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Aula 03 Orçamento segundo a Constituição de 1988

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC 
TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 3 
PROFESSOR: ERICK MOURA 
Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 1
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS – FCC 
TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 3 
Prof. ERICK MOURA 
Olá pessoal, 
Bom revê-los aqui para mais um encontro. 
Espero que tenham gostado da aula anterior. 
Nessa aula vamos abordar os seguintes tópicos para a disciplina de 
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC: 
=> Orçamento segundo a Constituição de 1988 
=> Plano Plurianual – PPA 
=> Lei de Diretrizes Orçamentárias e Financeiras – LDO 
=> Lei Orçamentária Anual -LOA. 
Eventualmente irei inserir alguns temas relacionados para que 
possamos cercar o assunto da melhor forma possível, assim como questões de 
outras Bancas que se aproximam da técnica da FCC, ok ? 
Todos prontos? 
Então vamos nessa ! 
AULA 3
ROTEIRO DA AULA – TÓPICOS 
1 - O Plano Plurianual – PPA. 
2 – Diretrizes Orçamentárias e a LDO. 
3 – O Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA: Elaboração, 
acompanhamento e fiscalização. 
4 – Revisão em Tópicos e Palavras-Chave. 
5 – Questões desta Aula. 
 
 
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1 - O Plano Plurianual – PPA. 
1.1 – INTRODUÇÃO 
Erick, quais os intrumentos de planejamento orçamentário 
no Brasil ? 
 Bem, o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA são os 
instrumentos de planejamento em matéria orçamentária no Brasil. 
 O PPA e a LDO são inovações trazidas pela CF/88, ao passo 
que a LOA já fora prevista em textos constitucionais e legais anteriores. 
Importante destacar que a Lei Complementar nº 101/2000, 
conhecida como a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, também trata desses 
instrumentos em seu texto. 
 A LDO é o instrumento de integração entre o PPA e a LOA. No 
entanto, o Programa de Trabalho é que sintetiza o elo entre o PPA e a LOA, ou 
seja, o Programa de Trabalho é o módulo de integração entre o plano e 
o orçamento. 
Para facilitar este entendimento, vamos revisar o conceito de 
PROGRAMA. 
 O PROGRAMA serve, em síntese, para alocar uma dotação 
inicial a um programa de trabalho, a fim de se buscar a solução de um 
problema a resolver. Alguns autores chamam este processo de Realidade 
Problematizada, ou seja, uma demanda/problema da sociedade descrita em 
um programa de trabalho e associada a uma dotação inicial. 
Ainda não falamos nisso, mas cabe registrar que a técnica do 
orçamento-programa foi introduzida no Brasil por meio da Lei nº 
4.320/64 e do Decreto-Lei nº 200/67. 
 A CF/88 veio implantar definitivamente essa técnica no Brasil 
quando se estabeleceu a normatização da matéria orçamentária mediante os 
instrumentos PPA, LDO e LOA. 
Ainda não vamos aprofundar no tema LRF, mas cabe destacar que 
esta Lei Complementar não é a prevista no art. 165, § 9º da CF/88. 
 Vejamos: 
 
 
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 “§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, 
os prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e 
patrimonial da administração direta e indireta bem 
como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos. “ 
Enquanto não existe essa Lei Complementar, cujo projeto ainda 
está em elaboração, a Lei nº 4.320/64, junto com a LDO e com o ADCT, supre 
a lacuna que se deixou, mesmo a LDO não sendo uma Lei Complementar. 
A Lei nº 4.320/64 ora trata de assuntos de Lei Complementar, ora 
de assuntos de Lei Ordinária. Vejam que essa Lei estabelece, juntamente com 
o ADCT da CF/88, o exercício financeiro e os prazos para o PPA, a LDO e a 
LOA. 
Na verdade, a Lei nº 4.320/64 tangencia superficialmente esses 
temas previstos no texto do art. 165, § 9º da CF/88 e a LDO é que vai dar 
maior profundidade. É curioso, mas essa validade dada à LDO está no art. 165, 
§ 2º da CF/88, combinado com o Capítulo II da LRF. 
Outro ponto a se destacar é quanto ao aspecto formal de todas 
essas leis que instrumentalizam o orçamento público no Brasil. E mais, 
a LOA é uma Lei de efeitos concretos, cujo projeto de lei segue rito 
especial. A este processo se aplica, subsidiariamente, o rito de processo 
legislativo ordinário previsto no art. 166, § 7º da CF/88. 
Na próxima aula vamos abordar o processo legislativo 
orçamentário. Levantaremos também, entre outras, algumas possibilidades 
quanto ao envio ou não da proposta orçamentária pelo Executivo, bem como 
quanto à possibilidade ou não de aprovação nos prazos pelo Legislativo. 
Vamos apresentar um quadro para podermos verificar o objeto de 
cada uma dessas leis, por meio de suas ementas. 
 
 
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LEI EMENTA 
4.320/64 
• Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para 
elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços 
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito 
Federal. 
LRF 
• Estabelece normas de finanças públicas voltadas 
para a responsabilidade na gestão fiscal e dá 
outras providências 
PPA 
• EX.: Dispõe sobre o Plano Plurianual para o 
período 20XX/20XX + 3 
LDO 
• EX.: Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e 
execução da Lei Orçamentária de 20XX e dá outras 
providências 
LOA 
• EX.: Estima a receita e fixa a despesa da União 
para o exercício financeiro de 20XX 
CRÉDITO ESPECIAL
• EX.: Abre ao Orçamento da Seguridade Social da 
União, em favor do Ministério do Desenvolvimento 
Social e Combate à Fome, crédito especial no valor 
de R$ 1.720.000,00, para os fins que especifica. 
CRÉDITO 
SUPLEMENTAR 
• EX.: Abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor 
do Ministério da Educação, crédito suplementar no 
valor de R$ 14.500.000,00, para reforço de 
dotação constante da Lei Orçamentária vigente. 
CRÉDITO 
EXTRAORDINÁRIO 
• EX.: Abre crédito extraordinário, em favor de 
diversos órgãos do Poder Executivo, no valor 
global de R$ 1.217.677.730,00, para os fins que 
especifica. 
 
 
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1.2 – O Plano Plurianual - PPA – CONCEITOS, OBJETIVOS E CONTEÚDO 
 O fundamento constitucional para o PPA está no art. 165, inciso I e § 1º, mas 
o PPA também tem importância no art. 165, §§ 4º e 7º, art. 166, caput e § 6º 
e art. 167 § 1º. 
Antes de prosseguirmos, um registro interessante quanto ao texto 
do art. 165, § 4º, da CF/88: 
“§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais 
e setoriais previstos nesta Constituição serão elabora-
dos em consonância com o plano plurianual e aprecia-
dos pelo Congresso Nacional.” 
 Legal Erick, mas onde estão esses planos e programas ? 
Eles estão previstos no art. 48, inciso IV, da CF/88. Vejamos: 
“Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a 
sanção do Presidente da República, não exigida esta 
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre 
todas as matérias de competência da União, especial-
mente sobre: 
(. ...) 
IV - planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais de
desenvolvimento; 
(.....).” 
 Então, não há problema algum se um desses planos for de duração 
superior a determinado PPA como, por exemplo, o PPA 2008-2011. Só que 
esses planos ou programas têm que estar de acordo com os ditames do PPA em 
vigor. Se o plano ficar incompatível com determinado PPA, temos que alterá-lo. 
O Plano Plurianual 2008-2011 apresentou, sob a forma de anexos, 
uma alteração importante que vinha sendo colocada nos Manuais Técnicos do 
Orçamento – MTO: os Programas Finalísticos e os Programas de Apoio às 
Políticas Públicas e Áreas Especiais. 
É importante observarmos que um PPA organiza a atuação gover-
namental em Programas orientados para o alcance dos objetivos estratégicos 
definidos para o período do próprio PPA. 
 
 
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Assim, temos mais uma concepção de Programa: instrumento 
de organização da ação governamental que articula um conjunto de 
ações, a fim de concretizar o objetivo nele estabelecido. 
Como dissemos antes, os programas se classificam como: 
a) Programas Finalísticos: pela sua implementação são 
ofertados bens e serviços diretamente à sociedade e são gerados 
resultados passíveis de aferição por indicadores; e 
b) Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas 
Especiais: são voltados para a oferta de serviços ao Estado, para a 
gestão de políticas e para o apoio administrativo. 
Erick, o que são ações ? 
São instrumentos de programação que contribuem para 
atender ao objetivo de um programa. Elas podem ser orçamentárias ou 
não-orçamentárias. As ações orçamentárias se classificam, de acordo com 
sua natureza, em: 
a) Projeto: instrumento de programação para alcançar o objetivo 
de um programa. Envolve um conjunto de operações, limitadas no 
tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão 
ou aperfeiçoamento da ação de governo; 
b) Atividade: instrumento de programação para alcançar o 
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se 
realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um 
produto necessário à manutenção da ação de governo; 
c) Operação Especial: despesas que não contribuem para a 
manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações do governo 
federal, das quais não resulta um produto, e não gera 
contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. 
CAIU NA PROVA ! 
56 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO – SEFAZ-SP/2009) Assinale a 
opção verdadeira a respeito dos programas de governo. 
a) Programa é o conjunto de ações de uma unidade orçamentária e visa à 
integração do plano de governo do ente ao orçamento. 
b) Programa é um módulo integrador entre o plano e o orçamento e tem como 
instrumento de sua realização as ações de governo. 
 
 
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c) Um programa, do ponto de vista orçamentário, é o conjunto de atividades e 
projetos relacionados a uma determinada função de governo com vistas ao 
cumprimento da finalidade do Estado. 
d) É o conjunto de ações de caráter continuado com vista à prestação de 
serviços à sociedade. 
e) Os programas de governo são considerados temporários e permanentes, 
dependendo das condições de perenidade das ações desenvolvidas pelo ente 
público. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (b). 
No item (a), temos o erro no trecho que trata da “unidade 
orçamentária”, pois o correto seria o governo, por meio de órgão ou unidade 
responsável. 
O programa é o instrumento de organização da atuação 
governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a 
concretização de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por 
indicadores instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o 
atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. 
Além disso, é muito importante (e isso está certo no item) sabermos que 
programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento. Assim, 
justificamos o item (b). 
O item (c) trata parcialmente da classificação, quanto à natureza, das 
AÇÕES. 
Vamos ampliar o conceito de ações: são operações das quais resultam 
produtos (bens ou serviços), que contribuem para atender ao objetivo de um 
programa. Incluem-se também no conceito de ação as transferências 
obrigatórias ou voluntárias a outros entes da federação e a pessoas físicas e 
jurídicas, na forma de subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, etc, e os 
financiamentos. 
O item (d), além de apresentar um conceito incompleto de programas, 
peca pelo fato de colocar somente as ações de caráter continuado, sem citar as 
de caráter temporário. 
Além disso, a Banca tentou incluir um conceito completamente errado 
sobre os Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais. 
 
 
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Esses são programas voltados aos serviços típicos de Estado, ao 
planejamento, à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação 
ou ao controle dos programas finalísticos, resultando em bens ou serviços 
ofertados ao próprio Estado, podendo ser composto inclusive por despesas de 
natureza tipicamente administrativas. 
No item (e), o correto seria TEMPORÁRIOS e CONTÍNUOS. 
Um programa pode ser de natureza contínua mesmo que parte de suas 
ações seja de natureza temporária. 
No caso de programas temporários, serão informados o mês e ano de 
início e de término previstos, e o seu valor global estimado. 
O término previsto a ser considerado é o do programa, ainda que se 
situe aquém ou além do período de vigência do PPA. 
1.3 – A gestão do PPA da União 
 A Gestão do Plano Plurianual federal observa os princípios da 
eficiência, eficácia e efetividade. Além disso, essa gestão também abrange a 
implementação, o monitoramento, a avaliação e a revisão de programas. 
No âmbito federal, o Poder Executivo mantém um sistema de 
informações gerenciais e de planejamento, a fim de apoiar a gestão do PPA, 
com características de um sistema estruturador de governo. 
 Na União, o Decreto nº 6.601/2008 estabelece normas 
complementares para a gestão do PPA 2008-2011. Além disso, o Poder 
Executivo federal manterá na Internet o conjunto de informações necessárias 
ao acompanhamento da gestão do Plano. 
Erick, mas esse Decreto não está no edital do concurso ! 
É verdade, mas ele tem aparecido de forma recorrente nos últimos 
editais e resolvemos incluir alguns tópicos relacionados, ok ? 
Além disso, ele dá uma boa base de entendimento sobre o 
funcionamento e a gestão do PPA. 
Vamos seguir. 
Com base nos princípios de eficiência, eficácia e efetividade, a 
Gestão do PPA é orientada para resultados. 
Além disso, ela se compõe de dois níveis: estratégico e tático-
operacional. 
 
 
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• nível estratégico: compreende os objetivos de governo e 
os objetivos setoriais. 
• nível tático-operacional: compreende os programas e 
ações. 
Cabe ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: 
• coordenar os processos de monitoramento, de avaliação e de 
revisão do PPA. 
• disponibilizar metodologia, orientação e apoio técnico para a 
gestão do PPA.
• manter as informações necessárias ao acompanhamento da 
gestão do PPA atualizadas na Internet. 
• coordenar a gestão do PPA em conjunto com os demais 
órgãos do Poder Executivo. 
No nível tático-operacional, a gestão conjunta do PPA 
compreende os Gerentes de Programa, os Gerentes-Executivos de 
Programa, os Coordenadores de Ação e os Coordenadores Executivos 
de Ação. 
O Gerente de Programa, junto com o Gerente-Executivo é o 
responsável pela gestão de programa do PPA. Já o Coordenador de Ação, 
em conjunto com o Coordenador-Executivo de Ação, tem a 
responsabilidade da gestão da ação. 
Importante destacar que o Gerente de Programa é o titular da 
unidade administrativa no qual o programa se vincula. Por conseguinte, 
o Coordenador de Ação é o titular da unidade administrativa à qual se 
vincula a ação. 
Um último tópico do PPA em vigor é o relativo aos Projetos de 
Grande Vulto. 
Projetos de Grande Vulto: são ações orçamentárias do tipo 
projeto financiadas com recursos: 
a) do orçamento de investimento das estatais, de 
responsabilidade de empresas de capital aberto ou de suas 
subsidiárias, cujo valor total estimado seja igual ou superior 
a cem milhões de reais; 
 
 
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b) dos orçamentos fiscal e da seguridade social, ou com 
recursos do orçamento das empresas estatais que não se 
enquadrem no disposto no inciso anterior, cujo valor total 
estimado seja igual ou superior a vinte milhões de reais. 
O início da execução dos projetos de grande vulto fica 
condicionado à avaliação favorável de sua viabilidade técnica e 
socioeconômica. 
1.4 – O PPA na Carta Magna de 1988 
 Este item é o mais esperado do Tópico 1, pois é o que tem sido 
mais cobrado nas provas. Aliás, em relação ao PPA, à LDO e à LOA, temos 
observado muitas questões que cobram a literalidade da CF e da LRF. 
Ainda, é importante destacarmos que os 3 instrumentos de 
planejamento orçamentário do Brasil são leis ordinárias, de iniciativa do Poder 
Executivo e são aprovados por maioria simples pelo Poder Legislativo. 
Em termos gerais, as bancas se referem ao termo planejamento 
em alusão ao PPA, assim como diretrizes à LDO. Por fim, o termo orçamento 
se refere à LOA. 
MANTRA ! 
PPA 
O PPA estabelece: => de forma regionalizada 
as diretrizes, objetivos e metas => “DOM” 
da administração pública federal para: 
• as despesas de capital 
• outras decorrentes dessas despesas de capital 
• as despesas relativas aos programas de duração continuada 
 
 
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Então, vamos definir cada uma das partes do PPA. Lembrar que se 
conhece o PPA como sendo um planejamento estratégico de médio prazo. 
• FORMA REGIONALIZADA: busca reduzir as desigualdades 
regionais, ou seja, as regiões mais ricas serão menos 
favorecidas no PPA em relação às regiões mais necessitadas. 
• “DOM”: 
o DIRETRIZ: é a orientação quanto ao sentido da ação 
de governo. 
O OBJETIVO: é o resultado final que se pretende 
alcançar com a realização das ações governamentais. 
o META: é a especificação e a quantificação física de 
objetivos ou, ainda, o indicador físico do desempenho 
de um projeto/atividade orçamentário. 
• DESPESAS DE CAPITAL: e a classificação, segundo sua 
categoria econômica, das despesas que a Administração 
Pública realiza, a fim de se formar um bem de capital ou 
adicionar valor a um bem já existente. Assim também se 
considera a transferência, por compra ou outro meio de 
aquisição, a propriedade entre entidades do setor público ou 
do setor privado para o público. São classificadas em 
Investimentos, Inversões Financeiras e Transferências 
de Capital. 
• OUTRAS DESPESAS DECORRENTES DAS DESPESAS DE 
CAPITAL: São as despesas correntes ou de capital que decorrem de 
uma despesa de capital “principal”. 
Ex.: Na construção de uma Universidade Federal, devem-se incluir 
no PPA as despesas correntes de pessoal relativas aos futuros 
funcionários, além da despesa de capital “principal”, que é a construção 
propriamente dita. 
• DESPESAS RELATIVAS AOS PROGRAMAS DE DURAÇÃO 
CONTINUADA: São as ações permanentes da Administração Pública, 
que não se relacionam com a manutenção de suas atividades. Temos 
como exemplo, os programas sociais ou a prestação de serviços públicos, 
que devem ser considerados no projeto do PPA. 
Por fim, falta falarmos dos prazos relativos ao projeto de PPA e da 
vigência do PPA. 
 
 
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Antes, cabe um comentário sobre a LRF, pois nela houve veto 
quanto ao PPA. Isso não significa que há problemas, mas se a questão vier 
dizendo que “o PPA, segundo a LRF. ...”=> MARQUE FALSO e siga para a 
posse.... 
MANTRA ! 
PPA 
VIGÊNCIA: 4 ANOS 
do 2º ano do mandato presidencial vigente ao 1º ano do mandato 
presidencial seguinte 
Ex.: PPA 2008-2011 
MANDATO ATUAL: 2007-2010 => PPA atual abrange 3 anos, com 1 
ano do PPA 2004-2007 
MANDATO SEGUINTE: 2011-2014 => PPA atual abrange 1 ano 
 Prazo para o Executivo encaminhar o projeto consolidado de 
PPA: 
• até 31 de agosto do exercício financeiro do 1º ano do mandato 
presidencial corrente; ou 
• até 4 meses antes do término do exercício financeiro do 1º ano 
do mandato presidencial corrente. 
Ex.: Para o PPA 2012-2015 
MANDATO PRESIDENCIAL SEGUINTE: 2011-2014 
PRAZO PARA O EXECUTIVO ENCAMINHAR => 31/AGOSTO/2011 
Prazo para DEVOLUÇÃO do projeto de PPA pelo Legislativo: 
• até 22 de dezembro do exercício financeiro do 1º ano do mandato 
presidencial corrente; ou 
• até o término da sessão legislativa do 1º ano do mandato 
presidencial corrente. 
 
 
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Ex.: Para o PPA 2012-2015 
MANDATO PRESIDENCIAL SEGUINTE: 2011-2014 
PRAZO DE DEVOLUÇÃO PELO LEGISLATIVO=> 
22/DEZEMBRO/2011 
CAIU NA PROVA ! 
57 – (ESAF/ANALISTA TRIBUTÁRIO – RFB/2009) Segundo a Constituição 
Federal, um dos instrumentos em que se materializa o processo de 
planejamento do Governo Federal é o Plano Plurianual – PPA. Assinale a opção 
em que a afirmação se aplica inteiramente a esse instrumento. 
a) Embora de natureza constitucional, o PPA não abrange todos os projetos do 
ente, em razão das emergências não possíveis de serem previstas em lei. 
b) O PPA tem seu foco nos programas de governo, seu período de abrangência 
é de quatro anos podendo ser revisado a cada ano. 
c) A elaboração do PPA é feita no nível de cada órgão e sua submissão ao 
Congresso Nacional se dá por intermédio da presidência de cada um dos 
Poderes da República. 
d) O PPA, embora fundamentado em programas de governo, tem como 
objetivo definir as modalidades de aplicação de recursos que priorizam o 
cumprimento das políticas públicas. 
e) A inclusão de novos programas no PPA se dá na revisão anual e está 
condicionada ao cumprimento das metas anteriormente aprovadas. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (b). 
O erro do item (a) se deve pelo fato de que não é unção do PPA 
abrangem todos os projetos de determinado ente. Essa função de suprir as 
emergências não possíveis de serem previstas em
lei cabe mais às Leis de 
Créditos Adicionais, em especial aos Créditos Extraorçamentários. 
No item (b), que está correto, reforça-se a concepção fundamental do 
PPA que são os programas de governo. O prazo de vigência é mesmo de 4 
anos e há a possibilidade de revisão anual do PPA. Aproveito esse raciocínio 
para comentar o erro do item (e). 
 
 
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A alteração, a exclusão ou a inclusão de novos programas não se dão 
somente durante a revisão, pois pode aparecer uma situação que necessite da 
pronta intervenção do governo. Em síntese, a revisão se dá, após uma 
avaliação do que está em andamento. 
A proposta de revisão deve ser encaminhada pelo Poder executivo ao 
Congresso Nacional até o dia 31/agosto de cada ano. Já a proposta de 
alteração, inclusão ou exclusão é encaminhada a qualquer momento e segue 
condições estabelecidas no próprio PPA. 
Assim, o erro do item (e) é o fato de que o item coloca que a revisão se 
dá mediante o cumprimento das metas anteriormente aprovadas, o que não é 
verdade. Não há essa obrigatoriedade de se cumprir as metas estabelecidas 
previamente. 
No item (c), temos que a elaboração do PPA se dá pelo poder Executivo, 
após recebimento das propostas de cada órgão ou entidade dos demais 
poderes e do Ministério Público. 
Assim, não há qualquer submissão ao Congresso Nacional, pois este não 
tem a prerrogativa de elaborar a proposta do PPA da União. No entanto, em 
seu caso, também subsidia o Executivo quanto às suas próprias necessidades 
relativas ao PPA. Além disso, sua função principal é a de discutir, votar, 
aprovar/rejeitar a proposta consolidada e encaminhada pelo Executivo. 
Por fim, no item (d), o instrumento que define as modalidades de 
aplicação de recursos é a LOA, após a LDO priorizar o cumprimento das 
políticas públicas. 
2 – Diretrizes Orçamentárias e a LDO. 
2.1 – A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO – CONCEITOS, 
OBJETIVOS E CONTEÚDO 
 O fundamento constitucional para a LDO está no art. 165, inciso II 
e § 2º, mas a LDO também tem importância na Lei Complementar nº 
101/2000, a LRF. 
Um destaque especial para a diferença entre o PPA e a LDO, 
quanto ao prazo. Enquanto o PPA é plurianual, ou seja, de médio prazo, e 
se refere a um planejamento estratégico, a LDO trata de um planejmento 
de curto prazo, pois sua vigência é anual. 
 
 
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 As emendas ao seu projeto de lei devem ser compatíveis com 
o PPA. A LDO deve servir, entre outras funções, como farol para a LOA. 
Daí temos que a LDO é o INSTRUMENTO de ligação entre o PPA e 
a LOA. Não confundir com o PROGRAMA que é o MÓDULO INTEGRADOR 
entre o plano e o orçamento. 
2.2 – A LDO na Constituição Federal de 1988 
Já comentamos muitos detalhes sobre a LDO e a LOA juntamente 
com o tópico do PPA, desta forma, vamos a mais um mantra.... 
MANTRA ! 
LDO 
• A LDO compreende 
as metas e prioridades => “MP” + as despesas de capital 
para o exercício financeiro subseqüente 
da administração pública federal 
• A LDO orienta 
a elaboração da lei orçamentária anual 
• A LDO dispõe sobre 
 as alterações na legislação tributária 
• A LDO estabele 
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento – 
“AFOF” 
 
 
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Agora vamos definir cada uma das partes da LDO. Lembrar que a 
LDO é considerada como um planejamento de curto prazo com vigência anual. 
ƒ “MP” 
• META: é a especificação e a quantificação física de 
objetivos, feitas PARA O PERÍODO DE UM ANO, ou, 
ainda, o indicador físico do desempenho de um 
projeto/atividade orçamentário, estabelecido PARA O 
PERÍODO DE UM ANO. 
Ex.: No PPA consta a meta de se construir 20 universidades 
federais no período de vigência do PPA, que é de 4 anos. Na 
LDO do ano corrente, estabeleceu-se a meta de se construírem 
6 dessas universidades. 
Notamos aqui que a LDO colocou uma meta de um ano, 
enquanto que o PPA estabeleceu o período plurianual de 4 anos. 
• PRIORIDADE: Ação apontada como mais importante 
de acordo com critérios objetivos (valor, prazo, 
população beneficiada, antiguidade do problema etc.) 
ou subjetivos (avaliação política, capacidade de 
mobilização comunitária etc.) de comparação. Assim, 
conforme o art. 165, § 2º, da CF/88, cabe à LDO, e 
não ao PPA e à LOA, explicitar as prioridades da 
Administração Pública. 
• DESPESAS DE CAPITAL: Já comentamos antes esse 
conceito, mas não podemos esquecer que aqui o horizonte 
temporal é de 1 ano. 
OBSERVAÇÃO 
As “MP” e as despesas de capital que constam da LDO se 
referem AO EXERCÍCIO SEGUINTE e não ao em vigor ! 
 
 
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• ORIENTA A ELABORAÇÃO DA LOA: a LDO norteia, orienta 
a Loa como INSTRUMENTO de ligação entre o PPA e a LOA. 
Assim, a LDO dispõe sobre a estrutura e a organização dos 
orçamentos, bem como estabelece também as diretrizes para a 
elaboração e execução dos orçamentos da União e suas 
alterações. 
• DISPÕE SOBRE AS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA: Não significa atuar em competências das leis 
relacionadas ao Direito Tributário. 
A LDO em vigor, nesse aspecto, dispõe que o projeto de lei 
ou medida provisória que conceda ou amplie incentivo ou 
benefício de natureza tributária somente será aprovado ou 
editada, respectivamente, se atendidas as exigências do art. 14 
da LRF. Este artigo trata especificamente da Renúncia de 
Receitas. 
• ESTABELECE A POLÍTICA DE APLICAÇÃO (DE 
RECURSOS) DAS “AFOF”: E o que são Agências Financeiras 
Oficiais de Fomento – “AFOF”s ? 
São entidades governamentais que buscam desenvolver 
(fomentar) o crescimento sustentável da economia do país. 
Como exemplo, temos o BNDES, o BANCO DO BRASIL e a CAIXA 
ECONÔMICA FEDERAL. 
Assim, em Capítulo próprio, a LDO estabelece a política de 
aplicação de recursos em vigor, ao reservar as orientações, as 
metas e as prioridades para essas “AFOF”s. 
OBSERVAÇÃO 
Outros temas e capítulos que constam na LDO: 
• A dívida pública federal; 
• As despesas da União com pessoal e encargos sociais; e 
• A fiscalização pelo Poder Legislativo sobre as obras e serviços com 
indícios de irregularidades graves. 
 
 
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 Erick, qual o fundamento ? 
 A LRF. 
2.3 – A LDO na Lei de Responsabilidade Fiscal 
 Passaremos direto aos tópicos mais importantes sobre a LDO na 
LRF, de forma a darmos alguma base sobre eventuais conexões que a Banca 
poderá fazer. 
Erick, como assim ? 
A Banca tem perguntado se determinado tema está ou não previsto 
na CF/88, enquanto que na verdade está na LRF. 
• A LDO disporá também sobre: 
Ö equilíbrio entre receitas e despesas; 
Ö critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas 
hipóteses previstas na LRF; 
Ö normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos 
resultados dos programas financiados com recursos
dos 
orçamentos; 
Ö demais condições e exigências para transferências de recursos 
a entidades públicas e privadas. 
• O Anexo de Metas Fiscais integrará o projeto de LDO, em que serão 
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, 
relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e 
montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e 
para os dois seguintes. 
• Segundo critérios fixados na LDO, ao se verificar, ao final de um 
bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas 
no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público
promoverão, por ato administrativo próprio e nos montantes 
necessários, nos 30 dias seguintes, limitação de empenho e de 
movimentação financeira. 
• A LDO conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os 
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas 
públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se 
concretizem. 
 
 
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• Somente no âmbito da União, a LRF estabelece ainda o 
encaminhamento de um anexo específico, junto com a mensagem que 
encaminhar o projeto da LDO federal. Neste anexo constarão os 
objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial (POLÍTICAS 
MoCreCam), bem como os parâmetros e as projeções para seus 
principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o 
exercício subseqüente. 
Destacamos algumas outras responsabilidades dadas à LDO, 
segundo a LRF: 
• Publicação da avaliação financeira e atuarial dos regimes 
geral de previdência social e próprio dos servidores civis e 
militares; 
• Avaliação financeira do Fundo de Amparo ao Trabalhador e 
projeções de longo prazo dos benefícios da Lei Orgânica de 
Assistência Social – LOAS; 
• Margem de expansão das despesas obrigatórias de natureza 
continuada. 
Por fim, falaremos dos prazos relativos ao projeto de LDO e da 
vigência da LDO. 
MANTRA ! 
LDO 
VIGÊNCIA: MAIS DE 1 ANO * (MAIS DE 1 EXERCÍCIO FINANCEIRO) 
de 17/julho do exercício financeiro da aprovação a 31/dezembro do 
exercício financeiro subseqüente à sua aprovação 
 Prazo para o Executivo encaminhar o projeto consolidado de 
LDO referente ao exercício financeiro seguinte: 
• até 15 de abril do exercício financeiro corrente; ou 
• até 8 meses e meio antes do término do exercício financeiro 
corrente. 
 
 
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Prazo de DEVOLUÇÃO para sanção do projeto de LDO pelo Legislativo:
• até 17 de julho do exercício financeiro corrente; ou 
• até o término do 1º período da sessão legislativa em vigor. 
OBSERVAÇÕES 
• A LDO, na prática, tem vigência superior a um ano, pois ela entra 
formalmente em vigor antes do início do exercício financeiro 
subseqüente, ou seja, 17/julho do exercício financeiro anterior. 
• A LDO é o único dos instrumentos que possuem uma espécie de 
penalidade ao Legislativo. De acordo com o art. 57, § 2º, da 
CF/88, a sessão legislativa não será interrompida sem a 
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. 
• O Anexo de Metas Fiscais, o Anexo de Gestão fiscal e o Anexo 
Específico para a União, todos atrelados à LDO, não têm previsão 
constitucional, logo constituem inovações trazidas pela LRF. 
• O Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO é um 
INSTRUMENTO DE TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL que está 
previsto no art. 165, § 3º, da CF/88 e no art. 48, da LRF. Sua 
publicação é feita pelo Poder Executivo se dá em até 30 dias 
após o término de cada bimestre. 
• Outro INSTRUMENTO DE TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL é 
o Relatório de Gestão Fiscal – RGF com previsão apenas na LRF. 
Emitem esse RGF, ao final de cada quadrimestre, os titulares dos 
Poderes e outros órgãos previstos na LRF. 
• O PPA, a LDO e a LOA também são INSTRUMENTOS DE 
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL. 
 
 
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CAIU NA PROVA ! 
58 – (ESAF/ANALISTA – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2004) No 
que diz respeito à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não se pode afirmar 
que: 
a) dispõe sobre as alterações na legislação tributária. 
b) orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), bem como sua 
execução. 
c) compreende as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas 
de capital para o exercício financeiro subseqüente. 
d) estabelece diretrizes, objetivos e metas da administração pública para 
programas de duração continuada, sendo componente básico de planejamento 
estratégico governamental. 
e) estabelece a política de aplicação das agências oficiais de fomento. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (d). 
O item (d) se refere ao PPA, art. 165, § 1º, da CF/88, logo está 
incorreto. Os demais itens se referem ao , art. 165, § 2º, da Carta Magna de 
88. 
59 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO – SEFAZ-SP/2009) O modelo 
de elaboração orçamentária, nas três esferas de governo, foi sensivelmente 
afetado pelas disposições introduzidas pela Constituição Federal de 1988. 
Anualmente, o Poder Executivo encaminha ao Poder Legislativo o projeto de 
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que contém: 
a) a receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta. 
b) a receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que 
se elaborou a proposta. 
c) as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente. 
d) o orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e os investimentos das 
empresas. 
e) a despesa realizada no exercício imediatamente anterior. 
 
 
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Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (c). 
O item (c) trata da parte inicial de nosso mantra sobre a LDO. Refoço o 
entendimento de que as “MP” e as despesas de capital se referem ao exercício 
financeiro subsequente. 
Os itens (a) e (d) se referem ao tema LOA que veremos adiante. E os 
itens (b) e (e) se referem à subsídios que são considerados na elaboração da 
proposta orçamentária. 
60 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO – SEFAZ-SP/2009) Assinale a 
opção que apresenta uma das principais características da lei de diretrizes 
orçamentárias, segundo a Constituição Federal de 1988. 
a) Especifica as alterações da legislação tributária e do PPA. 
b) Define a política de atuação dos bancos estatais federais. 
c) Determina os valores máximos a serem transferidos, voluntariamente, aos 
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
d) Define as metas e prioridades da administração pública federal. 
e) Orienta a formulação das ações que integrarão o orçamento do exercício 
seguinte. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (d). 
Mais uma vez, nosso mantra para matar a questão, por isso, o item (d) 
está correto. 
No item (a), é incorreto que a LDO especifica, mas sim DISPÕE SOBRE 
AS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. É um norte e na uma 
especificação a ser dada pela LDO. 
A LDO em vigor, nesse aspecto, dispõe que o projeto de lei ou medida
provisória que conceda ou amplie incentivo ou benefício de natureza tributária 
somente será aprovado ou editada, respectivamente, se atendidas as 
exigências do art. 14 da LRF. Este artigo trata especificamente da Renúncia de 
Receitas. 
O item (b) seria correto se estivesse escrito política de APLICAÇÃO DE 
RECURSOS pelas “AFOF”s e não a política de atuação dos bancos estatais 
federais. 
 
 
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Além disso, os bancos têm política de atuação estabelecida por legislação 
e regulamentos próprios. Isso não é uma política estabelecida entre as 
competências da LDO. 
Em relação ao item (c), é a LRF que estabelece LIMITAÇÃO e não limites 
em valores, em caso de descumprimento de determinadas regras. 
O erro do item (e) reside no fato de que a LDO não orienta a formulação 
das ações que integrarão o orçamento do exercício seguinte. Quem orienta as 
ações é o PPA, por meio dos programas de trabalho. E ainda, orienta-se por 
um período de 4 anos. 
A LDO dispõe sobre a estrutura e a organização dos orçamentos, bem 
como estabelece também as diretrizes para a elaboração e execução dos 
orçamentos da União e suas alterações. 
61 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – 
MPOG/2003) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) instituída pela 
Constituição de 1988 é o instrumento norteador da Lei Orçamentária Anual 
(LOA). A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 04 de maio de 2000, atribuiu 
à LDO a responsabilidade de tratar também de outras matérias. Indique qual 
opção não representou uma responsabilidade adicional às criadas pela LRF. 
a) A avaliação de riscos fiscais. 
b) A fixação de critérios para a limitação de empenho e movimentação 
financeira. 
c) A publicação da avaliação financeira e atuarial dos regimes geral de 
previdência social e próprio dos servidores civis e militares. 
d) O estabelecimento de prioridades e metas da administração pública federal. 
e) O estabelecimento de metas fiscais. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (d). 
Questão interessante, pois os itens (a), (b), (c) e (e) são inovações 
previstas na Lei Complementar nº 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal – 
LRF. 
 
 
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O item (d) apresenta a parte inicial do art. 165, § 2º, da CF/88, só que 
com uma inversão. Apesar de colocar PM (prioridades e metas) e não MP 
(metas e prioridades), o item se refere ao texto constitucional de 1988. 
Ocorre que a questão só pedia o item que não significava uma 
responsabilidade adicional criadas pela LRF, por isso, a resposta é o item (d). 
Como é que estamos ? Vamos adiante.... 
3 – O Projeto de Lei Orçamentária Anual – PLOA: Elaboração, 
acompanhamento e fiscalização. 
3.1 – A Lei Orçamentária Anual - LOA – CONCEITOS, OBJETIVOS E 
CONTEÚDO 
 A LOA tem como fundamento constitucional o art. 165, inciso III e 
§§ 5º a 8º. Além disso, há previsão na Lei Complementar nº 101/2000, a LRF. 
 Pela didática que trabalhamos na Aula 1 e nessa Aula 2, temos 
muitos conhecimentos adquiridos quanto ao tema LOA. Vamos aprofundar o 
assunto ao longo desse tópico e, por isso, passaremos logo ao item 3.2. 
3.2 – A LOA na Constituição Federal de 1988 
 Começaremos com mais um mantra.... 
MANTRA ! 
LOA 
• A LOA compreende 
I - o orçamento fiscal - OI 
relativo aos 
• Poderes da União 
• Fundos da União 
 
 
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• Órgãos e entidades da administração direta e indireta 
• Incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
II - o orçamento de investimento das empresas - OIEE 
em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital 
social com direito a voto (são as empresas estatais) 
III - o orçamento da seguridade social - OSS 
abrange 
• todas as entidades e órgãos vinculados à seguridade social => 
da administração direta ou indireta 
• e também os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo 
Poder Público da União. 
Temos assim definida a LOA e suas 3 “subespécies” de 
orçamento OF, OIEE e OSS. Isso significa que o orçamento é UNO. Assim, 
a LOA obedece ao Princípio Orçamentário da Unidade. 
Esse desdobramento se faz, a fim de se tornarem mais visíveis os 
programas do governo em cada área. Por isso, o modelo orçamentário adotado 
a partir da CF/88, com base no art. 165, § 5º, consiste em elaborar um 
orçamento único, desmembrado em OF, OIEE e OSS. 
Não podemos esquecer que a LOA COMO UM TODO TEM QUE 
SER COMPATÍVEL COM O PPA E A LDO ! 
Atenção para não confundir na prova a observação a seguir, que 
consta do art. 165, § 7º, da CF/88. 
 
 
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OBSERVAÇÕES 
• O orçamento fiscal – OI + o orçamento de investimento das 
empresas estatais – OIEE 
além de terem que ser compatíveis com o PPA 
terão, entre outras, a função de reduzir desigualdades inter-regionais, 
segundo critério populacional
• O Orçamento da Seguridade Social - OSS NÃO TEM ESSA FUNÇÃO
mas tem que ser compatível com o PPA 
• As Bancas trocam CRITÉRIO POPULACIONAL, por critério 
geográfico, que está errado. 
Ainda quanto ao texto constitucional, cabem algumas outras 
considerações sobre a LOA, conforme constam no art. 165, §§ 6º e 8º e no 
art. 167, inciso I. Nesse assunto, destacamos as ideias principais, nas quais as 
Bancas tentam aplicar “pegadinhas”. 
• Um demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e 
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e 
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, acompanha o 
projeto de LOA – PLOA (não vem junto com a LOA e sim com o 
PLOA). 
• A LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa – Princípio Orçamentário da Exclusividade. 
MNEMÔNICO: “A LOA NÃO ESTRANHA PR / FD” 
Exceções a este Princípio (ou seja, PODEM CONSTAR NA LOA): 
1. a autorização para abertura de créditos 
suplementares; 
2. contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita – ARO, nos termos da lei (LDO e 
LRF); e 
 
 
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3. emissão de títulos da dívida agrária - TDA, conforme 
previsto no art. 184, § 4º, da CF/88. 
• É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na LOA. 
Vamos avançar. 
Para ajudar a visualizar a estrutura de uma LOA, colocamos a 
seguir um extrato, por tópicos, da Lei nº 11.897/2008, que estima a receita e 
fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2009. 
“CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
CAPÍTULO II 
DOS ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL 
Seção I 
Da Estimativa da Receita 
Seção II 
Da Fixação da Despesa 
Seção III 
Da Autorização para a Abertura de Créditos Suplementares 
CAPÍTULO III 
DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO 
Seção I 
Das Fontes de Financiamento 
Seção II 
Da Fixação da Despesa 
Seção III 
Da Autorização para a Abertura
de Créditos Suplementares 
CAPÍTULO IV 
DA AUTORIZAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO E EMISSÃO DE 
TÍTULOS DA DÍVIDA AGRÁRIA 
CAPÍTULO V 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS” 
Destacamos os pontos mais importantes para essa visualização. 
Observem que o OF e o OSS estão juntos em um mesmo capítulo. No entanto, 
 
 
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só o OF e o OIEE terão entre suas funções a de reduzir desigualdades 
inter-regionais, segundo critério populacional. 
Ao olhar esse extrato da LOA, lembramos de uma discussão 
anterior: o Orçamento é um texto, cujos anexos são uma pauta que contém 
receitas e despesas. 
Vamos ao mantra dos prazos relativos ao PLOA e da vigência da 
LOA. 
MANTRA ! 
LOA 
VIGÊNCIA: 1 ANO (ou 1 exercício financeiro) 
1º/janeiro a 31/dezembro do exercício financeiro vigente 
 Prazo para o Executivo encaminhar o PLOA consolidado: 
• até 31 de agosto do exercício financeiro anterior ao do exercício 
financeiro vigente; ou 
• até 4 meses antes do término do exercício financeiro anterior ao do 
exercício financeiro vigente. 
Ex.: Para a LOA 201O 
PRAZO PARA O EXECUTIVO ENCAMINHAR => 31/AGOSTO/2009 
Prazo para DEVOLUÇÃO do projeto de LOA pelo Legislativo: 
• até 22 de dezembro do exercício financeiro anterior ao do exercício 
financeiro vigente; ou 
• até o término da sessão legislativa do exercício financeiro anterior 
ao do exercício financeiro vigente. 
Ex.: Para a LOA 2010 
PRAZO DE DEVOLUÇÃO PELO LEGISLATIVO=> 22/DEZEMBRO/2009 
 
 
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Agora já podemos fazer um quadro resumo relativo às leis 
orçamentárias. 
LEIS ORÇAMENTÁRIAS 
Ö PPA 
Ö LDO 
Ö LCA (Lei de Créditos 
Adicionais) 
ƒ Créditos Especiais 
ƒ Créditos Suplementares 
ƒ Créditos Extraordinários 
Ö LOA 
ƒ OF 
ƒ OIEE 
ƒ OSS 
3.3 – A LOA na Lei de Responsabilidade Fiscal 
Estaremos apenas a colocar alguns tópicos da LRF a título informativo, 
pois a Banca pode afirmar que determinado assunto está previsto na CF/88, 
enquanto que está previsto na LRF. 
O projeto de LOA, elaborado de forma compatível com o PPA, com a LDO 
segue as seguintes normas previstas na LRF: 
Ö conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da 
programação dos orçamentos com os objetivos e metas constantes 
do ANEXO DE METAS FISCAIS - AMF da LDO em vigor. 
Ö será acompanhado do Relatório Resumido de Execução 
Orçamentária - RREO, além das medidas de compensação a 
renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de 
caráter continuado – DOCCs. 
Ö conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, 
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos 
na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e 
outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 
 
 
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Ö constarão da LOA todas as despesas relativas à dívida pública, 
mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão. 
Ö constará, separadamente na LOA e nas LCAs, o refinanciamento da 
dívida pública. 
Ö não consignará dotação para investimento com duração maior que 
um exercício financeiro que não esteja previsto no PPA ou em lei 
que autorize a sua inclusão no PPA => vide art. 167, § 1º da CF/88. 
Ö serão incluídas na LOA, as despesas do BACEN relativas a pessoal e 
encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a 
benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos. 
NÃO CONFUNDA ! 
Ö É VEDADO consignar na LOA crédito com finalidade imprecisa ou 
com dotação ilimitada. => ESSE TEXTO É DA LRF (Art. 5º, §4º). 
Ö É VEDADA a concessão ou utilização de créditos ilimitados => 
ESSE TEXTO É DA CF/88 (Art. 157, inciso VII). 
AS BANCAS FAZEM A “PEGADINHA” DE TROCAR OS TEXTOS ! 
“De acordo com o texto constitucional, é vedado consignar na LOA crédito 
com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.” => É FALSO ! 
“De acordo com a LRF, é vedada a concessão ou utilização de créditos 
ilimitados.” => É FALSO ! 
OUTRAS CONSIDERAÇÕES 
1) Reservas de Contingência são despesas orçamentárias destinadas 
ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como 
eventos fiscais imprevistos, inclusive para a abertura de créditos 
adicionais. 
• Os valores financeiros das Reservas de Contingência constarão 
na LOA. 
• O montante percentual e a forma de utilização das Reservas de 
Contingência contarão na LDO. 
2) A duração de um Exercício Financeiro é diferente da de um Ciclo 
Orçamentário. 
• Exercício Financeiro: 1 ano 
 
 
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• Ciclo Orçamentário: maior que 1 ano, pois o “EAECA” ultrapassa 
um exercício financeiro 
3) Os Estados e Municípios não se obrigam a seguirem os prazos 
estabelecidos no ADCT da CF/88, quanto ao envio para o Congresso 
Nacional e para devolução para sanção. 
Isso se deve em razão do pacto federativo, além de se atender às 
peculiaridades da realidade de cada ente federado. 
A doutrina entende que, caso não haja previsão nas Constituições 
Estaduais e nas Leis Orgânicas, prevalecem os prazos do ADCT 
federal. 
3.4 – A CF/1988 e os Projetos de LOA do Poder Judiciário, do 
Ministério Público da União e das Defensorias Públicas da União e dos 
Estados. 
3.4.1 – PLOA do Poder Judiciário 
O Poder Judiciário tem sua autonomia administrativa e financeira 
assegurada pela CF/88. 
Assim, todos os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias 
dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO. 
O encaminhamento da proposta do Poder Judiciário para o Poder 
Executivo respectivo, ouvidos os demais tribunais interessados, compete: 
• NA UNIÃO: aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e 
dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos 
tribunais. 
• NOS ESTADOS E NO DO DISTRITO FEDERAL E 
TERRITÓRIOS: aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, 
com a aprovação dos respectivos tribunais. 
Inovações da Emenda Constitucional nº 45/2004: 
Se os respectivos órgãos não encaminharem as propostas 
orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO: 
• o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da 
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA 
 
 
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em vigor, ajustados de acordo com os limites estipulados na 
LDO. 
Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo 
com os limites estipulados na LDO: 
• o Poder Executivo fará os ajustes necessários, a fim de se 
consolidar a proposta orçamentária anual. 
Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a 
realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na LDO. 
• Exceção: se autorizadas previamente, por meio da 
abertura de créditos suplementares ou especiais. 
3.4.2 – Os PRECATÓRIOS 
Referem-se aos pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas 
Federal,
Estaduais, Distrital e Municipais, em razão de sentença judiciária. 
Estes pagamentos se fazem exclusivamente na ordem cronológica 
de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos. 
É vedada a designação de casos ou de pessoas nas dotações 
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. 
É o Poder Judiciário que insere em seu orçamento os precatórios 
devidos, pois as dotações orçamentárias e os créditos abertos serão 
consignados diretamente ao Judiciário. 
Cabe ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão determinar o 
pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente 
para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não 
alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o 
sequestro da quantia respectiva. 
O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou 
omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios 
incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o 
Conselho Nacional de Justiça. 
 
 
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3.4.3 – PLOA do Ministério Público 
O Ministério Público também tem sua autonomia administrativa e 
financeira assegurada pela CF/88. 
O Ministério Público elabora sua proposta orçamentária dentro dos 
limites estabelecidos na LDO, a fim de encaminhá-la para o Poder Executivo. 
Inovações da Emenda Constitucional nº 45/2004: 
Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta 
orçamentária dentro do prazo estabelecido na LDO: 
• o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da 
proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA 
em vigor, ajustados de acordo com os limites estipulados na 
LDO. 
Se a proposta orçamentária for encaminhada em desacordo com os 
limites estipulados na LDO: 
• o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para 
fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a 
realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na LDO. 
• Exceção: se autorizadas previamente, por meio da 
abertura de créditos suplementares ou especiais. 
3.4.4 – PLOA das Defensorias Públicas da União e dos Estados 
Em relação à Defensoria Pública da União - DPU, a CF/88 não 
estabeleceu regras. A DPU está ligada ao Ministério da Justiça, logo ela 
encaminha sua proposta diretamente ao Poder Executivo da União. 
Inovação da Emenda Constitucional nº 45/2004: 
Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia 
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro 
dos limites estabelecidos na LDO e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. 
 
 
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CAIU NA PROVA ! 
62 - (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO – SEFAZ-SP/2009) A 
Constituição da República confere ao orçamento a natureza jurídica de: 
a) lei de efeito concreto. 
b) lei material. 
c) lei formal e material. 
d) lei extraordinária. 
e) lei abstrata. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (a). 
Por produzir efeitos concretos, a LOA é uma lei formal com natureza 
jurídica de lei de efeito concreto. 
63 - (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO – SEFAZ-SP/2009) O 
orçamento público pode ser entendido como um conjunto de informações que 
evidenciam as ações governamentais, bem como um elo capaz de ligar os 
sistemas de planejamento e finanças. A elaboração da Lei Orçamentária Anual 
(LOA), segundo a Constituição Federal de 1988, deverá espelhar: 
a) exclusivamente os investimentos. 
b) as metas fiscais somente para as despesas. 
c) a autorização para a abertura de créditos adicionais extraordinários. 
d) as estimativas de receita e a fixação de despesas. 
e) a autorização para criação de novas taxas. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (d). 
Conforme um de nossos mantras e de acordo com a parte inicial o art. 
165, § 8º, da CF/88, a LOA reflete a PR/FD, ou seja, a 
PREVISÃO/ESTIMATIVA DA RECEITA e a FIXAÇÃO DA DESPESA. 
 
 
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64 - (ESAF / ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANA / 2009) No contexto 
do processo orçamentário, tal como prevê a Constituição Federal, é correto 
afirmar: 
a) a Lei Orçamentária Anual é de iniciativa conjunta dos Poderes Legislativo e 
Executivo. 
b) a execução do orçamento é feita mediante acompanhamento dos controles 
interno e externo. 
c) ao Presidente da República é proibido vetar alterações no projeto de lei do 
Plano Plurianual que tenham sido aprovadas pelo Congresso Nacional em dois 
turnos de votação. 
d) o Plano Plurianual possui caráter meramente normativo, não sendo utilizado 
como instrumento de planejamento governamental. 
e) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende os orçamentos fiscal, da 
seguridade social e de investimento das empresas estatais. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (b). 
Vamos rever os pontos sobre a etapa do ciclo orçamentário denominada: 
• CONTROLE: 
A Administração procura obter informações físico-financeiras no 
transcurso do processo de execução orçamentária e financeira. Desta 
forma, possibilita-se o controle e a avaliação dos planos e programas a 
serem executados, em execução ou já executados, que constam na 
LOA. 
No Brasil, existem dois tipos de controle: 
• INTERNO 
• EXTERNO 
 Chama-se controle interno quando exercido por agentes do mesmo 
Poder. Já o controle externo se exerce por órgãos independentes desse 
Poder. 
No item (a), o erro se dá pelo fato de que a Lei Orçamentária Anual é de 
iniciativa PRIVATIVA DO PODER EXECUTIVO, confome previsto no art. 84, 
inciso XXII da CF/88. 
 
 
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Correção do item (c) - ao Presidente da República é PERMITIDO vetar 
alterações no projeto de lei do Plano Plurianual que tenham sido aprovadas 
pelo Congresso Nacional em dois turnos de votação. 
Correção do item (d) - o Plano Plurianual NÃO possui caráter meramente 
normativo, SENDO UTILIZADO COMO INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO 
GOVERNAMENTAL. 
Correção do item (e) - a LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL compreende os 
orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas 
estatais. 
65 - (ESAF / ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – CGU / 2008) De 
acordo com a Constituição Federal, foi reservada à Lei de Diretrizes 
Orçamentárias a função de: 
a) definir, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos, as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital 
para o exercício financeiro subseqüente. 
b) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, nos casos previstos 
na legislação. 
c) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas. 
d) dispor sobre alterações na legislação tributária. 
e) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (d). 
A referência é o art. 165, § 2º da CF/88 que assim diz: 
“A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades 
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá 
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.” 
Observem que dispor sobre a legislação trobutária não singnifica alterar 
a legislação tributária, mas sim estabelecer metas e prioridades também em 
relação as alterações na legislação tributária de forma a facilitar a arrecadação 
de receitas pelo governo. 
 
 
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O item (a) se refere ao PPA. 
No item (b), conforme previsto no art. 9º da LRF, atos dos Poderes e do 
Ministério Público é que estabelecerão critérios e forma de limitação de 
empenho, nos casos previstos na legislação. 
O item (c) é previsão do art. 4º, inciso I, alínea “f”, da LRF, enquanto 
que o item (e) está no art. 4º, inciso I, alínea “a”, da LRF. 
66 - (ESAF / PROCURADOR – TCO – GO / 2009) O orçamento é um 
instrumento fundamental de governo e seu principal documento de políticas 
públicas. Por meio dele, os governantes selecionam prioridades, decidindo 
como gastar os recursos extraídos da sociedade e como distribuí-los entre 
diferentes grupos sociais, conforme seu peso ou força política. No que diz 
respeito a orçamento, indique a opção falsa. 
a) Nas decisões orçamentárias, os problemas centrais de uma ordem 
democrática como representação estão presentes. 
b) A Constituição de 1988 trouxe inegável avanço na estrutura institucional 
que organizou o processo orçamentário brasileiro. 
c) A Constituição de 1988 não só introduziu o processo de planejamento no 
ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo, reforçou 
o Poder Legislativo. 
d) A Constituição de 1988 indica que, por iniciativa do Poder Legislativo, 
devem ser estabelecidas, além do Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). 
e) O Plano Plurianual é um instrumento de Planejamento no qual são 
apresentados, de quatro em quatro anos, os objetivos e as metas 
governamentais. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (d). 
O correto seria assim dizer: “A Constituição de 1988 indica que, por 
iniciativa do PODER EXECUTIVO, devem ser estabelecidas, além do Plano 
Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária 
Anual (LOA).” 
A referência está no art. 84, inciso XXII da CF/88, que assim diz: 
 
 
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“Compete privativamente ao Presidente da República enviar ao 
Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição” 
67 - (ESAF / ANALISTA – SEFAZ - CE / 2007) Assinale a opção falsa em 
relação à Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO prevista no art. 165 da 
Constituição Federal. 
a) A iniciativa da lei é prerrogativa do Poder Executivo. 
b) Deverá orientar a elaboração da lei orçamentária anual. 
c) A LDO deverá trazer as modificações na legislação tributária que impactarão 
a arrecadação do exercício seguinte. 
d) Compreenderá as metas de despesa de capital para o exercício financeiro 
subseqüente. 
e) Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (d). 
O correto seria assim dizer: “incluindo as despesa de capital (e não 
sua metas de despesa de capital) para o exercício financeiro 
subseqüente.” 
68 - (ESAF / ANALISTA JURÍDICO – SEFAZ - CE / 2007) Consoante a 
Constituição Federal, leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão - o 
plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Assinale 
a opção incorreta. 
a) A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas 
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. 
b) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
 
 
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c) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta 
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e 
apreciados pelo Congresso Nacional. 
d) O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada 
trimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 
e) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (d). 
De acordo com o art. 165, § 3º, da CF/88, seria correto assim: “O Poder 
Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada BIMESTRE, 
relatório resumido da execução orçamentária.” 
69 - (FCC/ TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ-PI/2009) O Plano Plurianual de um 
Estado da Federação: 
a) somente pode ser aprovado por lei complementar estadual. 
b) deve ser elaborado por iniciativa da Assembléia Legislativa Estadual, que o 
submeterá à sanção do Governador do Estado. 
c) tem vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato 
governamental subsequente. 
d) deve ser elaborado de cinco em cinco anos. 
e) conterá as diretrizes, objetivos e metas da administração pública estadual 
para as despesas correntes dos quatro anos de sua vigência. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (c). 
Com base em um de nossos mantras, vimos que o PPA tem vigência até 
o final do primeiro exercício financeiro do mandato governamental 
subsequente. 
O erro do item (a) está no fato de que o PPA, a LDO e a LOA serem 
LEIS ORDINÁRIAS e não leis complementares. 
 
 
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A iniciativa de elaboração dos projetos de PPA, LDO e LOA é do Poder 
Executivo, por isso o item (b) está incorreto. Além disso, quem aprecia, 
discute e vota é o Poder Legislativo, para devolução posterior e sanção/veto 
pelo Chefe do Poder Executivo. 
O erro do item (d) deve-se ao fato de que a periodicidade é de 4 anos. 
E no item (e), a lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal 
para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as 
relativas aos programas de duração continuada. 
70 – (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) A vigência do 
Plano Plurianual de Investimentos é de ___I__ anos, iniciando-se no __II__ 
exercício financeiro do mandato do Chefe do Poder Executivo e terminando no 
__III__ exercício financeiro do mandato
subseqüente. Preenchem respectiva e 
corretamente as lacunas I, II e III: 
a) três, primeiro, segundo. 
b) quatro, primeiro, segundo. 
c) quatro, segundo, primeiro. 
d) cinco, primeiro, segundo. 
e) cinco, segundo, primeiro. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (c). 
Vamos ao mantra parcial do PPA: 
VIGÊNCIA: 4 ANOS 
do 2º ano do mandato presidencial vigente ao 1º 
ano do mandato presidencial seguinte 
Ex.: PPA 2008-2011 
MANDATO PRESIDENCIAL ATUAL: 2007-2010 
MANDATO PRESIDENCIAL SEGUINTE: 2011-2014 
 
 
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71 – (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) A política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento é estabelecida na Lei: 
a) orçamentária anual (LOA). 
b) de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar no 100/2000). 
c) de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
d) específica aprovada pela maioria absoluta do Congresso Nacional. 
e) que aprovar o Plano Plurianual de Investimentos. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (c). 
O item (c) se fundamenta na parte final do art. 165, § 2º, da Carta 
Política de 88. 
72 – (FCC/ TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ-PI/2009) Na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias, são discriminadas as: 
a) despesas de capital para o exercício subsequente. 
b) receitas de capital do exercício corrente, apenas. 
c) receitas de capital e as despesas de capital do exercício corrente. 
d) receitas correntes e de capital para o exercício subsequente. 
e) receitas correntes e de capital para o exercício corrente. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (a). 
A resposta do item (a) se fundamenta na parte inicial do art. 165, § 2º, 
da CF/88. Os demais itens não têm correspondência adequada aos intrumentos 
PPA, LDO e LOA. 
73 – (FCC/ASSESSOR JURÍDICO – TJ-PI/2009) NÃO é vedada edição de 
medida provisória sobre a seguinte matéria: 
a) Planos plurianuais. 
b) Diretrizes orçamentárias. 
c) Créditos extraordinários. 
d) Créditos adicionais. 
e) Créditos suplementares. 
 
 
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Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (c). 
O fundamento de toda a questão está no art 62, § 1º, inciso I, alínea d): 
 “Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o 
Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força 
de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre 
matéria: 
I – relativa a: 
(. ...) 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, 
orçamento e créditos adicionais e suplementares, 
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
(.....)” 
Desta forma, matéria relacionada à LDO não pode ser objeto de Medida 
Provisória. 
74 – (FCC/OFICIAL DE CHANCELARIA – MRE/2009) Faz parte integrante 
da Lei das Diretrizes Orçamentárias: 
a) a autorização para contratação de operações de crédito. 
b) o orçamento da seguridade social. 
c) o anexo das metas fiscais. 
d) o montante estimado das despesas de pessoal do Banco Central do Brasil. 
e) o montante de despesas correntes para o exercício seguinte. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (c). 
Os itens (a), (b), (d) constam da LOA, cujo tópico será visto mais 
adiante. 
O fundamento do item (c) é o art. 4º, § 1º da Lei Complementar nº 
101/2000 - LRF. 
 
 
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O item (e) erra pelo fato de que, conforme art. 165, § 2º, da CF/88, 
integram a LDO o montante de despesas de capital para o exercício 
seguinte. 
75 – (FCC/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – MPU/2007) A 
consolidação do projeto de lei orçamentária anual da União é de 
responsabilidade: 
a) do Ministério da Fazenda. 
b) da Secretaria do Tesouro Nacional. 
c) da Secretaria da Receita Federal. 
d) do Ministério da Indústria e do Comércio. 
e) do Ministério do Planejamento. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (e). 
Questão de simples resolução. A proposta orçamentária é consolidada 
pelo Poder Executivo, cuja competência cabe ao Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão - MPOG. 
No âmbito do MPOG, é a Secretaria de Orçamento Federal – SOF que 
coordena e elabora a proposta orçamentária da União. 
76 - (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ-PI/2009) A Lei Orçamentária Anual 
da União compreenderá: 
a) apenas o orçamento fiscal da União. 
b) o orçamento fiscal da União e o orçamento de investimento das empresas 
estatais, apenas. 
c) créditos com finalidade imprecisa ou dotação ilimitada, desde que incluídos 
na Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
d) as despesas de pessoal, inclusive encargos sociais, as despesas de custeio e 
de investimento das empresas estatais. 
e) o orçamento fiscal da União, o orçamento de investimento das empresas 
estatais e o orçamento da seguridade social. 
 
 
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Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (e). 
O art. 165, § 5º, incisos I, II e III, fundamentam os itens (a), (b), (d) e 
(e), pois LOA compreende: 
o o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
o o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta 
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
e 
o o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como 
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
O item (c) é uma vedação que consta no art. 5º, § 4º, da LRF. 
77 - (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO – TRT-16ª REGIÃO/2009) Considere 
as seguintes afirmativas: 
I. a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da 
receita e fixação da despesa, não se incluindo a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei; 
II. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia; 
III. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, II e III. 
b) I e III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
 
 
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d) II, apenas. 
e) I, apenas. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (a). 
Os fundamentos

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