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Direito do Trabalho: Salário e Férias

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DIREITO DO TRABALHO - TST 
TEORIA E QUESTÕES 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
 
Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal, 
 
Estamos na sexta aula de nosso curso! 
 
Gostaria de lembrá-los que estarei à disposição de vocês no fórum do curso! 
 
E, também, que caso vocês queiram enviar alguma questão para ser 
comentada por mim neste curso, podem enviá-la para o email 
deborah@pontodosconcursos.com.br 
 
Vamos dar início ao nosso estudo, então! 
 
Aula 06: Do salário-mínimo: irredutibilidade e garantia. Das férias: do direito 
a férias e da sua duração; da concessão e da época das férias; da 
remuneração e do abono de férias. Do salário e da remuneração: conceito e 
distinções; composição do salário; modalidades de salário; formas e meios de 
pagamento do salário; 13º salário. Da equiparação salarial; do princípio da 
igualdade de salário; do desvio de função. Do FGTS. Da prescrição e 
decadência. 
 
6.1. Do salário-mínimo: É importante ao conceituarmos o salário, falar 
do Princípio da irredutibilidade salarial, estabelecendo que o salário não 
poderá ser reduzido, salvo por acordo ou convenção coletiva. 
 Este princípio está previsto no art. 7º, VI da Constituição Federal. 
 Art. 7º VI da CF/88 - Irredutibilidade do salário, salvo o disposto 
em convenção ou acordo coletivo; 
 
A doutrina traz algumas denominações para o salário e, para facilitar o estudo 
de vocês, elaborei um quadro esquemático, observem abaixo: 
Tipos de Salário: 
 Salário Básico: 
 É a contraprestação paga 
pelo empregador ao 
empregado poderá ser em 
dinheiro somente ou parte 
em dinheiro e parte em 
utilidades. 
 30% do salário deverão 
ser pagos em dinheiro. 
 Salário In Natura: 
 É a parte do salário que é paga 
em utilidades, com habitualidade 
 Habitualidade + Gratuidade 
 Para o trabalho × Pelo trabalho 
 
 
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TEORIA E QUESTÕES 
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 Sobre-salários: 
 É a prestação que integra 
o complexo salarial como 
complementos do salário 
básico. 
Arts. 457,parágrafos 1º e 2º 
da CLT. 
 Salário Complessivo: 
 É o pagamento englobado 
sem discriminação das verbas 
quitadas ao empregado. 
 Vedado 
(Súmula 91 do TST) 
Súmula 91 do TST SALÁRIO COMPLESSIVO Nula é a cláusula contratual que 
fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente 
vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. 
Bizu de Prova: O “pracista” poderá receber remuneração menor do que o 
salário mínimo, sem que haja afronta à Constituição Federal. Neste sentido a 
Súmula Vinculante 06 do STF. 
 
 
Olhem que jurisprudência interessante! 
 
EMENTA: TRT3: Empregada que teve nome no SERASA por débitos de 
tarifa de conta para recebimento de salário receberá indenização 
Data: 26/08/2011 
Uma trabalhadora rural procurou a Justiça do Trabalho, dizendo que foi 
obrigada a receber seus salários por meio de depósito em conta corrente, a 
qual foi aberta pelo próprio empregador. Algum tempo depois, descobriu que 
seu nome havia sido incluído nos órgãos de proteção ao crédito, em razão de 
débitos gerados para a manutenção da conta corrente, pelo que pediu a 
condenação do dono da fazenda e do banco ao pagamento de indenização por 
danos morais. 
O pedido foi acolhido pelo juiz de 1o Grau. Isto porque o empregador admitiu 
ter sugerido o pagamento de salários por depósito bancário, por questão de 
segurança, transferindo os riscos do seu negócio à empregada. Já o banco foi 
condenado porque deixou de informar sobre a existência da conta salário, que 
não tem custos, nem tarifas. 
Súmula Vinculante 06 do STF NÃO VIOLA A CONSTITUIÇÃO O 
ESTABELECIMENTO DE REMUNERAÇÃO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO 
PARA AS PRAÇAS PRESTADORAS DE SERVIÇO MILITAR INICIAL. 
 
 
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TEORIA E QUESTÕES 
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Ambos os reclamados não se conformaram com a condenação, mas a 4a 
Turma do TRT-MG não lhes deu razão. Acompanhando a fundamentação da 
decisão de 1o Grau, o juiz convocado Antônio Carlos Rodrigues Filho ressaltou 
que não houve prova de que foi a reclamante quem providenciou a conta 
corrente, ganhando força a sua tese de que não autorizou a abertura. E, se 
não autorizou, não pode, mesmo, ter conhecimento dos termos do contrato e 
nem se pode exigir que tivesse encerrado a conta. Mesmo porque nunca 
houve depósito de valores, nem saque. Como não se valeu dos serviços 
bancários, não deve arcar com os encargos contratuais. 
O magistrado chamou a atenção para a obrigação de os contratantes agirem 
sempre com base nos princípios da boa-fé e da lealdade, o que não aconteceu 
no caso. O empregador, além de descumprir o artigo 464, da CLT, que trata 
do pagamento dos salários, transferiu para a parte mais fraca, o trabalhador, 
os riscos de seu negócio. Se pretendia realizar o pagamento por depósito, 
deveria ter promovido a abertura de conta salário e não de conta corrente. O 
banco não só deixou de prestar informações à empregada, uma trabalhadora 
rural, como não promoveu o encerramento da conta bancária. A inclusão do 
nome da reclamante no Serasa, nesse caso, não se enquadra como exercício 
regular de direito, mas como efeito de um ato defeituoso, por culpa da própria 
instituição financeira. 
Para o juiz convocado, não há dúvida de que a inclusão do nome da 
trabalhadora no SERASA, por culpa dos reclamados, fez nascer para ela o 
direito ao recebimento de indenização por danos morais. Por isso, o 
magistrado manteve a condenação ao pagamento das reparações, no valor de 
R$900,00, para o empregador e de R$3.000,00, para o banco, no que foi 
acompanhado pela Turma julgadora. 
(0111100-59.2009.5.03.0058 RO) Fonte: www.trt3.jus.br 
Vamos analisar uma questão discursiva! 
Questão de prova discursiva: (EXAME DE ORDEM-2006) De acordo com 
abalizada doutrina, o salário é conceituado como a totalidade das percepções 
econômicas dos trabalhadores, qualquer que seja a forma ou o meio de 
pagamento, que retribuam o trabalho, os períodos de interrupção do contrato 
e os descansos computáveis na jornada de trabalho. Na ordenação normativa 
pátria existe diversos princípios básicos de proteção jurídica ao salário. 
 
 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho: 
história e teoria geral do direito do trabalho – relações individuais e coletivas 
do trabalho. 21 ed. São Paulo. Saraiva, 2006. p.817 (com adaptações). 
 
 
 
 
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Considerando o texto acima como referência inicial, elabore um texto em que 
sejam apresentados os conceitos de dois dos princípios básicos de proteção ao 
salário. 
 
Comentários da questão: 
 
Pontos importantes: 
� Princípio da irredutibilidade salarial: está previsto na Constituição 
Federal e significa dizer que o salário não poderá ser reduzido, 
com a exceção de redução via acordo ou convenção coletiva. 
� Princípio da integralidade salarial: o empregado não poderá sofrer 
descontos em seu salário, salvo por adiantamento, dispositivo de 
lei ou por dano causado por dolo do empregado. O desconto 
causado por culpa do empregado deverá ser ajustado entre as 
partes (art. 462 da CLT). Para alguns doutrinadores este princípio 
é chamado de princípio da intangibilidade salarial. 
 
Princípios de Proteção do Salário: 
 
A) Princípio da Igualdade salarial: A igualdade salarial para trabalho de igual 
valor é um princípio constitucional que está expresso no art. 7º, XXX da 
CF/88, e esta igualdade deverá existirem razão dos salários e também em 
razão das funções exercidas. 
 
 Os incisos XXX e XXXI do art. 7º da CF/88 decorrem do Princípio da 
Isonomia preconizado no art. 5º da Constituição que determina o tratamento 
isonômico, ou seja, todos devem ser tratados de forma igual perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza. 
Art. 7º da CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de 
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e 
critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; 
 
 Na verdade devemos interpretar esta igualdade salarial preconizada no 
art. 5º como uma igualdade real ou substancial, ou seja, dar tratamento igual 
aos iguais. Assim, entre empregados que exerçam as mesmas funções, com 
as mesmas condições técnicas há que prevalecer a igualdade salarial. Assim, o 
gerente de uma empresa poderá receber mais do que o empregado que não 
exerça tal função, uma vez que a igualdade que prevalece é a igualdade real 
ou substancial. 
 
 
 
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O gerente tem atribuições distintas do empregado, o que não irá impedir 
que o empregado receba o mesmo salário do que o gerente caso comprove 
que exerce as mesmas funções e preenche todos os requisitos previstos no 
art. 461 da CLT para ter direito à equiparação salarial. 
 
B) Princípio da Irredutibilidade salarial: O salário não poderá ser reduzido, 
salvo por acordo ou convenção coletiva. 
Art. 7º VI da CF/88 - Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em 
convenção ou acordo coletivo; 
 
C) Princípio da Intangibilidade salarial: O salário não poderá sofrer desconto, 
salvo adiantamento, dispositivo de lei ou norma coletiva, conforme estabelece 
o art. 462 da CLT. 
 Este princípio será estudado de forma aprofundada no item 6.5 desta 
Aula. 
 
O salário não poderá sofrer desconto, salvo adiantamento, dispositivo de lei ou 
norma coletiva, conforme estabelece o art. 462 da CLT. Trata-se do 
denominado princípio da intangibilidade salarial. 
 Art. 462 da CLT Ao empregador é vedado efetuar qualquer 
desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de 
adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. 
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será 
lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na 
ocorrência de dolo do empregado. 
§ 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de 
mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-
lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no 
sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos 
serviços. 
§ 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a 
armazéns ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade 
competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a 
que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços 
razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefícios dos 
empregados. 
§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas 
limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do 
seu salário. 
 
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 Quando ocorrer dolo do empregado, ou seja, a intenção de causar o 
dano ao empregador o desconto salarial será lícito independentemente de ter 
sido acordado entre o empregado e o seu empregador tal possibilidade. 
 Já quando ocorrer culpa do empregado que acarrete o dano ao seu 
empregador o desconto somente será lícito quando esta possibilidade haja 
sido acordada entre o empregado e o seu empregador. São modalidades de 
culpa a imprudência, a imperícia e a negligência. 
É importante citar a lei 10.820/2003 que em seu artigo 1º estabelece a 
possibilidade de os empregados autorizarem de forma irrevogável e 
irretratável o desconto em folha de pagamento dos valores referentes ao 
pagamento de empréstimos, financiamentos e operações financeiras. 
 
É importante citar a Súmula 342 do TST e a OJ 251 da SDI-1 do TST: 
 
⇒ Súmula 342 do TST Descontos salariais efetuados pelo empregador, 
com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser 
integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de 
seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou 
recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus 
dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar 
demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato 
jurídico. 
 
⇒ OJ 251 da SDI - 1 do TST É lícito o desconto salarial referente à 
devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as 
recomendações previstas em instrumento coletivo. 
 
6.2. Das Férias: 
 
6.2.1 Férias individuais e Coletivas, Período Aquisitivo e 
Concessivo: 
 
� O direito às férias anuais remuneradas com o acréscimo de pelo menos 
1/3 a mais do que o salário normal é assegurado constitucionalmente 
aos trabalhadores urbanos e rurais. 
 
 Vejam o que diz o a Constituição Federal sobre as férias: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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� Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de 
férias, sem prejuízo da remuneração. 
 Com certeza vocês já ouviram falar no período concessivo e no 
período aquisitivo de férias. 
 
� Período aquisitivo de férias são os doze meses de vigência do contrato 
de trabalho, no qual o empregado adquirirá o direito às férias. 
 
� As férias poderão ser integrais quando o empregado trabalhar os doze 
meses ou proporcionais, que ocorrerá a cada período incompleto de 
férias na proporção 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 
dias, conforme estabelece o art. 146 da CLT. 
 
� As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só 
período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o 
empregado tiver adquirido o direito. 
� É importante destacar: 
⇒ As férias, em regra, deverão ser concedidas de uma só vez. 
Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 
(dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) 
dias corridos. 
⇒ Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 
(cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de 
uma só vez. 
 Período Aquisitivo 
 Período Concessivo 
Art. 7º. CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos 
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: XVII - gozo de férias anuais 
remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que 
o salário normal; 
 
 
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⇒ Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a 
outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude 
de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. 
⇒ A concessão das férias será participada, por escrito, ao 
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. 
Dessa participação o interessado dará recibo. 
⇒ O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que 
apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência 
Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. A 
concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas 
fichasde registro dos empregados. 
 O empregador será quem decidirá a época da concessão das férias a seu 
empregado. Há apenas a ressalva quanto ao empregado menor de 18 anos e 
estudante, que terá o direito de gozar as suas férias no mesmo período de 
suas férias escolares. 
Art. 136 da CLT A época da concessão das férias será a que melhor 
consulte os interesses do empregador. 
 § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo 
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo 
período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o 
serviço. 
§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito 
a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. 
Então, como já falamos anteriormente, o Período Concessivo de férias é 
aquele período após os doze meses anteriores completos de aquisição do 
direito às férias, no qual o empregador deverá conceder o gozo das mesmas, 
conforme estabelece o art.134 da CLT. 
Art. 134 da CLT As férias serão concedidas por ato do empregador, em 
um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o 
empregado tiver adquirido o direito. 
 § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 
(dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias 
corridos. 
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 
(cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só 
vez. 
 
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 Quando as férias não forem concedidas nos doze meses a contar do 
término do período aquisitivo elas deverão ser concedidas em dobro, ou seja, 
quando elas não forem concedidas no período concessivo, elas deverão ser 
concedidas em dobro. 
Art. 137 da CLT Sempre que as férias forem concedidas após o prazo 
de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva 
remuneração. 
 § 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha 
concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a 
fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas. 
§ 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por cento) do 
salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida. 
§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao 
órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa 
de caráter administrativo. 
 
 É importante destacar a Súmula 81 do TST que estabelece que quando 
os dias de férias forem gozados após o período legal de concessão o 
empregador deverá remunerar em dobro apenas o tempo que ultrapassar o 
período concessivo. 
 
Súmula 81 do TST Os dias de férias gozados após o período legal de 
concessão deverão ser remunerados em dobro. 
 
 Exemplificando: Antônio começou a trabalhar para a empresa WZ em 
10/02/2004, sendo assim em 10/02/2005 ele teria adquirido o direito ao gozo 
de 30 dias de férias que deverão ser gozadas até 10/02/2006 (Período 
Concessivo). Caso ele tenha iniciado o gozo de suas férias em 01/02/2006, ele 
teria direito a receber em dobro o período de 11/02/2006 em diante. 
 
 Agora vamos falar da gradação das férias! 
 
 DICA 01: O contrato de trabalho a tempo parcial é aquele cuja duração 
não exceda a 25 horas semanais, conforme estabelece o art. 58-A da CLT. 
 O empregado que for contratado pelo regime a tempo parcial, que tiver 
mais de sete faltas injustificadas ao longo do seu período aquisitivo de férias, 
terá o seu período de férias reduzido à metade. 
 
 Quando o empregado faltar injustificadamente durante o período 
aquisitivo haverá uma gradação no seu período de férias, uma vez que é 
vedado descontar das férias do empregado as suas faltas durante o período 
aquisitivo. 
 
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 Assim, elaborei um quadro esquemático com os dois artigos para 
facilitar a memorização da gradação das férias em ambos os casos. 
 
 Observem a seguir o teor dos mesmos e logo abaixo, o quadro 
esquemático: 
 
 Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de 
vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na 
seguinte proporção: 
I- 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais 
de 5 (cinco) vezes; 
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 
14 (quatorze) faltas; 
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 
23 (vinte e três) faltas; 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) 
a 32 (trinta e duas) faltas. 
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do 
empregado ao serviço. 
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, 
como tempo de serviço. 
 Art. 130-A da CLT - Na modalidade do regime de tempo parcial, 
após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, 
o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: 
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e 
duas horas, até vinte e cinco horas; 
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
vinte horas, até vinte e duas horas; 
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
quinze horas, até vinte horas; 
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez 
horas, até quinze horas; 
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco 
horas, até dez horas; 
 
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VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a 
cinco horas. 
Parágrafo único - O empregado contratado sob o regime de tempo 
parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período 
aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. 
 
Dica 02: Observem que na tabela cinza do quadro abaixo os dias de férias 
vão abatendo o número 6 e na tabela verde vão abatendo o número 2. 
 
Regime 
Normal 
Art. 130 da 
CLT 
Tempo Parcial Art. 130- A da 
CLT 
Até 5 faltas 30 dias de férias 22 à 25 h. 
semanais 
18 dias de férias 
6 a 14 faltas 24 dias de férias 20 à 22 h. 
semanais 
16 dias de férias 
15 a 23 faltas 18 dias de férias 15 à 20 h. 
semanais 
14 dias de férias 
24 a 32 faltas 12 dias de férias 10 à 15 h. 
semanais 
12 dias de férias 
Mais de 32 
faltas Não terá 
férias 
 5 à 10 h. 
semanais 
10 dias de férias 
 Igual ou inferior 
à 5 h. semanais 
8 dias de férias 
 Mais de 7 faltas 
Reduz à metade 
 
Agora observem o diagrama abaixo sobre o contrato a tempo parcial: 
 
Contrato a tempo 
parcial 
 
 
Não excede 25 
horas semanais 
Não poderá 
prestar horas 
extras 
Mais de 7 faltas 
não perderá o 
direito às férias e 
sim reduz à 
metade. 
 
 
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� Não podemos nos esquecer dos artigos 131 e 132 da CLT: 
 Art. 131 da CLT Não será considerada falta ao serviço, para os 
efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado: 
 I - nos casos referidos no art. 473; 
 II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de 
maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do 
salário-maternidade custeado pela Previdência Social; 
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo 
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do 
inciso IV do art. 133; 
IV - justificada pela empresa, entendendo-secomo tal a que não tiver 
determinado o desconto do correspondente salário; 
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito 
administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou 
absolvido; e 
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do 
inciso III do art. 133. 
 Art. 132 da CLT O tempo de trabalho anterior à apresentação do 
empregado para serviço militar obrigatório será computado no período 
aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 
(noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa. 
� Outro ponto importante é art. 133 da CLT que elenca situações na 
qual o empregado não terá direito às férias. 
 Art. 133 da CLT - Não terá direito a férias o empregado que, no 
curso do período aquisitivo: 
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias 
subseqüentes à sua saída; 
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por 
mais de 30 (trinta) dias; 
 III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 
(trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da 
empresa; e 
 
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IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de 
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora 
descontínuos. 
§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na 
Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o 
empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas 
neste artigo, retornar ao serviço. 
§ 3º Para os fins previstos no inciso III deste artigo a empresa 
comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência 
mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação 
total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, 
comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da 
categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais 
de trabalho. 
 
 
� Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de 
uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da 
empresa. 
� As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que 
nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
� O empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, 
com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e 
fim das férias coletivas, precisando quais os estabelecimentos ou 
setores abrangidos pela medida. 
� (art. 139 da CLT). "Também em 15 dias o empregador enviará cópia 
da aludida comunicação aos Sindicatos representativos da respectiva 
categoria profissional, e providenciará a afixação de avisos nos locais 
de trabalho. 
� Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, 
na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo 
período aquisitivo. 
� Quando o número de empregados contemplados com as férias 
coletivas for superior a 300 (trezentos), a empresa poderá promover, 
mediante carimbo, anotações de que trata o art. 135, § 1º. 
Das Férias Coletivas 
 
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� O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do Trabalho, 
dispensará a referência ao período aquisitivo a que correspondem 
para cada empregado, as férias concedidas. 
� Adotado o procedimento indicado neste artigo, caberá à empresa 
fornecer ao empregado cópia visada do recibo correspondente à 
quitação mencionada no parágrafo único do art. 145. 
 Art. 145 da CLT O pagamento da remuneração das férias e, se 
for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) 
dias antes do início do respectivo período. 
 Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com 
indicação do início e do termo das férias. 
� Quando da cessação do contrato de trabalho, o empregador anotará 
na Carteira de Trabalho e Previdência Social as datas dos períodos 
aquisitivos correspondentes às férias coletivas gozadas pelo 
empregado. 
6.2.2. Remuneração, Abono e efeitos na rescisão contratual: 
� O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for 
devida na data da sua concessão. 
� É importante destacar: Quando o salário for pago por hora com 
jornadas variáveis, apurar-se-á a média do período aquisitivo, 
aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias. 
� 
⇒ Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a media 
da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se 
o valor da remuneração da tarefa na data da concessão das 
férias. 
⇒ Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, 
apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) 
meses que precederem à concessão das férias. 
⇒ A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo 
com a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
⇒ Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou 
perigoso serão computados no salário que servirá de base ao 
cálculo da remuneração das férias. 
 
 
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⇒ Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo 
o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste 
não tiver sido uniforme, será computada a média duodecimal 
recebida naquele período, após a atualização das importâncias 
pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos 
salariais supervenientes. 
 Art. 143 da CLT É facultado ao empregado converter 1/3 (um 
terço) do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no 
valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. 
§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias 
antes do término do período aquisitivo. 
§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este 
artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o 
sindicato representativo da respectiva categoria profissional, 
independendo de requerimento individual a concessão do abono. 
§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o 
regime de tempo parcial. (NR). 
� O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido 
em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da 
empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de 
20 (vinte) dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado 
para os efeitos da legislação do trabalho. 
� A data para o pagamento da remuneração e do abono de férias será até 
depois dias antes do início do período de férias do empregado, observem 
o art. 145 da CLT. 
Art. 145 da CLT O pagamento da remuneração das férias e, se for o 
caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias 
antes do início do respectivo período. 
 Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com 
indicação do início e do termo das férias. 
� As normas que dispõe sobre férias estão contidas nos artigos 
129/153 da CLT. É importante lembrar que a Súmula 07 do TST 
estabelece como base de cálculo para as férias indenizadas a 
remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou 
quando ocorrer a extinção do contrato. 
 
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Súmula 07 do TST A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo 
oportuno será calculadacom base na remuneração devida ao empregado na 
época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato. 
� Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua 
causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em 
dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo 
direito tenha adquirido. 
� Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de 
serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa 
causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto 
de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um 
doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) 
dias. 
� O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato 
de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de 
completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração 
relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o 
disposto no artigo anterior. A remuneração das férias, ainda 
quando devida após a cessação do contrato de trabalho, terá 
natureza salarial, para os efeitos do art. 449. 
⇒ Abaixo transcrevo outras importantes Súmulas referentes ao 
tema férias: 
 
Súmula 261 do TST O empregado que se demite antes de complementar 12 
(doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. 
 
Súmula 171 do Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa 
causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento 
da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período 
aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT) 
 
� A anotação na CTPS do empregado do contrato de trabalho é 
obrigatória para o exercício de qualquer emprego, ainda que de 
caráter temporário. Portanto, não podemos falar em prescrição do 
direito de ação para reclamar contra a não anotação da CTPS, pois 
as normas que estabelecem apenas anotações sem repercussão 
nas verbas trabalhistas são imprescritíveis, sendo declaratória a 
ação intentada para a anotação da CTPS, podendo a demanda ser 
ajuizada a qualquer tempo. 
 
� Já quanto a pretensão de receber os créditos resultantes da 
relação de trabalho, há que se respeitar o prazo prescricional 
estabelecido no art. 7º da CF/88. 
 
 
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� O prazo prescricional das férias está regulamentado no art. 149 da 
CLT. 
 Art. 149 da CLT A prescrição do direito de reclamar a concessão 
das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do 
término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação 
do contrato de trabalho. 
6.2.3. Efeitos das férias na rescisão contratual: 
 
A Resilição é uma forma de terminação conratual que ocorre quando 
uma ou ambas as partes resolvem sem justo motivo romper o contrato de 
trabalho. Poderá ser de três tipos: 
 
1. Dispensa sem justa causa do empregado: é quando o empregador 
dispensa o empregado imotivadamente, neste caso o empregado fará jus aos 
seguintes direitos: 
• Aviso prévio trabalhado ou Indenizado. 
• Saldo de salários. 
• Indenização das férias integrais não gozadas simples ou em dobro, 
acrescidas do terço constitucional. 
• Indenização das férias proporcionais acrescidas do terço constitucional. 
• Décimo-terceiro salário 
• Indenização compensatória de 40% sobre FGTS. 
• Levantamento do saldo existente na conta vinculada do FGTS. 
• Recebimento das guias do seguro-desemprego 
• Indenização adicional de 1 salário mensal quando dispensado nos 30 dias 
que antecedem a data base de sua categoria. 
 
2. Pedido de demissão do empregador: O empregado é quem rompe sem 
motivo o contrato de trabalho. 
 
Ao pedir demissão, terá o dever de dar o aviso prévio, sob pena de o 
empregador descontar os salários correspondentes a este período. Fará jus 
aos seguintes direitos: 
• Saldo de salários 
• Indenização das férias integrais não gozadas simples ou em dobro 
acrescidas do terço constitucional. 
• Indenização das férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, 
mesmo que o empregado não tenha completado 1 ano de empresa. (S. 
261 TST). 
• Décimo terceiro salário. 
 
 
 
 
 
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Súmula 261 do TST O empregado que se demite antes de complementar 12 
(doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. 
 
3. O Distrato é a hipótese de resilição contratual em que o contrato de 
trabalho é extinto por mútuo acordo, tendo o empregado direitos iguais aos da 
dispensa imotivada deliberada pelo empregador em face do princípio de 
proteção ao hipossuficiente. 
 
b) Resolução: relaciona-se com a inexecução faltosa das obrigações 
contratuais por parte de um ou dos dois contratantes, podendo ocorrer tanto 
no contrato por prazo determinado quanto no por prazo indeterminado. Três 
formas: dispensa do empregado por justa causa, rescisão ou despedida 
indireta e culpa recíproca. 
 
1. Justa Causa: Configurada a demissão por Justa causa o empregado 
terá direito a saldo de salários e às férias integrais simples ou em dobro 
acrescidas de 1/3. 
 
Atenção: ELE NÃO TERÁ DIREITO: 
 
• FÉRIAS PROPORCIONAIS 
• AVISO PRÉVIO 
• 13º SALÁRIO 
• LEVANTAMENTO DE FGTS 
• 40% DE INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA 
• GUIAS CD/SD 
 
2. Rescisão ou despedida Indireta: ocorre quando a falta grave é cometida 
pelo empregador. Estão tipificadas no art. 483 da CLT. 
 
As verbas devidas na despedida indireta são: 
 
a) saldo de salário; 
b) férias vencidas acrescidas de 1/3; 
c) ferias proporcionais acrescidas de 1/3; 
d) aviso prévio; 
e) décimo-terceiro salário proporcional; 
f) FGTS acrescido de 40%; 
g) seguro-desemprego, desde que atendidas as exigências legais. 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Culpa Recíproca: Prevista no art. 484 da CLT, ocorre quanto tanto o 
empregado quanto o empregador praticam Justa causa tipificadas nos artigos 
482 e 483 da CLT. 
 
• S. 14 TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de 
trabalho o empregado tem direito a 50% do valor do aviso prévio, do 
13º salário e das férias proporcionais. 
• 20% da indenização compensatória do FGTS. 
 
Súmula 14 do TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de 
trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por 
cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias 
proporcionais. 
 
6.3. Do Salário e da Remuneração: 
 
6.3.1. Conceito: 
 
“Salário é o conjunto de parcelas contraprestativas pagas pelo 
empregador ao empregado em função do contrato de trabalho”. (Maurício 
Godinho Delgado) 
 
Salário é a contraprestação paga diretamente pelo empregador, seja em 
dinheiro, seja em utilidades (salário in natura). O salário trata-se de um 
complexo de parcelas e não de uma única verba. 
 
 A remuneração é a soma da contraprestação paga diretamente pelo 
empregador, seja em dinheiro, seja em utilidades, com a quantia recebida 
pelo empregado de terceiros, a título de gorjetas. Segundo entendimento 
sumulado do TST, as gorjetas integrarão a remuneração do empregado, 
quando cobradas na nota de serviço ou espontaneamente ofertada pelos 
clientes. Porém, não servirão de base de cálculo para as parcelas do aviso 
prévio, do adicional noturno, das horas extras e do repouso semanal 
remunerado. 
Súmula 354 TST As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço 
ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do 
empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, 
adicionalnoturno, horas extras e repouso semanal remunerado. 
É importante ao conceituarmos o salário, falar do Princípio da 
irredutibilidade salarial, estabelecendo que o salário não poderá ser reduzido, 
salvo por acordo ou convenção coletiva. 
 
 
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 Este princípio está previsto no art. 7º, VI da Constituição Federal. 
 Art. 7º VI da CF/88 - Irredutibilidade do salário, salvo o disposto 
em convenção ou acordo coletivo; 
 
6.3.2. Distinções: Conforme estudamos no conceito acima descrito, vocês 
puderam observar que a remuneração é o salário acrescido das gorjetas pagas 
ao empregado. 
 
 Observem abaixo as distinções entre a remuneração e o salário: 
Remuneração (salário + gorjeta) 
→ Conceito de salário: É a contraprestação paga diretamente pelo 
empregador, seja em dinheiro, seja em utilidades (in natura). 
→ Gorjetas: Gorjeta é o pagamento indireto realizado em dinheiro e por 
terceiros. O parágrafo 3º do art. 457 da CLT estabelece que serão 
consideradas gorjetas, além da importância fixa estipulada na nota de 
serviço, a importância espontaneamente dada pelos clientes ao empregado. 
→ Remuneração: É a soma da contraprestação paga diretamente pelo 
empregador, seja em dinheiro, seja em utilidades, com a quantia recebida 
pelo empregado de terceiros, a título de terceiros. 
 
 Art. 457, caput da CLT Compreendem-se na remuneração do 
empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago 
diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as 
gorjetas que receber. 
 
 
 “Remuneração é a soma do pagamento direto com o pagamento 
indireto, este último entendido como toda contraprestação paga por terceiros 
ao trabalhador, em virtude um contrato de trabalho que este mantém com o 
empregador” (Vólia Bonfim Cassar). 
 
 Conforme já mencionado, segundo entendimento sumulado do TST 
(Súmula 354 do TST), as gorjetas integrarão a remuneração do empregado 
quando cobradas na nota de serviço ou espontaneamente ofertada pelos 
clientes. 
Salário Complessivo: É o pagamento englobado sem discriminação das 
verbas quitadas ao empregado. Ele é vedado em nosso ordenamento jurídico. 
Súmula 91 do TST SALÁRIO COMPLESSIVO Nula é a cláusula contratual que 
fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente 
vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. 
 
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6.3.3. Do Salário In natura: É a forma de pagamento, na qual o empregado 
recebe em bens econômicos. 
 
A CLT permite o pagamento em utilidades, como alimentação, habitação 
etc. Porém, nem todo o salário pode ser pago em utilidades, uma vez que 
30%, necessariamente, do seu valor terão que ser em dinheiro. 
 Art. 458 da CLT Além do pagamento em dinheiro, 
compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, 
habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, 
por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao 
empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas 
alcoólicas ou drogas nocivas. 
§ 1º - Os valores atribuídos às prestações in natura deverão ser justos 
e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais 
das parcelas componentes do salário mínimo (arts. 81 e 82). 
Súmula 258 do TST Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in 
natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário 
mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade. 
§ 2º - Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas 
como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: 
I - vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos 
empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do 
serviço; 
II - educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, 
compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, 
anuidade, livros e material didático; 
III - transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, 
em percurso servido ou não por transporte público; 
IV - assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada 
diretamente ou mediante seguro-saúde; 
V - seguros de vida e de acidentes pessoais; 
VI - previdência privada; 
VII - (VETADO). 
 
 
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§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade 
deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, 
respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por 
cento) do salário-contratual. 
Súmula 241 do TST O vale para refeição, fornecido por força do contrato de 
trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para 
todos os efeitos legais. 
§ 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a 
ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da 
habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer 
hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma 
família. 
6.3.4. Forma de Pagamento: O salário deve ser pago em dinheiro. 
 
A CLT exige o pagamento em moeda corrente do País (art. 463) e 
considera não efetuado o pagamento em moeda estrangeira (art. 463, 
parágrafo único). 
Art. 463 da CLT A prestação, em espécie, do salário será paga em 
moeda corrente do País. 
 A portaria 3.281, de 1984, do Ministério do Trabalho, autoriza as 
empresas situadas em perímetro urbano, com o consentimento do 
empregado, o pagamento dos salários e remunerações das férias através de 
conta bancária aberta para esse fim em nome de cada empregado, em 
estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho, ou em cheque 
emitido diretamente pelo empregador em favor do empregado. 
 
 Já vimos que o salário poderá ser pago em utilidades, que é a forma de 
pagamento na qual o empregado recebe em bens econômicos e que nem todo 
o salário pode ser pago em utilidades, uma vez que 30% necessariamente do 
seu valor terão que ser em dinheiro. 
 
 A lei (CLT, art. 458) dispõe que “além de pagamento em dinheiro, 
compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, 
vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato 
ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. drogas. 
 
 Esta é a figura denominada salário em utilidades ou in natura. 
 
 
 
 
 
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6.3.5. Dispositivos da CLT referentes ao salário: 
Art. 459 da CLT O pagamento do salário, qualquer que seja a 
modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 
1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e 
gratificações. 
§ 1º - Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá 
ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subseqüente 
ao vencido. 
Art. 460 da CLT Na falta de estipulação do salário ou não havendo 
prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a 
perceber salário igual ao daquela que, na mesma empresa, fizer 
serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço 
semelhante. 
Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância 
deste artigo considera-se como não feito. 
Art. 463 da CLT A prestação, em espécie, do salário será paga em 
moeda corrente do País. 
Art. 464 da CLT O pagamento do salário deverá ser efetuado contra 
recibo, assinado pelo empregado; emse tratando de analfabeto, 
mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu 
rogo 
Parágrafo único - Terá força de recibo o comprovante de depósito em 
conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, 
com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao 
local de trabalho. 
Art. 465 da CLT O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e 
no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente 
após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em 
conta bancária, observado o disposto no artigo anterior. 
 Súmula 381 do TST O pagamento dos salários até o 5º 
dia útil do mês subseqüente ao vencido não está sujeito à 
correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, 
incidirá o índice da correção monetária do mês subseqüente 
ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º. 
 
 
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Art. 466 da CLT - O pagamento de comissões e percentagens só é 
exigível depois de ultimada a transação a que se referem. 
 § 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o 
pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito 
proporcionalmente à respectiva liquidação. 
§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção 
das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este 
artigo. 
6.3.6. Parcelas Salariais: Conforme estabelece o art. 457 da CLT, as 
parcelas que são consideradas salariais incluem-se no salário do empregado, 
já as parcelas não salariais não se incluem no salário do empregado, 
observem abaixo: 
Art. 457 da CLT Compreendem-se na remuneração do empregado, 
para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente 
pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que 
receber. 
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como 
também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias 
para viagens e abonos pagos pelo empregador. 
§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as 
diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do 
salário percebido pelo empregado. 
 
§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente 
dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada 
pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e 
destinada à distribuição aos empregados. 
 
Há duas importantes Súmulas a respeito da matéria, a 101 e a 318 do 
TST: 
 
Súmula 101 do TST Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos 
indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinqüenta por 
cento) do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens. 
 
 
 
 
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Súmula 318 do TST Tratando-se de empregado mensalista, a integração das 
diárias no salário deve ser feita tomando-se por base o salário mensal por ele 
percebido e não o valor do dia de salário, somente sendo devida a referida 
integração quando o valor das diárias, no mês, for superior à metade do 
salário mensal. 
 Observem atentamente as parcelas que integram e as que não integram 
o salário do empregado: 
� Integram o salário do empregado: 
a) a importância fixa estipulada; 
b) as comissões; 
c) as percentagens; 
d) as gratificações ajustadas; 
e) as diárias para viagem que excedam a 50% do salário do empregado. 
f) os abonos pagos pelo empregador. 
� Não se incluem nos salários: 
a) as ajudas de custo; 
b) as diárias para viagem que não excedam a 50% do salário recebido pelo 
empregado. 
 
Atenção: É importante falar das parcelas não salariais. 
 
 As parcelas não salariais são as parcelas de natureza 
indenizatórias, ou seja, parcelas de natureza meramente 
instrumental. 
 
 Como exemplos de parcelas não salariais Maurício Godinho 
Delgado cita as parcelas previdenciárias, as parcelas de 
participação nos lucros, as parcelas pagas ao empregado por 
terceiros e as parcelas pagas a título de direito intelectual. 
 
 
 
 
 
 
 
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 As parcelas de natureza indenizatórias são de dois tipos: 
 
a) as indenizações por despesas reais (as diárias para viagens e as ajudas de 
custo); 
 
b) as indenizações construídas a outros títulos (indenização de férias não 
gozadas, aviso prévio indenizado, indenização pelo não-recebimento do 
seguro-desemprego havendo culpa do empregador – Súmula 389 do TST). 
 A seguir conceituarei as formas especiais de salário: 
ABONOS: Abono significa adiantamento em dinheiro, antecipação salarial. 
ADICIONAIS: Adicional, significa algo que se acrescenta, sendo um 
acréscimo salarial que tem como causa o trabalho em condições mais 
gravosas para quem o presta. Como exemplo de adicionais podemos citar os 
adicionais por horas extraordinárias (art. 59, CLT), por serviços noturnos (art. 
73, CLT), insalubres (art. 192, CLT), perigosos (art. 193, parágrafo 1o. CLT) e 
por transferência de local de serviço (art. 469 da CLT). 
COMISSÕES: É a retribuição com base em percentuais sobre os negócios que 
o vendedor efetua, ou seja, salário por comissão. 
GRATIFICAÇÕES: Por gratificações devemos entender tudo o que for 
fornecido ao empregado por liberalidade do empregador, ou seja, sem que 
haja imposição legal neste sentido. 
 As gratificações integram a remuneração base dos empregados para 
todos os efeitos dela emanados e, assim, são computadas para o cálculo da 
remuneração do repouso, das férias, da indenização, dos depósitos do FGTS, 
conforme poderemos observar na Súmula 253 do TST, muito abordada em 
provas de concursos públicos. 
 
Súmula 253 do TST A gratificação semestral não repercute no cálculo das 
horas extras, das férias e do aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, 
contudo, pelo seu duodécimo na indenização por antigüidade e na gratificação 
natalina. 
 
Composição e modalidades do salário: A doutrina considera como 
modalidades de salário o salário por tempo, por tarefa e por produção, 
observem os conceitos abaixo: 
 
� Salário por tempo: é aquele pago em função do tempo no qual o 
trabalho foi prestado ou o empregado permaneceu à disposição do 
empregador. Sendo assim, será considerada a hora, o dia, a semana, a 
quinzena e o mês em que o trabalho foi prestado. 
 
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� Salário por produção: Esse tipo de salário é aquele calculado com 
base no número de unidades produzidas pelo empregado. O pagamento 
semanal, quinzenal ou mensal é efetuado calculando-se o total das 
unidades multiplicado pela tarifa unitária. 
 
Salário por tarefa: É aquele pago com base na produção do empregado em 
determinado período de tempo. 
 
6.4. 13º salário: 
 
Gratificação de Natal: A gratificação de Natal, também conhecida como 13º 
salário, caracteriza-se por ser um direito constitucionalmente assegurado a 
todos os trabalhadores urbanos e rurais a partir da CF/88. 
 Art. 7 º, VIII da CF/88 Décimo terceiro salário com base na 
remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
 
A gratificação de Natal foi criada pela Lei 4090, de 13/07/1962, 
regulamentada pelo Decreto 57.155, de 03/11/1965, e alterações posteriores. 
 
 Será devida a todo empregado, inclusive ao rural, ao safrista, ao 
doméstico e ao avulso. 
 Corresponderá a uma gratificação de 1/12 (um doze avos) da 
remuneraçãopor mês trabalhado. 
 A base de cálculo da remuneração é a devida no mês de dezembro 
do ano em curso ou a do mês do acerto rescisório, se ocorrido 
antes desta data. 
 
Observem as seguintes informações que são muito abordadas em provas 
e concursos: 
� O Décimo Terceiro é devido por mês trabalhado, ou fração do mês 
igual ou superior a 15 dias. 
� O empregado tem o direito de receber o adiantamento da 
primeira parcela junto com suas férias, desde que o requeira no 
mês de janeiro do ano correspondente. 
� O empregador não está obrigado a pagar o adiantamento do 
Décimo Terceiro a todos os empregados no mesmo mês. 
� A gratificação de Natal será ainda devida na extinção do contrato 
por prazo determinado, na cessação da relação de emprego por 
motivo de aposentadoria, e no pedido de dispensa pelo 
empregado. 
� Não terá direito ao Décimo Terceiro o empregado que for 
dispensado por justa causa. 
 
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Observem o que diz a Lei 4.090/62: 
Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, 
pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da 
remuneração a que fizer jus. 
§ 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida 
em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente. 
§ 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será 
havida como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior. 
§ 3º - A gratificação será proporcional: I - na extinção dos contratos a 
prazo, entre estes incluídos os de safra, ainda que a relação de emprego 
haja findado antes de dezembro; e II - na cessação da relação de 
emprego resultante da aposentadoria do trabalhador, ainda que verificada 
antes de dezembro. 
Art. 2º - As faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas 
para os fins previstos no § 1º do art. 1º desta Lei. 
Art. 3º - Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do contrato de trabalho, o 
empregado receberá a gratificação devida nos termos dos parágrafos 1º e 
2º do art. 1º desta Lei, calculada sobre a remuneração do mês da 
rescisão. 
Art. 4º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas 
as disposições em contrário. 
6.5. Descontos legais: Os descontos permitidos são os estabelecidos por lei, 
adiantamento ou norma coletiva conforme dispõe o art. 462 da CLT. Poderão 
ser descontados também os danos causados pelo empregador ao empregado 
em caso de dolo, independente da concordância do empregado e em caso de 
culpa quando houver mútuo consenso (art. 468 da CLT). 
 
Assim, vimos que o salário não poderá sofrer desconto, salvo 
adiantamento, dispositivo de lei ou norma coletiva, conforme estabelece o art. 
462 da CLT. 
 
Trata-se do denominado princípio da intangibilidade salarial. 
 Art. 462 da CLT Ao empregador é vedado efetuar qualquer 
desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de 
adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. 
 
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§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será 
lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na 
ocorrência de dolo do empregado. 
 Quando ocorrer dolo do empregado, ou seja, a intenção de causar o 
dano ao empregador o desconto salarial será lícito independentemente de ter 
sido acordado entre o empregado e o seu empregador tal possibilidade. 
Já quando ocorrer culpa do empregado que acarrete o dano ao seu 
empregador o desconto somente será lícito quando esta possibilidade haja 
sido acordada entre o empregado e o seu empregador. São modalidades de 
culpa a imprudência, a imperícia e a negligência. 
 Exemplificando: Quando o empregado que for motorista dirigir em alta 
velocidade acarretando um acidente de trânsito ele foi imprudente. Quando 
um médico empregado, realizar uma cirurgia de alto risco, sem deter os 
conhecimentos necessários para tal ele foi imperito. Ao passo que,quando o 
empregado que porteiro abandonar por períodos ainda que pequenos a 
portaria para bater papo com amigos, ele estará sendo negligente. 
§ 2º - É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de 
mercadorias aos empregados ou serviços destinados a proporcionar-
lhes prestações in natura exercer qualquer coação ou induzimento no 
sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos 
serviços. 
§ 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a 
armazéns ou serviços não mantidos pela empresa, é lícito à autoridade 
competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a 
que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços 
razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefícios dos 
empregados. 
§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas 
limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do 
seu salário. 
 
Há uma importante Súmula do TST regulamentando o tema, observem: 
 
Súmula 342 do TST Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a 
autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos 
de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência 
privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus 
trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o 
disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de 
coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. 
 
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 Há também a Orientação jurisprudencial 251 da SDI-1 do TST que 
permite o desconto no salário do frentista de posto de gasolina dos cheques 
sem provisão de fundos quando o mesmo não observou as normas 
regulamentares. 
 
OJ 251 da SDI - 1 do TST É lícito o desconto salarial referente à devolução 
de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações 
previstas em instrumento coletivo. 
 
6.6. Salário-família: O salário-família é um Benefício pago aos segurados 
empregados, exceto os domésticos, e aos trabalhadores avulsos com salário 
mensal de até R$ 915,05, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos 
de idade ou inválidos de qualquer idade. 
 
Atenção: Equiparam-se aos filhos os enteados e os tutelados, estes desde 
que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo ser 
comprovada a dependência econômica. 
 Para a concessão do salário-família, a Previdência Social não exige 
tempo mínimo de contribuição. 
Observem os valores atualizados previstos na Portaria de janeiro deste mês: 
Valor do benefício: De acordo com a Portaria Interministerial nº 02, de 
06 de janeiro de 2012, o valor do salário-família será de R$ 31,22, por filho 
de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 608,80. 
 
Para o trabalhador que receber de R$ 608,81 até R$ 915,05, o valor do 
salário-família por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade 
será de R$ 22,00. 
 
6.7. Salário-educação: O salário-educação não é considerado verba 
remuneratória. Trata-se de uma contribuição social devida pelas empresas, 
prevista no art. 215, parágrafo 5º da CF/88. 
 
O importante sobre o salário-educação para as provas de concursos é 
que tendo a natureza jurídica de contribuição social, ele não tem caráter 
remuneratório na relação de emprego e não se vincula para nenhum efeito ao 
salário ou à remuneração percebida pelos empregados das empresas 
contribuintes. 
 
 
 
 
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6.8.Salário do menor e do aprendiz: A CRFB/88 proíbe a discriminação 
pela idade. Assim, o menor com 16 anos que celebrar um contrato de trabalho 
deverá receber o mesmo salário que outro empregado receber para a mesma 
prestação de serviços. A partir de 16 anos poderá trabalhar, sendo vedado aos 
menores de 16 o exercício de qualquer trabalho, salvo na condição de 
aprendiz a partir de 14 anos. 
 
O contrato de aprendizagem é considerado um contrato de trabalho 
especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, no qual o empregador 
compromete-se a assegurar ao maior de 14 e menor de 24, exceto no caso de 
aprendizes portadores de deficiência, que não possuem limite máximo de 
idade, formação técnico-profissional metódica compatível com o seu 
desenvolvimento físico, moral e psicológico. 
 
A CRFB/88 permite a aprendizagem a partir de 14 anos e proíbe a 
discriminação por motivo de idade. Logo, o art. 80 da CLT estaria derrogado 
pela CRFB/88, pois estabelece que o aprendiz receberá, na primeira metade, 
meio salário mínimo, e na segunda metade, 2/3 do salário mínimo. Ao menor 
aprendiz, salvo condição mais favorável, será assegurado o salário mínimo 
hora. 
 
6.9. Questões FCC sem comentários: 
1. (FCC- Técnico Judiciário/TRT – Campinas/2009) Maria iniciou o gozo 
de suas férias ainda no período concessivo, mas terminou após o referido 
período. Neste caso, 
(A) Marta terá direito a uma indenização equivalente ao valor do seu último 
salário, em razão da infração administrativa cometida pela empresa. 
(B) como Marta iniciou o gozo de suas férias no período concessivo, todos os 
dias serão remunerados de forma simples. 
(C) como Marta terminou o gozo de suas férias após o período concessivo, 
todos os dias serão remunerados em dobro. 
(D) os dias de férias gozadas após o período concessivo deverão ser 
remunerados em dobro. 
(E) Marta terá direito a uma indenização equivalente ao valor do seu último 
salário, em razão da infração legal cometida pela empresa. 
 
2. (FCC/TRT/16a REGIÃO - Técnico Judiciário - 2009) O empregado que 
se demite sem antes completar doze meses de serviço 
(A) só tem direito a férias proporcionais se houver dispositivo contratual 
específico. 
(B) só tem direito a férias proporcionais se houver previsão em convenção 
coletiva da categoria ou acordo normativo. 
(C) tem direito a férias proporcionais. 
(D) não tem direito a férias proporcionais em nenhuma hipótese. 
(E) tem direito a férias proporcionais reduzida da metade. 
 
 
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3. (FCC - Analista Judiciário/TRT- GO/2008) Samanta, João e Diego são 
empregados da empresa GGG na modalidade de regime de tempo parcial com 
jornada semanal, respectivamente, de vinte horas, cinco horas e vinte e cinco 
horas. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, após cada período 
de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o gozo de dezoito dias de 
férias caberá legalmente apenas a 
(A) Diego e Samanta. (B) Samanta.(C) João. (D) Diego. (E) Diego e João. 
 
4. (FCC– Analista Judic. – Exec. de Mandados - TRT/CE – 2009) Analise 
as proposições abaixo e assinale a opção correta. 
I. Os trabalhadores sujeitos ao regime de tempo parcial têm assegurado o 
direito a férias após 12 meses de vigência do contrato de trabalho, porém em 
quantidade inferior a trinta dias. Havendo faltas injustificadas ao trabalho em 
número superior a sete durante o período aquisitivo, o trabalhador sujeito ao 
aludido regime de trabalho perderá o direito às férias. 
II. O período em que o empregado permanecer preso preventivamente não 
será considerado falta ao serviço para desconto dos dias de férias, quando for 
ele absolvido no processo criminal. 
III. Não perderá o direito às férias o empregado que, no período aquisitivo, 
deixar o emprego e for readmitido quarenta e cinco dias após a sua saída. 
IV. O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para o serviço 
militar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que ele 
compareça ao estabelecimento dentro de quatro meses da data em que se 
verificar a respectiva baixa. 
a) Todas as proposições são falsas. 
b) Somente as proposições I, II e III são falsas. 
c) Somente as proposições II e III são falsas. 
d) Somente as proposições I e IV são falsas. 
e) Somente a proposição II é falsa. 
 
5. (FCC- Analista Judiciário – Área Adm./TRT/SP/2004) Durante o 
período aquisitivo do direito a férias, um empregado faltou cinco vezes ao 
serviço. Nesse caso terá direito a férias de: 
a) 30 dias corridos, recebendo também, o abono de 1/3. 
b) 30 dias corridos, mas não receberá o abono de 1/3. 
c) 25 dias corridos, recebendo também o abono de 1/3. 
d) 25 dias corridos sem o abono de 1/3. 
e) 24 dias corridos sem o abono de 1/3. 
 
----------------------------------------------------------------------------------- 
Marquem aqui o gabarito de vocês: 
 
1. 2. 3. 4. 5. 
 
--------------------------------------------------------------------------------- 
 
 
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6.10. Questões FCC comentadas: 
1. (FCC- Técnico Judiciário/TRT – Campinas/2009) Maria iniciou o gozo 
de suas férias ainda no período concessivo, mas terminou após o referido 
período. Neste caso, 
(A) Marta terá direito a uma indenização equivalente ao valor do seu último 
salário, em razão da infração administrativa cometida pela empresa. 
(B) como Marta iniciou o gozo de suas férias no período concessivo, todos os 
dias serão remunerados de forma simples. 
(C) como Marta terminou o gozo de suas férias após o período concessivo, 
todos os dias serão remunerados em dobro. 
(D) os dias de férias gozadas após o período concessivo deverão ser 
remunerados em dobro. 
(E) Marta terá direito a uma indenização equivalente ao valor do seu último 
salário, em razão da infração legal cometida pela empresa. 
 
Comentários: Período Concessivo de férias é aquele período de até doze 
meses, que após os doze meses anteriores completos de aquisição do direito 
às férias, o empregador deverá conceder o gozo das mesmas. Quando as 
férias não forem concedidas nos doze meses a contar do término do período 
aquisitivo elas deverão ser concedidas em dobro. 
Art. 134 da CLT As férias serão concedidas por ato do empregador, em 
um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o 
empregado tiver adquirido o direito. 
Esta questão da FCC abordou a literalidade da Súmula 81 do TST. 
 
Súmula 81 do TST Os dias de férias gozados após o período legal de 
concessão deverão ser remunerados em dobro 
 
2. (FCC/TRT/16a REGIÃO - Técnico Judiciário - 2009) O empregado que 
se demite sem antes completar doze meses de serviço 
(A) só tem direito a férias proporcionais se houver dispositivo contratual 
específico. 
(B) só tem direito a férias proporcionais se houver previsão em convenção 
coletiva da categoria ou acordo normativo. 
(C) tem direito a férias proporcionais. 
(D) não tem direito a férias proporcionais em nenhuma hipótese. 
(E) tem direito a férias proporcionais reduzida da metade. 
 
Comentários: O empregado que se demite antes de completar doze meses 
de serviço terá direito às férias proporcionais, conforme o entendimento 
sumulado do TST. 
 
Súmula 261 do TST O empregado que se demite antes de complementar 12 
(doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. 
 
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3. (FCC - Analista Judiciário/TRT- GO/2008) Samanta, João e Diego são 
empregados da empresa GGG na modalidade de regimede tempo parcial com 
jornada semanal, respectivamente, de vinte horas, cinco horas e vinte e cinco 
horas. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, após cada período 
de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o gozo de dezoito dias de 
férias caberá legalmente apenas a 
(A) Diego e Samanta. 
(B) Samanta. 
(C) João. 
(D) Diego. 
(E) Diego e João. 
 
Comentários: Os artigos 130 e 130-A da CLT são muito cobrados em 
concursos públicos, o primeiro trata do período e da gradação das férias dos 
empregados que trabalhem no regime normal de contrato de trabalho. Já o 
segundo refere-se às férias do empregado que possua um contrato de 
trabalho a tempo parcial. 
Art. 130-A da CLT - Na modalidade do regime de tempo parcial, após 
cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o 
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: 
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e 
duas horas, até vinte e cinco horas; 
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
vinte horas, até vinte e duas horas; 
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
quinze horas, até vinte horas; 
IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez 
horas, até quinze horas; 
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco 
horas, até dez horas; 
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a 
cinco horas. 
Parágrafo único - O empregado contratado sob o regime de tempo 
parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período 
aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. 
 
 
 
 
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4. (FCC– Analista Judic. – Exec. de Mandados - TRT/CE – 2009) Analise 
as proposições abaixo e assinale a opção correta. 
I. Os trabalhadores sujeitos ao regime de tempo parcial têm assegurado o 
direito a férias após 12 meses de vigência do contrato de trabalho, porém em 
quantidade inferior a trinta dias. Havendo faltas injustificadas ao trabalho em 
número superior a sete durante o período aquisitivo, o trabalhador sujeito ao 
aludido regime de trabalho perderá o direito às férias. 
II. O período em que o empregado permanecer preso preventivamente não 
será considerado falta ao serviço para desconto dos dias de férias, quando for 
ele absolvido no processo criminal. 
III. Não perderá o direito às férias o empregado que, no período aquisitivo, 
deixar o emprego e for readmitido quarenta e cinco dias após a sua saída. 
IV. O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para o serviço 
militar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que ele 
compareça ao estabelecimento dentro de quatro meses da data em que se 
verificar a respectiva baixa. 
a) Todas as proposições são falsas. 
b) Somente as proposições I, II e III são falsas. 
c) Somente as proposições II e III são falsas. 
d) Somente as proposições I e IV são falsas. 
e) Somente a proposição II é falsa. 
 
Comentários: I- Incorreta. (art. 130-A da CLT). II- Correta. (art. 131, V da 
CLT). III- Correta. (art. 133, I da CLT). IV- Incorreta. (art. 132 da CLT) 
Art. 132 da CLT O tempo de trabalho anterior à apresentação do 
empregado para serviço militar obrigatório será computado no período 
aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 
(noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa. 
5. (FCC- Analista Judiciário – Área Adm./TRT/SP/2004) Durante o 
período aquisitivo do direito a férias, um empregado faltou cinco vezes ao 
serviço. Nesse caso terá direito a férias de: 
a) 30 dias corridos, recebendo também, o abono de 1/3. 
b) 30 dias corridos, mas não receberá o abono de 1/3. 
c) 25 dias corridos, recebendo também o abono de 1/3. 
d) 25 dias corridos sem o abono de 1/3. 
e) 24 dias corridos sem o abono de 1/3. 
 
Comentários: (art. 130 da CLT combinado com o art. 7º, XVII da CF/88). 
----------------------------------------------------------------------------------- 
Gabarito: 
1. D 2. C 3. D 4. D 5. A 
 
--------------------------------------------------------------------------------- 
 
 
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6.11. Questões de diversas bancas comentadas: 
 
Sei que o nosso foco é a FCC. Porém, com o objetivo de aumentar o número 
de questões, acrescentei nesta aula questões de diversas bancas comentadas. 
 
1. (FCC – Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 24ª Região) 
Quando o empregador fornecer in natura uma ou mais das parcelas do salário 
mínimo, o salário em dinheiro será determinado pela fórmula Sd= Sm – P, em 
que Sd representa o salário em dinheiro, SM o salário mínimo e P a soma dos 
valores daquelas parcelas na região. De acordo com o Decreto-lei n 5.452/43, 
o salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a 
a) 30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região. 
b) 35% (trinta e cinco por cento) do salário mínimo fixado para a região. 
c) 40% (quarenta por cento) do salário mínimo fixado para a região. 
d) 45% (quarenta e cinco por cento)do salário mínimo fixado para a região. 
e) 50% (cinqüenta por cento) do salário mínimo fixado para a região. 
 
Comentários: Letra a. (art. 82, parágrafo único da CLT) 
Art. 82 da CLT Quando o empregador fornecer, in natura, uma ou mais 
das parcelas do salário mínimo, o salário em dinheiro será determinado 
pela fórmula Sd = Sm - P, em que Sd representa o salário em dinheiro, 
Sm o salário mínimo e P a soma dos valores daquelas parcelas na 
região. 
 Parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a 
30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região. 
 É importante esclarecer que a Súmula 258 do TST estabelece que os 
percentuais fixados em lei relativos ao salário in natura referem-se às 
hipóteses em que o empregado recebe salário mínimo. 
 
Súmula 258 do TST Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in 
natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário 
mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO DO TRABALHO - TST 
TEORIA E QUESTÕES 
PROFESSORA: DEBORAH PAIVA 
 
Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 37
2. (FCC – Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRT 15ª 
Região – 2009) A empresa X pretende fornecer alimentação para seus 
empregados como salário utilidade. Neste caso, de acordo com a Consolidação 
das Leis do Trabalho, a empregadora 
(A) poderá fornecer a alimentação como salário utilidade, mas esta não 
poderá exceder 30% do salário contratual. 
(B) poderá fornecer a alimentação como salário utilidade, mas esta não 
poderá exceder 20% do salário contratual. 
(C) poderá fornecer a alimentação como salário utilidade, mas esta não 
poderá exceder 25% do salário contratual. 
(D) não poderá fornecer a alimentação como salário utilidade, havendo, 
expressa vedação legal neste sentido. 
(E) só poderá fornecer a alimentação como salário utilidade se houver 
previsão em norma coletiva, mas esta não poderá exceder 25% do salário 
contratual. 
 
Comentários: Letra B (art. 458, parágrafo 3º da CLT). 
 Pagamento em utilidades é a forma de pagamento na qual o empregado 
recebe em bens econômicos. 
 A CLT permite o pagamento em utilidades, como alimentação, 
habitação, etc. 
 Porém, nem todo o salário poderá ser pago em utilidades, uma vez que 
30% necessariamente, do seu valor terá que ser pago em dinheiro. 
 Art. 458 da CLT Além do pagamento em dinheiro, compreende-se 
no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, 
vestuário

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