Prévia do material em texto
INTRODU~AO Uma mudan~a paradigmatica ocorreu na bio1ogia celu1ar quando ficou claramente estabelecido o fato de que_a morte das celulas de urn tecido nao e urn acontecimento necessari amente aleat6rio, mas sim urn fenomeno que pode ser progra mado no tempo e contro1ado na sua genese. Esta morte ce lular programada (MCP) ou morte fisiol6gica e urn fenomeno ublquo em organismos multicelulares e deve ser distinguido da morte por necrose. A MCP tern por caracterfstica basica a elimina~ao de celulas de urn tecido maduro ou em foona~ao sem alterar a ontogenese, a citoarquitetura e a fun~ao do mesmo5. Com rarlssimas exceenvo!vidas pela mem brana citoplasrnatica, e contendo no seu interior fragmentos nucleares, recebem o nome de corpos apopt6ticos 17 • Os cor pas apopt6ticos sao rapidamente fagocitados pelos macr6- fagos teciduais, que os digerem sern gerar qualquer reayao inflamat6ria. Dados recentes da literatura dernonstram que a fagocitose de eel ulas apopt6ticas inibe a secreyao, pelo macr6fago, de moleculas pr6-inflarnat6rias7 • 0 fato de as ce lul as apopt6ticas, constituintes de urn tecido adulto ou em matura<;ao, serern rapidamente fagocitadas e digeridas expli ca o porque da dificuldade de se reconhecer a existencia deste fen6meno in vivo. Em culturas in vitro de celulas iso ladas ou de tecidos, ele e muito mais facilmente perceptive!. 0 avan<;o nesta area fez com que aparecesse um grande nu mero de tecnicas especfficas para o diagn6stico in situ da apoptose2 • Alem das altera<;oes morfo16gicas acirna descritas, a que bra do DNA e um segundo marco caracterfstico deste tipo de morte celular. A ativa<;ao de uma endonuclease que quebra o DNA nos nucleossornas, que s6 muito recentemente vem sendo caracterizada, gera urn padrao de fragmentayao abso-, lutamente caracterfstico. A organiza<;ao macromolecular dos cromossomos em nucleossomas, distanciados .~ntre si qe aproximadamente 200 pares de base, faz corn que a a<;ao da referida endonuclease gere fragmen tos de tamanhos varia dos, mas sempre multiplos de 200 pares de base. Estes, quan do separados em um gel de agarose, produzem urn padrao de quebra internucleossomal que aparece na grande maioria das celulas em apoptose. Ao contrario, uma celula que rnorre por necrose tem o seu DNA quebrada em sftios total mente ines pecfficos e, portanto, a fragrnentayao nao gera qualquer pa drao repetitivo 18 • Em resumo, o diagn6stico da morte par apoptose e feito pelo tipo de alterayaO estrutura) que uma celula sofre e pelo padrao de quebra de seu DNA em adiyao a evidenciayao de atividade das caspases envolvidas (ver adiante). Funcionalmente, a morte celular programada e um fen6meno que se inicia pelo nucleo da celula e mantem fnte gras as organelas, principalmente as membranas citoplasrna ticas e intracelulares, enquanto a necrose ou morte aguda se caracteriza por serum fen6meno essencialrnente citoplasma tico com desorganiza<;ao da estrutura das organelas e ruptura das rnembranas celulares. Meio M.P. Citoplasma Caspase-8 . k • . t' ~ l caspase-3 Substratos apopt6ticos procaspase-8 Fig. 5.1 - A via dos receptores de morte ce/ular e a via mitocondrial de induryfio, controle e efetuaryfio da apoptose (adaptada de Hengartner MO. Nature 407:770-6 par Fernando Real). MECANISMOS MOLECUI.ARES DA APOPTOSE 0 MECANISMO CENTRAL oA MaRTE POR APOPTOSE: AS (ASPASES Caspases sao cistefno-proteases (possuem uma cistefna no sftio ativo) que clivam os seus substrates ap6s resfduos de acido aspartico (£istefno-proteinase-aspartico ase). As caspases constituem uma grande familia de protefnas hom6logas entre si, com atividade enzimatica, hoje ja com 14 membros bern caracterizados (caspase- 1 a caspase-14), e que sao ativadas em celulas sinalizadas para morrerem por apop tose. A inibi~ao da atividade das caspases, por muta~ao ou mesmo por a9ao farmacol6gica, pode retardar ou ate impedir a morte celular por apoptose. As caspases sao filogenetica~ mente conservadas, tendo sido encontradas desde em hydras, nemat6ides e insetos ate no homem. 0 mecanisme de a~ao das caspases e invariavelmente clivando protefnas em urn ou mais sftios, sempre ap6s urn resfduo de acido aspartico, resultando daf ou a inativa9ao funcional do substrate ou al temativamente a sua ativa9ao, seja por clivagem de urn do mfnio inibit6rio na propria molecula ou por inativa9ao de uma molecula inibit6ria. Assim, a variabilidade da a~ao das caspa ses deve-se essencialmente ~is diferen9as funcionais entre os substrates clivados12• Estes podem ser classificados em pro tefnas pr6 ou antiapopt6ticas, protefnas componentes da 59 maquinaria da apoptose, protelnas da estrutura celular e pro tefnas envolvidas na sinaliza~ao e no reparo de les6es. Exem plos destas diferentes categorias de substrates sao: 1) a ativa~ao em cascata de procaspases, por caspases previamente ativadas, gerando uma atividade proteo lftica capaz de superar a ativ idade inibit6ria end6gena exercida por protelnas conhecidas por lAPs (inhibi tors of apoptosis); 2) clivagem das moleculas antiapopt6ticas BCL-2 e BCL xL liberando fragmentos c-terminais com atividades pr6-apopt6ticas; 3) clivagem de BID, uma protelna pr6-apopt6tica geran do urn fragmento que induz a libera~ao de citocromo c das mitocondrias; 4) clivagem de uma molecula que inibe a atividade de uma nuclease, liberando assim a mesma para clivar o DNA do nucleo celular; 5) clivagem da gelsolina e da lamina, protelnas importantes para a manuten~ao da integridade estrutural da celula; 6) clivagem da Poli-(ADP-ribose)-polimerase, enzima im portante no reparo de les6es do DNA. As DuAs VIAS DA APOPTOSE A Via dos Receptores de Morte Celular A ativa~ao, por ligantes especlficos, de urn grupo de re ceptores de membrana da superfamflia do receptor de TNF (R-TNF) e capaz de induzir ativa~ao de caspases. A famflia dos R-TNF inclui urn variado grupo de receptores entre os quais o R-TNF-1 eo CD-95 (Receptor FAS). Urn receptor fun cional da famflia dos R-TNF e tipicamente constituldo por urn complexo proteico tlimerico ou multimerico, estabilizado por pontes de sulfetos e caracterizado por domlnios extracelula res ricos em cistefnas. No entanto, alguns membros da fami lia destes receptores, como, por exemplo, o CD-95, o R-TNF- 1 e o R-TNF-2, podem ser encontrados na forma soluvel, como conseqUencia de c livagem proteolftica. Interessante mente, os ligantes dos R-TNF constituem tambem uma fami lia de protelnas de membrana com uma regiao c-terminal ca racterlstica, de aproximadamente 150 aminoacidos, e que constitui o sltio de liga~ao com os seus receptores especffi cos. Exemplos destes ligantes sao o proprio TNF e o ligante de CD-95 ou ligante de FAS (FASUCD-95L). Classicamente, OS Jigantes desta famfl ia sao protefnas trimericas OU multimericas da membrana celular e que induzem agrega9ao de seus respectivos receptores. No entanto, TNF e CD-95L sao tambem funcionai s na forma soluvel. Os receptores da famflia R-TNF capazes de induzir apoptose compartilham de urn domlnio intracelular de 65 resfduos de aminoacidos, ca paz de promover intera~ao entre protelnas, conhecido como o "domlnio da morte" (DO - death domain) e por isso mes mo denominados de "receptores de morte celular"3• Alem dosja citados Fas e R-TNF-1, outros receptores da mesma famflia possuem DDs. Sao eles: DR-3, R-TRAIL-1/DR-1, R TRAI L-2/DR5 e DR-6. Estes receptores, cujas por96es intracelulares nao possuem qualquer atividade catalltica, fun cionam atraves do recrutamento, pelos DO, de uma serie de • 60 moleculas sinalizadoras que fazem a transdu~ao de sinais ne cessaries para a indu~ao da apoptose. Quando as cadeias dos "receptores de morte celular" se agregarn ap6s contato com uma molecula sinalizadora, os seus DDs adquirem a pro priedade de interagirem corn moleculas conhecidas como FADJ!IMORT- 1. Estas, por sua vez, tern a capacidade de re crutarem, para o mesmo agregado, uma·serie de procaspases- 8, que geram caspases-8 ativadas capazes de cli varem caspases-1 e caspases-3, Estas ultimas en tao executam a rnor te apopt6t ica da celula. Aqui ja fica clara a existencia de caspases iniciadoras, como a caspase-8 e caspases executo ras como as caspases 1 e 3 do exemplo acima. E interessante frisar que os R-T NF-1 funcionam via a ati va~ao de FADD/ MORT-! , como ja dito, mas nao o fazem diretamente, mas sim atraves do recrutamento de urna molecula citoplasmatica co nhecida como TRADD (TNF- R-associated death domain). Os R-TNF sao tambem capazes de recrutar urna ou tra serie decelular e a induclfnicos. Estes se baseiam na capacidade da molecula TRAIL de induzir a apop tose pela via dos receptores de morte celular e pela maior sus cetibilidade a este mecan isme de morte das celulas tumorais comparadas com celulas normais. 0 mecanismo responsavel por esta suscetibilidade diferencial ainda nao esta total men te esclarecido. No entanto, trabalhos recentes mostrando a resposta a TRAIL de hepat6citos humanos normais sugerem a possibil idade de urn efeito t6xico desta terapia em humanos. Finalmente, os inibidores das caspases sao candidates 6bvi os para a terapia baseada na apoptose. Estas drogas sao es sencialmente compostos orgiinicos sinteticos que mimetizam o sftio ati vo das enzimas e assim competem com as mesmas inibindo a sua atividade. Estudos pre-clfnicos muito promisso res em modelos animais de les6es p6s-isquemicas de varios 6rgaos ate de Doen~a de Parkinson e de Esclerose Lateral Amiotr6fica tern estimulado a industria farmaceutica a investir neste tipo de drogas para futuros ensaios clfnicos. Uma abor dagem extremamente interessante foi proposta para o tratamen to da AIDS e exempli fica toda a potencialidade da engenharia genetica. Celulas em cultura foram transfectadas com o gene da pr6-caspase 3 com os sftios de clivagem substitufdos por seqUencias sensfveis as proteases do HIV. Desta maneira, as celulas infectadas pelo vfrus morrem por apoptose devido a ativac;ao da pr6-caspase 3 pelas proteases virais. A importancia do fenomeno da apoptose na pnitica oncol6gica recebeu urn grande impulso quando se passou a atribuir o sucesso ou a falencia dos tratamentos qufmio e/ou radioterapico a capacidade de as celulas tumorais entrarem em processo de morte celular programada como resposta a injuria induzida por estes agentes ffsicos ou qufmicos. A in tegridade funcional do gene TP53 seria o elemento crfti co para a defini~ao das conseqi.iencias destas terapias confor me descrito acima. Atualmente, este conceito nao e total mente aceito em func;ao de um grande numero de trabalhos clfnicos e experimentais, principal mente em tumores s6lidos, questi onando a ideia de que a apoptose e a unica forma de morte celular induzida por irradiac;ao ou por qui mioterapicos. Neste contexte, tambem e questiomivel a noc;ao de que a caracteriza~ao da competencia funcional da p53 e necessari amente urn fator predi tivo da resposta de urn tumor a radio- terapia. 0 conhecimento das bases celulares e moleculares da resposta a qufmio e radioterapia e inquestionavelmente impor tante para o aperfei~oamento das pniticas terapeuticas em uso corrente. Se a apoptose e parte deste mecanisme e que ge nes participam desta morte programada sao quest6es ainda em aberto e que merecem a aten~ao do pesquisador basi ~o e do oncologista clfnico. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS I. Afford S, Randhawa S. Demystified apoptosis. Journa l o f Clinical Pathology, Molecular Pathology 53:55-63, 2000. 2. Benftez-Bri biesca L. Assessment o f apoptosis in tumo r growth: importance in clinical oncology and cancer therapy. When Cells Die, RA Lockshin, Z Zakeri e JL Tilly Editores. Wiley Liss 453-82, 1998. 3. Daniel PT, Wider T, Sturm I, Schulze-Osthoff K. The kiss of death: promises and failures of death rec~ptors and ligands in cancer therapy. Leukemia 15: 1022-32, 200 1. 4. Ferreira CG, Epping, M Krut, FAE, Giaccone G. Apoptosis: target of cancer therapy. Clinical Cancer Research 8:20-34, 2002. 5. Finkel E. Does cancer therapy trigger cell suic ide? Science 286:2256-8, 1999. 6. Hengartner MO. The bi oc hem is try of apoptos is . Nature 407:770-6, 2000. 7. Henson PM, Bratton DL, Fadok VA. Apoptoti c cell removal. Current Biology R795-R805, 2001. 8. Joza N, Krae mer G , Penninger JM. Genetic analysis of the mammalian cell death !llachinery. Trends in Genetics 18: 142-9, 2002. 9. Kraemer G, Reed JC. Mitochondria l control of cell death. Nature Medic ine 6:5 13-9, 2000. 10 . . Meier P, Finch A, Evan G. Apoptosis in development. Nature 407:796- 801 , 2000. II . Mihara M, Erster S, Zaika A, Petrenko 0, Chittenden T et al. p53 has a direct apoptogenic role at the mitochondria. Mole cular Cell l l i577-90, 2003. 12. Nicholson DW. Caspase structure, proteolytic substrates and fu nction during apoptotic cell death. Ce ll Death and Di ffe rentiation 6: I 028-42, 1999. 13. Nicholson DW. From bench to cl inic with apoptosis-based therapeutic agents. Nature 407:8 10-6, 2000. 14. Polyak K, Xia Y, Zweier JL, Kinzler KW, Vogelstein B. A model for p53-induced apoptosis. Nature 389:300-5, 1997. 15. Ranganath RM, Nagashree NR. Role of programmed cell death in development. International Review of Cytology 202: 159-242,2001. 16. Reneham AG, Booth C , Potten CS. What is apoptosis and why it is important? Briti sh Medical Journa l 322: 1536-8, 2001. 17. Trump BF, Berezesky IK. The reactions of cells to letha l injury: oncosis and necrosis - the role of calcium. When Cells Die, RA Lockshin, Z Zakeri e JL Tilly Editores. Wi ley Liss 57-96, 1998. 18. White MK, McCubrey JA. Suppressjpn of apoptosis: role in cell growth and neoplasia. Leukemia 15:1011-2 1. 200 1. 19. Zorn ig M, Hue ber A-0, Bau m W, Evans G. Apoptos is regulators and the ir ro le in tumorigenesis. Biochimica et Biophysica Acta 1551:FI -F37, 2001. 63 morte celular0001 morte celular0002 morte celular0003 morte celular0004 morte celular0005 morte celular0006 morte celular0007clfnicos. Estes se baseiam na capacidade da molecula TRAIL de induzir a apop tose pela via dos receptores de morte celular e pela maior sus cetibilidade a este mecan isme de morte das celulas tumorais comparadas com celulas normais. 0 mecanismo responsavel por esta suscetibilidade diferencial ainda nao esta total men te esclarecido. No entanto, trabalhos recentes mostrando a resposta a TRAIL de hepat6citos humanos normais sugerem a possibil idade de urn efeito t6xico desta terapia em humanos. Finalmente, os inibidores das caspases sao candidates 6bvi os para a terapia baseada na apoptose. Estas drogas sao es sencialmente compostos orgiinicos sinteticos que mimetizam o sftio ati vo das enzimas e assim competem com as mesmas inibindo a sua atividade. Estudos pre-clfnicos muito promisso res em modelos animais de les6es p6s-isquemicas de varios 6rgaos ate de Doen~a de Parkinson e de Esclerose Lateral Amiotr6fica tern estimulado a industria farmaceutica a investir neste tipo de drogas para futuros ensaios clfnicos. Uma abor dagem extremamente interessante foi proposta para o tratamen to da AIDS e exempli fica toda a potencialidade da engenharia genetica. Celulas em cultura foram transfectadas com o gene da pr6-caspase 3 com os sftios de clivagem substitufdos por seqUencias sensfveis as proteases do HIV. Desta maneira, as celulas infectadas pelo vfrus morrem por apoptose devido a ativac;ao da pr6-caspase 3 pelas proteases virais. A importancia do fenomeno da apoptose na pnitica oncol6gica recebeu urn grande impulso quando se passou a atribuir o sucesso ou a falencia dos tratamentos qufmio e/ou radioterapico a capacidade de as celulas tumorais entrarem em processo de morte celular programada como resposta a injuria induzida por estes agentes ffsicos ou qufmicos. A in tegridade funcional do gene TP53 seria o elemento crfti co para a defini~ao das conseqi.iencias destas terapias confor me descrito acima. Atualmente, este conceito nao e total mente aceito em func;ao de um grande numero de trabalhos clfnicos e experimentais, principal mente em tumores s6lidos, questi onando a ideia de que a apoptose e a unica forma de morte celular induzida por irradiac;ao ou por qui mioterapicos. Neste contexte, tambem e questiomivel a noc;ao de que a caracteriza~ao da competencia funcional da p53 e necessari amente urn fator predi tivo da resposta de urn tumor a radio- terapia. 0 conhecimento das bases celulares e moleculares da resposta a qufmio e radioterapia e inquestionavelmente impor tante para o aperfei~oamento das pniticas terapeuticas em uso corrente. Se a apoptose e parte deste mecanisme e que ge nes participam desta morte programada sao quest6es ainda em aberto e que merecem a aten~ao do pesquisador basi ~o e do oncologista clfnico. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS I. Afford S, Randhawa S. Demystified apoptosis. Journa l o f Clinical Pathology, Molecular Pathology 53:55-63, 2000. 2. Benftez-Bri biesca L. Assessment o f apoptosis in tumo r growth: importance in clinical oncology and cancer therapy. When Cells Die, RA Lockshin, Z Zakeri e JL Tilly Editores. Wiley Liss 453-82, 1998. 3. Daniel PT, Wider T, Sturm I, Schulze-Osthoff K. The kiss of death: promises and failures of death rec~ptors and ligands in cancer therapy. Leukemia 15: 1022-32, 200 1. 4. Ferreira CG, Epping, M Krut, FAE, Giaccone G. Apoptosis: target of cancer therapy. Clinical Cancer Research 8:20-34, 2002. 5. Finkel E. Does cancer therapy trigger cell suic ide? Science 286:2256-8, 1999. 6. Hengartner MO. The bi oc hem is try of apoptos is . Nature 407:770-6, 2000. 7. Henson PM, Bratton DL, Fadok VA. Apoptoti c cell removal. Current Biology R795-R805, 2001. 8. Joza N, Krae mer G , Penninger JM. Genetic analysis of the mammalian cell death !llachinery. Trends in Genetics 18: 142-9, 2002. 9. Kraemer G, Reed JC. Mitochondria l control of cell death. Nature Medic ine 6:5 13-9, 2000. 10 . . Meier P, Finch A, Evan G. Apoptosis in development. Nature 407:796- 801 , 2000. II . Mihara M, Erster S, Zaika A, Petrenko 0, Chittenden T et al. p53 has a direct apoptogenic role at the mitochondria. Mole cular Cell l l i577-90, 2003. 12. Nicholson DW. Caspase structure, proteolytic substrates and fu nction during apoptotic cell death. Ce ll Death and Di ffe rentiation 6: I 028-42, 1999. 13. Nicholson DW. From bench to cl inic with apoptosis-based therapeutic agents. Nature 407:8 10-6, 2000. 14. Polyak K, Xia Y, Zweier JL, Kinzler KW, Vogelstein B. A model for p53-induced apoptosis. Nature 389:300-5, 1997. 15. Ranganath RM, Nagashree NR. Role of programmed cell death in development. International Review of Cytology 202: 159-242,2001. 16. Reneham AG, Booth C , Potten CS. What is apoptosis and why it is important? Briti sh Medical Journa l 322: 1536-8, 2001. 17. Trump BF, Berezesky IK. The reactions of cells to letha l injury: oncosis and necrosis - the role of calcium. When Cells Die, RA Lockshin, Z Zakeri e JL Tilly Editores. Wi ley Liss 57-96, 1998. 18. White MK, McCubrey JA. Suppressjpn of apoptosis: role in cell growth and neoplasia. Leukemia 15:1011-2 1. 200 1. 19. Zorn ig M, Hue ber A-0, Bau m W, Evans G. Apoptos is regulators and the ir ro le in tumorigenesis. Biochimica et Biophysica Acta 1551:FI -F37, 2001. 63 morte celular0001 morte celular0002 morte celular0003 morte celular0004 morte celular0005 morte celular0006 morte celular0007