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EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE
“A personalidade é um atributo do ser humano e o acompanha por toda a vida.”- CAIO MÁRIO.
A existência da pessoa natural termina com a morte natural, ou presumida, devidamente registrada em registro público (art. 9º, I e IV, do CC), que determinará o exato momento da abertura da sucessão (devolução hereditária), pois a partir daí os herdeiros recebem, de imediato, a posse e a propriedade da herança.
Em que consiste a morte?
antigamente: ausência dos batimentos cardíacos, término dos movimentos respiratórios e da contração pupilar.
modernamente: a vida termina com a morte cerebral ou morte encefálica. Com isso, estará autorizada a remoção dos órgãos para fins de transplantes e outros. Resolução 1.480 do CFM. 
Art. 14 do CC – direito personalíssimo – disposição do próprio corpo. Caso a pessoa não deixe, expressamente, a sua vontade, caberá aos parentes decidir. 
Art. 4º da Lei n. 10.211/2001 – vontade dos parentes. 
1- morte real – art. 6º, 1ª parte, e art. 9º, I, do CC e art. 77 da LRP.
2- morte civil – art. 1.816 do CC.
3- morte presumida – art. 6º, 2ª parte, do CC
	3.1- sem declaração de ausência – art. 7º do CC – após esgotadas as buscas, a sentença deve fixar a data provável da morte.
	3.2- com declaração de ausência – arts. 9º, IV, 22 a 39 e 1.571, par. 1º do CC, e 1.159 a 1.169 do CPC.
4- morte simultânea ou comoriência – art. 8º do CC. 
1- morte real
Dissolução do vínculo conjugal – art. 1.571, I, do CC – e do regime matrimonial.
Extinção do poder familiar – art. 1.635, I, do CC; dos contratos personalíssimos – art. 607 do CC, e mandato – art. 682, II, do CC.
Cessação da obrigação de alimentos, com o falecimento do credor, pois, com a morte do devedor, a obrigação transmite-se aos herdeiros, até as forças da herança – art. 1.700 do CC. 
Extinção do usufruto – art. 1.410, I, do CC e art. 1.112, VI, do CPC. 
2- morte civil
Prisão perpétua.
Profissão religiosa.
Filho indigno – art. 1.816 do CC
Filha indigna!
 
Suzane von Richthofen é 'indigna' de receber herança, decide Justiça.
Ação de exclusão foi movida pelo irmão dela, Andreas von Richthofen. 
Suzane foi condenada em 2006 pelo assassinato dos pais em SP.
 A decisão de uma juíza da 1ª Vara da Família e Sucessões excluiu Suzane Von Richthofen, condenada em 2006 pelo assassinato dos pais Marísia e Manfred von Richtofen, do recebimento da herança deixada pelo casal. A ação foi movida pelo irmão de Suzane, Andreas von Richthofen. O resultado foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (8). Ainda cabe recurso a instâncias superiores.
 A Justiça decidiu que Suzane é indigna de receber a herança deixada por seus pais, pois foi condenada como coautora da morte de Marísia e Manfred von Richtofen. O dinheiro deixado pelo casal foi apontado como a principal motivação para o crime, ocorrido em 2002 na casa da família, na Zona Sul de São Paulo. Suzane está presa em Tremembé, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.
 A decisão da Justiça não cita o valor da herança. Suzane também foi condenada a devolver os frutos e rendimentos de qualquer bem da herança que tenha recebido antecipadamente, além do pagamento das custas e despesas processuais. “Declaro a indignidade da requerida em relação à herança deixada por seus pais, Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen, em razão do trânsito em julgado da ação penal que a condenou criminalmente pela morte de ambos os seus genitores”, diz a juíza.
 
Disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/02/suzane-richthofen-e-indigna-de-receber-heranca-decide-justica.html
3- morte presumida
Ausência é o instrumento jurídico pelo qual se protegem os interesses daquele que se afastou do seu domicílio sem deixar representante (art. 22 do CC), instituindo-se a curatela (art. 23 do CC e art. 22, parte final do CC). 
Tão logo apareça o ausente, poderá exercer todos os atos da vida civil, assumindo a direção de seus negócios. 
Não há incapacidade por ausência, mas apenas uma proteção dos interesses do desaparecido. 
Não implica o fim da personalidade, pois o regresso do ausente ao seu domicílio é reconhecido e produz efeitos – art. 39 do CC. 
A ausência é prevista nos arts. 22 a 39 do CC. 
Ausência – 3 fases: 
1- curatela do ausente: por sentença declaratória, registrada no Registro Civil.
Arts. 22 e 23 do CC – o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou MP, verificando a veracidade, arrecadará os bens do ausente (art. 1.160 do CPC) e os entregará ao curador (arts. 22 e 25 do CC – cônjuge, pais ou descendentes ou quem o juiz escolher). 
1 ano depois poderão os interessados requerer a abertura da successão provisória. 
2- sucessão provisória: arts. 26 a 31 do CC e arts. 1.163 a 1.167 do CPC. 
Ausência presumida.
A herança passa aos herdeiros – sucessores provisórios e condicionais.
3- sucessão definitiva: arts. 37 a 39 do CC. 
10 anos após o trânsito em julgado da sentença de abertura da successão provisória (art. 1.167, II, do CPC), sem que o ausente apareça, ou 5 anos do desaparecimento e o ausente contar com 80 anos de idade. 
Converte-se a successão provisória em successão definitiva – presunção da morte é relativa “juris tantum”. 
*art. 1.525, V, do CC – a presunção da morte por ausência põe fim ao vínculo conjugal – ação de dissolução do vínculo matrimonial por ausência (art. 1.571, § 1º do CC). Certidão equiparada à certidão de óbito para poder habilitar a contrair outro casamento (at. 1.525, V, do CC).
**art. 1.168 do CPC. 
Sem declaração de ausência 
 Ulysses Guimarães morreu em 12/10/1992, em acidente de helicóptero, ao largo de Angra dos Reis, Rio de Janeiro. O seu corpo foi o único, de todos os envolvidos no acidente, que nunca foi encontrado. A ele deve-se a denominação à Constituição de 1988 de “Constituição Cidadã”. 
Com declaração de ausência
4-morte simultânea ou comoriência
Art. 8º do CC.
O evento morte não precisa ocorrer na mesma localidade. 
Desimporta o fator idade dos falecidos, pois considerar-se-ão mortos na mesma ocasião. 
Art. 9º, I, do CC.
Arts. 77 a 88 da LRP. 
Dano moral, direito à imagem, direito à honra do “de cujus”. 
Art. 948 do CC. Súmulas 490 e 491 do STF. 
Presunção relativa, podendo ser elidida até mediante prova testemunhal.

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