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TGP - Teoria Geral do Processo Part.1

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Teoria Geral do Processo 
Conceito: Constitui-se de um conjunto de conhecimento unificado e sistematizado de conceitos e princípios do Direito Processual, que servirão como base para o estudo dos demais ramos da ciência processual. 
Criação de Normas (Direito x Sociedade) 
1° Finalidade: Criar Normas de conduta/comportamento, em busca de harmonia. 
Criada pelo Legislador.
Valor (Analise) + Fato Social + Norma > Abstrata ou Geral > Direito Material (Escrito) e Direito Processual (Sanção)
2° Finalidade: Solucionar Conflitos/Violação dos Direitos e Deveres. 
Criada pelo Poder Judiciário. 
Valor (Analise) + Fato Social + Norma > Concreta e Individual
Silogismo Jurídico: Aplicação da lei abstrata ao caso concreto, para a criação de uma norma individual e concreta. 
JURISPRUDENCIA: Conjunto de decisões e interpretações das leis feitas pelos tribunais superiores adaptando as normas as situações de fato. 
REVISAO CONTRATUAL: Retorno das partes ao “status quo ante” quando um fato superveniente e imprevisível altera o equilíbrio contratual. 
SÚMULA: Resumo do entendimento jurisprudencial baseada em decisões reiteradas no mesmo assunto.
Vinculantes: Possui força normativa e efeitos “erga omnes”, aprovada por maioria de 2/3 dos votos do STF. 
DIREITOS DIFUSOS: Não conseguimos identificar e quantificar exatamente os beneficiários, mas que sabemos que eles existem. Ex.: Vazamento do óleo do Golfo do México. 
Conceitos Básicos:
Necessidade: uma situação em que o homem demonstra a necessidade sobre determinados bens.
Outro Conceito de Necessidade: é a relação de dependência do homem em relação a um determinado bem para satisfazer a sua sobrevivência ou o seu desenvolvimento social, econômico ou cultural. 
Bens: conjunto de bens (corpóreos ou incorpóreos) que fazem parte da necessidade do homem. /é o elemento capaz de satisfazer a necessidade do homem
Utilidade: função que o bem pode trazer para atender a necessidade do homem. 
Interesse: é a posição ou situação do homem favorável a satisfação da necessidade em relação a um bem.
Individual: determina a relação de satisfação para um indivíduo de forma isolada.
Coletivo: quando a situação favorável atinge um conjunto de indivíduos. Ex.: Sociedades, Sindicatos, etc. 
Conflito de Interesses: ocorre entre dois ou mais indivíduos quando a situação de satisfação da necessidade, favorável a alguém, exclui ou limita a situação favorável de outrem. 
Pretensão: é a exigência da subordinação do interesse de outrem ao interesse próprio. 
Partes do Processo: Autor + Réu. Ambos terão Pretensão. 
Resistencia: é a não adaptação da subordinação do interesse próprio ao interesse alheio. (Feita pelo Réu) 
Defesa ou Lesão (reconvenção ou pedido contraposto) 
LIDE: conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida pelo adversário: Litigio. Ou por um conflito diante de uma formalidade legal. 
Formas de Solução de Conflitos
Autotutela: Solucionar um conflito com as próprias forças, justiça com as próprias mãos. Sem Intervenção Estatal, impondo a vontade um sobre a vontade do outro. 
Vedada pelo ordenamento jurídico, porem existem suas exceções, tanto no campo civil, trabalhista e penal. 
> Trabalhista: Greve Legal (Art. 9° CLT) 
> Penal: Legitima Defesa (Art. 25 CP) e Estado de Necessidade (Art. 24 CP).
> Civil: Desforço Imediato: proteger posses (Art. 1210 CC) Ex.: Raízes Limítrofes. Penhor Legal (Art. 1467 CC).
Autocomposição: Solução de conflitos alcançado pelo vontade das partes através de um acordo. Sem intervenção estatal, inexistindo uma justiça imposta. (JUSTIÇA COEXISTENCIAL)
> Com intervenção de Terceiros: Imparcial, sob mediação ou conciliação. 
> Sem intervenção de Terceiros: por meio de negociação. 
> Unilateral: Renúncia do Direito Material: Feita pelo autor, “eu fiz mina concessão”. 
Reconhecimento do Pedido Autoral: Feita pelo réu, que aceitou a situação. 
> Bilateral: TRANSAÇÃO sem intervenção de terceiros, negociação. 
Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional: O artigo 3º, caput, do novo Código traz a consagração, em nível infraconstitucional, do princípio da inafastabilidade do controle Jurisdicional, segundo o qual nenhuma lesão ou ameaça de lesão a direito será afastada da apreciação do controle jurisdicional.
Mediação: Figura Passiva Mediador: objetiva restabelecer comunicação entre as partes, utiliza técnicas da mediação em busca de um acordo através do diálogo. Não poderá sugerir novas propostas. O objetivo não é apenas solucionar os conflitos. Geralmente casos de família. 
Conciliação: Figura Ativa Conciliador: objetiva solucionar conflitos, lançam novas propostas, não está preocupado com a comunicação. Geralmente conflitos imediatos/instantâneos. 
Heterocomposição: Solução de conflitos alcançado através de uma decisão prolatada por um terceiro imparcial, cuja decisão é imposta para as partes do conflito. (JUSTIÇA IMPOSITIVA) 
> Processo Judicial: solução de conflitos imparcial, exercida pelo poder judiciário através do exercício do Direito de Ação (jurisdição estatal) através de uma sentença judicial. 
> Arbitragem: solução de conflitos por meio de um terceiro imparcial, denominado árbitro, o qual emitirá uma sentença ou laudo arbitral, que deverá ser obedecido pelas partes do conflito. Privada. (Sem intervenção estatal) 
Arbitragem Lei n° 9307/96 + Art. 3 §I CPC
1. Alcance da Arbitragem: Somente direitos patrimoniais e disponíveis. 
2. Forma: Deve estar convencionado através de um contrato (escrito). 
Convenção de arbitragem: as partes renunciam do poder judiciário na busca de solucionar o conflito. 
- Clausula Compromissária: estipulação da arbitragem antes do surgimento do conflito, pactuando que qualquer conflito futuro será resolvido por um arbitro. 
- Compromisso Arbitral: estipulação de que um conflito surgido posteriormente venha a ser resolvido por um arbitro. 
Obs.: a convenção de arbitragem poderá ser renunciada quando uma das partes busca a solução através do poder judiciário, e por sua vez, a outra não se manifesta dentro do processo sobre a existência da convenção arbitral. Ocorrendo isso – renuncia reciproca – a solução do conflito poderá ser dada pelo poder judiciário. 
Exercício: ARBITRO imparcial = CAPAZ, CURSO DE ARBITRAGEM, ESCOLHIDO PELAS PARTES
Decisão: Sentença ou Laudo ARBITRAL = IRRECORIVEL (diference de uma sentença judicial), NÃO PRECISA SER HOMOLOGADA PELO JUIZ (pois tem autonomia), TITULO EXECUTIVO (obrigação)). 
Obs.: A escolha das partes poderá basear-se nos princípios gerais do direito, costumes, analogias. 
Casos em que o Poder Judiciário poderá intervir: 1. Na hora da execução do título, e na busca pela nulidade da sentença. 
Obs.: nos contratos de relação de consumo é possível a convenção de arbitragem, desde que ela não seja imposta por uma das partes. 
DIREITO PROCESSUAL
Conceito: constitui-se no ramo do direito público, autônomo e independente, formado pelo conjunto de normas e princípios processuais, voltado para regular e disciplinar a forma que o estado através do poder judiciário, realiza sua atividade jurisdicional após a provocação pelo jurisdicionado por meio do exercício do seu direito de ação, materializado através de um instrumento denominado de processo, cuja função está voltada para a solução de conflitos, ou homologação de interesses, aplicando lei abstrata ao caso concreto, por meio do silogismo jurídico*, para alcançar a justiça através de uma sentença (lei individual e concreta). 
SILOGISMO JURIDICO: premissa maior (lei abstrata e geral) + premissa menor (caso concreto) = conclusão (sentença). 
Cinco Pilares do Direito Processual
Natureza Jurídica: Ramo do Direito Público que se refere a atividade jurisdicional do Estado, onde suas raízes se encontram no Direito Constitucional, tendo em vista que a CF regula o poder judiciário assegurando ao jurisdicionado o direito de busca a proteção de seus direitos violados ou ameaçados de sofrer violação (direito de acesso à justiça).

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