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INVESTIGAÇÃO E MONITORAMENTO GEOTÉCNICO E AMBIENTAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL DISCIPLINA DE GEOTECNIA AMBIENTAL Professor Anderson Borghetti Soares CAPÍTULO 6 Introdução ● Investigação geotécnica: Ensaios de campo e laboratório para obter dados dos solos (permeabilidade, deformabilidade, resistência, estratigrafia, etc.) onde serão executadas obras ambientais, ensaios geofísicos (quando houver); ● Investigação ambiental: Monitoramento para prever a presença de poluentes (coleta de amostras, ensaios geofísicos, etc.); ● Monitoramento geotécnico: Acompanhar a “saúde” da obra ambiental (medição de recalques, poro-pressões, deformações horizontais, etc.) ● Monitoramento ambiental: Acompanhar a “saúde” do ambiente (medições de espécies químicas de efluentes, qualidade do ar, qualidade do solo, monitoramento do biogás, qualidade de poços de coleta, etc. 2 Investigação geotécnica •Sondagem com trado (amostras deformadas, NBR9603): Equipamento de perfuração manual que perfura o solo pela aplicação de uma rotação. 3 Figura 1 - Tipos de Trados (Veloso e Lopes, 2010). Investigação geotécnica •Standard Penetration Teste (SPT): Sondagem à percussão que fornece uma medida de resistência dinâmica conjugada para obtenção do perfil do estratigráfico do terreno (NBR 6484). 4 Figura 2 – Esquematização e ensaio SPT (Velloso e Lopes, 2002). Investigação geotécnica •Etapas SPT: •Cravação de amostrador padrão (queda de peso de 65kg de uma altura de 75 cm) em furo revestido ou não; •Perfuração com “tradagem” (lavagem do furo e uso de ferramenta cortante – trépano); 5 Figura 3 – (a) Dimensões padrões e (b) Amostrador padrão UFC (Fonte: Autor) •SPT = número de golpes para cravar o amostrador padrão nos 30 cm finais (o amostrador é cravado a cada metro por 45 cm). Investigação geotécnica6 Figura 4 - Etapas de (a) avanço da perfuração e (b) retirada de amostras (Velloso e Lopes, 2002). “Esquema” do ensaio SPT: Detalhe do Trépano (NBR 6484) Investigação geotécnica •Perfis de solos definidos no ensaio SPT (número de golpes e identificação táctil visual de amostras deformadas): 7 Tabela 1 – compacidade ou consistência em função do NSPT. 8 Figura 5 - Boletim de sondagem em terreno de Juiz de Fora/MG (Prof, Marangon, Geotecnia de Fundações). Boletim de sondagem Investigação geotécnica •Vantagens do SPT •Simplicidade de execução; •Baixo custo; •Obtenção de parâmetros do solo em função do NSPT. 9 Materiais granulares Materiais coesivos 𝑆𝑢= 12,5 𝑁𝑆𝑃𝑇 Investigação geotécnica •Sondagem rotativa i) Perfuração com barrilete; ii) Rochas e solos duros (Nspt>50); iii) Perfuração com Sonda rotativa (coroa de tungstênio ou diamante) ; iv) Sondagem mista= Percussão+rotativa. 10 Figura 6 – Esquema de sondagem rotativa (Veloso e Lopes, 2002). Investigação geotécnica ● Cone Penetration Test (CPT): ● Consiste na penetração de um cone padrão (10 cm² de área e 60º de inclinação) a uma velocidade constante (20mm/s), medindo-se a resistência da ponta e a resistência lateral (correlacionada com a estratigrafia, propriedades dos solos). 11 Figura 7 – Componentes do CPT (Schnaid, 2000). Investigação geotécnica ● Tipos de cones: ● Cone mecânico: medida da resistência de ponta (qc) e resistência lateral (fs) – avanço da ponta e luva de atrito; ●Cone elétrico: medida de qc e fs por meio de células de carga (sensores) ligados a sistemas elétricos que permitem a aquisição de dados automáticos; ●Piezocone: Cone elétrico que permite a medição de poro-pressões geradas durante a cravação (associado ao tipo de solo e a resistência ao cisalhamento não drenada) 12 Investigação geotécnica13 Figura 8 – Resultados obtidos no CPT e no CPTU (Schnaid, 2000). Resultados do CPT: Obs.: Rf=fs/qc. 14 Figura 9 - Classificação do tipo de solo sedimentar, para CPT (Velloso e Lopes, 2002). Investigação geotécnica Classificação do solo: CPTU: Consultar Schnaid (2000). Investigação geotécnica Ensaio da Palheta ou “Vane Test” ●Permite determinar a resistência ao cisalhamento não drenada do solo (Su). Su = resistência ao cisalhamento não drenada T = torque medido (N.M) D = diâmetro da palheta. 15 Figura 10 - Equipamento de palheta. Monitoramento geotécnico ● Acompanhamento de deformações, recalques, poro-pressão, etc., em obras geotécnicas e ambientais e projetos de remediação para verificar a segurança da obra ou a eficácia da técnica de remediação 16 Dados medidos em barragens de rejeito e aterros de resíduos Recalques (totais e em profundidade) Poro-pressões Vazões Meteorológicos (pluviometria, evaporação, etc) Deslocamentos horizontais Monitoramento geotécnico Deslocamentos verticais (recalques) e horizontais 17 Figura 11 -Deslocamento em taludes (Boscov, 2008). Aterros sanitários (Grassi, 2005 apud Boscov, 2008): Solos (ABNT, 1991): 18 Figura 13 – Detalhe das placas de recalque (Silveira, 2006). Monitoramento geotécnico Deslocamentos verticais (recalques) e horizontais Figura 12 – Marcos superficial (Boscov, 2008). Monitoramento geotécnico19 Figura 14 - Inclinômetros (Boscov, 2008), Torpedo do inclinômetro (Silveira, 2006) e resultados obtidos pelo inclinômetro (Silveira, 2006). Inclinômetros Monitoramento geotécnico Medição do nível do lençol freático, poro-pressões e vazões: 20 Figura 15 – (a) Medidor de nível de água e (b) piezômetro (Boscov, 2008). Monitoramento geotécnico Medição do nível do lençol freático, poro-pressões e vazões 21 Tubo A: Piezômetro na camada drenante; Tubo B: Medidor de nível de água na camada Argilosa (mede profundidade do lençol, não Poro-pressão); Tubos C e D: piezômetros instalados na camada argilosa (medem poropressão > maior que hidrostática, pois foi gerado um excesso de poropressão devido ao peso do aterro). Figura 16 – Medições obtidas por piezômetros e medidores de NA (Silveira, 2006). 𝑢 = 𝑢𝑖 + ∆𝑢 𝑢𝑖 = 𝛾𝑤 . 𝑧 ∆𝑢(𝑡)= 𝑓(∆𝜎) 3. Monitoramento Geotécnico Medidores de vazão: 22 Figura 17 - Medidor de vazão triangular (Silveira, 2006). Monitoramento geotécnico Densidade in situ (células de carga) 23 •Lâminas circulares de aço soldadas a um anel de aço; •Interior preenchido com fluido hidráulico (2mm); •Pressão na parte superior da célula de carga é transmitida para o fluido (deformações medidas por sensor); •Fornece medida de tensão total (com medidores de poro-pressão na mesma profundidade permitem o cálculo da tensão efetiva. Figura 18 - Célula de carga hidráulica (Silveira, 2006). Monitoramento/Investigação geotécnica Permeabilidade in situ (furo de sondagem/infiltrômetro) 24 Figura 19 – Gráfico para obtenção do fator F (Alonso, 1998). Lp FQ k = Furo de sondagem Monitoramento/Investigação geotécnica Permeabilidade in situ (furo de sondagem/infiltrômetro) 25 Figura 20 – Esquema do ensaio de infiltração (a) Sondaterra; (b) Almeida et al., 2014). Monitoramento/Investigação geotécnica Permeabilidade in situ (furo de sondagem/infiltrômetro) 26 Figura 21 – Resultados do ensaio com infiltrômetro de anéis concêntricos. 27 Monitoramento/Investigação geotécnica Monitoramento ambiental28 Figura 22 - Poço de monitoramento (Cetesb, 1999 apud Boscov, 2008). Figura 23 - Localização dos poços de monitoramento/qualidade da água (Boscov, 2008). Referências bibliográficas ALONSO, U.R. Rebaixamento temporário de aquíferos. 131p., 1999. ABGE. Geologia de Engenharia. Editores: Oliveira, A.M.S. & Brito, S.N.A: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia, São Paulo. 4ª impressão. 587p., 1998. BOSCOV, M.E.G. Geotecnia Ambiental. Ed. Oficina de textos. 1ª Ed., 248p., 2008. SCHNAID, F. Ensaios de Campo e suas aplicações à Engenharia de Fundações. Ed. Oficina de Textos. 1ª Ed., 189p., 2000. SILVEIRA, J. F. A. Instrumentação e Segurança de Barragens de Terra e Enrocamento. Oficina de textos, 2006, 413 p. THOMAS, J. E. Fundamentos de engenharia de petróleo. 2º Edição. Editora Interciência, 2001, 271p. 29 Slide 1: INVESTIGAÇÃO E MONITORAMENTO GEOTÉCNICO E AMBIENTAL Slide 2: Introdução Slide 3: Investigação geotécnica Slide 4: Investigação geotécnica Slide 5: Investigação geotécnica Slide 6: Investigação geotécnica Slide 7: Investigação geotécnica Slide 8 Slide 9: Investigação geotécnica Slide 10: Investigação geotécnica Slide 11: Investigação geotécnica Slide 12: Investigação geotécnica Slide 13: Investigação geotécnica Slide 14: Investigação geotécnica Slide 15: Investigação geotécnica Slide 16: Monitoramento geotécnico Slide 17: Monitoramento geotécnico Slide 18: Monitoramento geotécnico Slide 19: Monitoramento geotécnico Slide 20: Monitoramento geotécnico Slide 21: Monitoramento geotécnico Slide 22: 3. Monitoramento Geotécnico Slide 23: Monitoramento geotécnico Slide 24: Monitoramento/Investigação geotécnica Slide 25: Monitoramento/Investigação geotécnica Slide 26: Monitoramento/Investigação geotécnica Slide 27: Monitoramento/Investigação geotécnica Slide 28: Monitoramento ambiental Slide 29: Referências bibliográficas