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capitulo08

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TIPOS DE PESQUISAS
Não existe uma classifi-
cação universal e clássica 
para diferenciar os tipos 
de pesquisas.
Nas pesquisas descriti-
vas, o pesquisador deve em-
preender significativo esfor-
ço para observar o fenômeno 
pesquisado mantendo-se 
neutro, disciplinando sua 
imaginação, sua curiosidade 
e manter sua integridade in-
telectual. 
O que leva o ser humano a pesquisar?
Com este capítulo temos o objetivo de le-var o estudante a compreender que existe diferentes tipos de 
pesquisa, e conhecer as 
principais características, 
vantagens e limitações de 
cada tipo de pesquisa.
O que leva o ser 
humano a pesqui-
sar, a investigar 
a realidade nos 
mais diversos aspectos e dimensões é o in-
teresse e a curiosidade. Existem formas di-
ferentes para o pesquisador aprofundar-se 
em um estudo conforme o objeto e os obje-
tivos (objeto é aquilo que está sendo estu-
dado; objetivo é aonde se pretende chegar 
com aquele estudo). Por isso é natural que 
existam diversos tipos de pes-
quisas.1
Não existe uma classi-
ficação universal e clássi-
ca a respeito dos diferentes 
tipos de pesquisas. Os au-
tores não adotam um siste-
ma único para relacionar 
os tipos de pesquisas. Por 
apresentar uma abordagem mais didática e com-
pleta, optamos por adotar o sistema elaborado 
por Gil2, segundo o qual as pesquisas podem ser 
classificadas com base em seus objetivos ou com 
base em seus procedimentos técnicos. 
Classificação das pesquisas 
com base nos objetivos
Com base em seus objetivos, uma pesqui-sa pode ser classificada como explorató-ria, descritivas ou explicativa.
Pesquisas exploratórias
Como o próprio nome anuncia, é o estudo 
que visa promover uma significativa interação, 
contextualização e atualização das idéias a res-
peito do objeto de estudo, visando torná-lo mais 
compreensível. As pesquisas que se enquadram 
neste grupo são o estudo de caso e a pesquisa 
bibliográfica.
Segundo Gil3 seu planejamento deve ser fle-
xível para facilitar a análise dos “mais variados 
aspectos relativos ao fato estudado”. Normal-
mente envolve atividades como o levantamento 
bibliográfico, entrevistas com especialistas e aná-
lise de exemplos que estimulem a compreensão. 
Pesquisas descritivas
As pesquisas descritivas buscam entender e 
explicar as relações sociais e culturais de uma 
determinada sociedade, por isso são com mui-
ta freqüência requeridas palas ciências sociais. 
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Nestas pesquisas, normalmente, o pesquisador 
através da observação registra e analisa fenôme-
nos, tendo o cuidado de não entrar no mérito do 
conteúdo em estudo, isso para evitar interferên-
cias que possam vir a influenciar nos trabalhos 
de análise e comprometer os resultados da pes-
quisa. Esse tipo de pesquisa, geralmente utili-
za instrumentos e técnicas padronizadas para a 
coleta de dados, principalmente: questionários e 
observação sistemática. 
Entre os objetivos mais freqüentes desse tipo 
de pesquisa, conforme esclarece Gil4, podemos 
apontar aqueles cujo propósito seja: 
 a. estudar as características de um deter-
minado grupo;
 b. estudar o nível de atendimento dos ór-
gãos públicos;
 c. estudar as condições de habitação de 
determinado grupo;
 d. estudar atividades e crenças populares;
 e. levantar as opiniões de uma população; 
ou
 f. estudar os níveis de rendimento de es-
colaridade etc.
Pesquisas explicativas
As pesquisas explicativas, geralmente, se 
aprofundam mais que as pesquisa exploratórias e 
descritivas em busca de se desvendar a realidade. 
Afinal, buscam determinar causas ou situações 
que contribuem para que certos fenômenos ocor-
ram. Apresentam acentuada tendência de vínculo 
com as ciências naturais de caráter experimental, 
bem como com as investigações de pesquisas de 
ex-post facto.
Classificação das pesquisas 
com base nos procedimentos 
técnicos
Com base nos procedimentos técnicos utilizados uma pesquisa pode ser: bi-bliográfica, documental, experimental, 
ex-post facto, estudo de certo, levantamento, es-
tudo de campo, estudo de caso, pesquisa-ação, 
pesquisa participante e pesquisa de opinião. 
Pesquisa bibliográfica
A principal atividade que envolve a pesquisa 
bibliográfica é a leitura de textos, preferencial-
mente textos de cunho científico. Concomitante-
mente às leituras operam-se as devidas análises e 
interpretações. A pesquisa bibliográfica requer a 
leitura organizada e sistemática dos textos. Pos-
síveis métodos implicam em fazer anotações, 
elaborar fichas de leitura ou resumos ou, ainda, 
fluxogramas dos textos lidos. Esses procedimen-
tos poderão ser úteis na fundamentação teórica 
da pesquisa. 
A pesquisa bibliográfica requer significativo 
volume de leituras e pressupõe a utilização de fun-
damentação teórica renomada.
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Na pesquisa documental utiliza-se ma-
teriais que ainda não receberam um estudo 
analítico ou interpretativo.
 Assim, a pesquisa bibliográfica sempre se 
mantém presente em outros tipos de pesquisa, 
uma vez que é utilizada para o suporte teórico de 
qualquer estudo. Antes da leitura, deve-se sub-
meter os textos a uma triagem para, a partir daí, 
estabelecer um plano de leitura. 
Cumpre frisar que este tipo de pesquisa é 
realizado a partir de material já elaborado e, pre-
ferencialmente, deve fundamentar-se em obras 
originais. A leitura dos originais é de imperiosa 
importância, pois as traduções nem sempre cor-
respondem à integra dos originais.
É importante salientar que toda pesquisa 
científica, mesmo a bibliográfica, deve ser pla-
nejada. E no seu planejamento e execução, a 
pesquisa bibliográfica requer, entre outros, os 
seguintes procedimentos: 
 a. definição do tema e problematizaç3ão 
do mesmo; 
 b. estabelecer os objetivos; 
 c. identificação das fontes de informação, 
tais como livros, periódicos etc.; 
 d. localização e obtenção das fontes em 
bibliotecas, livrarias, museus, arquivos 
etc.; 
 e. leitura e análise dos textos seleciona-
dos; e 
 f. no final, a redação do relatório de pes-
quisa, ou seja, a comunicação dos re-
sultados.
Pesquisa documental
A pesquisa documental diferencia-se da 
pesquisa bibliográfica pela natureza das fontes, 
pois utiliza materiais que ainda não receberam 
um estudo analítico ou interpretativo5, ou seja, 
documentos ou objetos de primeira mão, entre os 
quais podemos mencionar: documentos oficiais, 
cartas, contratos, atas, reportagens, filmes, fo-
tografias, diários, desenhos, relatórios técnicos, 
pinturas, músicas, objetos de arte, indumentárias 
etc. Via de regra, esses documentos ou objetos 
são encontrados em arquivos de órgãos públicos 
ou em instituições privadas (associações, cartó-
rios, igrejas, sindicatos, partidos políticos etc.).
 A principal vantagem da pesquisa docu-
mental é de que os documentos nela trabalhados, 
normalmente “constituem fonte rica e estável de 
dados. Como os documentos subsistem ao lon-
go do tempo, tornam-se a mais importante fon-
te de dados em qualquer pesquisa de natureza 
histórica”6.
 Alguns autores chamam a atenção para 
o cuidado que se deve ter em relação à pesquisa 
documental, sobretudo no que se refere à subje-
tividade que, em certo grau, caracteriza determi-
nados documentos, o que pode torná-los pouco 
representativos e, conseqüentemente, compro-
meter os resultados da pesquisa.
Pesquisa experimental
De acordo com Gil7, a pesquisa experimen-
tal 
consiste essencialmenteem determinar um 
objeto de estudo, selecionar as variáveis 
capazes de influenciá-lo e definir as for-
mas de controle e de observação dos efei-
tos que a variável produz no objeto. Trata-
se, portanto, de uma pesquisa em que o 
pesquisador é um agente ativo, e não um 
observador passivo. 
 A pesquisa experimental está significati-
vamente relacionada às ciências naturais e, com 
certeza, o método experimental foi o principal 
responsável por grandes avanços científicos. Tal-
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vez por isso, muitas pessoas são levadas a uma 
concepção errônea, de que a experimentação fica 
restrita ao âmbito laboratorial, quando na verda-
de, sabemos que ela pode ser executada em di-
ferentes situações e lugares. Basta lembrar, por 
exemplo, a psicologia comportamentalista que 
se utiliza muito de estudos experimentais. Evi-
dentemente a pesquisa experimental exige o uso 
de técnicas e instrumentos que possam viabilizar 
resultados sólidos. Em função disso o pesquisa-
dor experimental trabalha com manipulação, ob-
servação e controle direto sobre os elementos em 
experimentação.
Uma das principais características do estu-
do experimental é que um experimento pode ser 
processado de diversas formas, bem como apre-
senta condições de ser repetido, uma vez que se 
tenha pretensão de encontrar o mesmo resultado. 
Por isso, a pesquisa experimental geralmente en-
volve análises estatísticas. 
O processo de experimentação pode ser re-
presentado esquematicamente, ou seja, se X é o 
objeto estudado, mas que em situações não expe-
rimentais acusa os elementos W, Y, Z e H, mas:
W, Y e Z -> conduzem a produção de X;
W, Y e H -> não conduzem a produção de X;
Y, Z e H -> conduzem a produção de X;
Logo, conclui-se que o elemento Z é condi-
ção essencial na produção de X.
Silva8 nos fornece um belo exemplo de situ-
ação em que pode ocorrer uma pesquisa experi-
mental: 
Em uma pesquisa sobre o comportamento 
dos funcionários da produção de uma fá-
brica, o objeto de estudo é o comportamen-
to dos funcionários da produção daquela 
fábrica. Se pretende-se fazer uma pesquisa 
experimental, é preciso interferir na reali-
dade daqueles funcionários, por exemplo, 
mudando ou invertendo as posições das 
máquinas com as quais trabalham ou ma-
nipulando a temperatura ambiente, ou mu-
dando seus horários de intervalo, enfim, 
será verificado o que acontece quando se 
modifica alguma coisa, quando se manipu-
la as variáveis.
As vantagens da pesquisa experimental são 
muitas, em função do seu elevado grau de clareza, 
precisão e objetividade nos resultados. Enquanto 
que sua maior limitação reside na dificuldade em 
ser aplicada em fenômenos sociais.
Pesquisa ex-post facto
Esse tipo de pesquisa consiste no estudo 
sobre algo que já aconteceu, ou seja, sobre fe-
nômenos ou fatos que ocorreram e causaram re-
percussão significativa — tais como: catástrofes, 
atentados, epidemias e outros — e, logo após a 
ocorrência, deseja-se estudar e conhecer melhor 
tal acontecimento. Procura-se não só determinar 
como é o fenômeno, mas principalmente, de que 
maneira e por que ocorreu. 
Em muitos casos na busca das causas do fe-
nômeno, o pesquisador pode trabalhar com es-
tudos experimentais. Nestes casos, trabalha-se 
com o controle de variáveis, mesmo que a expe-
rimentação seja processada depois que os fatos 
aconteceram.
 A pesquisa ex-post facto é de grande utili-
dade para as ciências sociais, pois presta-se para 
investigar casos de crises econômicas, atos de 
Pesquisa em Laboratório. 
 Um incêndio de proporções catastróficas 
torna-se objeto de investigação para pesquisas de 
ex-post-facto. 
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Na pesquisa de 
coorte trabalha-se 
com dois grupos, um 
será o grupo de expe-
riências e 
outro será o grupo de 
controle.
Na pesquisa de levantamento a investigação 
é feita diretamente com as pessoas cujo comporta-
mento se deseja conhecer.
violência, por exemplo: violência nas escolas, 
violências nos esportes etc. 
Estudo de coorte
Estudo de coorte é um tipo de pesquisa lar-
gamente utilizado em estudos que envolvem os 
conhecimentos na área das ciências da saúde.
Estudo de coorte refere-se a um grupo de 
pessoas que têm alguma característica 
comum, constituindo uma amostra a ser 
acompanhada por certo período de tempo, 
para se observar e analisar o que acontece 
com elas.9 
Na pesquisa de coorte trabalha-se com dois 
grupos, um será o grupo de experiências e outro 
será o grupo de controle. Por exemplo, em um 
hospital pretende-se investigar se jogos lúdicos, 
brincadeiras e recreação auxiliam a recupera-
ção de crianças internadas. Então, forma-se dois 
grupos de crianças internadas: para o primeiro 
grupo serão propiciados momentos de jogos lú-
dicos, brincadeiras e recreação; enquanto que 
para o outro não serão fornecidas tais atividades. 
Assim, a partir de um planejamento sistematiza-
do e com método adequado faz-se a compara-
ção da evolução do quadro clínico das crianças, 
podendo-se, a partir disso, extrair as devidas 
conclusões. 
As limitações mais freqüentes com as pes-
quisas de coorte, segundo Gil10, “referem-se à 
não-utilização do critério de aleatoriedade na 
formação dos grupos de participantes. Outra li-
mitação manifesta-se em estudos onde a amostra 
necessita ser muito grande, isso faz com que a 
pesquisa se torne muito onerosa”.
Pesquisa de 
levantamento
A principal característica desse tipo de pes-
quisa é a busca por conhecer aspectos importan-
tes do comportamento humano. Segundo Gil11, 
As pesquisas de levantamento caracteri-
zam-se pela investigação direta das pesso-
as cujo comportamento se deseja conhe-
cer. Basicamente, procede-se à solicitação 
de informações a um grupo significativo 
de pessoas acerca do problema estudado 
para, em seguida, mediante análise quan-
titativa, obterem-se as conclusões corres-
pondentes aos dados coletados. 
Portanto, as conclusões extraídas a partir 
de uma amostragem selecionada do universo em 
estudo, serão projetadas para a totalidade desse 
universo. Nos casos em que o levantamento é 
realizado recolhendo informações diretamente 
com todos os elementos do universo pesquisado, 
então temos um censo.
Entre as principais vantagens da pesquisa 
de levantamento, Gil12 aponta o conhecimento 
direto da realidade estudada; a quantificação — 
isto é, a possibilidade de quantificar variáveis e 
analisar os dados estatisticamente —, bem como 
a economia e rapidez para levantar os dados da 
pesquisa.
Já uma das limitações do levantamento é 
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quando o pesquisador se prende demasiadamente 
aos aspectos quantitativos e, conseqüentemente, 
deixa a desejar na fundamentação teórica — cujo 
objetivo é justificar a realidade analisada.
Estudo de campo
O estudo de campo se originou no campo da 
Antropologia, mas nos dias atuais é utilizado por 
vários ramos das ciências. Ele apresenta muitas 
semelhanças com o levantamento. 
Tipicamente, o estudo de campo focaliza 
uma comunidade, que não é necessaria-
mente geográfica, já que pode ser uma co-
munidade de trabalhos, de estudo, de lazer 
ou voltada para qualquer outra atividade 
humana. Basicamente, a pesquisa é desen-
volvida por meio da observação direta das 
atividades do grupo estudado e de entre-
vistas com informantes para captar suas 
explicações e interpretaçõesdo que ocorre 
no grupo. Esses procedimentos são geral-
mente conjugados com muitos outros, tais 
como a análise de documentos, filmagem 
e fotografias. No estudo de campo, o pes-
quisador realiza a maior parte do trabalho 
pessoalmente, pois é enfatiza importância 
de o pesquisador ter tido ele mesmo uma 
experiência direta com a situação de estu-
do. Também se exige do pesquisador que 
permaneça o maior tempo possível na co-
munidade, pois somente com essa imersão 
na realidade é que se podem entender as 
regras, os costumes e a convenções que re-
A Pesquisa-ação caracteriza-se pela interação 
entre pesquisadores e os membros das situações in-
vestigadas.
No estudo de 
campo o próprio 
pesquisador tem 
experiência direta 
com o objeto de 
estudo.
gem o grupo estudado.13
Na pesquisa de campo deve-se efetuar a ob-
servação dos fatos e fenômenos de maneira real, 
isto é, como eles acontecem na realidade. A cole-
ta e análise dos dados deve ser feita baseando-se 
em um referencial teórico consistente, visando 
uma interpretação com maior fidelidade do pro-
blema ou fenômeno pesquisado.
Estudo de caso
Aqui o próprio nome já diz muito, isto é, o 
estudo de caso envolve-se em situações especí-
ficas, pois se estuda um único caso. Investiga-se 
circunstâncias muito peculiares, tais como: pro-
blemas de evasão escolar em uma determinada 
escola, incidência de infecção hospitalar em um 
determinado hospital. Portanto, estuda-se, de 
modo profundo e exaustivo, realidades que exi-
gem em entendimento de caso com exclusivida-
de, em busca de um esclarecimento detalhado. 
No estudo de caso, os resultados terão vali-
dade apenas para o caso que se está pesquisando, 
isto é, não pode-se generalizar os resultados ob-
tidos de uma pesquisa realizada em uma escola, 
para outras escolas. 
Pesquisa-ação
Esse tipo de pesquisa exige um significativo 
engajamento e mútua participação entre o pes-
quisador e os pesquisados. Por isso é muito uti-
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lizada a serviço das classes populares, onde os 
pesquisadores exercem um papel ativo na busca 
de soluções de problemas que se revelam no ob-
jeto de estudo.
É um tipo de pesquisa com base empírica 
que é concebida e realizada em estreita as-
sociação com uma ação ou com a resolução 
de um problema coletivo e no qual os pes-
quisadores e participantes representativos 
da situação ou do problema estão envolvi-
dos de modo cooperativo ou participativo.14
Na pesquisa-ação o pesquisador deve ter es-
pecial cuidado para não deslizar para aspectos 
subjetivos em prejuízo da objetividade compro-
metendo os resultados da pesquisa.
1 SILVA, 2005, p. 49.
2 GIL, 2007, p. 41-56.
3 Ibid., p. 41.
4 Ibid., p. 42.
5 Ibid., p. 45.
6 Ibid., p. 46
7 Ibid., p. 48
8 SILVA, 2005, p. 51.
9 GIL, 2007, p. 50.
10 Id.
11 GIL, 2007, p. 50-51.
12 Ibid., p. 51.
13 GIL, 2007, p. 53.
14 THIOLLENT, 1985, p. 14, citado por GIL, 2007, p. 55.
15 SILVA, 2005, p. 51.
Pesquisa de opinião
Tomando-se como exemplo as pesquisas de 
intenção de voto, que ocorrem em época de cam-
panha eleitoral, uma pesquisa de opinião “pro-
cura identificar atitudes, pontos de vista e prefe-
rências que as pessoas têm a respeito de algum 
assunto, com o objetivo de tomar decisões” 15. 
Além disso, cumpre acrescentar que esse tipo 
de pesquisa presta-se ao levantamento de dados 
e informações detalhados sobre uma determinada 
realidade ou circunstância, tomando-se para tan-
to, a opinião de um grupo de pessoas. Com isso, 
normalmente deseja-se descobrir tendências, re-
conhecer interesses, entre outros aspectos.

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