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EXCELENTÍSSIMO SR. DOUTOR. DESEMBARGADOR RELATOR DA XX 
COLENDA CAMARA DE DIREITO PRIVADO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO XXXXX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO 
Processo nº XXXX.XXXX.XX.XX.XX 
AGRAVANTE: Rafaela (menor impúbere), representada por sua mãe. 
AGRAVADO: Emerson 
VARA DE ORIGEM: 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y 
 
RAFAELA, menor impúbere, representada por sua mãe MELINA, já qualificadas 
nos autos da AÇÃO DE ALIMENTOS movida em face de EMERSON, por 
intermédio do advogado infra-assinado (procuração nos autos), vem, 
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor o presente AGRAVO 
DE INSTRUMENTO, com fundamento no artigo 1.015, inciso I, do Código de 
Processo Civil, em face da r. decisão que indeferiu o pedido de tutela antecipada 
para fixação de alimentos provisórios, pelos motivos de fato e de direito a seguir 
expostos: 
 
I – DA TEMPESTIVIDADE 
A decisão agravada foi publicada em 01/12/2015, conforme consta na certidão 
de publicação anexa ao atos de origem. Assim, o prazo para a interposição do 
presente recurso é de 15 dias úteis, nos termos do artigo 1.003, §5º, do CPC. 
Logo, o presente Agravo é tempestivo. 
 
II – DOS FATOS 
Trata-se de Ação de Alimentos ajuizada por Rafaela, menor impúbere, 
representada por sua mãe, Melina, em face de Emerson, apontado como seu 
genitor. 
Consta acostados nos autos, exame de DNA voluntariamente realizado pelo 
agravado, a pedido da própria genitora, o qual foi realizado em 2024 e cujo 
resultado atestou a paternidade biológica de Emerson em relação à menor. 
Na exordial, foi relatado que Melina encontra-se desempregada e que o 
agravado exerce atividades autônoma, requerendo-se, assim, a fixação de 
alimentos provisórios em 30% sobre o salário mínimo. Entretanto, o juízo de 
origem, indeferiu o pedido de alimentos provisórios, sob o fundamento de: 
 
a) Inexistência de verossimilhança da paternidade, já que o nome de 
Emerson não consta na certidão de nascimento de Rafaela e o exame de 
DNA foi realizado extrajudicialmente; 
 
b) Inexistência de possibilidade financeira de Emerson para o pagamento da 
pensão alimentícia, pois o mesmo não exerce emprego formal. 
 
Tal decisão afronta frontalmente o melhor interesse da criança e o direito à vida 
e à dignidade da menor, razão pela qual, a r. Decisão deve ser reformada. 
 
III – DO DIREITO 
1. DA PERTINÊNCIA DO EXAME DE DNA E SUA VALIDADE 
A decisão agravada desconsidera o exame de DNA, acostado na exordial, o qual 
atesta de forma inequívoca a paternidade do Agravado, que de forma voluntária 
realizou o exame de paternidade. 
Assim, presentes os indícios de paternidade suficientes, impõe-se a fixação de 
alimentos provisórios previstos no art. 4º da Lei 5.478/68. 
 
2. DA POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
A fixação de alimentos provisórios é medida urgente, pois a Agravante se 
encontra em situação de hipossuficiência, a qual, mediante documento 
acostado, se atesta. Além disso, considera-se também a situação de 
vulnerabilidade da menor. A decisão de indeferir os alimentos provisórios fere os 
princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da garantia da vida, 
previstos nos artigos 1º, III, e 6º da CF. 
Assim, o fato de o agravado exercer atividades autônomas não afasta sua 
obrigação alimentar, devendo os alimentos ser fixados em quantia proporcional, 
conforme previstos no art. 1.695 do C.C. 
 
3. DA NECESSIDADE DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
A fixação de alimentos provisórios é urgente e deve ser determinada, pois a falta 
de pensão alimentícia compromete as condições mínimas de subsistência da 
Agravante. O Código de Processo Civil, em seu artigo 300, estabelece que a 
tutela provisória deve ser concedida quando a parte demonstrar a probabilidade 
do direito e o perigo de dano. 
 
IV – DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer-se: 
1. O provimento do presente Agravo de Instrumento para que seja reformada 
a decisão agravada, com a concessão da tutela antecipada para fixação 
dos alimentos provisórios no valor de 30% (trinta por cento) de um salário-
mínimo, conforme pleiteado na petição inicial; 
2. O efeito suspensivo da decisão agravada, para que se assegure o 
cumprimento imediato do pedido de alimentos provisórios, em razão da 
urgência da lide; 
3. A intimação do Agravado para, querendo, apresentar contrarrazões ao 
presente recurso; 
4. A manutenção dos benefícios da justiça gratuita (art. 98, CPC), já 
deferidos na origem. 
 
Termos em que, pede deferimento. 
 
Local, Data. 
 
Advogado OAB/UF XXX.XXX

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