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Organização Administrativa e Entidades Públicas

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CURSO ON-LINE 
DIREITO ADMINISTRATIVO EM EXERCÍCIOS - TRIBUNAIS 
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ 
Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 05 
ASSUNTO: 
Organização administrativa: administração direta e indireta; centralizada e 
descentralizada; autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de 
economia mista. Órgãos públicos: conceito, natureza e classificação 
AVISO: A Lei nº 8.112/90 será estudada na aula 07. 
236. (FCC/TRE-AM/2010) Sobre as entidades políticas, os órgãos e os 
agentes públicos, considere: 
I. As empresas públicas e sociedades de economia mista não são criadas por 
lei, mas, a sua instituição depende de autorização legislativa. 
II. Entidades estatais são pessoas jurídicas de Direito Público que integram a 
estrutura constitucional do Estado, mas, não têm poderes políticos nem 
administrativos. 
III. Órgãos subalternos são os que exercem atribuições de mera execução, 
sempre subordinados a vários níveis hierárquicos superiores. 
IV. Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho 
de funções estatais, dotados de personalidade jurídica e de vontade própria. 
V. Agentes públicos são todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou 
transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, III e V. 
b) I, II e IV. 
c) III, IV e V. 
d) III e IV. 
e) IV e V. 
 Comentários: 
O item I está certo. As regras para a criação das entidades da 
Administração indireta estão previstas nos incisos XIX e XX do art. 37 da 
Constituição Federal nos seguintes termos: 
 
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CF, ART. 37: 
XIX: somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação; 
XX: depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de 
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a 
participação de qualquer delas em empresa privada; 
Portanto, a Constituição Federal exige lei específica que autorize a criação 
de empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. 
A partir desta autorização, o chefe do Poder Executivo, mediante decreto, 
edita o ato constitutivo da entidade; por fim, este decreto é registrado na Junta 
Comercial ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, surgindo, portanto, a 
personalidade jurídica. 
 O item II está errado. Entidades estatais são pessoas jurídicas de 
Direito Público que integram a estrutura constitucional do Estado e têm poderes 
políticos e administrativos, tais como a União, os Estados-membros, os 
Municípios e o Distrito Federal. Apenas a União é soberana. As demais 
entidades estatais têm apenas autonomia política, administrativa e financeira. 
 O item II está certo. Classificações dos órgãos públicos: 
• Quanto à posição estatal: 
9 Independentes: são originários da Constituição. Representam o 
Poder de Estado. Exemplos: Casas Legislativas, Governo do Estado, 
Presidência da República; Supremo Tribunal Federal etc. 
9 Autônomos: situam-se na cúpula da Administração. Subordinam-
se aos órgãos independentes. Possuem autonomia administrativa, 
técnica e financeira. Exercem funções de planejar, coordenar, 
supervisionar e controlar as atividades de sua competência. 
Exemplos: Ministérios, Secretarias etc. 
9 Superiores: Têm poder de controle, decisão e comando dos 
assuntos referentes a sua área de atuação, sujeitos a controle 
hierárquico, sem possuir autonomia financeira ou administrativa. 
9 Subalternos: Possuem pouco poder de decisão. Em regra, 
desempenham funções de execução, como serviços rotineiros, 
cumprem decisões superiores. 
 
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• Quanto à composição: 
9 Simples ou Unitários: Têm apenas um único centro de 
competência em sua estrutura. 
9 Compostos: Em sua estrutura, possuem outros órgãos menores. 
• Quanto à forma de atuação funcional: 
9 Singulares: atuam por intermédio de um único agente. 
9 Colegiados: atuam mediante manifestação de vários membros, de 
forma conjunta e por maioria, sem a prevalência da vontade do 
chefe. 
 O item IV está errado. Os órgãos públicos não possuem 
personalidade jurídica. 
 O item V está certo. Agentes públicos são todas as pessoas físicas 
incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função 
estatal. 
Por isso, a resposta desta questão é a letra a. 
237. (FCC/TRT-7ªRegião/2009) Sobre as entidades do Terceiro Setor é 
correto afirmar: 
a) as organizações da sociedade civil de interesse público só podem 
distribuir dividendos após cinco anos da sua criação. 
b) as entidades qualificadas como organizações sociais não estão obrigadas 
a realizar licitação para obras, compras, serviços e alienações, 
relativamente aos recursos por ela administrados, oriundos de repasses 
da União. 
c) classificam-se como terceiro setor, dentre outras, as autarquias, as 
organizações sociais e as empresas públicas. 
d) para que entidades privadas se habilitem como Organização Social têm 
que ter previsão no seu ato constitutivo, dentre outros requisitos, de 
participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de 
representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de 
notória capacidade profissional e idoneidade moral. 
 
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e) as organizações sociais são definidas como pessoa jurídica de direito 
público. 
 Comentários: 
 As letras a e e estão erradas. As OSCIP são “pessoas jurídicas de 
direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, 
para desempenhar serviços sociais não exclusivos do Estado, com incentivo e 
fiscalização pelo Poder Público, mediante vínculo jurídico instituído por meio de 
termo de parceria”. Assim, as OSCIP não podem distribuir dividendos. 
 A letra b está errada. As organizações sociais estão obrigadas a realizar 
licitação para obras, compras, serviços e alienações, relativamente aos recursos 
por ela administrados, oriundos de repasses da União. 
 A letra c está errada. Classificam-se como terceiro setor: as 
organizações sociais, as organizações da sociedade civil de interesse público e 
os serviços sociais autônomos. 
 A letra d está certa. Nos termos da Lei nº 9.637/98, o Poder Executivo 
poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, 
sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa 
científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio 
ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos seguintes requisitos: 
• comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre: 
9 natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de 
 atuação; 
9 finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de 
seus excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias 
atividades; 
9 previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação 
superior e de direção, um conselho de administração e uma diretoria 
definidos nos termos do estatuto, asseguradas àquele composição e 
atribuições normativas e de controle básicas previstas na Lei; 
9 previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação 
superior, de representantes do Poder Público e de membros da 
comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral;9 composição e atribuições da diretoria; 
 
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9 obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos 
relatórios financeiros e do relatório de execução do contrato de 
gestão; 
9 no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na 
forma do estatuto; 
9 proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio 
líquido em qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, 
retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade; 
9 previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou 
das doações que lhe foram destinados, bem como dos excedentes 
financeiros decorrentes de suas atividades, em caso de extinção ou 
desqualificação, ao patrimônio de outra organização social qualificada 
no âmbito da União, da mesma área de atuação, ou ao patrimônio da 
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, na 
proporção dos recursos e bens por estes alocados; 
• haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua 
qualificação como organização social, do Ministro ou titular de órgão 
supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu 
objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma 
do Estado (atual MPOG). 
Portanto, a resposta desta questão é a letra d. 
 
238. (FCC/TRT-7ªRegião/2009) Pessoa jurídica de direito público, criada 
por lei, com capacidade de auto-administração, para o desempenho de serviço 
público descentralizado, mediante controle administrativo, é conceito de 
a) autarquia. 
b) fundação pública. 
c) consórcio público. 
d) sociedade de economia mista. 
e) empresa pública. 
 Comentários: 
Autarquia é “a pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com 
capacidade de auto-administração, para o desempenho de serviço público 
descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei” 
(Maria Sylvia Di Pietro). 
 
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Assim, a resposta desta questão é a letra a. 
239. (FCC/TJ-PI/2009/Adaptada) Poderá ser criada autarquia e autorizada 
a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação, somente por lei específica, cabendo à lei ordinária, neste último caso, 
definir as áreas de sua atuação. 
 Comentários: 
Errado. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia 
mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, 
definir as áreas de sua atuação (CF, art. 37, XIX). 
240. (FCC/TCE-GO/2009) Determinados entes da administração indireta 
serão, obrigatoriamente, submetidos ao regime jurídico de direito privado se 
exercerem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de 
prestação de serviços. São eles: 
a) as empresas públicas e as empresas concessionárias de serviços públicos, 
apenas. 
b) as empresas públicas e as sociedades de economia mista, apenas. 
c) as empresas públicas, as sociedades de economia mista, as autarquias e 
as fundações. 
d) as empresas públicas, apenas. 
e) as sociedades de economia mista, apenas. 
Comentários: 
 
Tradicionalmente, o Direito Administrativo Brasileiro adota uma 
organização administrativa do Estado a partir da divisão entre Administração 
Pública Direta e Administração Pública Indireta, que se compõem, 
respectivamente, de: 
• Órgãos Públicos; e 
• Entidades Jurídicas, que podem ser: 
9 De direito público: são as autarquias e as fundações públicas 
de direito público; 
 
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9 De direito privado: são as fundações públicas de direito 
privado, as sociedades de economia mista e as empresas 
públicas. 
Nesse contexto, as empresas públicas e as sociedades de economia 
mista são criadas para o desempenho de atividade econômica de produção 
ou comercialização de bens ou para a prestação de serviços públicos. 
Portanto, a resposta desta questão é a letra b. 
241. (FCC/TJ-PI/2009) Com relação à administração pública indireta e suas 
entidades, considere: 
I. A descentralização administrativa ocorre quando as atribuições que os entes 
descentralizados exercem só têm o valor jurídico que lhes empresta o ente 
central. 
II. A fundação é pessoa jurídica de direito privado com capital inteiramente 
público e organização sob qualquer das formas admitidas em direito. 
III. As autarquias, dentre outras características, são instituídas por seus 
fundadores, possuem personalidade jurídica própria e não se sujeitam a 
controle ou tutela, salvo se previsto em seus estatutos. 
IV. A posição da fundação governamental privada perante o poder público é a 
mesma das sociedades de economia mista e empresas públicas. 
V. O desempenho de atividade de natureza econômica e a personalidade 
jurídica de direito privado são, além de outros, traços comuns entre empresa 
pública e sociedade de economia mista. 
É correto o que consta APENAS em 
a) II e V. 
b) II, III e IV. 
c) I, III e V. 
d) II e III. 
e) I, IV e V. 
Comentários: 
 
O item I está certo. Na descentralização, a função administrativa é 
realizada através de outras pessoas jurídicas. Ou seja, a descentralização 
 
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pressupõe a existência de duas pessoas jurídicas distintas: o Estado e a 
entidade que realizará o serviço. 
 A descentralização administrativa pode ser efetivada de duas formas: 
por outorga e por delegação. 
• Descentralização por outorga: o Estado cria uma entidade e a ela 
transfere, por lei, determinado serviço público. Por exemplo: criação de 
entidades da Administração Indireta. 
• Descentralização por delegação: o Estado transfere, por contrato ou 
ato unilateral, unicamente a execução de determinado serviço público 
para que determinado ente o preste em seu próprio nome e por sua conta 
e risco. Por exemplo: concessão ou permissão de serviços públicos. 
A descentralização administrativa pode ser: 
• Territorial: é criada uma entidade a partir da especificação de uma área 
geográfica, dotando-a de personalidade jurídica de jurídica de direito 
público e de competência administrativa. Exemplo: criação de territórios 
(autarquias territoriais). 
• Por colaboração: mediante contrato administrativo de concessão ou 
permissão de serviço público, ou ato unilateral de autorização, o Estado 
transfere ou delega a prestação de determinado serviço público, a ser 
realizada por conta e risco do delegado. Exemplos: concessão, permissão 
e autorização de serviços públicos. 
• Por serviço ou funcional: cria-se uma entidade administrativa, com 
personalidade jurídica própria, para o exercício de atividade específica. 
Exemplos: criação de entidades da administração indireta. 
 
 O item II está errado. 
Empresas Públicas Fundações Públicas 
São as pessoas jurídicas de direito 
privado, integrantes da Administração 
Indireta, instituídas pelo Poder 
Público, mediante autorização de lei 
específica, sob qualquer forma 
jurídica (Ltda., S/A etc.) e com 
capital exclusivamente público, 
para exploração de atividades de 
natureza econômica ou execução de 
serviços públicos. 
São as pessoas jurídicas de direito 
público ou privado, instituídas pelo 
Poder Público, com capacidade 
exclusivamente administrativa, tendo 
por substrato um patrimôniopersonalizado, gerido pelos seus 
próprios órgãos e destinado a uma 
finalidade específica, de interesse 
público 
 
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 O item III está errado. Na descentralização não há hierarquia 
entre a Administração Direta e a Indireta. Esta relação é caracterizada 
pela vinculação (e não pela subordinação). Pois, a Administração Direta exerce 
sobre a Administração Indireta o chamado controle finalístico, tutela 
administrativa ou supervisão. Logo, as autarquias se sujeitam a controle ou 
tutela. 
 O item IV está certo. São entidades da Administração Indireta que 
possuem personalidade jurídica de direito privado: as fundações públicas 
de direito privado, as sociedades de economia mista e as empresas 
públicas. 
 O item V está certo. As empresas públicas e as sociedades de 
economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 
Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante autorização de 
lei específica, para exploração de atividades de natureza econômica ou 
execução de serviços públicos. 
 
Com efeito, a resposta desta questão é a letra e. 
242. (FCC/TRT-16ªRegião/2009) São traços distintivos entre empresa 
pública e sociedade de economia mista: 
a) forma jurídica; composição do capital e foro processual. 
b) foro processual; forma de criação e objeto. 
c) composição de capital; regime jurídico e forma de criação. 
d) objeto; forma jurídica e regime jurídico. 
e) regime jurídico; objeto e foro processual. 
Comentários: 
 
São 3 as principais distinções entre a empresa pública e a sociedade 
de economia mista: 
• Forma jurídica: 
9 EP: podem revestir-se de qualquer das formas admitidas em 
 Direito 
 
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9 SEM: devem ter a forma de S/A 
• Composição do capital: 
9 EP: capital 100% público 
9 SEM: capital público + capital privado (na esfera federal, a maioria 
das ações com direito a voto deve pertencer à União) 
• Foro processual (apenas para as entidades federais): 
9 EP federais: as causas serão processadas e julgadas na Justiça 
Federal (exceto as causas de falência, acidente de trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho) 
9 SEM federais: as causas serão processadas e julgadas na Justiça 
Estadual (bem como as SEM estaduais e municipais) 
A resposta desta questão, portanto, é a letra a. 
243. (FCC/MPE-SE/2009) A Administração Direta é definida como 
a) soma das autarquias, fundações públicas e empresas públicas 
subordinadas ao governo de determinada esfera da Federação. 
b) nível superior da administração da União ou de um ente federado, 
integrada pela chefia do Poder Exe cutivo e respectivos auxiliares diretos. 
c) corpo de órgãos, dotados de personalidade jurídica própria, vinculados ao 
Ministério ou Secretaria em cuja área de competência estiver enquadrada 
sua principal atividade. 
d) conjunto de pessoas jurídicas de direito público subordinadas diretamente 
à chefia do Poder Executivo. 
e) conjunto de serviços e órgãos integrados na estrutura administrativa da 
chefia do Poder Executivo e respectivos Ministérios ou Secretarias. 
Comentários: 
 
Segundo a doutrina, Administração Direta é o conjunto de serviços e 
órgãos integrados na estrutura administrativa da chefia do Poder Executivo e 
respectivos Ministérios ou Secretarias. 
Logo, a resposta desta questão é a letra e. 
 
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244. (FCC/MPE-SE/2009/Adaptada) Considere as entidades abaixo 
relacionadas: 
I. Sociedade de economia mista sob controle do Estado de São Paulo. 
II. Fundação pública instituída pelo Estado de São Paulo. 
III. Associação pública mantida entre a União e o Estado de São Paulo. 
São integrantes da administração indireta do Estado de São Paulo as entidades 
citadas nos itens 
a) I, II e III. 
b) I, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) II e III, apenas. 
Comentários: 
 
A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de 
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
9 Autarquias; 
9 Empresas Públicas; 
9 Sociedades de Economia Mista; 
9 Fundações Públicas; e 
9 Consórcios Públicos de direito público (associações públicas) 
IMPORTANTE: 
De acordo com o art. 6º da Lei nº 11.107/05, os consórcios públicos poderão 
ser constituídos como pessoas jurídicas de direito privado ou como 
pessoas jurídicas de direito público. 
O consórcio público com personalidade jurídica de direito público 
integra a administração indireta de todos os entes da Federação 
consorciados (art. 6º, §1º). 
Por isso, a resposta desta questão é a letra a. 
 
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245. (FCC/MPE-SE/2009) Terá, obrigatoriamente, personalidade jurídica de 
direito privado uma 
a) autarquia de regime especial. 
b) autarquia de regime comum. 
c) fundação pública. 
d) associação pública. 
e) sociedade de economia mista que exerça atividade econômica. 
 
 Comentários: 
As entidades da Administração Indireta podem ser: 
9 De direito público: são as autarquias e as fundações públicas 
de direito público; 
9 De direito privado: são as fundações públicas de direito 
privado, as sociedades de economia mista e as empresas 
públicas. 
Assim, a resposta desta questão é a letra e. 
246. (FCC/MPE-SE/2009/Adaptada) A criação de Fundações Públicas, no 
Estado de São Paulo, depende de lei específica aprovada pela Assembléia 
Legislativa. 
 Comentários: 
Certo. A criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, 
privatização ou extinção das sociedades de economia mista, autarquias, 
fundações e empresas públicas depende de prévia aprovação da 
Assembléia Legislativa (Constituição Estadual, art. 115, XXI). 
247. (FCC/PGE-RJ/2009) A criação de entidades da Administração indireta e 
a transferência, a estas, de atividades e competências originalmente atribuídas 
a órgãos da administração direta são decorrência de políticas administrativas 
tendentes à 
a) desconcentração. 
 
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b) descentralização. 
c) privatização. 
d) regulamentação. 
e) subsidiariedade. 
Comentários: 
 
Na organização de sua Administração, a função administrativa pode ser 
realizada de forma centralizada ou descentralizada. Na centralização, a 
função administrativa é realizada diretamente pelos órgãos e agentes da 
própria Administração Direta. Por outro lado, na descentralização, a 
função administrativa é realizada através de outras pessoas jurídicas. Ou 
seja, a descentralização pressupõe a existência de duas pessoas 
jurídicas distintas: o Estado e a entidade que realizará o serviço. 
Por fim, para evitar possíveis equívocos conceituais, é prudente 
mencionar a técnica da desconcentração administrativa, que é utilizada 
tanto na Administração Direta, quanto na Administração Indireta. 
 A desconcentração administrativa é a distribuição de 
competências, no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, com vista a 
agilizar a prestação dos serviços. Em outras palavras, a desconcentração 
administrativa nada mais é do que a criação de órgãos públicos. Por 
exemplo: criação de Ministérios, Departamentos, Secretariasetc. 
IMPORTANTE: 
Desconcentração Criação de órgãos públicos 
≠ 
Descentralização Criação de entidades 
 
Com efeito, a resposta desta questão é a letra b. 
248. (FCC/DPE-PA/2009) As chamadas "empresas estatais" apresentam 
grande semelhança no regime jurídico que se lhes aplica. Para distingui-las é 
correto afirmar que as 
a) empresas públicas são sempre constituídas sob a forma de sociedade 
anônima. 
 
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b) sociedades de economia mista admitem todas as formas societárias 
previstas em lei, com exceção da sociedade anônima. 
c) empresas públicas são sempre constituídas sob a forma de sociedade 
anônima de capital fechado, não admitindo comercialização de ações em 
bolsa. 
d) sociedades de economia mista são constituídas sob a forma de sociedade 
anônima, sendo o capital constituído por recursos públicos e particulares. 
e) empresas públicas têm o capital constituído por recursos provenientes da 
Administração Direta, não admitindo a participação de outros entes, ainda 
que da esfera pública. 
Comentários: 
 
Notem que esse assunto é bastante cobrado pela FCC. Distinções entre 
a empresa pública e a sociedade de economia mista: 
• Forma jurídica: 
9 EP: podem revestir-se de qualquer das formas admitidas em 
 Direito 
9 SEM: devem ter a forma de S/A 
• Composição do capital: 
9 EP: capital 100% público 
9 SEM: capital público + capital privado (na esfera federal, a maioria 
das ações com direito a voto deve pertencer à União) 
Logo, a resposta desta questão é a letra d. 
249. (FCC/TCE-PI/2009) Constituem entidades com personalidade jurídica 
própria, sujeitas ao controle externo do Tribunal de Contas, criadas por lei e 
imunes a impostos instituídos sobre patrimônio, renda ou serviços vinculados às 
suas finalidades essenciais 
a) as sociedades de economia mista. 
b) as organizações da sociedade civil de interesse público. 
c) as organizações sociais. 
d) os Ministérios. 
e) as autarquias. 
 
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 Comentários: 
Segundo Hely Lopes de Meirelles, autarquias “são entes 
administrativos autônomos, criados por lei específica, com 
personalidade jurídica de Direito Público interno, patrimônio próprio e 
atribuições estatais específicas”. 
Em outro momento, o autor define entidades autárquicas como “pessoas 
jurídicas de Direito Público, de natureza meramente administrativa, 
criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras ou 
serviços descentralizados da entidade estatal que as criou”. 
Para Maria Sylvia Di Pietro, autarquia é “a pessoa jurídica de direito 
público, criada por lei, com capacidade de auto-administração, para o 
desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle 
administrativo exercido nos limites da lei.” 
São prerrogativas das autarquias: 
• Imunidade tributária, desde que vinculados a suas finalidades 
essenciais ou suas decorrentes. (art. 150, §2º, da CF); 
• Impenhorabilidade de bens e rendas; 
• Imprescritibilidade de bens (Súmula nº 340, do STF); 
Por isso, a resposta desta questão é a letra e. 
250. (FCC/PM-BA/2009) Com relação à Classificação dos Órgãos Públicos, 
quanto à posição estatal, as Casas Legislativas e as Secretarias de Estado são, 
respectivamente, órgãos 
a) independentes e superiores. 
b) independentes e autônomos. 
c) autônomos e superiores. 
d) autônomos e independentes. 
e) superiores e subalternos. 
 Comentários: 
 Quanto à posição estatal, os órgãos públicos classificam-se em: 
 
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• Independentes: são originários da Constituição. Representam o 
Poder de Estado. Exemplos: Casas Legislativas, Governo do Estado, 
Presidência da República; Supremo Tribunal Federal etc. 
• Autônomos: situam-se na cúpula da Administração. Subordinam-
se aos órgãos independentes. Possuem autonomia administrativa, 
técnica e financeira. Exercem funções de planejar, coordenar, 
supervisionar e controlar as atividades de sua competência. 
Exemplos: Ministérios, Secretarias etc. 
• Superiores: Têm poder de controle, decisão e comando dos 
assuntos referentes a sua área de atuação, sujeitos a controle 
hierárquico, sem possuir autonomia financeira ou administrativa. 
• Subalternos: Possuem pouco poder de decisão. Em regra, 
desempenham funções de execução, como serviços rotineiros, 
cumprem decisões superiores. 
Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra b. 
251 (FCC/TRT-18ªRegião/2008) Dentre as entidades da Administração 
Pública Indireta, para cuja criação é suficiente mera autorização legal, NÃO se 
incluem as 
a) empresas públicas. 
b) autarquias. 
c) sociedades de economia mista. 
d) fundações públicas. 
e) fundações privadas. 
 Comentários: 
CF, ART. 37: 
XIX: somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação; 
Assim, a resposta desta questão é a letra b. 
 
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252. (FCC/TRT-18ªRegião/2008) Embora a Administração Pública indireta 
seja constituída de entidades de direito público e/ou de direito privado, é certo 
que elas têm alguns traços comuns, dentre os quais se destaca que 
a) elas têm liberdade na fixação ou modificação de seus próprios fins. 
b) a sua criação nem sempre é feita ou autorizada por lei. 
c) a sua finalidade essencial é o lucro, que será distribuído dentre seus 
funcionários/ou empregados. 
d) elas têm a possibilidade de se extinguirem pela própria vontade. 
e) todas têm personalidade jurídica própria, o que implica direitos e 
obrigações definidas em lei. 
Comentários: 
 
A Administração Direta, que se constitui dos serviços e órgãos 
integrados na estrutura administrativa da chefia do Poder Executivo e 
respectivos Ministérios ou Secretarias. 
Por outro lado, a Administração Indireta, que compreende as seguintes 
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
9 Autarquias; 
9 Empresas Públicas; 
9 Sociedades de Economia Mista; e 
9 Fundações Públicas 
Por isso, a resposta desta questão é a letra e. 
253. (FCC/Prefeitura de Recife/2008) Determinado Estado criou, 
regularmente, uma autarquia para executar atividades típicas da Administração 
estadual que melhor seriam exercidas de forma descentralizada. Em relação a 
esta pessoa jurídica instituída, pode-se afirmar que se trata de pessoa jurídica 
a) de direito público, com personalidade jurídica própria, embora sujeita ao 
poder de autotutela do ente que a instituiu. 
b) de direito público, não sujeita a controle do ente que a instituiu quando 
gerar receitas próprias que lhe confiram auto-suficiência financeira. 
c) sujeita ao regime jurídico de direito privado quando for auto-suficiente e 
ao regime jurídico de direito público quando depender de verbas públicas, 
 
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sem prejuízo, em ambos os casos, da submissão à tutela do ente que a 
instituiu. 
d) sujeita ao regime jurídico de direito público, criada por Decreto, 
integrante da Administração Indiretae, portanto, sujeita a controle do 
ente que a instituiu. 
e) de direito público, dotada das prerrogativas e restrições próprias do 
regime jurídico-administrativo e sujeita ao poder de tutela do ente que a 
instituiu. 
 
 Comentários: 
De acordo com Dirley da Cunha Jr, autarquias são as “pessoas jurídicas 
de direto público, com capacidade exclusivamente administrativa, 
criadas por lei específica para exercerem, em caráter especializado e 
com prerrogativas públicas, atividades típicas referentes à prestação de 
certos serviços públicos”. 
Assim, a resposta desta questão é a letra e. 
254. (FCC/TCE-AM/2008) "A natureza de ...... conferida à Agência é 
caracterizada por independência administrativa, ausência de subordinação 
hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes e autonomia 
financeira". Esse texto de lei, referente a uma das agências reguladoras 
brasileiras, tem sua lacuna corretamente completada pela expressão: 
a) autarquia especial. 
b) entidade paraestatal. 
c) empresa pública. 
d) entidade da Administração Direta. 
e) fundação pública. 
 Comentários: 
As agências reguladoras brasileiras não são novas entidades jurídicas 
inseridas acrescentadas à estrutura formal da Administração Pública. Até hoje, 
as leis que vêm instituindo as agências reguladoras têm adotado a forma de 
autarquia, integrantes da Administração Indireta. 
Ademais, o legislador tem atribuído a elas privilégios específicos, que 
aumentam sua autonomia comparativamente com as autarquias comuns. Por 
 
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isso, a doutrina conceitua essas entidades como autarquia em regime 
especial. Isso significa que a essas agências reguladoras são conferidas maior 
independência em relação ao ente que as criou. 
Portanto, a resposta desta questão é a letra a. 
255. (FCC/MPE-RS/2008) Sobre as entidades da Administração indireta, 
considere: 
I. Pessoa jurídica de Direito Público, criada por lei, com capacidade de auto-
administração, para o desempenho de serviço público descentralizado, 
mediante controle administrativo exercido nos limites da lei. 
II. Pessoa jurídica de Direito Privado, autorizada por lei e constituída mediante 
qualquer das formas societárias admitidas em direito. 
Os conceitos acima referem-se, respectivamente, a 
a) fundação pública e sociedade de economia mista. 
b) autarquia e empresa pública. 
c) autarquia e fundação. 
d) empresa pública e fundação de direito privado. 
e) sociedade de economia mista e autarquia. 
 Comentários: 
Autarquia Empresa Pública 
Pessoa jurídica de Direito Público, 
criada por lei, com capacidade de 
auto-administração, para o 
desempenho de serviço público 
descentralizado, mediante controle 
administrativo exercido nos limites da 
lei. 
Pessoa jurídica de Direito Privado, 
autorizada por lei e constituída 
mediante qualquer das formas 
societárias admitidas em direito. 
Portanto, a resposta desta questão é a letra b. 
256. (FCC/MPE-RS/2008) A respeito dos órgãos públicos, pode-se dizer que 
 
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a) são unidades que congregam atribuições exercidas por vários agentes 
públicos que os integram com o objetivo de expressar a vontade do 
Estado. 
b) se denominam colegiados os que são integrados por outros órgãos 
públicos. 
c) singulares, são aqueles dotados de um único centro de competências ou 
atribuições. 
d) superiores, são os que têm origem na Constituição. Estão colocados no 
ápice da pirâmide organizacional, sem qualquer subordinação hierárquica 
ou funcional. 
e) são denominados autônomos, os órgãos de direção, controle, decisão e 
comando em assuntos da sua competência. 
 Comentários: 
Na lição de Hely Lopes Meirelles, órgãos públicos “são centros de 
competência instituídos para o desempenho de funções estatais, 
através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a 
que pertencem”. 
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, órgãos públicos “são unidades 
abstratas que sintetizam os vários círculos de atribuições do Estado.” 
Tendo em vista os conceitos acima, para Vicente Paulo e Marcelo 
Alexandrino, são características dos órgãos públicos: 
• Integram a estrutura de uma pessoa jurídica; 
• Não possuem personalidade jurídica; 
• São resultados da desconcentração; 
• Podem firmar contrato de gestão com outros órgãos (CF, art. 37, §8º); 
• Alguns (os órgãos que assinam contrato de gestão) possuem autonomia 
gerencial, orçamentária e financeira; 
• Não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que 
integram; 
• Alguns (os órgãos autônomos e os independentes) têm capacidade 
processual para defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais; 
• Não possuem patrimônio próprio. 
Assim, a resposta desta questão é a letra a. 
 
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257. (FCC/TCE-AL/2008) Constitui norma comum e inerente ao regime 
jurídico das autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de 
economia mista 
a) a imunidade tributária garantida pela Constituição, relativa aos impostos 
sobre patrimônio, renda ou serviços. 
b) o controle das suas atuações por órgãos da Administração Direta, nos 
limites da lei. 
c) o desempenho de atividade de natureza não econômica. 
d) a incidência do duplo grau de jurisdição, quando sejam partes em 
processo judicial. 
e) a instituição de sua personalidade jurídica por Decreto expedido pelo 
chefe do Poder Executivo. 
Comentários: 
 
Na descentralização não há hierarquia entre a Administração 
Direta e a Indireta. Esta relação é caracterizada pela vinculação (e não pela 
subordinação). Pois, a Administração Direta exerce sobre a Administração 
Indireta o chamado controle finalístico, tutela administrativa ou 
supervisão. Logo, as autarquias se sujeitam a controle ou tutela. 
Logo, a resposta desta questão é a letra b. 
258. (FCC/TRF-5ªRegião/2008) Os órgãos públicos são 
a) centros de competência dotados de personalidade jurídica. 
b) os agentes públicos que desempenham as funções da Administração 
Pública. 
c) centros de competência instituídos para o desempenho de funções 
estatais. 
d) unicamente os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 
e) as pessoas, os sujeitos de direitos e obrigações, dentro da Administração 
Pública. 
Comentários: 
 
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Órgãos públicos “são centros de competência instituídos para o 
desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação 
é imputada à pessoa jurídica a que pertencem” (Hely Lopes Meirelles). 
Assim, a resposta desta questão é a letra c. 
259. (FCC/TRF-5ªRegião/2008) Em conformidade com a doutrina 
dominante e quanto à posição que ocupam na estrutura estatal, os órgãos 
públicos classificam-se em 
a) singulares, colegiados superiores e inferiores. 
b) autônomos, superiores, inferiores e compostos. 
c) compostos, independentes, subalternos e singulares. 
d) compostos, colegiados, autônomos e superiores. 
e) independentes, autônomos, superiores e subalternos. 
 Comentários: 
Quanto à posição estatal, os órgãos públicos classificam-se em: 
9 Independentes: são originários da Constituição. Representam o 
Poder de Estado. Exemplos: Casas Legislativas, Governo do Estado, 
Presidência da República; Supremo Tribunal Federal etc. 
9 Autônomos:situam-se na cúpula da Administração. Subordinam-
se aos órgãos independentes. Possuem autonomia administrativa, 
técnica e financeira. Exercem funções de planejar, coordenar, 
supervisionar e controlar as atividades de sua competência. 
Exemplos: Ministérios, Secretarias etc. 
9 Superiores: Têm poder de controle, decisão e comando dos 
assuntos referentes a sua área de atuação, sujeitos a controle 
hierárquico, sem possuir autonomia financeira ou administrativa. 
9 Subalternos: Possuem pouco poder de decisão. Em regra, 
desempenham funções de execução, como serviços rotineiros, 
cumprem decisões superiores. 
Logo, a resposta desta questão é a letra e. 
 
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260. (FCC/TCE-MG/2007) Em matéria de organização da Administração 
Pública, é correto afirmar que 
a) descentralização administrativa consiste na transferência interna corporis 
da execução e da titularidade de serviços públicos aos diversos órgãos 
que compõem a Administração direta, fundada no poder hierárquico e na 
divisão de trabalho. 
b) desconcentração administrativa consiste na transferência da prestação de 
serviços públicos a entidades dotadas de personalidade jurídica, distinta 
da Administração Pública central, constituindo o que a doutrina denomina 
de Administração indireta. 
c) a descentralização administrativa concretiza-se mediante delegação, ao 
passo que a desconcentração se dá por meio da outorga de determinadas 
atribuições à entidade da administração indireta. 
d) desconcentração administrativa ocorre quando há uma pluralidade de 
pessoas jurídicas públicas com competências políticas distintas, as quais 
encontram-se investidas no poder de fixar os altos interesses da 
coletividade, o que ocorre nos Estados Federais, compostos de Estados-
Membros e, no Brasil, de Municípios e do Distrito Federal. 
e) descentralização administrativa consiste na transferência da titularidade e 
da execução de serviços públicos a entidades dotadas de personalidade 
jurídica própria, distintas da Administração Pública direta, constituindo a 
denominada Administração indireta. 
 
261. (FCC/TCE-MG/2007) No Direito Administrativo, a distribuição de 
competências administrativas a entes dotados de personalidade jurídica própria 
denomina-se 
a) desconcentração. 
b) repartição. 
c) avocação. 
d) descentralização. 
e) participação. 
Comentários: 
IMPORTANTE: 
Desconcentração Criação de órgãos públicos 
≠ 
Descentralização Criação de entidades 
 
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Logo, a resposta da questão 260 é a letra e e a da questão 261 é a 
letra d. 
262. (FCC/TCE-MG/2007) Sobre a organização da Administração Pública, é 
correto afirmar que 
a) Governo, em sentido formal, é conjunto de Poderes e órgãos 
constitucionais, cuja atividade possui natureza política e discricionária. 
b) Administração Pública, em sentido material, é o conjunto de órgãos 
instituídos para a consecução dos objetivos do Governo, tratando-se de 
atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica. 
c) Autarquias são pessoas jurídicas de direito privado, de natureza 
meramente administrativa, criada por lei específica para a realização de 
atividades, obras ou serviços descentralizados da entidade estatal que as 
criou. 
d) Entidades fundacionais são pessoas jurídicas de direito privado, 
assemelhadas às empresas públicas, com as atribuições que lhes forem 
conferidas no ato de sua instituição. 
e) Entidades paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado instituídas 
por lei para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, 
cuja atuação é imputada à pessoa jurídica que as criou. 
 
 Comentários: 
Em sentido amplo, a Administração Pública abrange os órgãos de 
governo, que exercem função política (estabelecimento de diretrizes e 
programas de ação governamental, dos planos de atuação do governo e fixação 
das políticas públicas), bem como os órgãos e pessoas jurídicas que 
exercem função meramente administrativa (execução das políticas 
públicas formuladas no exercício da atividade política). 
 Em sentido estrito, a Administração Pública inclui apenas os órgãos e 
pessoas jurídicas que exercem função meramente administrativa 
(execução dos programas de governo). Ou seja, excluem-se os órgãos políticos 
e as funções políticas de elaboração das políticas públicas. 
Além disso, a Administração Pública pode ser conceituada em dois 
sentidos: 
• Sentido Formal, Orgânico ou Subjetivo (FOS), e 
 
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• Sentido Material, Objetivo ou Funcional (MatObFun). 
 No sentido Formal, Orgânico ou Subjetivo, a Administração Pública 
corresponde ao conjunto de pessoas ou entidades (PJ de direito público ou de 
direito privado), de órgãos públicos e de agentes públicos que exercem a 
função administrativa. 
Em outros termos, são os sujeitos que exercem a função administrativa 
(“QUEM”). Portanto, nesse sentido, a expressão “Administração Pública” 
compreende os agentes públicos, os órgãos integrantes da Administração 
Direta e as entidades da Administração Indireta (autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista). 
FOS = QUEM 
Formal, 
Orgânico ou 
Subjetivo 
Agentes públicos, 
órgãos da Administração Direta e 
entidades da Administração Indireta 
Por outro lado, no sentido Material, Objetivo ou Funcional, a 
expressão “administração pública” corresponde a um conjunto de funções ou 
atividades administrativas executadas pelo Estado por meio de seus órgãos 
e entidades (“QUE”). 
Nesse sentido, a administração pública consiste na atividade 
administrativa propriamente dita, ou seja, abrange (FISP): 
• Fomento: incentivo à iniciativa privada de interesse público (subvenções, 
incentivos fiscais, financiamentos públicos, permissão gratuita de uso de 
bem público etc.). 
• Intervenção administrativa: compreende a atuação direta do Estado no 
domínio econômico, por intermédio de das empresas públicas e sociedades 
de economia mista; bem como a regulamentação e a fiscalização da 
atividade econômica de natureza econômica. 
• Serviço público: atividade exercida pela Administração, direta ou 
indiretamente (concessionárias, permissionárias ou autorizatárias), para 
satisfazer à necessidade pública (transporte, telecomunicações etc.) 
• Polícia Administrativa: consiste na atividade de conter ou restringir os 
exercícios das liberdades e o uso, gozo e disposição da propriedade, a fim de 
adequá-las aos interesses públicos (fiscalizações sanitárias, interdições, 
embargos, concessões de licenças etc.). 
 
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MatObFun = QUE = FISP 
Material, 
Objetivo ou 
Funcional 
Fomento 
Intervenção administrativa 
Serviço público 
Polícia Administrativa 
Por fim, convém mencionar que o Brasil adota o critério formal de 
Administração Pública (FOS = QUEM). Por conseguinte, de acordo com o nosso 
ordenamento jurídico, a Administração Pública é composta exclusivamente: 
• pelos órgãos integrantes da Administração Direta; 
• pelas entidades da Administração Indireta. 
Assim, existem entidades privadas, não integrantes da Administração 
Pública formal, que exercem atividades identificadas como próprias da função 
administrativa (por exemplo: as concessionáriasde serviços públicos e as 
organizações sociais). 
Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra a. 
263. (FCC/MPU/2007) No que toca aos órgãos públicos, analise: 
I. São centros de competência instituídos para o desempenho de funções 
estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a 
que pertencem. 
II. Embora despersonalizados, mantêm relações funcionais entre si e com 
terceiros, das quais resultam efeitos jurídicos internos e externos, na forma 
legal ou regulamentar. 
III. São chamados de singulares ou unipessoais os que reúnem na sua 
estrutura outros órgãos menores, com função principal idêntica ou funções 
auxiliares diversificadas. 
IV. Órgãos independentes são os originários da Constituição e representativos 
dos Poderes de Estado, como Ministérios, Secretarias de Estados e demais 
órgãos subordinados diretamente aos Chefes de Poderes. 
É correto o que consta APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) II e IV. 
 
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c) I, II e IV. 
d) I e II. 
e) I e III. 
 Comentários: 
Os itens I e II estão certos. Órgãos públicos “são centros de 
competência instituídos para o desempenho de funções estatais, 
através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a 
que pertencem” (Hely Lopes Meirelles). Além disso, integram a estrutura de 
uma pessoa jurídica e não possuem personalidade jurídica. 
O item III está errado. 
Órgãos Singulares Órgãos Compostos 
Atuam por intermédio de um único 
agente. 
Reúnem na sua estrutura outros 
órgãos menores. 
O item IV está errado. 
Órgãos Independentes Órgãos Autônomos 
São originários da Constituição. 
Representam o Poder de Estado. 
Exemplos: Casas Legislativas, Governo 
do Estado, Presidência da República; 
Supremo Tribunal Federal etc. 
 
Situam-se na cúpula da 
Administração. Subordinam-se aos 
órgãos independentes. Possuem 
autonomia administrativa, técnica e 
financeira. Exercem funções de 
planejar, coordenar, supervisionar e 
controlar as atividades de sua 
competência. Exemplos: Ministérios, 
Secretarias etc. 
Assim, a resposta desta questão é a letra d. 
 
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264. (FCC/ISS-SP/2007/Adaptada) É exemplo da desconcentração, tal 
como entendida pela doutrina administrativa, a criação de 
a) uma secretaria estadual. 
b) uma empresa pública. 
c) uma fundação pública. 
d) uma agência reguladora. 
e) uma organização social. 
 Comentários: 
IMPORTANTE: 
Desconcentração Criação de órgãos públicos 
≠ 
Descentralização Criação de entidades 
Logo, a resposta desta questão é a letra a. 
265. (FCC/ISS-SP/2007) A organização administrativa brasileira tem como 
característica a 
a) não previsão de estruturas descentralizadas. 
b) personificação de entes integrantes da Administração indireta. 
c) ausência de relações de hierarquia. 
d) ausência de mecanismos de coordenação e de controle finalístico. 
e) inexistência de entidades submetidas a certas regras de direito privado. 
 Comentários: 
Não há hierarquia entre a Administração Direta e a Administração 
Indireta. Apesar disso, a organização administrativa brasileira não é 
caracterizada pela ausência de relações hierárquica. Pois, além da 
descentralização administrativa (criação de entidades), existe a 
desconcentração administrativa (criação de órgãos públicos). 
 
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IMPORTANTE: 
Desconcentração Criação de órgãos públicos 
≠ 
Descentralização Criação de entidades 
IMPORTANTE: 
Embora não haja subordinação (e sim vinculação) entre a Administração Direta 
e a Administração Indireta, a organização administrativa brasileira não é 
caracterizada pela ausência de hierarquia. 
Logo, a resposta desta questão é a letra b. 
266. (CESPE/TRE-MT/2010) Assinale a opção correta com relação às noções 
sobre Estado e administração pública. 
a) Administração pública em sentido subjetivo compreende as pessoas 
jurídicas, os órgãos e os agentes que exercem a função administrativa. 
b) A administração pública direta, na esfera federal, compreende os órgãos e 
as entidades, ambos dotados de personalidade jurídica, que se inserem 
na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios. 
c) Estado Federal brasileiro é integrado pela União, pelos estados-membros 
e pelo Distrito Federal, mas não pelos municípios, que, à luz da CF, 
desfrutam de autonomia administrativa, mas não de autonomia financeira 
e legislativa. 
d) A prerrogativa de criar empresas públicas e sociedades de economia 
mista pertence apenas à União, não dispondo os estados, o Distrito 
Federal e os municípios de competência para tal. 
e) As autarquias e as fundações públicas, como entes de direito público que 
dispõem de personalidade jurídica própria, integram a administração 
direta. 
 
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Comentários: 
A letra a está certa. 
FOS = QUEM 
Formal, 
Orgânico ou 
Subjetivo 
Agentes públicos, 
órgãos da Administração Direta e 
entidades da Administração Indireta 
 A letra b está errada. O Decreto-Lei nº 200/67, que dispõe sobre a 
organização da Administração Federal, em seu art. 4º, dispõe que a 
Administração Federal compreende: 
• A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na 
estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. 
• A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de 
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
9 Autarquias; 
9 Empresas Públicas; 
9 Sociedades de Economia Mista; e 
9 Fundações Públicas. 
 A letra c está errada. O Estado Federal brasileiro é integrado pela União, 
pelos estados-membros, pelo Distrito Federal e pelos municípios. À luz da CF, 
todos esses entes desfrutam de autonomia administrativa, financeira e 
legislativa. 
CF, ART. 18: 
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
 
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 A letra d está errada. As regras para a criação das entidades da 
Administração indireta estão previstas nos incisos XIX e XX do art. 37 da 
Constituição Federal. Segundo o caput deste artigo, a administração pública 
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios... 
 A letra e está errada. As autarquias, as fundações públicas, as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista integram a 
administração indireta. 
 
Com efeito, a resposta desta questão é a letra a. 
267. (CESPE/TRE-MT/2010) As empresas públicas são pessoas jurídicas de 
direito privado, integrantes da administração pública direta, que desempenham 
atividades de caráter econômico ou de prestação de serviços públicos, cujos 
integrantes são denominados servidores públicos. 
 Comentários: 
 Errado. Empresas públicas são as pessoas jurídicas de direito privado, 
integrantes da Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante 
autorização de lei específica, sob qualquer forma jurídica (Ltda.,S/A etc.) 
e com capital exclusivamente público, para exploração de atividades de 
natureza econômica ou execução de serviços públicos. Seus integrantes são 
denominados empregados públicos. 
 São exemplos: Correios (ECT), SERPRO, Caixa Econômica 
 Federal. 
268. (CESPE/TRE-MT/2010) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, 
apesar de ter sido constituída como uma empresa pública federal, possui 
natureza tipicamente pública, por prestar serviço público sujeito à 
 
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responsabilidade exclusiva da administração direta, e goza de imunidade 
tributária e impenhorabilidade de seus bens. 
 Comentários: 
 Certo. Segundo o STF, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, 
apesar de ter sido constituída como uma empresa pública federal, possui 
natureza tipicamente pública, por prestar serviço público sujeito à 
responsabilidade exclusiva da administração direta, e goza de imunidade 
tributária e impenhorabilidade de seus bens. 
269. (CESPE/TRE-MT/2010) A administração pública centralizada divide as 
suas atribuições e poderes necessários para a efetiva prestação dos serviços 
públicos em uma estrutura interna composta por centros de competência 
personificados e criados por lei, denominados autarquias. 
 Comentários: 
Errado. Na inteligência de Hely Lopes Meirelles, órgãos públicos “são 
centros de competência instituídos para o desempenho de funções 
estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa 
jurídica a que pertencem”. 
270. (CESPE/TCE-RN/2009) Denomina-se controle hierárquico aquele 
exercido pelo ente estatal sobre a autarquia. 
Comentários: 
Errado. Na descentralização não há hierarquia entre a 
Administração Direta e a Indireta. Esta relação é caracterizada pela 
vinculação (e não pela subordinação). Pois, a Administração Direta exerce 
sobre a Administração Indireta o chamado controle finalístico, tutela 
administrativa ou supervisão (também chamada, na esfera federal, de 
“supervisão ministerial”). 
 
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271. (CESPE/TCE-RN/2009) As agências reguladoras são consideradas 
autarquias de regime especial e criadas por leis especificas, e se caracterizam 
pela independência administrativa, decisória e técnica e pela autonomia 
financeira. 
Comentários: 
 Certo. As agências reguladoras brasileiras não são novas entidades 
jurídicas inseridas acrescentadas à estrutura formal da Administração Pública. 
Até hoje, as leis que vêm instituindo as agências reguladoras têm adotado a 
forma de autarquia, integrantes da Administração Indireta. 
Ademais, o legislador tem atribuído a elas privilégios específicos, que 
aumentam sua autonomia comparativamente com as autarquias comuns, 
regidas pelo Decreto-Lei 200/67. Por isso, a doutrina conceitua essas entidades 
como autarquia em regime especial. 
Isso significa que a essas agências reguladoras são conferidas maior 
independência em relação ao ente que as criou. Por exemplo: seus dirigentes, 
que são nomeados pelo Presidente da República após aprovação do Senado 
Federal, exercem mandatos fixos, somente podendo perdê-los em caso de 
renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou processo administativo 
disciplinar (arts. 5º, 6º e 9º da Lei nº 9.986/00), além de outras hipoteses 
previstas na lei instituidora. 
 
272. (CESPE/TCE-RN/2009) Enquanto as empresas públicas podem ser 
constituídas mediante qualquer forma societária em direito admitidas, as 
sociedades de economia mista devem adotar, obrigatoriamente, a forma de 
sociedade anônima. 
Comentários: 
 Certo. Nos ensinamentos de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: 
• Empresas públicas são as pessoas jurídicas de direito privado, 
integrantes da Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, 
 
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mediante autorização de lei específica, sob qualquer forma jurídica 
(Ltda., S/A etc.) e com capital exclusivamente público, para 
exploração de atividades de natureza econômica ou execução de serviços 
públicos. 
 São exemplos: Correios (ECT), SERPRO, Caixa Econômica 
 Federal. 
• Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito 
privado, integrantes da Administração indireta, instituídas pelo Poder 
Público, mediante autorização legal, sob a forma de sociedade anônima 
com capitais públicos e privados para a exploração de atividades de 
natureza econômica ou execução de serviços públicos. 
São exemplos: Banco do Brasil S/A, Petrobras S/A, Banco da 
Amazônia S/A etc. 
273. (CESPE/TCE-RN/2009) Enquanto a administração direta é composta de 
órgãos internos do Estado, a administração indireta compõe-se de pessoas 
jurídicas de direito público ou privado também denominadas entidades. 
 Comentários: 
 Certo. A Administração Federal compreende (Decreto-Lei nº 200/67, art. 
4º): 
• A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na 
estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. 
• A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de 
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
9 Autarquias; 
9 Empresas Públicas; 
9 Sociedades de Economia Mista; e 
9 Fundações Públicas. 
 
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274. (CESPE/OAB/2009) As empresas públicas, cujos funcionários são 
regidos pelo regime dos servidores públicos da União, são criadas por meio de 
decreto do presidente da República. 
Comentários: 
Errado. As empresas públicas, cujos funcionários são regidos pelo regime 
“celetista”, são criadas por meio de decreto do Presidente da República. 
275. (CESPE/OAB/2009) Os órgãos públicos não são dotados de 
personalidade jurídica própria. 
 
 Comentários: 
 Certo. São características dos órgãos públicos: 
• Integram a estrutura de uma pessoa jurídica; 
• Não possuem personalidade jurídica; 
• São resultados da desconcentração; 
• Podem firmar contrato de gestão com outros órgãos (CF, art. 37, §8º); 
• Alguns (os órgãos que assinam contrato de gestão) possuem autonomia 
gerencial, orçamentária e financeira; 
• Não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que 
integram; 
• Alguns (os órgãos autônomos e os independentes) têm capacidade 
processual para defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais; 
• Não possuem patrimônio próprio. 
276. (CESPE/OAB/2009) A Caixa Econômica Federal é pessoa jurídica de 
direito público interno. 
Comentários: 
 
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Errado. A Caixa Econômica Federal (empresa pública) é pessoa jurídica 
de direito privado. São pessoas jurídicas de direito público interno (Código Civil, 
art. 41): a União; os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; os Municípios; 
as autarquias, inclusive as associações públicas; e as demais entidades de 
caráter público criadas por lei. 
277. (CESPE/OAB/2009) O Banco do Brasil S.A., na qualidade de sociedade 
de economia mista controlada pela União, goza de privilégios fiscais não 
extensivos ao setor privado. 
 Comentários: 
Errado. As empresas públicas e as sociedades de economia mista não 
poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado 
(CF, art. 173, §2º). Isso significa que tais entidadesnão poderão receber 
privilégios fiscais específicos. 
ATENÇÃO: 
Muito cuidado na hora de interpretar a regra contida no art. 173, §2º da CF. O 
referido dispositivo não veda a concessão de privilégios fiscais às 
empresas públicas e às sociedades de economia mista. Pois, essas 
entidades poderão gozar de privilégios fiscais, desde que esses 
benefícios sejam estendidos às empresas privadas. 
278. (CESPE/BACEN/2009) Por não possuírem personalidade jurídica, os 
órgãos não podem figurar no pólo ativo da ação do mandado de segurança. 
 Comentários: 
Errado. Os órgãos autônomos e os independentes têm capacidade 
processual para defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais. 
 
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279. (CESPE/BACEN/2009) Os órgãos públicos da administração direta, 
autárquica e fundacional são criados por lei, não podendo ser extintos por meio 
de decreto do chefe do Poder Executivo. 
Comentários: 
 Certo. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da 
República, dispor sobre todas as matérias de competência da União, 
especialmente sobre criação e extinção de Ministérios e órgãos da 
administração pública (CF, art. 48, XI). 
280. (CESPE/BACEN/2009) Quando as atribuições de um órgão público são 
delegadas a outra pessoa jurídica, com vistas a otimizar a prestação do serviço 
público, há desconcentração. 
Comentários: 
Errado. Quando as atribuições de um órgão público são delegadas a 
outra pessoa jurídica, com vistas a otimizar a prestação do serviço público, há 
descentralização. 
281. (CESPE/BACEN/2009) Prevalece o entendimento de que as fundações 
públicas com personalidade jurídica de direito público são verdadeiras 
autarquias, as quais devem ser criadas por lei e não por ato infralegal. 
Comentários: 
 Certo. Segundo a doutrina e a jurisprudência, as fundações públicas 
de direito público (criadas por lei) são caracterizadas como verdadeiras 
autarquias, razão por que são denominadas de autarquias fundacionais ou 
fundações autárquicas. 
 
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282. (CESPE/BACEN/2009) As autarquias são caracterizadas pela sua 
subordinação hierárquica a determinada pasta da administração pública direta. 
Dessa forma, contra a decisão proferida por elas cabe recurso hierárquico 
próprio para o chefe da pasta. 
Comentários: 
Errado. Na descentralização não há hierarquia entre a 
Administração Direta e a Indireta. Esta relação é caracterizada pela 
vinculação (e não pela subordinação). Pois, a Administração Direta exerce 
sobre a Administração Indireta o chamado controle finalístico, tutela 
administrativa ou supervisão (também chamada, na esfera federal, de 
“supervisão ministerial”). 
283. (CESPE/BACEN/2009) O consórcio público, mesmo com personalidade 
jurídica de direito público, não passa a integrar a administração indireta de 
todos os entes da Federação consorciados. 
Comentários: 
Errado. De acordo com o art. 6º da Lei nº 11.107/05, os consórcios 
públicos poderão ser constituídos como pessoas jurídicas de direito 
privado ou como pessoas jurídicas de direito público. 
O consórcio público com personalidade jurídica de direito público 
integra a administração indireta de todos os entes da Federação 
consorciados (art. 6º, §1º). 
284. (CESPE/MCT-FINEP/2009) Em relação aos órgãos da administração 
pública direta e indireta, assinale a opção correta. 
a) Autarquia é pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com as 
mesmas sujeições e prerrogativas da administração direta, possuindo 
capacidade política. 
 
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b) Não há impedimento para a criação de novos territórios federais, que se 
catalogavam como autarquias corporativas de base territorial, com 
personalidade jurídica e vinculadas à União. 
c) A criação de uma autarquia ocorre exclusivamente por lei, no entanto a 
sua extinção pode ocorrer por decreto, seguindo-se à declaração de sua 
desnecessidade. 
d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da 
administração indireta, não estão sujeitas à fiscalização dos tribunais de 
contas, além do que os seus servidores estão sujeitos ao regime celetista. 
e) O capital da empresa pública deve ser majoritariamente público, mas 
deve haver também uma parcela de capital privado, sendo certo que a 
maioria das ações com direito a voto deve estar nas mãos do Estado. 
Comentários: 
A letra a está errada. As autarquias não possuem autonomia política. 
A letra b está certa. Na descentralização territorial é criada uma 
entidade a partir da especificação de uma área geográfica, dotando-a de 
personalidade jurídica de jurídica de direito público e de competência 
administrativa. Exemplo: criação de territórios (autarquias territoriais). 
De fato, não há impedimento para a criação de novos territórios federais 
(ver art. 33 da CF). 
A letra c está errada. Com base no princípio da simetria, a extinção 
das autarquias depende de lei específica. Ademais, a extinção das 
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia 
mistas dependem de autorização por lei específica. 
Em suma, o princípio da simetria impõe que o instrumento exigido para a 
criação também é exigido para a exclusão das entidades da Administração 
indireta. 
 
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 A letra d está errada. As empresas públicas e as sociedades de 
economia mista, integrantes da administração indireta, sujeitam-se à 
fiscalização dos tribunais de contas. 
Por exemplo, compete ao TCU julgar as contas dos administradores e 
demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração 
direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas 
pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, 
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público (CF, 
art. 71, II). 
 A letra e está errada. As principais distinções entre as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista são: 
• Forma jurídica: 
9 EP: podem revestir-se de qualquer das formas admitidas em 
 Direito 
9 SEM: devem ter a forma de S/A 
• Composição do capital: 
9 EP: capital 100% público 
9 SEM: capital público + capital privado (na esfera federal, a maioria 
das ações com direito a voto deve pertencer à União) 
• Foro processual (apenas para as entidades federais): 
9 EP federais: as causas serão processadas e julgadas na Justiça 
Federal (exceto as causas de falência, acidente de trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho) 
9 SEM federais: as causas serão processadas e julgadas na Justiça 
Estadual (bem como as SEM estaduais e municipais) 
Pelo exposto, a resposta desta questão é a letra b. 
285. (CESPE/MCT-FINEP/2009) Se determinada associação, com natureza 
de pessoa jurídica privada, sem fim lucrativo, que tinha por objeto a proteção e 
a preservação do meio ambiente, firme contrato de gestão com o poder público, 
 
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por meio do qual passe a ser qualificada como organização social, então, com 
essa qualificação, ela poderá celebrar contratos de prestação de serviços com o 
poder público, para desempenhar as atividades contempladas no contratode 
gestão, sem que haja necessidade de prévia licitação. 
Comentários: 
 Certo. Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, as organizações sociais são 
“pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por 
iniciativa de particulares, para desempenhar serviços sociais não exclusivos do 
Estado, com incentivo e fiscalização pelo Poder Público, mediante vínculo 
jurídico instituído por meio de contrato de gestão”. 
Com a celebração do contrato de gestão, órgãos ou entidades assumem 
o compromisso de cumprir determinadas metas e, em contrapartida, ganham 
maior liberdade em sua atuação administrativa, passando a sujeitar-se, 
basicamente, ao controle relativo ao atingimento dos resultados pactuados. 
As organizações sociais receberão alguns incentivos, tais como: 
• Destinação de recursos orçamentários; 
• Cessão de servidores públicos, remunerados pelo órgão de origem; 
• Dispensa de licitação para a celebração de contratos de prestação de 
serviços relativos às atividades contempladas no contrato de gestão; 
• Autorização para a utilização de bens públicos para o desenvolvimento 
de suas atividades 
• Declaração da entidade como de interesse social e de utilidade pública. 
 
286. (CESPE/MCT-FINEP/2009) Uma autarquia pode ser qualificada como 
agência executiva desde que estabeleça contrato de gestão com o ministério 
supervisor e tenha também plano estratégico de reestruturação e de 
desenvolvimento institucional em andamento. 
Comentários: 
 
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 Certo. A agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou à 
fundação pública que celebre contrato de gestão com o órgão da 
Administração Direta a que se acha vinculada. 
Portanto, a agência executiva não é uma nova espécie de entidade 
administrativa. Na verdade, trata-se de uma qualificação dada à autarquia 
ou à fundação pública que celebre um contrato de gestão com o órgão 
central da Administração Direta ao qual está vinculada. 
Segundo o Decreto nº 2.487/98, a qualificação de autarquia ou 
fundação como agência executiva poderá ser conferida após o cumprimento 
dos seguintes requisitos: 
• Ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério 
supervisor; 
• Ter Plano Estratégico de Reestruturação e de Desenvolvimento 
Institucional (PERDI), voltado para a melhoria da qualidade da gestão 
e para a redução de custos, já concluído ou em andamento. 
• Decreto do Presidente da República. 
IMPORTANTE: 
Autarquia ou Fundação Pública 
(+) contrato de gestão 
(+) “PERDI”, já concluído ou em andamento
(+) Decreto 
____________________________________ 
 (=) Agência Executiva 
 
287. (CESPE/TCU/2009) As sociedades de economia mista que exploram 
atividade econômica não se submetem à exigência constitucional do concurso 
público e, quanto às obrigações trabalhistas, sujeitam-se ao regime próprio das 
empresas privadas. 
 Comentários: 
 
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Errado. As sociedades de economia mista que exploram atividade 
econômica sujeitam-se à exigência constitucional do concurso público. Pois, a 
investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos (CF, art. 37, II). 
Embora a parte final da assertiva seja verdadeira, convém mencionar que 
a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade 
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de 
serviços, dispondo sobre (CF, art. 173, §1º): 
• sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela 
sociedade; 
• a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 
inclusive quanto aos direitos e obrigações Civis, Comerciais, 
Trabalhistas e Tributários (CCTT); 
• licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, 
observados os princípios da administração pública; 
• a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e 
fiscal, com a participação de acionistas minoritários; 
• os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos 
administradores 
 
 
288. (CESPE/TCU/2009) A regra constitucional do teto remuneratório se 
aplica às empresas públicas federais e suas subsidiárias, mesmo na hipótese de 
não receberem recursos da União para pagamento de despesas de pessoal. 
 Comentários: 
Errado. As principais regras sobre o teto remuneratório dos servidores 
público são as seguintes (CF, art. 37, XI e §§ 9º e 12): 
• Há um teto absoluto correspondente ao subsídio dos Ministros do STF. 
Notem que na esfera federal há apenas um limite. 
• Além disso, há limites (subtetos) para os Estados, DF e os Municípios: 
9 Nos Municípios, o teto é o subsídio do Prefeito; 
 
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9 Nos Estados e no DF, há um limite diferente para cada Poder: 
¾ Para o Poder Executivo: subsídio do Governador; 
¾ Para o Poder Legislativo: subsídio dos Deputados Estaduais e 
Distritais; 
¾ Para o Poder Judiciário: subsídio dos Desembargadores do 
TJ, limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF. Esse subteto 
é aplicável aos membros do Ministério Público, aos Procuradores 
e aos Defensores Públicos. 
• A regra constitucional do teto remuneratório aplica-se às empresas 
públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que 
receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em 
geral. 
• Os Estados e o DF podem fixar como limite único o subsídio dos 
Desembargadores do respectivo TJ. Se adotado, esse subteto único 
não se aplicará aos Deputados Distritais, Estaduais, nem aos 
Vereadores. 
 
289. (CESPE/TRE-MA/2009) Embora tenham conceitos diferentes, entidade 
e órgão possuem personalidade jurídica. 
 Comentários: 
Errado. Os órgãos públicos não possuem personalidade jurídica. 
290. (CESPE/TRE-MA/2009) Do ponto de vista orgânico, a administração 
pública compreende as diversas unidades administrativas (órgãos e entidades) 
que visam cumprir os fins do Estado. 
 Comentários: 
 Certo. 
 
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FOS = QUEM 
Formal, 
Orgânico ou 
Subjetivo 
Agentes públicos, 
órgãos da Administração Direta e 
entidades da Administração Indireta 
291. (CESPE/TRE-MA/2009) No processo de descentralização 
administrativa, há distribuição de competências materiais entre unidades 
administrativas desprovidas de personalidade jurídica. 
Comentários: 
Errado. No processo de descentralização administrativa, há distribuição 
de competências materiais entre unidades administrativas providas de 
personalidade jurídica. 
292. (CESPE/TRE-MA/2009) Os órgãos possuem personalidade jurídica 
própria, motivo pelo qual é amplamente aceita pelos tribunais a sua capacidade 
processual para estar em juízo. 
 Comentários: 
Errado. Os órgãos públicos não possuem personalidade jurídica. Ainda 
assim, os órgãos autônomos e os independentes têm capacidade processual 
para defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais. 
293. (CESPE/TRE-MA/2009) Quanto à posição estatal, um órgão público 
autônomo é um centro de competência despersonificado, criado por lei, 
representativo dos poderes do Estado e que

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