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PCDP
Nº 70051052975
2012/Cível
APELAÇÃO CÍVEL. POSSE (BENS IMÓVEIS). AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. prática de esbulho não demonstrada. requisitos do art. 927 do Código de Processo Civil não preenchidos.
O deferimento do pedido de reintegração de posse requer o preenchimento dos requisitos dispostos no art. 927 do CPC. Situação concreta que não evidencia o atendimento aos requisitos legais, uma vez que não restou comprovada a prática de esbulho por parte do demandado, que se encontra no imóvel em decorrência de contrato de compra e venda do imóvel, substitutivo de anterior parceria agrícola.
NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME.
	Apelação Cível
	Décima Oitava Câmara Cível
	Nº 70051052975
	Comarca de São Pedro do Sul
	DAMASCENO MARTINS DE AQUINO 
	APELANTE
	ALCIDES KOGLIN 
	APELADO
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos. 
Acordam os Desembargadores integrantes da Décima Oitava Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em negar provimento ao recurso de apelação cível. 
Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento, além do signatário, os eminentes Senhores Des. Orlando Heemann Júnior (Presidente) e Des.ª Nara Leonor Castro Garcia.
Porto Alegre, 22 de novembro de 2012.
DES. PEDRO CELSO DAL PRÁ, 
Relator.
RELATÓRIO
Des. Pedro Celso Dal Prá (RELATOR)
Trata-se de recurso de apelação interposto por DAMASCENO MARTINS DE AQUINO contra a sentença (fls. 94-97) que julgou improcedente a ação de reintegração de posse ajuizada em face de ALCIDES KOGLIN. Condenou a parte autora, outrossim, ao pagamento das custas e dos honorários advocatícios, arbitrados estes em R$ 1.500,00, restando suspensa sua exigibilidade, em face da Assistência Judiciária Gratuita.
O apelante, em suas razões (fls. 99-107), argúi a nulidade da sentença, por contrariar as provas dos autos. No mérito, aduz que seu filho teria vendido um imóvel, cuja posse detinha em razão de contrato de parceria agrícola. Assevera que jamais autorizou a venda do bem. Menciona que não há como validar o negócio, por se tratar de venda por quem não era proprietário. Sustenta que o seu filho é alcoólatra, negociando o valor por preço inferior ao de mercado. Requer o provimento do recurso, com o conseqüente julgamento de procedência da ação.
Contrarrazões nas fls. 110-1232.
Remetidos a este Tribunal de Justiça, foram os autos distribuídos por sorteio automático em 14/09/2012, vindo-me conclusos para julgamento em 18/09/2012.
Registro, por fim, que restou devidamente observado o disposto nos artigos 549, 551 e 552, todos do Código de Processo Civil, tendo em vista a adoção do sistema informatizado.
É o relatório.
VOTOS
Des. Pedro Celso Dal Prá (RELATOR)
Eminentes Colegas: o recurso não merece prosperar.
De início, afasto a preliminar de nulidade da sentença, pois eventual julgamento, de modo contrário à prova dos autos, não redunda, por si, em invalidade do ato sentencial.
No mérito, simples análise das razões de recurso já é suficiente para se concluir pela improcedência da ação, já que a pretensão possessória tem como causa de pedir apenas a alegada nulidade do contrato de compra e venda levado a efeito entre o réu e o filho do autor.
Cuidando-se de interdito possessório inarredável é a necessidade de a parte demonstrar, como requisito mínimo, ao lado de sua posse, a prática de esbulho pela parte demandada, ao escopo de ter o seu direito reconhecido, à luz do que dispõe o Inciso I do artigo 927 do Código de Processo Civil, assim redigido, verbis:
“Art. 927.  Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;
Il - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda da posse, na ação de reintegração.”
No caso, a posse do demandado está amparada por contrato particular de compra e venda (fl. 62), firmado com João Valdir Rosa de Aquino, filho do autor.
Resulta, daí, que nenhuma injustiça ou ilicitude há na ocupação do imóvel por parte do demandado, já que amparado em negócio jurídico efetivado e, até então, válido e eficaz. 
Enquanto válido e eficaz o contrato, não há falar em esbulho, devendo eventual venda a non domino ser discutida em demanda própria, que a tanto não se presta a presente via, já que de cognição limitada aos requisitos dos interditos possessórios.
Sobre mais, a prova dos autos é robusta a indicar que o demandado exerce posse sobre a área desde, pelo menos, o ano de 2002, em face do contrato de parceria agrícola que precedeu à venda, o que igualmente reforça a tese de ausência de prática de esbulho.
Não há, assim, diante dos elementos constantes nos autos, como acolher a pretensão inicial, razão pela qual nenhum reparo merece a sentença.
ISSO POSTO, voto no sentido de negar provimento ao recurso de apelação.
Des.ª Nara Leonor Castro Garcia (REVISORA) - De acordo com o(a) Relator(a).
Des. Orlando Heemann Júnior (PRESIDENTE) - De acordo com o(a) Relator(a).
DES. ORLANDO HEEMANN JÚNIOR - Presidente - Apelação Cível nº 70051052975, Comarca de São Pedro do Sul: "NEGARAM PROVIMENTO. UNÂNIME."
Julgador(a) de 1º Grau: RAFAEL PAGNON CUNHA
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