Buscar

2º Revisão Teorica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 76 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 SEM 
2016
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS E PRODUTOS 
 
❑ Mercadorias são os objetos que as empresas comerciais compram 
para revender. As operações que envolvem a compra e a venda de 
mercadorias constituem a atividade principal das empresas 
comerciais.
❑ Empresas comerciais são aquelas que se caracterizam pela 
compra e pela venda de mercadorias.
. 
Sistemas de inventários:
Periódico: é chamado de inventário periódico porque, a partir de uma 
adoção, as empresas passam a elaborar o inventário físico das mercadorias 
existentes em estoque somente no final de um período que normalmente 
corresponde a um ano. Assim o resultado da conta mercadorias só será 
conhecido no final desse período. 
Portanto, adotando-se o sistema de controle periódico, os registros 
contábeis das diversas transações que afetaram o estoque só são efetuados 
no final do período. 
Sistemas de inventários:
Permanente: consiste em controlar permanentemente os estoques de 
mercadorias efetuando os respectivos registros a cada compra ou 
devolução e a cada venda ou devolução. Dessa forma, como os 
estoques de mercadorias são mantidos atualizados constantemente, 
as empresas podem apurar o resultado da conta mercadorias no 
momento em que desejarem.
Pelo sistema de controle permanente a cada transação que afeta o 
estoque (compra ou venda, por exemplo) é feito o respectivo registro 
contábil.
Compras de Mercadoria: servindo de intermediárias nas trocas, as 
empresas comerciais compram mercadorias para depois revende-las.
D = COMPRA DE MERCADORIA 1.000,00
C= FORNECEDOR 1.000,00
Ou
D= ESTOQUE DE MERCADORIA
C= FORNECEDOR
Pronunciamento CPC 16 – Item 11
 O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e 
outros tributos não recuperáveis, bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros 
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos 
comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do 
custo de aquisição. 
 
 
 
 
Preço de Compra
( + ) Impostos Não Recuperáveis ( IPI e II )
( + ) Custos de Transporte
( + ) Prêmios de Seguros
( + ) Custos de Manuseio
( - ) Impostos Recuperáveis ( ICMS , PIS e COFINS )
Formação do Custo de Aquisição de Mercadorias
Estudo dos principais itens que compõem o estoque
Os itens que compõem o Estoque variam de acordo com o ramo 
de atividade das entidades, entretanto, pode-se dizer que, de 
forma geral, os seguintes itens são os mais comuns para as 
atividades seguintes:
Estudo dos principais itens que compõem o estoque
Ramo de Atividade Exemplo típico de estoque
Comércio • Mercadorias para Revenda
Indústria
• Produtos Acabados
• Produtos em Elaboração
• Matérias-primas
Conceito e mensuração do CMV
O Custo das Mercadorias Vendidas – CMV corresponde 
simplesmente, à baixa da mercadoria vendida; ou seja; quando a 
empresa vende a mercadoria a seus clientes. 
A principal questão que surge com relação ao Custo das 
Mercadorias Vendidas não é a sua conceituação, mas a sua 
mensuração, ou seja,: Como Atribuir valor às mercadorias que 
foram vendidas? 
DRE
Receita Liquida de Vendas e Serviços
(-) Custo dos Produtos/Mercadorias/Serviços Vendidos (CMV)
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Administrativas
(+/-) Outras Receitas e Despesas
(+/-) Resultado de Equivalência Patrimonial
(=) Lucro ( Prejuízo ) antes das Despesas e Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
(+) Receitas Financeiras
(=) Lucro Líquido antes dos Impostos
(-) IR e CSLL
(=) Lucro Líquido das Operações Continuadas
(+/-) Resultado Líquido das Operações Descontinuadas
(=) Lucro Líquido do Exercício
Fatos que alteram os valores de compras: A orientação esta no 
item 11 da NBC TG 16: o custo de aquisição de bens que 
integrarão os estoques, compreende o preço de compra, os 
impostos de importação e outros tributos, bem como os custos 
de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis 
à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Devem 
ser excluídos do custo de aquisição, os descontos comerciais, 
os abatimentos, os tributos recuperáveis, bem como os juros 
embutidos nas operações de compras a prazo.
Ex: Frete sobre compras: 
D = Estoque de mercadorias 50,00
C= Fornecedores 50,00
Ou
D= Frete sobre compras 
C= Fornecedores 
Ex: Devolução de compras: consistem na devolução total ou 
parcial das mercadorias adquiridas, tendo em vista fatos 
desconhecidos no momento da compra. (avarias no transporte)
D = Fornecedores
C= Estoque de mercadorias
Ou
D= Fornecedores
C= Devolução de compras 
Contabilização das operações de estoque relativas à devolução:
 
1 - Registro da Nota Fiscal de devolução no valor de R$ 4.878,05 (40 
unidades x R$ 121,95) com incidência de 18% de ICMS:
 
D - Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 4.878,05
C - Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante) R$ 4.000,00
C - ICMS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 878,05
 
Operações com Mercadorias
Ex: Descontos incondicionais obtidos: correspondem aqueles descontos 
que as empresas ganham dos fornecedores no momento em que efetuam 
compras de mercadorias. São destacados nas próprias notas fiscais e os 
fornecedores não impõem condição alguma aos seus clientes para oferece-los. 
D = Estoque de mercadoria ou compra de mercadoria 3.000,00
C= Fornecedores 3.000,00
O desconto incondicional é oferecido independentemente de qualquer condição 
futura, sendo o acerto efetuado já quando do fechamento do negócio. Esse 
desconto já será necessário considerado (diminuído) quando da emissão do 
documento fiscal, mesmo porque não fará parte da base de cálculo do ICMS. 
Portanto, os descontos incondicionais serão deduzidos da base de 
cálculo, ocorrendo a tributação sobre o valor líquido da nota fiscal
Ex: Juros embutidos nas compras a prazo: A Lei 6.404/76 em 
consonância com as normas internacionais de contabilidade 
(IFRS) ao disciplinar acerca dos critérios de avaliação do 
passivo, determinou no inciso III do artigo 184 que as 
obrigações, classificadas no passivo não circulante serão 
ajustadas ao seu valor presente, sendo os demais ajustados 
quando houver relevância. Para aplicação desta regra, deve-se 
considerar as taxas de juros usuais de mercado.
D = Estoque de mercadoria ou compra de mercadoria 900,00
C= Ajuste a valor presente (redutora de fornecedores) 100,00
C = Fornecedores (10 parcelas) 1.000,00
Conforme estabelece a NBCT TG 12, a quantificação do ajuste a valor presente deve 
ser realizada em base exponencial pro rata dia, a partir da origem de cada transação, 
sendo os seus efeitos apropriados nas contas a que se vinculam. 
No pagamento
D = Fornecedores C = Banco 100,00
Baixa do valor dos juros registrados na conta redutora 
D = Despesa financeira - AVP C = Ajuste a valor presente 10,00
Venda de mercadoria: constituem a principal fonte de receita das 
empresas comerciais. Como ocorre com as compras, podem ser 
efetuadas à vista ou a prazo.
Na venda
D = Clientes 2.000,00
C = Receita com venda de mercadoria 2.000,00
Custo da mercadoria vendida
D= CMV 800,00
C = Estoque de mercadoria 800,00
RecebimentoD = Caixa ou Banco 2.000,00
C = Clientes 2.000,00
Fatos que alteram os valores de venda: A receita obtida com a 
venda de mercadorias, nem sempre corresponde ao valor total 
cobrado do cliente. Nesse valor poderá estar embutido os 
tributos que devem ser repassados ao governo, juros de 
financiamento, etc.
Segundo os itens 9 e 10 da NBCT TG 30, a receita deve ser 
mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida o a 
receber, deduzida de quaisquer descontos comerciais e ou 
bonificações concedidos ao cliente. 
Tratamento Contábil das Devoluções de Vendas
 As devoluções de mercadorias vendidas são reconhecidas no resultado em conta 
específica do grupo de deduções de vendas, sob o título de Devoluções de Vendas. 
Esta operação gera o direito ao crédito tributário do ICMS, o qual é reconhecido no 
resultado diminuindo-se diretamente a conta de ICMS s/ Vendas.
 A Empresa recebe a seguinte devolução mercadorias de cliente:
• Valor das mercadorias (100 unidades x R$ 30,00) R$ 30.000,00
• Valor do IPI destacado: R$ 3.000,00
• Valor Total da Nota Fiscal: R$ 33.000,00
• Valor do ICMS destacado: R$ 5.100,00
• O custo das mercadorias vendidas relativas ao lote devolvido é de R$ 22.000,00
 
 
1) Lançamento contábil das mercadorias recebidas em devolução:
 
D – Devoluções de Vendas (Resultado) R$ 30.000,00
D - IPI a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 3.000,00
C - Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) R$ 33.000,00
 
2) Contabilização do ICMS:
 
D - ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) 
C - ICMS sobre Vendas (Resultado)
R$ 5.100,00
 
3) Reversão do custo das mercadorias apropriado ao resultado:
 
D - Estoques (Ativo Circulante) 
C - Custo das Mercadorias Vendidas (Resultado)
R$ 22.000,00
 
Ex: Descontos incondicionais concedidos: é oferecido 
independentemente de qualquer condição futura, sendo o acerto 
efetuado já quando do fechamento do negócio. Esse desconto já será 
necessariamente considerado (diminuído) quando da emissão do 
documento fiscal
D = Clientes 8.000,00
C = Receita venda 8.000,00
D= Clientes 8.000,00
C= Banco 8.000,00
Descontos condicionais concedidos: O desconto condicional é aquele 
subordinado ao cumprimento de uma condição. No momento em que é 
efetivado o negócio, as partes contratantes não sabem se tal condição 
será ou não cumprida, motivo pelo qual o desconto é considerado 
subordinado a um evento futuro e incerto.
Exemplo
Para um pagamento antecipado, é concedido um desconto de 10% (dez 
por cento). Os descontos financeiros normalmente enquadram-se 
neste contexto.
Portanto, os descontos condicionais não poderão ser deduzidos, 
sendo aplicada a tributação sobre o valor bruto.
D = Clientes 8.000,00
C = Receita venda 8.000,00
D= Descontos concedidos (despesa) 200,00
D= Banco 7.800,00
C= Clientes 8.000,00 
Ex: Juros embutidos nas vendas a prazo: A Lei 6.404/76 em 
consonância com as normas internacionais de contabilidade 
(IFRS) ao disciplinar acerca dos critérios de avaliação do ativo, 
determinou no inciso III do artigo 184 que as obrigações, 
classificadas no ativo não circulante serão ajustadas ao seu 
valor presente, sendo os demais ajustados quando houver 
relevância. Para aplicação desta regra, deve-se considerar as 
taxas de juros usuais de mercado.
D = Clientes 5.000,00
C = Ajuste de valor presente (redutora de clientes) 300,00
C= Venda de mercadoria 4.700,00
Conforme estabelece a NBCT TG 12, a quantificação do ajuste a valor 
presente deve ser realizada em base exponencial pro rata dia, a partir da 
origem de cada transação, sendo os seus efeitos apropriados nas contas 
a que se vinculam. 
No recebimento
D = Banco C = Clientes 500,00 (10 parcelas)
Baixa do valor dos juros registrados na conta redutora 
D = Ajuste valor presente C = Receita financeira - AVP 30,00
Tributos Incidentes sobre as Vendas:
Os mais expressivos tributos incidentes sobre as vendas 
são os seguintes:
a) ICMS
b) IPI
c) ISS
d) IE
e) PIS e,
f) COFINS
ICMS: Imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação. É um imposto de 
competência estadual, incidente sobre a circulação de mercadoria 
e prestação de alguns serviços. É considerado imposto por dentro, 
pois seu valor esta incluído no valor das mercadorias ou dos 
serviços constantes da nota fiscal.
É calculado mediante aplicação de uma alíquota sobre o valor da 
mercadoria ou serviço. Essa porcentagem pode variar de acordo 
com o tipo da mercadoria ou serviço, sua origem e destinação. No 
Estado de São Paulo, por exemplo é de 18%
Nem todas as mercadorias estão sujeitas a esse imposto.
O ICMS é um imposto não cumulativo. Isso significa que o valor 
do imposto pago em uma operação é compensado no valor do 
imposto a pagar na operação subsequente.
Contabilização do ICMS na compra
D = Estoque de mercadoria 8.200,00
D = ICMS a recuperar 1.800,00
C = Fornecedores 10.000,00
Contabilização do ICMS na venda
D = Clientes 8.000,00
C = Receita de mercadoria 8.000,00
D = ICMS s/ vendas (dedução receita bruta) 2.000,00
C = ICMS a recolher 2.000,00
Na apuração do imposto
A recuperar 1.800,00 D = ICMS a recolher 1.800,00
A recolher 2.000,00 C = ICMS a recuperar 1.800,00
Saldo a recolher: 200,00 
No pagamento
D = ICMS a recolher 200,00
C = Banco 200,00
Operações com Mercadorias
b) IPI: Imposto sobre produtos industrializados, é um imposto de 
competência federal, exigido principalmente nas empresas 
industriais. É considerado imposto por fora, pois seu cálculo é 
feito sobre o valor dos produtos e a ele é adicionado. 
O IPI é calculado mediante a aplicação de uma alíquota sobre o 
valor dos produtos de acordo com o tipo de produto.
O IPI não incide sobre todos os produtos e também é considerado 
não cumulativo, pois o valor do imposto pago na compra de 
matérias-primas ou de outros materiais aplicados na produção é 
compensado do imposto a pagar das operações subsequentes de 
mercadorias, matérias-primas ou produtos.
Contabilização do IPI na compra
Compra de matéria prima no valor de 4.000,00 com IPI de 
1.800,00, perfazendo o total de 5.800,00
D = Estoque de mercadoria 4.000,00
D = IPI a recuperar 1.800,00
C = Fornecedores 5.800,00
Contabilização do IPI na venda
D = Clientes 8.000,00
C = Receita de mercadoria 6.000,00
C = IPI a recolher 2.000,00
Na apuração do imposto
A recuperar 1.800,00 D = ICMS a recolher 1.800,00
A recolher 2.000,00 C = ICMS a recuperar 1.800,00
Saldo a recolher: 200,00 
No pagamento
D = ICMS arecolher 200,00
C = Banco 200,00
RESUMO
As entradas de mercadorias (compra) devem ser contabilizadas pelo valor 
líquido dos impostos, ou seja, excluindo-se do valor da nota os valores, 
porventura incidentes, do ICMS e do IPI recuperáveis, os quais serão 
contabilizados em contas próprias (ICMS e IPI a recuperar).
As saídas (vendas) serão registradas pelo valor da receita bruta (excluindo-se 
o IPI). 
Contabilmente, o IPI deveria ter o tratamento de dedução da receita bruta, a 
exemplo do ICMS. Entretanto, para efeito do imposto de renda, a empresa 
industrial ou a ela equiparada funciona apenas como arrecadadora do IPI, o 
que significa que esse imposto não integra o preço de venda do produto, 
consequentemente, nem a receita bruta de vendas.
Exemplo prático
Admita-se compra de matéria prima a prazo com os seguintes dados extraídos 
da nota fiscal:
Valor da matéria prima 100.000,00
Valor do IPI 10.000,00
Valor total da NF 110.000,00
Informações adicionais: ICMS 18% e IPI 10%
Pela compra da matéria prima
D = Estoque de mercadoria 82.000,00
D = ICMS a recuperar 18.000,00
D = IPI a recuperar 10.000,00
C = Fornecedores 110.000,00
Exemplo prático
Admita-se venda a prazo de produtos com os seguintes dados extraídos da 
nota fiscal:
Valor dos produtos 150.000,00
Valor do IPI 15.000,00
Valor total da NF 165.000,00
Informações adicionais: ICMS 18% e IPI 10%
Pela venda
D = Clientes 165.000,00
C = Receita bruta de vendas 150.000,00
C = IPI a recolher 15.000,00
Pelo registro do ICMS
D = ICMS s/ vendas 27.000,00
C = ICMS a recolher 27.000,00
Pela transferência do ICMS e do IPI
D = IPI a recolher 10.000,00
C = IPI a recuperar 10.000,00
D = ICMS a recolher 18.000,00
C = ICMS a recuperar 18.000,00
Pelo pagamento do ICMS e do IPI
D = IPI a recolher 5.000,00
C = Banco 5.000,00
D = ICMS a recolher 9.000,00
C = Banco 9.000,00
PIS E COFINS
 
PIS/PASEP e COFINS: A Contribuição para o Programa de Integração 
Social – PIS, a Contribuição para o Programa de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público (PASEP) e a Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social – COFINS, são modalidades de 
tributos que as entidades em geral devem recolher mensalmente ao 
Governo Federal. O PIS foi criado pela Lei Complementar nº 7 de 1970, 
o PASEP pela Lei Complementar nº 8 de 1970 e a COFINS pela Lei 
Complementar nº 70 de 1991.
A Legislação tributária trata da Contribuição para o PIS, juntamente 
com a Contribuição para o PASEP.
Existem dois regimes de incidência dessas contribuições: cumulativa 
e não cumulativa
REGIME CUMULATIVO
Aspectos Legais: O regime cumulativo é disciplinado por 
várias Leis, a começar pelas que criaram as contribuições 
para o PIS, para o PASEP e para a COFINS, pela Lei nº 
9.715/1998, pela Lei n° 9.718/1998 e por outros dispositivos 
legais posteriores que provocaram alterações nessas Leis. 
Contribuintes: São contribuintes do PIS/PASEP e COFINS, as pessoas 
jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela 
legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista e suas subsidiárias bem como as 
entidades sem fins lucrativos definidas como empregadoras pela 
legislação trabalhista, as fundações e as pessoas jurídicas de direito 
público interno. 
A Lei nº 9.718/1998, trata das contribuições para o PIS/PASEP e 
COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado.
Contribuintes: Para fins didáticos, podemos considerar contribuintes do 
PIS/PASEP e COFINS pelo regime cumulativo, todas as pessoas jurídicas 
de direito público e privado exceto as empresas do SIMPLES e aquelas 
sujeitas à modalidade não cumulativa da contribuição.
Alíquotas e Base de Cálculo: 
Pis – 0,65% Cofins – 3% (empresas em geral 4% instituições financ.)
A Base de Cálculo é somente a receita bruta de acordo com as Leis 9.718
/1998 e 12.73/2014. Portanto, as demais receitas auferidas pela pessoa 
jurídica, como alugueis, rendimento de aplicação financeira, ganho na 
venda de ativo imobilizado, etc., não entram na composição da base de 
cálculo dessas contribuições.
Alíquotas e Base de Cálculo: 
Por fim é importante destacar que a legislação tributária prevê outras 
bases de cálculo e alíquotas a serem observadas por entidades sem 
fins lucrativos, públicas ou particulares, como folhas de pagamento.
Exemplo: 
Apuração do mês de janeiro/2014 com os seguintes dados
Receita: 850.000,00
IPI: 85.000,00
Desconto incondicional: 10.000,00
Apuração:
850.000,00 (-) 85.000,00 (-) 10.000,00 (=) 755.000,00
Pis 0,65% = 4.907,50
Cofins 3% = 22.650,00
DEMONSTRAÇÃO DA APURAÇÃO – REGIME CUMULATIVO
Vendas totais de mercadoria 130.000,00
(-) Devolução de venda 10.000,00
(=) Base de Cálculo 120.000,00
Pis devido – 0,65% P = 780,00
Cofins – 3% C = 3.600,00
Contabilização do Regime Cumulativo
 
D = Pis (Resultado)
C = Pis a Recolher (PC)
 
D = Cofins (Resultado)
C = Cofins a Recolher (PC)
 
No pagamento
D = Pis a Recolher
D = Cofins a Recolher
C = Caixa ou Banco
Exemplo Prático - Cumulativo
Supondo que uma empresa mercantil, sujeita ao regime cumulativo 
das contribuições, tenha auferido as seguintes receitas no mês:
Revenda de mercadoria – R$ 18.000,00
Venda de bens do ativo imobilizado – R$ 6.000,00
Desconto obtido – R$ 3.000,00
Receita de aluguel – R$ 2.000,00
Rendimento de aplicação financeira – R$ 700,00
Juros ativos – R$ 500,00
Reversão de provisão – R$ 1.000,00
Juros sobre capital próprio – R$ 25.000,00
Total das receitas auferidas – R$ 56.200,00
A Contribuição para o PIS/PASEP e a Cofins não incidem sobre as 
receitas decorrentes de exportação (art. 149 da Constituição Federal)
Cálculo 
Revenda de mercadoria – R$ 18.000,00
BC do Pis = 18.000,00 x 0,65% = 117,00 
BC da Cofins = 18.000,00 x 3% = 540,00
Contabilização
D = Pis/Pasep s/ faturamento (DRE)
C= Pis a recolher (PC) 117,00
D = Cofins s/ faturamento (DRE) 
C = Cofins a recolher (PC) 540,00
REGIME NÃO CUMULATIVO
Aspectos Legais: 
O regime não cumulativo é disciplinado pela Lei nº 10.637, de 30 
de dezembro de 2002 (PIS/PASEP), pela Lei nº 10.833, de 29 de 
dezembro de 2003 (COFINS) e por outros dispositivos legais 
posteriores que provocaram alterações nessas leis.
Contribuintes: 
Regra geral são contribuintes dessas contribuições as pessoas 
jurídicas com base no lucro real, com algumas exceções, dentre elas, 
as empresas do SIMPLES NACIONAL, as instituições financeiras, 
entre outras.
É importante destacar que no art. 8º da Lei nº 10.837/2002 e no art. 10º 
da Lei nº 10.837/2003, são arroladas as pessoas jurídicas que 
permanecem sujeitas ao regime cumulativo do PIS/PASEP e COFINS, 
respectivamente. 
Alíquotas e Base de Cálculo: 
Pis – 1,65% Cofins – 7,6%
A Base de Cálculo dessas contribuições pelo regime não cumulativo é o 
faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela 
pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou 
classificação contábil. O total das receitas, compreende a receita bruta 
da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia 
e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica (parágrafo 1º 
do art. 1º das Leis nº 10.637/2002 e nº 10.833/2003).
No parágrafo 3º do art. 1º e no artigo 2º das mencionadasLeis, constam 
situações que influenciam na base de cálculo, inclusive valores que 
devem ser excluídos do total das receitas para fins de determinação da 
base de cálculo, como por exemplo: vendas canceladas, reversão de 
provisões, venda de ativo imobilizado, etc.
É importante destacar que as legislações do PIS/`PASEP e COFINS, 
estabelecem ainda os casos de isenção, não incidência e de redução de 
alíquota 0.
O Decreto nº 5.442/2005, reduziu a alíquota zero as alíquotas incidentes 
sobre as receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações 
realizadas para fins de hedge, mantendo a incidência sobre os juros 
sobre o capital próprio.
Direito de compensação:
As pessoas jurídicas sujeitas ao recolhimento das contribuições para o 
PIS/PASEP e COFINS pelo regime não cumulativo, têm direito de 
descontar do montante devido diversos créditos calculados em relação 
a:
a) Bens adquiridos para revenda,
b) Bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e 
na produção ou fabricação de vens ou produtos destinados à 
venda, inclusive combustíveis e lubrificantes,
c) Alugueis de prédio, máquinas utilizados nas atividades da empresa, 
etc.
Entendendo os Créditos
Dos valores de Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica 
submetida à incidência não-cumulativa poderá descontar créditos, calculados mediante a 
aplicação das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep), sobre os 
valores:
• das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês; 
• das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na 
fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive 
combustíveis e lubrificantes; 
• dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o 
faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de 
incidência não-cumulativa; 
• das despesas e custos incorridos no mês, relativos: 
• à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica; 
• a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da 
empresa; 
• despesas financeiras, incorridas no mês, decorrente de empréstimo e 
financiamento e contraprestação de operações de arrendamento mercantil 
pagas a pessoa jurídica, exceto quando esta for optante pelo Simples; 
• armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda; 
• dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a 
máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado 
adquiridos a partir de maio de 2004, para utilização na produção de bens 
destinados à venda, ou na prestação de serviços (Ver IN SRF nº 457, de 2004); 
Entende-se como insumos:
• utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda: 
• as matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer 
outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de 
propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o 
produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado; 
• os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos 
na produção ou fabricação do produto; 
• utilizados na prestação de serviços: 
• os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam 
incluídos no ativo imobilizado; e 
• os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos 
na prestação do serviço. 
Contabilização do Regime Não Cumulativo
Pelo reconhecimento do débito
D = Pis (Resultado)
D = Cofins (Resultado)
C = Pis a recolher (PC)
C = Cofins a recolher (PC)
Crédito de energia elétrica (valores a título de demonstração)
D = Energia Eletrica
D = Pis a recuperar 
D = Cofins a recuperar 
C = Energia elétrica a pagar
Contabilização do Regime Não Cumulativo
Crédito de insumos (valores a título de demonstração)
D = Estoque mercadoria
D = Pis a recuperar
D = Cofins a recuperar
C = Fornecedores
Compensação dos créditos
D = Pis / Cofins a recolher
C = Pis / Cofins a recuperar
Pagamento
D = Pis / Cofins a recolher
C = Caixa ou Banco
Exemplo Prático – Não cumulativo
Supondo que uma empresa mercantil, sujeita ao regime não 
cumulativo das contribuições, tenha auferido as seguintes receitas no 
mês:
Revenda de mercadoria – R$ 18.000,00
Venda de bens do ativo imobilizado – R$ 6.000,00
Desconto obtido – R$ 3.000,00
Receita de aluguel – R$ 2.000,00
Rendimento de aplicação financeira – R$ 700,00
Juros ativos – R$ 500,00
Reversão de provisão – R$ 1.000,00
Juros sobre capital próprio – R$ 25.000,00
Total das receitas auferidas – R$ 56.200,00
A base de cálculo das contribuições no regime não cumulativo será 
(art. 1º das Leis nºs 10.637/2002 e 10.833/2003):
Totalidade das receitas auferidas:
(-) Receitas isentas ou sujeitas à alíquota zero;
(-) IPI;
(-) ICMS substituição tributária;
(-) Receitas não alcançadas pela incidência da contribuição;
(-) Demais receitas, decorrentes de venda de ativo investimentos, 
imobilizado e intangível;
(-) receitas auferidas pela pessoa jurídica revendedora – substituição 
tributária; 
(-) vendas canceladas;
(-) Reversões de provisões e recuperação de créditos baixados como 
perda;
(-) Resultado positivo da participação societária avaliada pelo MEP, 
entre outras. 
Total das receitas auferidas no mês R$ 56.200,00
(-) Venda de bens do ativo imobilizado R$ 6.000,00
(-) Desconto obtido R$ 3.000,00
(-) Rendimento de aplicação financeira R$ 700,00
(-) Juros ativos R$ 500,00
(-) Reversão de provisão R$ 1.000,00
(=) BC R$ 45.000,00
Portanto, neste exemplo incluiu-se na BC:
a) Receita de revenda de mercadoria R$ 18.000,00
b) Receita de aluguel R$ 2.000,00
c) Juros sobre capital próprio R$ 25.000,00
(=) BC R$ 45.000,00
Cálculo do valor devido:
Contabilização do valor devido:
D = Pis/Pasep s/ faturamento (dedução RB) 297,00
D = Pis/Pasep (despesa tributária) 445,50
C = Pis a recolher 742,50
D = Cofins s/ faturamento (dedução RB) 1.368,00
D = Cofins (despesa tribut.) 2.052,00
C = Cofins a recolher 3.420,00
Operações com Mercadorias
Vamos considerar agora que a empresa tenha direito aos seguintes 
créditos:
Bens adquiridos para revenda R$ 20.000,00
Aluguel R$ 7.000,00
Energia elétrica R$ 3.100,00
Total R$ 30.100,00
Contabilização dos créditos:
A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas 
financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de 
hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de 
apuração não-cumulativa das referidas contribuições, serão de 0,65% e 
4%, respectivamente.
Aplica-se tal tributação inclusive às pessoas jurídicas que tenham 
apenas parte de suas receitas submetidas ao regime de apuração não-
cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.
Ficam mantidas em 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos 
por cento) e 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), 
respectivamente, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da 
COFINS aplicáveis aos juros sobre o capital próprio. 
Base: Decreto 8.426/2015.
RECEITA FINANCEIRA
DECRETO Nº 8.426, DE 1º DE ABRIL DE 2015
Pis/Cofins 
0,65% e 4%
receita financeira, inclusive operações de hedge no regime não 
cumulativo
1,65% e 7,6% juros sobre capital próprio
0%
receita financeira decorrente de variação cambial em função taxa 
cambio referente a exportação e obrigações contraídas
0%
receita financeira decorrente de operações de cobertura (hedge)realizadas em bolsa de valores, de mercadorias e de futuros ou 
no mercado de balcão organizado
Prestação de Serviço
O ISS (Imposto sobre serviços de qualquer natureza) é um imposto 
incidente sobre a receita de serviços prestados pelas empresas, 
por trabalhadores autônomos e por profissionais liberais.
Por ser um imposto de competência municipal, a sua 
regulamentação pode divergir entre os milhares de municípios 
brasileiros. 
As empresas prestadoras de serviços normalmente recolhem o 
ISS mensalmente, com base no total das receitas de serviços 
prestados em cada mês.
Prestação de Serviço
O cálculo do ISS é feito mediante a aplicação de uma alíquota sobre 
o total das receitas auferidas na prestação de serviços.
A alíquota, bem como a base para o cálculo desse imposto, pode 
variar em cada município.
Como, em geral, o ISS deve ser recolhido sempre no mês seguinte 
ao da ocorrência do seu fato gerador, no mês da ocorrência esse 
imposto deve ser contabilizado como segue:
D = ISS (dedução da receita bruta)
C = ISS a recolher (PC)

Outros materiais