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Tutela Provisoria. Peticao Inicial. Posturas do Juiz diante da PI(2)

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Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 
 
 
DISCIPLINA: Módulo de Processo Civil 
PROFESSOR: Daniel Assumpção 
MATÉRIA: Tutela Provisória (continuação). Petição Inicial. Posturas do Juiz diante da Petição 
Inicial. 
 
 
Leis e artigos importantes: 
 Arts. 305 ao 307 do NCPC; 
 Art. 311 do NCPC; 
 Art. 319 do NCPC; 
 Art. 292 do NCPC; 
 Art. 321 do NCPC; 
 Arts. 330 ao 331 do NCPC; 
 Art. 332 do NCPC. 
 
 
Palavras-chave: 
 TUTELA PROVISÓRIA. TUTELA CAUTELAR. ANTECEDENTE. TUTELA DA EVIDÊNCIA. PETIÇÃO 
INICIAL. POSTURAS DO JUIZ DIANTE DA PETIÇÃO INICIAL. EMENDA. INDEFERIMENTO. 
JULGAMENTO LIMINAR DE IMPROCEDÊNCIA. 
 
TEMA: TUTELA PROVISÓRIA (CONTINUAÇÃO). PETIÇÃO INICIAL. POSTURAS DO JUIZ 
DIANTE DA PETIÇÃO INICIAL. 
 
PROFESSOR: DANIEL ASSUMPÇÃO 
 
 
XI. Tutela Provisória 
 
b. Tutela de Urgência 
(iii) Tutela Cautelar 
1. Antecedente 
 
 Nesse caso, será necessário dar início a um processo a fim de realizar o pedido da 
tutela cautelar. Sendo, portanto, necessário de uma petição inicial, a qual deverá ser elaborada de 
acordo com os termos do art. 305 do NCPC. 
 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 Assim, conforme o artigo supracitado, cabe a parte a (i) indicação da lide e seus 
fundamentos. Na verdade, trata-se de uma herança “maldita” do sistema atual, pois, o art. 801, 
inciso III, do CPC/1973, possui a mesma redação. 
 
 O legislador busca com a “expressão inadequada” (lide) é a indicação na petição 
inicial da pretensão principal, a qual garantirá a eficácia de um resultado do processo principal. 
Fundamentando-se, assim, na ideia da instrumentalidade², isto é, é um instrumento que garante 
que outro instrumento seja útil (vale dizer, o processo principal). 
 
 Assim também, é necessária a (ii) exposição sumária do direito, tradicional fumus 
boni iures (fumaça do bom direito), para que o juiz analise a probabilidade de sua existência. 
 
 E também é necessária a (iii) exposição de um perigo de dano ou risco ao 
resultado útil do processo, tradicional periculum in mora (perigo da demora). 
 
 Além dessas três exigências consagradas em lei, possuem outras que são típicas da 
petição inicial: (i) endereçamento; (ii) nome e qualificação das partes; (iii) valor da causa; (iv) 
pedido de produção de provas e citação do réu. Eis os requisitos formais da petição inicial 
consagrados no art. 319 do NCPC. 
 
 É possível que quando o juiz analise o pedido de tutela cautelar, pode este 
entender que se trata de tutela antecipada. Porém, isso não será problema, vez que o art. 
305, §Ú do NCPC consagra a fungibilidade, aplicando-se a regra da tutela antecipada. 
 
 Apresentada a petição inicial, ter-se-á a citação do réu com prazo de 5 (cinco) dias 
para contestar o pedido (art. 306 do NCPC). Perceba-se que não se irá aplicar o procedimento 
comum, pois se assim o fosse o réu iria ser intimado para uma audiência de conciliação. Sendo 
um procedimento “sumarizado”, apesar do Novo CPC não adotar o procedimento sumário. 
 
 Diante disso, caso não haja contestação, ter-se-á revelia. E com esta, o julgamento 
antecipado do mérito cautelar no prazo de 5 (cinco) dias – porém, o prazo é impróprio. Já com a 
contestação, a partir desta seguir-se-á o procedimento comum (art. 307, caput e §ú do NCPC). 
 
 Na verdade, toda essa estruturação do art. 305 ao art. 307 do NCPC nos dá a 
nitidez quanto à existência de um processo cautelar. 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 
 O art. 308 do NCPC concebe a presente regra: a partir do momento em que há a 
efetivação do processo cautelar (parcial ou totalmente), cria-se um prazo de 30 (trinta) dias 
para que no próprio processo em que a tutela foi concedida, o autor elabore o pedido principal. 
 
 E assim o §2º do art. 308 do NCPC prevê a possibilidade de um aditamento da 
causa de pedir, imaginando que se há outras fundamentações que não foram utilizadas, podem 
elas ser trazidas ao processo. 
 
 A partir deste momento, passa-se a ter um processo principal nas mãos, pois aquele 
processo que nasceu como cautelar passa a ser convertido no processo principal. Assim, o art. 
308, §3º do NCPC prevê que após essa conversão as partes serão intimadas para comparecer a 
audiência de conciliação e mediação – não sendo necessário ser citado, mas sim intimado. E 
caso venha ser frustrada a solução consensual, o art. 308, §4º do NCPC diz que frustra a solução 
consensual, haverá o prazo de 15 (quinze) dias para a contestação, isto é, segue-se o 
procedimento comum. 
 
(iv) Tutela da Evidência – art. 311 do NCPC 
 
 O caput do dispositivo enuncia o que se trata de uma tutela de evidência, sendo esta 
uma tutela provisória sem o requisito da urgência, isto é, não se deve buscar o perigo de 
ineficácia do resultado final do processo ou eventual perecimento do direito da parte. 
 
 Assim, a ideia da tutela da evidência é fundamentar apenas a probabilidade do 
direito existir. 
 
 Diante disso, o legislador tipificou as hipóteses de probabilidade da existência do 
direito justifica a sua concessão, senão vejamos: 
 
 Abuso do Direito de Defesa ou Manifesto Propósito Protelatório. Neste caso, 
percebe-se, nitidamente, que a tutela da evidência está sendo utilizada como forma de 
sanção processual. A ideia é punir o réu que faz uso de atos protelatórios. Porém, é 
crucial que haja a grande probabilidade da existência do direito do autor, mesmo que haja 
essa omissão legal no inciso I do art. 311 do NCPC. 
 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 O interessante é que tendo que buscar a razão de ser da Tutela da Evidência, 
trabalhar-se-á com a grande probabilidade não tipificada. 
 
 Alegações de Fato devem ser demonstradas DOCUMENTALMENTE (prova 
documental, não sendo necessário testemunha) – Cognição Sumária – e Tese 
Jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos (Incidente de Resolução de 
Demandas Repetitivas e julgamento de Recurso Extraordinário e Especial 
repetitivos) ou em súmula vinculante (inciso II, do art. 311 do NCPC). 
 
 Cabe ao réu mostrar que essa tese está superada pelo próprio tribunal, assim como 
não se adequa ao caso concreto. 
 
 Pedido Reipersecutório (pedido pessoal da entrega da coisa) fundado em 
prova documental do contrato de depósito. No CPC de 1973, a ação de depósito estava 
prevista como um procedimento especial e, realmente, houve uma época que o 
procedimento teve uma especialidade considerável (quando havia prisão civil do 
depositário infiel). Só que essa ação de depósito continuou tendo uma especialidade 
mínima, que era liminar. Assim, caso se ajuíze uma ação de depósito e junte o contrato de 
depósito escrito, é mais que provável que se tenha o direito de recuperar o bem. Agora, 
com o advento do Novo CPC, tira-se a ação de depósito no rol de procedimentos 
especiais. E, a partir de então, o sistema fica sem essa liminar. 
 
 O art. 311, inciso III, do NCPC ressuscita a previsão de liminar nesse tipo de 
pretensão. Então, aquilo que hoje se consegue como liminar da ação de depósito, com o Novo 
CPC conseguirá a mesma coisa, porém em Tutela de Urgência. 
 
 Petição Inicial instruída com Prova Documental Suficiente dos Fatos 
constitutivos do Direito do Autor – o inciso IV, com outras palavras, diz, exatamente, 
a mesma coisa que o inciso II, porém a tese jurídica do autor não está fixada em 
julgamento de casos repetitivos – e o Réu não produzir Prova na Contestação capaz 
de gerar dúvida razoável ao juiz. 
 
 O réu na contestação, mesmo que não tenha prova documental,pode, através de 
outros meios de prova, convencer o juiz que os fatos alegados pelo autor não é verdadeiro, vez 
que é possível prova testemunhal e pericial, por exemplo. Assim, o réu deve pedir a produção de 
outros meios de prova. 
 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 Observação 1: O art. 311, §Ú do NCPC prevê que na hipóteses de tutela da 
evidência prevista nos incisos II e III, será cabível a tutela da evidência de forma liminar, isto é, 
antes da citação do réu. 
 
 Há a possibilidade de uma tutela provisória da evidência antes da citação do réu, na 
hipótese dos incisos II e III, fazendo uso do contraditório diferido, conforme art.9, §Ú, inciso II do 
NCPC. 
 
 Assim, entende-se que nas hipóteses dos Incisos I e IV, apenas pode ser deferida a 
tutela de urgência após a citação do réu. 
 
 Outrossim, as hipóteses dos incisos II e III poderiam ser objeto de um pedido 
antecedente??? Há uma doutrina que defende que o pedido seria admitido com a aplicação 
subsidiária das regras procedimentais da Tutela Antecipada Antecedente, pois, ambas, tratam-se 
de tutela provisória satisfativa. 
 
 Observação 2: O rol do artigo 311 é exemplificativo, isto é, apesar de 
provavelmente ser lembrado como artigo da tutela da evidência, não se pode entender que seja 
este um rol exauriente. Na verdade, tem-se tutela da evidência que estão presentes no CPC atual, 
que serão mantidas no Novo CPC, mas que não se encontram no rol do art. 311 do NCPC. 
 
 Vale dizer, a guisa de exemplo, a liminar possessória, pois, conforme art. 562 do 
NCPC, percebe-se que ela é uma tutela provisória, que não é de urgência, somente pode ser uma 
Tutela da Evidência. Assim também, a Ação Monitória é uma Tutela de Evidência, vez que é 
uma tutela provisória que é baseada na prova literal (documental) da existência do direito do 
autor, não tendo como base a urgência. 
 
 Assim, somente por elas não terem entrado no rol, não significará que 
deixarão de ser Tutelas da Evidência. 
 
XII. Petição Inicial 
 
 A petição inicial continua sendo um ato processual solene, isto é, depende do 
preenchimento de requisitos formais. No CPC/1973, os requisitos formais se encontram no art. 
282. Agora, com o advento do novo Código, os requisitos se encontram no art. 319. 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 
 O inciso I do art. 319 do NCPC corrige o equívoco do art. 282, I do CPC/1973 que 
fala de endereçamento na pessoa do órgão jurisdicional e agente público estatal. Agora, retirou-se 
a redação do agente público estatal. 
 
 O inciso II do art. 319 do NCPC fala da qualificação das partes, que, agora, exigem 
novos elementos, sejam eles: indicar o número do CPF/CNPJ das partes; indicar o endereço 
eletrônico da parte; a eventual existência de União Estável. 
 
 A questão é a seguinte: saber a qualificação do seu cliente nunca será um problema, 
porém a qualificação do réu, vez que os requisitos da qualificação do CPC/1973, muitas vezes, já 
não se consegue qualificar o réu. Entretanto, o art. 319 em seus §§§ 1º, 2º e 3º do NCPC tratará 
da dificuldade eventual da qualificação do réu. 
 
 O §1º do art. 319 do NCPC estabelece que o autor poderá requerer ao juiz 
diligências para a obtenção das informações exigidas em lei. Assim, quando houver grande 
dificuldade de qualificar o réu, o §1º do art. 319 do NCPC concede esse auxílio na própria 
petição inicial. 
 
 Atenção: Não peça ao juiz o que o advogado pode fazer por si próprio; pois o 
magistrado pode indeferir esse pedido e estabelecer um prazo para o aditamento da petição 
inicial. 
 
 O §2º do art. 319 do NCPC consagra o entendimento doutrinário já presente entre 
nós, estabelecendo que, caso haja uma qualificação do réu deficitária, mas que não se torna um 
óbice para a sua citação, não se trata de caso de indeferimento, bem como de emenda da 
inicial; posto que o juiz deve mandar citar o réu e o réu, no momento da apresentação da sua 
qualificação, complemente a sua qualificação. 
 
 Portanto, mesmo que não se tenha dados que exigidos pela lei, é possível 
fazer uso de outros para citá-lo, a exemplo de apelido, descrição física, local que ele 
costuma ser encontrado em determinados lugares. 
 
 Nesse caso, o autor não precisa nem incomodar o juízo. 
 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 O art. 319, §3º do NCPC trata da hipótese em que a obtenção das informações torna 
impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. Nesse caso, se a obtenção das 
informações gerar esse tipo de problema, o referido dispositivo estabelece que não será caso de 
indeferimento da petição inicial. 
 
 Fala-se aqui no litisconsórcio passivo necessário formado por um número 
significativo de pessoas, pois muitas vezes a quantidade significativa de pessoas gera uma 
dificuldade extrema, assim como uma impossibilidade extrema ao acesso à justiça. 
 
 O inciso V do art. 319 do NCPC trata do valor da causa, continuando a ser 
exigência da petição inicial, vez que a toda causa deverá ser arbitrado um valor. A mudança 
quanto ao valor da causa encontra-se no art. 292 do NCPC. 
 
 O inciso II, do art. 292 do NCPC dispõe que quando existir uma demanda que verse 
sobre a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição e a rescisão de ato 
jurídico, o valor da causa é o valor do ato jurídico (geralmente é um contrato jurídico). 
 
 Porém, a seguinte realidade, por vezes, a discussão diz respeito à parcela do ato 
jurídico reflete sobre o valor da causa, pois este não será mais o valor do ato jurídico, mas sim o 
valor da parte controvertida do ato jurídico. 
 
 Esta inovação não chega a ser inovadora, vez que se trata do entendimento 
doutrinário e jurisdicional atualmente. 
 
 O inciso IV do art. 292 do NCPC que trata do valor da causa referente à Ação de 
Divisão de Demarcação e Reinvindicação, no qual tem como base o cálculo da estimativa oficial 
para lançamento do Imposto, conforme o CPC/1973. 
 
 Ocorre que esse valor fica muito aquém do real valor do imóvel. Portanto, o novo 
CPC mudou o valor da causa para a avaliação da área ou do bem objeto do pedido. O problema é 
a exigência de uma prova pericial para se chegar ao valor da causa. 
 
 Dinamarco diz que se é admitido uma perícia para se chegar ao valor da causa, é 
possível um pedido genérico na petição inicial, enquanto aguarda a perícia judicial para tanto, a 
fim de diminuir o ônus, vez que, caso seja feita anteriormente, será necessário repeti-la em juízo. 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 
 O inciso V do art. 292 do NCPC fala do valor da causa na ação Indenizatória. A sua 
novidade é a inclusão expressa, entre essas ações indenizatórias, daquela fundada em 
dano moral. 
 
 Acontece que atualmente o STJ admite o pedido genérico de dano moral, sendo o 
pedido ilíquido/indeterminado. Assim, quando se faz um pedido genérico, tem-se um valor da 
causa meramente estimativo. 
 
 A partir do momento que o art. 292, inciso V do NCPC estabelece que o valor da 
causa na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, é o valor pretendido, a 
interpretação do respeitável professor é que, com o Novo Código de Processo Civil, não se 
admite mais o pedido genérico de dano moral. 
 
 Necessariamente, precisa-se dizer quanto a pessoa almeja de dano moral. Pois 
caso não diga, não haverá valor pretendido, não haverá, por conseguinte, o preenchimento do 
requisito. 
 
 É possível, mesmo que não pareça a melhor interpretação, caso a própria parte não 
dê um valor, continuará a ser um valor da causameramente estimativa. 
 
 Observação 1: Na petição inicial caberá ao autor manifestar-se contra a 
manifestação, contra a realização da audiência de mediação e conciliação. 
 
 Outrossim, não haverá preclusão temporal para isso, vez que se o réu disser que 
não quer de forma nítida, é possível que superveniente se manifeste sobre. 
 
 No mais, é a petição inicial de sempre. 
 
XIII. Posturas do Juiz diante da Petição Inicial 
a. Emenda da Petição Inicial 
 
 A Emenda da Petição inicial é a primeira postura possível pelo juiz, estando o 
tratamento desta matéria no art. 321 do NCPC. 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 
 Esta apenas será cabível quando estiver diante de um vício sanável, vez que – 
conforme o STJ – trata-se de um direito do autor. Sendo assim, caso o juiz indefira uma petição 
inicial passível de emenda, é possível que a parte recorra com base no cerceamento do direito de 
defesa. 
 
 Quanto ao prazo, agora, com o advento do Novo CPC, passa a ser um prazo de 15 
(quinze) dias. 
 
 Quanto ao pronunciamento que determina a emenda da inicial é necessário, 
agora, que conste expressamente o que deve ser corrigido ou complementado. Isto é, indicar com 
precisão o que deve ser corrigido e/ou complementado. 
 
 Atenção: apesar do juiz deva indicar o que deve ser corrigido ou 
complementado, mas não pode ele indicar como deve ser corrigido o erro ... 
 
 Outrossim, o STJ insiste que o pronunciamento que determina a Emenda da Inicial é 
um Despacho. O STJ também diz que se o despacho causar uma grave lesão ao autor, é 
passível de Agravo de Instrumento. Sabe-se que de despacho não cabe recurso, portanto, o 
pronunciamento que determina a Emenda Inicial deveria ser Decisão Interlocutória. 
 
 O Novo CPC possui um rol exauriente do Agravo de Instrumento. Assim, somente 
terá cabimento de Agravo de Instrumento nas hipóteses legais. E o pronunciamento que 
determina a Emenda da Petição Inicial não se encontra no rol de recorribilidade por Agravo 
de Instrumento. 
 
 Agora, a partir do Novo Código de Processo, não é viável que se faça interposição 
de Agravo de Instrumento. Porém, quid iures, caso haja um pronunciamento que causar grave 
lesão ao autor é viável que se manuseie um Mandado de Segurança contra Ato Judicial, com 
fundamento no art. 5º, II, da Lei 12.016/09. 
 
b. Indeferimento da Petição Inicial – arts. 330 e 331 do NCPC 
 
 Quanto à exclusão de algumas hipóteses previstas no art. 295 do CPC/1973, vale 
apontar: (i) impossibilidade jurídica do pedido, posto que com o Novo CPC deixou de ser uma das 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
condições da ação; (ii) inadequação procedimental. A inadequação procedimental está prevista no 
art. 295, V do CPC/1973 como causa de indeferimento da inicial, salvo se for possível a 
adequação – sendo esta uma hipótese de emenda da Inicial. 
 
 A melhor doutrina passou entender que adequar o procedimento é sempre possível. 
 
 Além dessa exclusão, tem-se uma causa de remoção, isto é, prescrição e 
decadência, previstas no CPC/1973 no art. 295, VI, como causa de indeferimento da inicial. 
Contudo, estas eram as únicas hipóteses de indeferimento da inicial de sentença de mérito. Por 
isso, colocou-os, no Novo CPC, no julgamento liminar de improcedência. Assim, indeferimento 
da inicial apenas resta para sentença terminativa. 
 
 O art. 330, §1º, II do Novo CPC estabelece uma hipótese de indeferimento que é a 
formulação de pedido genérico quando a lei exigir pedido determinado. Assim, quando a lei 
exigir um pedido determinando a sua petição inicial é inepta. Sendo esta inepta estar-se-á diante 
de causa de indeferimento. 
 
 Sabe-se que, em regra, o Novo CPC determina que o pedido tem que ser 
determinando, porém, excepcionalmente, admite-se um pedido genérico (art. 324, §1º do NCPC) 
nas ações universais, quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato e 
quando a determinação do objeto ou do valor depende, exclusivamente, de ato que deve ser 
praticado pelo réu. 
 
 Havendo uma sentença de indeferimento da petição inicial e o autor venha 
apelar, é possível que o juiz de primeiro grau venha anular a sua sentença e dê continuidade ao 
processo (juízo de retratação), citando o réu. Esse juízo de retratação possui um prazo de 5 
(cinco) dias para recorrer, porém é um prazo impróprio. Contudo, se não houver retratação, o art. 
296 do CPC/1973 prevê a remessa da apelação sem a integração do réu. Agora, com o Novo 
CPC, se não houver a retratação haverá a citação do réu para responder ao recurso (art. 
331, §1º do NCPC). 
 
 O art. 331, §2º do NCPC comete um desligue grave ao dizer que sendo “reformada” 
a apelação, posto que a sentença será anulada, uma vez que reformar significa substituir. E não 
será isso que ocorrerá, posto que a mesma irá desaparecer. 
 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 Assim, sendo anulada a sentença haverá o retorno do processo ao primeiro grau, 
não precisando mais citar o réu, vez que ele já está integrado. Sendo, apenas, necessário intimar 
as partes para a audiência de conciliação e mediação do art. 334 do NCPC. 
 
 Destarte, não havendo solução consensual, abrir-se-á o prazo para a contestação. 
Quanto a esta, trabalhar-se-á com uma preclusão hierárquica referente a matéria já decidida na 
apelação, isto é, o réu não poderá discutir quanto a matéria decidida na Apelação. 
 
 Uma outra novidade encontra-se no art. 331, §3º que prevê a intimação do réu se a 
sentença transitar em julgado, ou seja, no caso de não haver apelação. Trata-se de uma 
novidade, posto que ao se comparar com o art. 319, §6º do NCPC, não havia essa exigência para 
sentença terminativa, mas sim para sentença de mérito. 
 
c. Julgamento Liminar de Improcedência – art. 332 do NCPC 
 
 Atualmente, têm-se no art. 285-A do CPC/1973 o julgamento liminar de 
improcedência. Porém, o grande problema na previsão atual do Código de 1973 são os requisitos 
para que haja julgamento liminar de improcedência, senão vejamos: 
 
i. o primeiro requisito exige uma presunção de veracidade dos fatos alegados 
pelo autor, isto é, o autor não precisa provar nada do que está alegando, pois 
o juiz presumirá tudo verdadeiro. Mas, mesmo assim, o juiz indefere 
liminarmente, sem a produção de provas, ainda que tudo que esteja dizendo 
seja verdadeiro. 
 
 Assim, não se pode prejudicar o autor liminarmente na parte fática da sua produção. 
Pois, se o juiz disser que tal fato não lhe convenceu é crucial que haja a produção de provas. 
 
 O Novo CPC no art. 332, caput, na percepção do Prof. Daniel Assumpção, mantem 
este requisito com uma nova redação, vez que este diz que se julgará liminarmente improcedente 
nas causas que dispense a fase instrutória, ou seja, causas de matéria exclusivamente de direito 
ou, então, causas que tenham questão de fato que são presumidos verdadeiros – não precisando 
de produção de provas. 
 
 
 
Matéria: Módulo de Processo Civil – Prof: Daniel Assumpção 
 (ii) precedentes do próprio juízo. Assim, duas sentenças de improcedência no 
mesmo juízo fundamente o julgamento liminar. Porém, o STJ se incomoda com essa postura, vez 
que o que significa no computo geral duas sentenças. 
 
 (iii) Existência de precedentes dos tribunais superiores. Esse requisito não está na 
lei, contudo o STJ inclui esse terceiro. Portanto, têm-se hoje no CPC/1973 esses três requisitos. 
 
 O Novo CPC exclui o requisito de precedentes do próprio juízo e tipifica quais 
devem ser os precedentes dos tribunais superiores.

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