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O combate aos crimes cibernéticos no Brasil e o papel desenvolvido pelo MPF 2ª Câmara de Coordenação e Revisão- 2ª CRR - MPF Grupo de Trabalho sobre crimes cibernéticos 1. Crimes cibernéticos 2. Investigação dos crimes cibernéticos 3. Aspectos legais e processuais 4. dificuldades enfrentadas 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos 5. Estratégias e soluções 4. Dificuldades enfrentadas TÓPICOS: 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos 1. Crimes cibernéticos CONCEITO: são aqueles crimes praticados através do uso da internet, ou seja, através da rede mundial de computadores. OBJETIVO NA INVESTIGAÇÃO: partir da conexão criminosa e chegar ao criminoso; partir da utilização da internet e chegar ao internauta PARA ISSO... Necessário conhecer o ambiente em que o crime foi cometido: INTERNET = rede mundial de computadores - nos computadores dados são transformados em pacotes que trafegam através da linha telefônica ou de linhas especiais (“banda larga”) - necessidade dos provedores de acesso (ex. Telefonica; Net; Speedy) 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos conexão à rede é feita através de um modem, ligado a um provedor de acesso (ig, terra, mpf, dataprev etc) para que o usuário possa ser “encontrado”, o provedor lhe atribui um número de protocolo exclusivo, pelo período de conexão. IP 200.181.15.14 IP = número do protocolo 4 séries numéricas de 0 a 255 world wide web (www) e-mail hospedagem e compartilhamento de arquivos (redes P2P) troca instantânea de mensagens (ex. MSN) voip (voice over ip) chat (salas de bate-papo) fóruns de discussão formação de redes e comunidades virtuais (orkut; facebook) e-commerce todos os dias, incontáveis crimes são praticados nesses serviços Serviços mais comuns prestados pela internet: Formas mais comuns de criminalidade cibernética: estelionato e furto eletrônicos (fraudes bancárias) - arts. 155, §§ 3º e 4º, II, e 171 do CP; furto, falsificação e supressão de dados arts. 155, 297, 298, 299, 313-A, 313-B do CP; Armazenamento; produção; troca; publicação de vídeos e imagens contendo pornografia infantil art. 241 e 241-A da Lei 8069/90 – Estatuto da Criança e Adolescente; assédio e aliciamento de crianças e adolescentes – art. 241-D da Lei 8.069/90; Ameaça - art. 147 do CP; Inserção de dados falsos em sistema de informações da Administração Pública – arts. 313-A e 313-B do CP; Cyberbulling (criação e publicação de perfis falsos, veiculação de ofensas em blogs e comunidades virtuais) – arts. 138, 139, 140 do CP(crimes contra a honra); incitação e apologia de crime - arts. 286 e 287 do CP; crimes de ódio - art. 20 da Lei 7.716/89 (racismo e divulgação de nazismo); crimes contra a propriedade intelectual e artística - art. 184 do CP e Lei 9609/98; Venda ilegal de medicamentos– art. 273 do CP. O GT sobre crimes cibernéticos atua nos casos de publicação de pornografia infanto juvenil e crimes de ódio identificação do meio empregado preservação das evidências identificação dos responsáveis pelo serviço quebra de sigilo de dados telemáticos: IP quebra de sigilo de dados telemáticos: usuário comprovação da autoria e da materialidade: busca e apreensão visão geral do procedimento: 2. investigação dos crimes cibernéticos 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos 1. Identificação do crime e do meio empregado: do que se trata?... e-mail (@ g-mail, hotmail, uol, terra...)? grupo de discussão (yahoo groups...)? sala de bate-papo (chats)? comunicação instantânea (msn, skype...)? serviço de relacionamentos (orkut, facebook)? página da web (blogs, fotologs, sites)? 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos 2. Preservação das evidências (materialidade): salvar e garantir integridade dos dados notificar provedor para preservar evidências e logs colaboração dos provedores 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos 3. Identificação dos responsáveis pelo serviço: sites nacionais (.br) www.registro.br sites estrangeiros whois.com 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos 4. Quebra do sigilo de dados telemáticos (IP): quebra de sigilo de dados ≠ interceptação pedido judicial para obtenção dos logs de acesso, contendo: endereço IP data, horário e referência GMT da conexão dados cadastrais do investigado se não houver vínculo do provedor com país, necessário recorrer à cooperação internacional 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos 5. Quebra do sigilo de dados telemáticos (usuário): identificar máquina de onde crime foi praticado, a partir do IP fornecido; em geral, a expedição de ofício é para concessionária de telefonia (ordem judicial); pedido e ofício fazem referência obrigatória a: endereço IP data, horário e referência GMT da conexão endereços nacionais: www.registro.br 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos 6.Comprovação da autoria e da materialidade: busca e apreensão do computador; oitiva do assinante da conexão; laudo pericial no computador e demais materiais apreendidos; interceptação de e-mails, se necessário. 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos interceptação de dados telemáticos: Lei federal 9.296/96 criação de “conta-espelho”: acesso aos e-mails recebidos e enviados pelo investigado; gravação, em meio eletrônico, de todos os e-mails recebidos e enviados pelo investigado. 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos competência jurisdicional legislação e regulação da internet responsabilidade dos provedores – volatilidade da prova x eficiência da investigação 3. Aspectos legais e processuais 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos da Justiça Federal para processar e julgar (art. 109 da CF): os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no país, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da justiça militar e da justiça eleitoral. Competência jurisdicional: Crimes de Pornografia Infantil e Racismo: - Brasil é signatário da Convenção da ONU sobre os direitos da criança (1989). - Brasil também é signatário da Convenção internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial (1968). 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos previsão em tratado + transnacionalidade dos crimes cibernéticos = competência jurisdicional da Justiça Federal (precedentes do STF, STJ e TRFs da 1a, 3a, 4a e 5a regiões) – CC nº 111.338-TO – STJ; 23.06.10. Competência jurisdicional – conclusão 2ª CCR GT sobre crimes cibernéticos da justiça estadual nos demais casos Legislação / Regulação - Internet no Brasil 2005: Termo de cooperação MPF/SP e Provedores Brasileiros 2007: CPI da Pedofilia (Senado Federal) 2008: Termo de Ajustamento de Conduta – Google 2008: Alterações no ECA: criminalização da posse e outras condutas (Lei 11.829/08) 2009: Termo de Cooperação com Provedores de Acesso à Internet 2009: Termo de Cooperação com ABECS (cartões de crédito) 2009: Resolução CGI.br/RES/2009/003/P – Princípios para a governança e uso da internet no Brasil 1) Ausência/Deficiência da Legislação sobre o assunto 2) Ausência de canal único de denúncias – investigações duplicadas 3) Sites hospedados no exterior 4) Cooperação internacional pouco eficiente 5) Lan Houses e redes abertas - 4. Dificuldades encontradas 6) Falta de estrutura e integração dos órgãos de repressão e julgamento - não há especialização suficiente e treinamento dos agentes envolvidos 7) Falta de estrutura na área pericial – PF e MPF (ausência de órgão de apoio/núcleo técnico em todas as unidades) 8) Indefinição sobre atribuições/competência 9) Pouco comprometimento dos provedores 10) Constante capacitação e evolução dos criminosos - crackers O papel dos provedores (acesso e conteúdo): combate e prevenção ao crime cibernético preservação das evidências identificação adequada do usuário comunicação imediata dos crimes praticados em seus serviços divulgação ostensiva do link para hotline em todos os serviços potencialmente “perigosos” (chats, blogs, comunidades...) informação adequada ao usuário sobre uso consciente e não criminoso da internet campanhas específicas em chats e redes sociais elaboração de Termos de cooperação para suprir as lacunas da lei criação de hotline (canal de denúncias) e banco de dados únicos para recebimento das comunicações criação de delegacias especializadas com maior capacitação e estrutura criação de grupos especializados nas unidades das Procuradorias da República Treinamento e capacitação dos setores periciais e criação de Núcleos Técnicos 5. Estratégias e soluções Maior integração do MP com a Polícia e o Judiciário – cooperação para otimização dos resultados Intensificação da comunicação entre os países – facilitação obtenção de provas Compartilhamento de informações e peças processuais com as demais unidades – SISTEMA ÚNICO maior comprometimento dos provedores - desenvolvimento de filtros e ferramentas Atuação na parte de PREVENÇÃO ao crime, tanto na área social (Oficinas para as escolas públicas e privadas; campanhas etc) quanto legislativa (grupos de estudo e CPI´s) CONTATOS Grupo de Trabalho sobre Crimes Cibernéticos – 2ª CCR Alfredo Carlos G. Falcão Jr alfredofalcao@prpe.mpf.gov.br Angelo Ilha ailha@prr4.mpf.gov.br Daniella Sueira Toledo Piza danielladias@prrj.mpf.gov.br Helder Magno da Silva heldermagno@prmg.mpf.gov.br Melissa Blagitz mblagitz@prsp.mpf.gov.br Neide M. C. Cardoso de Oliveira neidec@prrj.mpf.gov.br Priscila Costa Schreiner pschreiner@prsp.mpf.gov.br Ministério Público Federal Grupo de Combate aos Crimes Cibernéticos MPF/SP e MPF/RJ Criação do grupo através de portarias em 2004(SP) e 2006 (RJ) Formalização de um núcleo de apoio técnico em 2010, no MPF/SP. Previsão de criação nos Estados RJ, DF, RS e PE. Motivação: aumento da criminalidade incentivado pela insegurança da rede Integrantes: 7 (SP) e 4 (RJ) Procuradores da República 1 técnico em informática, 3 analistas processuais, 2 técnicos administrativos e 1 analista de suporte Atribuições: atuação em processos judicias/extrajudiciais celebração de convênios e recomendações atividades repressivas atividades preventivas (realização das Oficinas)
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