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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO HISTÓRIA DULCINÉIA OLIVEIRA FIGUEIREDO IMPERIALISMO: LUCRO, EXPLORAÇÃO E DESIGUALDADES Taguatinga 2015 DULCINÉIA OLIVEIRA FIGUEIREDO IMPERIALISMO: LUCRO, EXPLORAÇÃO E DESIGUALDADES Trabalho de produção textual interdisciplinar individual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Tecnologia da Informação e Comunicação no Ensino de História, História Contemporânea, História do Brasil Republicano, Teoria da História e Historiografia e Seminário da Prática V. Professores: Cyntia Simioni França, Fábio Luiz da Silva, Julho Zamariam, Reinaldo Benedito Nishikawa. Taguatinga 2015 1 INTRODUÇÃO O imperialismo é um tema que é debatido desde o século XIX devido as guerras expansionistas na África, China, locais que foram explorados em todos os seus recursos, sejam eles naturais ou humanas. O objeto deste estudo é levar o leitor a refletir sobre o imperialismo e as consequências desse sistema invasor, explorador e escravizador trouxe para a humanidade. Ainda é possível ver que ainda hoje existem disputas comerciais e de exploração por reservas naturais como o petróleo que é motivo de guerras no Oriente Médio. Ou também guerras que são propostas com o fim de comercializar armas, pois grandes países como os Estados Unidos, tem grande interesse de comercializar esses materiais bélicos. O que se percebe é que o Imperialismo não acabou, mas encontrou formas mais sutis e se apropriarem dos recursos alheios. 2 – IMPERIALISMO: UMA CULTURA DE LUCROS A QUALQUER CUSTO Para entender o imperialismo é necessário fazer uma retrospectiva na história, principalmente em relação ao processo de expansão comercial e marítima da Europa, pois países como Espanha, Portugal tiveram um papel fundamental na expansão comercial e de exploração de recursos naturais em outros países, como: América, África, Índia, China e etc. Estes países se tornaram colônias de exploração e não podiam manter negócios comerciais com outros países a não ser com as metrópoles. A partir deste momento o imperialismo toma proporções gigantescas, pois as colônias passam a fornecer matéria-prima e trabalho escravo com o intuito de enriquecer o comércio que da metrópole que passou a ser controlada pelos burgueses. A expansão do imperialismo trouxe grandes lucros para várias classes sociais e industriais, pois com a Revolução Industrial, as indústrias precisavam de mão de obra para atender as demandas do comércio e de consumo. Os grandes lucros das indústrias e empresas trouxeram também muitas desigualdades, porque muitos trabalhadores eram mal remunerados e as condições de trabalho eram desumanas. As práticas imperialistas trouxeram grandes conflitos armados, pois o que está em xeque é o direito de exploração daquele recurso natural em tal país. Para isso, os países imperialistas se utilizam de várias desculpas para explorar os recursos e monopolizar o comércio, a política de determinado país. Um grande exemplo a ser citado é a Primeira Guerra Mundial cujo objeto em questão era a partilha das terras da África e da Ásia, entre Inglaterra, França, Alemanha e Itália. Percebe-se aqui uma luta pela conquista comercial e armamentista, sendo que o país que possuísse maior poder bélico, conseguiu se apropriar de mais terras. Nestas guerras e conflitos provocados pela fome de aumentar as anexações dos grandes países imperialistas, trouxe grandes danos a população dos países explorados. Essas populações perdiam seus direitos, sua cidadania e sua dignidade, pois para a cultura imperialista não se importava com tais direitos. Muitas tribos foram dizimadas e outras foram subjugadas para que a mão de obra fosse explorada sem questionamentos. A prática predatória do imperialismo serviu somente para enriquecer burgueses, empresários e indústrias e destruir recursos naturais e subjugar de forma cruel aqueles que tiveram suas propriedades arrancadas e foram expulsos como se tivessem cometendo algum crime. Muitas colônias começaram um processo de libertação desse sistema predador do imperialismo. Várias revoluções ocorreram na América – revolução dos escravos de São Domingos, a mexicana e posteriormente a revolução Cubana. Na Ásia ocorreram as revoluções na Rússia e na China, com o fim de acabar com a exploração dessas metrópoles. O que deu a sensação de ilusão de civilização do capitalismo. No entanto, as práticas imperialistas ainda permanecem como: o controle de expansão de mercados, pilhagem dos recursos naturais, exploração de mão de obra da periferia. Para exemplificar as práticas imperialistas no século XX nada melhor do que percorrer a saga do Brasil em relação a industrialização, esta influenciada fortemente pelos Estados Unidos.. A economia brasileira era praticamente agrária e muitos dos latifundiários viam como muita resistência a industrialização, ou seja, não queriam perder os seus privilégios na exploração de mão de obra e recursos naturais. Com o início da Revolução Vargas, o Brasil passou por um processo de industrialização que demandava mão de obra especializada e reconhecimentos de direitos trabalhistas, o que não era bem-visto pelos grandes empresários das indústrias, pois estes queriam continuar a explorar a mãe de obra sem garantir salários dignos e direitos aos trabalhadores. Neste contexto histórico, vemos a influência norte-americana nas decisões políticas e econômicas do Brasil. Foi exatamente nesta época que o Brasil recebeu muitos investimentos de recursos externos - empresas norte-americanas- fazendo com que as políticas comerciais se adequassem as políticas americanas. É possível perceber que as práticas imperialistas não deixaram de atuar, somente mudaram as estratégias. Essas práticas trouxeram grandes desigualdades sociais que são difíceis de mudar, pois não nenhum interesse dos países imperialistas em mudar o cenário mundial de guerras e conflitos. Da mesma forma que precisam se apropriar dos recursos naturais com o engodo e levar a paz, nada mais é que a ilusão de bem-estar com o objetivo de controlar o monopólio comercial. 2- CONCLUSÃO Refletir sobre o imperialismo não é uma tarefa fácil, existem muitas teorias a serem estudadas e analisadas. É importante salientar é que as práticas imperialistas é a expansão do capitalismo além das fronteiras. Pensar em imperialismo nos remete ao seguinte pensamento: “Existe alguma maneira de civilizar o capitalismo?”. Ao percorrer a história entende- se que todos os países que tentaram controlar ou reeducar o capitalismo, hoje se rendem as práticas predatórias imperialistas. Isso consequentemente trás mais desiguladades sociais, pois o imperialismo não se importa com direitos dos explorados, mas o principal objetivo é o lucro a qualquer custo. REFERÊNCIAS Caio Martins Bugiatto. Teoria do Imperialismo: John Hobson. Disponível em:http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/ric/article/view/171/157.Acesso em 08 de out de 2015 Leonardo de Magalhães Leite. Sobre as teorias do imperialismo contemporâneo: uma leitura crítica. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/ecos/v23n2/0104-0618- ecos-23-02-0507.pdf . Acesso em 09 de out de 2015 Fabiano Godinho Faria. Industrialização e imperialismo no Brasil: da revolução de 1930.Disponívelem:http://www.outrostempos.uema.br/vol_especial/dossieespecialart 07.pdf.Acesso em 11 de out de 2015. Samir Amin. O imperialismo, passado e presente. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tem/v9n18/v9n18a05.pdf.Acesso em 07 de out de 2015. 1 Introdução 2 – IMPERIALISMO: UMA CULTURA DE LUCROS A QUALQUER CUSTO
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