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Cessação das Incapacidades

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Cessação das incapacidades 
As incapacidades cessam ao desaparecerem os motivos que a determinaram. Vejamos cada 
um dos casos mais importantes. 
1- Maioridade 
A maioridade, segundo o atual Código Civil, começa aos 18 anos. Leva-se em conta apenas a 
idade, mesmo nos casos de maturidade precoce. Sob a égide do Código de 1916, iniciava-se a 
maioridade civil apenas com 21 anos. 
2- Emancipação 
A incapacidade pode cessar, também, pela emancipação 
Conceito de emancipação: é a aquisição da capacidade civil antes da idade legal. 
É, assim, na prática, nada mais do que uma antecipação da maioridade. 
Decorre ou da concessão dos pais, ou da sentença do juiz, ou de determinados atos 
enunciados na lei. 
Tipos de emancipação: Voluntária X judicial X legal. 
Voluntária: É a concedida pelos pais, se o menor tiver 16 anos completos. 
Judicial: é deferida por sentença, ouvido o tutor, em favor do tutelado que já completou 16 
anos. 
Legal: decorre de determinados fatos previstos na lei. 
2.1 Emancipação voluntária 
Decorre de ato unilateral dos pais, que devem, necessariamente, estar investidos do poder 
familiar. Se o menor estiver sob tutela, deverá a emancipação ser judicial. 
Deve ser feita por ambos os pais, ou por um deles na falta do outro (casos em que um dos pais 
tenha falecido ou sido destituído do poder familiar). 
E se um concordar com a emancipação e o outro não? Nesse caso, a divergência deve ser 
dirimida pelo juiz. Mas a concessão continua sendo dos pais, tendo, pois, natureza voluntária. 
Nada obstante conserve essa natureza voluntária, parte da doutrina entende que, nesse caso, 
tratar-se-ia de emancipação judicial. 
Forma da emancipação voluntária: instrumento público, independente de homologação 
judicial. 
IMPORTANTE: emancipação voluntária não isenta os pais da obrigação de indenizar vítimas de 
atos ilícitos causados pelos filhos, para evitar emancipações maliciosas. Jurisprudência do STF. 
Emancipação voluntária pode ser anulada se comprovado que foi praticada com fito de 
exoneração de obrigação de alimentar. 
A emancipação voluntária irrevogável. Não podem os pais, portanto, se arrependerem da 
concessão. Mas isso não se confunde com eventual invalidade do ato, situação em que não se 
tratará de revogação, mas sim, com o perdão da repetição, de invalidade. 
Deve ser registrada em livro próprio do 1º Ofício do Registro Civil da Comarca do domicílio do 
menor. Antes do registro, não produz efeito. 
2.2 Emancipação judicial 
Única hipótese: menor sob tutela, já com 16 anos. 
Objetivo: evitar que o tutor emancipe o tutelado com o simples objetivo de se ver livre de seu 
dever. Só pode ser concedida em consideração a interesse do menor. 
Deve ser registrada em livro próprio do 1º Ofício do Registro Civil da Comarca do domicílio do 
menor, o qual deve ser comunicado, de ofício, pelo Juiz. Antes do registro, não produz efeito. 
2.3 Emancipação legal 
Decorre de determinados atos: 
a) casamento (cuja idade mínima é de 16 anos, salvo no caso da menor que engravida e se 
casa com menos de 16 – art. 1520 do CC2002) – casamento denota maturidade; 
b) exercício de emprego público efetivo – situação que já denota maturidade; 
c) relação de emprego, com economia própria – situação igualmente denotadora de 
maturidade; 
d) estabelecimento civil ou comercial, com economia própria – também denota maturidade; 
e) colação de grau em curso de nível superior – denota, igualmente, maturidade; 
Não depende de registro e produz efeitos desde logo.

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