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Manual de procedimentos Herbário BOTU

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PROFA. DRA. SILVIA RODRIGUES MACHADO
COORDENADORA CIENTÍFICA - HERBÁRIO BOTU
DRA. SUZANA BISSACOT BARBOSA
BOLSISTA CAPES/PNPD
março 2010
HERBÁRIO BOTU
“IRINA DELANOVA GEMTCHUJNICOV”
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Sumário
1. Organização, registro, informatização, disponibilização de dados na web, 
digitalização de exsicatas. Política de coleções científicas. Procedimentos bási-
cos.
2. Intercâmbio: Permuta, Doação, Empréstimo. Confecção de guias de remessa. 
Arquivamento de guias e controle de intercâmbio.
3. Organização, informatização, e referência cruzada de lâminas e coleções 
vouchers.
HERBÁRIO BOTU
“IRINA DELANOVA GEMTCHUJNICOV”
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
1. Organização, registro, informatização, disponibilização de dados na web, digitaliza-
ção de exsicatas. Política de coleções científicas. Procedimentos básicos.
Herbário
 Um Herbário é uma coleção científica, composta por amostras de plantas secas, 
provenientes dos diversos ecossistemas, servindo como registro e referência sobre a vege-
tação e flora de uma determinada região.
 As plantas devem ser coletadas em estado fértil, com flores e /ou frutos, que são os 
elementos indispensáveis para a identificação científica. O nome científico de uma planta é 
a primeira etapa para o acesso correto de todas as informações sobre botânica.
 A coleção de plantas depositadas em herbário serve como base para todas as pes-
quisas em Taxonomia e estudos em áreas correlatas como Fitogeografia, Fitoquímica, 
Farmacologia, Genética, Ecologia, entre outras.
 Além das diversas pesquisas que podem ser desenvolvidas no próprio herbário, ele 
mantêm vínculos de colaboração (intercâmbio de material, apoio de especialistas, etc.) com 
unidades similares em todo o mundo.
 O Herbário pode participar na integração das pesquisas sobre a diversidade florís-
tica e o inventário sistemático do patrimônio vegetal, essencial para apontar os remanes-
centes de vegetação nativa com potencial para preservação, bem como subsidiar com mais 
rigor os estudos que possibilitem o reflorestamento de áreas degradadas.
 Compete ao Responsável pelo Herbário analisar, propor e subsidiar ações rela-
cionadas à política e ao gerenciamento das coleções, tendo como base o conceito de co-
leções como documentação da diversidade biológica e o seu papel na disponibilização de 
informações sobre a diversidade vegetal.
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TÉCNICAS DE COLETA, PREPARAÇÃO, PRESERVAÇÃO E MANEJO 
DE COLEÇÕES CIENTÍFICAS EM BOTÂNICA 
 O sistema de manejo de coleções de herbário inclui os seguintes processos: 
a) Herborização das coleções - prensagem, triagem, secagem e montagem das exsicatas 
b) Incorporação ao acervo - numeração, registro e arquivamento
 Para isso, as coleções precisam ser obtidas através de expedições à campo ou por 
meio de intercâmbio entre herbários.
Expedições à campo: (coleta de material)
 Para que uma coleta obtenha resultados satisfatórios, o coletor deverá possuir os 
seguintes objetos:
• Tesoura de poda: utilizada para cortar de forma precisa as partes vegetais a serem 
coletadas;
• Facão: útil para fazer picada dentro da mata;
• Podão: possui um cabo que proporciona o corte de material com até 10 metros de 
altura;
• Caderno de campo: para anotações da coleta;
• Lápis;
• Fita adesiva;
• GPS
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Durante a coleta devem ser anotados o máximo de dados possível em caderno de coleta, 
que serão utilizados para a confecção da etiqueta da exsicata, como:
• Local de coleta, com referências geográficas
• Tipo de solo
• Topografia do local
• Tipo de vegetação predominante
• Dados sobre o hábito da planta
• Dados sobre a planta, cor da flor, aroma, características do fruto
• Nome vulgar
 DESIDRATAÇÃO, DESCONTAMINAÇÃO E MONTAGEM 
DO MATERIAL
 Após a coleta do material botânico, este deverá ser prensado para melhor conser-
vação até chegar ao Herbário. Para isso, utiliza-se:
• Jornal: para absorver a umidade do material botânico;
• Placa de alumínio: colocada entre os jornais para aeração e para conservar o calor 
na secagem do material botânico, e prensagem no campo de material espinhoso;
• Papelão: coloca-se entre os jornais para reter a umidade; 
• Prensa: são duas grades de madeira, utilizadas para prensar o material coletado;
• Corda ou barbante: utilizado para amarrar as duas grades da prensa.
Depois de prensado o material em campo, as plantas devem ser desidratadas para sua 
conservação. No laboratório coloca-se a prensa com as amostras na estufa, durante 2 a 5 
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dias, à 60°-70°C aproximadamente, dependendo da composição da planta a ser de-
sidratada.
 Depois de desidratada, a planta é retirada da estufa e realiza-se uma triagem para 
separar as melhores amostras do material. Após a triagem, as plantas são amarradas no-
vamente em jornal (agora sem a prensa) para a devida descontaminação.
Descontaminação
 O processo de descontaminação é realizado através da colocação do material 
botânico, devidamente acondicionado em sacos plásticos, para evitar umidade, em freezer 
(-18º C) por 4 dias até 2 ou 3 semanas. Após este período de descontaminação, as plantas 
são novamente colocadas na estufa para secagem. O ideal é que o herbário possua um 
freezer -30ºC, que é mais eficiente para a descontaminação do material. Nesse freezer, em 
24 horas o material estará livre de qualquer inseto, ovos ou larvas. 
Montagem
 Depois de o material botânico estar devidamente descontamindo, seguem-se os pa-
drões normais de montagem. A montagem das exsicatas consiste num processo de fixação 
das plantas secas e prensadas e de sua etiqueta numa cartolina de herbário. Este processo 
providencia um suporte físico que permite o manuseamento e inclusão do espécime no 
acervo causando-lhe o mínimo de danos.
 Um exemplar bem montado deverá possuir qualidades botânicas, isto é, permitir a 
observação do máximo de características diagnósticas e ter longa durabilidade. Deverá 
ainda possuir qualidades artísticas, isto é, ser apresentado de forma equilibrada, agradável 
e estética.
 O processo de montagem das plantas é feito em cartolina. As plantas são costuradas 
(deve sempre evitar-se colar a planta por meio de adesivos, que podem se soltar durante o 
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tempo, além de atraírem fungos e insetos) na cartolina para uma melhor fixação com a 
preocupação de não destruir os espécimes.
 Seguinte à montagem, as plantas recebem carimbo do Herbário e numeração 
(tombo), e, posteriormente, são impressas as etiquetas do Herbário com os dados carac-
terísticos de cada planta.
 Além da ficha, as plantas também são registradas em computador para elaborar um 
banco de dados de forma a facilitar as atividades de manejo do Herbário e permitir o 
acesso a essa informação de forma rápida e precisa.
Incorporação ao acervoFinalmente, as plantas são incorporadas ao acervo, já classificadas por ordem al-
fabética de família, gênero e espécie. 
 Todo o processo de montagem e incorporação do material ao acervo deve ser reali-
zado por pessoal técnico específico.
 CONSERVAÇÃO DA COLEÇÃO
 Um bom exemplar de herbário deve durar centenas de anos. Para isso algumas 
ações devem ser rigorosamente controladas:
• Manuseamento cuidadoso: um exemplar de herbário não deve ser invertido, deve ser 
sempre mantido na horizontal quando manuseado. 
• Temperatura e humidade: aconselha-se o uso de desumidificadores para o controle da 
umidade do ar. As condições ideais para a conservação do papel são temperaturas entre 
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os 20-23 ºC e humidade de 55%. As plantas secas conservam-se melhor em locais com 
níveis de humidade inferiores a este, para reduzir o risco de ataque de fungos e o estabe-
lecimento de colônias de insetos. Desta forma, o ideal é manter o herbário a temperatu-
ras entre os 20-23ºC e humidade entre os 40-55%. A utilização de telhas especiais, do 
tipo sanduíche, com isolante térmico e pintura especial para reflexão da luz também é 
aconselhada. Além disso, a sala de acervo não deve ter janelas, apenas uma boa ilumi-
nação artificial é o suficiente. As janelas permitem a entrada de sol e de umidade o que 
não é aconselhado para a boa conservação do material. Caso existam janelas o ideal é 
colocar insulfime nos vidros.
• Proteção contra ataque de insetos: a preservação, a longo prazo, dos espécimes de um 
herbário depende principalmente de uma vigilância constante para detecção da presença 
de insetos. Infelizmente, são vários os insetos que apreciam plantas secas, tornando-se, 
por isso, um dos principais inimigos dos herbários. Podem ter sua origem nas próprias 
plantas quando coletadas, sobrevivendo ao processo de secagem ou sob a forma de ovos. 
Podem também existir nos armários onde os exemplares são armazenados. Por isso, 
armários de madeira não são adequados no acervo e o controle de pragas e insetos deve 
ser rigoroso. 
 
 Há algumas décadas, a proteção consistia na utilização de bolas de naftalina e 
cravo-da-índia colocadas nos armários. Nos anos 80 foram reconhecidos os danos na 
saúde causados pela naftalina. Uma das mais recentes técnicas de controle de insetos em 
herbários é através da congelação. Os novos espécimes a serem incluídos no herbário são 
previamente congelados durante uma ou duas semanas a -30˚C (descontaminação). Se o 
congelador não atingir tal temperatura e tendo em consideração que os ovos de algumas 
espécies de insetos sobrevivem aos -18˚C, deve-se proceder a uma dupla congelação, após 
uma congelação inicial a -18˚C, colocar os espécimes a temperatura ambiente durante al-
guns dias e congelar de novo a -18˚C.
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 Além disso, as coleções devem ser periodicamente colocadas no congelador num 
sistema rotativo. Paralelamente, a temperatura do herbário deve ser rigorosamente man-
tida a cerca de 20˚C. Em vários herbários, estes dois métodos conjugados – sistema rota-
tivo de congelação e controle da temperatura do acervo – demonstraram ser muito eficien-
tes. No entanto, este método é eficaz para erradicar as pragas existentes nos exemplares, 
mas não tem efeito sobre as colônias que podem estar instaladas nos armários. Desta 
forma aconselha-se conjugar os dois métodos anteriormente referidos com uma periódica 
intervenção química no herbário. Uma vez ao ano deve-se fazer o expurgo da coleção 
utilizando-se gás toxin. 
 No entanto, a naftalina continua sendo utilizada principalmente nas coleções mais 
importantes dos grandes Herbários, como no Herbário SP.
Material Infestado
 Quando encontra-se qualquer tipo de infestação no material o curador deve ser 
sempre avisado para as providências necessárias.
 Deve-se fazer uma limpeza rigorosa, porém muito cuidadosa, com a ajuda de 
pincel, e depois todo o material do armário deve ir para o freezer e depois estufa (processo 
de descontaminação)
 Quando o material encontra-se mofado, faz-se a limpeza da planta aplicando-se 
formol diluído, várias vezes com pincel. Depois o material deve ir novamente para a 
estufa para secagem.
• Selecão rigorosa de todo material utilizado para confecção das exsicatas e acondicio-
namento das amostras
 Todo o material utilizado para montagem das exsicatas e acondicionamento de 
amostras nas Coleções Científicas deve ser rigorosamente selecionado para garantir-se a 
melhor conservação das Coleções.
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 Assim, todo o papel utilizado, incluindo-se cartolina para montagem das exsicatas, 
capa para as exsicatas, papel para etiquetas e envelopes em geral, papel celofane para car-
poteca, caixas para armazenamento de frutos e inflorescências grandes, deve ser livre de 
ácido. Existem no mercado papéis especiais, acid-free, que podem ser adquiridos em lojas 
específicas como a “finepapers”.
 Para ter a garantia de que o material é realmente livre de ácidos existem testes sim-
ples específicos que devem ser sempre realizados antes da sua utilização. Para testes em 
papéis deve ser utilizada uma caneta específica “ph testing pen”, faz-se um risco no papel 
com a caneta e se ficar roxo o papel é livre de ácido e pode ser utilizado, se ficar amarelo, o 
papel não deve ser utilizado. 
Para o teste em papel celofane, queima-se o papel e observa-se a cor da chama for
mada.
 Além disso, o herbário deve ter uma caneta especial para qualquer tipo de anotação 
posterior necessária nas exsicatas, como identificações e observações, esta deve ser uma 
caneta nanquim de tinta indiana, que é mais resistente (archival ink - Pigma Micron 03).
 Deve-se ter cuidado também com a cola utilizada para a fixação das etiquetas na 
exsicata, a cola comum branca ou cola em bastão não são indicadas para o uso em Cole-
ções Científicas, estas soltam-se com o tempo, ficam amarelas e atraem fungos e insetos. A 
cola ideal para ser utilizada em coleções científicas é uma cola especial de celulose CMC, 
que por ser sintética não atrai fungos nem insetos e não fica amarelada - é comprada em 
pó, diluída com água destilada e acondicionada em recipiente plástico com tampa com 
pincel.
 Os armários utilizados para a estocagem dos papéis para montagem deve ser rigo-
rosamente limpo e livre de insetos, larvas, ovos ou mofo.
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Informatização, disponibilização de dados na web, digitalização de exsicatas
 O programa utilizado para a informatização da coleção do Herbário é o Brahms, 
que possibilita inclusive a disponibilização de dados na web, aqueles dados selecionados 
pelo curador são disponibilizados via SpecisLink.
 
 Todo material que sai do Herbário via empréstimo deve ser digitalizado 
primeiro. O Herbário BOTU possui uma coleção com mais de 26.000 exemplares sendo o 
trabalho de digitalização e disponibilizaçãodos dados na web bastante grande, exigindo a 
presença de técnicos para a realização desses trabalhos.
 A digitalização da exsicatas e a disponibilização dos dados na internet devem ser 
consideradas como ferramentas importantes para facilitar o acesso à coleção, também se 
permite o empréstimo via imagem. Essas ações são utilizadas como forma para diminuir o 
manuseio das exsicatas, o que diminui e evita a deteriorização do material.
POLÍTICA DE COLEÇÕES
 Cada herbário precisa antes de mais nada ter muito bem definido quais são suas 
metas, se o herbário é Nacional, a meta é representar a Flora Nacional, se o herbário é Es-
tadual a meta é representar a Flora do Estado, e se o herbário é regional, como o Herbário 
BOTU, a meta deve ser a de representar a Flora Regional.
 Todo herbário deve ter dois conjuntos de documentos: as Normas do Herbário e um 
Manual de Procedimentos do Herbário, o que permite para qualquer pessoa nova que ve-
nha trabalhar no Herbário continuar o trabalho da forma em que este vinha sendo feito.
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Consulta ao Herbário
 Antes de consultar o herbário qualquer pessoa deve sempre ter a autorização do 
Curador/Coordenador Científico. Ninguém entra no acervo sem a prévia autorização do 
curador. Nenhum material entra na coleção sem a autorização do curador e sem passar pe-
los procedimentos de controle de pragas (congelamento e estufa).
 Isso significa que se algum pesquisador precisar levar seu material para compara-
ção com o material do acervo, o pesquisador deve se programar e enviar seu material para 
o Herbário com, no mínimo, uma semana de antecedência à sua visita. Assim, o Herbário 
irá tomar as providências necessárias e o material irá para o freezer e a estufa antes do 
pesquisador chegar para seu estudo. Se ele chegar ao Herbário com seu material na mão, 
terá que aguardar pelo menos uma semana, até que seu material tenha passado por todo o 
processo de descontaminação.
 Nenhum material deve sair do herbário sem autorização do curador, e todo materi-
al que sai do herbário deve necessariamente sair via Empréstimo, como forma de controle 
da coleção, mesmo que seja para um pesquisador ou aluno da própria Instituição.
 O Herbário deve ter alguns armários fora do acervo para abrigar o material que os 
alunos ou pesquisadores estão estudando, coletando, montando. Esse material nunca deve 
ficar dentro do acervo.
 A sala do acervo deve conter apenas os armários com as plantas secas e ser utiliza-
da somente para consultas do material do acervo.
 Todo o processo de montagem de exsicatas, recebimento de material de Intercâm-
bio, confecções de Guias de Remessa, confecção de etiquetas, informatização, etc. deve ser 
realizado fora da sala do acervo, em salas próprias para estas atividades.
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Etiquetas
Modelo de Etiqueta 
 Imprimir o número de etiquetas de acordo com o número de duplicatas.
 No caso de doação, deve-se manter a etiqueta do herbário de origem, colocar o ca-
rimbo do herbário que está recebendo o material com número de entrada.
 Toda exsicata deve ter o carimbo do herbário com o número de tombo. Além disso, 
a capa da exsicata também deve ser carimbada.
 Quando o material for informatizado, então deve-se incluir o carimbo do Brahms 
para indicar que o material já foi informatizado.
 O Herbário deve ter também etiquetas e capas para exsicatas específicas, com cor 
diferente para tipos, isotipos, paratipos. 
 E etiquetas menores para observações e identificação do material por especialistas, 
que devem ser adicionadas às exsicatas.
LOGO DO HERBÁRIO
FAMÍLIA
Gênero espécie Autor
Det: data:
Localização: BR, Estado, Município, coordenadas data da coleta
Obs: hábito, cor de flor, fruto.....
Col: Colocar sempre todos os nomes dos coletores, e número do coletor
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 Qualquer outro tipo de informação importante também deve ser sempre indicada 
ou na etiqueta principal ou em etiquetas adicionais, como a presença de material na carpo-
teca, xiloteca, ou se foi retirado fragmento para anatomia, estudo de DNA.
2. Intercâmbio: Permuta, Doação, Empréstimo. Confecção de guias de remessa. Arqui-
vamento de guias e controle de intercâmbio.
 O intercâmbio entre Herbários envolve três ações distintas: Doação, Permuta e Em-
préstimo:
Doação: material não está identificado até espécie, então faz-se a doação do material para 
o especialista da família que em troca devolve a Identificação do material. Ação com fina-
lidade de identificação de material.
Permuta: o material já está identificado, a outra Instituição deve enviar outro material 
identificado em troca, ação com finalidade de crescimento do acervo.
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Empréstimo: pesquisador requisita material do acervo para estudo, e depois se compro-
mete a devolvê-lo no mesmo estado de conservação em que recebeu. Quando algum aluno 
necessita pedir material emprestado, seu orientador fica responsável pelo material. 
 Toda ação de Intercâmbio acontece sempre de Curador para Curador. Nunca um 
aluno ou pesquisador pode enviar uma guia de remessa pedindo material emprestado, ou 
doando material para outro herbário.
 Deve-se ter um rigoroso controle de correspondência e guias de remessa. Nunca se 
deve jogar nada fora. Através dos arquivos se tem controle do material que foi empresta-
do, do material que foi devolvido, das pendências, etc.
 Deve-se ter também pastas diferentes para controle do que está entrando e saindo 
do herbário e do material que precisa ser devolvido para o herbário ou do material que 
precisa ser devolvido para os outros herbários.
Etiquetar as pastas de acordo com material:
DOADO PARA NOSSO HERBÁRIO
DOADO PARA OUTROS HERBÁRIOS
DEVOLVIDO PARA NOSSO HERBÁRIO
DEVOLVIDO PARA OUTROS HERBÁRIOS
PERMUTA ENVIADA
PERMUTA RECEBIDA
AGUARDANDO RECEBIMENTO - quando a Instituição envia uma carta pelo correio ou 
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a própria Guia de Remessa avisando que está enviando o material, essa carta ou a Guia de 
Remessa deve ser guardada até o material chegar. Muitas vezes a Guia vem dentro do pa-
cote.
EMPRÉSTIMO PARA OUTROS HERBÁRIOS: material do herbário que foi emprestado, 
pode-se fazer pastas específicas para Universidades, Instituições de Pesquisa, Instituições 
Estrangeiras
EMPRÉSTIMO DE OUTROS HERBÁRIOS: material que está sendo estudado por alunos 
ou pesquisadores da Instituição, material que veio de outros herbários e que precisará serdevolvido. As guias de empréstimo devem ser separadas de acordo com o pesquisador ou 
aluno que pediu o material, assim quando o aluno defender seu mestrado/doutorado ele 
deverá devolver todo o material que está com ele para os herbários correspondentes antes 
de sua defesa. Assim tem-se um controle rígido do material que precisa ser devolvido e do 
material que está sendo devolvido.
 Além desse rígido controle das Guias de Remessa tem que se ter arquivos com pas-
tas distintas no computador. Uma pasta como Intercâmbio e dentro desta vários arquivos 
separados de acordo com os Herbários. Outra pasta com as Guias de Remessa, e dentro 
desta pasta separar também arquivos para cada Herbário.
 Deve-se ter também um rígido controle das Guias de Remessa que estão sendo en-
viadas, fazer sempre 3 cópias da Guia, 2 serão mandadas junto com o material, uma fica 
no herbário e deve ser substituída quando o curador do outro Herbário mandar de volta a 
Guia assinada e datada dizendo que recebeu o material.
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 Também deve-se ter uma pasta com as outras correspondências, separadas por Ins-
tituição, e arquivos com endereço e Curador de cada um dos Herbários, principalmente os 
brasileiros.
 Todo material que vai para o exterior tem que ser acompanhado de uma Guia de 
Termo de Transferência do Material.
 Relatório Anual - fazer controle mensal de todas as transações feitas. Anotar o nú-
mero de material emprestado/doado para controle e para facilitar o relatório anual. Todos 
esses dados estão contidos nas Pastas de Arquivos de papel e também nos arquivos do 
computador.
Herbário Carpoteca Xiloteca
3.Organização, informatização, e referência cruzada de lâminas e coleções vouchers
 São vários os tipos de outras coleções que podem ser organizadas, como a Carpote-
ca, a Xiloteca, coleção de Polén, laminários de anatomia. Todas essa coleções devem ter 
material voucher no acervo do Herbário e deve-se ter a indicação na exsicata que existe 
material correspondende em outra coleção e no outro material deve-se ter o link com o 
número do Herbário. Esses links são muito importantes e essenciais quando existem as 
coleções adicionais.
 A Carpoteca pode ser acondicionada em armários específicos ou então pode-se 
acondicionar os frutos em caixas específicas no próprio armário do acervo, no último qua-
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drado inferior do armário, guardam-se aí todos os frutos correspondentes do material da-
quele armário e nas exsicatas indica-se que o fruto está no próprio armário.
 Os frutos devem ser acondicionados nessas caixas especiais, com papel adequado 
ou em papel celofane, sempre etiquetados.
 Quando se pretende organizar uma coleção de lâminas, deve-se planejar armários 
específicos para o acondicionamento das lâminas na horizontal. Toda lâmina deve ser eti-
quetada e possuir o número de entrada na coleção de lâminas e o número do acervo do 
Herbário.
 
Herbário Smithsonian National Mu-
seum of Natural History, NMNH, 
Estados Unidos
 
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