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TCC TI Verde

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ASSOCIAÇÃO CARIOCA DE ENSINO SUPERIOR
CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA
CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
 
FABIO DE SOUZA
HAMILTON FAGNER
JOÃO BATISTA 
TI VERDE
RIO DE JANEIRO
2014
FABIO DE SOUZA
HAMILTON FAGNER
JOÃO BATISTA 
TI VERDE
Trabalho de curso submetido à Unicarioca como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau em Bacharel em Ciência da Computação. Sob a orientação do Dr.Professor Rogério Malheiros dos Santos.
RIO DE JANEIRO
2014
FABIO DE SOUZA
HAMILTON FAGNER
JOÃO BATISTA 
TI VERDE
Trabalho de curso submetido à Unicarioca como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau em Bacharel em Ciência da Computação. Sob a orientação do Dr.Professor Rogério Malheiros dos Santos.
Banca Examinadora:
_______________________________
Dr. Professor Rogério Malheiros dos Santos.
TI VERDE/Centro Universitário Carioca 
_______________________________________
Dr. Prof. Anderson Fernandes Pereira dos Santos
TI VERDE/Centro Universitário Carioca
_______________________________________
TI VERDE/Centro Universitário Carioca
RIO DE JANEIRO,
"Dedico esse trabalho à todas as pessoas que fizeram e fazem parte de nossa caminhada."
AGRADECIMENTOS
 
 
A Unicarioca pela excelência de ensino. Ao Dr. Professor Rogério Malheiros dos Santos, pela orientação segura e amizade. A todos os professores que fizeram parte da nossa formação e obrigado pelos ensinamentos e exemplo ao longo do curso. Aos nossos pais, que sempre acreditaram em nossa capacidade e são uns exemplos de vida. As grandes amizades conquistadas na Faculdade.
Resumo
 Visamos apresentar o conceito de TI Verde que cresce também na sociedade mesmo que de forma inconsciente, já que a preocupação ambiental é assunto recorrente no dia-a-dia de todos. O que falta, de fato, é a conscientização do usuário doméstico de que a TI Verde também pode ser praticada em sua casa com pequenas mudanças de comportamento e ações voltadas à redução da emissão de CO2. Para tal, é necessário fazer uso da reutilização e reciclagem de equipamentos, investimentos em suprimentos com "selo verde" e evitar a reutilização de sistemas, otimizando o uso de quaisquer produtos sejam eles eletrônicos ou não. Com a crescente expansão da TI Verde, as empresas de pequeno e médio porte passaram a adotar medidas na busca pela sustentabilidade com ganhos econômicos e ambientais, antes seguidas somente por grandes empresas e corporações. 
Palavras Chave: TI Verde, Sustentabilidade, Reciclagem de Equipamentos, Informática.
Lista de Ilustrações
Figura 1 – Emissão de gás CO2 dos equipamentos de TI.........................................................14 
Figura 2 – Presente e Futuro da TI Verde.................................................................................18 
Figura 3 – Adoções de medidas de TI Verde............................................................................21
Figura 4 – O consumo de energia de Data Centers e sua evolução..........................................25
Figura 5 – Picos de energia em servidores................................................................................26
Figura 6 – Virtualização economizando energia.......................................................................27
Figura 7 – Disposição melhores para racks em Data Centers...................................................27
Figura 8 – Windows 7 Opções de energia ...............................................................................29
Figura 9 – Funcionamento da máquina dimensionado em fatias de tempo..............................29
Figura 10 – Configurações e GPO de energia...........................................................................31
Figura 11 – Comparação de energia entre Windows Server 2003 e 2008................................32
Figura 12 – Usuário logando no Remote App Server.............................................................. 33
Figura 13 – Usuário navegando no Remote App Server......................................................... 34
Figura 14 – Eficiência energética do Hyper-V com até 10 servidores.....................................35
Figura 15 – Hyper-V gerenciando vários servidores lógicos....................................................35
Figura 16 – Novo projeto no Windows Azure..........................................................................37
Figura 17 – Consumo energético de cada componente do PC..................................................38
Figura 18 – Máquina acessando o Office 365 via navegador...................................................39
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Danos causados dos metais na população...............................................................16
Tabela 2 - Percentual dos materiais em um PC........................................................................16
Tabela 3 - Consumo de energia de um PC com 30% do tempo em economia.........................23
Tabela 4 - Consumo processador e monitor..............................................................................30
Tabela 5 - Consumo ao ano de processador e monitor.............................................................30
Sumário
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................11
2 O impacto da tecnologia no processo do meio ambiente..................................................11
2.1 Efeitos estufa e emissões de Gases.....................................................................................13
2.2 Gastos de Energia...........................................................................................................14
2.3 E-Lixo.................................................................................................................................15
3 TI Verde como estratégia de sustentabilidade..................................................................17
3.1 Definição.............................................................................................................................17
3.2 Conscientização Ambiental.................................................................................................17
3.3 Níveis de Implementação....................................................................................................18
3.4 Medidas Aplicadas..............................................................................................................20
4 Racionalização de energia nos equipamentos de TI.........................................................21
4.1 Energy Star..........................................................................................................................21
4.2 Gerenciamento do Consumo dos Profissionais de TI.........................................................22
5 Racionalização......................................................................................................................23 
6 Data Center Green...............................................................................................................24
6.1 O rápido crescimento do Data Centers..............................................................................24
6.2 Virtualização.......................................................................................................................25
7 Ferramentas e softwares microsoft que contribuem com a TI Verde.............................28
7.1 Gerenciamento de energia no Windows 7..........................................................................28
7.2 Gerenciamento de energia centralizado usando o Windows Server 2008..........................30
7.3 Centralização e virtualização deaplicações com o Remote App Server............................32
7.4 Virtualização com o Hyper-V.............................................................................................34
7.5 Windows Azure...................................................................................................................36
7.6 Office 365...........................................................................................................................37
8 Conclusão..............................................................................................................................40
Referências............................................................................................................................41
1 Introdução
 TI Verde é um termo muito abordado e tem estado presente com muita frequência em campanhas publicitárias. É uma junção do conceito de TI com sustentabilidade econômica e ecológica. Tem o objetivo de minimizar os impactos das operações de tecnologia da informação (TI) no meio ambiente, assim como os impactos dos negócios por ela suportados.
A Tecnologia da Informação é o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação e conseguiu a importância quando as empresas modernas perceberam que as informações que possui fazem parte de seu patrimônio e que o modo como uma implementação informacional é efetuada em sua estrutura, moldando toda uma empresa. Quando é bem utilizada, trás vantagens às pequenas empresas diminuindo seus custos, aumentando sua produtividade e melhorando a qualidade de seus serviços.
Como outras atividades humanas a TI provocam impactos no meio ambiente, tanto pela demanda de energia elétrica quanto pelos materiais utilizados na fabricação de hardware.
Há empresas que adotam as ações de TI Verde suportando negócios e outras oferecendo soluções. 
2 O impacto da tecnologia no processo do meio ambiente
Devido ao rápido crescimento da população, gerou uma grande dependência humana de energia fóssil, o que agride o meio ambiente de tal forma que os danos causados por ações humanas ao longo dos anos são praticamente irremediáveis na atualidade. Assim, os conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento econômico são recorrentes e se inserem em todos os segmentos da sociedade. Refere-se a uma nova concepção dos limites e da fragilidade do planeta, englobando as necessidades da população. Sugerindo assim, que a sustentabilidade envolve a inclusão social, economia sustentada no tempo e o ambiente sustentável. Para um projeto ser economicamente viável é preciso que haja uma fonte de financiamento ou outro meio oneroso que custeie a ação econômica. Os recursos naturais devem ser consumidos em uma escala que não leve à degradação do meio ambiente. O meio ecológico, em um sistema sustentável é tratado de modo que não seja deteriorado e que não haja acúmulo de resíduos. De qualquer forma, sustentabilidade requer a participação popular, dada a dimensão social. 
Com a participação ativa ou como expectador das mudanças, todos participam direta ou indiretamente das ações que podem ser nomeadas como TI Verde. Neste sentido, o mundo corporativo começa a adotar e criar ações para atender as necessidades de um negócio sustentável. Um exemplo é o Índice de Sustentabilidade Empresarial, criado como uma ferramenta de análise comparativa de empresas sob o aspecto da sustentabilidade corporativa com base na eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa que impulsionam a adoção das ações propostas como TI Verde. Empresas com os melhores índices possuem vantagens econômicas como facilidade de créditos e uma melhor imagem frente à sociedade, impulsionado as ações de marketing.
Os problemas decorrentes da questão ambiental começam a ter maior expressão na década de 1970, em razão da contradição do modelo dominante de produção econômico industrial e a realidade socioambiental. Nas décadas de 1970 e 1980 a humanidade assistiu a desastres ambientais de grandes proporções, como o vazamento na usina atômica de Chernobyl e o derramamento de petróleo do navio Valdez. Essas discussões se refletem no Brasil a partir das denúncias ambientais até atingir a coletividade. O processo de degradação ambiental brasileiro tem longas raízes, iniciando-se com a ocupação portuguesa, que não teve qualquer responsabilidade social com os nativos, ambiental através da exploração desenfreada de pau-brasil e as consequentes imposições de monoculturas intensivas para exportação no período colonial, econômica e pela forma dependente de recursos metrópole-colônia.
A TI Verde agora é essencial e faz parte do planejamento das empresas, segundo os próprios executivos de TI. A importância para os negócios, sociedade e futuro do planeta faz com que a TI Verde ganhe cada vez mais espaço e destaque para a comunidade técnica que através de pesquisa e desenvolvimento atuarão diretamente no sucesso e na inovação tecnológica que auxilie o desenvolvimento sustentável. Hoje há uma crescente preocupação no que tange impactos dos processos e produtos no meio ambiente. Com isso as empresas procuram responder as reações da sociedade nesse sentido. Essas reações manifestam-se pelo comportamento do consumidor ou por legislações restritivas, com o fim de minimizar os impactos nocivos de processos ou produtos industriais à sociedade ou ao meio ambiente. Não se observa o efeito dessas restrições no crescimento dessas empresas, mas exigem-se delas constantes redefinições de seu papel em relação ao ambiente.
A sensibilidade ecológica, tanto da sociedade como das organizações empresariais, tem se transformado recentemente, devido à crescente visibilidade dos efeitos mencionados, seja por se mostrarem realmente evidentes às pessoas ou por elas terem informações sobre suas consequências percebidas nos desastres ecológicos. Com toda essa sensibilidade com relação ao meio ambiente, tornou-se obrigatória em declarações de missões empresariais. As estratégias de gestão de meio ambiente passaram a constituir parte integrante de reflexão empresarial, pelo menos nas empresas líderes consideradas excelentes e seus setores. O consumidor mais sensível precisa de informações sobre impactos dos produtos e processos no meio ambiente.
2.1 Efeito estufa e emissões de Gases 
O efeito estufa é um fenômeno natural, que mantém a terra aquecida impedindo que o planeta perca seu calor, mantendo assim a vida na Terra. As florestas têm papel fundamental no equilíbrio da temperatura da Terra, porém, como a quantidade delas está diminuindo, fenômenos naturais não desejados estão ocorrendo nos dias atuais em uma escala crescente. 
A emissão dos gases que poluem a atmosfera do planeta e aumentam o efeito estufa, são auxiliados pela atual matriz energética mundial, que é 80% dependente da queima de combustíveis fósseis. A queima desses combustíveis para geração de energia gera grande parte do óxido de enxofre (SOx), óxidos de nitrogênio (NOx), metano (CH4) e o dióxido de carbono (CO2) que são emitidos para a atmosfera. A emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera é vista como “o maior vilão” de todos, pois é emitido em maior quantidade, em relação a outros gases com maior poder de aquecimento, como por exemplo, o metano (CH4). A concentração desses gases modifica a intensidade da radiação térmica, causando desastres naturais como chuvas ácidas, alagamento de áreas costeiras, doenças respiratórias, entre outros fenômenos classificados como desequilíbrio do ecossistema. A utilização de fontes renováveis de energia pode diretamente contribuir para a diminuição desses problemas, mas até que uma mudança significativa na matriz energética mundial aconteça, a eficiência energética hoje se mostra como excelente alternativa de apresentação de resultados a curto prazo. 
Os computadores hoje fazem parte de um grupo que é considerado um dos grandes consumidores de energia elétrica. Cada fase da vida de um computador: suaprodução; seu tempo de uso; e seu descarte; representa de forma direta ou indireta, aumento nas emissões de CO2 e impacto no meio ambiente. De acordo com um relatório feito pelo Climate Group, a 12 emissão total de CO2 por computadores em 2009, incluindo data Centers, periféricos e dispositivos de rede é de 830 milhões de toneladas, o equivalente a 2% da produção total de CO2. A Figura 1 apresenta dados em comparação à emissão total de alguns países.
Figura 1 - Emissão de gás CO2 dos equipamentos de TI
2.2 Gastos de energia 
A Tecnologia da Informação também é responsável por imensos gastos de energia, muitas vezes até desnecessários. A maioria das empresas hoje possui um parque de máquinas com PCs, impressoras, servidores e equipamentos de rede que além de consumir energia elétrica, também necessitam de resfriamento. Esse resfriamento acontece com infraestruturas prediais de ar-condicionado e circulação e ar que por sua vez gastam ainda mais energia. Deve-se pensar também que com a demanda crescente de tecnologia pelas empresas, surgem novas empresas de tecnologia para suprir esse mercado. 
Em termos de energia, uma fábrica típica de fabricação de computadores gasta entre US$ 1 e 2 milhões por mês. No mundo inteiro existem novas fábricas em planejamento que representam um valor de US$ 170 bilhões, com uma superfície total de mais de 3,34 milhões de metros quadrados de área. Isso equivale a um custo energético de aproximadamente US$ 30 bilhões, o que representa 18% do capital a investir. A carga contabilizada de todas essas fábricas soma mais de 5000 megawatts e 40 bilhões de KWh; isso equivale mais de cinco vezes a capacidade geradora de Chernobyl. Segundo Romm (2004), “o setor da indústria de fabricação de computadores que utiliza energia não é o que monta componentes, é o da fabricação de chips e hardware que 13 constituem esses componentes”. A fabricação de semicondutores é uma das indústrias que cresce mais rapidamente no mundo e que usa muita energia. Somente na região noroeste dos EUA, onde se encontra aproximadamente metade da produção americana de semicondutores, podem ser construídas nos próximos anos, novas fábricas avaliadas em US$ 20 bilhões e com uma carga de energia excedendo 500 megawatts.
2.3 E-lixo 
O E-lixo (ou lixo eletrônico) é um termo designado para qualquer equipamento eletrônico que perdeu a sua vida útil e, consequentemente, foi descartado; podemos citar como exemplos um desktop, monitor, celular, dentre outros. Outra possível semântica para o e-lixo é para todos os equipamentos eletrônicos que não atingem o seu propósito original, ou seja, um produto que não consegue mais satisfazer as necessidades de seu dono. 
Os produtos eletrônicos possuem em sua estrutura metais e compostos químicos como mercúrio, chumbo, cádmio, dentre outros que podem afetar diversas formas de vida inclusive o ser humano podendo causar dentre diversos males, anemia, câncer, problemas nos rins, pulmões e afetar o sistema nervoso e reprodutivo, podendo levar ao óbito. 
Tais objetos sendo descartados em locais não apropriados como lixões podem contaminar o solo e até mesmo o lençóis freáticos causando assim danos irreversíveis a saúde da população. 
A contaminação do ser humano se dá pelo contato com esses componentes perigosos, por exemplo, as pessoas que tem um contato direto com placas eletrônicas entre outros resíduos, até mesmo nos lixões. Os resíduos eletrônicos deixados em locais inapropriados e os componentes tóxicos contaminam o solo e os lençóis freáticos, contaminando também a água. Assim, podemos concluir que é necessário que o ser humano não tenha contato direto com os resíduos de lixo eletrônico para não se contaminar, e para evitar os tipos de contaminações presentes com os elementos contidos na Tabela 1, é necessário que o lixo eletrônico seja descartado de forma correta.
	Metais Pesados
	Onde é utilizado
	Reações Provocadas
	Mercúrio
	Monitor de Computador e TVs Tela Plana
	Danos ao fígado e danos cerebrais.
	Chumbo
	Computador, Tvs e celulares
	Danos no sistema nervoso e sanguíneo.
	PVC
	Pcs e fios para isolar corrente
	Problemas respiratórios quando inalados.
	Cádmio
	Baterias de Laptop e Monitores CRT
	Danos ao coração, ossos, rins e pulmões.
	Cobre
	Monitor, PCI, Conectores e PCs
	Intoxicação.
	Cromo
	CPU e PCI de computadores
	Anemia, Câncer e alterações hepáticas.
Tabela 1 – Danos dos metais nas pessoas
	Componentes de um PC convencional
	Metais Ferrosos
	32%
	Metais não Ferrosos
	18%
	Plásticos
	23%
	Vidro
	15%
	Placas Eletrônicas
	12%
Tabela 2 – Porcentagem dos materiais em um PC
O grande problema do Brasil é que não há muitas alternativas de onde depositar o lixo eletrônico acumulado, então a sugestão é fazer doação dos equipamentos, muitas vezes o que é lixo para uns é melhoria para outros. Descartando pilhas e baterias em centros de coletas, os computadores podem ser doados a instituições que investem na inclusão digitais além de fazer um bem social previne o planeta de contaminação, e caso o computador já não tenha nenhuma funcionalidade, o ideal é separar as partes de plástico, metal, vidro e encaminhar ao lixo de maneira correta porque cada centro de reciclagem tem uma especialização, uns para vidros, outros para plásticos e assim por diante.
3 TI Verde como estratégia de sustentabilidade
3.1 Definição
TI Verde é uma expressão que tem sido utilizada pelo setor de tecnologia para incorporar a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade. As maiores discussões sobre o assunto abordam o consumo eficiente de energia, mas como o tema envolve o meio ambiente, essa discussão é ampliada. Com isso, usuários e empresas se tornam conscientes de suas escolhas, sabendo que de acordo com suas necessidades técnicas, esses equipamentos trarão determinado impacto sobre o meio ambiente. TI Verde é a soma de economia de energia com gestão de recursos desde as cadeias produtivas, e todo o ciclo que vai da extração de matéria-prima até o final da vida útil do equipamento, incluindo o seu descarte.
3.2 Conscientização Ambiental 
A consciência ambiental tornou-se uma das preocupações das organizações em adotar práticas ambientais coerentes, e de tecnologias que apoiam o desenvolvimento das empresas, sem prejudicar as gerações futuras. Considerando, portanto, como fundamento inicial, a Tecnologia da Informação Verde procura desenvolver melhores práticas que atenuem o impacto negativo de tecnologias no mercado.
Para fins conceituais, o mercado atual considera a TI Verde ou Green IT como um produto, solução de serviço ou prática que podem melhorar a eficiência energética, reduzir o impacto ambiental, e contribuir para o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, a TI Verde apresenta como fundamentação um vínculo muito próximo à questão ambiental, é o que revela o Green IT-Guide (2008), afirmando que a TI Verde pode ser conceituada como uma TI voltada para a proteção ambiental com vistas à eficiência energética, auxiliando ao desenvolvimento organizacional sem prejudicar as gerações futuras, através da racionalização de seus recursos. 
A TI Verde procura estimular o teletrabalho e ao desenvolvimento da tecnologia digital como uma alavanca de transformação, além de buscar reduzir o consumo de energia e desenvolver a concepção ecológica e reciclagem de produtos e serviços. 
A TI Verde faz parte de uma mudança fundamental na economia e na sociedade com tendência pelo uso nas organizações, que concilia as práticas empresariais sustentáveis com operações comerciais rentáveis. 
Na Indústria de TI, tanto os fornecedores como os compradores estão chegando à conclusão em perceber que eles deveriam incorporar os princípios da TI Verde para o desenvolvimento de projeto, fabricação, operação e alienação de ativos de TI. O impulso para a mudança em adotar as práticas da TI Verde tem várias origens, dentre elas está os órgãos governamentais, órgãos reguladores e fiscalização nos aspectosde produtos de TI e operações, incluindo materiais tóxicos utilizados na produção de computadores, eliminação de equipamentos eletrônicos, e as emissões de dióxido de carbono e outros gases que geram o efeito estufa, causados pelo consumo de energia e de outras fontes. 
A Figura 2 mostra as visões de presente e futuro no universo da TI Verde quanto às regulamentações verdes, consumidor verde, foco do investidor, visão do executivo, iniciativas empresarias, imposto de carbono e a TI Verde, de maneira a destacar a representatividade de cada ponto questionado, acerca da importância que a TI Verde tende a apresentar.
Figura 2 - Presente e Futuro da TI Verde
3.3 Os níveis de implementação 
Nas empresas, podemos observar diversos níveis de investimentos e comprometimentos com a TI Verde, por isso vamos dividi-los. Podem-se observar três níveis de implementação, que são medidos pelos objetivos, metas, planos de ação e abordagens de cada empresa.
TI Verde de Incrementação Tática:
Não modifica a infra-estrutura de TI nem as políticas internas, apenas incorpora medidas de contenção de gastos elétricos excessivos. Como exemplo tem o uso de monitoramento automático de energia disponível nos equipamentos, o desligamento automático de energia disponível nos equipamentos, o desligamento dos mesmos em momentos de não uso, a utilização de lâmpadas fluorescentes e a otimização da temperatura das salas. São medidas simples e não geram custos adicionais às empresas.
TI Verde Estratégica:
Exige a convocação de uma auditoria sobre a infra-estrutura de TI e seu uso relacionado ao meio ambiente, desenvolvendo e implementando novos meios viáveis de produção de bens ou serviços de forma ecológica. Como exemplos temos a criação de uma nova infra-estrutura na rede elétrica visando a sua maior eficiência e sistemas de computação de menor consumo elétrico. Além da preocupação com s retenção de gastos elétricos, o marketing gerado pelas medidas adotadas pela marca é também levado em consideração.
 Deep IT (TI Verde "a fundo"):
Mais amplo que os dois primeiros, incorporam o projeto e implementação estrutural de um parque tecnológico visando a maximização do desempenho com o mínimo gasto elétrico. Isto inclui projetos de sistemas de refrigeração, iluminação e disposição de equipamentos no local com base nas duas primeiras estruturas anteriores.
Sendo simples a implementação do TI Verde. Pode-se observar a redução do consumo energético com o desligamento dos monitores quando não está em uso, que representam 50% do total dos gastos elétricos quando o mesmo é de CRT e 30% ou menos quando são de LCD (fonte: PRADO, 2005). Um exemplo efetivo de práticas de TI Verde Estratégico foi implementado pelo Banco Real no o Projeto Blade PC, aplicado em 2007: o Banco substituiu 180 computadores convencionais por 160 Blade PCs, equipamentos que possibilitam ficar na mesa do usuário apenas o teclado, o mouse, o monitor e uma pequena caixa responsável pela conexão destes periféricos com o Blade PC. Como resultado, houve redução estimada de 62% da energia elétrica consumida pelos computadores e 50% da energia consumida pelo ar condicionado utilizado na Mesa de Operações. A manutenção mais barata dos mesmos, o gerenciamento centralizado e a facilidade de mudança de layout representa uma estimada economia.
No nível mais avançado, o Deep IT, podemos citar as empresas:
Google: Pratica ações que incluem desde o planejamento de seu datacenter à locomoção 
dos funcionários com veículos híbridos e o consumo de energia alternativa como a solar.
Yahoo: Com plano ambiental agressivo que inclui desde a construção de datacenters com 
produção de acordo com as normas e exigências ambientais, o uso da virtualização de 
servidores, a gestão do consumo elétrico gerado pelo resfriamento de seus equipamentos até a extensão de medidas para o cotidiano dos funcionários.
Hoje, existem alguns pontos em que se concentram as ações de TI Verde quando se 
trata do mundo corporativo. Este foco, normalmente, é em função do resultado que se espera com o emprego de medidas e ações "verdes". 
Um conjunto de práticas nos três níveis torna-se interessante para empresas, porque a aplicação de ações de TI Verde traz a redução de custos com energia elétrica como também as iniciativas de responsabilidade socioambiental da instituição. 
3.4 Tipos de medidas
Existem inúmeras medidas que estão relacionadas com a TI verde, desde a fabricação de PCs com materiais menos tóxicos, até a implementação de virtualização nos servidores. Qualquer medida relacionada à tecnologia que contribui diretamente ou indiretamente com a sustentabilidade, pode estar no contexto da TI Verde. Nesse trabalho foram identificadas as principais medidas utilizadas no mercado e que são a tendência do futuro.
Figura 3 – Adoções de medidas de TI Verde
4. Racionalização de energia nos equipamentos de TI 
4.1 Energy Star 
Uma das principais formas de implementar a TI Verde em uma empresa é através da racionalização da energia. Para diminuir o consumo podemos utilizar vários métodos e técnicas. A mais simples e que requer menos planejamento e mudanças de infraestrutura, é a compra de produtos com o selo Energy Start, criado pela Agência de Proteção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA). Este selo tem por objetivo incentivar o uso de tecnologia mais eficaz, certificando que o produto tem grande eficiência energética. 
Como exemplo de produção de máquinas mais eficientes temos a Dell Computadores. Recentemente a empresa criou uma linha de PCs que têm design específico e consomem 40% a menos de energia do que os modelos anteriores. Outro gigante da tecnologia que investe pesadamente nesses equipamentos é a HP. Praticamente todos nos novos PCs e impressoras têm o selo Energy Star, e os equipamentos tem um sistema de refrigeração inteligente que detecta pontos quentes e equilibra a carga deslocando refrigeração de um ponto a outro.
Uma ótima oportunidade para os executivos é a adesão a estes equipamentos. Se contarmos que praticamente todos os funcionários de uma empresa hoje utilizam computadores, impressoras e monitores, com o Energy Star, pode-se reduzir o consumo de energia de todo parque de máquinas em até 50%. O site da Energy Star disponibilizou uma calculadora virtual onde podemos calcular os gastos de energia, refrigeração e aquisição de equipamentos, inserindo os dados dos produtos (potência, horas ligado, etc). O sistema é tão complexo que serve como ferramenta para as empresas calcularem os gastos e projetar a economia de novas aquisições (http://www.eu-energystar.org).
4.2 Gerenciamento do consumo pelos profissionais de TI 
Além da compra de equipamentos mais eficientes, os profissionais de TI devem utilizar todas as ferramentas e softwares possíveis para diminuir o consumo de energia. 
Analisar quando se pode desligar ou quando se pode colocar o computador num estado que ele economize energia, é uma tarefa para os administradores de infraestrutura de TI que normalmente são auxiliados pelos softwares de gestão e gerenciamento de energia. Existem softwares que analisam o estado do PC e o coloca no modo de menor consumo de energia diminuindo a potência do processador, colocando o computador em modo de espera, modo de hibernação ou até mesmo programando um desligamento. Isso também ocorre com os monitores e outros periféricos como as impressoras. Esses softwares obtêm as informações de medidas de grandezas como tensão e corrente, através do software de gerenciamento da placa mãe do PC. Os softwares de energia apresentam relatórios do consumo de cada equipamento, fornecendo assim aos administradores, informações valiosas que servem de base para tomadas de decisão e procedimentos para reduzir o consumo de energia.
Para resolver isso as áreas de TI podem implantar os recursos já existentes no sistema operacional do computador, como também campanhas de conscientização fazendo com que isso se expanda fora dos limites da instituição. Segueuma tabela mostrando as funções de economia habilitadas em cada equipamento e de quanto será a economia de energia. Nesses dados, consideramos que os equipamentos podem ficar 30% do horário comercial em estado de economia.
	Consumo de energia referente à 8hs
	Equipamento
	Em funcionamento
	70% em funcionamento
	30% em modo de economia
	Total
	Economia %
	PC
	2
	1,4
	0,005
	1,405
	29,75
	Monitor CRT 17
	0,544
	0,381
	0,01
	0,391
	28,13
	Monitor LCD 17
	0,272
	0,19
	0,002
	0,192
	29,41
	Impressora laser
	4,8
	3,36
	0,022
	3,382
	29,54
	Servidor
	3,2
	2,24
	0,672
	2,912
	9
Tabela 3 – Consumo de energia de um PC com 30% do tempo em economia
5. Racionalização 
Com o advento da tecnologia, o consumo de materiais, principalmente o papel, tem crescimento demasiadamente. A facilidade com que imprimimos fotos e documentos hoje em dia é impressionante. Mais impressionante ainda é o impacto que isso tudo causa na nossa vida. Como todos sabem, a matéria-prima do papel são as árvores e plantas das nossas florestas.
O desflorestamento é uma das intervenções humanas que mais prejudica a sustentabilidade ambiental na Amazônia. Na região amazônica, a desflorestamento já removeu 17% da floresta original. Além disso, extensas áreas do bioma Amazônia abrigam florestas empobrecidas e degradadas por queimadas e exploração madeireira predatória.
Pensando nisso, os gestores de TI devem implementar formas de diminuir o volume de impressões nas empresas. Há diversas ferramentas que nos ajudam nessa missão e com certeza a principal delas é a implementação de workflows e formulários automatizados na própria intranet das empresas.
Outro passo importante para a redução de insumos é criação de regras e políticas nos servidores de impressão, a fim de manter um bom gerenciamento da quantidade de papéis e tintas usadas nos escritórios. É preciso impor limites de impressão por usuários e gerenciar a quantidade de impressões por área de negócios. 
Um bom exemplo é a configuração duplex como padrão em todos os servidores de impressão. Com essa configuração, todas as impressões saem frente e verso, ou seja, pode-se reduzir o consumo de papel pela metade somente com essa implementação. Outra configuração que pode ser utilizada nos servidores e que a maioria dos drivers de impressoras permitem, é a configuração de impressões com qualidade reduzida ou rascunho, já que muitos usuários imprimem demasiadamente e em alguns casos nem é necessário alta resolução e excelente qualidade.
6. Data Center Green 
6.1 O rápido crescimento dos Data Centers 
As necessidades de operação de Datacenters inexoravelmente estão crescendo mundialmente e atingiram dimensões que mesmo comparado a outros setores da indústria não pode mais ser posto de lado. Esse crescimento constante precisa de um suporte de TI em 26 processos de negócios já existentes e os novos estão deixando os números de servidores e sistemas de armazenagem nas operações mundiais cada vez maiores. 
É necessário identificar e implementar medidas efetivas para os sistemas de TI e infraestrutura física que o cerca para melhorar sustentavelmente a eficiência da energia nos Data centers. Muitos dos componentes necessários para fazer isso já estão disponíveis, e cada componente individualmente prove otimizações potenciais concretas algumas vezes com impacto significativo no Custo Total de Operação (TCO).
De acordo com o estudo de Jonathan G. Koomey de universidade de Stanford, Data Centers consumiram um total de 45 bi kW horas de eletricidade ou 1.2% da eletricidade nacional usada em 2005, fazendo deles, um dos maiores consumidores de energia dos Estados Unidos. Em termos de comparações, esses números equivalem ao consumo total de energia elétrica de todas as TVs em cores nos EUA.
Figura 4 – O consumo de energia de Data Centers e sua evolução
Podemos concluir que o consumo dos sistemas de refrigeração nos Data Center estão subindo cada vez mais.
6.2 Virtualização 
Uma prática muito comum em muitos Data Centers é colocar um servidor para uma única tarefa específica. Este é um problema crescente, não apenas em termos de custos de gerenciamento e aquisição, mas também de um ponto de vista de eficiência energética. O principio de designar um servidor para cada aplicação previne conflitos de software e é uma maneira pragmática de aumentar a qualidade do sistema, mas isso significa que muitos servidores são subutilizados e “colocados para dormir” por longos períodos. Taxas médias de utilização em servidores padrão de 5% e 10% não estão fora do normal.
Com a redução do consumo de energia e das emissões de carbono temos a atualização de sistema operacional e hardware. O desenvolvimento de projetos de atualização do parque de estações de trabalho pelas empresas tanto em termos de hardware como software são, hoje, os principais pontos de atuação que visam tanto a redução do consumo energético quanto à redução das emissões de carbono. A virtualização de servidores, utilização de software que emula uma máquina virtual como um servidor físico, criando assim, um ambiente isolado e independente da máquina real. Deste modo, uma máquina física, dentro de sua capacidade de desempenho pode guardar diversas máquinas virtuais independentes. 
A utilização otimizada dos equipamentos físicos fornece a manutenção da ocupação física na empresa somada à expansão do desempenho, reduzindo assim as pegadas ecológicas que poderiam ser causadas pela aquisição de novos equipamentos como o aumento do espaço necessário e a energia correspondente para a sua refrigeração. Em termos de descarte de equipamentos, a virtualização auxilia na redução da contaminação ambiental ao substituir os equipamentos físicos com máquinas lógicas. 
Figura 5 – Picos de energia em servidores
Figura 6 – Virtualização economizando energia
Figura 7 – Disposição melhores para racks em Data Centers
Além da disposição do Data Center, é importante comparar os tipos e equipamentos que são comprados. Para buscar a máxima eficiência energética, é preciso adquirir racks e gabinetes com mínima resistência ao fluxo de ar, pois com isso podemos assegurar que uma mínima quantidade de energia usada para a refrigeração está sendo desperdiçada. Outro fator que ajuda na máxima eficiência e economia é o tamanho do DataCenter. Quanto maior o local, mais o sistema de refrigeração terá que trabalhar, e consequentemente mais energia elétrica é gasta.
7. Ferramentas e softwares Microsoft que contribuem com a TI verde 
7.1 Gerenciamento de energia no Windows 7 
Como todas as empresas, a Microsoft também se adaptou e criou ferramentas que ajudam nessa busca pela sustentabilidade. Podemos analisar que ao longo dos anos, houve uma melhora e uma crescente preocupação com o gerenciamento de energia nos sistemas operacionais Windows. 
Em 1990 pode-se perceber as primeiras preocupações com gerenciamento de energia. Podemos encontrar algumas e ainda limitadas ferramentas nas versões 95 e 98 do Windows. Inicialmente essas configurações foram pensadas com suporte aos notebooks, já que era preciso diminuir o consumo para as baterias serem mais eficientes. O ponto de partida realmente para o gerenciamento foi nas versões XP do Windows. Através de configurações de energia era possível utilizar conceitos como stand by, hibernação e controle de performance do processador. 
Atualmente o sistema operacional mais utilizado no mundo e a versão mais recente da Microsoft é o Windows 7. Com ele também vieram diversas novas ferramentas de customização de energia. Os profissionais de TI devem perceber aí a possibilidade de reduzir e cortar gastos elétricos sem afetar o usuário final.
Nas opções de energia do Windows 7, há a possibilidade de customizar diversas configurações de energia até então indisponíveis nas outras versões. A Figura a seguir mostra um print das opções que podemos configurar para economia de energia. Dentre elas podemos citar o tempo de desligamento de vídeo, brilhoda tela, tempo de desligamento do disco rígido, energia do processador e muitas outras.
Figura 8 – Opções de energia no Windows 7
Segundo a própria Microsoft, na grande maioria das empresas é possível aplicar essas políticas e ter resultados reais e corte de gastos. A próxima Figura mostra um gráfico com um PC comum de uma empresa com horário comercial das 9h às 18h. Se aplicarmos todas as políticas de economia do Windows 7, o funcionamento da máquina estaria dimensionado com as seguintes fatias de tempo: 
Figura 9 – Funcionamento da máquina dimensionado em fatias de tempo
Em termos de economia em watts teríamos uma redução considerável.
Tabela 4 Consumo de monitor e processador
Tabela 5 – Consumo de monitor e processador ao ano
Se focarmos somente na questão dos monitores, podemos verificar que em praticamente todas as empresas têm um desperdício considerável de energia com proteções de telas e configurações desnecessárias de brilhos nos monitores.
O objetivo principal de um protetor de tela quando foi concebido, era de evitar que o monitor fosse danificado. Os modelos CRT, principalmente os mais antigos, possuíam um grave problema chamado de burn-in, que consistia na perda de imagem do monitor depois de certo tempo. Os monitores LCD trabalham de maneira diferente, não possuindo, portanto, os problemas dos antigos monitores CRT. Nesses modelos, o uso de screensavers (proteção de tela) pode não ser necessário caso seja habilitada no Windows 7 a função de “desligar o monitor” após certo tempo de inatividade. O uso do screensaver pode se tornar um problema se o usuário aplicar um tipo com imagens e fotos que mudam de maneira dinâmica, isso faz até que se aumente o consumo de energia em relação ao trabalho convencional.
7.2 Gerenciamentos de energia centralizada usando o Windows Server 2008 
Com o Windows 7 vimos que é possível tirar grandes vantagens das ferramentas de gerenciamento de energia nas estações, mas sem um gerenciamento centralizado de todo parque de máquinas, ficaria muito difícil garantir que essas políticas fossem aplicadas para todos. 
O Windows Server 2008 possui excelentes ferramentas para aplicar políticas em máquinas e usuários. Nativamente no sistema, já vem instalada a ferramenta para criação e manutenção de GPO (Group Policy Objects). Através das Group Policys, podemos bloquear funções do painel de controle nas máquinas do domínio, aplicar scripts de inicialização para usuários, aplicar configurações pré-estabelecidas nas máquinas e muitas outras coisas. A Figura 13 mostra configurações de energia nas GPO que podemos aplicar para as máquinas do domínio
Figura 10 – Configurações e GPO de energia
Criando essa política e aplicando para todas as estações, todos os sistemas operacionais clientes vão obrigatoriamente operar com as configurações de economia de energia.
Além do gerenciamento que podemos obter com os hosts do domínio, o próprio Windows 2008 Server gerencia e aproveita melhor o consumo de energia do servidor que está instalado. Cada vez mais existem processadores mais potentes, mas infelizmente os softwares não estão preparados para aproveitar o máximo de desempenho e uso do hardware. Felizmente as empresas desenvolvedoras de softwares estão abrindo os olhos para isso, e com a Microsoft não é diferente. Segundo próprios dados da empresa, o Windows 2008 Server tem muito mais recursos com um gasto de energia menor que a versão anterior, o Windows 2003 Server.
Figura 11 – Comparação de energia entre Windows Server 2003 e 2008
7.3 Centralização e virtualização de aplicações com o Remote App Server 
Com o Windows 2008 Server um dos papéis muito usado no dia a dia dos administradores de rede chamado Terminal Services ganhou um novo nome, conhecido agora por Remote Desktop Service (RDS). 
Já é do conhecimento de muita gente as conexões de área de trabalho remota, existente desde o Windows NT. Agora com o RDS é possível também usarmos um tipo de virtualização de aplicação chamada RemoteApp. Com ele, as instalações das aplicações são feitas no servidor e todos seus serviços, consumo de hardware, etc, são usados no próprio servidor. Os usuários conectam remotamente na aplicação pelo protocolo Remote Desktop Protocol tendo uma experiência real da aplicação sendo executada localmente. Este cenário é muito interessante para aplicativos que requerem um hardware avançado, para centralização de gerenciamento e provisionamento rápido e eficaz. Além de tudo isso, o processamento que seria feito nas máquinas clientes, agora é feito exclusivamente pelo servidor. Ou seja, redução drástica de processamento e consumo de energia em todo parque de máquinas. 
Para implementar o Remote App na rede, basta adicionar ao servidor o papel de Remote Desktop Services, escolher o grupo de usuários que terá acesso e adicionar as aplicações que estarão disponíveis. Para um usuário utilizar os aplicativos, basta acessar o navegador (https://nomedoservidor/rdweb) e inserir usuário e senha de rede. O usuário terá uma lista de aplicações e quando clicar, terá a impressão de que o software está rodando localmente. Seguem Figuras 12 e 13:
Figura 12 – Usuário logando no Remote App Server
Figura 13 – Usuário navegando no Remote App Server
7.4 Virtualização com o Hyper-V 
Diferentemente do Windows 2003, a versão 2008 do sistema Microsoft possuiu nativamente instalada o recurso de virtualização chamado Hyper-V. Este software chega a gerenciar até 32 máquinas virtuais, ou seja, a cada máquina física que temos, há possibilidade de incluir 32 servidores. Esse número representa um grande passo para implementação de TI verde nas organizações. Com a virtualização podemos diminuir drasticamente o consumo de energia nos Data Centers e ainda cortar os gastos de manutenção e Hardware. Com essa ferramenta pode-se buscar o máximo proveito da CPU de um servidor, pois dificilmente ela ficará ociosa. Seguem as Figuras mostrando um gráfico com a eficiência de energia na virtualização e o aplicativo gerenciando mais de 10 servidores lógicos.
Figura 14 – Eficiência energética do Hyper-V com até 10 servidores
Figura 15 – Hyper-V gerenciando vários servidores lógicos
Além do gerenciamento e corte de gastos com a virtualização Microsoft, outra grande vantagem da ferramenta é a segurança e recuperação dos dados. Toda máquina virtual que é criada está salva num arquivo VHD no próprio disco físico do servidor. Para manter o backup e segurança desses servidores, basta configurar as rotinas de backup nesses arquivos VHD. Em caso de falha de hardware ou software, basta subir os backups do VHD em qualquer servidor físico que tenha suporte para o Hyper-V.
7.5 Windows Azure 
Em termos simples, o Azure pode ser definido como um “sistema operacional online”. Os desenvolvedores de programas poderão escrever seus sistemas utilizando as ferramentas fornecidas pelo Azure e hospedá-los nas redes corporativas da Microsoft espalhadas pelo mundo. Os usuários acessariam as aplicações utilizando somente o Internet Explorer ou qualquer outro navegador. Ou seja, isso eliminaria a necessidade de instalação local de qualquer programa adicional tanto no cliente como em algum servidor da empresa. Para a TI verde isso significa uma redução significativa de Data Centers ineficientes pelo mundo.
Além dos recursos de computação, armazenamento e administração oferecidos pelo Windows Azure, a plataforma também disponibiliza uma série de serviços para os desenvolvedores como ferramentas baseadas em banco de dados e linguagens de programação. Além de economia de recursos dos desenvolvedores e empresas, isso evita a necessidade de backup e manutenção, pois essas tarefas estariam totalmente nas mãos da Microsoft. Segue Figura 16, mostrando um novo projeto no Azure e a possibilidade de implementar linguagens e serviços.
Figura 16 – Novo projeto no Windows Azure
7.6 Office 365
Dentre todos os componentes de uma máquina, o que utiliza mais energia sem dúvida é o processador. Segundo aFigura a seguir, ele utiliza quase que metade da energia de toda máquina. Vendo por esse lado, podemos concluir que o processador é o melhor componente para tirarmos vantagem em questão de eficiência energética. Se o uso da CPU for diminuído cada vez mais, o consumo total também iria diminuir muito. As ferramentas e softwares na nuvem possibilitam isso, pois tiram o processamento das máquinas e centralizam apenas nos servidores.
Figura 17 – Consumo energético de cada componente do PC
Outro ponto importante do Office 365 em relação a TI verde e os custos empresariais são as ferramentas de colaboração e de web conferências. Com esse pacote de softwares, é possível reduzir o número de viagens e gastos desnecessários, pois ele permite a realização de conferencias online, com áudio, vídeo e compartilhamento de arquivos e informações ao vivo. As empresas grandes, principalmente multinacionais, podem reduzir o transporte, a emissão de CO2, e o fluxo de pessoas, utilizando treinamentos e reuniões via web.
Figura 18 – Máquina acessando o Office 365 via navegador
8 Conclusão
No mundo dos negócios, pensar verde tornou-se estratégico. É uma união entre a consciência ecológica e a prática de negócios. Tanto o meio ambiente quanto as pessoas politicamente corretas gostam de ver boas notícias sobre a forma como as empresas estão dando mais atenção à tecnologia verde.
A publicidade positiva é uma boa imagem para associar a qualquer tipo de organização servindo como exemplo para outras companhias, ganhando espaço na mídia. Porém, mesmo com toda publicidade em cima da TI verde, pode-se perceber que a visão na atualidade é que as iniciativas verdes na área de tecnologia são interessantes. A visão dos executivos sobre o assunto precisa passar de interessante para necessária. Os projetos verdes não devem fazer parte apenas de nichos empresariais, mas sim de toda corporação. Os profissionais da área devem implementar TI nas empresas com responsabilidade e sustentabilidade, ou seja, atender as necessidades tecnológicas das gerações atuais, sem comprometer as gerações futuras.
Hoje o desempenho e indicadores de performance das empresas são medidos pelo capital, lucro, projeção futura, entre outros, basicamente tudo voltado para a economia. No futuro essas medições vão ser um pouco diferentes, e algumas empresas já estão até aderindo ao movimento. Serão três indicadores que farão parte do compromisso das empresas, os de caráter social, ambiental e econômico. Seguindo e se preocupando com essas três vertentes, é possível maximizar a sustentabilidade no ambiente corporativo. A empresa deve se preocupar primeiramente com impacto das suas atividades na sociedade, visando fazer o melhor trabalho possível e qualidade de vida para as pessoas. Depois é importante ficar atento aos impactos e projeções ambientais que as atividades da empresa podem causar, sempre visando técnicas de sustentabilidade e tecnologias mais verdes. O outro indicador é obviamente o econômico, onde as empresas medem os seus lucros e patrimônio.
Não faltam motivos para empresas embarcarem  na  onda  verde   e   se  tornarem competitivas no mercado.
Referências Bibliográficas
1 VEIGA, José Eli da; Desenvolvimento sustentável: O desafio do século XXI. Rio de Janeiro:Garamond, 2008 3° ed.
2 BOGHI, Cláudio; SHITSUKA, Ricardo. Sistemas de informação: um enfoque dinâmico. 1.ed. São Paulo, SP: Érica, 2002. 282 p.
3 PEREIRA, André Luiz; BOECHAT, Cláudio Bruzzi; TADEU, Hugo Ferreira Braga; Silva, Jersone Tarso Moreira; CAMPOS, PauloMárcius Silva. Logística Reversa e Sustentabilidade. Cengage Learning
4 AGUILAR, F. P; Tecnologia da Informação Verde: Uma abordagem sobre investimentos e atitudes das empresas para tornar socialmente sustentável o meio ambiente. São Paulo. 2009. Disponível em: <http://www.fateczl.edu.br/TCC/2009-2/tcc-23.pdf>. Acessado em maio 2014
5 KOOME, Jonatha. EnegyStart. Disponível em (http://www.energystar.gov/ia/partners/prod_development/downloads/EPA_Datacenter_Report_Congress_Final1.pdf). Acessado em abril 2014
6 HESS, Pablo, O que é TI VERDE? Disponível em (http://br.hsmglobal.com). Acessado em fevereiro 2014
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