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Poligrafo Aula Responsabilidade Civil 10112015

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1 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
 Prof. Dr. Cristiano Colombo 
 
I - OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR 
1. Responsabilidade Subjetiva e Objetiva nos Dispositivos do Código Civil 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, 
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida 
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito. 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé 
ou pelos bons costumes. 
Responsabilidade Civil Subjetiva: baseada na teoria da culpa, decorrente da clássica 
construção em matéria de responsabilidade civil. Na teoria subjetiva analisa-se: 
culpa, dano, nexo de causalidade. Acidente de Trânsito, Profissionais liberais, etc. 
Responsabilidade Civil Objetiva: responsabilidade sem culpa. Aplica-se, segundo Rui 
Stoco, uma equação binária: dano – autoria do evento danoso. 
Responsabilidade Objetiva do Estado: independentemente de qualquer falta ou 
culpa do serviço. 1 
 
Teoria do Risco Administrativo: iniciada por Léon Duguit, aduz que importa atribuir 
ao Estado a responsabilidade pelo risco criado pela sua atividade administrativa. 
Enfim, toda a lesão sofrida pelo particular deve ser ressarcida, independentemente 
de culpa.2 
 
 
1 CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas, 2010. 
2 CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
 Prof. Dr. Cristiano Colombo 
Teoria do Risco Integral: É modalidade extremada a doutrina do risco administrativo, 
estabelecendo dever de indenizar mesmos nos casos de culpa exclusiva da vítima.3 
Inaplicável, em regra no Direito Brasileiro, apenas às atividades nucleares. 
 
Segundo Luciano Ferraz, tem-se que: “Em particular, entende-se que o art. 21, XXIII, 
diferentemente do artigo 37, § 6º, contemplou a teoria da responsabilidade do 
Estado pelo risco integral. É que quando o constituinte se valeu da expressão 
‘independentemente de culpa’ para reconhecer aí a responsabilidade estatal, 
excluiu, de plano, a possibilidade de se cogitar de culpa, seja ela do Estado, da vítima 
ou mesmo derivada de evento alheio à ação ou omissão de ambos: desde que 
configurado o dano e o nexo causal, inexiste a possibilidade de excludente de 
responsabilidade por parte do Estado. Caso contrário, a prescrição do art. 21, XXIII, 
seria completamente desnecessária.”4 
 
Responsabilidade Objetiva do Estado, para análise: 
 
Artigo 37, parágrafo 6º da Constituição Federal 
 
“As pessoas jurídicas de Direito Público e as de Direito Privado prestadores de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes nessa qualidade 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa.” 
 
Requisitos da Responsabilidade Civil do Estado: 
 
Segundo Cavalieri, haverá responsabilidade do Estado sempre que possa identificar 
um laço entre a atuação administrativa, ainda que fora do estrito exercício de sua 
função, e o dano causado a terceiro.” 
 
Exclusão da Responsabilidade: 
 
“As causas que excluem o nexo causal (força maior, caso fortuito, fato exclusivo da 
vítima e de terceiro) excluirão também a responsabilidade objetiva do Estado. Não 
responde o Estado por fenômenos da natureza – chuvas torrenciais, tempestades, 
inundações (Força maior), porque tais eventos não são causados por sua atividade; 
poderá responder pela culpa anônima. 
 
3 CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas, 2010. 
4 FERRAZ, Luciano. Responsabilidade do Estado por omissão legislativa. São Paulo: Malheiros Editores, 2006. 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
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Também não responde pelo fato exclusivo da vítima ou de terceiro, doloso ou 
culposo, pela mesma razão. Assaltos, acidentes na via pública, são estranhos à 
atividade administrativa, em relação aos quais não é aplicável o princípio da 
responsabilidade objetiva. Quanto ao fortuito interno (estouro de um pneu do 
ônibus, do mal súbito do motorista), este não exclui a responsabilidade do Estado, 
porquanto, embora imprevisível, faz parte de sua atividade, liga-se aos riscos da 
atuação estatal. Só o fortuito externo exclui a responsabilidade estatal por se tratar 
de fato imprevisível, estranho à atividade administrativa.” 5 
 
 
Concorrência de Causas. Culpa Concorrente. 
 
“Havendo concorrência de causas, a responsabilidade do Poder Público deverá 
atenuada ou circunscrita ao dano efetivamente causado pela atividade 
administrativa.” 
 
Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. RESPONSABILIDADE DO 
ESTADO. OBJETIVA. AUSÊNCIA DO DEVER DE VIGILÂNCIA. LESÃO SOFRIDA EM 
EDUCANDÁRIO. MENOR COM DEDO AMPUTADO. CULPA CONCORRENTE. REDUÇÃO 
DA CAPACIDADE LABORATIVA. PENSIONAMENTO. DANO MORAL. CABIMENTO. 
HONORÁRIOS. JUROS. É objetiva a responsabilidade do Estado pela falta de zelo em 
relação à segurança dos alunos de escola estadual, conforme art. 37, § 6º, do CPC. 
Lição Doutrinária e precedentes. Extreme é a responsabilidade da parte ré a 
responder pelas lesões sofridas pelo demandante em decorrência da queda de 
goleira nas dependências de educandário. Falha por parte da escola no dever de 
vigilância sobre os alunos que estavam realizando atividades recreativas. Culpa 
concorrente da vítima pela contribuição ao evento danoso. Parcelas indenizatórias. 
Dano material pelos gastos havidos ao enfermo quando do tratamento despendido. 
Liquidação das verbas por arbitramento. Pensionamento em decorrência da perda 
total de dedo indicador, o que resulta em diminuição da capacidade laborativa. 
Percentual fixado em sentença mantido. Dano moral puro frente a circunstância 
injusta de responsabilidade do requerido. Desnecessidade de provar o próprio 
prejuízo, mas sim do agir indevido e do nexo de causalidade entre o ato alegado 
impróprio e o dano, que se tem por presunção. Situação aflitiva e lesões corporais. 
Alteração psicológica. Valor indenizatório a ser fixado por arbitramento pelo 
julgador, no cotejo da intensidade da ofensa, necessária compensação à vítima, 
circunstâncias de fato e repercussão negativa da afronta. Montante mantido. Verba 
honorária a ser calculada sobre o montante atualizado da condenação. Percentual 
 
5 CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
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mantido. Negaram provimento ao recurso do réu e proveram em parte o apelo do 
autor. Unânime. (Apelação Cível Nº 70032387433, Décima Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Jorge Alberto Schreiner Pestana, Julgado em 31/03/2011) 
 
2. Responsabilidade do Incapaz 
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele 
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios 
suficientes. 
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não 
terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
3. Excludentes de Ilicitude 
Art. 188.Não constituem atos ilícitos: 
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito 
reconhecido; 
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de 
remover perigo iminente. 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as 
circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do 
indispensável para a remoção do perigo. 
Não constituem ato ilícito, nos termos do artigo 188 do CCB: 
 
a) Exercício regular de um direito: direito exercido regularmente, como uma 
penhora, uma execução. 
b) Legítima defesa: o agente, usando moderadamente os meios necessários, repele 
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Não é excludente a 
legítima defesa putativa. 
c) Estado de necessidade: ocorre quando alguém deteriora ou destrói coisa alheia, 
ou causa lesão em pessoa, a fim de remover perigo iminente. O que há de peculiar 
nesta matéria é que mesmo configurado o estado de necessidade, há dever de 
indenizar, com direito de regresso contra quem culposamente causou o perigo (art. 
930). 
 
 
 
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4. Responsabilidade Objetiva dos Empresários 
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários 
individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos 
causados pelos produtos postos em circulação. 
5. Responsabilidade pelos atos de terceiro 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua 
companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas 
condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no 
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; 
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue 
por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e 
educandos; 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a 
concorrente quantia. 
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não 
haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali 
referidos. 
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver 
pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, 
absoluta ou relativamente incapaz. 
6. Responsabilidade Civil e Criminal 
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo 
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando 
estas questões se acharem decididas no juízo criminal. 
 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
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7. Responsabilidade em matéria de Animais – Inversão do Ônus da Prova 
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não 
provar culpa da vítima ou força maior. 
8. Responsabilidade Ruína – Ônus da Prova da Vítima 
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de 
sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. 
9. Responsabilidade por aquele que HABITAR prédio 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente 
das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
 
II - INDENIZAÇÃO 
1. Da Extensão da Indenização 
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. 
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o 
dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização. 
2. Culpa Concorrente 
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua 
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto 
com a do autor do dano. 
3. Da Fixação da Indenização 
Art. 946. Se a obrigação for indeterminada, e não houver na lei ou no contrato 
disposição fixando a indenização devida pelo inadimplente, apurar-se-á o valor das 
perdas e danos na forma que a lei processual determinar. 
Art. 947. Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada, 
substituir-se-á pelo seu valor, em moeda corrente. 
 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
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4. Indenização em caso de homicídio 
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras 
reparações: 
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da 
família; 
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em 
conta a duração provável da vida da vítima. 
5. Lesão ou Ofensa à saúde 
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido 
das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, 
além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido. 
6. Defeito que prejudique ofício ou profissão 
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu 
ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além 
das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá 
pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da 
depreciação que ele sofreu. Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá 
exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. 
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização 
devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, 
imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe 
lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. 
7. Ofensa ao Direito de Proprietário 
Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a 
indenização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de 
lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao 
prejudicado. 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
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Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa, 
estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este não 
se avantaje àquele. 
8. Responsabilidade por injúria, difamação ou calúnia 
Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do 
dano que delas resulte ao ofendido. 
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz 
fixar, eqüitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias 
do caso. 
9. Responsabilidade por Ofensa à liberdade pessoal 
Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das 
perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, 
tem aplicação o disposto no parágrafo único do artigo antecedente. 
Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal: 
I - o cárcere privado; 
II - a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé; 
III - a prisão ilegal. 
10. Dano 
Dano: lesão ao bem jurídico. É o terceiro pressuposto da responsabilidade civil. Sem 
dano não há responsabilidade civil. 
 
Dano Material (suscetível de avaliação), que se classifica em: 
 
Danos Emergentes – desfalque no patrimônio; 
 
Lucro Cessante – perda de ganho futura e esperável. 
 
Dano Moral: Sofrimento, dor moral, aflição, angústia, dor psíquica.9 
 
 
 
 
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Dano Estético: Alteração Morfológica de formação corporal, que agride à visão, 
causando repulsa. 
 
Perda de uma chance: perda de uma oportunidade. 
 
Súmula 387 do STJ: É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano 
moral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
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QUESTÕES 
 
01. (CESPE 2014) Em relação à responsabilidade civil contratual e extracontratual, 
assinale a opção correta. 
a) A decisão que julga extinta a punibilidade pela prescrição, decadência, 
perempção e pelo perdão aceito pelo ofendido elide a pretensão indenizatória no 
juízo cível. 
b) Há presunção de responsabilidade civil pelo fato da coisa inanimada contra o 
titular do domínio ou possuidor, pelos danos que a coisa causar a terceiros, o que 
somente poderá eximir-se se demonstrados culpa exclusiva da vítima, caso fortuito 
ou força maior. 
c) Em se tratando de evento danoso pelo fato da coisa, comprovada a existência de 
culpa concorrente de ambos, lesado e agente causador do dano, ou de culpa 
presumida do proprietário ou possuidor, haverá divisão de responsabilidade, 
mesmo que privado da guarda, por transferência da posse jurídica ou furto da coisa. 
d) Tem responsabilidade subjetiva perante terceiros o tutor em relação ao ato ilícito 
praticado pelo tutelado que estiver sob sua autoridade e em sua companhia, 
fazendo-se necessária a comprovação de culpa in vigilando, ou negligência, por 
encerrar a tutela munus público. 
e) O ato praticado em legítima defesa, estado de necessidade e no exercício regular 
de direito, reconhecido em sentença penal excludente de ilicitude, não exime o 
agente da responsabilidade civil de reparação do dano. 
 
02. (CESPE 2014) Considerando as disposições do atual Código Civil acerca do 
enriquecimento sem causa e da responsabilidade civil, assinale a opção correta. 
 a) O Código Civil brasileiro atual trouxe significativa inovação no campo da 
responsabilidade civil ao promover a prevalência da teoria do risco em relação à 
teoria da culpa anteriormente vigente 
 b) O incapaz responde pelos prejuízos que causar quando as pessoas por ele 
responsáveis não tenham obrigação de fazê-lo ou não disponham de meios 
suficientes para tanto, sendo irrelevante nesses casos a situação econômica do 
incapaz. 
 c) A deterioração ou destruição da coisa alheia a fim de remover perigo iminente 
não constitui ato ilícito quando as circunstâncias tornarem o ato absolutamente 
necessário e não houver excesso aos limites do indispensável para a remoção do 
perigo, razão por que ao dono da coisa deteriorada ou destruída não assistirá direito 
à indenização do eventual prejuízo que sofra. 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
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 d) No caso de lesão à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do 
tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum 
outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido 
 e) Aquele que, sem justa causa, enriquecer à custa de outrem será obrigado a 
restituir o indevidamente auferido, ainda que a lei confira ao lesado outros meios 
para se ressarcir do prejuízo sofrido. 
 
03. Considere as seguintes afirmações. 
I. O novo Código Civil consagrou expressamente a teoria do risco e, ao lado da 
responsabilidade subjetiva, admitiu também a responsabilidade objetiva. 
II. A pessoa jurídica, causadora do dano, responde perante a vítima, não lhe 
assistindo, inclusive, direito de regresso contra o seu agente que atenha atuado com 
dolo ou culpa. III. O novo sistema de responsabilidade civil do Estado propugna pela 
mais ampla responsabilidade dos danos causados, porém não significa dizer que 
adotou as teorias do risco integral ou risco social, mas sim do risco administrativo, 
que admite a quebra do nexo causal pela comprovação de uma das excludentes de 
responsabilidade civil. 
IV. A prestação de serviços advocatícios, por tratar-se de uma atividade com 
potencial risco de dano, demanda uma responsabilidade civil objetiva cuja ênfase é a 
relação de causalidade, abstraindo-se tanto da ilicitude do ato quanto da existência 
de culpa. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas a II e a III. 
b) Apenas a I e a III. 
c) Apenas a II e a IV. 
d) Apenas a I e a II. 
e) Apenas a III e a IV. 
 
04. De acordo com o que dispõe o Código Civil a respeito da responsabilidade civil, 
assinale a opção correta. 
a) O dono de edifício responderá pelos danos causados pela ruína do prédio, 
estando o lesado dispensado de provar que a ruína decorreu de falta de reparos e 
que a necessidade dessas reparações é manifesta. 
b) No caso de responsabilidade civil em virtude de ofensa à saúde, o ofendido não 
tem direito de ser indenizado das despesas dos lucros cessantes. 
c) Somente há responsabilidade do empregador pelos danos que seus empregados, 
no exercício de suas funções, causarem a terceiros, se ficar demonstrado que o 
empregador infringiu o dever de vigilância. 
 
 
 
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d) O Código Civil consagra a responsabilidade civil objetiva das empresas pelos 
danos causados pelos produtos postos em circulação. 
 
05. Mário, com 15 anos de idade, estudante, mora com seus pais João e Maria. 
Ontem, enquanto João dormia, Mario pegou a moto de seu pai e, dirigindo em alta 
velocidade, atropelou e matou Thiago. Neste caso, com relação ao ato praticado 
por Mário, João 
a) será responsável, desde que haja culpa de sua parte, devendo ressarcir o dano 
causado por Mário e não poderá reaver do filho o que houver pago. 
b) será responsável, ainda que não haja culpa de sua parte, devendo ressarcir o dano 
causado por Mário, podendo, no entanto, reaver do filho o que houver pago. 
c) será responsável, ainda que não haja culpa de sua parte, devendo ressarcir o dano 
causado por Mário e não poderá reaver do filho o que houver pago. 
d) será responsável, desde que haja culpa de sua parte, devendo ressarcir o dano 
causado por Mário, podendo, no entanto, reaver do filho o que houver pago. 
e) não será responsável, uma vez que Mário, em razão da sua idade, não é 
absolutamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil. 
 
06. Considere as assertivas a respeito da responsabilidade civil: 
I. O empregador é responsável pela reparação civil por atos praticados por seus 
empregados no exercício do trabalho que lhes competir, ainda que não haja culpa 
de sua parte. 
II. A responsabilidade civil é independente da criminal, podendo, por isso, 
questionar-se sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando 
estas questões se acharem decididas no juízo criminal. 
III. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar 
culpa da vítima ou força maior. 
Está correto APENAS o que se afirma em: 
a) I e II; 
b) I e III; 
c) II; 
d) II e III; 
e) III. 
 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
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07. Sobre responsabilidade civil, assinale a assertiva correta. 
 
a) É objetiva a responsabilidade civil dos profissionais liberais. 
 
b) O incapaz jamais responde pelos prejuízos que causar. 
 
c) A sentença penal não tem efeitos para a responsabilidade civil. 
 
d) Não é objetiva a responsabilidade do transportador, quando se tratar de 
transporte de simples cortesia ou desinteressado. 
 
08. Joaquim, motorista de pessoa jurídica prestadora de serviço público, 
transportava documentos oficiaisque necessitavam ser entregues com urgência. 
No trajeto, Joaquim, por imperícia e imprudência, envolveu-se em acidente de 
trânsito, no qual colidiu com veículo de particular. Considerando a situação 
hipotética acima, assinale opção correta. 
 
a) A responsabilidade civil será exclusiva de Joaquim, visto que agiu com imperícia e 
imprudência. 
b) A Constituição Federal de 1988 (CF) adotou a responsabilidade objetiva do 
Estado, sob a modalidade do risco integral, razão pela qual a pessoa jurídica 
deverá responder pelos danos. 
c) Trata-se de hipótese que exclui o dever de indenizar, visto que Joaquim estava 
executando serviço público de natureza urgente. 
d) A responsabilidade civil será da pessoa jurídica, na modalidade objetiva, com a 
possibilidade de direito de regresso contra o motorista. 
 
09. Considerando o disposto no novo Código Civil (Lei n. 10406/02), não se pode 
afirmar que: 
a) haverá obrigação de indenizar independentemente de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade desenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, riscos para os direitos de outrem. 
b) são também responsáveis pela reparação civil o empregador ou comitente, por 
seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, 
em razão dele. 
c) a responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar 
mais sobre a existência de fato ou sobre quem seja seu autor, quando estas 
questões se acharem decididas no juízo criminal. 
 
 
 
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d) o direito de exigir a reparação e a obrigação de prestá-la não se transmite com a 
herança. 
e) o dono do edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua 
ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. 
 
10. Ricardo, buscando evitar um atropelamento, realiza uma manobra e atinge o 
muro de uma casa, causando um grave prejuízo. 
Em relação à situação acima, é correto afirmar que Ricardo: 
 
(A) não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de necessidade. 
(B) responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de 
necessidade. 
(C) responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa. 
(D) praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano. 
 
 
11. João trafegava com seu veículo com velocidade incompatível para o local e 
avançou o sinal vermelho. José, que atravessava normalmente na faixa de 
pedestre, foi atropelado por João, sofrendo vários ferimentos. Para se recuperar, 
José, trabalhador autônomo, teve que ficar internado por 10 dias, sem 
possibilidade de trabalhar, além de ter ficado com várias cicatrizes no corpo. Em 
virtude do ocorrido, José ajuizou ação, pleiteando danos morais, estéticos e 
materiais. Com base na situação acima, assinale a alternativa correta: 
 
a) José não poderá receber a indenização na forma pleiteada, já que o dano 
moral e o dano estético são inacumuláveis. Assim, terá direito apenas ao dano 
moral, em razão do sofrimento e das cicatrizes, e ao dano material, em razão do 
tempo que ficou sem trabalhar. 
b) José terá direito apenas ao dano moral, já que o tempo que ficou sem 
trabalhar é considerado lucros cessantes, os quais não foram expressamente 
requeridos, e não podem ser concedidos. Quanto ao dano estético, esse é 
inacumulável com o dano moral, já estando incluído neste. 
c) José terá direito a receber a indenização na forma pleiteada: o dano moral 
em razão das lesões e do sofrimento por ele sentido, o dano material em virtude do 
tempo que ficou sem trabalhar e o dano estético em razão das cicatrizes com que 
ficou. 
d) José terá direito apenas ao dano moral, em razão do sofrimento, e ao dano 
estético, em razão das cicatrizes. Quanto ao tempo em que ficou sem trabalhar, isso 
se traduz em lucros cessantes, que não foram pedidos, não podendo ser concedidos. 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
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12. Maria, menor com 14 anos de idade, filha de Henrique e Mônica, pintou flores 
coloridas em um carro da Polícia Rodoviária Federal que estava estacionado em 
frente à sua casa. O reparo do dano causado ao veículo custou R$ 5.000,00 aos 
cofres públicos. 
Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta acerca 
da responsabilidade quanto ao prejuízo causado. 
A Os pais de Maria responderão objetivamente pelo prejuízo se dispuserem de 
meios suficientes para tanto. 
B Maria não poderá ser responsabilizada pelo prejuízo porquanto é incapaz de 
deveres na ordem civil. 
C A responsabilidade civil é inafastável, por isso Maria será responsável pelo prejuízo 
ainda que tenha de se privar do necessário a sua sobrevivência. 
D Os pais de Maria somente poderão ser responsabilizados pelo prejuízo caso seja 
provado que tiveram culpa pelo dano. 
 
 
13. No Código Civil atual, a responsabilidade civil 
a) continua em regra como subjetiva, excepcionando- se, entre outras, a hipótese da 
atividade exercida normalmente pelo autor do dano com risco para os direitos de 
outrem, quando então a obrigação de reparar ocorrerá independentemente de 
culpa. 
b) é objetiva como regra, excepcionando-se situações expressas de 
responsabilização subjetiva. 
c) é subjetiva sempre, em qualquer hipótese. 
d) em regra é subjetiva, admitida porém a responsabilidade objetiva do empresário, 
como fornecedor de produtos ou de serviços, na modalidade do risco integral. 
e) é objetiva para as pessoas jurídicas, de direito privado ou público, e subjetiva para 
as pessoas físicas. 
 
14. Para o Código Civil, o sistema da responsabilidade civil 
a) depende da prova da culpa, como regra geral, excepcionalmente admitindo a 
responsabilidade objetiva pelo risco atividade. 
b) depende, como regra geral, da prova da ação ou omissão voluntária, nexo causal 
e dano, somente. 
c) exclui o abuso do direito como ato ilícito objetivo. 
d) implica a ausência total da responsabilidade dos incapazes, respondendo por eles 
seus representantes legais. 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
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e) importa a responsabilidade subjetiva dos empresários individuais e das empresas 
pelos danos causados pelos produtos postos em circulação. 
 
15. João é dono de um cão feroz que atacou Maicon quando este passava em 
frente de sua residência. João responderá de maneira 
a) objetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar culpa exclusiva da 
vítima ou força maior. 
b) subjetiva pelos danos causados pelo animal, não se admitindo causa excludente 
de responsabilização. 
c) objetiva pelos danos causados pelo animal, não se admitindo causa excludente de 
responsabilização. 
d) subjetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar força maior. 
e) subjetiva pelos danos causados pelo animal, salvo se provar que não agiu com 
dolo ou culpa. 
 
 
16. Victor pediu a Jussara, sua empregada doméstica, que fosse ao mercado 
comprar mantimentos e passasse na lotérica para apostar na mega-sena com os 
seus números da sorte, pois estava acumulada em R$ 30.000.000,00. Após realizar 
as compras, Jussara voltou para casa e, no caminho, encontrou uma amiga e 
acabou esquecendo de fazer a aposta. No dia seguinte, ao chegar ao trabalho, 
soube que os números sorteados na mega-sena foram exatamente aqueles que ela 
deixou de apostar. Despedida por justa causa, Jussara sentiu-se injustiçada e 
ingressou com uma ação trabalhista. Em contraditório, Victor contestou e 
apresentou reconvenção, pleiteando indenização pela omissão de sua ex-
empregada. O caso trata de 
a) excludente de responsabilidade civil pelo caso fortuito, uma vez que Jussara 
encontroucom uma amiga ao acaso e viu-se impossibilitada de apostar. 
b) responsabilidade civil subjetiva, haja vista os danos emergentes produzidos pela 
conduta de Jussara. 
c) responsabilidade civil subjetiva, haja vista os lucros cessantes produzidos pela 
conduta de Jussara. 
d) responsabilidade civil subjetiva pela perda de uma chance de Victor diante da 
omissão de Jussara. 
e) responsabilidade civil objetiva, haja vista a irrelevância jurídica da conduta 
culposa de Jussara. 
 
 
 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
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17. Sobre a responsabilidade civil no Código Civil Brasileiro, é CORRETO afirmar 
que: 
 
a) O incapaz não responde pelos prejuízos que causar tendo em vista a 
responsabilidade dos pais ou responsáveis. 
b) Haverá obrigação de reparar o dano, através da averiguação de culpa, nos casos 
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor 
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
c) Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício 
ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das 
despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá 
pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da 
depreciação que ele sofreu. 
d) O prejudicado não poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma 
só vez, salvo se demonstrado o estado de solvência do devedor. 
e) Em caso de usurpação ou esbulho do alheio, quando não mais exista a própria 
coisa, a indenização será estimada pelo seu preço ordinário, não sendo 
considerado o preço de afeição.

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