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1 INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LATICÍNIOS CAROLINE BARRETO DANTAS APLICAÇÃO DE PROBIÓTICOS EM VEGETAIS MINIMAMENTE PROCESSADOS: UMA REVISÃO NOSSA SENHORA DA GLÓRIA-SE 2022 2 INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE COORDENAÇÃO DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LATICÍNIOS CAROLINE BARRETO DANTAS APLICAÇÃO DE PROBIÓTICOS EM VEGETAIS MINIMAMENTE PROCESSADOS: UMA REVISÃO Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto Federal de Sergipe, como pré-requisito exigido para a obtenção do grau de Tecnólogo em Laticínios. Orientador: Prof. Me. Mateus de Carvalho Furtado Coorientador: Prof. Dr. João Batista Barbosa NOSSA SENHORA DA GLÓRIA-SE 2022 3 FICHA CATALOGRÁFICA 4 5 Agradecimentos Agradeço a Deus por estar comigo e conduzir minha vida, e nunca me deixar desistir, pois ele tem um propósito para cada um de nós e tudo que ele faz tem o seu tempo e eu acredito nisso que tudo é no tempo dele, podemos até querer agir ou realizar planos com pressa mais se não for da sua vontade não acontecerá; Aos meus pais e minha família, pelos valores e princípios repassados; Aos professores, em especial professor Mateus pela paciência e orientação. 6 RESUMO Diversos estudos definem probióticos como microrganismos benéficos para a saúde humana cujas funções vão de manter o equilíbrio da microbiota intestinal ao tratamento de renite alérgica e infecções respiratórias superiores. A busca pelos mesmos tem aumentado por eles seres referidos como agentes bioterapêuticos e alimentos funcionais. Os probióticos são encontrados normalmente em derivados lácteos, no entanto, existe um número significativo de pessoas que não possuem capacidade de digerir totalmente à lactose, por isso, o desenvolvimento de alimentos probióticos utilizando a matriz vegetal tem sido uma alternativa interessante para esse público e também para os veganos. Esse tipo de consumidor também tem procurado cada vez mais produtos práticos de qualidade, logo, os vegetais minimamente processados, que são produtos que passam por vários processos ficando prontos para o consumo, se apresentam como uma alternativa para entrar no mundo dos probióticos, proporcionando aos seus consumidores um produto seguro e saudável semelhante ao in natura. Assim, o objetivo do trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica a respeito das principais aplicações de probióticos em vegetais minimamente processados. As pesquisas verificaram que os vegetais minimamente processados com probióticos tem sido aceito pelos consumidores por apresentarem benefícios para saúde, praticidade, qualidade sensorial e nutricional. Ficou também evidente a necessidade de realizar mais pesquisas para alcançar resultados com maior potencial comercial. Palavras Chaves: Bactérias benéficas, tecnologia de frutas e hortaliças, matriz vegetal. 7 ABSTRACT Several studies define probiotics as beneficial microorganisms for human health whose functions range from maintaining the balance of the intestinal microbiota to the treatment of allergic rhinitis and upper respiratory infections. The search for them has increased because they are referred to as biotherapeutic agents and functional foods. Probiotics are usually found in dairy products, however, there is a significant number of people who do not have the ability to fully digest lactose, so the development of probiotic foods using the plant matrix has been an interesting alternative for this audience and also for vegans. This type of consumer has also been looking for more and more practical quality products, so minimally processed vegetables, which are products that go through several processes and are ready for consumption, present themselves as an alternative to enter the world of probiotics, providing their consumers with a safe and healthy product similar to in natura. Thus, the objective of this work was to carry out a literature review about the main applications of probiotics in minimally processed vegetables. Research has verified that minimally processed vegetables with probiotics have been accepted by consumers because they have benefits for health, practicality, sensory and nutritional quality. It was also evident the need to carry out more research to achieve results with greater commercial potential. Keywords: Beneficial bacteria, fruit and vegetable technology, vegetable matrix. 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Fluxograma das etapas gerais do processamento mínimo de fruta e hortaliças................................................................................................... 19 9 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS BPF - Boas Práticas de Fabricação TGI - Trato Gastrointestinal VMP - Vegetais Minimamente Processados IV - Impregnação a Vácuo 10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................11 2. OBJETIVOS......................................................................................................................... 13 2.1 Objetivo Geral.....................................................................................................................13 2.2Objetivos Específicos...........................................................................................................13 3. METODOLOGIA................................................................................................................. 14 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................................. 15 4.1. Probióticos......................................................................................................................... 15 4.2. Processamento Mínimo de Frutas e Hortaliças..................................................................17 4.2.1. Etapas Gerais do Processamento Mínimo.......................................................................20 4.3. Técnicas deAplicação de Probióticos em MatrizVegetal...................................................21 4.3.1. Desenvolvimento de Vegetais Minimamente Processados com Probióticos..................22 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................25 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................26 11 1. INTRODUÇÃO Probióticos são definidos como microrganismos vivos que quando administrados em quantidades adequadas promovem benefícios a saúde do hospedeiro, favorecendo o equilíbrio microbiano intestinal (SAAD, 2006). Eles atuam diretamente no intestino estimulando seu funcionamento, podendo servir de grande auxiliador para a saúde e qualidade de vida do indivíduo (BRITO e FERRAZ, 2019). A influência benéfica que os probióticos exercem sobre a microbiota intestinal se deve ao aumento da resistência contra patógenos e estímulo à multiplicação de bactérias benéficas, pois o intestino é o órgão mais ativo do organismo humano, dessa forma, abriga uma microbiota diversificada que, quando em equilíbrio, resultam num processo fisiológico adequado (ROCHA, 2011). Os probióticos são encontrados normalmente em derivados lácteos como iogurtes, leites fermentados e kefir que são produtos mais acessíveis. Entretanto, diversas pessoas que são incapazes de digerir totalmente a lactose, que são dislipidêmicas, apresentam reação imunológica a proteínas presentes no leite, bem como muitos veganos ou que simplesmente não apreciam o leite e derivados, mas que consideram importantes as vantagens do consumo de probióticos (MEDEIROS, 2021). Nesse sentido, o desenvolvimento de alimentos probióticos utilizando matriz vegetal foi uma alternativa que apresentou potencial para este público (MARTINS et al., 2013; MARTINS et al., 2015; SHORI, 2016). Assim, foram verificados diversos estudos que aplicam os probióticos em produtos vegetais como, por exemplo, as pesquisas com asfrutas e hortaliças minimamente processados (RODRIGUES, 2013; OLIVEIRA, 2014; RODRIGUES, 2017; MARTINS, 2012). Vegetais minimamente processados são alimentos que passam por processos como remoção de partes não comestíveis/desejadas (como cascas e sementes), acondicionamento em embalagens como o vácuo e outros processos que não envolvem a adição de substâncias como sal e gorduras (MONTEIRO et al., 2016). São elaborados mediante várias operações unitárias simples como seleção, lavagem, descascamento, corte, sanificação, enxágue, embalagem e armazenamento. Estas etapas associadas à manutenção da cadeia do frio fazem com que estes produtos tenham vida útil que permite 12 a sua comercialização e consumo sem problemas para a saúde do consumidor (FONSECA et al ., 2009). Segundo o MINISTÉRIO DA SAÚDE (2014), alimentos in natura ou minimamente processados, em grande variedade e predominantemente de origem vegetal, são a base para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável. Assim, o mercado de vegetais minimamente processados se apresenta como uma alternativa saudável e prática para entrar no mundo dos probióticos. 13 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Realizar revisão bibliográfica a respeito das principais aplicações de probióticos em vegetais minimamente processados. 2.2 Objetivos Específicos Apresentar as principais informações sobre probióticos e vegetais minimamente processados. Analisar pesquisas a respeito do desenvolvimento vegetais minimamente processados que contenham probióticos em sua composição. Explorar as informações sobre o mercado de probióticos e vegetais minimamente processados disponíveis na literatura. 14 3. METODOLOGIA O presente estudo foi a construção de uma revisão bibliográfica com a finalidade de analisar as principais aplicações de probióticos em vegetais minimamente processados. A coleta de dados foi realizada no período 19 de outubro de 2021 a 14 de janeiro de 2022 e para realização da pesquisa utilizou-se as bases de dados Google Acadêmico, Scielo, Scopus, LILACS e Periódicos CAPES. Após a seleção de artigos, foi realizada a leitura exploratória, a escolha e seleção de material e análise de conteúdo que correspondem ao tema e objetivos. O corpus desse trabalho foi agrupado e fundamentado em referenciais teóricos que apresentam significativa importância sobre as categorias: probióticos, frutas e hortaliças minimamente processadas e aplicação de probióticos em matriz vegetal minimamente processada. 15 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4.1. Probióticos Probióticos, por definição, são ‘‘microrganismos vivos que quando administrados em quantidades adequadas conferem benefício à saúde do hospedeiro’’(PEREIRA e LUSNE, 2019). No entanto, essa é uma definição ampla que não especifica os tipos, as rotas de administração, os alvos e os possíveis efeitos na saúde humana. Por isso, o entendimento sobre a especificidade de cepas é fundamental nesse contexto, ou seja, os efeitos cientificamente comprovados, alcançados por uma espécie bacteriana isoladamente, não podem ser atribuídos a outras espécies ou mesmo a combinações de espécies, assim como a outros gêneros de microrganismos (BARRETO, 2018). Para que um microrganismo seja considerado um probiótico ele precisa possuir algumas características específicas, tais como: resistência ao ambiente ácido estomacal, a sais biliares e as enzimas pancreáticas; a variações de pH, adesão às células da mucosa intestinal; e produção de substâncias antimicrobianas contra patógenos, entre outras (OLIVEIRA et al., 2017). Ou seja, os probióticos são organismos vivos com funções que podem manter a integridade do revestimento intestinal, equilíbrio do pH; ação antibiótica; regulação da imunidade e inflamação, bloqueio da propagação e invasão de bactérias patogênicas (FRANÇA, 2021), logo, favorecendo o ambiente da microbiota intestinal. A microbiota intestinal é composta por um conjunto de microrganismos presentes no intestino que age protegendo o ambiente das bactérias patogênicas. No trato gastrointestinal podem ser encontradas pelo menos 400 espécies de bactérias, algumas com efeitos positivos (probióticas), como por exemplo, as Bifidobactérias e Lactobacillus, e algumas com efeitos negativos, as Enterobacteriaceae e Clostridium spp (SANTOS e VARAVALHO, 2011). Os profissionais da saúde reconhecem cada vez mais, os benefícios dos alimentos adicionados de microrganismos vivos, para a saúde e nutrição, e por isso existem alguns trabalhos indicando que probióticos possuem papel importante nas funções imunológicas, digestivas, assim como respiratórias, com crianças e grupos de alto risco podem ter um elevado alívio nos desequilíbrios infecciosos (FAO/OMS, 2020). 16 De acordo com OLIVEIRA et al. (2002), foram verificados efeitos benéficos significativos sobre sintomas clínicos de determinadas doenças como a alergia alimentar infantil, bem como a melhoria da qualidade de vida de portadores de doenças crônicas mediadas pelo sistema imune, como doenças inflamatórias intestinais a partir da administração de probióticos. Na especialidade otorrinolaringologia, os probióticos são considerados como sendo uma nova alternativa ao tratamento de muitos desequilíbrios desta área, podendo serem utilizados para prevenir e diminuir a duração de sintomas de diversas doenças, assim como a gravidade dos episódios como de renite alérgica e infecções respiratórias superiores, apresentando também uma resposta positiva no tratamento destes (FREDES e SANTAMARÍA, 2017). Os probióticos podem ser ingeridos via alimentos ou suplementos alimentares que, de acordo com marco regulatório da ANVISA, são todos os produtos de ingestão oral, apresentados em formas farmacêuticas, destinados a suplementar a alimentação de indivíduos saudáveis com nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos, isolados ou combinados (LIMA e WESCHENFELDER, 2019). Eles são referidos como agentes bioterapêuticos e alimentos funcionais, mas, antes de declarar o valor clínico desses microrganismos disponíveis na indústria farmacêutica e alimentícia, é necessário avaliar com rigor os seus mecanismos de ação (PEDROSO, 2011). Dessa forma, quando se visa introduzir microrganismos probióticos em alimentos, deve-se estudar e avaliar como a manutenção fisiológica e estrutural de suas células influencia na saúde de quem os consome e na vida de prateleira do produto (SHIGEMATSU, 2017). Tradicionalmente, na elaboração de alimentos probióticos, são utilizados produtos lácteos, no entanto, há um aumento na demanda por produtos que não sejam de origem animal, devido ao crescimento do número de consumidores veganos, bem como aqueles intolerantes à lactose e/o alérgicos às proteínas do leite (ALBUQUERQUE et al., 2021). Assim, diversos estudos vêm relatando o uso de microrganismos probióticos em alimentos de origem vegetal (RODRIGUES, 2017 RODRIGUES, 2013; OLIVEIRA, 2014; MARTINS, 2012; RIBEIRO, 2020; MONTEIRO, 2021). Alem disso, a conscientização sobre os benefícios para a saúde associado ao consumo de produtos probióticos é um fator importante que impulsiona a demanda geral 17 do mercado de probióticos (SHAIKH, 2018). A expansão do mercado de probióticos vem sendo presenciado desde 2016, com um aumento de 30%, isso equivale a 32,2 bilhões de dólares para o ano de 2017, esperando-se que em 2022 o mercado para probióticos cresça em até 7% globalmente, o que representaria 64 bilhões de dólares na sua taxa de crescimento anual (BARROS, 2021). 4.2. Processamento Mínimo de Frutas e Hortaliças Frutas e hortaliças minimamente processadas são vegetais que passaram por alterações físicas, sendo descascados e/ou picados, e/ou torneados, e/ou ralados, dentre outros processos, mas mantidos em estado fresco e metabolicamente ativos (VILAS BOAS, 2012). Os vegetais minimamente processados (VMP) tambémpodem ser definidos como produtos prontos para o consumo, que são pré-selecionados, lavados, podendo ou não ser pré-cortados, desinfetados, embalados em atmosfera modificada e mantido sob refrigeração, possuindo qualidade semelhante à do produto fresco (ALVARENGA, 2011; MELO e STRASBURG, 2020). Apresentam também características como disponibilidade em porções menores, facilidade de utilização (GOMES, 2020), redução no tempo de preparação, rápido consumo e redução do desperdício (AMARAL, 2015). O objetivo dos produtos minimamente processados é proporcionar ao consumidor um produto semelhante ao in natura, seguro e com qualidade nutricional e sensorial adequada (SILVA, 2021). No entanto, o processamento mínimo submete frutas e hortaliças a alterações fisiológicas devido à remoção de sua barreira natural de proteção, o que, por sua vez, favorece o desenvolvimento de microrganismo (FILHO e BORGES, 2020) e a ocorrência de reações químicas e enzimáticas indesejáveis. Assim, aliada aos procedimentos para processamento, deve-se haver a implantação de boas práticas de fabricação (BPF) para o sucesso na comercialização de frutas e hortaliças minimamente processadas, sendo este fato necessário para prevenir e controlar os riscos da contaminação e ainda manter a qualidade do produto final (CHITARRA, 2000). As boas práticas de fabricação são indispensáveis pois os vegetais podem estar naturalmente contaminados por patógenos formadores de esporos, tais como Bacillus cereus e os do gênero Clostridium spp, onde a contaminação por C. botulinum, um patógeno anaeróbio, representa um risco para vegetais embalados sob vácuo e a presença 18 de Staphylococcus aureus é indicativa das más condições de higiene dos manipuladores (AZEVEDO e DORNELES, 2018). Em relação às possibilidades de perdas, além dos cuidados com microrganismos, é necessário também evitar as alterações causadas por perda de massa, escurecimento enzimático, amolecimento e oxidação durante o processamento deste tipo de alimento (SIQUEIRA, 2019). Assim, o controle adequado dos fatores extrínsecos, como a temperatura e a composição atmosférica, são fundamentais para retardar desordens fisiológicas, bioquímicas e microbiológicas dos alimentos minimamente processados, que afetam suas características sensoriais (RUIZ et al., 2021). Dessa forma, a aplicação da cadeia de frio é um dos fatores importantes, mas nem sempre as temperaturas corretas são utilizadas ou a refrigeração é mantida durante etapas importantes como o processamento e comercialização do produto. Quanto ao uso de embalagens ativas e inteligentes, a utilização de atmosfera modificada e/ou revestimento comestíveis, com baixas temperaturas, permite ampliar o tempo de vida útil dos produtos minimamente processados (PINTO, 2007) como pode ser verificado nos trabalhos desenvolvidos por FURTADO (2018) que pesquisou inhame minimamente processado com revestimento comestível e FLEITAS (2014) que aplicou atmosfera modificada em saladas prontas. Assim, a área de frutas e hortaliças minimamente processadas está em constante inovação, ou seja, os estudos estão buscando resultados que apresentem vantagens significativas para o mercado que é cada vez mais competitivo (FORNARI et al., 2015). O mercado interno de produtos minimamente processados representou U$ 300 mi do PIB brasileiro em 2016, sendo que o surgimento dos produtos minimamente processados no Brasil ocorreu na década de 90, tendo sua expansão no mercado devido as vantagens apresentadas pelos vegetais minimamente processados (SVISTAK, 2018). Em relação à produção mundial de frutas e hortaliças, o Brasil se apresenta como terceiro maior produtor com 45 milhões de toneladas ao ano, das quais 65% são para consumo interno e 35% são para externo (EMBRAPA, 2020). Logo, o processamento mínimo de frutas e hortaliças se apresenta como um nicho de mercado em crescimento e consolidação para um perfil específico do consumidor, pois é um produto com maior valor agregado quando comparado as frutas e hortaliças “in natura” (CRICCA e MARTINS, 2017). 19 4.2.1. Etapas Gerais do Processamento Mínimo As etapas básicas do processamento mínimo de frutas e hortaliças são as apresentadas na figura 1: seleção/classificação, lavagem, descascamento/corte, sanitização, enxágue, centrifugação, embalagem e armazenamento (SILVA, 2021; CENSI, 2011; MORETTI, 2007; KAWAZOE, 2018; PINTO, 2007; FURTADO, 2013; CHIARINI et al., 2017; MEDANHA, 2014; BASTOS, 2006). Figura 1. Fluxograma geral do processamento mínimo de frutas e hortaliças 20 a) Seleção / Classificação Nesta etapa, o vegetal é selecionado de acordo com a sua aparência, ou seja, se estiver amassado ou danificado, o mesmo será descartado. O ideal é que o produto esteja com a coloração esperada (própria do produto e também do grau de maturação desejado para sua comercialização), tamanho adequado e odor próprio de um produto fresco. b) Lavagem A operação de lavagem, que pode ser feita de forma manual e mecânica, tem como objetivo eliminar o excesso de sujidades na superfície. c) Descascamento e Corte Existem métodos de corte e descascamento mecânico e manual. Na escala industrial é utilizado o mecânico, mas esse método deve ser avaliado em função da injúria que pode causar aos vegetais, que em geral favorece a entrada de microrganismos e a ocorrência de reações químicas e enzimáticas prejudiciais para qualidade do produto. O método manual, apesar de ser mais lento, é o mais recomendado por causar menos injúrias. d) Sanitização Esta tem o objetivo de eliminar/reduzir a população microbiana a níveis seguros à saúde pública aumentando a vida útil dos produtos. Geralmente é utilizado entre 150 a 200 ppm de cloro ativo para sanitização por um período de 10 minutos. e) Enxágue O produto é imerso em água limpa, a fim de remover o excesso de cloro aderido no processo de sanitização. f) Centrifugação A centrifugação ou a drenagem tem o objetivo de retirar o excesso de água presente no fruto em decorrência das etapas de sanitização e enxágue. A metodologia utilizada irá depender das características do vegetal para evitar danos físicos. 21 g) Embalagem A embalagem proporciona uma barreira entre o alimento e o ambiente, controlando a transmissão de luz; a taxa de transferência de calor, de umidade e de gases; e impedindo o contato com microrganismos e insetos. Ela também pode reduzir as reações químicas e bioquímicas indesejadas como também informar o estágio de maturação do vegetal através de diversas tecnologias que podem ser aplicadas dentro do universo das embalagens ativas e inteligentes. h) Armazenamento Devem ser armazenados em baixas temperaturas que aliadas as embalagens adequadas conseguem retardar alguns processos bioquímicos e químicos, como também, reduzir a velocidade da multiplicação de microrganismos. 4.3. Técnicas de Aplicação de Probióticos em Matriz Vegetal A busca por novos produtos no mercado tem movimentado cada vez mais o desenvolvimento de novos estudos e a aplicação de probióticos em vegetais minimamente processados não seria diferente, afinal, estudar como inserir bactérias lácteas em matriz vegetal é importante para o desenvolvimento de produtos com qualidade, assim, o uso de várias tecnologias vem sendo aplicadas e avaliadas (RODRIGUES, 2013). Uma tecnologia com grande perspectiva para aplicação na produção de alimentos funcionais, incluindo vegetais adicionados de bactérias probióticas, é a impregnação a vácuo (IV), que utiliza gradientes de pressão para incorporar componentes funcionais na matriz estrutural de alimentos porosos, sem modificar substancialmente as suas propriedades sensoriais. Diversos estudos demonstraram que a IV é eficiente para incorporar nutrientes em frutas e hortaliças, como vitaminas, sais minerais e microrganismos probióticos (OLIVEIRA, 2014). Outra alternativa seria a veiculação de probióticos em filmes e revestimentos comestíveis que são formados por matrizes geralmenteadequadas para carrear componentes (como probióticos), assim, aplicações de proteínas do soro de leite também têm sido relatadas na literatura como filmes e revestimento, sendo formas alternativas de prolongar o tempo de armazenamento de produtos frescos e minimamente processados (MADELLA, 2018). 22 Quando se adiciona compostos funcionais a esses filmes, eles se tornam também filmes bioativos, com o objetivo de favorecer a saúde do consumidor, logo, diversos filmes comestíveis, contendo probióticos, estão sendo estudados, no entanto, ainda são poucos trabalhos que estudam e reportam a capacidade dos filmes de protegerem as bactérias na passagem pelo trato gastrointestinal (TGI) (NIRO, 2021). A fermentação também é considerada um alternativa para incorporação de microrganismos probióticos à bebidas de frutas ou em vegetais, pois esta técnica além de proporcionar a conservação, pode possibilitar o desenvolvimento de características nutricionais e sensoriais desejáveis aos produtos fermentados (SHORI, 2016). Dessa forma, estudos foram desenvolvidos para verificar as possíveis respostas em relação a aplicação de probióticos em vegetais mininamente processados bem como a eficiência das técnicas utilizadas no processo de inserção desses microrganismos. 4.3.1. Desenvolvimento de Vegetais Minimamente Processados com Probióticos Diante dos aspectos relevantes apresentados sobre vegetais minimamente processados e probióticos, diversos pesquisadores realizaram estudos com objetivo de encontrar respostas que aumentem o poder de mercado das matrizes vegetais com probióticos. SHIGEMATSU et al. (2015) fizeram uma breve pesquisa que teve como objetivo desenvolver cobertura comestível com o probiótico Lactobacillus acidophilus para cenoura minimamente processada. Eles concluíram que a cobertura foi eficiente como suporte ao L. acidophilus, pois este manteve a viabilidade celular e, por ser mesófilo, demonstrou baixa atividade metabólica à temperatura de armazenamento, a qual auxilia na redução da alteração do produto. SILVA et al. (2013) avaliaram a viabilidade de L. acidophilus e L. rhamnosus em couve minimamente processada, além das características físico-químicas e microbiológicas do produto. Eles verificaram que as amostras estavam de acordo com os padrões brasileiros para Salmonella sp. e coliformes a 45°C. Já os microrganismos probióticos apresentaram-se viáveis no produto com contagens de 107 UFC/g, comprovando que a couve minimamente processada pode ser veículo para esses microrganismos. 23 MARTINS (2012) realizou uma pesquisa onde foi estudada a viabilidade do uso das saladas de frutas minimamente processadas como veículo de microrganismos probióticos e concluiu que elas podem ser consideradas veículos de bactérias probióticas e consumidas por indivíduos vegetarianos, crianças, idosos e indivíduos que possuam restrição de colesterol na dieta. Ele constatou também que a seleção de uma matriz vegetal, capaz de veicular microrganismo probióticos, é importante, no entanto, é essencial a avaliação do produto contendo bactérias probióticas. RUIZ et al. (2021) aplicaram coberturas comestíveis adicionadas de diferentes concentrações de soro de kefir em frutas minimamente processadas com o objetivo de selecionar a melhor cobertura afim de aumentar a vida de prateleira das frutas minimamente processadas. Eles concluíram que o revestimento reduziu a perda de peso e variação de pH das amostras, bem como manteve a acidez constante das frutas e verificaram que as frutas que receberam o revestimento com soro tiveram uma melhor aparência, mais brilhosa e lisa, atrativa ao gosto do consumidor. Revestimento comestível à base de pectina de baixa metoxilação foi desenvolvido por RODRIGUES (2017) para veicular microrganismo probiótico em cenoura e goiaba minimamente processada. Foram utilizados no revestimento à base de pectina: L. acidophilus, L. plantarum, L. paracasei. Ela fez a combinação das bactérias L. acidophilus com L. plantarum, L. acidophilus com L. paracasei e L. plantarum com L. paracasei. E concluiu que as bactérias mostraram-se viáveis quando os revestimentos comestíveis foram incorporados à cenoura e goiaba minimamente processadas. Assim, a autora considerou o revestimento comestível estudado como uma matriz promissora para incorporar as bactérias probióticas, devendo ser testado seu uso em outras frutas e hortaliças. Destacou ainda L. plantarum como um microrganismo probiótico promissor para a adição em revestimentos comestíveis, por apresentar excelente viabilidade celular e boa resistência ao trato gastrointestinal simulado, quando adicionada no revestimento de pectina de baixa metoxilação. RIBEIRO et al.(2020) analisaram a contagem de Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus acidophilus e Lactobacillus plantarum em pêssego minimamente processado e verificaram as características físico-químicas e microbiológicas dos produtos obtidos. Também realizaram a microscopia eletrônica de varredura para avaliar a aderência dos microrganismos ao tecido da fruta, e o resultado revelou excelente aderência dos lactobacilos ao tecido do pêssego indicando boa interação dos probióticos 24 com a fruta, que apresentou qualidade microbiológica satisfatória, concluindo que pode ser um veículo promissor das bactérias probióticas para a população. MONTEIRO (2021) avaliou o crescimento do Lactobacillus salivarius na solução filmogênica e para isso revestiu fatias de mamão com a solução para obter fatias probióticas da fruta desidratadas. Foi verificado que a aplicação do L. salivarius por meio da solução filmogênica apresentou resultados satisfatórios, afirmando o potencial promissor do método na incorporação do probiótico para o desenvolvimento de fatias de mamão secas. Em 2014, OLIVEIRA realizou uma pesquisa na qual o objetivo foi avaliar os métodos de impregnação a vácuo e impregnação a pressão atmosférica ou imersão na adição de bactérias probióticas em melão minimamente processado. E sua conclusão foi de que a técnica de impregnação a vácuo é uma tecnologia com maior potencial para incorporação de componentes aos produtos vegetais em comparação com a técnica de imersão, aconselhando um estudo mais aprofundado do uso da IV em outros vegetais, para verificar as alterações provocadas pela técnica em outras matrizes e a sua utilização para incorporação de outros componentes de alto valor nutritivo. Também constatou que o tempo de 2 minutos de aplicação de vácuo e mais 2 minutos de restauração da pressão atmosférica foi suficiente para incorporação de L. acidophilus e L. plantarum em melão minimamente processado pela técnica de impregnação a vácuo. RODRIGUES (2013) adicionou Lactobacillus acidophilus e Lactobacillus plantarum por impregnação a vácuo em goiaba minimamente processada a fim de produzir um alimento probiótico de origem vegetal. A técnica de impregnação a vácuo demonstrou ser eficiente na introdução de Lactobacillus acidophilus e Lactobacillus plantarum na estrutura vegetal de goiaba, que se apresentou como uma matriz promissora para veicular bactérias probióticas, além de ter tido uma ótima adesão e distribuição dos microrganismos por causa da estrutura interna dos seus tecidos. 25 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante da revisão realizada foi verificado a viabilidade da aplicação de probióticos em matriz vegetal como uma alternativa para pessoas que são “impedidas” de consumir produtos de origem animal. Ficou também evidente a necessidade de aprofundar e realizar mais pesquisas para alcançar resultados que possam ser traduzidos em um potencial comercial mais sólido. 26 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS9 ALBUQUERQUE, A. 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