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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 
Atenção de Enfermagem ao Politrauma 
 
 
 
 
 
 
ANTONIA SILVA SOUSA 
UL22113306 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SALA AMPLA (AULA 36) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAXIAS – MA 
2025 
 
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SUMÁRIO 
 
1. Atenção de Enfermagem ao Politrauma....................................................02 
1.1 INTRODUÇÃO.............................................................................................02 
1.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................04 
1.3 CONCLUSÃO..............................................................................................08 
1.4 BIBLIOGRAFIA............................................................................................09 
ANEXOS............................................................................................................10 
 
 
 
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1. TEMA: Atenção de Enfermagem ao Politrauma 
 
1.1 INTRODUÇÃO 
 
O trauma tem causa multifatorial sendo uma das principais agentes de 
morbimortalidade, que pode ocorrer em qualquer fase de vida do ser humano, 
constituindo-se um grande problema de saúde pública. Quando o paciente 
apresenta mais de um dano físico simultâneo, denomina-se traumatismo múltiplo 
ou paciente politraumatizado (MARTINIANO et al., 2020). 
Nessas situações, o cuidado ao paciente ocorre por meio de uma equipe 
multiprofissional, em que os cuidados de enfermagem se tornam essenciais para 
evitar complicações e auxiliar na reabilitação. A enfermagem apresenta um 
importante papel na atendimento, recuperação e reabilitação da vítima com 
múltiplos traumas, pois considera-o como um ser no seu contexto 
biopsicossocial, não se restringindo às práticas curativistas impostas pelo 
modelo biomédico. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo 
identificar os principais cuidados desenvolvidos pela enfermagem à vítima 
politraumatizado (PERBONI; SILVA; OLIVEIRA, 2019). 
O cuidado de enfermagem é uma ferramenta essencial para a prevenção, 
promoção e recuperação da saúde do indivíduo politraumatizado. Grande parte 
dos cuidados de enfermagem voltados para a prevenção de lesões cutâneas, ao 
controle de processos dolorosos próprios do quadro clínico do paciente, na 
higiene e na reabilitação das funções fisiológicas da vítima e identificar possíveis 
lesões secundárias que possam provocar incapacidade total ou no 
desenvolvimento de atividades da vida diária (MARTINIANO et al., 2020; WILL 
et al., 2020; PERBONI; SILVA; OLIVEIRA, 2019). 
Além disso, o enfermeiro como agente educador tem a função de realizar 
ações que promovam o autocuidado, a auto percepção do paciente diante do 
quadro clínico, orientações e ações de prevenção primária e secundária. Outro 
cuidado é com base no atendimento psicológico devido às consequências que o 
trauma pode provocar no indivíduo e nas suas relações familiares e sociais 
(MARTINIANO et al., 2020; WILL et al., 2020). 
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A atenção de enfermagem ao politraumatizado segue protocolos de 
atendimento rápido e organizado, priorizando a avaliação e estabilização das 
lesões graves seguindo a sequência XABCDE (ou ABCDE) e prestando 
cuidados de suporte à vida, como controle de hemorragias e vias aéreas. 
A enfermagem é crucial em todas as etapas, do pré-hospitalar à UTI, e 
deve ter conhecimento para realizar intervenções rápidas, monitorar sinais vitais, 
controlar a dor, e oferecer suporte emocional à família. 
A aula prática teve como objetivo compreender a assistência de 
enfermagem às vítimas de trauma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O politraumatismo é considerado a primeira causa de morte entre 
indivíduos na faixa etária de 20 a 40 anos de idade, ou seja, na fase em que o 
indivíduo é mais produtivo. As vítimas, na grande maioria, são do gênero 
masculino. Esta prevalência pode ser atribuída ao fato da população masculina 
ser mais propensa a atividades e comportamentos de risco. 
Este fenômeno se constitui em um problema que, além de gerar prejuízos 
para os serviços públicos de saúde, em função dos gastos com o tratamento e 
com o processo de reabilitação da vítima, pode ocasionar prejuízos pessoais, 
econômicos e sociais de grande proporção. Afinal, as sequelas, geralmente, 
requerem que o indivíduo se afaste de suas atividades, incluindo as laborais. 
O politraumatismo é decorrente de algum evento traumático em que 
ocorra grande desprendimento de energia, como acidentes de trânsito, quedas, 
atropelamentos, ferimentos por armas de fogo, entre outras causas que possam 
vir a causar no individuo lesões de maior gravidade. 
O trauma, apesar de causar impacto na saúde pública e representar altos 
custos sociais, foi negligenciado como doença por muito tempo. Tal situação 
pode ser atribuída ao fato de o trauma ser considerado acidente e ter conotação 
de algo inesperado e sem controle. 
No serviço hospitalar, a avaliação inicial do indivíduo politraumatizado é 
realizada na emergência no momento da chegada do paciente, visando ao 
estabelecimento do equilíbrio fisiológico da vítima, através da identificação e 
tratamento das lesões. Tal avaliação, denominada de exame primário, é seguida 
pela identificação de outras lesões (exame secundário) e das orientações para o 
tratamento definitivo (cuidados definitivos). 
A equipe de enfermagem, ao realizar o exame primário e secundário da 
vítima de politraumatismo, necessita atuar de forma ágil e eficaz, com o intento 
de reduzir a gravidade das lesões e as taxas de mortalidade por esta causa. 
Na avaliação primária, realiza-se a busca de lesões que ofereçam risco 
iminente à vida do indivíduo. Esta avaliação é desenvolvida por meio de exame 
físico rápido, seguindo de tratamento imediato, a fim de restabelecer o padrão 
hemodinâmico da vítima. 
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Na avaliação do nível de consciência do paciente, utiliza-se a escala de 
coma de Glasgow (sistema de pontuação mais utilizado internacionalmente para 
avaliação de pacientes). Este é um dos aspectos importantes que deve ser 
valorizado na avaliação da vítima. 
 
A avaliação secundária consiste na realização do exame físico completo 
da cabeça aos pés; atenção às particularidades de cada estrutura examinada; 
aferição dos sinais vitais; realização de entrevista completa com o paciente ou o 
acompanhante e; sugestão de exames complementares, laboratoriais e 
reavaliação. 
Exame minucioso deve ser iniciado somente quando tratadas as 
condições que colocam em risco a vida do paciente. Essas etapas são 
essenciais para tomada de decisão rápida e precisa, com o intuito de redução 
de danos e estabilização da vítima. 
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As atividades realizadas pelo enfermeiro ao paciente politraumatizado se 
fazem na realização de anamnese, exame físico e aferição dos sinais vitais, nas 
quais podem ser realizadas de forma fragmentada, a depender do quadro clínico 
do paciente. No entanto, existem problemas na ordem de atendimento e 
inseguranças quando os pacientes apresentam traumas no Sistema Nervo 
Central (WILL et al., 2020). 
O cuidado de enfermagem deve contemplar a vítima em todos os 
condicionamentos e determinantes do processo saúde e doença, em que a 
humanização e o atendimento holístico são de suma importância para o 
processo de recuperação do paciente com múltiplos traumas. A enfermagem 
possui atividade de administrar medicamentos e afazer possíveis reações 
adversas (PERBONI; SILVA; OLIVEIRA, 2019). 
Nesse aspecto, os profissionais de enfermagem precisam estar 
constantemente se atualizando para aperfeiçoar a assistência, por meio de 
julgamento clínico-científico, na tomada de decisão embasado por estudos que 
apresentam boas evidências científicas (WILL et al., 2020). 
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1.3 CONCLUSÃO 
No atendimento a pacientes politraumatizados ainda ocorrem muitas 
mortes por negligência ou falta de entendimento adequado das ações, bem como 
sobre a forma como deve ser prestada a assistência a essas vítimas. Assim, o 
atendimento ao paciente politraumatizado requer conhecimentos específicos, 
tendo em vista a assegurar uma melhor assistência, garantindo sobrevida e boa 
recuperação, livre de sequelas definitivas. 
Nesse sentido, o atendimento inicial é de vital importância, pois é a partir 
dele, se realizado eficazmente, que deverá ocorrer uma melhora significativa, 
livre de danos irreversíveis. 
O conhecimento e a capacitação do enfermeiro, técnicos e auxiliares é 
muito importante para a sobrevida e atendimento correto ao paciente 
traumatizado, além de ajudar a equipe a reconhecer e saber de imediato o que 
deve ser feito, pois no atendimento emergencial há necessidade extrema de 
agilidade e segurança, bom gerenciamento na condução do atendimento que se 
inicia pelo enfermeiro e para a assistência sistematizada de enfermagem, 
possibilitando uma organização eficaz. 
O enfermeiro, detentor do conhecendo da SAE, pelo processo de 
enfermagem, oferecerá o cuidado qualificado à vítima de politrauma com 
segurança e eficiência. Um papel vital da equipe de enfermagem no paciente 
politraumatizado é atuar como um defensor do paciente, onde eles podem 
expressar preocupações particulares à equipe, com atenção importante dada ao 
nível de dor do paciente. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
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1.4 BIBLIOGRAFIA 
 
MARTINIANO, E.C. et al. Cuidados de enfermagem ao paciente 
politraumatizado: revisão integrativa. Nursing, v. 23, n. 270, 2020. Disponível 
em: https://doi.org/10.36489/nursing.2020v23i270p4861-4872. 
 
PERBONI, J.S.; SILVA, R.C.; OLIVEIRA, S.G. A humanização do cuidado na 
emergência na perspectiva de enfermeiros: enfoque no paciente 
politraumatizado. Interações, v. 20, n. 3, 2019. Disponível 
em: https://doi.org/10.20435/inter.v0i0.1949. 
 
WILL, R.C. et al. Cuidados de enfermagem aos pacientes politraumatizados 
atendidos na emergência. Nursing, v. 23, n. 263, 2020. Disponível 
em: https://doi.org/10.36489/nursing.2020v23i263p3766-3777. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://doi.org/10.36489/nursing.2020v23i270p4861-4872
https://doi.org/10.20435/inter.v0i0.1949
https://doi.org/10.36489/nursing.2020v23i263p3766-3777
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ANEXOS 
 
1. Qual é o objetivo principal da avaliação inicial em um paciente traumatizado? 
a) Identificar o histórico médico do paciente. 
b) Determinar a causa do trauma. 
c) Identificar e tratar lesões que ameaçam a vida. 
d) Administrar medicamentos para dor. 
 
2. Qual é a prioridade no manejo de uma fratura exposta em um paciente 
traumatizado? 
a) Administrar antibióticos imediatamente. 
b) Limpar a fratura exposta com água e sabão. 
c) Imobilizar a fratura e cobrir a ferida com um curativo estéril. 
d) Aplicar calor local para reduzir a dor. 
 
3. Durante a avaliação do trauma, qual é a principal preocupação ao examinar a 
cabeça e o pescoço? 
a) Identificar possíveis fraturas ósseas. 
b) Avaliar a presença de hemorragia interna e sinais de trauma craniano. 
c) Verificar o nível de consciência do paciente. 
d) Determinar a presença de edema. 
 
4. Qual é a abordagem inicial para um paciente com hemorragia externa 
significativa? 
a) Aplicar compressas frias para controlar a dor. 
b) Administrar fluidos intravenosos imediatamente. 
c) Aplicar pressão direta sobre o local da hemorragia. 
d) Colocar o paciente em posição de Trendelenburg. 
 
5. Em um paciente com trauma torácico, qual sinal pode indicar pneumotórax? 
a) Dificuldade respiratória e diminuição dos sons respiratórios em um lado 
do tórax. 
b) Dor intensa na região lombar. 
c) Dor abdominal difusa 
d) Aumento da frequência cardíaca. 
 
6. O atendimento pré-hospitalar de vítimas de trauma é frequentemente realizado 
com base em protocolos que compreende a avaliação primária eu uma 
secundária. A avaliação primária é baseada no método ABCDE, que 
compreende cinco etapas, entre elas da circulação e controle de hemorragias, 
que: 
a) Deve ser realizada após a exposição do paciente, a fim de se detectarem 
outras lesões 
b) Dispensa a infusão de solução cristaloide, realizada somente na avaliação 
secundária. 
c) Dispensa a determinação exata de pressão arterial, para que se proceda 
imediatamente à ressuscitação do paciente. 
d) É prioridade em relação ás demais. 
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7. Qual é o principal indicador clínico de choque hipovolêmico em um paciente 
traumatizado? 
a) Pressão arterial elevada. 
b) Frequência respiratória diminuída. 
c) Palidez, sudorese e frequência cardíaca acelerada. 
d) Dor abdominal localizada. 
 
8. Qual é a prioridade ao manejar um paciente com trauma torácico e suspeita 
de hemotórax? 
a) Administrar analgésicos e monitorar a pressão arterial. 
b) Realizar drenagem torácica para remover o sangue acumulado. 
c) Iniciar compressões torácicas para melhorar a respiração. 
d) Aplicar calor local para aliviar a dor. 
 
9. Qual é a principal preocupação ao examinar um paciente com trauma 
cranioencefálico? 
a) Avaliar a presença de sinais de aumento da pressão intracraniana. 
b) Identificar sinais de fratura óssea do crânio. 
c) Verificar a presença de lesões na pele ao redor do couro cabeludo. 
d) Determinar a necessidade de antibióticos para prevenir infecção. 
 
10. Qual é a posição adequada para a remoção de um paciente com suspeita de 
lesão na coluna vertebral? 
a) Posição supina com as pernas elevadas. 
b) Posição lateral com a cabeça inclinada. 
c) Imobilização em uma prancha rígida. 
d) Posição sentada para facilitar a respiração.

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