Prévia do material em texto
RELAÇÕES INTERPESSOAIS E EMPRESARIAIS Prezado(a) aluno(a), A atração de competências é uma forma de alinhar as pessoas certas para as organizações com base em seus conhecimentos, atitudes, capacidades e habilidades para gerar melhores resultados para a organização. Para implementar esse modelo de gestão, é necessário entender o conceito de capacidade, descobrir maneiras de mapear e medir os resultados. Neste capítulo, você aprenderá a distinguir entre habilidades para gerenciamento de competências, avaliação de resultados para a empresa e identificação de lacunas de competências. Bons estudos! AULA – 7 A ATRAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PARA AS ORGANIZAÇÕES 7 A ATRAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PARA AS ORGANIZAÇÕES. Fonte: https://bit.ly/3m00om3 Certamente você já leu uma oferta de emprego com as funções de cargo, onde são descritas as competências exigidas para o perfil do candidato a fim de desenvolver tais atividades. Este modelo está sendo aplicado cada vez mais pelas empresas que buscam melhores resultados para fazer a diferença no mercado. Segundo Chiavenato (2014), as competências são as aptidões e habilidades que as pessoas possuem e são percebidas pelos outros com base nos resultados que foram alcançados. No entanto, para que a qualificação das pessoas seja considerada competência, é fundamental que esses resultados sejam alcançados em um nível superior ao padrão normal. A gestão de competências trata das práticas de gestão de recursos humanos, ou seja, se volta para como a empresa gere as competências que apresentou. Gerenciamento de habilidades vinculadas aos processos de recrutamento e seleção de talentos na organização dos processos de trabalho, avaliação e treinamento destes e políticas de carreira na organização(ZARIFIAN, 2003) (ZARIFIAN, 2003) . À medida que as competências se tornam essenciais na gestão de pessoas, os autores adicionaram e expandiram esses elementos. Chiavenato (2014) colaborou para a formação do conceito de juízo, antes das atitudes. Em termos de habilidades, você precisa distinguir entre as coisas, associar-se com pessoas que trabalham na organização e com habilidades necessário, referindo-se ao crescimento e desempenho da organização. As capacidades organizacionais representam processos, sistemas e práticas de negócios, o que fazem com sabedoria e destaque em relação a seus concorrentes (KOPS; COSTA E SILVA; ROMERO, 2013). Chiavenato (2014) apresenta algumas habilidades da organização. Veja abaixo: ➢ Competências essenciais: são as habilidades básicas para trabalhar de forma eficaz organização. Vinculado ao resultado e ao processo das operações da empresa. ➢ Competências de gestão: refere-se à gestão dos recursos da empresa, seja financeira ou humana, etc. Relacionado aos elementos internos, funcionamento que sustenta o sucesso fora da empresa para clientes, fornecedores e sociedade em geral. São as competências que dão suporte a eficácia dos processos internos da organização. ➢ Competências organizacionais: estão associados à cultura da organização e como a empresa se organiza para operar. São as habilidades de integração e relacionamento que auxiliam pela atmosfera do ambiente de trabalho e pela fluidez das relações. ➢ Competências pessoais: são as habilidades dos talentos que constituem a firma de uma forma que resulte em desempenho e operações de negócios. Eles se referem ao que as pessoas aprendem e desenvolvem dentro do local de trabalho que através destes os outros se guiam, pois são os trabalhadores que constituem a organização. Gerir competências torna-se um modelo inclusivo de organização por meio de uma visão sistêmica. É fundamental que as estratégias estejam adaptadas às competências individuais dos trabalhadores que realizam atividades, bem como estejam alinhadas com as necessidades e capacidades da organização. Desta forma, todas as decisões de estratégias têm a mesma finalidade, que é o sucesso organizacional frente aos seus concorrentes no mercado cada vez mais disputado. Há algumas distinções e interações entre o gerenciamento de competências e o gerenciamento por competências. Ambos estão relacionados e visam aprimorar as habilidades dos colaboradores em prol do sucesso organizacional e dos resultados previstos. O gerenciamento de competências concentra-se no conhecimento que trará resultados para a organização, enquanto o gerenciamento por competências foca em como as habilidades serão gerenciadas dentro da organização e vinculadas aos requis Entende-se, assim, que a principal distinção entre ambas está no complemento necessário para alcançar os resultados desejados. Enquanto o gerenciamento de competências envolve a seleção das principais habilidades e a atribuição de valores a elas, o gerenciamento por competências diz respeito à forma como essas habilidades são organizadas e geridas na prática. 7.1 Gestão por competências e tecnologias. Com a crescente inserção da tecnologia no mercado de trabalho desde a década de 1980, impulsionada pela globalização, o cenário econômico tornou-se muito mais competitivo. Isso tem levado as empresas a exigirem um comportamento de gestão mais dinâmico, com o objetivo de apoiar seu desenvolvimento e regular seus processos Agora você deve se perguntar: Como a tecnologia afeta a competitividade de mercado? Como cliente, você tem acesso instantâneo a computador ou celular para procurar que produtos deseja comprar, tornando-a mais exigente em termos de qualidade e rentabilidade do que seus pais ou avós viveram décadas atrás. Para conquistar o grupo de clientes cada vez mais exigente, as empresas modificam a conduta de gestão e buscam criar estratégias para potencializar os recursos com mais destaque organizacionais: os indivíduos. Como resultado, os trabalhadores participam do desenvolvimento das práticas de trabalho, encontrando maneiras de resolver problemas na vida diária e melhoria de processos. As empresas viram na gestão de competências uma oportunidade de colocar pessoas certas nos locais certo para alcançar melhores resultados. Necessita de sistematizar e desenvolver programas de identificação de perfis profissionais que deverão atuar em cada local e função, para alcançar uma melhor produtividade de cada trabalhador. As empresas são como um indivíduo, onde cada setor precisa interagir-se com outros que integram a empresa para fazê-lo funcionar. Imagine que a firma é um corpo humano: para que os braços e pernas se movam, o cérebro tem que enviar comandos, o sangue circula, levando os nutrientes aos músculos que precisam ter energia e reagir aos estímulos. É como um negócio funciona, e cada uma das pessoas que trabalha lá realiza suas atividades da melhor maneira possível,são os elementos- chave para o seu funcionamento (SENGE, 2009). Para que o gerenciamento de habilidades seja realizado, é necessário que o setor estratégico da empresa atue em alguns momentos, tais como: debater e definir as prioridades da empresa (visão de futuro); criar uma matriz de competências para cada área do negócio (marketing, finanças, vendas etc.); conhecer os talentos e suas posições na empresa; e definir metas e métricas. Descrever claramente a matriz de habilidades para todos terem conhecimento. Adequar para a área de recrutamento pessoal com treinamento e desenvolvimento (educação corporativa). Para desenvolver a matriz de competências, é necessário mapear os indivíduos e suas competências existentes. Graças a esta pesquisa, é possível estabelecer um banco de dados de habilidades, pois é uma ferramenta facilitadora. Identificar gaps (que são habilidades que a firma precisa e não tem) e elabora para a distribuição de pessoas de uma área para outra de acordocom suas propriedades. Como isso é feito? ➢ O primeiro passo é dado pela gestão estratégica da empresa. Ela precisa descrever as habilidades que você acredita serem necessárias para executar cargos e funções nas áreas (finanças, marketing, recursos pessoas, etc.). ➢ O segundo passo é determinar quais ferramentas de pesquisa serão usadas testes, questionários, software, etc.). ➢ O terceiro passo é realizar entrevistas com os implementadores, esses cargos e funções para verificar se eles apresentam essas habilidades e também ouvir das pessoas que fazem o trabalho quais competências eles entendem que é importante corresponder. ➢ O quarto passo é organizar um seminário com todas as partes interessadas, esquematizar os dados catalogados. ➢ O quinto passo é a distribuição dos resultados e feedback aos departamentos de uma empresa, com objetivos científicos na forma de gestão por competências da empresa e como ela é lucrativa para atingir resultados. ➢ O sexto passo é a gestão de pessoas e recursos humanos cujo elaboram um levantamento das prioridades de formação e coordena-o com o setor de recrutamento e seleção, a demanda de admissões dentro das habilidades identificadas, conforme necessário. 7.2 Gestão por competências, suas finalidades e atuação no mercado consumidor. Na seção anterior, foi mencionado que uma das etapas da gestão de competências é a criação de metas e indicadores alinhados com a matriz de habilidades de cada indivíduo. Para garantir um desempenho eficaz na gestão de competências, é necessário desenvolver objetivos claros, mensuráveis e alinhados com os treinamentos e avaliações de desempenho, de forma que possam ser observados por meio dos resultados obtidos. Os colaboradores que trabalham dentro de sua faixa de habilidades e recebem treinamento e suporte para aprimorar ainda mais seus conhecimentos, competências e atitudes, tendem a ter uma maior produção e comprometimento com os resultados. Ruzzarin, Amaral e Simionovschi (2006) apresentaram os resultados de uma pesquisa feita em 1993 com empresas pioneiras na implementação da gestão de competências. Dessas empresas, 12% estavam na lista das 1.000 maiores empresas da revista Fortune. Essas organizações buscaram na gestão de competências uma alternativa para alavancar resultados por meio da valorização e avaliação das pessoas que trabalham nelas, produzindo resultados para superar concorrentes e conquistar posições estratégicas no mercado. Fleury e Fleury (2006) abordaram as habilidades como uma sabedoria de comportamento responsável e admitido, incluindo mobilizar, inserir e transmitir conhecimentos, recursos e competências, que aumentam o valor econômico para a organização e o valor social para o colaborador. Segundo Savory (2006), competência é a capacidade de usar os recursos da instituição para atingir um nível de desempenho satisfatório e alcançar uma meta específica. Conforme o autor, esses recursos podem ser elementos tangíveis ou intangíveis, dentro do domínio ou comando da empresa. Por sua vez, Mills et al. (2002) argumentaram que as competências devem ser compreendidas como circunstâncias e não como características fixas, ou seja, não é algo que a organização tem ou não tem, mas algo que funciona até certo ponto. Assim, em comparação com os concorrentes, se a atividade que está sendo executada é de nível inferior, há uma baixa competência; se realizada em um nível superior, estabelece uma operação altamente qualificada. Fleury e Fleury (2001) vinculam estratégia e competência, considerando as capacidades individuais e organizacionais em suas análises, e apresentam o conceito de organização como uma categoria de competências. De acordo com essa visão, o desenvolvimento de competências organizacionais está diretamente relacionado ao desenvolvimento de habilidades e condições organizacionais e àquelas fornecidas pelo contexto em que a organização atua. Para Lacerda et al. (2014), ao analisar o potencial de lucro dos recursos e capacidades de uma empresa, pode-se concluir que os mais significativos são aqueles duráveis, difíceis de identificar e compreender, inadequadamente transferíveis, difíceis de reproduzir e sobre os quais a instituição possui posse e controle claros. Os autores afirmam que o foco central na concepção da estratégia de ter em vista: ➢ Fraquezas organizacionais — as fraquezas organizacionais são áreas em que uma organização apresenta deficiências ou limitações em seus recursos, capacidades ou estratégias, o que pode prejudicar sua eficácia e competitividade. Essas fraquezas podem se tornar problemas se os recursos ou capacidades da organização não forem valiosos o suficiente para criar vantagem competitiva ou se as estratégias adotadas para lidar com essas fraquezas forem inaceitáveis ou ineficazes. ➢ Forças organizacionais — recursos ou capacidades exibem custos, no entanto, não é incomum desvendá-los por meio de estratégias representativas em uma competição justa. Todavia, nota-se que não manusear este tipo de recurso pode ser prejudicial para a organização competir. ➢ Força organizacional e competências distintas A força organizacional refere-se ao conjunto de elementos que fortalecem a capacidade de uma organização em alcançar seus objetivos e enfrentar os desafios do ambiente externo. Isso pode incluir recursos financeiros, capital humano, cultura organizacional, reputação, estratégias competitivas, sistemas de gestão, entre outros fatores. Por outro lado, as competências distintas são as habilidades, conhecimentos e recursos específicos que uma organização possui e que a diferenciam das demais no mercado. Essas competências podem ser desenvolvidas internamente ao longo do tempo, e são consideradas ativos estratégicos, pois proporcionam uma vantagem competitiva à organização. As competências distintas podem incluir tecnologia patenteada, processos exclusivos, expertise em determinada área, relacionamento com clientes-chave, entre outros elementos que conferem à organização uma posição única em relação aos concorrentes. Esta é a situação real da competitividade associada à capacidade e recursos, intervenção nas atividades da organização. Dito isto, uma vez identificadas as competências essenciais, a organização pode seguir com a análise do ambiente externo para identificar oportunidades onde essas habilidades podem criar novos produtos ou mercados. Casos de sucesso organizacional e estratégias correspondentes são baseados em competências essenciais, são importantes para propiciar a aprendizagem e refletir sobre o reconhecimento dessas competências em uma organização, para podermos defini-los e depois aplicá-los a casos específicos. Outra contribuição diz respeito a exemplos de interação entre estratégias competitivas e capacidades para obter vantagem, é o estudo apresentado por Vasconcelos Neto, Iizuka e Padilha (2015) com ênfase nas multinacionais brasileiras que lideram as cadeias de valor mundial. Em síntese, para ter uma dessas competências, você deve promover benefícios aos consumidores, tendo originalidade e fornecer acessibilidade a mercados diversificados. Além disso, deve-se enfatizar a capacidade de combinar diferentes habilidades que uma organização pode desenvolver, para projetar, fabricar e distribuir produtos e serviços aos consumidores de diversos mercados. Outro fator em destaque é que não são depreciados com o passar do tempo, pois quanto mais é usado, mais perfeito ficam geralmente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARNEY, J. B. Gaining and sustaining competitive advantage. 3. ed. New Jersey: Pearson Education, 2007. CHIAVENATO, I. Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo em um excelente gestor de pessoas. 5. ed. Barueri:Manole, 2014. FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. Construindo o conceito de competência. Revista de administração contemporânea, v. 5, n. SPE, p. 183-196, 2001. FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeça caleidoscópio da indústria brasileira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006 HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus: 1995. KOPS, L. M.; COSTA E SILVA, S. F.; ROMERO, S. M. T. Gestão de pessoas: conceitos e estratégias. Curitiba: InterSaberes, 2013. LACERDA, D. P. et al. Estratégia baseada em recursos: 15 artigos clássicos para sustentar vantagens competitivas. 1. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. RUAS, R. Gestão por competências: uma contribuição à estratégia das Organizações. In: RUAS, R. L. et al. Aprendizagem organizacional e competências. São Paulo: Bookman, 2005. RUZZARIN, R.; AMARAL, A. P.; SIMIONOVSCHI, M. Sistema integrado de gestão de pessoas: com base em competências. Porto Alegre: Age, 2006. SENGE, Peter M. A quinta disciplina: arte e prática da organização que ap rende. 25. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2009. VASCONCELOS NETO, A. G.; IIZUKA, T. M. F.; PADILHA, A. C. M. Competências essenciais e estratégias competitivas de empresas multinacionais brasileiras líderes em cadeia de valor global. Gestão & Planejamento, v. 16, n. 2, p. 165.184, 2015. ZARIFIAN, P. O modelo da competência: trajetória histórica, desafios atuais e propostas. São Paulo: Senac, 2001. 192 p. ZARIFIAN, P. Objectif compétence. Paris: Liaisons, 1999.