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1 CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS BREVE RELATO SOBRE OS FUNDAMENTOS DO DIREITO DIRÇO GUIDI DORIVANE MAIA EDER CASTILHO ERICA CRISTINA JUSSARA MIRANDA SIMONE MAIA MANAUS/AM – SET-2015 2 FACULDADE SALESIANA DOM BOSCO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DIRÇO GUIDI DORIVANE MAIA EDER CASTILHO ERICA CRISTINA JUSSARA MIRANDA SIMONE MAIA BREVE RELATO SOBRE OS FUNDAMENTOS DO DIREITO Atividade acadêmica para obtenção de nota parcial da disciplina de Instituições de Direito Público e Privado, 1º período, turma C1A, do curso Ciências Contábeis da Faculdade Salesiana Dom Bosco, sob orientação do professor: MSc, Walter M. Calvente. MANAUS/AM – SET-2015 3 SUMÁRIO Introdução .................................................................................................. 04 1. Conceitos ................................................................................................... 05 2. A ideia do direito natural ............................................................................ 06 3. O positivismo jurídico ................................................................................. 07 4. O paralelo entre direito e moral .................................................................. 09 5. Considerações finais .................................................................................. 11 Referências bibliográficas .......................................................................... 12 4 Introdução O estudo a seguir apresentado vem descrever em tópicos o conceito, a ideia do direito natural, o positivismo jurídico e o paralelo entre direito e moral dentro do tema de breve relato sobre os fundamentos do direito. Neste relato nós discentes trataremos como pequena, mas importante abordagem, para o aprofundamento nessa ciência do direito como um todo, através das leituras técnicas, pesquisas e a incansável busca do conhecimento, traremos dentro de conceito filosofias e definições que nós levaremos a um conceito próprio do que é direito, em ideia do direito natural, convidamos ao entendimento do indivíduo e evoluindo para a sociedade. Assim, deparamos em sequência com o positivismo jurídico, que interpreta a normatização de leis através dos tempos organizando e disciplinando a ciência do direito, no positivismo temos uma visão que o Direito evolui do natural para o positivo, finalizando esse relato com uma abordagem entre o paralelo de direito e moral. Contudo será assim o início de um descobrimento desta ciência que é abrangente em vários e diversos níveis, seja individual, social, ordenada ou desordenada, se façam curiosos a continuarem essa exploração do direito. 5 1. Conceitos Direito, como podemos defini-lo? Deveria ser uma tarefa fácil fazer essa definição, porém, o conceito de direito nos remete as várias definições e pensamentos divergentes, nunca houve e nunca haverá uma definição única e concreta do que é direito, nem mesmo nos manuais ou livros de direito as definições são as mesmas. O direito faz parte do sentido questionado, disputado por pessoas filosóficas (procura de conhecimento); por isso têm sido um conceito de mutações, até porque provém da condição humana. A evolução de conhecimentos, adequando- se a sociedade como um todo, nada mais é, a busca pelo direito, sendo assim entender os interesses de todos. Com o passar do tempo e com a evolução da civilização, o homem compreende que o direito vai muito além de suas expectativas e passa estuda-lo como ciência, que estuda o fato em complemento ao fundamento de Direito, que por sua vez, estuda as motivações que levou o indivíduo a realizar o fato. Desde os primórdios, o homem sobrevivia com a hipótese de que o Direito era apenas lei e ordem, sem ter a consciência do seu verdadeiro valor e potencial. Então surgem as grandes discussões, que vem aos longos dos tempos, de que constitui o direito? Se adaptar as novas realidades. Do certo ou errado, de quem têm direito ou não. Estabelecer regras na sociedade, aí está o direito; nas obrigações entre pessoas e ao resolver conflitos. O direito vive assim, um conjunto de normas e condutas estabelecidas para organizar a sociedade e cada indivíduo, com a intervenção do poder público (isto é, sanção – no mundo moderno, ou estado impõe). É, pois a natureza da norma de direito uma ameaça, pelo seu não cumprimento, com objetivo de atender os interesses gerais. A Permissão concedida por meio de normas Jurídicas, são as permissões legais dadas por meio de normas Jurídicas. E dela que vem todos os direitos subjetivos do ser humano. O justo segundo o direito é objetivamente o que é justo dentro da lei, ou seja, é justiça, conformidade, adequação, enfim, dar o merecido. Contudo, o Direito independente da forma, existia na sociedade proporcionando a ordem entre os 6 homens, porém, o estudo como ciência capacitou cada um de nós a compreender o motivo de cumprir as leis, e não simplesmente como ordem imposta. O segredo do Direito está na natureza humana, nos princípios da humanidade e convivência ordenada, pois nenhuma sociedade pode existir sem o mínimo de ordem, o Direito está constantemente se atualizando para adaptar-se a novas realidades. Direito é uma palavra analógica, que vem influenciando as civilizações nas tomadas de decisões, na história do mundo, o direito sempre esteve presente no dia- a-dia dos cidadãos, e continua com essa presença. O Imperativo Autorizante se consiste nas normas jurídicas, que por sua vez autoriza o cumprimento de que ela ordena, ou seja, a aplicação de penas para reparar os males causados pela violação (crime). 2. A ideia do Direito Natural. O direito natural são as normas de origem, que já nascem com o ser humano, ou seja, são as leis naturais que orientam o comportamento humano, os direitos fundamentais. Nesse direito também podemos afirmar que o indivíduo deve seguir uma norma, que provem da normalidade moral, observando que dentro de uma organização não moral, também existem normas, que são normais aos malfeitores. Sendo que, temos normas justas, que levam às regras, como podemos exemplificar uma tabua é justa, um vestido ajustado é justo. Uma norma jurídica natural vale simplesmente porque existe, pois, é condição indispensável para nossa humanidade. No direito natural as normas são de conhecimento com base na moral e no bom senso. O termo natural nos remete a duas ideias: 1º Imutabilidade (o que não se muda, não se altera); 2º Natural (Que sugere a ideia de perfeição). Direito natural surge com a ideia de apresentar normas que são estáveis e sugerem que tenhamos que nos adequar ao comportamento de todos os seres da natureza. 7 Direito natural sempre influenciou na tomada de decisões. Historicamente esteve sempre presente no dia a dia das pessoas, como também nos dias atuais. O direito natural deriva de algo imaterial ou divino. Será respeitada independente situação geográfica ou posição interior. Sendo assim não visa apenas o interesse de um indivíduo, tem um pensamento amplo, abrangendo a sociedade. DIMOULIS, Dimitri (2007 p. 145) esclarece que “O direito natural se apresenta como a melhor forma de direito, ele assegura a perfeita ordem e harmonia. ” A ideia do Direito natural é distinta do Direito Positivo, pois o Direito Natural é igual para todos os homens, independente da civilização, raça, origeme etc.. Enquanto o Direito Positivo leva em consideração a civilização e o tempo, o Direito Natural é aquele que já nasce com o homem independente de regramentos. É o conjunto de princípios dotados de uma natureza e um fim. Os principais são: o Direito a vida, a liberdade, a vida social, a igualdade, a prole, oportunidades entre outros. A transcendente, tem por sua influência a ideia de lei natural, além de razão humana mais também da razão divina, onde não há recursos flexíveis. A transcendental tem por princípio as influencias históricas, é a mais aceita em meio aos juristas. 3. O positivismo jurídico Este artigo não pretende desenvolver um tratado sobre as teorias filosóficas delineadoras do Positivismo Jurídico. Para falarmos sobre positivismo é necessário que saibamos o que é o Direito natural e Direito Positivo. Direito natural é aquele que já nasce com o homem e vem da natureza. Direito positivo é o conjunto daquelas leis que se fundam apenas na vontade declarada do legislador. Vale salientar que tanto o Direito Natural como o Direito Positivo eram considerados direito na mesma concepção do termo. A doutrina Positivista tem como fundamento básico seu apego ao formalismo legal, sendo a norma jurídica o eixo de sustentação do Direito. Se considerarmos o Direito como um conjunto de normas de conduta, veremos que antes era visto com uma característica dualista levando em 8 consideração os dois tipos de Direito o natural e o positivo, que depois de certo tempo ficou apenas com a concepção Positiva, uma característica monista. Difere basicamente do direito natural, é o conjunto de normas estabelecidas pelo poder político (através das leis), para a sociedade como um todo, que se impõem e regulam a vida social de um povo. Antes de ser usado somente um Direito para a tomada de decisões, era levado em consideração os costumes daquela sociedade. Com a evolução do Estado Moderno criou-se um órgão responsável com base em um único Direito, o Direito Positivo, podemos verificar que o Direito Natural parte da moral e dos princípios de cada indivíduo. Nessas palavras ficam evidenciadas duas características do positivismo jurídico: o Formalismo, que se define em espontaneidade, no caso o Direito Natural, os princípios e a moral e o Imperialismo que se distingue por sua capacidade de impor normas e regras para seus súditos. Os positivistas estreitam o campo de abordagem do Direito, limitando-se à análise do Direito Positivo. O Direito é a lei; seus destinatários e aplicadores devem exercitá-la sem questionamento ético ou ideológico. Para eles não existe o problema da validade das leis injustas, pois o valor não é objeto da pesquisa jurídica. Quanto à justiça, consideram apenas a legal, mesmo porque não existiria a chamada justiça absoluta. Esse processo histórico termina com a era da codificação no final do século XVIII e início do século XIX, dando oportunidade para o surgimento do Positivismo Jurídico. O poder absoluto dado ao legislador, apresenta duas características: o absolutista e o liberal: absolutista, dá pleno poderes ao legislador, sem intervenção de terceiros e liberal, protege o cidadão de possíveis procedimentos abusivos do Estado. Constitui-se na França e com influência em outros países a Escola Exegese, que tinha como princípio um direito baseado no Código Civil, muito criticado, porém lançou novas bases do Direito Contemporâneo, influenciando à clarificação dos conceitos, disciplinar os institutos jurídicos e sistematização lógica, como crítica a redução do Direito a lei. 9 O que era necessário agora era proteger o cidadão dos abusos do poder legislativo, o que marcou a passagem de um Estado Liberal para um Estado Democrático. Contudo no final do século XIX, trouxe de volta a ideia do Direito Natural como sendo um conjunto de princípios indispensáveis ao respeito e dignidade Humana. O direito positivo é o responsável pelas leis, regras e condutas que buscam o bem-estar social. Tende de observar fenômenos, assim formula hipóteses, fazendo acontecer. Torna – se mutável, pelo fato de ser criado por decisões voluntárias. Esse Direito foi integrado ao Direito Positivo para que se tornasse justo, quando o positivismo não consegue resolver através do Positivo, surge então uma teoria resgatada do Direito Natural. 4. O paralelo entre direito e moral. Tanto o direito quanto a moral apresentam-se como sistema de normas de conduta humana, mas que apresentam diferenças. O Direito Positivo representaria uma espécie de direito “artificial”. A moral tem como conceito de bem, que pode ser entendido como tudo aquilo que promove e desenvolve o ser humano. Nem tudo e que é moral e jurídico. Ex.: dar preferência aos mais velhos. Da mesma forma nem tudo que é jurídico é moral. Ex.: o direito garante igualdade na partilha da herança, mesmo que um dos herdeiros jamais tenha respeitado aos pais. Há também regras jurídicas que são indiferentes à moral: é o que se passa com grande parte das regras de trânsito. Para definirmos direito e moral é necessário que tenhamos uma opinião formada sobre direito, também é imprescindível conhecer o que é moral, só assim será possível relacionar direito e moral. 10 A palavra moral surgiu do Latim “MORES = modo de comportamento, costumes”. O moral baseia-se em exercer sua prática, de princípios, éticas, certos ou errados. A moral é composta por regras e isso é aceito por todos os pensadores, porém, cada um tem seu próprio princípio, alguns acreditam que a moral e provem da vontade de Deus, outros fazem menção a necessidade do convívio social e ainda existem as mais variadas definições sobre moral. A moral nos instiga a fazer o bem e evitar a prática do mal assim como o direito. Direito é se manifestar mediante as regras, que define condutas e forma de agir, o direito busca estabelecer regras. Contudo podemos interligar moral e direito por conta de suas semelhanças, pois ambos apresentam regras de condutas a serem cumpridas e o não cumprimento, acarretará em possíveis sanções. Os dois andam juntos, para manter um controle social eles não se excluem mais se completam cada qual com um objetivo. Segundo a Teoria do Mínimo Ético, o Direito é representado pela Moral, declarando o que é obrigatório para que sociedade viva em paz social. A ética a ser realizada de forma espontânea pode resultar em violações, que o direito tenta minimizar. Portanto o Direito é algo diferente da Moral, mas faz parte dela para garantir ética em meio a sociedade. O Direito deveria ter como base a Moral, mais nem sempre isso acontece, em alguns casos é o imoral que representa o Direito. O Direito é a ordenação coercível, heterônoma da conduta humana. (DIALE,2005, p.49) Assim sendo, a ordenação impõe regras sobre a sociedade. A moral é incoercível e autônoma. O Direito e a Moral possuem bilateralidade atributiva, pois se trata de uma regra, uma lei que é imposta mais não é cobrada, deve ser executada de forma espontânea. 11 Considerações finais Após nossos relatos somos remedidos aprofundar cada vez mais nesta ciência, sabendo que o conceito vem dos primórdios da humanidade, somos encaminhados a descoberta do que é o direito, ele era visto somente como ordem imposta, que o ser humano necessitava do Direito para que pudesse se organizar e evoluir. Exploramos como indivíduos suas definições, conclusivamente sabemos que temos apenas um relato do todo. Através do direito natural visamos o comportamento das normas morais e éticas, o natural é aquele direito que já nasce com o ser humano quevem da natureza, nossos princípios e costumes, adquirimos o conhecimento para interpretar que o direito natural se torna jurídico com evolução, sempre influenciando as decisões da sociedade. Entendemos que o positivismo jurídico, é um conceito de união desses dois direitos, o direito natural e o direito positivo que passa por inúmeras transformações com a evolução, após a criação do Estado Moderno ele toma forma como leis e normas. No paralelo entre Direito e Moral verificamos os andam lado a lado mais tem suas diferenças cruciais para entendimento de ambos. Neste ensejo fica o convite a nossos colegas discentes a criarem, a divagarem por este vasto assunto que é o Direito, não deixamos aqui um mero convite e sim um compromisso para analises posteriores. 12 REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TELLES JUNIOR, Goffredo. Iniciação na Ciência do Direito. 3ª ed., São Paulo, Saraiva, 2006. DIMOULIS, Dimitri. Manual de Introdução ao estudo do direito. 5ª ed., São Paulo, REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27ª Ed. São Paulo, Saraiva, 2009 VICENZI, Marina Bordin. Direito natural ao positivismo, Porto Alegre, RS, 21 p. Slides
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