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Capítulo 9 Doenças Infecciosas e Parasitárias Perguntas Escolha a melhor resposta. 1. Um homem de 23 anos de idade apresenta história de 6 dias de febre, garganta infl amada, linfonodos inchados, perda de peso e fadiga. O exame físico mostra linfadenopatia generali- zada, mais proeminente nos linfonodos cervicais, e leve hepa- toesplenomegalia. O esfregaço do sangue periférico revela 65% de linfócitos atípicos. A prova com antígeno de Paul-Bunnell (teste de anticorpos heterófi los) é positiva. ALT, AST e bilirru- bina séricas encontram-se levemente aumentadas. Os linfócitos atípicos no sangue periférico desse paciente podem ser descri- tos de que maneira? (A) Células B imaturas (B) Células B maduras (C) Células destruidoras naturais (NK) (D) Células T ativadas (E) Plasmócitos 2. Um homem de 54 anos de idade apresenta agravamento de erupção cutânea de 10 dias de duração. O exame físico revela extensa erupção cutânea maculopapular descamativa das palmas das mãos e solas dos pés (ver fotografi a). As provas de VDRL e FT-ABS são positivas. Qual das seguintes lesões também se espe- ra encontrar nesse paciente em tal estágio da doença? (A) Cancro (B) Demência (C) Endarterite obliterante (D) Gomas (E) Tabe dorsal Doenças Infecciosas e Parasitárias 63 3. Uma menina de 12 anos de idade desenvolve febre, dor abdo- minal e diarréia sanguinolenta 1 a 2 dias após ingerir um ham- búrguer em um restaurante do tipo fast food. O exame físico re- vela erupção cutânea purpúrica extensa. A paciente desenvolve oligúria, e os exames laboratoriais mostram níveis séricos eleva- dos de uréia e creatinina. Qual dos seguintes agentes etiológicos é mais provavelmente o responsável pelo estado da paciente? (A) Campylobacter jejuni (B) Escherichia coli 0157:H7 (C) Salmonella typhi (D) Shigella dysenteriae (E) Yersinia pestis 4. Uma criança de 3 anos de idade, que freqüenta uma creche, desenvolve febre, calafrios, erupção cutânea generalizada e pes- coço rígido. A criança torna-se hipotensa e vem a óbito no dia seguinte. O exame post-mortem demonstra hemorragias adrenais bilaterais (ver fotografi a, lado direito). Qual dos seguintes agen- tes etiológicos é a causa mais provável da doença dessa criança? (A) Haemophilus infl uenzae (B) Klebsiella pneumoniae (C) Neisseria meningitidis (D) Streptococcus pneumoniae (E) Treponema pallidum morre. O exame dos pulmões à necropsia revela múltiplos focos de coloração cinza, bem delineados, com margens hemorrágicas. Um corte histológico do pulmão, impregnado pela prata, é mos- trado na fotografi a. Qual dos seguintes mecanismos mórbidos explica mais adequadamente esses achados patológicos? (A) Infi ltrado perivascular de plasmócitos com endarterite obli- terante (B) Infl amação alérgica (C) Necrose de pneumócitos tipo 1 e formação de membranas hialinas (D) Produção de toxinas que inibem a síntese protéica (E) Trombose de vasos sangüíneos invadidos por hifas 6. Uma mulher de 30 anos de idade apresenta tosse seca persis- tente, fadiga e febre branda. O exame físico revela palidez acen- tuada, angústia respiratória, abertura das asas nasais e retrações intercostais. A radiografi a torácica mostra infi ltrados intersticiais bilaterais difusos. Uma fotomicrografi a do lavado broncoalveolar é mostrada. Qual dos seguintes agentes etiológicos é o mais pro- vável responsável pela doença pulmonar dessa paciente? (A) Aspergillus fumigatus (B) Legionella pneumoniae (C) Mycoplasma pneumoniae (D) Pneumocystis carinii (E) Vírus sincicial respiratório 7. Um menino de 11 anos de idade apresenta urina cor-de-chá e débito urinário diminuído. Ele foi atendido devido a faringite aguda 3 semanas antes. O exame físico revela inchaço ao redor dos olhos e edema com cacifo dos membros inferiores. A tempe- ratura e a pressão arterial são normais. A urinálise revela hematú- ria 2+ e proteinúria 3+. A análise do sangue revela níveis séricos reduzidos de C3 e título elevado de anticorpos antiestreptolisina O. A doença renal desse paciente é mediada mais provavelmente por qual dos seguintes mecanismos? (A) Anticorpos anticitoplasma de neutrófi los (B) Anticorpos IgG e IgM diretamente citotóxicos (C) Deposição de imunocomplexos circulantes (D) Desgranulação de mastócitos mediada por IgE (E) Reação de hipersensibilidade tardia mediada por células T 5. Uma mulher de 56 anos de idade é submetida a quimioterapia multidrogas para câncer de mama. Após 10 dias, ela desenvolve tosse, febre e angústia respiratória. A radiografi a do tórax reve- la múltiplas áreas de consolidação, com uma grande cavidade no lobo superior direito. Apesar de terapia vigorosa, a paciente 64 Capítulo 9 8. Um homem de 59 anos de idade, com câncer do cólon, é tra- tado com quimioterapia. Dois meses depois, desenvolve tosse e angústia respiratória crescentes. A radiografi a do tórax mostra infi ltrados intersticiais bilaterais difusos. As culturas de escar- ro são negativas, e o paciente não responde a antibioticotera- pia. A biopsia do pulmão revela pneumonite intersticial aguda e crônica. Existem células aumentadas, com inclusões nucleares azul-escuras, proeminentes (ver fotografi a). Qual dos seguintes agentes é o mais provável responsável pelo distúrbio pulmonar do paciente? (A) Citomegalovírus (B) Herpesvírus simples (C) Micoplasma (D) Pneumocystis carinii (E) Vírus de Epstein-Barr 9. Uma menina de 4 anos de idade, cujos pais imigraram recente- mente do Equador, apresenta febre alta, tosse e erupção cutânea de 3 dias de duração. Os pais relatam que a erupção começou sob a forma de pápulas rosadas, por trás das orelhas, que se dis- seminaram pelo corpo. O exame físico mostra uma extensa erup- ção cutânea maculopapular sobre a face da criança, o pescoço, o tronco e os membros. Ela exibe pequenos pontos brancos nas su- perfícies orais. A erupção cutânea dessa paciente é causada mais provavelmente por infecção por qual dos seguintes agentes? (A) Candida albicans (B) Rotavírus (C) Vírus da caxumba (D) Vírus de Epstein-Barr (E) Vírus do sarampo 10. Um menino de 5 anos de idade morre de insufi ciência respi- ratória e complicações de pneumonia. O exame histológico dos pulmões à necropsia revela células gigantes com até 100 núcleos (ver fotomicrografi a). Qual dos seguintes vírus mais provavelmen- te causou essa infecção fatal do trato respiratório da criança? (A) Adenovírus (B) Citomegalovírus (C) Vírus da caxumba (D) Vírus da rubéola (E) Vírus do sarampo 11. Um homem de 45 anos de idade, tabagista inveterado, quei- xa-se de início repentino de febre alta e calafrios, tosse não-pro- dutiva e dor torácica. A radiografi a do tórax mostra infi ltrados bilaterais difusos. O paciente relata que diversos casos semelhan- tes ocorreram recentemente no edifício onde ele trabalha. Ele responde a antibióticos e se recupera. Qual das seguintes opções é a mais provável de ser um reservatório para o microrganismo responsável pela infecção do trato respiratório do paciente? (A) Bombas de aquecimento (B) Cabos de elevador (C) Produtos para limpeza de assoalho (D) Solventes industriais (E) Torres de resfriamento 12. Uma mulher de 24 anos de idade, com diabetes melito insu- lino-dependente (tipo I), vai à emergência com angústia respi- Doenças Infecciosas e Parasitárias 65 ratória aguda e dor torácica pleurítica. A paciente tem história de sinusite resistente a antibióticos. O exame físico revela ede- ma periorbitário e secreção pós-nasal mucopurulenta. Apesar da terapia, a paciente morre de insufi ciência respiratória aguda. O corte transverso do pulmão à necropsia mostra infarto hemorrá- gico. O vaso no centro do campo está ocluído por um trombo séptico (ver fotografi a). Essas características clinicopatológicas são típicas de qual das seguintes doenças pulmonares? (A) Mucormicose (B) Pneumoniapor Haemophilus infl uenzae (C) Pneumonia por Pneumocystis carinii (D) Pneumonia por vírus da parainfl uenza (E) Psitacose 15. Um bebê prematuro de 2 dias de vida desenvolve convulsões tônico-clônicas no berçário. A TC da cabeça revela microcalcifi - cações. Três dias depois, o neonato morre. O cérebro à necropsia revela grandes áreas de necrose subependimária com calcifi ca- ção (ver fotografi a). Qual dos seguintes patógenos é a causa mais provável da morte desse neonato? (A) Citomegalovírus (B) Herpesvírus simples tipo 1 (C) Toxoplasma gondii (D) Treponema pallidum (E) Vírus da imunodefi ciência humana 13. Um homem de 31 anos de idade, com AIDS, queixa-se de deglutição dolorosa. O exame físico da cavidade oral demonstra membrana esbranquiçada cobrindo grande parte da língua e do pa- lato. O exame endoscópico revela a mesma membrana esbranquiçada cobrindo a mucosa esofágica. A fotomicrografi a mostra uma biopsia endoscópica. Qual das seguintes opções cita o agente etiológico mais provável de ser o responsável pelos sintomas do paciente? (A) Clamídia (B) Espiroqueta (C) Fungos (D) Protozoário (E) Riquétsia 14. Uma menina de 1 ano de idade é levada pelos pais à clínica, no inverno, devido a febre, nariz escorrendo, congestão, tosse “de cachorro”, e difi culdade para respirar. O exame físico de- monstra garganta vermelha. O vírus da parainfl uenza é isolado. Qual das seguintes opções é a responsável pela “tosse de cachor- ro” e pelo estridor inspiratório encontrados nessa paciente? (A) Estenoses fi brosantes laríngeas (B) Hiperplasia tonsilar (C) Laringotraqueíte (D) Papilomatose laringotraqueal (E) Paralisia de cordas vocais 16. Uma imigrante do Brasil, de 40 anos de idade, apresenta his- tória de 2 meses de febre, perda de peso e dor muscular intensa. Ela relata “uma sensação estranha no coração”. O exame físico revela taquicardia e batimento cardíaco irregular. Os exames la- boratoriais mostram eosinofi lia periférica acentuada. A paciente morre 2 dias depois, de arritmia. Uma fotomicrografi a do cora- ção à necropsia é mostrada. Qual dos seguintes patógenos é a causa mais provável da morte? (A) Pneumocystis carinii (B) Schistosoma mansoni (C) Treponema pallidum (D) Trichuris trichiura (E) Trypanosoma cruzi 66 Capítulo 9 17. Um homem de 45 anos de idade apresenta dor torácica, febre, tosse produtiva e escarro da cor da ferrugem. O paciente teve diagnóstico de tuberculose quando estava na casa dos 20 anos de idade. A radiografi a de tórax mostra múltiplos infi ltrados nodu- lares e lesões cavitárias. A biopsia de pulmão revela infl amação necrosante e trombos vasculares com hifas fúngicas ramifi cantes. Qual das seguintes opções é o diagnóstico mais provável? (A) Actinomicose (B) Aspergilose (C) Candidíase (D) Criptococose (E) Histoplasmose 20. Uma jovem de 14 anos de idade apresenta lesões crostosas amarelas e vermelhas ao redor da boca e dos braços (ver foto- grafi a). Ela tem história recente de febre branda intermitente. As lesões cutâneas dessa paciente são causadas mais provavelmente por qual dos seguintes microrganismos? (A) Staphylococcus epidermidis (B) Streptococcus pneumoniae (C) Streptococcus pyogenes (D) Streptococcus viridans (E) Treponema pallidum 21. Um homem de 30 anos de idade apresenta tumefação ingui- nal e úlceras penianas e perianais indolores. Ele admite ter feito sexo sem proteção com diversas pessoas. A coloração com prata, da biopsia de uma lesão cutânea (ver fotografi a), revela micror- ganismos agrupados em macrófagos grandes. Qual das seguintes opções é o diagnóstico mais provável? (A) Cancróide (B) Gonorréia (C) Granuloma inguinal (D) Herpes genital (E) Sífi lis 18. Um homem de 25 anos de idade, que voltou recentemente de uma viagem à América Central, apresenta dor no quadran- te superior direito e febre de 3 semanas de duração. A TC do abdome revela uma grande cavidade cística do fígado, após o que um abscesso de 12 cm é excisado (ver fotografi a). O exame da lesão revela fragmentos inodoros cor-de-chocolate, circunda- dos por revestimento felpudo de fi brina, reação infl amatória es- cassa e microrganismos aderidos a células adjacentes. Qual dos seguintes patógenos é responsável pelo abscesso hepático desse paciente? (A) Clonorchis sinensis (B) Entamoeba histolytica (C) Giardia lamblia (D) Schistosoma mansoni (E) Streptococcus pyogenes 19. Uma mulher de 24 anos de idade apresenta vômitos intensos, cólicas abdominais e diarréia 2 horas após jantar em um restau- rante local. Muitos dos clientes daquela noite relataram sinto- mas semelhantes. Qual dos seguintes mecanismos de doença é o principal responsável pelo desenvolvimento dos sintomas gas- trintestinais nessa paciente? (A) Ativação da tirosina quinase associada a membrana (B) Deposição de imunocomplexos e ativação de complemento (C) Desgranulação de mastócitos mediada por IgE (D) Estimulação de cAMP intracelular mediada por receptor (E) Exposição a enterotoxina pré-formada Doenças Infecciosas e Parasitárias 67 22. Uma moça de 16 anos de idade apresenta febre e linfonodos inchados. O exame físico revela linfadenopatia dolorosa na axila esquerda. A moça lembra-se de que foi arranhada por seu gato 3 semanas antes. A coloração com prata de uma biopsia de linfo- nodo é mostrada na fotomicrografi a. Qual dos seguintes agentes é a causa mais provável de linfadenopatia nessa paciente? (A) Bartonella henselae (B) Eikenella corrodens (C) Pasteurella multocida (D) Staphylococcus aureus (E) Streptococcus pyogenes 23. Um homem de 65 anos de idade, com história de linfoma de Hodgkin, desenvolve uma erupção cutânea eritematosa doloro- sa, com distribuição semelhante a faixas, sobre o lado esquerdo do tórax, que se torna vesicular nos dias posteriores. A biopsia da pele lesada é mostrada. Qual das seguintes opções é a etiolo- gia mais provável da erupção cutânea desse paciente? (A) Citomegalovírus (B) Herpesvírus humano-6 (C) Herpesvírus humano-8 (D) Vírus de Epstein-Barr (E) Vírus varicela-zoster 24. Uma mulher de 23 anos de idade apresenta febre branda e múltiplas lesões vesiculares e dolorosas na vulva. O exame de Papanicolaou mostra células gigantes multinucleadas com inclu- sões intranucleares. Qual dos seguintes patógenos é a causa mais provável das lesões genitais nessa paciente? (A) Calymmatobacterium granulomatis (B) Herpesvírus simples tipo 2 (C) Papilomavírus humano (D) Treponema pallidum (E) Vírus de Epstein-Barr 25. Uma menina de 6 anos de idade apresenta prurido perianal intenso, em especial à noite. O exame físico revela escoriação pe- rianal. O teste com fi ta adesiva é positivo para vermes. Qual dos seguintes agentes é o parasita mais provável nessa paciente? (A) Ancylostoma duodenale (B) Ascaris lumbricoides (C) Enterobius vermiculares (D) Necator americanus (E) Toxocara canis 26. Um homem de 34 anos de idade, com história de diabetes melito, apresenta dedo inchado e dolorido e febre de 3 dias de duração. O exame físico revela eritema e edema afetando o quar- to dedo (erisipela). Qual das seguintes opções é a etiologia mais provável dessa lesão? (A) Pseudomonas aeruginosa (B) Sporothrix schenckii (C) Staphylococcus aureus (D) Staphylococcus epidermidis (E) Streptococcus pyogenes 27. Uma mulher de 47 anos de idade, submetida a quimioterapia para leucemia, queixa-se de cefaléia, tosse e dispnéia. A radio- grafi a do tórax mostra infi ltrados pulmonares nodulares e ca- vidades de paredes delgadas. A coloração com mucicarmin de uma biopsia pulmonar revela levedura em brotamento circun- dada por cápsula rica em mucina. Qual das seguintes opções é o patógeno mais provável? (A) Aspergillus fl avus (B) Candida albicans (C) Coccidioides immitis (D) Cryptococcus neoformans (E) Histoplasma capsulatum 28. Um homem de 50 anos de idade, que retornourecentemen- te de uma viagem à África, queixa-se de escurecimento da pele, perda de peso e aumento da tendência a sangramento. A tem- 68 Capítulo 9 peratura é de 38oC, o pulso, de 22/min e a pressão arterial, de 90/80 mm Hg. O exame físico revela um homem caquético, páli- do, com esplenomegalia maciça. O hemograma completo mostra anemia, trombocitopenia e leucopenia. A biopsia da medula ós- sea (coloração pela prata) exibe macrófagos repletos de micror- ganismos em proliferação. Qual das seguintes doenças infeccio- sas é a mais provável responsável pelo estado desse paciente? (A) Bilharzíase (B) Cisticercose (C) Doença de Chagas (D) Fasciolíase (E) Leishmaniose 29. Uma mulher de 29 anos de idade (grávida III, para II) dá à luz um lactente prematuro de 28 semanas de gestação. Ao nas- cimento, o neonato mostra sinais de anemia profunda e edema generalizado (hidropisia fetal). A doença é mais provavelmente causada por uma infecção uterina por qual dos seguintes agentes do TORCH? (A) Citomegalovírus (B) Herpesvírus simples (C) Parvovírus B19 (D) Toxoplasma gondii (E) Vírus da rubéola 30. Um homem de 32 anos de idade apresenta início repentino de convulsões tônico-clônicas e morre no dia seguinte. A fotografi a mostra o cérebro à necropsia. Esse paciente mais provavelmente contraiu qual das seguintes doenças infecciosas? (A) Aspergilose (B) Cisticercose (C) Clonorquíase (D) Fasciolíase (E) Paragonimíase Respostas 1. A resposta é D-células T ativadas. A mononucleose infecciosa carac- teriza-se por febre, faringite, linfadenopatia e linfócitos atípicos circulantes. Essa infecção viral sistêmica é causada por vírus de Epstein-Barr (EBV), um herpesvírus transmitido através de go- tículas respiratórias e saliva e que se liga a células nasofaríngeas e linfócitos B. As células T proliferam em resposta a linfócitos B ativados e aparecem no sangue periférico como linfócitos atípi- cos. Anemia e trombocitopenia são comuns. Em países desenvol- vidos, a mononucleose infecciosa comumente afeta adolescentes e adultos jovens e, com freqüência, é chamada de “doença do beijo”. Em países subdesenvolvidos, as infecções por EBV quase sempre são encontradas como infecções subclínicas na infância e estão associadas a um aumento do risco de linfoma de Burkitt e carcinoma nasofaríngeo. Diagnóstico: Mononucleose infecciosa 2. A resposta é C-endarterite obliterante. A sífi lis secundária representa a disseminação sistêmica e a proliferação do espiroqueta Trepo- nema pallidum. Esse estágio caracteriza-se patologicamente por lesões na pele, membranas mucosas, linfonodos, meninges, es- tômago e fígado. As lesões mostram um infi ltrado linfocítico pe- rivascular e endarterite obliterante. Na maioria dos casos, a erup- ção surge 2 semanas a 3 meses após a lesão primária (cancro) cicatrizar. Outras lesões associadas à sífi lis secundária são condi- lomas planos, sífi lis folicular e sífi lis numular. O cancro (opção A) é uma lesão característica da sífi lis primária. As opções B, D e E são encontradas em pacientes com sífi lis terciária. Diagnóstico: Sífi lis 3. A resposta é B-Escherichia coli 0157:H7. A E. coli êntero-hemorrági- ca (sorotipo 0157:H7), que pode contaminar a carne ou o leite, provoca diarréia aquosa, que pode ser sucedida por síndrome hemolítico-urêmica. O microrganismo adere à mucosa do cólon e libera uma enterotoxina que destrói células epiteliais. Os pa- cientes apresentam dor abdominal, febre branda e diarréia san- guinolenta. O exame de fezes mostra leucócitos e eritrócitos. A síndrome hemolítico-urêmica manifesta-se por anemia hemolíti- ca microangiopática, trombocitopenia e insufi ciência renal agu- da. Embora possam estar associadas a diarréia sanguinolenta, as outras opções não se manifestam associadas à síndrome hemo- lítico-urêmica. Diagnóstico: Síndrome hemolítico-urêmica, E. coli êntero-hemorrágica 4. A resposta é C-Neisseria meningitidis. A meningite meningocócica aguda pode desenvolver-se rapidamente e, com freqüência, é fa- tal. A sepse meningocócica é marcada por choque endotoxêmi- co profundo e coagulação intravascular disseminada, conheci- da como síndrome de Waterhouse-Friderichsen. A transmissão pelo ar em locais com aglomerados de pessoas (p.ex., escolas ou acampamentos) pode provocar “meningite epidêmica”. Fe- bre, mal-estar, erupção cutânea do tipo petéquias e hemorragias adrenais são comuns. Embora também possam provocar menin- gite, as opções A, B e D não estão associadas de modo típico à síndrome de Waterhouse-Friderichsen. Diagnóstico: Meningite meningocócica, síndrome de Waterhouse-Friderichsen 5. A resposta é E-trombose de vasos sangüíneos invadidos por hifas. A fo- tomicrografi a exibe aspergilose invasiva. Essa é a manifestação mais grave de infecção por Aspergillus, ocorrendo quase que ex- clusivamente como uma infecção oportunista em indivíduos com imunidade comprometida. O Aspergillus invade prontamen- Doenças Infecciosas e Parasitárias 69 te os vasos sangüíneos e provoca trombose e infarto local. Hifas em ramifi cação (visualizadas pela coloração pela prata) são en- contradas nas paredes e nas luzes de vasos pulmonares. Diagnóstico: Aspergilose invasiva 6. A resposta é D-Pneumocystis carinii. O Pneumocystis carinii provo- ca pneumonia progressiva, freqüentemente fatal, em indivíduos com imunidade celular comprometida, e é um dos patógenos oportunistas mais comuns em pessoas com AIDS. Atualmente tenta-se classifi car o microrganismo como fungo. A infecção co- meça com a aderência de trofozoítas ao revestimento alveolar. Os trofozoítas se alimentam, aumentam de tamanho e se trans- formam em cistos no interior das células hospedeiras. Por fi m, os cistos se rompem, liberando novos trofozoítas. Sucede a conso- lidação progressiva do pulmão. Embora as outras opções provo- quem pneumonia, não exibem esses cistos característicos. Diagnóstico: Pneumonia por Pneumocystis carinii 7. A resposta é C-deposição de imunocomplexos circulantes. A infecção por Streptococcus pyogenes provoca duas complicações não-supurati- vas importantes, a saber, febre reumática e glomerulonefrite pós- estreptocócica aguda. A glomerulonefrite pós-estreptocócica é uma doença mediada por imunocomplexos clássica, associada à síndrome nefrítica. Diagnóstico: Glomerulonefrite pós-estreptocócica 8. A resposta é A-citomegalovírus. A infecção por citomegalovírus (CMV) induz uma pneumonia intersticial em lactentes e pesso- as imunodeprimidas. As células alveolares infectadas mostram citomegalia e exibem uma única inclusão nuclear basofílica es- cura circundada por um halo. O vírus pode ser transmitido da mãe para o fi lho in utero ou pode ser adquirido durante o parto. Nos adultos, o CMV é transmitido através de contatos sexuais, transfusões sangüíneas, transplante e até mesmo pela inalação de partículas virais infecciosas. Os sintomas do sistema nervoso central predominam em lactentes e crianças sintomáticas. Em adultos, o vírus produz principalmente sintomas respiratórios e gastrintestinais, mas não causa encefalite. O herpesvírus simples (opção B) também manifesta inclusões intranucleares (também circundadas por um halo claro), mas não causa pneumonia in- tersticial crônica. Diagnóstico: Pneumonite intersticial, pneumonite por citomegalovírus 9. A resposta é E-vírus do sarampo. O vírus do sarampo é um vírus RNA que provoca doença autolimitada aguda, muito contagiosa, caracterizada por sintomas no trato respiratório superior, febre e erupção cutânea. Esse vírus, que é transmitido em gotículas e secreções respiratórias, provoca basicamente uma doença de crianças, mas seus efeitos podem ser particularmente graves em adultos. O rash cutâneo decorre da reação de células T com cé- lulas infectadas do endotélio vascular. As “manchas de Koplik” surgem na mucosa oral posterior econsistem em minúsculos pontos branco-acinzentados em uma base eritematosa. Embora o sarampo geralmente seja uma doença autolimitada, a pneumo- nia do sarampo (particularmente em adultos) é uma doença séria que pode ser fatal. A infecção por EBV e a caxumba (opções D e C) não se manifestam com erupção cutânea generalizada. A in- fecção por rotavírus (opção B) é a causa mais comum de diarréia intensa em todo o mundo. A levedura Candida albicans (opção A) provoca, em geral, infecção localizada. Diagnóstico: Sarampo 10. A resposta é E-vírus do sarampo. O vírus do sarampo pode causar fusão de células infectadas, produzindo células multinucleadas denominadas “células gigantes de Warthin-Finkeldey”. Essas cé- lulas gigantes multinucleadas são patognomônicas da infecção do sarampo. As células infectadas por citomegalovírus (opção B) são muito grandes e contêm inclusões virais nucleares e cito- plasmáticas, mas não são multinucleadas. O adenovírus (opção A) também manifesta inclusões intranucleares, mas não a multi- nucleação. O vírus da caxumba e o vírus da rubéola (opções C e D) induzem um infi ltrado mononuclear composto de linfócitos, macrófagos e plasmócitos (sem células gigantes). Diagnóstico: Sarampo 11. A resposta é E-torres de resfriamento. A Legionella pneumophila pro- voca uma pneumonia que varia de branda a pneumonia necro- sante grave, potencialmente fatal, conhecida como “doença dos legionários”. A bactéria é encontrada em reservatórios naturais de água doce e sobrevive à cloração, permitindo-lhe proliferar em torres de resfriamento, aquecedores d’água, umidifi cadores e sistemas de ventilação. A pneumonia por Legionella começa quando os microrganismos penetram nos alvéolos, onde são fa- gocitados por macrófagos fi xos. As bactérias multiplicam-se no interior de macrófagos e são liberadas, infectando novos macró- fagos. A doença se manifesta como uma broncopneumonia agu- da, com um padrão de infi ltração difuso e em áreas. Nenhuma das outras situações cria condições adequadas para as bactérias se multiplicarem. Diagnóstico: Doença dos legionários 12. A resposta é A-mucormicose. Fungos ambientais, como espécies de Rhizopus, Mucor, Rhizomucor e Absidia, podem produzir infec- ções oportunistas necrosantes que começam nos seios nasais ou nos pulmões. O Mucor é onipresente nos seios nasais e invade tecidos circunvizinhos. O palato duro ou a cavidade nasal tipica- mente encontram-se cobertos por uma crosta negra, e os tecidos subjacentes tornam-se friáveis e hemorrágicos. As hifas fúngicas crescem no interior de artérias, provocando infartos embólicos sépticos rapidamente progressivos e devastadores. Existem três formas principais de mucormicose, a saber, rinocerebral, pul- monar e subcutânea. A mucormicose pulmonar geralmente é fa- tal. O exame microscópico mostra uma arterite purulenta com trombos compostos de hifas. Deve-se suspeitar de mucormicose nos pacientes que apresentam sinusite paranasal não responsi- va a antibioticoterapia, em particular aquelas pessoas que tam- bém apresentam uma doença crônica subjacente (p.ex., diabetes ou leucemia). As outras opções não mostram infartos embólicos sépticos rapidamente progressivos dos pulmões. O vírus da pa- rainfl uenza (opção D) não causa trombose nem infarto. A pneu- monia por Pneumocystis carinii (opção C) é não-invasiva e causa pneumonite intersticial. Diagnóstico: Mucormicose pulmonar 13. A resposta é C-fungos. O gênero Candida compreende mais de 20 espécies de fungos, que incluem os patógenos oportunistas mais 70 Capítulo 9 comuns. Muitas espécies de Candida são da fl ora humana endó- gena. Quando a fl ora bacteriana normal que limita o crescimento fúngico é suprimida, a levedura converte-se em uma forma in- vasiva, desencadeando uma reação infl amatória. O sapinho sig- nifi ca infecção por Candida na língua e membranas mucosas da boca. Consistem em membranas semelhantes a coalho, brancas e friáveis, aderentes à área afetada. A remoção dessa membra- na deixa uma superfície hemorrágica dolorosa. As outras opções não formam candidíase oral. Diagnóstico: Candidíase oral, esofagite por Candida 14. A resposta é C-laringotraqueíte. Os vírus da parainfl uenza provo- cam infecções agudas do trato respiratório superior e inferior, particularmente em crianças pequenas. Esses vírus RNA são a causa mais comum de laringotraqueobronquite, chamada de “crupe”. A infecção caracteriza-se por tumefação subglótica e obstrução de vias respiratórias, provocando angústia respirató- ria aguda. A infecção se dissemina entre as pessoas através de aerossóis e secreções respiratórias contaminadas. O vírus da pa- rainfl uenza infecta e mata células epiteliais respiratórias ciliadas e desencadeia uma resposta infl amatória. Quando ocorre larin- gotraqueíte, um edema localizado comprime as vias respiratórias superiores a ponto de obstruir a respiração. Os sintomas asso- ciados a crupe incluem febre, rouquidão, tosse “de cachorro”, e estridor inspiratório. Os outros distúrbios não são características de infecção do tipo parainfl uenza. Diagnóstico: Crupe, vírus parainfl uenza 15. A resposta é C-Toxoplasma gondii. A toxoplasmose é uma doença de incidência mundial, causada pelo protozoário T. gondii. A maio- ria das infecções é assintomática, mas pode ocorrer uma doença necrosante devastadora quando um feto ou o adulto imunode- primido são acometidos. A infecção do sistema nervoso central produz uma meningoencefalite necrosante que, nos casos mais graves, resulta em destruição do parênquima cerebral, calcifi ca- ção cerebral e hidrocefalia. Infecções oculares provocam corior- retinite. Nenhum dos outros patógenos induz a esses achados patológicos característicos. Diagnóstico: Toxoplasmose congênita, síndrome do TORCH 16. A resposta é E-Trypanosoma cruzi. A doença de Chagas é uma infecção sistêmica em seres humanos, transmitida por insetos, causada pelo protozoário T. cruzi. As manifestações agudas e as seqüelas crônicas da infecção ocorrem principalmente no coração e no trato gastrin- testinal. As infecções são endêmicas na América Central e na Amé- rica do Sul, onde são transmitidas pelo percevejo reduvídeo (“bar- beiro”), que se esconde nas fendas e nos telhados de palha de ca- sas velhas. O parasita reproduz-se no interior do miocárdio e causa miocardite. Os outros patógenos não provocam miocardite. Diagnóstico: Doença de Chagas 17. A resposta é B-aspergilose. Bolas de fungos (aspergilomas) con- sistem em massas lobuladas e arredondadas de hifas, e ocorrem em pacientes com história pregressa de doença pulmonar cavi- tária (por exemplo, tuberculose pulmonar). O Aspergillus é um fungo ambiental comum que provoca infecções oportunistas nos pulmões. Os esporos inalados germinam na atmosfera úmida e quente proporcionada pelas lesões pulmonares cavitárias, preen- chendo-as com massas de hifas. Os microrganismos em geral não invadem o parênquima pulmonar. Existem três tipos diferentes de aspergilose pulmonar, a saber, aspergilose broncopulmonar alérgica, aspergilomas e aspergilose invasiva. A candidíase (op- ção C) é incorreta porque as infecções por Candida, em geral, não são angioinvasivas. As outras opções não mostram hifas fúngicas ramifi cantes características. Diagnóstico: Aspergilose pulmonar, aspergiloma 18. A resposta é B-Entamoeba histolytica. A E. histolytica reside no có- lon de pessoas infectadas e é transmitida pelo contato orofecal. Os trofozoítas invadem as veias da submucosa do cólon, pene- tram na circulação porta e ganham acesso ao fígado. As ame- bas destroem hepatócitos, produzindo uma cavidade necrótica de expansão lenta. O abscesso é preenchido com material casta- nho-escuro que se assemelha a pasta de anchovas. Um abscesso hepático amébico pode romper-se e se estender para a cavidade peritoneal. Embora as outras opçõespossam envolver o fígado, não provocam abscesso hepático. Diagnóstico: Abscesso hepático amébico 19. A resposta é E-exposição a enterotoxina pré-formada. A intoxicação alimentar por Staphylococcus aureus é causada pela ingestão de alimentos contaminados com enterotoxina B pré-formada, resis- tente ao aquecimento. Os surtos ocorrem quando os manipula- dores de alimentos inoculam alimentos, como carne ou laticínios (molhos de saladas, molhos cremosos e doces com recheio à base de leite e ovos), com feridas contaminadas ou gotículas nasais in- fectadas. A intoxicação alimentar estafi locócica tipicamente tem início antes de 6 horas após a refeição. A náusea e os vômitos ge- ralmente sofrem resolução em 12 horas. Diagnóstico: Intoxicação alimentar estafi locócica 20. A resposta é C-Streptococcus pyogenes. O impetigo nessa paciente representa uma infecção intra-epidérmica localizada pelo S. pyo- genes. Dissemina-se por contato íntimo e, na maioria das vezes, afeta crianças. Pequenos traumatismos permitem a inoculação da bactéria, formando uma pústula intra-epitelial que, por fi m, se rompe e extravasa um exsudato purulento. O S. pneumoniae (op- ção B) é uma causa importante de pneumonia lobar, otite média, sinusite e meningite. O S. viridans (opção D) é uma causa impor- tante de endocardite bacteriana. O T. pallidum (opção E) produz uma erupção cutânea maculopapular das palmas das mãos e so- las dos pés na sífi lis secundária. Diagnóstico: Impetigo 21. A resposta é C-granuloma inguinal. O granuloma inguinal é uma ul- ceração superfi cial crônica, sexualmente transmissível, da região genital, inguinal e perianal. É causado por Calymmatobacterium granulomatis, um pequeno bacilo Gram-negativo. A lesão carac- terística consiste em uma úlcera superfi cial vermelho-carnoso. À microscopia, a derme e a subcútis encontram-se infi ltradas por macrófagos e plasmócitos. As lesões cutâneas revelam microrga- nismos denominados “corpúsculos de Donovan”, aglomerados no interior de macrófagos aumentados. As outras opções não exibem microrganismos intracelulares visíveis. Diagnóstico: Granuloma inguinal 22. A resposta é A-Bartonella henselae. A doença da arranhadura do gato é uma infecção autolimitada causada por B. henselae ou Doenças Infecciosas e Parasitárias 71 (mais raramente) B. quintana. Essas bactérias são pequenos bas- tonetes Gram-negativos, difíceis de serem cultivados, mas facil- mente visualizados em uma biopsia de linfonodos quando cora- da pela prata. A B. henselae multiplica-se nas paredes de peque- nos vasos e fi bras de colágeno extracelulares no local da inocu- lação. Os microrganismos são transportados para os linfonodos, onde produzem linfadenite supurativa. Os linfonodos aumen- tam de tamanho e drenam através da pele. Cerca de metade dos pacientes infectados apresenta sintomas sistêmicos, como febre, mal-estar, erupção cutânea e eritema nodoso. A Pasteurella mul- tocida (opção C) está associada a infecção da ferida após mordi- das de animais. A Eikenella corrodens (opção B) produz infecção da ferida após mordidas por seres humanos. Diagnóstico: Doença da arranhadura do gato 23. A resposta é E-vírus varicela-zoster. O vírus varicela-zoster ini- cialmente infecta células do trato respiratório ou do epitélio conjuntival. A seguir, reproduz-se e se dissemina por meio da corrente sangüínea e do sistema linfático. A primeira exposi- ção ao vírus produz a catapora, uma doença sistêmica aguda cuja característica dominante é uma erupção cutânea vesicular generalizada. A reativação do vírus latente em adultos provoca herpes zoster. À microscopia, as vesículas intra-epiteliais con- têm células gigantes multinucleadas e inclusões nucleares. O herpesvírus humano-8 (opção C) está associado ao sarcoma de Kaposi em pacientes com AIDS. As outras opções não produ- zem erupções vesiculares. Diagnóstico: Herpes zoster 24. A resposta é B-herpesvírus simples tipo 2. Os herpesvírus simples são patógenos humanos comuns, e mais freqüentemente produzem erupções vesiculares dolorosas recorrentes na pele e membranas de mucosas. As outras opções não mostram vesículas agrupadas. C. granulomatis (opção A) está associado a úlcera genital dolorosa (cancróide). O papilomavírus humano (opção C) está associado a verrugas genitais. O T. pallidum (opção D) provoca a sífi lis. Diagnóstico: Herpes genital 25. A resposta é C-Enterobius vermicularis. O E. vermicularis (“oxiúro”) é um nematódeo intestinal encontrado no mundo todo, porém mais comum em zonas temperadas. Os indivíduos podem ser infectados em qualquer idade, mas o parasitismo é mais comum em crianças. A maioria das pessoas queixa-se de prurido causado pelos vermes migrantes. O A. duodenale e o N. americanus (op- ções A e D) são ancilostomídeos associados a sangramento intes- tinal e anemia ferropriva. Diagnóstico: Enterobíase 26. A resposta é E-Streptococcus pyogenes. A erisipela é uma tumefação eritematosa da pele causada principalmente por infecção por S. pyogenes. Esse microrganismo, também conhecido como estrep- tococos do grupo A, é um dos patógenos bacterianos mais fre- qüentes em seres humanos, produzindo diversas doenças que variam de faringite autolimitada aguda até febre reumática. A erupção cutânea geralmente começa na face, mas pode afetar qualquer parte do corpo. Microabscessos cutâneos e focos de ne- crose são comuns. Diagnóstico: Erisipela 27. A resposta é D-Cryptococcus neoformans. A criptococose é uma mi- cose que afeta basicamente as meninges e os pulmões. O C. neo- formans é único entre os fungos patogênicos porque possui uma cápsula de proteoglicano, essencial para a sua patogenicidade. O principal reservatório para esse fungo são fezes de pombo. Os microrganismos aparecem como leveduras basofílicas, fraca- mente coradas, com uma cápsula mucinosa espessa clara de 3 a 5 �m de espessura. Os criptococos afetam quase exclusivamente indivíduos com imunidade celular prejudicada. As outras opções não coram pelo mucicarmin. Diagnóstico: Criptococose 28. A resposta é E-leishmaniose. As leishmânias são protozoários transmitidos aos seres humanos através de picadas de insetos. Causam um espectro de síndromes clínicas, variando de úlce- ras cutâneas de auto-resolução e crescimento lento, até doença disseminada fatal. A leishmaniose é transmitida pela picada de mosquitos do gênero Phlebotomus, que adquirem infecções ao se alimentar em animais infectados. A infecção é primariamen- te uma doença de países menos desenvolvidos, onde se acredi- ta que mais de 20 milhões de pessoas estejam infectadas. São diagnosticadas três entidades clínicas diferentes: (1) leishma- niose cutânea localizada, (2) leishmaniose mucocutânea, e (3) leishmaniose visceral. Os pacientes com leishmaniose visceral apresentam febre persistente, perda de peso progressiva, hepa- toesplenomegalia, anemia, trombocitopenia e leucopenia. Os indivíduos de pele clara desenvolvem escurecimento da pele. Se não tratada, a doença é fatal. Diagnóstico: Leishmaniose 29. A resposta é C-parvovírus B19. O parvovírus humano B19 é um vírus DNA que provoca infecções sistêmicas caracterizadas por erupção cutânea, artralgias e interrupção transitória da eritro- poiese. O vírus produz efeitos citopáticos característicos nas cé- lulas precursoras eritróides. O núcleo de uma célula afetada en- contra-se aumentado, e a cromatina está deslocada periferica- mente por material eosinofílico, vítreo, central. Quando o feto é infectado por parvovírus B19, a parada transitória da produção de eritrócitos provoca anemia grave, hidropisia fetal e, com fre- qüência, morte in utero. As outras opções não interferem com a eritropoiese. Diagnóstico: Hidropisia fetal 30. A resposta é B-cisticercose. Os porcos adquirem cisticercos por meio da ingestão de ovos de T. solium liberados nas fezes huma- nas. Entretanto,quando os seres humanos acidentalmente inge- rem esses ovos e se tornam infectados com os cisticercos, as con- seqüências podem ser catastrófi cas. Os ovos liberam oncosferas, que penetram na parede do intestino, ganham a corrente san- güínea, alojam-se nos tecidos e se diferenciam em cisticercos. O cisticerco é um cisto branco leitoso esférico de cerca de 1 cm de diâmetro e que contém líquido e um escólice (cabeça do verme) invaginado. Os cistos viáveis podem ser destacados do tecido infectado. Múltiplos cisticercos no cérebro podem conferir um aspecto de “queijo suíço” e manifestam-se clinicamente como ce- faléias e convulsões. Diagnóstico: Cisticercose
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