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DISSERTACAO SINTESE I

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DISSERTAÇÃO 
1 Conceito 
- Segundo Faulstich (p. 51, 53), “a dissertação tem como propósito expor ou explanar, explicar ou interpretar ideias”. Na 
dissertação, expressamos o que sabemos ou acreditamos saber a respeito de determinado assunto.” 
- “Na dissertação, expressamos o que sabemos ou acreditamos saber a respeito de determinado assunto; externamos nossa 
opinião sobre o que é ou nos parece ser. Na argumentação, além disso, procuramos principalmente formar a opinião do leitor 
ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a razão está conosco, de que nós é que estamos de posse da verdade.” (GARCIA, 
1988, p. 370) 
- “Dissertar é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos, é criar 
relações de causa e efeito. Aqui não bastar expor, narrar ou descrever. É, pois, a dissertação um tipo de texto que 
analisa dados e interpreta por meio de conceitos abstratos. A dissertação diferencia-se da descrição e da narração pelo 
fato de nessas últimas prevalecem termos concretos, como pessoas e objetos. Na dissertação, não há progressão 
temporal nos enunciados. As relações entre os enunciados são lógicas, de causa e efeito.” (MEDEIROS, 2009, p. 312). 
 
2 Estrutura 
a) Introdução 
 “Onde o autor expõe a tese ou ponto de vista que quer defender. Deve-se evitar que a introdução antecipe o 
desenvolvimento e a conclusa do texto, sendo, por isso, pouco recomendável que nele se incluam exemplos.” 
(FAULSTICH, 1987, p. 55-56) 
- É o ponto de partida do texto, que indica a tese que será desenvolvida no texto e o objetivo; é uma espécie de roteiro do 
que se lerá. 
- Finalidade: despertar interesse do leitor; indicar ou sugerir o tema que será desenvolvido; conduzir o leitor ao 
desenvolvimento do tema. 
 
b) Desenvolvimento 
 “Comporta as ideias que fundamentarão o ponto de vista do autor. A ideia-núcleo, apresentada na introdução, 
normalmente, é demonstrada no desenvolvimento, por meio de ideias que comprovem ou exemplifiquem o dito.” 
(FAULSTICH, 1987, p. 56) 
- É a parte do texto em que ideias, conceitos, informações, argumentos de que você dispõe serão desenvolvidos, de forma 
organizada e criteriosa. 
- Mostra os pró e contras, já que pois há defesa de ideias e conhecimento das que são contrárias. Se o seu argumento 
constitui um sim, deve mostra o não, que provavelmente estará no espírito no leitor. Pode intercalar um pró e um contra. 
Primeiro contra, tanto faz. 
- Argumentos pró ou contra. 
- Para persuadir o leitor, se o autor for contra sua ideia, coloque o pró e depois a sua q é contra. 
- Analisa as relações de causa-efeito. 
- Cada parágrafo do desenvolvimento trata de uma nova ideia, mas deve haver relação lógica entre eles (elementos 
coesivos). 
 
c) Conclusão 
 “Apresenta uma síntese da Introdução e Desenvolvimento. É o fecho do trabalho dissertativo e deve ser objetiva 
e clara.” (FAULSTICH, 1987, p. 58) 
 Para concluir um texto, você pode: 
retomar a ideia central, apresentado-a de maneira significativa em outras palavras; sumariar os 
pontos essenciais desenvolvidos nos parágrafos da segunda parte; enfatizar o significado de alguns 
pontos de vista do texto; fechar o texto com uma história, uma citação que enfatize seus propósitos. 
(FAULSTICH, 1987, p. 68) 
- retoma o que foi dito e expõe uma avaliação do que foi discutido. 
- É o fecho, o coroamento discursivo. Demonstradas as provas, cumpre ao redator retomar o tópico frasal para mostrar 
ter sido ele exposto, com eficácia, no desenvolvimento. 
- Confirma-se a hipótese ou tese posta e defendida e sintetiza-se o desenvolvimento. 
- Referência ao título, reafirmação do assunto, retomada da introdução com outras palavras, síntese dos argumentos ou das 
ideias-núcleos do desenvolvimento, confirmação da tese, advertência, sugestão. 
 - Não convém introduzir ideia nova na conclusão. 
 
- “O parágrafo dissertativo expressa uma tese; pode ser expositivo ou argumentativo. O expositivo expõe e discute uma 
ideia ou assunto com a finalidade de esclarecer o leitor, sem tentar convencê-lo. O argumentativo tem a finalidade de 
convencer ou aliciar o leitor, por meio de argumentos.” (FIGUEIREDO, 1998, p. 67) 
 
3 Argumentação 
 Em sua origem, a palavra argumentar significa „fazer brilhar‟, „iluminar‟. Vide, por exemplo, os termos 
„argúcia‟, „arguto‟ etc., derivados daquele vocábulo. Desta forma, argumento é tudo aquilo que faz brilhar, 
cintilar uma idéia. A defesa de uma opinião pressupõe argumentos e provas. 
 Podemos resumir essa questão com um slogan simples: Afirme e sustente sua opinião! 
 A argumentação deve ser entendida como qualquer tipo de procedimento usado pelo produtor do texto com vistas a levar o 
leitor a dar sua adesão às teses defendidas pelo texto (FIORIN& SAVIOLI, 1996, p. 175). 
 “Argumentar é convencer, ou tentar convencer mediante a apresentação de razões, em face da evidência das provas à 
luz de um raciocínio coerente e consistente” (GARCIA, 1988, p. 370). 
 “A argumentação visa convencer, persuadir ou influenciar o leitor ou ouvinte. 
 De acordo com Silva (1974, p. 159), “o termo argumentação significa dar razões a favor ou contra uma convicção”. 
 A argumentação baseia-se na consistência do raciocínio e os fatos precisam ser comprovados. 
 “Por argumentação deve entender qualquer tipo de procedimento usado pelo produtor do texto com vistas a levar o leitor a 
dar sua adesão às teses defendidas pelo texto.” (FIORIN& SAVIOLI, 1996, p. 175). 
 Faraco e Moura: para convencer alguém de alguma coisa, devemos utilizar a argumentação que só se torna eficiente quando 
apresentamos provas daquilo que falamos quando nosso raciocínio é exposto de maneira lógica, com clareza e com 
coerência. (1997, p. 94) 
 
3.1 Construção da argumentação. 
 A Argumentação pode basear-se em operações de raciocínio lógico, tais como as implicações de causa e efeito, 
consequência e causa, condição e ocorrência. 
3.1.1 Vantagens da argumentação: 
√ É um método através do qual o indivíduo pode avaliar os problemas que lhe dizem respeito, à sua família, seus negócios e 
à sociedade em que vive. 
√ É um meio de criar hipóteses e experimentar conclusões. 
√ É uma técnica de emitir argumentos e opiniões, com o objetivo de defender uma determinada posição. 
√ É um processo de análise e crítica de todos os meios de intercâmbio de opiniões. 
√ É um instrumento poderoso com aplicações proveitosas na vida individual e em sociedade. 
 
3.2 Elementos à argumentação: 
3.2.1 Evidência: certeza manifesta. 
b) fatos: são acontecimentos; o que é real. Para uma argumentação, é indispensável considerar os fatos como evidentes. 
Um fato é evidente quando é observável e comprovável. 
Fatos diferentes de indícios (probabilidade, ou possiblidade, não implicam à certeza). Ex batida de carro ou atropelamento. 
Ex: propagadan, por ser poderosa e evidente, é um fato inegável. 
c) Exemplos: justificam um fato suficientemete representativo de determianda espécie de situações, de objetos ou 
ocorrências. 
d) Estatísticas: cobrem enorme variedade de aspectos de um problema , por meio de forma numérica simples, 
compreensiva, de notável froça e concisão. 
e) Testemunhas: são demonstrações do poder da presença humana nos momentos em que se decide entre duas 
evidências que se chocam. “O argumento de autoridade reconhecida num certo domínio do conhecimento. É o modo de 
trazer para o enunciado o peso e a credibilidade da autoridade citada.” (PLATÃO; FIORIN, p. 311) 
 
3.2.2 Lógica: coerência e raciocínio. 
 Raciocinar é fazer uso da razão para conhecer e julgar a relação das coisas; é o processo de extrair inferências 
de fatos, exemplos, estatísticas e testemunhos. 
 
3.2.2.1 Indução: 
 “É o tipo de raciocínio que caminha do registro de fatos particulares para chegar à conclusão 
ampliada, que estabelece uma proposição geral. È o processo mental em que, partindode 
dados particulares, estabelece uma verdade geral, não mantida nas partes examinadas. O 
argumento indutivo conduz a conclusões prováveis. Portanto, exige muito cuidado e reflexão 
para não se cair em sofisma. No raciocínio indutivo se as premissas são verdadeiras, a 
conclusão provavelmente será verdadeira, mas não necessariamente verdadeira. A conclusão 
encerra informação que não constava das premissas”. (MEDEIROS, 2009, p. 314) 
Ex: Cobre, ouro, ferro conduz energia. 
Todo mental conduz energia. 
3.2.2.2 Dedução: 
 “Parte-se de uma verdade estabelecida (geral) para provar a validade de um fato particular. Caminha-se da 
causa para o efeito. No raciocínio dedutivo, se as premissas são verdadeiras, a conclusão só pode ser 
verdadeira. As informações contidas na conclusão já estavam implícitas nas premissas. O raciocínio dedutivo é 
composto de três proposições. 
Todo homem é mortal. → premissa 
Roberto é um homem. → premissa 
Logo, Roberto é mortal. → conclusão 
“se o homem trabalha só com raciocínios dedutivos, a ciência não progridirá; será com a indução que descobrirá novos 
caminhos, novas leis, novos princípios úteis ao bem-estar de todos.” (MEDEIROS, 2009, p. 314) 
A premissa é verdade? 
Tem consistência lógica? Se não, não serve para comprovar. 
Pode ser submetida a verificação? Observação meticulosa 
Contradiz alguma verdade? 
É apoiada em algum testemunho autorizado? 
 
OPINIÃO: Afimação baseada em razões pessoais. 
(deve-se tentar juntar a elas fatos que as transformem em argumentos consistentes. 
HIPÓTESE: 
Uma solução não confirmada por fatos é uma hiótese. 
Ex:Uma criança que é privada de carinho e alimento cesta propicia ao fracasso escolar. 
Hipótese: se o estudante for incentivado, maior a probabilidade de aprendizagem. 
3. 4 Normas ou sugestões para refutar argumentos 
1º) Refute o argumento que lhe parece mais fraco. Comece por ele. 
2º) Ataque os pontos fracos da argumentação contrária. 
3º) Escolha uma autoridade que tenha dito exatamente o contrário do que afirma seu opositor. 
4º) Aceite os fatos, demonstre que eram mal interpretados. 
5º) Ataque a fonte na qual se basearam os argumentos do seu opositor. 
6º) Cite outros exemplos semelhantes, que provem exatamente o contrário dos argumentos que lhe são apresentados pelo 
opositor. 
7º) Analise cuidadosamente os argumentos contrários, dissecando-os para revelar as falsidades que contém. 
 
4. Planejamento do texto dissertativo 
1. Escolha do assunto (tema) 
2. Delimitação do assunto (da totalidade do assunto, qual o aspecto abordado) 
3. Fixação do objetivo 
- Para que vou escrever sobre esse assunto? 
- Desejo convencer meu leitor de algo? 
- Estabeleça objetivos que você conseguirá cumprir. 
analisar, apontar, apresentar, avaliar, caracterizar, comparar, confrontar, contrastar, criticar, demonstrar, denunciar, descrever, 
desenvolver, diferenciar, dissertar, elogiar, explicar, estabelecer, formular, identificar, interpretar, mostrar, questionar, reelaborar, 
relatar, revelar, sintetizar, sistematizar, sustentar, tecer. 
4. Nova delimitação do assunto: para adequá-lo ao objetivo traçado. 
5. Redação do título 
6. Levantamento das ideias 
- Como o pensamento é mais rápido que a escirt,a registre todas as ideias que vierem a mente antes que elas escapem. 
7. Delimitação e seleção das ideias 
- Cortas as ideias que, embora sejam interessantes, fujam do tema. 
- A delimitação e a escolha das ideias são suas. E conforme o grau de conhecimeto que você tiver a respeito do assunto e a 
finalidade com que escreve, você delimitar suas ideias, sem, contudo, empobrecer seu texto. 
8. Classificação, ordenação e hierarquização das ideias 
Hierarquizar: das mais genéricas as mais específicas (detalhadas). 
Emprego do método indutivo ou dedutivo 
9. Distribuição das ideias: introdução, desenvolvimento e conclusão. 
10. Revisão 
Refaça seu texto quantas vezes for necessário, para que fique bem calro e coerente. 
Um roteiro bem elaborado representa 50% do caminho a percorrer na produção de um texto. 
Um roteiro claro significa pensamento claro; logo, as chances de produzir um bom texto aumentam. 
 
 
5. Recursos para elaboração do texto dissertativo 
 
Declaração definição alusão histórica 
Interrogação proposição divisão 
comparação ou contraste analogia dados estatísticos 
exemplificação ou ilustração narração comparação ou contraste 
enumeração de detalhes (descrição) testemunho apresentação de razões 
(explicação) 
causa e efeito/ conseqüência 
 
 
3. Características 
• Obedece a 2 exigências básicas: a exposição e a argumentação simultâneas daquilo que o autor pensa sobre determinado 
assunto. 
• O autor situa um tema e discute-o. 
• Apresenta uma tese, apoiada em argumentos, chegando a conclusões. 
• Tenta persuadir/convencer o leitor. 
• Os argumentos apresentados podem ser originais (inferências) ou alheios (presença de citações). 
• O texto de opinião sempre estabelece relações lógicas (mas, assim, o que comprova, deste modo, porém, um outro lado da 
questão é...). 
• Um bom texto argumentativo sempre apresenta o outro lado da questão, para melhor fundamentar a própria tese. 
Entretanto, a conclusão sempre aparecerá em decorrência do que se disse antes (assim, desse modo, como vemos, 
considerando esses fatos, em conseqüência disso...). 
• Linguagem de acordo com o padrão culto formal da língua. 
• O autor pode se colocar de modo pessoal (em 1a pessoa / acredito que, suponho que etc.) ou de modo impessoal (3a 
pessoa / convém lembrar que; é provável que; sabe-se que etc.), dependendo de sua intenção, de quem são os 
interlocutores e do veículo do texto. No geral, emprega-se a 3a pessoa. 
• Trabalhos científicos (artigos, editoriais de jornais, monografias, dissertações, teses etc.) são textos expositivo-
argumentativos, por conterem todas as características apontadas acima. 
 Ao iniciar a dissertação, ter claro em mente qual será a tese, o ponto de vista a ser defendido. 
 Analogia: explica algo por meio da comparação com algo familiar. 
 Oposição ou contraste: explica fatos, ideias, opiniões, comprando-as e apontando-lhes as diferenças. 
 Testemunho: citações de opiniões, julgamentos de especialistas, pensadores, estudiosos de um assunto. Pode ser usado 
tanto para confirmar ou contrariar uma opinião. 
 Ilustração: exemplos 
 Comparação: procura aproximar os elementos que estão sendo comprados por meio do que eles têm de semelhante. 
• Argumento de autoridade – é a citação de autores renomados, autoridades num certo domínio do saber, para corroborar 
uma tese. A intenção é mais confirmatória do que comprobatória. 
• Argumento baseado no consenso. Exemplo: Os investimentos em pesquisa são indispensáveis, para um país superar 
sua condição de dependência. (Obs. Pode carregar ideologias implícitas) 
• Argumentos baseados em provas concretas – É importante sempre apontar fatos que reforcem a sua opinião. 
• Argumentos com base no raciocínio lógico – Não se pode tirar conclusões incompatíveis com os dados apresentados. 
Idéias mal concatenadas levam à fuga ao tema e a incoerência textual. 
• Argumento por exclusão – O redator propõe várias hipóteses e vai eliminando uma por uma, para se fixar em seu objetivo. 
• Argumento por analogia – se baseia na semelhança de duas realidades ou conceitos. Como se fundamenta na 
comparação, tem força de persuasão e não de prova propriamente dita. 
Texto argumentativo: 
1. proposição: é a declaração, tese ou opinião firmada do autor. 
2. concordância parcial: são dados argumentativos que fundamentam a tese. 
3. contestação ou refutação: trata-se de uma contra-argumentação à tese inicialmente apresentada; tem caráter 
adversativo, pondeod aparecer (ou não) explicitamente as conjnções adversativas. 
4. Conclusão: tem por finalidade explicitar em termos claros a essência do trabalho. É a símtesede uma tese 
coerentemente argumentada. 
 
Tipos de raciocínios 
Sem pretender esgotar as espécies codificadas pela retórica, veja alguns tipos: 
a) Apodítico – é o que se estrutura com tom de verdade absoluta: a argumentação “fecha” as possibilidades 
contestatórias, sendo inteiramente impossível elidi-la. Exemplo: “Quem crer e for batizado será salvo.” 
b) Dialético – É o raciocínio aberto a discussões, permitindo controvérsias e contestação, apesar de o emissor trabalhar 
as hipóteses de forma a convencer o leitor daquela que pretende seja mais aceitável. 
Exemplo: Veja-se o caso de C. Moreno na propaganda do detergente “Limpol”, da Bombril: enumera a qualidade de outros 
produtos, mas exalta as virtudes do “Limpol” com ênfase tal que o consumidor se convence estar adquirindo o melhor 
produto, ao fazer a escolha acertada. 
c) Retórico – Concilia dados racionais e emocionais; é variante do raciocínio dialético, diferindo-se dele por ampliar o 
envolvimento do ouvinte-alvo. É o raciocínio preferido de políticos e advogados. 
d) Silogístico – É aquele que segue a estrutura do silogismo: duas proposições (premissas) encadeiam-se e delas chega 
a uma conclusão. 
Exemplo: Todo círculo é redondo. (premissa maior) 
Ora, nenhum triângulo é redondo. (premissa menor) 
Logo, nenhum triângulo é círculo. (conclusão) 
 
O que se deve evitar no texto dissertativo? 
1) evite o lugar-comum no seu texto; 2) nunca use gírias; 3) jamais se deixe envolver por emoções exageradas, redija um 
texto com sobriedade; 4) evite repetições de palavras; e 4) evite muitos adjetivos 
(genérico, deve ser específico) 
Devagar se vai ao longe, porque a pressa é inimiga da perfeição e a esperança é a última que morre. É fato que o brasileiro é 
preguiçoso por natureza, mas graças a Deus aqui não há preconceito racial – somos um povo que tem horror à violência; 
nossa índole pacífica é proverbial no mundo inteiro. Se o homem tomasse consciência do valor da Paz, não haveria mais 
guerras no mundo – bastava que cada um parasse para pensar na beleza do sorriso de uma criança e descobrisse que mais 
vale um pássaro na mão do que dois voando. A paciência é a mãe das virtudes, mas só com determinação e coragem 
haveremos de resolver nossos problemas. O que estraga o Brasil são os políticos; sem eles estaríamos bem melhor, cada 
um fazendo a sua parte. Hoje em dia, felizmente, as mulheres estão entrando no mercado de trabalho porque, segundo 
pesquisadores americanos, elas são muito mais caprichosas do que os homens. Já os homens, conforme uma conclusão do 
conceituado Instituto de Psicologia da Filadélfia, são muito mais desconfiados e estão sempre querendo mais. As pesquisas 
eleitorais nunca acertam porque são todas compradas. Mas a verdade é que o amor, quando autêntico, resolve tudo. 
 
CUIDADO: Não siga o exemplo do texto acima, pois ele ilustra o que não se deve escrever em um texto, por trazer idéias 
clichês, chavões, que atrapalham o texto argumentativo, não por trazerem expressões comuns a diferentes tipos de textos, 
mas porque substituem a reflexão. Se um texto resume toda a construção de um raciocínio, então essa frase-feita eliminará 
qualquer possibilidade de argumentação. Já é um conhecimento pronto, indiscutível e que não precisa ser desenvolvido com 
mais cuidado. O lugar-comum apenas repete, arraigando, na maioria dos casos, o preconceito.

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