendada. 
Seu mecanismo de ação impede a ovulação dificultando a locomoção dos 
espermatozoides pelo órgão sexual feminino, impedindo sua chegada até o útero. 
Caso a mulher se esqueça de ingerir os comprimidos, a eficácia do método pode ficar 
comprometida durante aquele ciclo específico, situação em que se recomenda a 
utilização de outros métodos capazes de garantir a contracepção. Algumas mulheres 
passam por um período de adaptação ao método contraceptivo, podendo referir nos 
primeiros meses de uso alguns efeitos adversos, como sangramento vaginal fora do 
período, ausência total de menstruação e náuseas. 
 
Figura 1 – Contraceptivos hormonais orais 
 
Fonte: Adaptado de Malachias (2017, documento on-line). 
 
44 
 
 
Injetáveis 
Os métodos contraceptivos injetáveis (figura 2) precisam ser administrados 
mensal ou trimestralmente, por via intramuscular. Quando utilizados de maneira 
correta, dentro no período indicado, são muito eficazes, embora devam ser indicados 
somente após a avaliação de contraindicações e possíveis efeitos adversos. 
Figura 2 – Exemplo de método contraceptivo injetável 
 
 
Fonte: Adaptado de Rodrigues (2017, documento on-line). 
 
Dispositivos ou sistemas intrauterinos (DIU e SIU) Sistema liberador de 
levonorgestrel (SIU) 
Sistema intrauterino de liberação hormonal com duração de cinco anos, evita a 
gravidez, mas não protege contra IST. O SIU é um método contraceptivo de longa 
duração, mas rapidamente reversível com a sua retirada, caso se torne necessário. A 
quantidade de hormônio liberada pelo SIU é muito baixa e fica restrita ao útero, 
absorvido minimamente pela circulação sanguínea (CARNIER, 2019). 
Dispositivo intrauterino (DIU), trata-se de um tipo de dispositivo (figura 3), feito 
com fios ou cilindros de cobre que deve ser colocado no útero da mulher para prevenir 
a gravidez não planejada. Ele afeta a locomoção dos espermatozoides pelo útero por 
meio liberação de íons de cobre, sendo considerado um método contraceptivo 
altamente eficaz. O DIU de cobre representa uma contracepção permanente que pode 
 
45 
 
durar até 10 anos e ser retirado a qualquer momento sem prejudicar a fecundidade da 
mulher. 
 
Figura 3 – Dispositivo intrauterino (DIU) de cobre 
 
Fonte: Adaptado de Kosachenco (2018, documento on-line). 
 
 
Barreira 
 Contraceptivos de barreira bloqueiam fisicamente o acesso do esperma ao 
útero. 
Diafragma 
Feito com um material fino e macio, geralmente uma borracha, tem forma de 
anel e deve ser encaixado no colo uterino para prevenir a chegada dos 
espermatozoides ao útero (figura 4). Para que funcionar eficazmente, é necessário 
que a mulher o introduza no canal vaginal de 15 a 30 minutos antes do ato sexual. O 
diafragma deve ser retirado após 12 horas da relação sexual (CARNIER, 2019). 
 
 
 
 
 
46 
 
Figura 4 – Diafragma 
 
Fonte: shre.ink/mjMY 
Espermicida 
Feito com uma substância química que impede a mobilização ou causa a 
destruição dos espermatozoides durante as relações sexuais, pode ser encontrado na 
forma de cremes, géis, sprays, espumas e supositórios introduzidos no canal vaginal 
antes do ato sexual. Geralmente, o espermicida (figura 5) é indicado para o uso 
conjunto de outros métodos contraceptivos, como o DIU, a camisinha e o diafragma. 
O tempo máximo de ação do espermicida é de até 2 horas, tornando-se necessária a 
sua reaplicação no caso de relações mais longas. 
Figura 5 - Espermicida 
 
Fonte: Adaptado de Stacey (2019, documento on-line). 
 
47 
 
Esponja contraceptiva 
A esponja é um método contraceptivo que não contém hormônios e impede que 
os espermatozoides penetrem através do colo uterino. Veremos a seguir na figura 6. 
 
Figura 6 – Esponja contraceptiva 
 
Fonte: shre.ink/mjM9 
Capuz cervical 
Trata-se de um método contraceptivo feito de silicone ou látex, que se encaixa 
no colo uterino bloqueando a entrada dos espermatozoides no trato reprodutor 
feminino (figura 7). 
Figura 7 – Capuz cervical 
 
Fonte: Adaptado de Bayer Pharma AG (c2016a, documento on-line). 
 
48 
 
Preservativo feminino e masculino 
O preservativo (popularmente conhecido como “camisinha”), feminino ou 
masculino (figura 8), é um método contraceptivo feito de látex ou poliuretano que 
retém os espermatozoides, evitando a sua passagem através do canal vaginal e 
impedindo a sua chegada ao útero, prevenindo, assim, a gravidez não planejada. É o 
único método que, além de prevenir a gravidez não planejada, protege contra as IST, 
como o HPV e o HIV (CARNIER, 2019). 
Figura 8 – Presevativo feminino e masculino 
 
Fonte: shre.ink/mjYY 
Métodos comportamentais ounaturais 
Consistem em evitar as relações sexuais durante o período fértil do ciclo 
menstrual da mulher, por abstinência, observação do calendário, do muco cervical e 
da temperatura basal corporal ou interrompendo o coito durante o ato sexual. 
Tabela ou calendário (Ogino-Knaus) 
Esse método leva em consideração o dia provável da ovulação (liberação do 
óvulo pelo ovário), ou seja, o período mais fértil da mulher. Para calcular o período 
fértil, é necessário considerar que a concepção acontece sempre no meio do ciclo, ou 
seja, em torno do 14º dia de um ciclo normal de 28 dias. Dessa forma, para saber 
quando é o período fértil, deve-se contar 14 dias a partir da data da última 
menstruação. Teremos logo abaixo na figura 9, o exemplo dessa tabela (CARNIER, 
2019). 
 
 
 
49 
 
Figura 9 – Tabela ou calendário 
 
Fonte: Adaptado de Ramos (2019, documento on-line). 
Curva térmica basal ou de temperatura 
O método contraceptivo de temperatura (figura 10), é uma estratégia para evitar 
a gravidez na qual a mulher determina a temperatura do seu corpo em repouso 
medindo a própria temperatura toda manhã antes de se levantar. Nas mulheres, a 
ovulação causa um aumento de 0,3 a 0,5°C no período da ovulação. 
Figura 10 - Curva térmica basal 
 
Fonte: Adaptado de Anticoncepcional Web (2017a, documento on-line). 
 
 
50 
 
Billings (mucocervical) 
Uma mulher determina sua janela fértil observando a secreção (muco cervical) 
da vagina, de preferência várias vezes ao dia, começando no dia seguinte ao término 
da menstruação. Pode não haver muco por alguns dias após a interrupção da 
menstruação, mas ele, então, ressurge e é leitoso e espesso. Pouco tempo antes da 
ovulação, mais muco é produzido, tornando-se mais fino, elástico (esticando-se entre 
os dedos), límpido e aquoso (como uma clara de ovo crua). As mulheres necessitam 
anotar suas observações. A seguir veremos na figura 11, como identificar o muco 
cervical (CARNIER, 2019). 
 Figura 11 – Exemplo de muco cervical período fértil e infértil 
 
Fonte: shre.ink/mj61 
Sintotérmico 
Método que estabelece a medição da temperatura corporal em repouso 
(temperatura basal do corpo) com os métodos de muco e calendário (figura 12). 
 
 
 
 
 
 
51 
 
Figura 12 - Sintotérmico 
 
Fonte: Métodos Anticoncentivos (2019, documento on-line). 
 
Coito interrompido 
Trata-se de uma prática pouco eficaz em que o homem, pouco antes da 
ejaculação, remove o pênis da vagina. É pouco seguro, em razão à dificuldade que o 
homem poderá apresentar ao controle da ejaculação, visto que poderá surgir uma 
secreção contendo espermatozoides vivos durante a fase de excitação (CARNIER, 
2019). 
Ligadura tubária 
Método contraceptivo definitivo de esterilização feminina (figura 13), no qual as 
trompas de falópio são cortadas ou amarradas, impedindo, assim, que os óvulos e os 
espermatozoides se encontrem e ocorra a fecundação. 
Vasectomia 
Método contraceptivo definitivo de esterilização masculina (figura 14), que 
impede a passagem e a saída dos espermatozoides fabricados pelos testículos. 
 
 
 
 
 
52 
 
Figura 13 - Ligadura tubária 
 
Fonte: shre.ink/mj6f 
Figura 14 - Vasectomia 
 
Fonte: shre.ink/mjTF 
 
 
 
53 
 
7 ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS 
 
Fonte: shre.ink/mxed 
A nutrição e a saúde estão intimamente ligadas pelo início da prática médica, 
onde temos registros na Grécia antiga, por volta dos séculos IV e V a.C. São atribuídas 
a Hipócrates construções teóricas sobre a importância da alimentação nos 
tratamentos de saúde. A produção acadêmica sobre alimentos vem progredindo 
constantemente ao longo dos séculos, notavelmente nos séculos XVIII e XX. Alguns 
marcos da produção de conhecimento que contribuíram para os fundamentos 
científicos do modelo alimentar serão descritos brevemente: 
 Século XV — Leonardo da Vinci introduz os primeiros rascunhos sobre o 
metabolismo. Isso constitui o primeiro passo para elucidar a base metabólica 
da nutrição. 
 Séculos XVI e XVII — É concretizado o primeiro estudo sobre nutrição 
humana, evidenciando que o escorbuto está associado ao baixo consumo de 
frutas cítricas (James Lind). Há também avanços relevantes no campo da 
química, incluindo a descoberta dos primeiros elementos como cloro, glicerol 
e oxigênio, entre outros (Carl Wilhelm Scheele). 
 Em 1770, já no século XVIII, são descritas as principais etapas do 
metabolismo humano (Antoine Lavoisier). 
 Séculos XIX e XX — Ocorrem a primeira pesquisa sobre a digestão humana 
(William Beaumont); a descoberta sobre os compostos intermediários na 
 
54 
 
conversão de álcool durante a fermentação e a primeira classificação para o 
alimento (Justus von Liebig). Em 1850, é proposto o conceito de unidade de 
energia (Atwater e Francis Benedict). 
 Século XX — A ciência gera extensa produção acadêmica explicando as 
funções do corpo a partir de sua anatomia e fisiologia. Com o avanço 
tecnológico, ocorre maior desenvolvimento da pesquisa em saúde e 
alimentação, consolidando-se o entendimento da alimentação como essencial 
à saúde (ÁLVAREZ, 2018). 
As pesquisas científicas no campo da nutrição influenciaram mudanças de 
concepção sobre à relação entre alimentação e saúde no mundo ocidental, embora a 
nutrição saudável possa ter diversas definições e significados. Se relacionarmos uma 
alimentação balanceada aos adultos, as pesquisas têm focado principalmente na 
prevenção de DCNTs, como obesidade, câncer, hipertensão e diabetes melito tipo 2, 
visto que essas doenças são causas de morte prematura e também de perda de 
qualidade de vida. Para a Organização Mundial da Saúde, uma alimentação 
equilibrada ajuda a prevenir a desnutrição em todas as suas formas, bem como uma 
série de DCNTs (HEALTHY..., 2018, documento on-line). 
Deve ser diversificado e saudável e variar conforme as necessidades 
individuais (por exemplo, idade, gênero, estilo de vida, nível de atividade física), 
contexto cultural, disponibilidade local de alimentos e hábitos alimentares. As 
recomendações de promoção da alimentação saudável focam: 
 na importância da variedade de alimentos como fonte de nutrientes; 
 no equilíbrio na escolha dos alimentos, baseada nas necessidades 
individuais e coletivas; 
 na moderação do consumo de certos alimentos. 
O conceito de dieta equilibrada nos últimos 50 anos mudou. Sua interpretação 
anterior era de uma dieta que deveria fornecer os macronutrientes em quantidades 
suficientes para evitar deficiência. Acreditava-se que, se os macronutrientes fossem 
consumidos na quantidade correta, também seriam ingeridos, em quantidade 
suficiente, as vitaminas e os minerais. Isso pode ter acontecido quando a dieta 
continha principalmente comida próxima ao estado natural, com poucos alimentos 
processados e industrializados no mercado. Mais recentemente, foi reconhecido que 
 
55 
 
o simples consumo de macronutrientes não leva a uma boa saúde, como evidenciado 
pelas altas taxas de "doenças ocidentais", como as doenças cardiovasculares, o 
câncer, bem como a obesidade. Visivelmente, algo estava errado nessa abordagem. 
Apenas nas últimas décadas o conceito de "equilíbrio" evolui para mostrar que as 
proporções de diferentes grupos de alimentos devem ser inclusas na dieta para 
atender tanto necessidades de energia e macronutrientes, bem como alcançar um 
equilíbrio de micronutrientes que pode promover a saúde (BARASI, 2003). Uma 
alimentação equilibrada, portanto, tem o objetivo de: 
 reduzir o risco de algumas doenças, incluindo doenças cardíacas, 
diabetes melito tipo 2, derrame, alguns tipos de câncer e osteoporose; 
 reduzir a pressão alta; 
 baixar os níveis de colesterol LDL e triglicerídeos; 
 melhorar o bem-estar; 
 melhorar a capacidade do organismo de combater doenças; 
 melhorar a capacidade de se recuperar de doenças ou ferimentos; 
 aumentar onível de energia (WARDLAW; SMITH, 2013). 
 As necessidades nutricionais devem ser atendidas especialmente por meio de 
alimentos e não de suplementos alimentares. As pessoas devem tentar satisfazer 
suas necessidades nutricionais através de hábitos alimentares saudáveis que incluam 
alimentos ricos em nutrientes. Os alimentos ricos em nutrientes contêm vitaminas e 
minerais essenciais e também fibras alimentares e outras substâncias naturais, que 
podem ter efeitos positivos na saúde. Em alguns casos, alimentos enriquecidos e 
suplementos dietéticos podem ser úteis para fornecer um ou mais nutrientes que, de 
outra forma, poderiam ser consumidos em quantidades inferiores às recomendadas 
(BARASI, 2003). 
 
 
 
 
 
 
56 
 
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