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Análise Textual - Resumo da disciplina

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Aula 1
Língua, linguagem e variação linguística
Por que nos comunicamos?
Já parou para pensar que tudo para nós, seres humanos, tem de ter uma explicação? 
Isso chama a atenção para uma coisa que fazemos constantemente, mas não nos damos conta: 
procuramos sempre dar um sentido aos fatos, interpretar situações, interpretar o mundo e a vida.
“Não é possível não comunicar... não existe comportamento que não seja comunicação.”
(Paul Watzalawick)
Buscamos dar sentidos aos fatos quando:
• Comunicamos nossa maneira de pensar;
• Defendemos ideologias;
• expressamos nossos sentimentos;
• Difundimos ideias.
Mesmo quando buscamos dar sentido aos fatos, ponderamos a nossa maneira de falar, com base nas
situações em que somos colocados(as).
Informalidade: E ai, brother? Bora pegar onda?
Formalidade: Muitíssimo bom dia! Gostaria de convidar-lhe a adentrar ao oceano para iniciarmos 
a prática da modalidade esportiva denominada surfe.
Tanto no contexto formal quanto no informal, sabemos nos comporta de forma adequada, usando 
uma linguagem apropriada a cada situação. Isso faz parte da nossa realidade, embora muitas vezes 
não identificamos isso. 
A língua é um produto social e cultural constituído por signos linguísticos, caracterizado por um 
código, e a linguagem é o veículo de expressão.
A língua também varia de acordo com o contexto de comunicação, já que não falamos sempre do 
mesmo modo. Sendo necessário, portanto, distinguir informalidade da linguagem vulgar ou popular.
Você sabia que o português também é língua de outros países?
 O Português é a língua oficial de Brasil, Portugal, Moçambique, Angola e outros países. Porém, 
possui algumas variações, de acordo com a região em que é falado, formando o que chamamos de 
dialetos regionais ou geográficos.
Assim como a dança, a música, as imagens, os gráficos e os gestos, as línguas são diferentes formas
de expressão ou linguagens. Uma vez que o texto é um produto social, existe uma relação intrínseca
entre ele, a cultura, o momento histórico e a ideologia em que é formado.
Diferença entre Língua e Linguagem
Podemos dizer que linguagem é uma faculdade (capacidade) que permite exercitar a comunicação, 
latente ou em ação. 
Já a língua refere-se a um conjunto de palavras e expressões usado por um povo, por uma nação, 
munido de regras próprias (sua gramática).
Analisando o caso dos animais, refletindo se eles se comunicam de alguma maneira ― não como 
nós, mas se comunicam ―, vale reforçar que a grande questão é que não podemos afirmar que eles 
tenham linguagem, pois esta é exclusiva do ser humano. O que os animais têm são formas de 
comunicação.
Pesquisas científicas já catalogaram, em chimpanzés, cerca de 100 sinais diferentes para expressar 
medo, fome, alegria etc. Mas são formas pontuais, limitadas, específicas.
A língua é uma construção social e corresponde à cultura, história e sociedade de um determinado 
povo, de uma determinada nação. 
A linguagem é uma capacidade humana e a língua uma espécie de “contrato” entre as pessoas em 
uma sociedade e é por ser uma capacidade humana que os analfabetos conseguem se comunicar, 
mesmo sem saber ler e escrever.
Isso quer dizer que, para haver comunicação, basta o indivíduo “acionar” a capacidade mental 
(linguagem) e articular o código social (língua).
Linguagem Não Verbal é outra forma de comunicação em que o código utilizado é a simbologia. 
Utiliza de outros meios comunicativos (placas de trânsito, linguagem das cores, linguagem do 
corpo, etc.)
Contexto Verbal é o contexto que utiliza a escrita ou a fala para estabelecer a comunicação (cartas, 
e-mail, etc)
Estudamos nesta aula a linguagem com finalidades comunicativas ― como informar, expressar 
ideias, opiniões ou simplesmente manter o contato com o interlocutor ―, e vimos que existe uma 
relação entre a linguagem, suas funções e o contexto em que se realiza, formando o objetivo, o 
veículo, o público alvo e a situação social. 
Aula 2
Adequação vocabular, variação linguística, texto e hipertexto
A língua varia de acordo com a situação, com a idade do falante, com a formalidade ou 
informalidade do encontro, com as pessoas envolvidas etc. 
Enfim, possuímos diversos contextos em que a língua se acomoda. Esse fenômeno é chamado de 
Variação Linguística*. Entretanto, mesmo que haja variação, sempre será necessário que os 
elementos da língua estejam ordenados e relacionados de forma a haver textualidade.
Temos um texto toda vez que apresentamos uma ideia completa, mesmo que isso seja feito através 
de uma única palavra. 
Percebemos com isso que um texto não é uma questão de quantidade de palavras, mas, sim, de 
comunicação, da capacidade de passar uma mensagem que possa ser entendida pelo interlocutor ou 
pelo leitor.
Para que um texto tenha sentido, é preciso levar em consideração aspectos importantes como coesão
e coerência. 
Coesão
Fala-se de coesão (junção) quando temos palavras, expressões, isto é, conexões colocadas 
estrategicamente do lado de outras para produzirem a sequência da mensagem com sentido.
Há diferentes tipos de coesão, que são responsáveis pela chamada tessitura do texto*.
Texto é um entrelaçamento de enunciados oracionais e não oracionais organizados de acordo com a 
lógica do autor.
Mas esse entrelaçamento não deve ser feito de qualquer jeito, pois um texto, para possibilitar o 
entendimento, deve ser claro.
Essa qualidade está relacionada diretamente aos elementos coesivos, responsáveis por promover a 
ligação entre as partes. 
Veja agora os dois tipos básicos de coesão:
Coerência Textual
COESÃO
Coesão referencial:
a informação é retomada
Coesão sequencial:
a informação progride
Lexical
Gramatical
Temporal
Por Conexão
Permite o entrelaçamento do texto pela 
substituição/omissão de palavras (podemos destacar o 
uso de sinônimos 
e hiperônimos).
Permite o entrelaçamento do texto pelo 
emprego de pronome, conjunções e numerais, 
dentre outros.
Permite a progressão da informação
 pela ordenação linear dos elementos,
 pela utilização de partículas 
temporais e pela correlação dos tempos verbais. 
Auxilia na compreensão do texto como um todo. 
Pode ser vista por meio dos operadores do tipo lógico e 
operadores discursivos, dentre outros.
A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o 
resultado da não contradição entre as partes do texto.
A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do 
assunto abordado no texto, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que 
usam e intertextualidade.
Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido; é entendido 
como um princípio de interpretabilidade.
Uma das formas de se garantir que um grupo de palavras seja denominado texto é a presença de 
recursos linguísticos e semânticos (como a coesão e a coerência).
Entretanto, nossa leitura vai além, já que temos necessidade de recorrer ao nosso conhecimento 
(experiência de vida, senso comum, formação acadêmica etc.) para que um texto faça sentido, 
signifique alguma coisa. 
Já não basta mais garantirmos que as palavras sejam reconhecidas e que a sequência de palavras 
esteja encadeada de forma coesa e coerente. É preciso recorrer a outros recursos para se ler um 
texto. Esse é o caso, por exemplo, do recurso de Hipertexto!
O que é um hipertexto?
O hipertexto pode ser entendido como uma espécie de conexão em que as informações podem ser 
lidas em diferentes sequências. 
O leitor segue vários caminhos para desvendar/desdobrar a mensagem.
No mundo contemporâneo, por exemplo, os hipertextos se tornaram uma forma de interatividade, 
fundamental para que possamos compreender e organizar a enorme quantidade de informações a 
que somos expostos diariamente.
É possível dizer que o hipertexto éum dispositivo cognitivo, no sentido de que no instante da leitura
podemos fazer associações, passando a outras fontes de informação.
O hipertexto, portanto, se constrói a partir da associação de uma imagem ou informações 
relacionadas a um texto considerado pelo receptor da mensagem. 
Deste modo, mais do que um texto tradicional, construído a partir de palavras impressas, o 
hipertexto exige a participação do leitor. 
Concluímos que tanto a coesão quanto a coerência são aspectos fundamentais que constituem um 
texto, pois, do contrário, sem a existência deles, a unidade necessária não será mantida e não 
teremos o texto propriamente dito.
É graças à coesão, por exemplo, que conseguimos compreender um texto com mais facilidade. Se, 
quando lermos, identificarmos os chamados elos coesivos, que nos remetem a formar a sequência 
de ideias e as mensagens que vão construindo o sentido do texto, conseguiremos entender a 
mensagem com muita mais clareza e rapidez.
Outro aspecto importante visto nesta aula é o entendimento do conceito de hipertexto, elemento 
cada vez mais comum nos textos e bastante presente como forma de hiperlink.
*Tessitura do texto definição: A palavra textum significa entrelaçamento, tecido, tessitura em LATIM.
TEXTUM Palavras que se articulam em frases, que por sua vez, se articulam em parágrafos...
Tecido o texto. 
Variação Linguística definição: A variação linguística é um interessante aspecto da língua portuguesa. Pode ser 
compreendida por meio das influências históricas e regionais sobre os falares. A variação linguística é um fenômeno 
que acontece com a língua e pode ser compreendida por intermédio das variações históricas e regionais
Aula 3
Textualidade - coesão sequencial. Articulações sintáticas e relações semânticas
Quando falamos que um texto se caracteriza por apresentar uma ideia completa, queremos dizer que
as informações estão conectadas umas às outras coerentemente, ou seja, estabelece-se relações 
lógicas entre as ideias contidas no texto.
A coesão sequencial que garante a textualidade é facilitada pela utilização de conectivos, como 
preposições e conjunções. Veja agora novos exemplos de coesão sequencial. 
Exemplos:
A junção de informações de forma inadequada é um dos principais motivos da falta de coerência 
nos textos.
Não existe uma forma única de fazer a conexão das ideias. Entretanto, dentre as várias 
possibilidades, é provável que haja junções inadequadas.
Assim, deduzimos que nem todas as conexões são possíveis para formar uma ideia completa, 
coerente. Isso nos leva a perceber que essas junções, que podemos chamar de articulações 
sintáticas, devem ser utilizadas para encontrar o sentido adequado.
Chegamos, então, a uma importante informação: são as articulações sintáticas que estabelecem as 
relações semânticas.
Os elementos articuladores fazem parte do que chamamos de articulações sintáticas, função 
responsável pelo estabelecimento das relações semânticas. 
Ao ler um texto, necessitamos estabelecer relações sintático-semânticas. Isso porque essas relações 
estabelecem sentido no que se quer comunicar e a arrumação das informações obedece ao 
estabelecimento do sentido.
Para identificar as relações sintático-semânticas estabelecidas pelos articuladores, é necessário 
observar o sentido que pode ser depreendido do texto. 
Memorizar a classificação de cada articulador não é suficiente para compreender a sua função.
Coesão e coerência nos processos seletivos
Nos processos seletivos é muito comum pedirem aos candidatos para escreverem redações. A 
coesão e a coerência são os principais pontos analisados na hora da avaliação do texto. 
1. Conectivos
Adição
Proporção
Conformidade
Condição
Finalidade
 Também, e, ainda, não só, mas também, além Disso.
 A medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que
 Como, segundo, conforme, consoante
 Se, caso, desde que, contanto que
 Para que, afim de quem, com o objetivo de, com o intuito de
As relações sintático-semânticas permitem a conexão entre as orações e, por serem tão importantes, 
é bastante válido que você aprenda algumas dessas conjunções e as suas influências.
Assim, quando você se tornar bem íntimo delas, terá mais segurança na hora de aplicá-las e, com 
certeza, seu texto será mais claro e coerente, já que você conseguirá estabelecer com mais facilidade
as conexões em seu texto.
2. Estruturas sintáticas
Ao revisar seu texto verifique se os verbos que você utilizou estão sendo aplicados de maneira 
adequada e se estão dizendo realmente aquilo que você pretendia, isto é, veja se existe um verbo 
mais específico, que não dê margem para o seu leitor interpretar de forma equivocada.
Ao fazer essa revisão é bom checar se os complementos verbais que você utilizou estão de acordo e 
também as preposições, para evitar problemas de regência, por exemplo.
3. Períodos Longos
Quando escrevemos períodos muito longos as chances de cometermos erros aumentam 
consideravelmente. Portanto, opte por escrever períodos mais curtos e objetivos. Você perceberá 
que essa tática auxilia inclusive na pontuação correta de seu texto.
4. Fatores de Coerência
Seguem alguns fatores que auxiliam na formação de textos coesos, que você sempre deve observar 
na hora de escrever:
• O conhecimento de mundo e a preocupação em compartilhar esse conhecimento com os 
interlocutores; 
• O domínio das regras da língua, possibilitando a combinação dos elementos linguísticos que serão 
compreendidos pelos interlocutores que também dominam essas regras;
• Os próprios interlocutores, considerando a situação em que se encontram, as suas intenções de 
comunicação e a função comunicativa do texto. A coerência diz respeito à intenção comunicativa do
emissor, mas sempre interagindo, de maneira cooperativa, com o seu interlocutor.
Luci Elaine de Jesus, em seu artigo “Análise Linguística, como desatar esse nó?”, diz que, embora a
coesão não seja condição suficiente para que enunciados se constituam em textos, são os elementos 
coesivos que dão a eles maior legibilidade e evidenciam as relações entre seus diversos 
componentes. 
Provamos isso ao analisar os exemplos da música “Boa sorte” e do texto “Como se conjuga um 
empresário”. Notamos como os elos coesivos, apesar de não serem essenciais, ajudam na 
compreensão do texto.
Porém, a coerência em textos didáticos, expositivos, jornalísticos, por exemplo, pela necessidade de
serem sempre claros, já dependem da utilização explícita de elementos coesores. 
Vimos, nesta aula, portanto, que a coesão não garante a coerência, embora influencie o seu 
estabelecimento. Assim, percebemos que coerência e coesão se completam no processo de produção
e compreensão do texto.
Aula 4
Tipos e fatores de coerência
A coerência, como você já sabe, é a ligação de cada uma das partes do texto com o seu todo, de 
forma que não haja contradições ou erros que gerem incompreensão, mal-entendido ou até mesmo 
falha na comunicação. 
A coerência diz respeito à intenção comunicativa do emissor, interagindo, de maneira cooperativa, 
com o seu interlocutor.
 Podemos organizar, de acordo com Ingedore Koch, a coerência em quatro tipos:
Coerência semântica
Refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases em sequência. 
A incoerência aparece quando esses sentidos não combinam ou quando são contraditórios. 
É estabelecida entre os significados dos elementos do texto através de uma relação logicamente 
possível.
Coerência sintática
Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: conectivos, pronomes 
etc. 
Trata da adequação entre os elementos que compõem a frase, o que inclui também atenção às regras
de concordância e de regência.
Coerência estilística
Vem da utilização de linguagem adequada às possíveis variações do contexto. Na maioria das vezes,
esse tipo de coerência não chega a perturbar ainterpretabilidade de um texto. 
É uma noção relacionada à mistura de registros linguísticos (formal x informal, por exemplo). É 
desejável que quem escreve ou lê se mantenha em um estilo relativamente uniforme.
Coerência pragmática
Podemos dizer que esse tipo de coerência é verificado através do conhecimento que possuímos da 
realidade sociocultural, que inclui também um comportamento adequado às conversações. 
Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta sequência, 
é preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de
falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de conteúdo 
de acordo com a situação em que o texto é usado.
Um texto pode ser incoerente em determinada situação se seu autor não consegue estabelecer um 
sentido ou uma ideia através da articulação de suas frases e parágrafos e por meio de recursos 
linguísticos (pontuação, vocabulário etc.).
Incoerência semântica 
 
A casa que desejo comprar é bastante jovem. 
Essa frase é incoerente quando levamos em consideração o significado da palavra jovem. 
Embora tenha o sentido de coisa nova, o vocábulo jovem só é empregado para caracterizar seres 
humanos; e não seres inanimados, como é o caso de casa. 
Para essa caracterização, a palavra nova seria mais apropriada
Incoerência sintática 
 
As pessoas que têm condições procuram o ensino particular, onde há métodos, equipamentos e até 
professores melhores.
Apesar de haver comunicabilidade, já que possível compreender a informação, a coerência desse 
período está inadequada. 
Ela poderia ser restabelecida se fosse feita uma alteração: a troca do pronome relativo onde, 
específico de lugar, para no qual ou em que (ensino particular, no qual/em que há métodos).
Incoerência estilística
 
O ilustre advogado observou que sua petição não prosperaria, haja vista seu cliente ter enfiado o pé 
na jaca. 
Imagine iniciar uma fala, em um contexto formal, com palavras mais “sofisticadas” e depois 
misturar com uma forma de linguagem bem popular, usando gírias. 
Esta incoerência poderia parecer inclusive uma brincadeira, modificando o sentido que o autor da 
frase desejava.
Incoerência pragmática
 
Veja esta conversa entre amigos: 
― Maria, sabe dizer se o ônibus para o Centro passa aqui?
― Eu entendo, João. Hoje faz um ano que minha avó faleceu. 
 
Note que Maria, na verdade, não responde a pergunta feita por João, pois não estabeleceu uma 
sequência na conversa. 
 Ela propôs outro assunto, irrelevante para a pergunta feita. 
Assim, percebemos que na sequência de falas deste exemplo não há coerência.
Para resumirmos a questão do que é estabelecido como texto, e que caracteriza a textualidade, 
vamos recorrer a uma explicação de Koch e Travaglia, especialistas no assunto:
“Ter textualidade ou textura é o que faz de uma sequência linguística um texto e não uma sequência 
ou um amontoado aleatório de frases ou palavras. A sequência é percebida como texto quando 
aquele que a recebe é capaz de percebê-la como uma unidade significativa global. Portanto, tendo 
em vista o conceito que se tem de coerência, podemos dizer que é ela que dá origem à 
textualidade.”
Fios da coerência textual
Você sabia que a palavra texto provém do latim textum, que significa “tecido, entrelaçamento de 
fios”? Assim, da mesma forma que um tecido não é apenas um emaranhado de fios, o texto é não 
um mero amontoado de frases:
Segundo Melo, o “texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e 
transmissão de ideias, conceitos e informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, 
um quadro, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de televisão também 
são formas textuais.” (MELO, 2003) 
Por isso, deve haver uma organização, uma unidade de sentido para que o texto seja considerado 
texto e cumpra sua função: estabelecer contato com seu interlocutor, a fim de informar, influenciar, 
questionar, sensibilizar, convencer, divertir, enganar, seduzir. É disso que trata a coerência textual.
Se os fios embolam ou se rompem, quebra-se a coerência, ou seja, o texto não faz sentido.
A coerência se estabelece por uma série de fatores que afetam os possíveis sentidos de um texto. 
Portanto, ao considerarmos que a coerência é o princípio de interpretabilidade.
Conhecimento linguístico
O Conhecimento linguístico consiste no domínio das regras que norteiam a língua, isso vai 
possibilitar as várias combinações dos elementos linguísticos. 
Conhecimento de mundo
É o conhecimento proveniente de nossas experiências com o mundo, resultante da interação 
sociocultural. Através dessa interação, armazenamos conhecimento, constituindo os modelos 
cognitivos.
É uma espécie de arquivo que guardamos em nossa memória, como se fosse um dicionário, 
relacionado ao mundo e à cultura a que temos acesso.
Por exemplo, ao chegar a um funeral, sei o comportamento que devo ter, como cumprimentar as 
pessoas, qual traje usar etc. Em um funeral, portanto, é aceitável dizer “é com muito pesar que trago
meus sentimentos”, e não é aceitável dizer “é com muito prazer que trago meus sentimentos”.
Conhecimento partilhado
Conhecimento compartilhado entre as pessoas, entre quem estabelece uma interação. Essa interação
se torna possível graças à experiência comum dos envolvidos.
Por exemplo, as regras comunicadas em reuniões de condomínio passam a ser conhecidas por 
aquele grupo de condôminos.
Inferência
São as reflexões que fazemos a partir de alguma ideia, a partir de determinado texto. Incluem as 
deduções, conclusões que construímos juntamente com quem conta ou escreve uma história, um 
fato etc.
Por exemplo, quando alguém diz que foi ao médico ver um problema nos olhos, podemos deduzir 
que está falando de um oftalmologista.
Contextualização
São os elementos que “ancoram” o texto em uma situação comunicativa determinada, como a data, 
o local, a assinatura, elementos gráficos, timbre, título, autor. 
Em documentos, por exemplo, o carimbo, a data, a assinatura são muito importantes. Já entre os 
fatores gráficos, a disposição do conteúdo, as ilustrações e as fotos também contribuem para 
contextualizar o texto.
Situacionalidade
A situacionalidade que tem função de adequar um texto a uma situação, ao contexto. Recebe-se que
uma situação define e conduz o sentido do discurso, na produção quanto na sua interpretação, por
isso que as vezes mesmo um texto com baixa coesão, e pouco claro pode funcionar melhor em uma
situação do que outro que seja mas completo. Uma característica da situacionalidade é que o texto
vai ser diretamente interferido na situação, da mesma forma este terá reflexo sobre toda situação,
pois o texto não é um simples reflexo do mundo real. o homem deve ser apenas um mediador, com
suas próprias ideais e crenças recriando a situação,dessa forma uma situação nunca será descrita da
mesma forma por duas pessoas, sempre terá diferença.
Informatividade
É o nível de informação contida no texto, que dependerá da intenção do produtor de construir um 
texto mais ou menos hermético. 
Diz respeito ao grau de previsibilidade da informação que vem no texto, que será menos 
informativo, se contiver apenas informação previsível ou redundante. 
Já se contiver informação inesperada ou imprevisível, o texto terá um grau máximo de 
informatividade, podendo, à primeira vista, parecer até incoerente por exigir do receptor um grande 
esforço de decodificação.
Focalização
Constitui-se no próprio foco do texto, no assunto a ser tratado. Isso evita que um texto com tema da 
globalização passe a falar mal dos países globalizados.
O titulo do texto é, em grande parte dos casos, responsável pela focalização. 
Também pode ser analisado como a concentração dos usuários (produtor e receptor) em apenas uma
parte de seu conhecimento.Uma reportagem sobre um crime será lida de maneiras diferentes por um advogado, um psicólogo, 
um sociólogo e um policial, por exemplo. Assim, como o mesmo crime seria descrito de maneiras 
diferentes por esses profissionais. 
Intertextualidade
É uma interação entre textos, sendo um mecanismo importante para o entendimento de 
determinadas mensagens. 
Ocorre quando um texto faz alusão a outros textos, exigindo do leitor uma busca de informações 
fora do universo do texto em questão. 
Isso é comum tanto para a fala coloquial, em que se retomam conversas anteriores, quanto para os 
noticiários dos jornais, por exemplo, que exigem o conhecimento de notícias já divulgadas como 
ponto de partida.
Na prática corporativa, é imprescindível o conhecimento de seu produto, de sua empresa.
Sendo assim, é importante a leitura de textos como leis, estatutos, manuais etc., que possam levar a 
uma completa compreensão de um texto específico, posteriormente. 
Fora isso, ainda temos que estar sempre informados e atualizados em um sentido geral, possuindo 
um conhecimento de mundo razoável para compreender satisfatoriamente vários contextos dentro 
da empresa.
Intencionalidade e aceitabilidade
O primeiro fator diz respeito à intenção do emissor e o segundo refere-se à atitude do receptor de 
aceitar a manifestação linguística como um texto coeso e coerente.
Aula 5
Tipologia textual e gêneros textuais – parte 1
 Propriedade de uma Progressão Geométrica
É fundamental que concordemos com a visão atual sobre a leitura, como processo cognitivo, o que 
isso significa? Atente para o texto a seguir:
“Enquanto o Brasil real não assumir, com a devida lucidez e honestidade, sua trajetória indígena e 
indigenista-antindígena secularmente, na política oficial, este país, pluricultural, pluriétnico, 
plurinacional, não estará em paz com sua consciência, ignorará sua identidade e carregará a 
maldição de ser oficialmente etnocida, genocida, suicida.”
(D. Pedro Casaldáliga, bispo de São Félix do Araguaia).
Pergunta 01: Em que estão baseadas as afirmações de oficialmente etnocida, genocida, suicida? Tais
expressões produzem coerência com a afirmação no texto: ...não estará em paz com sua 
consciência....?
Pergunta 02: Para entender esta mensagem, os elementos do texto são suficientes? Os elementos do
texto precisam ser acrescidos de informações de fora do texto? As informações de fora do texto são 
deduzidas pelo leitor?
Sabemos que há varias formas de nos comunicarmos através de texto, de discursos, etc.
Podemos contar fatos, documentá-los, expressar nossa opinião, Expor nossas ideias... Enfim, 
podemos afirmar, com isso, que a intenção daquilo que queremos dizer é que comanda o tipo de 
texto que construímos. 
Os textos oficiais e comerciais visam estabelecer uma comunicação formal e documentada em 
ambiante de trabalho.
Os tipos mais comuns são memorandos, oficios, avisos, requerimentos, pareceres, ordem de serviço 
e cartas comerciais.
Os textos literários desvelam a arte da palavra ao criar a realidade a partir do olhar do artista.
Encontramos exemplos em fabulas, poemas, lendas e romances.
Os textos acadêmicos e científicos possuem características especificas:
• Focalizam com especial atenção a linguagem, a exatidão e a autenticidade dos dados e 
raciocínios apresentados.
• Exigem um rigos na utilização dos métodos e técnicas na sua elaboração.
• São classificados a partir do número de aprofundamento de seus conteúdos e objetivos 
(resumos, resenha, relatórios, artigos científicos, monografias, dissertações e teses)
Conceituando gêneros textuais e tipologia textual: um pingo de teoria
Os gêneros textuais podem ser encarados como as diversas formas que um texto assume para 
cumprir determinados objetivos, ou seja, para informar. Sendo assim, podemos admitir que 
diferentes formas de textos fazem parte de nosso cotidiano, levando em conta que a comunicação 
atende a vários propósitos. Os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto que são textos orais 
e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento, em um determinado
contexto.
O tipo de texto, por sua vez, é limitado, pois se refere à estrutura composicional da língua. De forma
geral, temos cinco tipos textuais (narração, argumentação, exposição, descrição e injunção).
Não esqueça que em um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual, da mesma forma 
que um único gênero pode conter mais de um tipo textual.
Narração
A narração conta um fato, que pode ser ou não inventado. Esse tipo de texto compõe-se de 
personagens, tempo e lugar. Normalmente, os verbos utilizados estão no tempo passado.
Argumentação
A argumentação é um tipo de texto através do qual o emissor da mensagem tenta convencer o 
ouvinte/leitor. O texto argumentativo defende uma ideia específica.
Exposição
A exposição é um tipo de texto que apresenta uma ideia, uma reflexão, um conhecimento, uma 
explicação sobre um objeto (pessoa, fato, circunstância). Como traz informações específicas sobre 
um tema, também é chamada de texto informativo.
Descrição
A descrição apresenta um objeto do discurso (pessoa, coisa, circunstância, fato etc.), realçando suas 
características e pode ser objetiva ou subjetiva. 
No primeiro caso, destacam-se características concretas do objeto, aproximando-o o mais possível 
da realidade. No segundo, o observador apresenta o objeto segundo a emoção que o envolve.
Injunção
A injunção é uma tipologia textual que se caracteriza por determinar, indicar, orientar como se 
realiza uma ação. 
Como vimos, os gêneros textuais adaptam-se às circunstâncias da comunicação, bem como aos 
interesses do emissor e do receptor da mensagem.
 
Por esse motivo, não há um limite para as classificações de gêneros, visto que os textos podem ser 
produzidos por falantes diversos e com objetivos específicos, de forma oral ou escrita. 
 
Os gêneros textuais, portanto, são ações discursivas que se constituem para representar o mundo, as 
experiências vivenciadas, os conhecimentos, os desejos etc.
Mesmo assunto, maneiras diferentes de abordar
Ainda que o tema possa ser semelhante, a espécie de texto usado para abordá-lo varia conforme a 
finalidade comunicacional. Daí a importância da noção de gênero textual, já que o gênero é uma 
forma de contrato estabelecido entre aquele que escreve e aquele que lê. Se ambos não "cumprirem 
as clausulas do contrato", o entendimento do texto será prejudicado, mesmo quando o tema é 
semelhante. 
Interpretando o texto...
A habilidade de indicar função, objetivo do texto, reconhecimento de sistema de notação, 
referencias, estrutura, recursos linguísticos, etc. seria umas das primeiras habilidades utilizadas no 
processo de interpretação, pois, uma vez que a acionamos, identificamos o proposito do texto q que 
atitude tomar em relação a ele.
NO momento que reconhecemos as diferenças entre as especificações e tipos de cada texto, 
identificamos os objetivos dos textos, combinamos as informações explícitas, excluímos algumas 
possibilidades e categorizamos de acordo com o nosso conhecimento de mundo. (exemplo: bula de 
remédio e texto informativo de prevenção da hepatite.)
Sabemos que é possível passarmos uma mensagem através de diferentes formas. Através da música,
por exemplo, podemos passar várias mensagens, inclusive para criticarmos algo. Podemos dizer que
é a crítica com beleza. Beleza de construções, de encadeamento de ideias, mas conservando o tom 
de discordância. Essas discordâncias, questionamentos, indagações, posicionamentos fazem parte 
da especificidade dos textos dissertativos/argumentativos.
É importante, na apresentação de diversos tipos de texto, que possamos perceber que eles têm 
objetivos, sendo esses os objetivos que determinam a organização das informações, a seleção do 
vocabulário, das construções. Logo, é fundamental que, antesmesmo da construção de determinado
texto, identifiquemos o objetivo da mensagem.
Podemos concluir, portanto, que as mensagens, os textos, se organizam devido a exigências sociais 
que compreendem, além de organizações gramaticais, a produção desses textos em situações 
específicas, com propósitos específicos e com determinado público também.
Nesse sentido, a importância de se conhecer a “linguagem formal”, a “norma culta”, além das 
necessidades de comunicação na informalidade, é essencial para que o indivíduo exerça realmente 
seu papel de cidadão, pois poderá estar em contato com as diferentes situações.
Na informalidade digamos que ninguém precisa nos ensinar, a própria interação com o meio se 
encarrega disso. Porém, as situações formais exigem de nós outro comportamento. E exigem 
também outro tipo de linguagem. Essa, nós temos de adquirir nas instituições de ensino, pois o meio
social não é capaz de nos ensinar.
Aula 6
Tipologia textual e gêneros textuais – parte 2
Como vimos, os gêneros textuais surgem em decorrência da necessidade que o homem tem de se 
comunicar de acordo com as circunstâncias em que se encontra. Assim, ele não pode levar apenas 
em consideração a modalidade linguística, deve adequar o seu texto ao receptor, ao conteúdo de sua
mensagem, ao objetivo que pretende alcançar e mesmo ao veículo que servirá de canal de 
comunicação.
Se o meio é a música, ao elaborar a mensagem, o autor empregará recursos como ritmo, rima, 
refrão, entre outros, para transmitir suas ideias ou sentimentos.
Na publicidade, por exemplo, observam-se vários tipos de suporte para divulgar um produto ou 
serviço: a televisão, o outdoor, o busdoor, etc.
A propaganda tem por objetivo influenciar o receptor da mensagem a adquirir um produto ou 
serviço,mas também pode procurar mudar uma atitude. (ex: campanha antitabagismo.)
A rapidez na transmissão de conteúdos propiciada pela internet deu origem a gêneros adaptados à 
especificidade do espaço cibernético. O e-mail é um bom exemplo de um novo gênero e de suporte,
pois podemos enviar uma mensagem via e-mail ou enviar um e-mail.
Os gêneros textuais são dinâmicos porque também a realidade e os meios de comunicação são 
aperfeiçoados constantemente pelos avanços tecnológicos. 
Hoje, conviver em sociedade exige atualização, assimilação e uso dos novos meios para a 
participação efetiva.
Aula 7
Estrutura do Parágrafo
Parágrafos são as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um discurso que compõem 
um texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o unifica.
Essas unidades são chamadas de tópico frasal, que é acompanhado por detalhes que o 
complementam. 
A organização do texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias principais do texto e 
acompanhe como foram desenvolvidas em seus diferentes estágios.
Curto ou longo?
A extensão do parágrafo é variada. Existem parágrafos de duas linhas e também aqueles que 
ocupam uma página inteira.
Já que há essa variação, o que nos faz escrever um parágrafo curto ou estendê-lo um pouco mais?
A ideia central que o parágrafo apresenta pode ser um critério para determinar se este será curto ou 
mais extenso.
Longos
Geralmente, parágrafos longos são utilizados para manter uma continuidade do raciocínio. 
Em geral, obras científicas e acadêmicas possuem parágrafos mais longos por duas razões: 
1.As explicações são complexas e exigem várias ideias e especificações;
2.Os leitores possuem capacidade e fôlego para acompanhá-los.
Curtos
Já os parágrafos curtos, seguindo esta lógica, são adequados para pequenos textos, e, geralmente, 
são escritos por quem tem pouca prática na escrita ou pensando-se nos leitores que possuem pouca 
prática de leitura.
Você já deve ter reparado que as notícias de jornal, por exemplo, possuem parágrafos curtos, 
distribuídos em colunas estreitas. Ou que os textos escritos para serem lidos por meio da internet 
seguem esse padrão. 
Esses textos possuem essa característica por causa do perfil dos leitores.
O que vai determinar a extensão do parágrafo, portanto, é a unidade temática, quanto o autor quer 
desenvolvê-la e o perfil dos leitores.
Tipos de tópicos mais comuns
Esses são os tipos mais comuns de tópicos frasais que auxiliam na hora de iniciar um parágrafo:
• Declaração Inicial
 O Autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa. 
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos. 
• Definição
Trata-se de um bom recurso. Define-se algo quando se demitia o seu significado dentro de 
um campo semântico.
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos 
dissertativos/informativos.
• Divisão
O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será tratado em seu 
desenvolvimento.
Serve para vários tipos de texto.
• Interrogação 
O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado 
tema, mediante uma pergunta.
Serve para vários tipos de texto, mas é usualmente encontrada em textos argumentativos.
• Alusão/Citação 
O autor faz referência a um fato histórico, às palavras de outra pessoa, usa um exemplo, uma
lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de prender a atenção do leitor. 
Serve para vários tipos de texto.
Coesão sequencial e a relação com o sentido
O parágrafo não se limita ao tópico.
E o texto que se segue ao tópico no espaço do parágrafo chama-se desenvolvimento. Que, de fato, é 
o desenvolvimento da ideia introduzida no tópico.
Explanação da declaração inicial
O autor esclarece a afirmação ou negação que fez no tópico.
Enumeração de detalhes 
Trata-se de um tipo de desenvolvimento muito específico, pois é bastante comum em parágrafos 
descritivos. Nesse sentido, há uma preocupação em apresentar detalhes da afirmação que foi feita, 
de maneira mais genérica, no tópico.
Comparação
Há quem faça distinção entre ANALOGIA e CONTRASTE, distinguindo as formas de comparação.
Assim, a analogia seria uma comparação entre semelhantes, enquanto o contraste se configuraria 
pela aproximação de termos acentuando suas diferenças. Para facilitar, trataremos apenas de 
Analogia.
Causa e consequência 
Esse desenvolvimento apresenta uma relação de causas para a declaração feita no tópico ou dela 
decorrentes. Em outros casos, pode apresentar as consequências ou até mesmo as causas e 
consequências juntas.
Como fazer uma paráfrase?
Para produzir uma paráfrase é preciso seguir as ideias do texto original, reproduzindo-as de outra 
maneira, de forma resumida ou mesmo ampliando o texto.
 
Definir o objetivo
 Primeiramente, você deve definir o objetivo da paráfrase. Por que você precisa reescrever o texto? 
Para adequá-lo a novos leitores ou meio de comunicação? Para modernizá-lo? Para utilizá-lo em um
trabalho acadêmico?
Essa análise vai ajudá-lo a decidir qual será a linguagem utilizada na paráfrase.
Fazer uma leitura cuidadosa
 Você deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta, destacando e fazendo anotações, e, a partir daí, 
decidir se vai apenas reafirmar a ideia apresentada com suas palavras ou se será necessário 
esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes.
Não distorcer a mensagem
Embora você vá redigir a paráfrase com suas palavras e estilo próprio, deve seguir passos do texto 
original sem omitir informações que permitam aos seus leitores uma interpretação fiel do texto 
estudado. Tomando sempre muito cuidado para não distorcer a mensagem.
Unir ideias afins
Você pode unir ideias afins, de acordo com a identidade e evolução do texto-base, reorganizando o 
texto em blocos de assunto, por exemplo, mas respeitando a evolução dos argumentos do autor. 
Substituir as palavras rebuscadas
Consulte o dicionário e substitua as palavras menos usadas, ou muito rebuscadas, por palavras quesejam de conhecimento do público geral, tentando, obviamente, se preocupar com a precisão 
vocabular.
Reler o seu texto final
Redija o texto buscando a síntese das ideias e a clareza. Preocupe-se com a pontuação, a coesão e 
coerência. Não faça comentários ou dê sua opinião. Depois, releia a paráfrase para encontrar 
possíveis erros e corrija-os.
Resumindo...
 
Resumo é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. 
Significa reduzi-lo ao que é essencial, mas sem perder de vista três elementos:
• Cada uma das partes essenciais do texto;
• A progressão em que elas acontecem;
• A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes.
Quem resume deve exprimir somente o que é essencial no texto, por isso, assim como a paráfrase, 
não podemos fazer comentários ou julgamentos.
Muitas pessoas julgam que resumir é produzir frases ou partes do texto original, construindo uma 
espécie de “colagem”. Porém, isso não é um resumo. 
Resumir é apresentar, com suas próprias palavras, apenas os pontos que julgamos relevantes no 
texto, sendo obrigatoriamente menor do que o original.
Lembrando que um resumo deriva da capacidade de leitura daquele que vai realizá-lo. A 
compreensão de um texto depende da competência do receptor. 
Essa competência envolve recursos culturais, experiência anterior e conhecimento prévio 
armazenado na memória.
Resumo é, portanto, uma apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a 
progressão e a articulação delas. 
Nele devem aparecer as principais ideias do autor do texto e devem ser omitidas as nossas 
impressões e interpretações.
Como elaborar um resumo?
A elaboração de um resumo exige mais habilidade de leitura do que de escrita. 
Para fazer um resumo é essencial compreender o contexto geral do texto. Interpretá-lo.
É imprescindível responder a duas perguntas quando estiver elaborando o resumo: 
O que o autor pretende demonstrar? 
De que trata o texto?
Não tenha dúvida que essas respostas te ajudarão a refletir sobre o texto e guiarão o seu resumo.
Leve também em consideração os aspectos metodológicos, o estilo e extensão do texto:
Aspectos metodológicos
Neste aspecto, o resumo segue algumas regras:
• Devemos seguir as ideias principais do autor, na ordem em que aparecem no texto (a primeira 
frase explica o assunto do texto);
• Devemos ser capazes de, desprezando ideias particulares, registrar informações de ordem geral 
(este conceito aproxima-se do de tematização);
• Indica-se a categoria do tratamento (Do que se trata? De estudo de caso, de análise da situação?); 
• O resumo deve apresentar o objetivo, o método e as técnicas de abordagem, os assuntos, os 
resultados e as conclusões do trabalho.
Estilo e extensão
• Quanto ao estilo, deve ser composto por frases concisas, evitando-se enumerar tópicos;
• É comum o uso da 3º pessoa do singular, com verbos na voz ativa (“O autor afirma que...”);
• Devemos excluir a maior parte dos detalhes, exemplos, fatos secundários, realizando a supressão 
de adjetivos e advérbios;
• Devemos reescrevê-lo usando as nossas palavras, isto é, não se deve utilizar trechos do texto 
original;
• Não há limite de páginas, desde que seja menor do que o texto-base, mas existem algumas 
recomendações.
 Na extensão de um resumo recomenda-se:
 • 150 a 500 palavras (monografias, teses, dissertações e relatórios científicos);
 • 100 a 250 palavras (artigo científico);
 • 50 a 100 palavras (os destinados a indicações breves);
 • Os resumos críticos, por suas características especiais, não estão sujeitos a limite de palavras.
Classificação dos Resumos
Os dois principais tipos de resumo são:
Resumo indicativo ou fichamento.
O resumo indicativo ou fichamento caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados 
qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como 
descritivo. 
Refere-se às partes mais importantes do texto. Pode ser usado, por exemplo, para adiantar o assunto 
de um anexo de e-mail. 
Indica as principais ideias em torno das quais o texto foi elaborado.
Normalmente é utilizado em propagandas, catálogos de editoras, livrarias e distribuidoras ou ainda 
em breves exposições de determinadas obras.
Resumo informativo
O resumo informativo, também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto 
original. 
Apresenta o objetivo da obra, métodos e técnicas empregados, resultados e conclusões. 
Nele evitam-se comentários pessoais e juízos de valor. 
Apresenta todas as informações, de forma sintética, que o autor usou para criar o texto.
Indispensavelmente deve conter: 
 • Assunto;
 • Problema e/ou o objetivo;
 • Metodologia;
 • Ideias principais em forma sintética;
 • Conclusões.
É o mais utilizado em universidades. 
Segundo a ABNT, há outros dois tipos de resumo:
Resumo informativo/indicativo
O resumo informativo/indicativo combina os dois tipos anteriores que acabamos de ver (Resumo 
indicativo ou fichamento e Resumo informativo).
Este tipo também pode dispensar a leitura do texto original quanto às conclusões, mas não quanto 
aos demais aspectos tratados. 
Resumo crítico
O resumo crítico, também denominado recensão ou resenha, é redigido por especialistas e 
compreende análise e interpretação de um texto. Trata-se de uma espécie de julgamento.
É uma das atividades que pode ser solicitada como exercício no meio acadêmico.
Moderação é o lema do resumo
Podemos concluir que resumo é uma apresentação concisa dos elementos mais importantes de um 
texto sem perder a sua essência.
Portanto, trata-se um procedimento de reduzir um texto sem alterar seu conteúdo. 
Constitui-se, assim, uma forma prática de estudo que participa ativamente da aprendizagem, uma 
vez que favorece a retenção de informações básicas.
Aula 8
Raciocínio Argumentativo
Um pingo de filosofia: raciocínio indutivo
Muitas vezes, para formularmos um ponto de vista, uma opinião, precisamos analisar diversas 
situações que nos levam a uma conclusão (tese). Nesse caso, estamos tratando de um raciocínio 
indutivo. A Indução é o princípio lógico segundo o qual se deve partir das partes para o todo. Ou 
seja, ao fazer uma pesquisa, deve-se ir coletando casos particulares e, depois de certo número de 
casos, pode-se generalizar, afirmando que sempre que a situação se repetir o resultado será o 
mesmo.
A base desse princípio, portanto, é a experimentação.
Por outro lado, também podemos ter uma ideia geral, uma visão geral sob um determinado tema, 
que será comprovada a partir da verificação de alguns casos particulares. Nesse caso, estamos 
tratando de um raciocínio dedutivo. A dedução é o princípio lógico segundo o qual devemos partir 
do geral para o particular. Assim, devemos primeiro criar uma lei geral e depois observar casos 
particulares e verificar se essa lei não se contradiz. Para os adeptos da dedução, o cientista não 
precisa de mil provas indutivas. Basta uma única prova dedutiva para que a lei possa ser 
considerada válida.
A base desse princípio, portanto, é a observação.
Raciocínio Argumentativo Indutivo
É um tipo de raciocínio ou argumento que parte de uma premissa particular para atingir uma 
conclusão universal. É o processo pelo qual, dadas diversas particularidades, chegamos a uma 
generalização. Assim, podemos dizer que o raciocínio indutivo é um argumento no qual a conclusão
tem uma abrangência maior que as premissas. O indivíduo que faz uso do método indutivo entende 
que as explicações para os fenômenos surgem unicamente da observação dos fatos.
Raciocínio Argumentativo Dedutivo
É a modalidade de raciocínio lógico que faz uso da dedução para obter uma conclusão a respeito de 
determinada(s) premissa(s).
A indução normalmente se contrasta à dedução.
Essencialmente, os raciocínios dedutivos se caracterizam por apresentar conclusões que devem, 
necessariamente,ser verdadeiras caso todas as premissas sejam verdadeiras se o raciocínio respeitar
uma forma lógica válida.
Partindo de princípios reconhecidos como verdadeiros (premissa maior), o pesquisador estabelece 
relações com uma segunda proposição(premissa menor) para, a partir de raciocínio lógico, chegar à 
verdade daquilo que propõe (conclusão).
Mas o que isso tem a ver com Argumentação?
Um argumento é um conjunto de afirmações encadeadas de tal forma que se pretende que uma 
delas, a que chamamos a conclusão (ou tese), seja apoiada por outras afirmações (os argumentos 
propriamente ditos).
A diferença mais importante entre um argumento e um raciocínio é que em um argumento 
pretendemos persuadir alguém de que a conclusão é verdadeira, ao passo que em um raciocínio 
queremos apenas saber se uma determinada conclusão pode ser justificada ou não por um 
determinado conjunto de afirmações.
Tipos de argumento mais comuns:
Argumentos de Autoridade
A conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, uma autoridade no assunto abordado. 
A citação pode auxiliar e deixar consistente a tese.
Argumentos por Causa e Consequência
Para comprovar uma tese, pode busca as relações de causa e de consequência.
Argumento de exemplificação/ilustração
A exemplificação consiste no relato de um pequeno fato. Esse recurso argumentativo é amplamente 
usado quando a tese defendida é muito teórica e carece de esclareciemntos com mais dados 
concretos.
Argumentos de provas concretas ou senso comum
São argumentos que buscam evidenciar uma tese por meio de informações concretas, extraídas da 
realidade. Nele pode ser usados dados estatísticos ou fatos notórios (de domínio público).
A contra-argumentação
A contra-argumentação nada mais é que uma nova argumentação em que se procura desmontar um 
raciocínio anteriormente apresentado. Uma forma bastante eficaz de se contra-argumentar é utilizar 
o senso comum.
Assim como o senso comum, muitas vezes criamos afirmações/generalizações sem qualquer 
fundamento, fazemos uma dedução sem comprovação.
Aula 9
 Sentidos metafórico e metonímico
Um pingo de teoria...
Alguns textos necessitam mais de nossos conhecimentos, porque as palavras não se bastam 
sozinhas. Então, para entendermos a mensagem, necessitamos combinar às palavras mais 
informações, e essas informações vêm de nosso conhecimento de mundo.
Entendo o Contexto...
Quando as palavras conduzem o leitor para o entendimento da mensagem, o trabalho que ele terá 
será fundamentalmente com essas palavras, e os elementos linguísticos conduzem o entendimento.
Quando as palavras estão estrategicamente colocadas e não trazem a maior parte do conteúdo 
relacionada a ela e à mensagem do texto, o leito tem mais trabalho, pois o texto não explica ma 
precisa que o leitor busque o entendimento. O leitor, então, aciona seu conhecimento de mundo para
fazer as conexões adequadas com as palavras e assim entender o texto.
(Conhecimento de mundo: É aquele que se encontra armazenado na memória de longo tempo, 
também denominada semântica ou social. Refere-se a conhecimentos gerais sobre o mundo.)
Recursos para atribuir efeitos de sentido: metáfora e metonímia
Conceituando metáfora:
José Carlos de Azeredo, em sua Gramática (2008, p. 484) assim conceitua: “Metáfora é um 
princípio onipresente da linguagem, pois é um meio de nomear um conceito de um dado domínio de
conhecimento pelo emprego de uma palavra usual em outro domínio. Essa versatilidade faz da 
metáfora um recurso de economia lexical, mas com um potencial expressivo muitas vezes 
surpreendente”.
A metáfora é o emprego da palavra fora do seu sentido normal, ou seja, é uma associação de 
sentindo de forma figurada classificando-a como figura de linguagem.
Ela se baseia na transferência de um termo para um contexto que não lhe é próprio, ocorrendo o 
processo metafórico de produção de sentido.
Metáfora da palavra
A metáfora entre palavras funciona a partir do estabelecimento de uma relação/comparação de 
sentido entre um elemento comparado e um elemento comparante.
Metáfora do verbo e de expressões
Muitos verbos e expressões também são utilizados em sentido metafórico.
Metáfora do texto
Muitos textos correspondem a uma metáfora, ou seja, o texto é, em parte ou em totlidade, 
metafórico, pois utiliza uma construção para servir como figuração da realidade, sem descrevê-la 
literalmente.
Conceituando metonímia...
José Carlos de Azeredo, em sua Gramática (2008, p. 485) assim conceitua: “Metonímia consiste na 
transferência de um termo para o âmbito de um significado que não é o seu, processado por uma 
relação cuja lógica se dá, não na semelhança, mas na contiguidade das ideias”.
A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita 
afinidade ou relação de sentido.
Metáfora e metonímia: aproximações e afastamentos
Metáfora 
Relação de adesão semântica entre duas palavras ou expressões, como uma comparação implícita 
(sem a presença do elemento comparativo).
Metonímia 
Relação de aproximação,em que parte do conteúdo semântico de uma palavra ou expressão é 
relacionado a outra palavra ou expressão, também numa comparação implícita.
SENTIDO
Quando nos comunicamos, através da língua, produzimos mensagens que possam ser entendidas 
por quem nos ouve. Se não fosse assim, a comunicação não seria efetivada, pois nossos pares não 
entenderiam nosso discurso. E o que todos nós queremos é ser entendidos, queremos que nossas 
mensagens tenham SENTIDO.
Daí a importância de percebermos o que, na verdade, buscamos quando fazemos parte de uma 
conversa ou quando lemos informações em livros, cartazes etc: procuramos entender o SENTIDO. 
É importante perceber que necessitamos de uma sequência de figuras, gestos, sinais ou palavras que
sejam coerentes, que comuniquem uma mensagem.
Logo, o sentido está presente nas diferentes mensagens que existem à nossa volta, é assim que 
entendemos o mundo.
Evidentemente será mais difícil entendermos a mensagem quando o sentido não está colocado 
claramente. Entretanto, há sentidos que, apesar de não serem ditos diretamente, estão
“escondidos”, “sugeridos”. Esses sentidos são chamados de IMPLÍCITOS.
Uma informação IMPLÍCITA é uma informação que precisa ser desvendada pelo leitor ou pelo
ouvinte através das pistas que o interlocutor deixou.
Implícito
Fica nas entrelinhas, requerendo um conhecimento mais específico, fala indiretamente.
Os sentidos IMPLÍCITOS também podem vir através de ironias. Podem vir através de construção 
com ausência, com mensagens 
aparentemente desconectadas, mas que fazem sentido.
Explícito
É de senso comum e de fácil entendimento, deixa bem claro, sem dúvidas, ou seja, fala ou transmite
diretamente.
Quando o sentido está EXPLÍCITO nos elementos do enunciado, é mais fácil interpretar a 
mensagem. 
Aula 10
Polissemia, duplo sentido e ambiguidade
polissemia...
As palavras de uma língua podem possuir mais de um sentido em diferentes contextos de uso. 
Chamamos esse fenômeno de polissemia , e são raras as palavras que não o apresentam. Em outros 
termos, todas as palavras "tendem" a ser polissêmicas, justamente pela possibilidade de se tomar um
determinado termo em sentido figurado (como na metáfora e na metonímia), entre outras causas.
(OBS: Homonímia é outro fenômeno: temos palavras que possuem “raízes” distintas, mas que são 
idênticas na maneira de escrever e de falar. Nesses casos, forma-se um homônimo: dois vocábulos 
que possuem a mesma configuração fonológica e ortográfica.)
Da polissemia para o duplo sentido
Uma das ferramentas discursivas para se explorar o caráter polissêmico das palavras é o duplo 
sentido. Por esse princípio, podemos definir duplo sentido como a propriedade que têm certas 
palavras e expressões da língua de serem interpretadas de duas maneiras diferentes em diferentescontextos de utilização da língua.
Muitas vezes o duplo sentido pode ocorrer por aspectos estruturais de uma palavra, como o aspecto 
fonológico.
(OBS:O duplo sentido é um esforço intencional de se explorar dois sentidos distintos da mesma 
palavra ou expressão. Em outros termos, o autor do texto intencionalmente apela para a dupla 
possibilidade de interpretação do leitor e usa tal possibilidade como forma de enriquecer seu 
texto.)
Da polissemia para a ambiguidade
Diferentemente do duplo sentido, a ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas palavras 
ou expressões apresentam, dificultando a compreensão de uma determinada passagem do texto, ou 
até dele como um todo.
Embora muitas pessoas considerem duplo sentido e ambiguidade sinônimos, eles não são. A 
ambiguidade não é intencional, já que sua ocorrência é resultado de alguma construção linguística 
problemática.
 Ambiguidade Lexical
Uso de palavras ou expressões cujos sentidos podem gerar interpretação indevida.
 Ambiguidade Estrutural
Falha na disposição de palavras ou expressões em um período, ou uso indevido de referente.
A ambiguidade deve ser evitada,pois pode gerar problemas na interpretação de quem lê o texto.
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	Situacionalidade

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