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Teoria da Relação Juridica II

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Fatos Jurídicos
Conceito: os fatos são os mais diversos acontecimentos resultantes das ações da natureza ou da atuação humana. Tal como, uma chuva pacifica o amanhecer de um novo dia, um caminhar pelo parque, a celebração de um contrato.
Nem tudo é relevante para o direito, fazem parte do mundo jurídico apenas os fatos que mostrem alguma potencialidade de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos e obrigações. Fatos que provoquem alguma repercussão jurídica, passando a ser chamados de Fatos jurídicos.
Classificação
Fatos jurídicos em sentido amplo:
Fatos jurídicos em sentido estrito aqueles acontecimentos que se produzem independentemente de uma ação humana, provocados unicamente pela natureza. Exemplo: o nascimento, a morte, um dilúvio, a erupção vulcânica, etc.
São aqueles que ocorrem independentemente da atuação de um sujeito de direitos, e se faz que ocasione alguma repercussão no mundo jurídico.
Podem ser ordinários os episódios que se repetem diariamente, comuns à vida, como o nascimento e a morte. O extraordinário são fatos imprevisíveis, como um terremoto, uma tempestade em período inesperado, a queda de um meteorito.
Atos jurídicos eventos provocados pela atuação de um sujeito de direitos, seja ela uma ação ou uma omissão que produz efeitos jurídicos.
Ato jurídico (sentido amplo), que é aquele praticado pelo sujeito de direitos. Uma ação positiva (comissiva, um agir) ou negativa (omissiva, um não agir).
Ato jurídico em sentido estrito visa tão somente alcançar efeitos preestabelecidos pela lei. A vontade do agente fica limitada a decidir apenas e tão somente se o ato será ou não praticado, sendo que, uma vez praticado, os efeitos previamente estabelecidos pela lei certamente incidirão, sem qualquer possibilidade de alteração.
 Atos favoráveis ao direito (lícitos) ou voltam contra os seus comandos (ilícitos).
Os ilícitos podem ser considerados atos jurídicos uma vez que deles emanam efeitos jurídicos.
	
Fato jurídico em
sentido amplo
	Fato jurídico em sentido estrito (eventos naturais que independe da vontade e que modificam, extinguem, criam ou conservam direitos).
	 
 -
	
	Ato jurídico em sentido amplo (todos os atos são resultantes da atuação de um sujeito de direitos – pessoa física ou jurídica ou, dependendo do caso, de um ente despersonificado).
	Ato jurídico em sentido estrito (ou atos jurídicos meramente lícitos)
NEGOCIO JURIDICO
	
	Ato- fato jurídico (para o qual é irrelevante apenas o ato e os efeitos cominados pela lei)
	 
 -
	
	Atos ilícitos 
	 -
Ato- Fato Jurídico não importa se existiu ou não uma vontade que motivou a sua pratica. O que a norma prioriza é a ocorrência do ato em si mesmo considerado, sendo irrelevante a vontade que determinou a ação. 
“O ato-fato jurídico nada mais é do que Fato Jurídico qualificado pela atuação humana”.
Atos-Fatos Jurídicos reais referem-se aqueles atos humanos que resultam em circunstancias fáticas, geralmente irremovíveis.
Atos – fatos jurídicos indenizativos compreendem aquela hipótese que, embora o ato seja perfeitamente licito, ocasiona prejuízos a terceiros e, consequentemente, gera o dever de reparar o dano.
Atos – fatos jurídicos caducificantes a prescrição e a decadência, a perda de efeitos legais: com a decadência ( a perda do próprio direito); prescrição (pretensão de exercê-los).
Negócio Jurídico
É proveniente de uma conduta de um sujeito de direitos. A autonomia privada, com as limitações previstas em lei e resultantes de diversos princípios, é fundamental e responsável pelos efeitos jurídicos produzidos. O ato jurídico em sentido estrito a autonomia é praticamente inexistente, especialmente quanto à produção dos efeitos.
	Fatos jurídicos 
	Em sentido amplo, são os acontecimentos que tem a potencialidade de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos e obrigações.
	Fato jurídico em sentido estrito
	Acontecimentos que se produzem independentemente de uma ação humana, provocados unicamente pela natureza, capazes de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos e obrigações.
	Atos jurídicos em sentido amplo
	São aqueles eventos provocados pela atuação de um sujeito de direitos (aqui entendida também a atuação dos entes despersonificados), seja ela uma ação ou uma omissão que produza efeitos jurídicos.
	Ato-fato jurídico
	Decorrente de uma ação humana positiva ou negativa ao qual a lei atribui efeitos. Para esta modalidade, porem, pouco importa se existiu ou não uma vontade que motivou a sua pratica. O que a norma prioriza é a ocorrência do ato em si mesmo considerado, sendo irrelevante a vontade que determinou a ação. É uma espécie peculiar que fica situada entre os fatos jurídicos em sentido estrito e os atos jurídicos.
	Ato jurídico em sentido estrito
	Caracteriza-se por uma manifestação de vontade que visa tão somente alcançar efeitos preestabelecidos pela lei.
	Negocio Jurídico
	É a manifestação de vontade direcionada a produzir efeitos jurídicos favoráveis aos interesses do sujeito que o pratica. Tem como finalidade a aquisição, modificação, transferência ou extinção dos direitos.
Negocio Jurídico
É a manifestação de vontade direcionada a produzir efeitos jurídicos favoráveis aos interesses do sujeito que o pratica.
“trata-se de uma declaração de vontade que não apenas constitui um ato livre, mas pela qual o declarante procura uma relação jurídica entre as varias possibilidades que oferece o universo jurídico”.
O negocio jurídico guarda essência eminentemente negocial, sendo o contrato o seu maior exemplo.
Classificação do Negocio Jurídico
Quanto ao numero de partes
Unilateral manifestação de vontade de uma única parte. Será chamado não recepticio quando desnecessária for à aceitação de outra pessoa para que passe produzir efeitos. Ex.: Testamento.
Recepticio quando a ciência da parte contraria for essencial ao ato, como a resilição de um contrato.
Bilateral quando duas partes manifestarem suas vontades coincidentes e harmônicas sobre o mesmo objeto. Ex.:Contratos.
NJ bilateral se subdivide em: simples quando atribui efeitos obrigacionais a apenas uma das partes. Ex.: contrato de doação. Sinalagmágticos, quando os direitos e obrigações são reciprocamente atribuídos a ambas as partes. Ex.: Contrato de compra e venda.
Plurilaterais são aqueles constituídos por mais de duas partes manifestantes de vontades que se voltam a uma finalidade comum sobre um mesmo objeto. Ex.: Contratos de constituição de sociedade.
Quanto aos efeitos patrimoniais
São gratuitos aqueles que apenas uma das partes recebe um beneficio patrimonial, como doação pura. Oneroso se trouxer as partes reflexos patrimoniais positivos e negativos, como na compra e venda.
Os negócios onerosos subdividem-se em aleatórios os negócios jurídicos cujos efeitos ficam subordinados a eventos incertos ou imprevistos no momento de sua formação. Ex.: contrato de jogo e aposta. Comutativo a correspondência entre as obrigações, de forma que ambas as partes aufiram vantagens e desvantagens patrimoniais, NJ bilateral.
Quanto à forma
Solenes ou formais os negócios jurídicos em que a lei exige forma especifica para a sua validade, como é o caso da venda de imóvel de valor superior ao mínimo legal, que só terá validade se feita por escritura publica. Não formais ou de forma livre são aqueles que as partes têm certa liberdade para escolher a forma que revestira o negocio celebrado.
Quanto ao momento de produção de efeitos
Inter vivos o negocio jurídico praticado com a finalidade de produzir efeitos enquanto as partes ainda estiveram em vida. Mortis causa os atos que visam disciplinar o patrimônio da pessoa produzindo efeitos pós a sua morte.
Planos do Negócio Jurídico
Planos de existência: são elementos essenciais agente, manifestação de vontade, objeto e forma.
Agente é a pessoa física ou jurídica. É um dos elementos essenciais de existência do negocio jurídico, a sua conduta é essencialpara a constituição de um ato jurídico, do qual o negocio jurídico é espécie. É a vontade manifestada, porem sem a presença do agente não se fala em negocio jurídico, mas de mero fato jurídico.
Manifestação de vontade, para a composição do NJ é preciso que haja uma vontade exteriorizada, ou seja, manifestada pelo agente. A manifestação da vontade do agente deixa de representar apenas uma atividade psíquica e se torna juridicamente relevante, apta a integrar o NJ. Na ausência implica na inexistência do NJ.
Expressa a manifestação de vontade claramente perceptível. A tacita quando a vontade é externada por um comportamento do agente. Presumida nas vezes que a própria lei se encarregar de estabelecer uma vontade para determinados comportamentos.
No silencio pura e simplesmente não traz consigo nenhuma manifestação de vontade, pois nada tem a declarar.
Objeto é sobre o objeto que incude o interesse das partes. Os negócios jurídicos são realizados justamente para criar, modificar ou extinguir direitos e obrigações entre as partes sobre um referido objeto de interesse comum.
Forma nenhuma forma é exigida pelo direito para a consolidação dos negócios jurídicos em geral, ficando as partes livres para convencionarem a forma que darão ao ato, seja ela oral ou escrita.
Plano de validade: não basta apenas existir para que o NJ produza os efeitos para os quais foi celebrado.
No art. 104. “A validade do nj requer: I- agente capaz; II – objeto licito possível, determinado ou determinável; III – forma prescrita ou não defesa em lei”.
Ausentes os requisitos de validade o Negocio jurídico é considerado invalido (nulo ou anulável), ficando prejudicada a produção de efeitos.
Capacidade do Agente todos os sujeitos de direitos tem capacidade de direito, mas nem todos tem a capacidade de exercício (capacidade de praticar atos para o efetivo exercício de direitos assegurados). Incapazes necessitam de assistência se relativa, ou se absoluta com a representação.
A legitimação representa, portanto, algumas qualificações especificas que a lei impõe ao agente para que o negocio seja valido.
Manifestação da Vontade livre deve ela ser externada e analisada em consonância com a boa – fé objetiva, a função social, o equilíbrio e a cooperação. A vontade deve ser livre e esclarecida, sob pena de viciar o negocio jurídico.
Objeto lícito, possível, determinado ou determinável
Objeto jurídico é uma conduta humana pela qual a parte se obriga a uma prestação de dar, fazer ou não fazer. Já o objeto material são bens ou qualquer outra significância patrimonial sobre os quais incidirão os efeitos do negocio jurídico
É lícito o objeto que não atenta contra a lei, a moral ou os bons costumes. 
Além de licito o objeto deve ser possível
Invalido será o negocio jurídico que tiver por objeto a venda de uma propriedade imóvel situada em marte. A impossibilidade do objeto capaz de invalidar o negocia jurídico pode ser física ou jurídica.
Impossibilidade física é aquela que resulta das próprias leis naturais a que estamos sub, etidos.
Impossibilidade jurídica decorre quando a lei veda expressamente determinada objetos, como, por exemplo, a contratação que tenha por objeto a herança de pessoa viva (art.426). A impossibilidade só invalidara o negocio jurídico se for absoluta. Se for relativa, é possível que um terceiro execute a prestação. Relativamente impossível no momento da celebração do negocio, mas passe a ser possível ao tempo que a prestação torna-se exigível.
Plano de eficácia a produção de efeitos demonstra que o negocio esta atendendo ao fim para o qual fora celebrado, ou seja, ele é eficaz.
Condição
As condições caracterizam-se pela incerteza (possibilidade de ocorrerem ou não) e pela futuridade (apenas eventos que estão por vir podem ser impostos com condição). As condições podem decorrer exclusivamente da vontade das partes, já que se previstas em lei não seriam propriamente condições, mas sim requisitos do negocio jurídico.
Condição é um elemento acessório se analisada pela possibilidade do ato aperfeiçoar-se sem a sua presença. Os negócios que envolvem direitos de família e direitos personalíssimos, pela sua própria natureza, não podem ser condicionados.
Condição suspensiva (art.125) a produção de efeitos do negocio jurídico até que sobrevenha o acontecimento predeterminado pelas partes, paralisando, impossibilitando de produzir seus efeitos até o implemento da condição.
Condição resolutiva (art. 127, 128) o Negocio nasce surtindo efeitos naturalmente, mas deixa de produzi-los no momento que a condição ocorrer, ou seja, NJ vigorara enquanto a condição resolutiva não se implementar.
Podem ser ilícitas se tornam ineficazes
Condição física ou juridicamente impossível é aquela que nenhuma pessoa seria capaz de realiza-la, como, por exemplo, atravessar o oceano a nado em uma hora. Se suspensiva a condição, a previsão resultará na invalidade do NJ. Se resolutiva será considerada inexistente.
Se perplexa a condição incompreensível ou contraditória, sua presença impediria que o NJ atingisse quaisquer efeitos.
Puramente potestativa é a condição sujeito ao exclusivo arbítrio de uma das partes. Não pode confundi-la com a simplesmente potestativa.
Simplesmente potestativa a vontade de uma das partes é relevante, mas não determinante. Sendo elas licitas. Assim, quando houver malicia da parte para impedir o implemento da condição que não lhe é proveitosa, reputar-se-à já verificada a condição, ou seja, antecipa-se a sua ocorrência.
Termo
O tempo é outro fator que pode ser invocado para alterar o curso normal da eficácia do negocio jurídico.
O termo é evento futuro e certo.
Termo inicial apenas suspende o momento para se exigir os efeitos decorrentes do negocio jurídico, uma vez que os direitos já existem desde a celebração do negocio jurídico valido.
A condição e termo tem em comum a capacidade de suspender o exercício do direito
	Condição
	Termo
	É evento futuro e incerto
	É evento futuro e certo
	Suspende o exercício e a aquisição de direitos. Portanto, gera expectativa de direitos.
	Suspende apenas o exercício do direito (que são adquiridos logo na celebração do negocio jurídico valido)
Encargo 
Encargo ou modo é uma limitação que pode ser imposta pela parte dos atos não onerosos, sendo comumente utilizados nos atos unilaterais de vontade.
O encargo em nada interfere no momento de aquisição ou de exercício dos direitos ocorrem com a conclusão do NJ
Não se confunde com a condição suspensiva, já que nesta, tanto a aquisição quanto o exercício do direito ficam suspensos.
A condição resolutiva o implemento desde acarreta a extinção dos efeitos dos negócios jurídicos, no encargo do negocio jurídico serão sempre operantes, embora com certa limitação.
O encargo não suspende a aquisição o exercício de direitos, salvo quando a parte o fixar como condição suspensiva.
O descumprimento do encargo não gera a invalidade do negocio jurídico, mas traz a possibilidade do instituidor ou seus herdeiros revogar a liberalidade concedida ou promover a execução do encargo.
Necessita ser licito e possível 
Se o encargo for o motivo determinante da liberalidade sua ilicitude ou impossibilidade de execução contaminará todo o NJ, tornando-o invalido (art.137).

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