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DISCIPLINA: CONTROLE ANALÓGICO E DIGITAL Professor: Luciano Bonato Baldissera lucianobonato@bol.com.br CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - EGE AULA 16 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS E A TRANFORMADA Z CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - EGE 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 INTRODUÇÃO Atualmente têm-se modernas teorias de controle para sistemas contínuos no tempo, as quais foram suficientes para provocar uma revolução nos processos industriais. Aliado a isto, os microcomputadores e microcontroladores possibilitaram a criação de sistemas de controle mais precisos que os controladores analógicos. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 4 INTRODUÇÃO Entretanto, a migração dos sistemas contínuos para os sistemas discretos (analógicos para digitais) restringiu a velocidade de operação dos sistemas de controle. Estas restrições estão sendo melhoradas com a evolução dos microcomputadores, o que está possibilitando cada vez mais que os projetistas de controladores digitais cheguem mais próximos de sistemas com desempenhos considerados ideais, possibilitando aplicações de alto nível. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 5 INTRODUÇÃO O controle de sistemas físicos através de microcomputadores, micro controladores ou DSP’s está se tornando cada vez mais comum, pois possibilita a obtenção de desempenhos extremamente satisfatórios. A aplicação do controle computadorizado possibilita a otimização de inúmeros sistemas de controle, sendo encontrado em carros, aviões, trens, sistemas industriais, equipamentos eletroeletrônicos domésticos etc. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 6 INTRODUÇÃO https://www.youtube.com/watch?v=Jky9I1ihAkg https://www.youtube.com/watch?v=fZviogggh5M 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 7 INTRODUÇÃO • Os microcontroladores e os DSP’s por exemplo, possibilitam a automação industrial em altos estágios (controle de manufatura), como também, em estágios mais baixos a nível de chão de fábrica (controle de conversores de frequência, acionamento de máquinas elétricas, sistemas de controle de movimento etc.). 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 8 INTRODUÇÃO Mesmo apesar de o controle microprocessado ou computadorizado utilizar para operação geralmente sinais analógicos oriundos de sensores e transdutores e técnicas de controle analógico já estudadas, o processamento por estes elementos e a ação de controle é efetuada de modo digital. Com isto, dizemos que processamento dos sinais e as ações de controle são baseadas em controle digital. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 9 INTRODUÇÃO O controle digital baseia-se em um sistema discreto, onde a transformada de Laplace é substituída por uma transformada Z. Entretanto, para se utilizar sistemas de controle digitais torna-se necessário o uso de técnicas específicas para o controle digital, mesmo apesar dos sistemas basearem-se na maioria das teorias de controle analógico. Outro quesito é que como os controladores possuem precisão finita, cuidados extras são necessários para assegurar o correto funcionamento dos conversores e não gerar efeitos indesejados ou não planejados. 19/11/2021 1 0 VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS CONTROLADORES DIGITAIS Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 1 1 VANTAGENS DOS CONTROLADORES DIGITAIS • Alta flexibilidade para alterar o projeto do controlador, alternando somente o software. • Capacidade de tomada de decisão. • Possibilidade de realizar um volume maior de cálculos. • Possibilidade de implementação de controladores mais sofisticados, com a regulação adaptativa, e melhores do que controles analógicos similares. • Possibilidade de inicialização e ajustes automáticos 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 1 2 DESVANTAGENS DOS CONTROLADORES DIGITAIS • Processamento lento – a implementação de uma função em microcomputador é mais lenta do que um controle efetuado com hardware analógico/digital dedicado. • Erro de quantização – a conversão de sinais (Analógico/Digital) gera erros de quantização. • Dificuldade de acesso aos sinais de software – os microcomputadores não possibilitam um acesso fácil aos sinais de software para monitoramento. 19/11/2021 1 3 PRINCIPAIS CONCEITOS RELACIONADOS A SISTEMAS DE CONTROLE DIGITAIS Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 1 4 PRINCIPAIS CONCEITOS Controladores contínuos (analógicos) São construídos usando componentes eletrônicos analógicos tais como, resistores, capacitores e amplificadores operacionais. Controladores discretos (digitais) Utilizam computadores digitais, usualmente mP, mC ou DSPs como hardware de I/O necessário para implementar os controladores. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 1 5 PRINCIPAIS CONCEITOS Conversão A/D – é a conversão de um sinal analógico contínuo no tempo em um sinal digital composto por um conjunto de bits. Conversão D/A – é a conversão de um sinal composto por um conjunto de bits (digital) em um sinal contínuo no tempo (analógico). Amostragem – é a transformação de um sinal contínuo no tempo em um sinal discreto. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 1 6 PRINCIPAIS CONCEITOS Período de amostragem – é o tempo em que as variáveis são medidas e chegam ao computador. Sistemas de controle digital, algumas vezes, tem períodos de amostragem que variam ou então diferentes períodos de amostragem para diferentes caminhos de realimentação; Robustez – um sistema que tem boa rejeição a distúrbios e baixa sensibilidade paramétrica é dito robusto; Interrupção – usualmente existe um relógio como parte do computador que fornece um pulso de T segundos. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 1 7 PRINCIPAIS CONCEITOS Resposta satisfatória – quando a saída da planta y(t) é forçada a seguir a entrada de referência apesar de distúrbios na planta [w(t)] e/ou ruídos no sensor [v(t)] e/ou mudança nos parâmetros de planta (regulação); Rejeição a distúrbios – é dito de um sistema que tem boa regulação na presença de sinais de distúrbio; Baixa sensibilidade paramétrica – é dito de um sistema que tem boa regulação mesmo frente a alterações paramétricas de planta. 19/11/2021 1 8 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 1 9 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS • Um sinal contínuo no tempo é um sinal definido sobre uma faixa de tempo contínuo. • Um sinal analógico é um caso especial de um sinal contínuo no tempo. • A amplitude pode assumir uma faixa contínua de valores ou pode assumir somente um número finito de valores distintos. • Neste caso, é possível a amostragem destes sinais. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 0 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS • Todos os sistemas digitais operam em termos de “amostragem” da saída medida da planta, ao contrário de medir um sinal contínuo; • A dinâmica representada pelo controlador é implementada por equações algébricas recursivas denominadas equações diferença; • Um sistema é dito recursivo quando sua saída y(n) no instante n depende dos últimos valores de saída, tais como: y(n-1), y(n-2),... 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 1 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS - QUANTIZAÇÃO • Quantização – processo de representação de uma variável por um conjunto de valores distintos. • Os valores distintos resultantes são chamados valores quantizados; • A saída do A/D pode ser armazenada na forma lógica digital consta de um número finito de dígitos(comumente lógica binária). 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 2 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS • Sinal em tempo discreto – sinal definido somente em instantes discretos do tempo. • Sinal de dados amostrados - em um sinal discreto, se a amplitude pode assumir uma faixa contínua de valores, então o sinal é chamado sinal de dados amostrados; • Um sinal amostrado - pode ser gerado amostrando um sinal analógico em instantes discretos de tempo; • Sinal digital - é um sinal discreto no tempo com amplitude quantizada; 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 3 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS O processo de digitalização de sinais envolve a captura do sinal analógico, a amostragem, a quantização e por fim, a geração do sinal digitalizado. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 4 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS Processo de amostragem de um sinal analógico: 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 5 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS Sistemas discretos Sistemas de controle discretos no tempo, são sistemas de controle nos quais uma ou mais variáveis podem mudar somente a instantes discretos de tempo (kT ou tk (k=0,1,2...), tempo no qual alguma medição física é realizada ou a memória de um computador é lida; Sistemas de dados amostrados: Tem ambos os sinais, discretos e contínuos e comumente é importante estar habilitado para calcular a resposta contínua no tempo. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 6 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS Os sistemas de controle em tempo discreto são, comumente, lineares e invariantes no tempo. Um sistema é dito invariante no tempo, ou estacionário, se uma variação (shift) na entrada resulta em somente uma variação na saída. Um sistema é dito linear se neste sistema é possível a aplicação do princípio da superposição. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 7 PROCESSO DE DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS Para digitalizar um sinal analógico, são necessárias no mínimo quatro etapas: 1) Filtragem anti-aliasing 2) Amostragem 3) Quantização 4) Codificação 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 8 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS - NYQUIST Segundo o Teorema de Nyquist, a frequência de amostragem de um sinal analógico, para que este possa posteriormente ser reconstituído com o mínimo de perda de informação, deve ser igual ou maior a duas vezes a maior frequência do espectro desse sinal. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 2 9 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS - NYQUIST A figura abaixo mostra um sinal senoidal sendo amostrado com taxas próximas ao limite de Nyquist. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 0 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS - AMOSTRAGEM • Nenhum sinal digital pode apresentar componentes com frequências acima de fs/2. (Teorema de Nyquist) • Se o sinal analógico a ser digitalizado tiver componentes acima de fs/2, estas devem ser eliminadas antes da amostragem. • Se isto não for feito, ocorre o efeito de aliasing, que consiste na transposição dos sinais de alta frequência para a região compreendida entre 0 e fs/2, causando distorção do sinal. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 1 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS - ALIASING 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 2 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – FILTRAGEM ANTI ALIASING Conforme o Teorema de Nyquist, a quantidade de amostras por unidade de tempo de um sinal, chamada taxa ou frequência de amostragem, deve ser maior que o dobro da maior frequência contida no sinal a ser amostrado, para que possa ser reproduzido integralmente sem erro de aliasing. A metade da frequência de amostragem é chamada frequência de Nyquist e corresponde ao limite máximo de frequência do sinal que pode ser reproduzido. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 3 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – FILTRAGEM ANTI ALIASING Como não é possível garantir que o sinal não contenha sinais acima deste limite (distorções, interferências, ruídos, etc...), é necessário filtrar o sinal com um filtro passa baixas com frequência de corte igual (ou menor) a frequência de Nyquist, ou filtro anti-aliasing. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 4 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – QUANTIZAÇÃO Após a filtragem, no processo de digitalização de sinais, deve ser efetuada a quantização, que é o processo de atribuição de valores discretos para um sinal cuja amplitude varia entre infinitos valores. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 5 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – QUANTIZAÇÃO O sinal analógico amostrado, em forma de amostras ou pulsos PAM (pulsos modulados em amplitude), ainda analógicos, é quantificado em valores representados por uma quantidade finita pré determinada. Esta conversão é feita por um circuito chamado conversor analógico-digital A/D ou ADC. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 6 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – QUANTIZAÇÃO Na prática, cada amostra ou pulso PAM é transformado em um valor predefinido de n bits. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 7 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – QUANTIZAÇÃO • Por exemplo, com n=8 bits é possível representar 256 valores diferentes (0 a 255). • Para facilitar, vamos supor que os pulsos PAM são limitados entre 0 e 255 Volts. • Um pulso qualquer pode ter como valor real 179,3V, mas terá de ser quantizado como tendo 179V ou 180 V, pois não é possível representar 179,3V com 8 bits. O valor quantizado (para mais ou para menos) depende dos valores dos níveis de decisão no projeto do ADC. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 8 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – QUANTIZAÇÃO Teremos então um erro, no caso de -0,3V ou +0,7V respectivamente, chamado erro de quantização. Esta falta ou excesso no valor do sinal provoca o surgimento de um sinal aleatório, chamado ruído de quantização. Se prova matematicamente que a máxima relação sinal/ruído de quantização possível é da ordem de: S/N max=6n , onde n é o numero de bits. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 3 9 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – QUANTIZAÇÃO Por exemplo: • 8 bits: S/N de quantização máximo=48dB • 16 bits : S/N de quantização máximo = 96 dB Esta relação só é atingida para um sinal de valor máximo Vmax. Se o sinal V for menor, por ex. 1/10 do máximo, a relação S/N será 100 vezes pior ou 20 dB menor, e assim por diante. S/N de quantização = 1,76 + 6,02.n - 20 log(Vmax/V) 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 4 0 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – ERRO DE QUANTIZAÇÃO 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 4 1 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – ERRO DE QUANTIZAÇÃO Para contornar este novo problema, que faz com que sinais fracos tenham baixa S/N (relação sinal/ruído), usam- se quantizações não lineares ou não uniformes, onde os níveis de quantização não são iguais, mas são muito pequenos para sinais pequenos e maiores para sinais maiores, provocando o efeito de compressão. Uniforme Não uniforme 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 4 2 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – ERRO DE QUANTIZAÇÃO Por exemplo, na telefonia digital é usada quantização logarítmica, conhecida como a lei A ou a lei Mi (μ) por exemplo. Estas técnicas pioram um pouco a máxima S/N atingível, mas em compensação melhoram muito a S/N para sinais fracos. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 4 3 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – QUANTIZAÇÃO Mas e como quantizar valores de tensão negativos? Também existem varias formas. O exemplo seguinte mostra o caso para arquivos digitais de sons no formato *.WAV com 8 bits : 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 4 4 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – QUANTIZAÇÃOComo eixo vertical da figura é graduado no valor das amostras quantizadas com 8 bits (0 a 255), o eixo de tensão, 0 Volts, é deslocado (offset) para 128. Podemos assim representar valores do sinal de -127 até -1 com os valores 0 a 127, e os valores de 0 a até 128 com os valores de 128 a 256. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 4 5 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – QUANTIZAÇÃO 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 4 6 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – RUIDO NA QUANTIZAÇÃO A diferença entre o sinal analógico original e sua versão quantizada é chamada de ruído de quantização. Assim, quantizar um sinal analógico corresponde a adicionar uma certa quantidade de ruído. Quanto menos bits usamos na quantização, mais grosseira ela fica, e portanto temos mais ruído adicionado. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 4 7 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – RUIDO NA QUANTIZAÇÃO A variância do ruído de quantização é dada por Var[Q] = (LSB)²/12. O termo LSB é o passo de quantização, e representa a distância entre um nível de quantização e outro. Este é dado por 𝑽𝒎𝒂𝒙 𝟐𝒏 , onde Vmax é a excursão máxima do sinal e n é o número de bits usados na quantização. Uma outra figura estatística muito usada para análise deste ruído é o desvio padrão do ruído de quantização, que é dado pela raiz quadrada da variância. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 4 8 DISCRETIZAÇÃO DE SINAIS – CODIFICAÇÃO Ao final, os valores quantizados precisam ser codificados em sequências de bits, pois um sinal digital binário só pode ter dois valores diferentes "0" ou "1". Assim, é efetuada a codificação resultando em valores binários de n bits. 19/11/2021 4 9 SISTEMAS DIGITAIS EM MALHA FECHADA Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 5 0 SISTEMAS DIGITAIS EM MALHA FECHADA • Um sinal discreto é uma sequência de valores organizados no tempo; • Pode ser representado por função do tipo x(kT) onde k é a variável tempo discreto e T denota o intervalo de tempo entre dois valores consecutivos de x(kT); • Sistemas contínuos manipulam sinais analógicos e são representados por equações diferenciais; • Sistemas discretos manipulam sequências e são representados por equações recursivas ou diferença; 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 5 1 SISTEMAS DIGITAIS EM MALHA FECHADA 0 ,)0()( v I(0) com 0)()( )0( com 0)()( / 0 0 teItI R tItRCI vvtRItv RCt cc Circuito RC – Resposta amostrada: 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 5 2 SISTEMAS DIGITAIS EM MALHA FECHADA Se f = f(z), então ztrans(f) retorna uma função de w. F = F(w) Por definição a transformada z é F = ztrans(f,w) computes the z-transform F as a function of w instead of the default variable z. F = ztrans(f,k,w) computes the z-transform and lets you specify that f is a function of k and L is a function of w. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 5 3 SISTEMAS DIGITAIS EM MALHA FECHADA Deve-se considerar que a amostragem de dados tem um efeito incomum sobre o desempenho de um sistema com realimentação em malha fechada, uma vez que a estabilidade e a resposta transitória são agora dependentes da taxa de amostragem. Se esta for muito lenta, o sistema pode ser instável, uma vez que os valores não estão sendo atualizados o rápido suficientemente. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 5 4 SISTEMAS DIGITAIS EM MALHA FECHADA O fato de que os sinais são amostrados em intervalos especificados e mantidos faz com que o desempenho do sistema varie com variações da taxa de amostragem. Basicamente, então, o efeito do controlador digital sobre o sinal vem dessa amostragem e manutenção do sinal. Portanto, para modelar sistemas de controle digital, deve-se obter uma representação matemática desse processo do amostrador e do segurador. 19/11/2021 5 5 A TRANSFORMADA Z Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 5 6 TRANSFORMADA Z A transformada de Laplace é uma transformada muito útil para a engenharia de controle, como visto anteriormente. Entretanto, ela é utilizada para a análise de sistemas contínuos no tempo, não sendo possível a sua aplicação direta em sistemas discretos. Para analisar sistemas de controle discretos, deve-se aplicar os critérios da transformada de Laplace em um sinal discreto, porém o resultado será a transformada Z. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 5 7 TRANSFORMADA Z A transformada Z é uma forma de “vincular” sinais discretos com sistemas de controle, e funciona de forma parecida com a transformada de Laplace, onde o sinal discreto complexo exponencial 𝑧𝑘, em que 𝑧 é um número complexo, possui função similar à exponencial complexo de um sinal no tempo contínuo 𝑒𝑠𝑡. F o n te : N is e 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 5 8 TRANSFORMADA Z A transformada de Laplace e a transformada Z são técnicas paralelas, a primeira é usada em sistemas contínuos e a segunda em sistema discretos F o n te : G a b ri e l K o v a lh u k 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 5 9 TRANSFORMADA Z Uma F(z) pode ser transformada em f(kT) ou uma f(kT) pode ser transformada em F(z). Alternativamente, podemos escrever: Fazendo um paralelo com o desenvolvimento da transformada de Laplace, podemos construir uma tabela relacionando f(kT), ao valor da função amostrada no tempo nos instantes de amostragem, com F(z). 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 6 0 EXEMPLOS DE PARES DE TRANSFORMADA Z 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 6 1 TRANSFORMADA Z A transformada de Laplace é dada por: Esta transformada pode ser mudada para transformada Z em três passos: 1. Muda-se os sistemas contínuos para discretos; 2. Reescreve-se o termo exponencial; 3. Troca-se as variáveis r e w por z; F o n te : G a b ri e l K o v a lh u k 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 6 2 TRANSFORMADA Z 1. Muda-se os sistemas contínuos para discretos F o n te : G a b ri e l K o v a lh u k 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 6 3 TRANSFORMADA Z 2. Reescreve-se o termo exponencial; F o n te : G a b ri e l K o v a lh u k 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 6 4 TRANSFORMADA Z 3. Troca-se as variáveis r e 𝟂 por z; F o n te : G a b ri e l K o v a lh u k 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 6 5 TRANSFORMADA Z A função de transferência fica na forma: F o n te : G a b ri e l K o v a lh u k 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 6 6 PLANO Z O plano s é representado em sistema de coordenadas retangulares, enquanto o plano z está em coordenadas polares. • No eixo imaginário do plano s obtém-se a curva de resposta em frequência de um sistema contínuo. • No eixo imaginário do plano s, temos s=0. Da relação 𝜎=−ln(𝑟), temos que 𝑟 = 1. • Portanto, o eixo imaginário no plano s, torna-se um círculo de raio unitário no plano z. F o n te : G a b ri e l K o v a lh u k 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 6 7 PLANO S x PLANO Z F o n te : G a b ri e l K o v a lh u k Regiões Estáveis 19/11/2021 6 8 EXEMPLO Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 6 9 Exemplo Considere o sinal x[n]: Faça um esboço deste sinal e determine a equação que o representa no domínio Z através da transformada Z. 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 7 0 ExemploConsidere o sinal x[n]: Faça um esboço deste sinal e determine a equação que o representa no domínio Z através da transformada Z. Considerando a equação têm-se que 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 7 1 Exemplo Considere o sinal x[n]: Faça um esboço deste sinal e determine a equação que o representa no domínio Z através da transformada Z. Representando o sinal no tempo discreto temos: 19/11/2021 Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato 7 2 Exemplo Considere o sinal x[n]: Faça um esboço deste sinal e determine a equação que o representa no domínio Z através da transformada Z. Aplicando a transformada Z têm que que: o termo com valor 5, para n = –1 desaparece pois está à esquerda da origem 19/11/2021 7 3 LABORATÓRIO PRÓXIMA AULA: Controle Analógico e Digital - Prof. Luciano Bonato