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Direito Penal - Parte geral 2

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
1º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 2 
I. Da Aplicação da Lei Penal no Espaço ................................................................................................................................... 2 
• O que é Território Nacional? .............................................................................................................................................. 2 
• Da Territorialidade ............................................................................................................................................................. 3 
• Princípios da Lei Penal no Espaço .................................................................................................................................... 5 
2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 6 
I. Da Extraterritorialidade da Lei Penal ...................................................................................................................................... 6 
• Incondicionada ................................................................................................................................................................... 6 
• Condicionada ..................................................................................................................................................................... 6 
• Das Condições para Aplicação da Lei Penal Brasileira ..................................................................................................... 7 
• Caso de Extraterritorialidade Condicionada Prevista no §3º do Artigo 7º .......................................................................... 8 
3º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 9 
I. Eficácia de Sentença Estrangeira .......................................................................................................................................... 9 
II. Do lugar do Crime .................................................................................................................................................................. 9 
III. Contagem de Prazo ............................................................................................................................................................. 10 
4º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 12 
I. Exercícios Relativos ao Encontro ......................................................................................................................................... 12 
5º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 13 
I. Exercícios Relativos ao Encontro ......................................................................................................................................... 13 
 
 
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I. DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO 
Antes de iniciar o estudo do tópico, temos que ter em mente que iremos estudar a lei penal e não a lei processual 
penal, que segue outra regra específica. 
Aqui trataremos de como se comporta a lei penal brasileira quando ocorrer crimes no exterior, ou seja, 
extraterritorialidade de lei. Portanto, quando falamos em extraterritorialidade estamos tratando somente da lei penal e 
não da lei processual penal. 
 
Falamos em Territorialidade quando se faz a aplicação da lei penal dentro do próprio Estado que a editou. Dessa 
forma, quando aplicamos a lei brasileira em nosso solo estamos usando o conceito de territorialidade. 
A territorialidade é tratada no art. 5°, CP: "aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e 
regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional". 
§1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações 
e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se 
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de natureza 
privada, que se achem, respectivamente no espaço aéreo correspondente ou em alto mar. 
§2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou 
embarcações estrangeiras, de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território 
nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
• O QUE É TERRITÓRIO NACIONAL? 
Podemos conceituar território nacional como sendo o espaço onde certo Estado possui sua soberania. 
Elementos que constituem um determinado Estado soberano: 
 Território 
 Povo 
 Organização jurídica. 
Consideramos como território nacional as limitações que temos no mapa do pais e mais o mar territorial, que 
representa a extensão de 12 milhas do mar a contar da costa e sempre na baixa maré. O código considera também 
território nacional o espaço aéreo respectivo e o espaço aéreo correspondente ao território nacional. Esse devemos 
considerar como sempre território próprio. 
Temos que considerar também como território nacional, o chamado território por extensão, assimilação ou 
impróprio descrito no §1º do artigo 5º do Código Penal. 
 
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§1º - Território por extensão ou assimilação 
1) Embarcação ou aeronave brasileira pública (em qualquer lugar). 
2) Embarcação ou aeronave brasileira privada a serviço do Estado brasileiro (em qualquer lugar). 
3) Embarcação ou aeronave brasileira mercante ou privada, desde que não estejam em território alheio. 
A Extraterritorialidade é tratada no art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
I. Os crimes: 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente de República; 
b) contra o patrimônio ou a fé publica da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, 
de Município, de empresa de pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação 
instituída pelo Poder Público; 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
II. Os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
b) praticados por brasileiros; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade 
privada, quando em território estrangeiro e aí não venham a ser julgados. 
§1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou 
condenado no estrangeiro. 
§2º - Nos casos do inciso II, a aplicação
da lei brasileira depende do concurso das seguintes 
condições: 
a) entra o agente no território nacional; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou aí não ter cumprido pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro, ou, por outro motivo não estar extinta a 
punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
§3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do 
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
a) não pedida ou negada sua extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
• DA TERRITORIALIDADE 
Como mencionado a lei penal aplica-se em todo o território nacional próprio ou por assimilação. Por esse princípio 
aplica-se aos nacionais ou estrangeiros (mesmo que irregular) a lei penal brasileira. 
Contudo, em alguns casos, mesmo o fato sendo praticado no Brasil, não será aplicada a lei penal a esse fato, isso 
se deve quando ocorrer por meio de convenções, tratados e regras de direito internacional, aqui o Brasil abre mão de 
punir, ou seja, nesses casos não se aplicará a lei brasileira. 
Dessa forma, o princípio da territorialidade da lei penal é mitigado, ou seja, não é adotada de forma absoluta e 
sim temperada, por esse motivo falamos em princípio da territorialidade temperada. 
Podemos dar como exemplo as imunidades diplomáticas e consulares concedidas por meio de adesão do Brasil 
às convenções de Viena (1961 e 1963), aos diplomatas e aos cônsules que exerçam suas atividades no Brasil. 
Dica: Quando falamos em “território nacional”, obrigatoriamente temos que ter algumas regras na cabeça: 
Todas as embarcações ou aeronaves brasileiras de natureza pública, onde quer que se encontre são 
consideradas parte do território nacional. 
Para as embarcações e aeronaves de natureza privada, serão estas consideradas extensão do território nacional 
quando se acharem, respectivamente, no mar territorial brasileiro ou no espaço aéreo correspondente. (preste bem a 
atenção, as de natureza privada, sem estar a serviço do Brasil, somente responderão pela lei brasileira se estiverem 
dentro do Brasil! 
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Exemplo de fixação: Um navio brasileiro privado pelo mar da Argentina deverá responder pelas leis penais 
Argentinas, ou seja, caso um brasileiro mate o outro, a lei a ser aplicada é a lei penal Argentina, pois o navio não 
estava a serviço do Brasil! 
Por outro lado, se o navio estiver em alto mar (terra de ninguém – aplica-se o princípio do pavilhão ou da 
bandeira) e ostentar a bandeira brasileira e lá um marujo matar o outro, a competência é da lei brasileira. 
A mesma regra utilizamos para aeronaves. Uma questão interessante é por exemplo, se uma aeronave pousar 
em um pais distinto e o piloto cometer um crime e essa aeronave estiver a serviço do Brasil, aplica-se a lei brasileira. 
Caso a aeronave for particular aplica-se a lei do pais em que a aeronave estiver pousada. 
Questão interessante é se o piloto sair do aeroporto e lá fora cometer um crime. Nesse caso temos que perguntar 
se o piloto estava em serviço oficial ou não, se estiver em serviço oficial aplicamos a lei penal brasileira, do contrário, 
aplica-se a lei do pais onde cometeu o crime. 
Resumo dos Conceitos: 
 
ESQUEMAS DIDÁTICOS 
 
 
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• PRINCÍPIOS DA LEI PENAL NO ESPAÇO 
Passaremos a tratar agora dos princípios que regulam a aplicação da Lei Penal no espaço. 
 Princípio da Territorialidade 
 Princípio da Nacionalidade 
 Princípio da Defesa, Real ou de Proteção. 
 Princípio da Justiça Penal Universal ou da Universalidade 
 Princípio da Representação 
Princípio da Territorialidade: A lei penal de um país terá aplicação aos crimes cometidos dentro de seu território. 
Aqui o Estado soberano tem o dever de exercer jurisdição sobre as pessoas que estejam sem seu território. 
Princípio da Nacionalidade: Classificado também como “Princípio da Personalidade”. Aqui os cidadãos de um 
determinado país devem obediência às suas leis, onde quer que se encontrem. Podemos dividir esse princípio em: 
 Princípio da Nacionalidade Ativa: Aplica-se a lei nacional ao cidadão que comete crime no estrangeiro, 
independentemente da nacionalidade do sujeito passivo ou do bem jurídico lesado. 
 Princípio da Nacionalidade Passiva: O fato praticado pelo nacional deve atingir um bem jurídico de seu 
próprio estado ou de um concidadão. 
Princípio da Defesa, Real ou de Proteção: Aqui se leva em consideração a nacionalidade do bem jurídico lesado 
(sujeito passivo), independentemente da nacionalidade do sujeito ativo ou do local da pratica do crime. 
Princípio da Justiça Penal Universal ou da Universalidade: Aqui, todo Estado tem o direito de punir todo e 
qualquer crime, independentemente da nacionalidade do criminoso ou do bem jurídico lesado, ou do local em que o 
crime foi praticado, bastando que o criminoso se encontre dentro do seu território. Assim, quem quer que seja que 
cometa crime dentro do território nacional será processado e julgado aqui. 
Princípio da Representação: A lei penal brasileira também será aplicada aos delitos cometidos em aeronaves e 
embarcações privadas brasileiras quando se encontrarem no estrangeiro e ai não venham a ser julgados. 
Atenção: O Código Penal brasileiro adota o princípio da territorialidade como regra e os outros como exceção, 
Assim, os outros princípios visam disciplinar a aplicação “extraterritorial” da lei penal brasileira! 
 
EXERCÍCIO 
1. É certo que se aplica a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de: 
a) Embarcações brasileiras que estejam em mar territorial estrangeiro 
b) Embarcações mercantes brasileiras que estejam em porto estrangeiro 
c) Aeronaves mercantes brasileiras que estejam em espaço estrangeiro 
d) Aeronaves mercantes brasileiras que estejam em pouso em aeroporto estrangeiro 
e) Embarcações estrangeiras de propriedade privada que esteja em mar territorial brasileiro 
GABARITO 
1 - E 
Comentário: A questão pede a aplicação da lei brasileira, assim vamos explicar objetivamente cada item e ver os 
erros e a alternativa correta: A questão “a” esta errada, pois as embarcações brasileiras (salvo se a serviço do Brasil) 
privadas devem ser julgadas pela lei do território que estejam de passagem. A questão “B” segue a mesma linha, 
repare que a embarcação é mercante e não está a serviço do Brasil. As questões “c” e “d” mostram que as 
embarcações NÃO estavam a serviço do Brasil, assim, aplica-se a lei do país a que estiverem. O gabarito é a letra 
“e”, pois o princípio da territorialidade esta sendo utilizado, ou seja, dentro do território nacional aplica-se a lei pátria 
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I. DA EXTRATERRITORIALIDADE DA LEI PENAL 
A lei penal brasileira aplica-se também aos fatos ocorridos fora do território nacional, ou seja, existe a 
aplicabilidade da extraterritorialidade da lei penal brasileira. 
Estão previstas no artigo 7º do Código Penal as hipóteses de ser a lei incondicionada
e condicionada. 
 Incondicionada: Não necessita de qualquer condição para que a lei seja aplicada. Aqui basta a prática do ato 
delituoso e a lei brasileira será aplicada fora do território nacional. 
 Condicionada: Quando para sua aplicação fora do território nacional a lei exigir uma ou mais condições. 
• INCONDICIONADA 
Dispõe o inciso I do artigo 7º a aplicação da lei INCONDICIONADA, quando os crimes forem cometidos: 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente de República; 
Aplica-se aqui o princípio da proteção ou da defesa. Dizemos que a lei penal esta protegendo o bem jurídico 
nacional, que é a VIDA ou LIBERDADE do Chefe do Executivo. 
Atenção: Não são todos os crimes contra o presidente da república que recebem essa regra, somente aqueles que 
versarem contra a VIDA OU LIBERDADE do chefe do executivo federal. 
b) contra o patrimônio ou a fé publica da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, 
de empresa de pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder 
Público; 
Adota-se também aqui o princípio da proteção e defesa. 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
Adota-se aqui, o princípio da proteção ou da defesa. Aqui, exige-se que o crime seja funcional, ou seja, tem que 
ser praticado por quem esteja a serviço da Administração pública. 
Assim, se um funcionário público cometer crime de peculato no exterior, a lei penal brasileira será aplicada de 
forma incondicionada. 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
Adota-se aqui o princípio da justiça universal ou cosmopolita. Aplica-se ao agente brasileiro ou estrangeiro 
domiciliado no Brasil que praticou o crime de genocídio previsto na Lei 2889/56. 
• CONDICIONADA 
Vamos tratar em primeiro plano dos casos ocorridos de forma condicionada e que foram cometidos no exterior. As 
hipóteses da aplicação condicionada da lei penal brasileira a fatos ocorridos no exterior são os mencionados no 
artigo 7º, inciso II, do CP. 
Dessa forma, aplica-se de forma condicionada a lei penal brasileira aos crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
Alguns crimes o Brasil através de trados e convenções obrigou-se a reprimir, como é o caso do crime de tráfico 
ilícito de entorpecentes. Assim, apesar de cometido no exterior será aplicada a lei penal brasileira. 
Porém, é fundamental que concorram as condições definidas em lei. Aplica-se aqui a justiça universal ou 
cosmopolita. Dessa maneira deve ser respeita os requisitos do § 2º do artigo 7º, ou seja: 
b) praticados por brasileiros; 
Temos aqui o princípio da nacionalidade ativa ou personalidade, em que será ao nacional aplicada a lei penal 
brasileira, quando o mesmo cometer crimes no exterior. 
Justifica-se pela impossibilidade constitucional de extradição de brasileiro previsto no artigo 5º, LI, da Constituição 
Federal de 1988. 
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c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em 
território estrangeiro e aí não venham a ser julgados. 
Utiliza-se aqui o princípio da representação ou da bandeira, fala-se aqui em fato ocorrido dentro de embarcação 
ou aeronave nacionais, será aplicada então a lei brasileira. 
Notem que o fato não constituiu hipóteses de território por extensão ou assimilação, pois as embarcações não são 
públicas tampouco estão a serviço do Brasil. 
Atenção: Notem que o texto de lei diz: “se lá no exterior não sejam julgados”. Caso forem julgados no exterior, 
mesmo que tenha sido absolvido ou mesmo condenado ou não tenha cumprido a pena NÃO se aplicará a lei 
brasileira, que repetimos, somente deve ser aplicada nos casos em que a o exterior não julgou mais os requisitos do 
§ 2º do artigo 7º do CP. 
§1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou 
condenado no estrangeiro. 
• DAS CONDIÇÕES PARA APLICAÇÃO DA LEI PENAL BRASILEIRA 
§2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes 
condições: 
a) entra o agente no território nacional; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou aí não ter cumprido pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro, ou, por outro motivo não estar extinta a 
punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
Antes mesmo de comentarmos as condições devemos ter em mente que todos os requisitos devem coexistir. 
Portanto, são de existência cumulativa, dessa forma, ausente uma que seja, não se permitirá a aplicação da lei penal 
brasileira. 
a) entra o agente no território nacional; 
A entrada pode ser permanente ou transitória, ou seja, se o nacional entrar e sair a condição para abertura do 
processo já estará liberada. 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
A conduta do agente deve ser ilícita também no país em que foi cometido. Assim, se, por exemplo, um nacional 
cometer bigamia, crime no Brasil, mas que em outro estado é tido como lícita, não estará ele sujeito as leis penais 
nacionais. 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
A lei penal brasileira deve permitir a extradição. O Estatuto do Estrangeiro trata das condições de admissibilidade 
da extradição no seu artigo 77 e 78 da Lei 6815/80. 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou aí não ter cumprido pena; 
Cumprindo a pena imposta ou sendo absolvido no estrangeiro, não se admitirá a aplicação da lei penal brasileira. 
Atenção: Imagine que um crime tenha sido praticado dentro de uma aeronave ou embarcação brasileira, mercante 
de propriedade privada em território estrangeiro. Imagine agora que o sujeito ativo tenha sido lá julgado e condenado 
e após esse fato fugiu para o Brasil. Aqui não será aplicada a lei brasileira, pois o artigo 7º prevê que lá o crime não 
tenha sido julgado, como segue o artigo: 
 
Atenção: Vamos determinar uma regra e uma exceção para que o estudo não fique prejudicado: 
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 Regra: Absolvido no exterior não se aplica a lei penal brasileira, bem como se condenado e tenha cumprido a 
pena. 
 Exceção: Somente o fato de ter sido julgado, pouco importando se absolvido ou condenado, 
independentemente do cumprimento da pena, por si só impossibilita a aplicação da lei penal brasileira, isso é 
o que consta no artigo 7º, II alínea “c”, do CP. 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro, ou, por outro motivo não estar extinta a punibilidade, 
segundo a lei mais favorável. 
Leva-se em conta aqui a lei mais benéfica para o agente e caso ele tenha sido perdoado ou mesmo seja 
decretada a extinção de punibilidade, fica a lei brasileira impossibilitada de ser aplicada. 
 
• CASO DE EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA PREVISTA NO §3º DO ARTIGO 7º 
Estamos falando aqui de uma hipótese especial de extraterritorialidade. Aqui para que haja aplicação da lei penal 
brasileira é necessário que estejam presentes os requisitos do § 2º e também do § 3º. 
§3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do 
Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não pedida ou negada sua extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
Falamos aqui do princípio da defesa ou proteção de crime praticado por estrangeiro contra brasileiro. Aqui 
aplica-se a lei penal brasileira por razões de nacionalidade do bem jurídico tutelado, contudo, deve estar presente os 
requisitos dos dois parágrafos mencionados acima. 
a) não pedida ou negada sua extradição; 
Imagine que um estrangeiro entre no território nacional após cometer crime contra brasileiro no exterior. Se aqui 
estiver e não tenha sido pedido sua extradição pelo pais de origem, ou ainda se o pedido é negada pelo Brasil, aqui 
poderá ele ser julgado. 
Difícil será encontrar algum estrangeiro que cometa crime contra brasileiro e fuja para o Brasil! 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
É requisito de procedibilidade, ou seja, a requisição do Ministro da Justiça é condição para que a lei penal possa 
ser aplicada. 
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I. EFICÁCIA DE SENTENÇA ESTRANGEIRA 
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as 
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para: 
I. obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; 
II. sujeitá-lo a medida de segurança. 
Parágrafo único - A homologação depende: 
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; 
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade 
judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. 
Fundamentação para homologação da sentença estrangeira: Não há possibilidade de uma sentença criminal 
estrangeira gerar efeitos no território nacional sem o seu consentimento, isso se ao fato do país exercer plenamente 
sua soberania. 
Competência para homologação de sentença estrangeira: Com a promulgação da emenda constitucional 45/2004 
a competência para homologação passou a ser do STJ (Superior Tribunal de Justiça). 
Muito cuidado: Antes da entrada em vigo da emenda constitucional 45 a competência para homologação era do 
STF (Supremo Tribunal Federal)! As provas de concursos costumam cobrar muito dessa forma o que torna a questão 
em errada, muito cuidado aqui para não perder uma questão por detalhe! 
Devemos lembrar que a homologação não diz respeito ao “conteúdo da condenação criminal” e sim se a sentença 
estrangeira preenche os requisitos da legislação brasileira. 
Dessa forma, a finalidade da homologação é meramente atribuir eficácia executória, ou seja, confere a sentença 
estrangeira aquilo que lhe falta para poder exercer eficácia jurídica. 
Execução civil da sentença penal estrangeira: 
Artigo 9º, I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; 
Dessa forma, a homologação é obrigatória não apenas para a execução da pena imposta na sentença criminal 
condenatória estrangeria, mas também para os chamados efeitos civis. 
Dica: Para a homologação dos efeitos civil da sentença condenatória é necessário o PEDIDO da parte interessada, 
podendo o STJ atuar de oficio! 
Homologação de medida de segurança: Sua execução também depende de homologação do STJ, mas somente 
para aplicação exclusiva ao inimputável ou semi-imputável, uma vez que o Brasil adotou o sistema vicariante, 
segundo o qual não podem ser aplicadas ao infrator pena e medida de segurança, ou seja, ou bem se aplica uma ou 
outra. 
II. DO LUGAR DO CRIME 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou 
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Depois de confirmado o território nacional em qual vigora a lei penal brasileira, cumpre investigar agora quando 
nele se deve considerar cometida a infração penal. 
Existem três teorias que explicam o lugar do crime, contudo, nesse estudo somente uma irá interessar, pois é ela 
que é efetivamente adotada pelo nosso código penal. 
Teoria adotada: 
No caso de um crime ser praticado em território nacional e o resultado ser produzido no estrangeiro 
(crime a distância ou de espaço máximo) 
Aplicamos a teoria da ubiquidade, prevista no artigo 6º do Código Penal, isto é, o foro competente será tanto o do 
lugar do da ação ou omissão, quanto o do local em que se produziu ou deveria produzir o resultado. Vamos ao 
exemplo: 
Imagine que um indivíduo envie da cidade do Rio de Janeiro uma carta bomba a um outro indivíduo na cidade de 
Londres. Quem será competente para processar e julgar de acordo com nosso código penal. 
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Se a bomba explodir em Londres: 
Será a justiça brasileira como também a justiça estrangeira. Assim, o foro competente aqui no Brasil será o do 
lugar em que foi praticado o último ato de execução no Brasil (CPP, artigo 70, §1º), ou seja, no Rio de janeiro. 
Se a bomba não chegar a sair do Brasil: (Crime Tentado) 
Também será o Brasil, bem como o estrangeiro, pois a lei determina no local da “ação ou omissão”, ou seja, no 
Rio de janeiro, bem como onde “Deveria” produzir o resultado, aqui determina também a aplicação da lei penal 
estrangeira. 
Cuidado: Caso o crime tenha se iniciado no estrangeiro com a finalidade de gerar efeitos no Brasil , mas aqui não 
chegou ao menos a esfera de execução, a lei penal brasileira não será aplicada: Exemplo: 
Marido traído morando em Londres manda uma carta bomba pra o Brasil, mas a mesma é interceptada na 
alfandega daquela cidade, ou seja, não chega nem ao menos a entrar em território brasileiro. Aqui, NÃO será 
aplicada a lei brasileira, pois nenhum ato do iter criminis veio cabo no pais! 
III. CONTAGEM DE PRAZO 
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os 
anos pelo calendário comum. 
Inclusão do dia do começo: Aqui não interessa a que horas do dia o prazo começou a correr. Nesse caso 
considera-se o dia todo para efeito de contagem de prazo inicial. 
Dessa forma, caso a pena tenha começado a ser cumprida as 23:50min, os 10 minutos são contados como um 
dia inteiro. 
Outra regra é que não importa que o prazo tenha ocorrido em um feriado ou um domingo, conta-se o dia 
normalmente como o primeiro dia do prazo. 
Atenção: Prazo processual: Aqui a regra é diferente, de acordo com o artigo 798 § 1º, do Código de Processo 
Penal (CPP). Exclui-se o dia do começo, isso de acordo com a súmula 310 do STF, se o dia do começo for domingo 
ou feriado, o início do prazo será o dia útil imediatamente subsequente. 
Art. 798 - Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se 
interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. 
§1º - Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento. 
QUADRO DE DIFERENÇA DO PRAZO PENAL PARA O PRAZO PROCESSUAL PENAL 
 
Contagem de mês e ano: São contados como períodos que compreendem um número determinado de dias, pouco 
importando quantos sejam os dias de cada mês. 
Exemplo: 06 meses a partir de abril: Terminará o prazo em setembro , não importando se ou mês tem 30 ou 31 dias. 
Os anos são contados da mesma forma, pouco importando o ano bissexto ou ano com 365 dias. Cinco anos 
depois de 2012 será 2017. 
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Questão para fixação da matéria: Vamos supor que o agente começa a cumprir a pena às 22: horas do dia 5 de 
agosto de 2012. Temos 6 anos, 9 meses e 23 dias de pena a cumprir. Vamos Calcular o término: 
Resolução: Vamos dividir em três colunas, com dia, mês e ano e em seguida vamos colocar um exemplo de pena a 
ser cumprida. 
 
Atenção Máxima: Não se esqueça de que depois dessa operação devemos subtrair sempre um dia, já que pela 
regra o dia do começo deve ser computado, assim, a conta ai de cima termina da seguinte forma: 
Início do cumprimento da pena: dia 05 de agosto de 2012 
Término: dia 27 de maio de 2019! 
Entendeu o porquê subtraímos um dia? Porque o dia do início, ou seja, dia 05 de agosto deve ser incluído na 
operação! 
Prazos fatais e improrrogáveis: Os prazos de natureza penal devem ser considerados improrrogáveis, mesmo que 
terminem em domingos e feriados. Significa aqui que encerrando os prazos em um sábado, domingos ou feriados e 
não houver expediente, não existirá possibilidade de prorrogação. Findou o prazo penal libera-se imediatamente o 
encarcerado, por esse motivo o prazo é considerado “Fatal”! 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Alfa Concursos Públicos Online. 
 
 
 
I. EXERCÍCIOS RELATIVOS AO ENCONTRO 
1. Segundo a doutrina majoritária simplesmente o pequeno valor da res furtiva, por si só, autoriza a aplicação 
imediata do princípio da insignificância. 
2. No caso de crime cometido no âmbito de uma empresa, o simples fato de o réu ser administrador da empresa 
autoriza a instauração de processo criminal pelo crime, mesmo se não restar comprovada a mínima relação de 
causa e efeito entre as imputações e a condição de dirigente da empresa. 
3. Segundo o princípio insculpido no artigo 1º do código penal que versa sobre a legalidade, a elaboração de 
normas penais incriminadoras e suas respectivas penas somente podem ser determinadas por força exclusiva 
de lei. 
4. São sinônimos as expressões “bem de pequeno valor” e “bem de valor insignificante”, sendo a consequência 
jurídica, em ambos os casos, a aplicação do princípio da insignificância, que exclui a tipicidade penal. 
5. O artigo 1º do código penal, trás insculpido em seu bojo três princípios, quais seja: Legalidade, reserva legal e 
anterioridade de lei. 
6. Por força expressa do artigo 1º do código penal, a medida provisória, por ter força de lei, pode definir crimes e 
cominar penas, sem contudo, ferir a constituição Federal. 
7. O sistema Penal brasileiro autoriza que se apliquem leis penais mais gravosas supervenientes a fatos 
criminosos cometidos em momento anterior ao da edição da lei nova mais gravosa. 
8. Aos crimes militares não se aplica o princípio da insignificância. 
9. É correto afirmar que a pena não pode passar da pessoa do condenado. Esse entendimento corresponde ao 
princípio da intranscendência. 
10. A missão do direito Penal moderno consiste em tutelar os bens jurídicos mais relevantes. Em decorrência disso, 
a intervenção penal deve ter o caráter fragmentário, protegendo apenas os bens jurídicos mais importantes e em 
caso de lesões de maior gravidade. 
11. O princípio da consunção pressupõe a existência de um nexo de dependência das condutas ilícitas, para que se 
verifique a possibilidade de absorção da menos grave pela mais grave. 
12. É correto afirmar que o princípio da Alteridade ou transcendentalidade proíbe a incriminação de atitude 
meramente interna, subjetiva do agente e que, por essa razão, revela-se incapaz de lesionar o bem jurídico. 
Assim, o fato típico pressupõe um comportamento que transcenda a esfera individual do autor e seja capaz de 
atingir o interesse do outro. 
13. O princípio da confiança no direito penal trata de requisito para a existência do fato típico. Funda-se na premissa 
que as pessoas sejam responsáveis e ajam de acordo com as normas da sociedade. 
14. Pelo princípio da personalidade ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por outra pessoa. 
15. Pelo princípio da responsabilidade subjetiva nenhum resultado objetivamente típico pode ser atribuído a quem 
não o tenha produzido por dolo ou culpa. 
GABARITO 
1 - ERRADO 
2 - ERRADO 
3 - CORRETO 
4 - ERRADO 
5 - CORRETO 
6 - ERRRADO 
7 - ERRADO 
8 - ERRADO 
9 - CORRETO 
10 - CORRETO 
11 - CORRETO 
12 - CORRETO 
13 - CORRETO 
14 - CORRETO 
15 - CORRETO 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
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I. EXERCÍCIOS RELATIVOS AO ENCONTRO 
1. Considere a seguinte situação hipotética. Peter, de nacionalidade norte-americana, desferiu cinco tiros em 
direção a John, também norte-americano, matando-o. O crime aconteceu no interior de uma embarcação 
estrangeira de propriedade privada em mar territorial do Brasil. Nessa situação, não se aplica a lei brasileira ao 
crime praticado por Peter. 
2. Caso um cidadão alemão, dentro de uma embarcação da Marinha Mercante Brasileira, ancorada em porto 
Holandês (local onde, em tese, não se pune o aborto), contribua para que sua esposa, francesa pratique o 
abortamento, o território brasileiro não será considerado local da ocorrência da conduta, pois o navio estava 
ancorado em águas estrangeiras. 
3. É aplicado o princípio real ou o princípio da proteção aos crimes praticados em país estrangeiros contra a 
administração pública por quem estiver a seu serviço. A lei brasileira, no entanto, deixará de ser aplicada quando 
o agente for absolvido ou condenado no exterior. 
4. Pertinentes à eficácia da lei penal no espaço, destaca-se os princípios da territorialidade, personalidade, 
competência real, justiça universal e representação. 
5. Laura, funcionária pública a serviço do Brasil na Inglaterra, cometeu, naquele país, crime de peculato. Nessa 
situação, o crime praticado por Laura ficará sujeito à lei brasileira, em face do princípio da extraterritorialidade. 
6. Um cidadão sueco tentou matar o presidente do Brasil, que se encontrava em visita oficial à Suécia. Nessa 
hipótese, o crime praticado não ficará sujeito à lei brasileira. 
7. Em alto-mar, a bordo de uma embarcação de recreio que ostentava a bandeira do Brasil, Júlio praticou um crime 
de latrocínio contra Lauro. Nessa situação, aplicar-se-á a lei penal brasileira. 
8. O princípio básico que norteia a aplicação da lei penal brasileira é o da territorialidade temperada. 
9. Ocorrido crime de homicídio no interior de navio militar inglês ancorado em porto brasileiro, pelo princípio da 
territorialidade, aplicar-se-á ao autor do fato a lei penal brasileira. 
10. Os princípios da territorialidade, da nacionalidade, da defesa e da justiça penal universal auxiliam a determinar a 
aplicação da lei penal no tempo, face à teoria da atividade adotada no ordenamento penal material em vigor. 
11. Para processo e julgamento de um crime de homicídio praticado a bordo de uma embarcação brasileira que 
esteja em alto-mar, vindo da França para o Brasil, é competente o foro do local do nascimento do autor do crime. 
GABARITO 
1 - ERRADO 
2 - CORRETO 
3 - ERRADO 
4 - CORRETO 
5 - CORRETO 
6 - ERRADO 
7 - CORRETO 
8 - CORRETO 
9 - ERRADO 
10 - ERRADO 
11 - ERRADO 
	1º BLOCO
	I. Da Aplicação da Lei Penal no Espaço
	 O que é Território Nacional?
	 Da Territorialidade
	 Princípios da Lei Penal no Espaço
	2º BLOCO
	I. Da Extraterritorialidade da Lei Penal
 Incondicionada
	 Condicionada
	 Das Condições para Aplicação da Lei Penal Brasileira
	 Caso de Extraterritorialidade Condicionada Prevista no §3º do Artigo 7º
	3º BLOCO
	I. Eficácia de Sentença Estrangeira
	II. Do lugar do Crime
	III. Contagem de Prazo
	4º BLOCO
	I. Exercícios Relativos ao Encontro
	5º BLOCO
	I. Exercícios Relativos ao Encontro

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