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DISPOSIÇÃO DE RSU: ATERROS SANITÁRIOS UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL DISCIPLINA DE GEOTECNIA AMBIENTAL Professor Dr. Anderson Borghetti Soares CAPÍTULO 2 Definição de aterros sanitários ● Aterro sanitário é um a obra de Engenharia construída para dispor resíduos Sólidos urbanos de maneira a proteger o ambiente. Dentro do aterro ocorrem processos biológicos, químicos e físicos que promovem a degradação do s resíduos e resultam na produção de um lixiviado (Worrel & Vesilind, 2012). 2 Aterros sanitários3 Aterro Sanitário de Bandeirantes (SP) ● Início: 1979; Término: 2007 (28 anos); ● Instalação de usinas termelétricas após a desativação (175.000MW/h, Prefeitura SP, 2012); ● Desenvolvimento de estudos importantes sobre as propriedades físicas do resíduos sólidos urbanos. Aterros sanitários4 Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia (ASMOC-CE) ● Início: 2000: Término: 2021 (21 anos); ● Recebe resíduos de Fortaleza e região metropolitana; ● É objeto de diversos estudos científicos na região. Legislações5 NBR Resoluções – M.M.A NBR 8.419 (1992). Apresentação de projetos de aterro sanitários de resíduos sólidos urbanos. NBR 13.896 (1997). Aterros de resíduos não perigosos - critérios para projeto, implantação e operação - procedimentos. NBR 15.849 (2010). Resíduos sólidos urbanos: aterros sanitários de pequeno porte- diretrizes para localização, projeto, implantação, operação e encerramento. Artigo 225 cap. VI. Constituição Federal Resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente): Resolução nº1 (1986). Critérios básicos e diretrizes gerais para estudo do impacto ambiental e relatório de impacto ambiental. Resolução nº 237 (1997). Licenciamento ambiental. Resolução nº 308 (2002). Licenciamento ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno porte. Finalidades do aterro / tipos de contaminação6 Finalidades ● Controlar a emissão de contaminantes para o meio ambiente ● Reduzir a poluição das águas, solo e ar. Tipos de contaminação Águas: avanço da pluma de contaminação; Ar: volatilização de componentes dos resíduos; Vegetação: sucção de água contaminada pelas raízes ou por aderência às folhas de metais e outras substâncias tóxicas. Migração de contaminantes em um aterro de resíduos (Boscov, 2008). Seleção do local7 A seleção do local de instalação do aterro RSU é importante tem diversos objetivos: ● Garantir a segurança estrutural e ambiental do depósito a longo prazo; ● Impedir a contaminação; ● Minimizar os custos de transporte de resíduos a partir dos pontos de coleta; ● Minimizar outros impactos sociais e econômicos Locais apropriados → Pedreiras desativadas, áreas abertas de mineração, cortes rodoviários abandonados e regiões afastadas; Seleção do local8 Características desejáveis do local (recomendações: ABNT, 1997; CETESB, 1997) → Subsolo: baixa permeabilidade em profundidade, lençol freático profundo, alta capacidade de adsorção, capacidade de suporte adequada e homogeneidade (propriedades geotécnicas). Região: baixa densidade populacional, proximidade da fonte geradora e vias de transporte, baixo índice de precipitação, pouca declividade e distância razoável da fonte de água potável. Metodologias para seleção do local → Metodologias empíricas (equipes multidisciplinares), Método Drastic USEPA), Zuquete e Gandolfi (1994), metodologias baseadas em SIG, etc. Materiais que compõem o aterro9 Solos Tipos: areia (filtro), pedregulho, rachão (dreno), material argiloso (impermeabilização). Aplicações: coberturas, sistemas de drenagem de lixiviado e de impermeabilização de fundo, sistemas de drenagem de gás. Geossintéticos Tipos: geotêxteis, geomembranas, geogrelhas, geotubos, geomantas, etc. Aplicações: mesmas anteriores em substituições as função exercidas pelos solos. Resíduos Tipos: RSU (corpo do aterro) e resíduos não reativos, quando houver, para substituir o solo. Geossintéticos10 Tipos e funções Fonte: Boscov (2014). Geossintéticos11 Geotêxteis: permeável, função de filtração, drenagem, reforço, separação, proteção. Geossintéticos12 Geomembranas: produtos flexíveis e impermeáveis (0,5 sanitário23 Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Camadas de impermeabilização ● No Brasil adota-se um sistema CCL associado à geomembrana, por ser bastante eficiente (cada País adota recomendações próprias); ● A camada argilosa proporciona suporte a vazamentos e serve como superfície de assentamento à geomembrana; ● CCLs são escolhidos em função da porcentagem de argila, limites de consistência, permeabilidade saturada, distância da jazida, homogeneidade e umidade natural em campo (citar recomendações). Requisitos mínimos para o solo de impermeabilização (Ferrari, 2005). Componentes do aterro sanitário24 Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Camadas de impermeabilização Revestimentos de fundo - aterros de RSU (Ferrari, 2005 apud Boscov, 2008). . Componentes do aterro sanitário25 Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Camadas de impermeabilização Tipo de revestimento de fundo (Brasil) Resíduos Classe I • 1m de espessura de solo argiloso compactado • k≤ 10-9 m/s • Fundo sobreposto por duas Geomembrana PEAD (e=2mm e k=10- 14 m/s) com uma camada impermeável entre elas. Resíduos Classe II • 0,6m de espessura de solo argiloso compactado • k≤ 10-9 m/s • Sobrepostas uma (e=2mm e k=10-14 m/s) . Esquema ilustrativo de revestimento de fundo (Boscov, 2008). . Componentes do aterro sanitário26 Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Camadas de impermeabilização Boscov (2014). . Desempenho de sistema composto (argila compactada + geomembrana) Componentes do aterro sanitário27 Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Impermeabilização no aterro sanitário de Sobral (2014). . Camada de argila compactada – Aterro Sanitário de Sobral (2014). . Componentes do aterro sanitário28 Esquema ilustrativo de revestimento de fundo (Boscov, 2008). . Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Camadas de drenagem ● Tem a função de coletar o percolado, direcionando para um sistema de tratamento e reduzir a carga hidráulica sobre a barreira impermeável; ● Pode ser composto por: material granular (solo), georredes ou geocompostos drenantes; ● Tipos de dreno de fundo: tapete drenante e espinha de peixe; ● Aterros de resíduos perigosos devem possuir dois sistemas de drenagem e impermeabilização (dreno testemunho: detectar vazamentos). Componentes do aterro sanitário29 Sistemas de drenagem: (a) Tapete drenante e (b) espinha de peixe (Boscov, 2008). . Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Camadas de drenagem Componentes do aterro sanitário30 Sistemas de drenagem simples (Boscov, 2008). . Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Camadas de drenagem Impermeabilização dupla com dreno testemunho (Boscov, 2008). . Componentes do aterro sanitário31 Colmatação dreno (Boscov, 2008). . Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Camadas de drenagem ● A drenagem do percolado deve ser dimensionada para se evitar uma lâmina de percolado superior a 0,3 m sobre a impermeabilização da base (ABNT 1997). ● O principal problema associado na drenagem é a colmatação (entupimento dos poros), que diminui a eficiência dos drenos. Componentes do aterro sanitário32 Sistemas de coleta do Percolado (Daniel, 1993 apud Boscov, 2008). . Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Camadas de drenagem ● Origens da colmatação (tubulações e materiais drenantes): Física: devido ao acúmulo de finos e material suspenso do percolado; Química: devido à precipitação de compostos; Biológica: Devido ao crescimento de bactérias. Possíveis soluções: aumento da declividade dos drenos, aumento do volume de vazios dos drenos, uso de material mais poroso ou inerte. Componentes do aterro sanitário33 Mecanismos de colmatação de geotêxteis (Palmeira, 2018). Sistemas de impermeabilização e drenagem de fundo Camadas de drenagem Colmatação em geotêxteis (camadas de filtração) (a) Formação de película: Deposição de camada superior de baixa permeabilidade; (b) Bloqueio: obstrução das aberturas dos geotêxteis tecidos por partículas; (c) Colmatação física (entupimento dos poros): preenchimento dos poros do geotêxtil por material particulado. Componentes do aterro sanitário34 Construção de dreno vertical de gás (IPT, 2000 apud Boscov, 2008) e sistema de drenagem de gás sendo construído na superfície. ● Na parte interna do aterro pode ser composta por meio de drenos verticais instalados por toda a profundidade; ● Composta por camada granular para conduzir os gases para superfície, que podem ser queimados ou aproveitados para geração de energia; ● Os drenos verticais atravessam todo o perfil do aterro e são compostos por tubos de concreto verticais perfurados e envoltos em materiais granulares. Sistemas de drenagem, queima ou aproveitamento de gases Componentes do aterro sanitário35 Queimador de superfície (“flare”) ASMOC, 2014. Sistemas de drenagem, queima ou aproveitamento de gases Poço de extração de gás (Worrel & Vesilind, 2005). Poço de extração de gás (ASMOC, 2019). Componentes do aterro sanitário36 Cobertura com detalhe de drenagem de águas pluviais (Daniel, 1993 apud Boscov, 2008). Sistemas de cobertura (final, intermediária e diária) Componentes do aterro sanitário37 Esquema ilustrativo do sistema de drenagem superficial de um aterro de resíduos (Boscov, 2008) Sistemas de drenagem superficial ● Função de coletar o escoamento das águas pluviais; ● Evita a infiltração na massa de resíduos e ocorrência de erosões. Componentes do aterro sanitário38 Sistema de condução do escoamento superficial colchão de reno e escadas hidráulicas (Boscov, 2008). Sistemas de disciplinamento do escoamento superficial Componentes do aterro sanitário39 Lagoas de armazenamento de chorume (ASMOC, 2013, 2015). Sistemas de coleta e armazenamento de lixiviado • O chorume (lixiviado) gerado é conduzido para as lagoas para armazenamento e tratamento. BIBLIOGRAFIA40 BOSCOV, M. E. G. (2008). Geotecnia Ambiental. Oficina de Textos, São Paulo. Slide 1: DISPOSIÇÃO DE RSU: ATERROS SANITÁRIOS Slide 2: Definição de aterros sanitários Slide 3: Aterros sanitários Slide 4: Aterros sanitários Slide 5: Legislações Slide 6: Finalidades do aterro / tipos de contaminação Slide 7: Seleção do local Slide 8: Seleção do local Slide 9: Materiais que compõem o aterro Slide 10: Geossintéticos Slide 11: Geossintéticos Slide 12: Geossintéticos Slide 13: Geossintéticos Slide 14: Geossintéticos Slide 15: Geossintéticos Slide 16: Geossintéticos Slide 17: Geossintéticos Slide 18: Elementos de projeto Slide 19: Componentes do aterro sanitário Slide 20: Componentes do aterro sanitário Slide 21: Componentes do aterro sanitário Slide 22: Componentes do aterro sanitário Slide 23: Componentes do aterro sanitário Slide 24: Componentes do aterro sanitário Slide 25: Componentes do aterro sanitário Slide 26: Componentes do aterro sanitário Slide 27: Componentes do aterro sanitário Slide 28: Componentes do aterro sanitário Slide 29: Componentes do aterro sanitário Slide 30: Componentes do aterro sanitário Slide 31: Componentes do aterro sanitário Slide 32: Componentes do aterro sanitário Slide 33: Componentes do aterro sanitário Slide 34: Componentes do aterro sanitário Slide 35: Componentes do aterro sanitário Slide 36: Componentes do aterro sanitário Slide 37: Componentes do aterro sanitário Slide 38: Componentes do aterro sanitário Slide 39: Componentes do aterro sanitário Slide 40: BIBLIOGRAFIA