Buscar

PRIMEIRA PROVA DE LOGICA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Faculdade Mineira de Direito
Lógica Aplicada ao Direito – Primeira Avaliação
Prof. Luiz A. L. de Ávila
Nome: Anna Clara Palmeira Carvalho de Souza Nota: _________
	Lucas Henrique Maia da Silva 
	Diante das sentenças que conseguimos retirar da questão única, tais sejam: “Meugnin é suspeito, será ele culpado?” e “Meugnin é culpado, será ele condenado?”, percebe-se que não há distribuição de termo médio, e não há cumprimento de quaisquer das oito regras aplicadas ao silogismo, contudo, tendo como base as seguintes informações: “se a passagem das premissas à conclusão não é necessária e isto decorre do fato de que não podemos sempre identificar nas premissas um elemento de conexão que esteja distribuído, então, podemos incorrer na non distributio medii ou não distribuição do termo médio ”¹ e seguindo a linha de pensamento do mesmo autor, chegamos ao seguinte silogismo:
²	
	Deste modo, o silogismo inferido ao caso decorreu de uma incoerência lógica, pois não foram observados os contrários, subcontrários, contraditórios e as alternações. Não ocorreu distribuição do termo médio, tendo a narrativa dos fatos que levaram a determinação da autoria de Meugnin, decorrido simplesmente deste ter discutido com Sodot antes de seu assassinato, não se observando os métodos científicos corretos do silogismo que deveriam ser aplicados ao caso. Sendo assim, temos então a seguinte sentença, “MEUGNIN MATOU, LOGO, DEVE SER PRESO.”.
	Dada a sentença torna-se possível perceber que o quadro de oposições encontra-se incorreto nas seguintes proposições: UNIVERSAL NEGATIVA E PARTICULAR NEGATIVA, haja vista a seguinte informação:
UA (a): SE MATAR DEVE SER PRESO → Verdadeiro
UN (e): SE MATAR, PRESO NÃO DEVE SER → Falso
PA (i): Meugnin matou, logo deve ser preso → Verdadeiro
PN (o): Meugnin matou, logo preso não deve ser → Falso 
	Tendo ciência da veracidade da UNIVERSAL AFIRMATIVA (P  Q, que pode ser lida como “Se matar, deve ser preso”), logo, também é verdadeira PARTICULAR AFIRMATIVA (P e Q, que pode ser lida como “Meugnin matou e deve ser preso”). Ao verificar as expressões dadas no quadro, ( [P  Q]) e particular negativa (P   Q ; [P e Q] ;  P e  Q), dada no quadro de oposição está errada, notas que essas encontram-se erradas, as expressões corretas são na verdade, a UNIVERSAL NEGATIVA ( [P  Q], que pode ser lida como “Se matar, preso não deve ser”) quanto a PARTICULAR NEGATIVA ( P e Q), que pode ser lida como “Meugnin matou, logo preso não deve ser).
 	A partir do quadro de oposição é possível observar a QUALIDADE (quando as proposições são afirmativas ou negativas) e QUANTIDADE (quando as proposições são universais, particulares ou singulares), logo, é perceptível quando ocorre:
OPOSIÇÃO: ocorre sempre quando as proposições se diferenciam em quantidade ou qualidade, ao mesmo tempo.
CONTRARIAS: quando as proposições possuem a mesma quantidade (sendo sempre universais), porém qualidades diferentes. Toda UNIVERSAL POSITIVA(a) (Se matar deve ser preso) é CONTRARIA a UNIVERSAL NEGATIVA(e) (Se matar, preso não deve ser), e vice e versa. Não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, mas podem ser falsas ao mesmo tempo
SUBCONTRÁRIA: as proposições possuem a mesma quantidade (sendo sempre particulares), contudo se diferem quanto a qualidade. Não podem ser falsas ao mesmo tempo. As proposições subcontrárias são PARTICULAR AFIRMATIVA(i) (Meugnin matou e deve ser preso) e PARTICULAR NEGATIVA (Meugnin matou e não deve ser preso).
SUBALTERNA: possuem a mesma qualidade, diferem-se pela quantidade. Sempre que as universais forem verdadeiras, as particulares também serão, mas se as particulares forem verdadeiras, não necessariamente as universais também serão. As proposições subalternas são sempre as PARTICULARES em relação as UNIVERSAIS, ou seja, sempre (i) é subalterno de (a) e (o) é subalterno de (e).
CONTRADITÓRIAS: as proposições possuem qualidade e quantidade diferentes. Não podem ser nem verdadeiras e nem falsas ao mesmo tempo. Diferença das contrárias, é que as contrárias podem ser falsas ao mesmo tempo. UNIVERSAIS 
Faculdade Mineira de Direito
AFIRMATIVAS(a) e PARTICULARES NEGATIVAS(o) são contraditórias, assim como UNIVERSAIS NEGATIVAS(e) e PARTICULARES AFIRMATIVAS(i) são contraditórias.
ALTERAÇÃO: possuem qualidade igual e quantidade diferente
	Após análise minuciosa do quadro, podemos concluir que nos princípios universais a verdade é absoluta e o falso é relativo. Já no caráter particular se inverte, ou seja, a verdade relativa e o falso e absoluto. O falso se altera na forma em que alternamos a forma escrita, de forma que, para o melhor conhecimento de um objeto, é necessário que haja uma divisão para análise.
 O quadro de oposições traz consigo algumas expressões que possuem uma necessidade de explicação a respeito. Para o contrário, podemos dizer que ha necessidade de uma expressão ter como diferente os princípios quantitativos e iguais os princípios qualitativos. Já no sistema contraditório, temos o princípio do contraditório, no qual há uma inversão complementar de valores qualitativos e quantitativos. A alternação se dá pelo fato de que a quantidade seja igual, porém a qualidade seja diferente, fato que se diferencia do contrário (no mesmo a ordem é diferente). Já a diferença pode-se constatar pela diferença do valor da expressão.
Luiz Augusto de Lima Ávila, UMA TEORIA SEMÂNTICA FUNDADA EM FORMALISMOS LÓGICOS PARA A ANÁLISE LINGUÍSTICA DAS REGRAS DE PREDICAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE CONCEITOS JURÍDICOS p.134 a 135. 2010

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais