Buscar

Analise das Alterações Previdenciarias Lei 13 135 e MP 676 prof Cassius Garcia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 1/12 
 
Olá pessoal! 
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada 
 
Passados alguns dias de ‘isolamento digital’ — não, não foi um caso de rehab 
ou coisa que o valha, apenas compromissos familiares que me mantiveram 
distante do computador — venho cumprir minha obrigação docente e 
analisar/comentar os grandes acontecimentos legislativos da semana passada: 
a Lei 13.135 (conversão da famigerada MP 664) e a MP 676. É tanta coisa, que 
não posso perder tempo com maiores delongas. Vamos ao trabalho?? 
 
Vou comentar, um a um, os dispositivos alterados. Ficará um pouco 
cansativo? Talvez... mas é a melhor maneira de não deixar passar nada. 
 
1. DEPENDENTES 
Foi alterado o inciso III do art. 16 da LBPS. 
Redação anterior: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição 
de dependentes do segurado: [...] 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e 
um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o 
torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado 
judicialmente; 
Nova redação: 
Art. 16. [...] III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos 
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave, nos termos do regulamento; 
Esse artigo entrará em vigor em 180 dias da publicação da Lei 13.135; a 
partir de então o irmão menor de 21 anos, ainda que emancipado, poderá 
ser reconhecido como dependente — desde que, obviamente, comprove sua 
dependência econômica, pois esta exigência é inafastável para os dependentes 
de 3ª classe (art. 16, §4º da LBPS). Também será dependente o irmão “com 
deficiência grave, nos termos do regulamento”. O RPS — Decreto 3.048/99 — 
ainda não define o que seria deficiência grave. Vamos torcer para, nos 
próximos 180 dias, fazê-lo. 
 
2. CARÊNCIA 
A MP 664 havia alterado os artigos 25 e 26 da LBPS, retirando os benefícios 
de pensão por morte e auxílio-reclusão das hipóteses de isenção e criando 
para eles prazos de carência (24 meses). A Lei 13.135 não preservou estas 
alterações. Portanto, tudo volta a ser como antes, pensão por morte e 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 2/12 
 
auxílio-reclusão permanecem como benefícios isentos de carência, como 
atesta a redação do inciso I do art. 26, deixada intacta pela Lei 13.135: 
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; 
 
3. ELABORAÇÃO DE LISTA DE DOENÇAS 
O art. 26, II, da LBPS foi objeto de uma terrível BAGUNÇA nesses últimos 
tempos. Sua redação original podia se dizer desatualizada, por um 
detalhezinho bobo: 
Art. 26. [...] II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de 
acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do 
trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral 
de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções 
especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e do Trabalho 
e da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de 
estigma, deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira 
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; 
Já faz tempo, contudo, que o Min. do Trabalho e da Previdência Social foi 
desmembrado, dando origem ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e ao 
Ministério da Previdência Social (MPS). Então a MP 664 atualizou a redação 
deste inciso e eliminou a exigência de atualização da lista a cada 3 anos. 
Ficou assim: 
Art. 26. [...] II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de 
acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do 
trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral 
de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções 
especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da 
Previdência Social, de acordo com os critérios de estigma, deformação, 
mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade 
que mereçam tratamento particularizado; (Redação dada pela Medida 
Provisória nº 664, de 2014) 
Quando comentei a MP 664 teci elogios à eliminação da exigência da revisão 
trienal da lista. Doença grave é doença grave, dificilmente deixará de sê-lo em 
prazo tão curto. E se forem identificadas novas enfermidades? Ora essa... aí 
sim, se atualize a lista, sem uma imposição legal para tanto. Mas os 
excelentíssimos senhores Deputados e Senadores pensaram diferente deste 
pobre professor... alteraram de novo a redação do inciso II, mantendo a 
nomenclatura correta dos Ministérios e incluindo, novamente, a exigência de 
revisão da lista de doenças a cada 3 anos. Vejam só... 
Art. 26. [...] II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de 
acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do 
trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for 
acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada 
pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 
(três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, 
deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que 
mereçam tratamento particularizado; 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 3/12 
 
4. LIMITAÇÃO DA RENDA DO AUXÍLIO-DOENÇA 
A Lei 13.135 não mexeu na redação do §10 do art. 29 da LBPS, que 
estabeleceu um limitador de valor de renda do auxílio-doença: 
Art. 29. [...] § 10. O auxílio-doença não poderá exceder a média 
aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários-de-contribuição, 
inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 
12 (doze), a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes. 
Como já disse ao comentar a MP 664, no já longínquo mês de janeiro deste 
ano, essa disposição quer dizer, basicamente, que a concessão do auxílio-
doença não pode resultar em ‘aumento’ da remuneração do segurado. O 
cálculo do benefício segue a regra por nós bem conhecida, mas obtido o valor 
da renda mensal (91% do SB) faz-se a comparação prevista nesse dispositivo; 
caso o valor apurado seja superior à média dos últimos 12 SC, o benefício será 
limitado a esta média. 
 
5. AUXÍLIO-DOENÇA E APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 
CAIUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU a regra que ampliava o prazo de 
pagamento sob responsabilidade da empresa no caso desses dois benefícios 
por incapacidade. Desde a origem da LBPS, em 1991, a empresa pagaria o 
salário integral do empregado apenas durante os primeiros 15 dias de 
afastamento. A MP 664 ampliou este prazo para 30 dias. A Lei 13.135 não 
repetiu estas alterações. Portanto, JÁ ERAM! Caíram! Não vingaram! Voltamos 
ao que sempre havíamos estudado. A redação do art. 43, §1º, alínea ‘a’ e do 
art. 60, incisos I e II, voltam ao que eram antes da MP 664. 
Ponto negativo: O auxílio-doença volta a ser devido só com mais de 15 dias 
de incapacidade (já que a revogação do caput do art. 59 da LBPS, perpetrada 
pela MP 664, não foi mantida pela Lei 13.135). Para o empregado, tudo bem... 
ele recebe da empresa caso se afaste por 2, 5, 10 ou 15 dias... mas o 
contribuinte individual, como fica? Só terá direito ao benefíciose sua 
incapacidade perdurar por prazo superior a esse limite. Se passar 10 dias sem 
poder trabalhar, azar o seu. É isso que o art. 59, com sua redação original, 
‘ressuscitada’ agora, nos permite concluir: 
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, 
quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado 
para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 
(quinze) dias consecutivos. 
Por fim, foram incluídos no art. 60 os seguintes parágrafos: 
Art. 60. [...] § 5º Nos casos de impossibilidade de realização de perícia 
médica pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva 
incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de 
atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem 
ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, 
termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, 
contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 4/12 
 
perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua 
coordenação e supervisão, com: 
I - órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de 
Saúde (SUS); 
II - (VETADO); 
III - (VETADO). 
§ 6º O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer 
atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a 
partir do retorno à atividade. 
§ 7º Na hipótese do § 6º, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-
doença, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o 
benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das 
atividades exercidas. 
O §5º segue a linha inaugurada pela MP 664, mas com melhor técnica; a 
previsão original deixava ‘a critério do INSS’ a realização de perícias por meio 
de convênio ou acordo com empresas; a nova redação estabelece os motivos 
para a realização destes pactos. É uma medida inteligente, para tentar 
combater um dos grandes gargalos da Previdência Social brasileira, que é a 
falta de profissionais suficientes para atender à gigantesca demanda de 
perícias. 
Quem já conhecia a redação do art. 46 da LBPS (O aposentado por invalidez 
que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria 
automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.) considerará até 
mesmo desnecessário o §6º do art. 60, acima transcrito. Mas observem que 
não havia previsão expressa nesse sentido para o auxílio-doença. Desconfio 
que a razão para a inserção tardia se deva ao que prevê o §7º... Eu explico... 
O auxílio-doença é benefício devido, em regra, para a incapacidade (I) parcial 
e temporária para TODAS as atividades; (II) total e temporária para TODAS 
as atividades; (III) parcial e permanente para algumas atividades; ou, por 
fim, (IV) total e permanente para algumas atividades. 
Se o segurado está afastado por se enquadrar nas hipóteses I ou II, o retorno 
à atividade deverá, necessariamente, resultar em cancelamento do benefício? 
NÃO!!!! É perfeitamente possível que ele se enquadre nas hipóteses III ou IV. 
Um exemplo, bem didático... imaginemos um segurado que é pedreiro durante 
o dia e à noite trabalhe como porteiro em um edifício. Ele sofre um acidente na 
obra que lhe lesiona seriamente a coluna. Durante o período de recuperação 
ele se afasta de todas as atividades, em auxílio-doença. Depois de um certo 
tempo, retoma a atividade de porteiro. Antes do cancelamento caberá ao INSS 
verificar qual atividade gerou o benefício. Caso constate que ele realmente 
está inapto para a atividade de pedreiro (sua lesão impede a realização de 
esforço físico intenso), mas não tem restrição ao labor de portaria, manterá o 
benefício... a única diferença é que esse benefício ‘mantido’ será recalculado, 
tomando por base apenas a renda da atividade de pedreiro. Ficou claro? 
 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 5/12 
 
6. PENSÃO POR MORTE 
Esse benefício, que havia sido o mais alterado com a MP 664, agora foi o mais 
alterado, de novo, com a Lei 13.135. As regras DURÍSSIMAS da MP foram 
flexibilizadas, bastante suavizadas, mas não sumiram por completo. 
A carência de 24 contribuições, por exemplo, não existe mais, a pensão 
voltou a ser isenta de carência... mas se o segurado falecido não tiver ao 
menos 18 contribuições a duração do benefício será curta. 
A única modificação que realmente caiu foi a redução do valor da pensão. Era 
Desde 1995 a pensão correspondia a 100% do valor da aposentadoria que o 
segurado recebia, ou daquela a que teria direito se aposentado por invalidez 
na data do óbito; com a MP 664, passou a 50% + 10% por dependente; 
voltou a 100%. 
“Puxa vida, professor! Assim fica difícil estudar!” 
Concordo com vocês, meus amigos... esse ano de 2015 foi especialmente 
estressante para professores e alunos de Previdenciário. Por isso eu já havia, 
há algum tempo, alertado para não estudarem certos pontos do conteúdo, 
até que as alterações fossem solidificadas em LEI. Medida Provisória, como o 
próprio nome faz perceber, é provisória. Quando resulta em grande restrição 
de direitos, como a MP 664, é grande a possibilidade de ser alterada ou 
rejeitada pelo Congresso. Foi o que aconteceu agora. A Lei 13.135 trouxe 
regras que ao menos tendem a ter maior duração. Agora estamos liberados 
pra estudar tudo de novo. 
Vejamos as mudanças nos artigos 74 e 75, de dezembro pra cá... 
A MP 664 inseriu no art. 74 os seguintes dispositivos: 
Art. 74. [...] § 1º Não terá direito à pensão por morte o condenado pela 
prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado. 
§ 2º O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício da 
pensão por morte se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há 
menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos 
casos em que: 
I - o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou 
ao início da união estável; ou 
II - o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e 
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe 
garanta subsistência, mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, por 
doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e 
anterior ao óbito.” 
O §1º trata de medida justa, replicando na seara previdenciária o que já existe 
na esfera civil (proibição da herança a quem der causa a morte do instituidor). 
E o §2º tratava da tal ‘carência matrimonial’. A Lei 13.135 mudou a redação 
dos dois parágrafos, melhorando substancialmente a técnica. Leiam 
atentamente o texto acima e me digam... a previsão do §2º não estaria “pré-
julgando” uma união recente, considerando-a, sem o direito ao contraditório e 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 6/12 
 
à ampla defesa, constituída indevidamente apenas para a obtenção de um 
benefício? Não está pressupondo a fraude? A nova redação, agora firmada 
pela Lei 13.135, é um tanto superior nesses ponto: 
Art. 74. [...] § 1º Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em 
julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente 
resultado a morte do segurado. 
§ 2º Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a 
companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraudeno 
casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim 
exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo 
judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. 
A diferença do §1º é sutil, mas importante. Repercute o princípio constitucional 
da presunção de inocência (Constituição, art. 5º, LVII) e deixa claro que o 
resultado morte deve ser esperado no cometimento do crime. A expressão 
“crime doloso de que tenha resultado a morte” é um tanto generalista e 
poderia, no limite do absurdo, resultar em injustiças horrendas... 
Ilustrando, para esclarecer: imaginemos um adolescente, dependente químico, 
que, para sustentar seu vício, passa a furtar objetos da casa de seus pais. Seu 
pai, que sofre de enfermidade cardíaca, ao tomar ciência dos furtos não 
suporta o desgosto e vem a falecer. Houve um crime doloso? Sim... o furto. 
Isso resultou na morte do segurado? Indiretamente, sim... mas nem o mais 
agressivo promotor ousaria dizer que o ‘resultado morte’ foi ‘desejado 
intencionalmente’ pelo rapaz. A redação primeira, dada pela MP 664, permitiria 
enquadrar até mesmo essa hipótese na proibição do recebimento da pensão. A 
nova redação elimina essa interpretação dúbia. Ficou bem melhor, 
reconheçamos... 
E o §2º retira por completo a presunção de fraude que a MP 664 havia 
trazido para a nossa Lei de Benefícios. Agora, o benefício será cessado se 
comprovada a união fraudulenta, com o fim específico de constituir 
benefício previdenciário. Foi uma evolução e tanto, porque (1) elimina o 
pré-julgamento que existia na redação anterior; e (2) retira o ‘fator tempo’ da 
equação. Se era usual a constituição de uniões dias ou semanas antes do óbito 
de aposentados, para ‘deixarem a pensão para suas cuidadoras’, a criação da 
‘carência matrimonial’ serviria simplesmente para forçar os fraudadores a se 
organizarem com maior antecedência. Ao retirar da equação o fator tempo, 
dificulta-se a vida desses ‘espertalhões’, pois a fraude pode ser punida 
independentemente da data de sua ocorrência. 
O art. 75 da LBPS, que trata do valor do benefício, havia sido completamente 
modificado pela MP 664, ressuscitando a regra que existia antes da LBPS 
(50% + 10% por dependente). A Lei 13.135 não sustentou esta alteração, 
voltando a valer a redação que está na LBPS desde 1997: 
Art. 75. O valor mensal da pensão por morte será de cem por cento do valor 
da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se 
estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, observado o 
disposto no art. 33 desta lei. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 7/12 
 
Mas a “carência matrimonial” não sumiu por completo da LBPS. Ela se tornou 
um fator com influência na duração do benefício. Vejam a nova redação do 
art. 77, §2º: 
Art. 77. [...] § 2º O direito à percepção de cada cota individual cessará: [...] 
II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao 
completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou com 
deficiência; 
III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; 
IV - para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou 
deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do 
regulamento; 
V - para cônjuge ou companheiro: 
a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo 
afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da 
aplicação das alíneas “b” e “c”; 
b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 
18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável 
tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado; 
c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do 
beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 
18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do 
casamento ou da união estável: 
1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 
2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 
3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 
4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 
5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de 
idade; 
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. 
§ 2º-A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os 
prazos previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2º, se o óbito do 
segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional 
ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) 
contribuições mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou 
de união estável. 
§ 2º-B. Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse 
período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional 
única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da 
população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, 
novas idades para os fins previstos na alínea “c” do inciso V do § 2º, em ato 
do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na 
comparação com as idades anteriores ao referido incremento. [...] 
§ 4º (Revogado). 
§ 5º O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) 
será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais de que 
tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do § 2º. 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 8/12 
 
De um modo geral, as modificações aqui introduzidas deixam claríssima a 
intenção de economizar. Se o segurado contribuiu pouco, a pensão durará 
pouco; se a expectativa de vida aumentar, o prazo de duração do benefício 
poderá ser reduzido... QUE DUREZA!! 
Vamos esmiuçar as modificações. 
Hipóteses de cessação da pensão: 
A) Morte do pensionista – essa hipótese, presente no inciso I do §2º do art. 
77 não foi alterada pela MP 664, nem pela Lei 13.135. Tá valendo!! 
B) Para o filho ou irmão, o inciso II do §2º previa o seguinte: 
Art. 77. [...] §2º. [...] II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, 
de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos 
de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental 
que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado 
judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011) 
A Lei 13.135 mudou apenas a parte grifada, fazendo constar “inválido ou com 
deficiência”. Caberá ao regulamento definir a forma pela qual será 
reconhecida a “pessoa com deficiência” apta a receber o benefício de pensão 
por morte. Elimina-se a necessidade de declaração judicial. Cai por terra um 
formalismo excessivo que a legislação pretérita criara. 
C) Para o filho ou irmão inválido, o inciso III dizia o seguinte: 
III - para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista 
com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição. 
(Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011) 
A MP 664 havia se limitado a retirar a palavrinha “intelectual” do texto acima. 
A Lei 13.135, como vocês devem ter percebido, mudou bastante o inciso. 
Deixou de tratar do ‘pensionista inválido’ para deixar claro que o inciso se 
dirige ao ‘filho e ao irmão’. É apenas um ajuste para evitar a inclusão indevida 
do cônjugeneste item, já que há, para ele, previsão específica no inciso V. 
Retirou deste inciso o pensionista com deficiência, inserindo-o no inciso IV. 
Agora está claro que o filho ou irmão inválido perderá o direito à sua cota 
individual com a cessação da invalidez. 
D) O novo inciso IV do art. 77 §2º resultou do desmembramento do antigo 
inciso III. Para o filho ou irmão com deficiência intelectual ou mental, ou com 
deficiência grave, o direito à sua cota individual cessará com o “afastamento 
da deficiência”, nos termos do regulamento. 
A LBPS, no site do Planalto, preservou a redação do inciso IV apresentada pela 
MP 664, em uma ‘distração’ do servidor responsável pela atualização 
legislativa. É que o art. 6º da Lei 13.135 diz que o art. 77, §2º, inciso IV, 
entrará em vigor dois anos após sua publicação em relação às pessoas 
com deficiência intelectual e mental. Ocorre que o inciso também 
menciona pessoa com ‘deficiência grave’, de modo que a redação deveria ser, 
de imediato, alterada, servindo a regra de vigência quase como um indicativo 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 9/12 
 
de interpretação. Quando forem estudar, CUIDADO. O texto da LBPS, 
disponível no site da Previdência Social, corretamente alterou o inciso IV. 
E) Aqui sim, a grande confusão... para o cônjuge, a pensão cessará... 
� Em 4 meses se o segurado não tiver recolhido ao menos 18 contribuições 
ou se o casamento/união tiverem sido iniciados menos de 2 anos antes do 
óbito. Vemos que aqui estão presentes as regras de carência e de carência 
matrimonial que haviam sido criadas pela MP 664. Não figuram mais como 
impeditivos à concessão do benefício, mas reduzem drasticamente sua 
duração. Essa regra não se aplica se o óbito for decorrente de acidente 
de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho. Nessa 
situação valerão as duas outras regras abaixo, conforme o caso. 
� Vertidas mais de 18 contribuições e com união/casamento superior a 2 
anos, seguindo a tabela abaixo, conforme a idade do cônjuge/companheiro: 
 
Idade do(a) cônjuge 
sobrevivente 
Duração do benefício de 
pensão por morte (em 
anos) 
Menos de 21 anos 3 
De 21 a 26 anos 6 
De 27 a 29 anos 10 
De 30 a 40 anos 15 
De 41 a 43 anos 20 
44 anos ou mais Vitalícia 
A Lei agora permite que esses limites etários sejam revisados por ato do 
Ministro da Previdência, sempre que haja incremento de no mínimo 1 ano 
inteiro na expectativa de sobrevida nacional. As contribuições exigidas (mínimo 
de 18) serão computadas mesmo que vertidas para regime próprio de 
previdência social. 
� Se o cônjuge/companheiro for inválido ou com deficiência, o benefício 
será pago (a) enquanto durar a deficiência e (b) respeitado o período mínimo 
da tabela acima. EXEMPLO: João faleceu e deixou viúva Maria, inválida, com 
30 anos de idade. 10 anos depois do óbito de João, um tratamento 
revolucionário surgiu e resultou na cessação da invalidez de Maria. O benefício 
deve cessar? Não! Seguindo a regra da tabela, Maria ainda receberá a pensão 
por 5 anos. 
José faleceu e deixou viúva Paula, inválida, com 35 anos de idade. Passaram-
se os 15 anos da tabela acima e a condição de saúde de Paula permanece 
inalterada (ela continua inválida). O benefício deve cessar? NÃO!!! Enquanto 
permanecer inválida ela terá direito à pensão. 
Podemos então dizer que há uma regra geral: o cônjuge inválido ou com 
deficiência perderá o direito à sua cota individual da pensão pela cessação da 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 10/12 
 
invalidez/deficiência ou pelo decurso do prazo da tabela acima, o que ocorrer 
depois. 
 
7. LISTA DE DOENÇAS 
Pra fechar essa EXTEEEEEEENSA lista de alterações da Lei 13.135, ela alterou 
a redação do art. 151 da LBPS, incluindo duas enfermidades à lista que já era 
extensa... Vejamos. 
Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II 
do art. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de 
aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for 
acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação 
mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, 
cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de 
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado 
da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica 
adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da 
medicina especializada. 
A hepatopatia grave já havia sido inserida na Instrução Normativa 45/2010, 
mas não figurava na LBPS (e penso que nem precisava, pois a redação do art. 
151 já deixa claro que sua previsão deveria valer “enquanto não elaborada a 
lista de doenças”). Os legisladores atualizaram a redação do artigo, incluindo a 
hepatopatia e ampliando o rol, com a inserção da esclerose múltipla na lista 
de doenças que dispensam a carência para a concessão de auxílio-doença e 
aposentadoria por invalidez. 
 
8. FATOR PREVIDENCIÁRIO OPCIONAL 
A fim de ‘aliviar sua barra’ com a opinião pública os excelentíssimos deputados 
e senadores, ao apreciar a MP 664, incluíram no texto uma regra de 
eliminação do fator previdenciário, aquele índice bandido que reduz 
sensivelmente o valor das aposentadorias. Com isso, a economia pretendida 
com as reformas previdenciárias seria “um pouquinho” reduzida (de 40 bi para 
10 bi). Logicamente tal insanidade não poderia prosperar. 
Não pensem que sou favorável ao fator previdenciário, meus amigos... Penso 
que seria mais honesto com os aposentados estabelecer uma idade mínima 
para a aposentadoria e ponto final... a criação do fator é uma forma disfarçada 
de fazer isso, mas a fórmula é tão confusa que boa parte do povo não faz a 
menor ideia de como funciona e nem imagina o impacto que isso pode ter na 
sua renda. 
A proposta original era a inserção da regra dos 85/95. Mulheres que, somando 
tempo de contribuição e idade, totalizassem pelo menos 85, poderiam deixar 
de aplicar o fator previdenciário; o mesmo valeria para homens que somassem 
95. 
O governo vetou essa regra e editou a MP 676, que cria a regra dos 85/95. 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 11/12 
 
“Como é, professor? A Dilma vetou a regra e na MP criou a mesma regra? 
Que doideira é essa?” 
Calma... eu explico. Como parte do acordo com o Congresso ela iria criar uma 
regra ‘intermediária’. Nem tão generosa quanto a 85/95, nem tão bandida 
quanto a manutenção irrestrita do fator previdenciário. Então surgiu a MP 676, 
incluindo na LBPS o art. 29-c, com o seguinte conteúdo: 
Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria 
por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator 
previdenciário, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da 
soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na 
data de requerimento da aposentadoria, for: 
I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o 
tempo mínimo de contribuição de trinta e cinco anos; ou 
II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observando o 
tempo mínimo de contribuição de trinta anos. 
§ 1º As somas de idade e de tempo de contribuição previstas no caput serão 
majoradas em um ponto em: 
I - 1º de janeiro de 2017; 
II - 1º dejaneiro de 2019; 
III - 1º de janeiro de 2020; 
IV - 1º de janeiro de 2021; e 
V - 1º de janeiro de 2022. 
§ 2º Para efeito de aplicação do disposto no caput e no § 1º, serão acrescidos 
cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da 
professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de 
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 
Traduzindo... 
- Essa regra só vale para a ATC, porque era o único benefício que sempre 
sofria a incidência do fator previdenciário; 
- Não é uma maneira de ‘trabalhar menos’; a regra não altera os requisitos 
para concessão da ATC. O homem precisa ter pelo menos 35 anos de 
contribuição. A mulher, pelo menos 30; 
- Em suma, é benéfico para quem começa cedo a trabalhar. Como uma das 
variáveis que influenciam o fator previdenciário é a expectativa de sobrevida, 
quanto mais jovem o segurado se aposenta, menor o fator previdenciário e, 
por conseguinte, menor a aposentadoria. Quem começou a trabalhar aos 16 
anos conseguirá se aposentar com 100% de seu salário-de-benefício aos 56 
anos (ou 55 anos e meio, para ser bem preciso); 
- Então, meus amigos, até 31.12.2016 teremos a regra 85/95; em 2017 
valerá a regra 86/96; em 2019, 87/97; em 2020, 88/98; em 2021, 89/99; e, 
por fim, em 2022, a regra 90/100. 
Essa regra é vantajosa para quem começa a trabalhar cedo. Quem começou 
um pouco mais tarde pode preferir continuar com o fator previdenciário. 
Análise das Alterações Previdenciárias 
Lei 13.135 e MP 676 
Prof. Cassius Garcia 
Prof. de Direito Previdenciário 
www.concurseirofiscal.com.br 
 
 
https://www.facebook.com/prof.cassius 12/12 
 
Vejam, por exemplo, um segurado com 65 anos de idade e 35 de 
contribuição... seu fator previdenciário será de 1,0541, ou seja, aumentará 
seu SB. Nesse caso a regra do 90/100 de nada lhe valerá. Se ele começou um 
pouquinho antes e somou 40 anos de contribuição, o fator previdenciário é de 
1,2153. Resumindo: o fator previdenciário é um ótimo negócio para quem 
TRABALHA MUITO. Aquelas pessoas que não se imaginam aposentados aos 50, 
55 anos, são bastante estimulados a permanecer na ativa, pois isso pode 
resultar em incremento de seus rendimentos no momento da aposentadoria. 
Mas quem começou cedo a trabalhar e já está cansado, quer parar e curtir a 
velhice pode se beneficiar bastante da regra do 85/95, mesmo quando se 
tornar regra dos 90/100. 
 
E pronto, meus amigos. Estas foram as mais recentes mudanças em um 
semestre agitado. Tivemos, nos últimos 6 meses: 
- Lei 13.063 – dispensa a perícia em alguns casos de aposentadoria por 
invalidez; 
- MP 664 – mexeu na pensão, auxílio-reclusão, auxílio-doença e aposentadoria 
por invalidez; 
- MP 665 – mexeu no seguro-desemprego; 
- Decreto 8.424 – redefiniu as regras de enquadramento do pescador artesanal 
nas categorias de segurado; 
- LC 150 – regulamentou a PEC das Domésticas, concedendo novos benefícios 
a essa categoria de segurados e alterando o prazo de contribuição do 
empregador doméstico; 
- Lei 13.135 – conversão da MP 664, manteve poucas das alterações 
perpetradas por ela, mas mexeu substancialmente na pensão por morte; 
- MP 676 – criou regra alternativa ao fator previdenciário; 
- Lei 13.137 – publicada ontem, dia 23.06.2015, alterou as alíquotas do PIS e 
COFINS-Importação e modificou a LOCSS, afastando do conceito de 
remuneração certos pagamentos efetuados a ministros de confissão religiosa, 
membros de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa. 
 
Ufa... TUDO ISSO, meus amigos, resultará em atualização de praticamente 
todas as aulas dos meus cursos. Nos próximos dias substituirei os 
arquivos das aulas, informando a vocês os pontos alterados. E depois, 
sangue nos olhos até o edital! 
 
Um grande abraço. Bons estudos. 
Que Deus permaneça conosco. 
“Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora” Mt 25, 13

Outros materiais