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10 Projeto de Lei 178

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PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 178, DE 2009 
 
 
Altera os arts. 3º, 14 e 67 e acresce o art. 67-A à 
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que 
estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional (LDB), para fortalecer a cultura da paz 
nas escolas e nas comunidades adjacentes. 
 
 
O CONGRESSO NACIONAL decreta: 
 
Art. 1º O inciso IV do art. 3º da Lei nº 9.394, de 20 dedezembro de 1996, passa 
a viger com a seguinte redação: 
 
“Art. 3º .................................................................................. : 
IV - respeito à liberdade, apreço à tolerância e superação de todas 
as formas de violência, internas e externas à escola, na 
perspectiva da construção de uma cultura de paz; 
...................................................................................... . (NR)” 
 
Art. 2º - O art. 14 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a viger 
com a seguinte redação: 
 
“Art. 14. Os entes federados e seus respectivos sistemas de ensino 
definirão as normas da gestão democrática do ensino público na 
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e tendo em 
conta, obrigatoriamente, os seguintes princípios: 
I - participação dos profissionais da educação, dos estudantes e de 
seus pais ou responsáveis na elaboração e avaliação do 
projetopedagógico da escola; 
II - participação das comunidades escolar e local em
 conselhos escolares ou colegiados deliberativos equivalentes. 
 
Parágrafo único. As escolas públicas garantirão em seus 
calendários letivos reuniões ordinárias de seus conselhos, de 
frequência ao menos quinzenal, em horários compatíveis com a 
participação de todos os segmentos da comunidade escolar, 
incentivada a presença de representantes da comunidade local, 
especialmente das áreas de saúde, segurança, cultura, esportes e 
ação social. (NR)” 
 
Art. 3º O inciso V do art. 67 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa 
a viger com a seguinte redação: 
 
“Art. 67. ................................................................................. : 
V - período semanal nunca inferior a um terço de sua carga 
horária, reservado a estudos, planejamento, avaliação e integração 
com a comunidade escolar e local, incluído no tempo de trabalho 
remunerado. 
...................................................................................... . (NR)” 
 
 
Art. 4º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida do 
seguinte art. 67-A: 
 
“Art. 67-A. Entre os profissionais da educação não docentes, com 
formação técnica e pedagógica, as escolas públicas de ensino 
fundamental e médio contarão com pessoal habilitado na 
manutenção dos espaços educativos, que incluam o zelo pela 
segurança escolar e pelas relações pacíficas com a comunidade 
local.” 
 
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 
 
JUSTIFICAÇÃO 
 
O saudoso Senador Darcy Ribeiro, ao redigir seu projeto de Lei de Diretrizes e 
Bases da educação nacional (LDB), adicionou ao elenco de princípios sob os quais deve 
ser ministrado o ensino no Brasil "o respeito à liberdade e o apreço à tolerância". 
Concordamos enfaticamente com ele. Entretanto, se seu amor ao Brasil se traduzia no 
projeto de escolas em tempo integral, já experimentado no Rio de Janeiro quando ele foi 
o vice-governador, é o mesmo Rio de Janeiro que agora me inspira a reforçar os 
princípios das relações humanas deste inciso IV: a violência nas escolas está chegando a 
extremos que acabam negando o seu caráter educativo e socializador. 
Matérias cotidianas dos meios de comunicação escritos, falados e visuais nos 
bombardeiam com cenas, não somente de insegurança dos ambientes escolares sitiados 
por criminosos de todos os calibres, como também de violências geradas no interior dos 
próprios educandários, nas relações entre estudantes, professores e funcionários das 
escolas. 
Proponho, então, algumas mudanças na LDB para o trato das questões de 
segurança nas escolas. 
A primeira é a a inserção do conceito de superação da violência e da construção 
da cultura de paz como princípio educativo. 
Como segunda alteração, apresento o reforço da gestão democrática do ensino público, 
com a valorização dos conselhos escolares ou órgãos deliberativos equivalentes, em que 
devem participar ativamente representantes da comunidade escolar e local, inclusive da 
área da segurança. 
Reforço, também, a atribuição aos profissionais da educação do dever de 
interagir com a comunidade externa à escola, dedicando a tal uma parte de sua carga 
remunerada de trabalho educativo. 
Por fim, prevejo, entre os profissionais de educação atuantes nas escolas, a 
figura do que antigamente se chamava “inspetor de alunos”, encarregado da disciplina 
dos estudantes fora das salas de aula. Hoje, para lidar com os problemas da violência 
escolar, temos que contar com alguém que faça a mediação dos conflitos internos e 
externos, contribuindo para a paz na escola, para a transformação do espaço escolar em 
espaço realmente educativo, na maior segurança possível. Grande é a tentação de muitos 
governos de contratar serviços de vigilância terceirizada. Ledo engano. É preciso 
incorporar ao quadro de educadores – gestores, professores e funcionários – pessoas 
com formação técnica e pedagógica em segurança escolar, com compromisso 
permanente e identificação ao projeto educativo da escola. 
Espero ter contribuído com ideias factíveis e eficazes para a construção da paz 
nas escolas e na sociedade, para o que solicito o apoio de meus pares a este projeto de 
Lei. 
 
Sala das Sessões, 
Senador PAULO PAIM 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO CITADA 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
 
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. 
Vide Adin 3324-7, de 2005 
Vide Decreto nº 3.860, de 2001 
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
 
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino 
público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os 
seguintes princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto 
pedagógico da escola; 
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou 
equivalentes. 
 
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, 
assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do 
magistério público: 
I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; 
II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento 
periódico remunerado para esse fim; 
III - piso salarial profissional; 
IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do 
desempenho; 
V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de 
trabalho; 
VI - condições adequadas de trabalho. 
 
§ 1o A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de 
quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema 
de ensino.(Renumerado pela Lei nº 11.301, de 2006) 
 
§ 2o Para os efeitos do disposto no § 5o do art. 40 e no § 8o do art. 201 da 
Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por 
professores e especialistas em educação no desempenho de atividades 
educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus 
diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de 
direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. 
(Incluído pela Lei nº11.301, de 2006)

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