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FERRUGEM CANA DE AÇUCAR

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Ferrugem na cana de açúcar
Jéssica Mayumi Anami
Introdução
Maior produtor (açúcar e etanol)
50% da produção mundial
490 milhões t/ano
8.527.800 ha
4,5 milhões de empregos
Introdução 
A cana de açúcar pode ser atacada por dois tipos de ferrugem, a alaranjada (Puccinia kuehnii) e a marrom (P. melanocephala).
Puccinia kuehnii	
A ferrugem alaranjada foi citada pela primeira vez na cana em 1890, mas somente no final da década de 1990 causou perdas de 24% na produção em TPH, na Austrália.
Sua ocorrência se dava somente nos continentes asiático e oceânico, até que em 2007 foi encontrado na América.
Puccinia kuehnii	
Com a ameaça de entrada no Brasil, o departamento de sanidade vegetal lançou um informativo com informações de prevenção, e estabelecendo a diversidade do plantel, com limite de 15% de variedade plantada.
Em 2009 foi detectada o primeiro foco de ferrugem alaranjada do Brasil em Araraquara-SP.
Puccinia kuehnii
Hoje a ferrugem alaranjada está disseminada em vários municípios de SP, sendo provável que chegue em todas as regiões produtoras de SP.
Três variedades apresentam maior suscetibilidade: RB72454, SP89-1115, SP84-2025; que compõe menos de 10% da área de cultivo.
Etiologia 
Classe: Basidiomicetos 
Ordem: Uredinales 
Gênero: Puccinia 
Espécie: Puccinia kuehnii
Epidemiologia
Germinação dos esporos (5º a 34ºC);
UR maior que 90%;
 Condições ótimas:
Temperaturas entre 19º e 26ºC;
Umidade relativa entre 98% e 99%.
Epidemiologia
É um fungo biotrófico específico, com parasitismo refreado, possui uma baixa gama de hospedeiros, atacando principalmente o gênero Saccharum.
Disseminada pelo vento, homem, material propagativo.
Sintomas	
Ocorrem primeiramente junto a bainha.
Sintomas
Ocorre formação de pequenas pontuações amareladas e alongadas que evoluem gradativamente para pústulas (lesões) salientes, com coloração alaranjada a castanho-alaranjada, que não se tornam escuras. 
 
Sintomas
As pústulas tendem a ocorrer agrupadas e próximas ao ponto de inserção da folha ao colmo. Em condições de alta severidade da doença, é comum a coalescência das pústulas e necrose das folhas, que geralmente ocorre a partir das bordas.
Sintomas
O diagnóstico é facilitado com o uso de lupa, que permite visualizar os esporos de coloração alaranjada sobre as pústulas formadas na face inferior da folha
Controle
Utilização de variedades resistentes.
Mapear variedades suscetíveis (avaliação de resistência pela escala diagramática)
Químico (fungicidas)
Controle
P. melanocephala
Identificada pela primeira vez na Índia no séc. XX
Primeiro relato em 1986 no Brasil (SP, PR, SC)
Chegada ao Brasil por meio de correntes de ar do continente Africano
90% de cultivares resistentes.
P. melanocephala
Dano depende muito da cultivar
Suscetibilidade ligada a idade -2 a 6 meses
Etiologia	
Classe: Basidiomicetos 
Ordem: Uredinales 
Gênero: Puccinia 
Espécie: Puccinia melanocephalla 
Epidemiologia
Umidade: 99%
Temperatura: 21-26ºC
Necessidade de molhamento foliar;
Sob condições ideais a evolução das pústulas e a produção de uma nova massa de inóculo se completa num período de 7 a 14 dias;
Epidemiologia
É um fungo biotrófico específico, necessita 8 horas de molhamento foliar, e temperatura ideal de 21º a 26ºC
Disseminação pelo vento, homem e material propagativo.
Sintomas
No inicio, formam pequenas pontuações cloróticas, 
Evoluem pra lesões alongadas de cor amarelo pálida, visíveis em ambos os lados da folha; 
Sintomas
As lesões apresentam relevo, de coloração avermelhada, chegando a marrom escuro a preto no final do estádio;
Sintomas
Manchas são rodeadas por estreito halo de coloração amarela;
As pústulas se rompem deixando escapar os uredósporos; 
Sintomas
Em variedades susceptíveis as pústulas reduzem a vida da folha que perdem sua função fotossintética;
A presença da pústula reduz o crescimento da planta e diminui a produtividade;
Controle
Método de controle mais adequado é o uso de variedades resistentes; 
Evitar a entrada de material vegetativo vindo de áreas com ocorrência;
Controle químico: fungicidas a base de estrobirulina e triazol. 
Alto custo e baixa eficiência;
Controle
P. kuehnii x P. melanocephala
Diferenciação epidemiológica
Ferrugem alaranjada
Ferrugem marrom
Durante o verão eoutono
Estaçõesúmidas com temperaturas mais amenas na primavera
Atacam as plantas na metade do ciclo até a maturação
Atacam as plantas mais jovens
Germinação dosuredionósporos17º-24ºC
21º- 26ºC
Umidadeacima de 97% otimiza a germinação
Necessita de umidade acima de 99% para otimizar a germinação
Variedade suscetível: RB72454
Variedaderesistente: RB72454
Diferenciação etiológicas	
Ferrugem alaranjada – P.kuehnii
Ferrugem marrom – P.melanocephala
Pústulas de coloraçãolaranja a marrom alaranjada
Pústulas de coloraçãomarrom a marrom escuro
Pústulasmenores e ovais
Pústulasmaiores e alongadas
Pústulas agrupadas
Pústulas distribuídasaleatoriamente
Pústulasmais frequentes na base das folhas
Pústulas mais frequentes na ponta da folha
Diferenciação sintomática	
 P. kuehnii P. melanocephala
Receituário agronômico 	
Cultura:Cana de açúcar
Áreaa tratar:2 ha
Diagnóstico:Ferrugem alaranjada
Produto:PrioriXtra
Quantidade:1 L
Dose de aplicação:500 ml/ha
Período de carência:30 dias
Época de aplicação:Preventivo
Modalidadee equipamentos de aplicação:Aplicação terrestre com pulverizador. Reaplicar se necessário com intervalo de 30 dias. Utilizar adjuvante específico a 0,5% do volume de calda de aplicação, até no máximo 600 ml de adjuvante por hectare.
Classetoxicológica:III – medianamente tóxico
Orientações:substituição das variedades resistentes.
Observações:Aplicar no inicio do aparecimento da doença ou de forma preventiva, utilizar volume de calda de 100 a 200 L/ha

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