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Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 1 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL CHALLENGES AND ADVANCEMENTS IN THE TIETÊ-PARANÁ WATERWAY: INFRASTRUCTURE, RECENT WORKS, AND SUSTAINABILITY IN RIVER TRANSPORT DESAFÍOS Y AVANCES EN LA HIDROVÍA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUCTURA, OBRAS RECIENTES Y SOSTENIBILIDAD EN EL TRANSPORTE FLUVIAL Evandro Tozzi Mendonça1 Antonio Eduardo Assis Amorim2 Líria Baptista de Rezende3 DOI: 10.54751/revistafoco.v18n6-228 Received: May 23th, 2025 Accepted: Jun 13th, 2025 RESUMO O estudo sobre a Hidrovia Tietê-Paraná (HTP) investiga sua importância estratégica no transporte fluvial de carga, especialmente no escoamento de produtos agrícolas e industriais para o Porto de Santos, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região. A pesquisa destaca os principais desafios enfrentados pela hidrovia, como a infraestrutura deficiente em certos trechos, problemas ambientais e climáticos, que afetam diretamente a navegabilidade e aumentam os custos operacionais. O artigo busca analisar esses desafios e mostra algunas soluções realizadas para melhorar a eficiência e a sustentabilidade da HTP. A metodologia utilizada foi exploratória e descritiva, envolvendo a aplicação de questionários a profissionais envolvidos nas operações da hidrovia. A pesquisa apontou a necessidade de melhorias contínuas na infraestrutura, especialmente na manutenção dos canais e na ampliação de vãos de Pontes e na manutenção da sinalização ao longo da hidrovia. Essas ações são fundamentais para reduzir o tempo de viagem e aumentar a capacidade de transporte, promovendo uma navegação mais eficiente e segura. Palavras-chave: Hidrovia Tietê-Paraná; infraestrutura; sustentabilidade; obras fluviais. 1 Graduado em Engenharia Naval. Universidade Federal de Santa Catarina. Rua Frei Galvão, s/n, Vila Vicente, Jahu, SP, CEP: 17212-599. E-mail: evandro.tozzi@fatec.sp.gov.br 2 Doutor em Física. Universidade Federal de São Carlos. Rua Frei Galvão, s/n, Vila Vicente, Jahu, SP, CEP: 17212-599. E-mail: aea.amorim@fatec.sp.gov.br 3 Doutora em Engenharia Civil e Ambiental. Faculdade de Tecnologia de Jahu. Rua Frei Galvão, s/n, Vila Vicente, Jahu, SP, CEP: 17212-599. E-mail: liria.rezende@fatec.sp.gov.br mailto:evandro.tozzi@fatec.sp.gov.br mailto:aea.amorim@fatec.sp.gov.br mailto:liria.rezende@fatec.sp.gov.br Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 2 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL _____________________________________________________________________________________ ABSTRACT The study on the Tietê-Paraná Waterway (HTP) investigates its strategic importance in cargo river transport, particularly in the flow of agricultural and industrial products to the Port of Santos, contributing to the region's economic development. The research highlights the main challenges faced by the waterway, such as deficient infrastructure in certain stretches, and environmental and climatic issues that directly affect navigability and increase operational costs. The article aims to analyze these challenges and presents some solutions implemented to improve the efficiency and sustainability of the HTP. The methodology employed was exploratory and descriptive, involving the application of questionnaires to professionals involved in the waterway’s operations. The research pointed out the need for continuous improvements in infrastructure, especially in the maintenance of navigation channels, the expansion of bridge spans, and the upkeep of signaling along the waterway. These actions are essential to reduce travel time and increase transport capacity, promoting safer and more efficient navigation. Keywords: Tietê-Paraná waterway; infrastructure; sustainability; river works. RESUMEN El estudio sobre la Hidrovia Tietê-Paraná (HTP) investiga su importancia estratégica en el transporte fluvial de carga, especialmente en el desplazamiento de productos agrícolas e industriales hacia el Puerto de Santos, contribuyendo al desarrollo económico de la región. La investigación destaca los principales desafíos enfrentados por la hidrovía, como la infraestructura deficiente en ciertos tramos y los problemas ambientales y climáticos que afectan directamente la navegabilidad y aumentan los costos operativos. El artículo busca analizar estos desafíos y presenta algunas soluciones implementadas para mejorar la eficiencia y la sostenibilidad de la HTP. La metodología utilizada fue de carácter exploratorio y descriptivo, con la aplicación de cuestionarios a profesionales involucrados en las operaciones de la hidrovía. La investigación señaló la necesidad de mejoras continuas en la infraestructura, especialmente en el mantenimiento de los canales, la ampliación de los vanos de los puentes y el mantenimiento de la señalización a lo largo de la hidrovía. Estas acciones son fundamentales para reducir el tiempo de viaje y aumentar la capacidad de transporte, promoviendo una navegación más eficiente y segura. Palabras clave: Hidrovía Tietê-Paraná; infraestructura; sostenibilidad; obras fluviales. 1. Introdução Como é observado por Amorim et al. (2024), o rio Tietê já era utilizado para o transporte de mercadorias entre a Vila de São Paulo e o interior do sertão desde os tempos em que o Brasil era colônia portuguesa. Uma série de estudos abordam o uso do rio Tietê, Paraná e seus afluentes na época das bandeiras e monções para a exploração e comércio (Queiroz, 2009). Em alguns destes trechos era necessário fazer a transposição por terra devido a presença de quedas de água. Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 3 Evandro Tozzi Mendonça, Antonio Eduardo Assis Amorim, Líria Baptista de Rezende _____________________________________________________________________________________ Em torno de 1950, pensou-se no uso múltiplo das águas para os rios Paraná e Tietê, para o abastecimento urbano e industrial, pesca e aquicultura, uso agrícola para irrigação e turismo náutico. Posteriormente, com o incremento da atividade industrial e crescimento populacional, foi pensada na geração de energia e na navegação fluvial para o transporte de carga (Departamento Hidroviário, 2021). A sua concepção teve por modelo os conceitos das obras do Vale do Tennessee (ABDI, 2008). Felipe Júnior e Silveira (2022) descreve as etapas de desenvovimento da hidrovia no período de 1930 até 2016. De acordo com o Governo do Estado de São Paulo (2021), a Hidrovia Tietê-Paraná (HTP) é um dos principais corredores de transporte fluvial do Brasil, ligando o interior do país ao Porto de Santos, por meio da conexão multimodal (DEPARTAMENTO HIDROVIÁRIO, 2021), passando por importantes centros urbanos dos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, atendendo 286 municípios. De acordo com Freire e Rezende (2022), a HTP atende 20,3% do território nacional que produzem aproximadamente 3,8 trilhões de reais, correspondendo a 51% do PIB brasileiro (2019). O PIB per capita da região é superior à média nacional. Além disso, a densidade econômica da área coberta pela hidrovia foi 2,5 vezes maior do que a média brasileira no mesmo período, dados que demonstram a importância da hidrovia para o crescimento econômico da região, representado na Tabela 1. Tabela 1. PIB, área e Nº de habitantes das regiões no rio Tietê Regiões PIB R$ bilhões ÁREA km2 População milhões SP 89,6 - 63% 40.252- 35% 2,303 - 69% PR 25,0 -18% 10.029- 9% 0,539 - 16% MS 21,2 -15% 49.006 -42% 0,369 - 11% MG 3,4 - 2% 7.783 - 7% 0,077 - 2% GO 2,4 - 2% 8.193 - 7% 0,048 - 2% Total 141,6 115.263 3,336 Fonte: Freire e Rezende, 2022 Segundo Felipe Junior e Silveira (2022),a HTP percorre um total de 2400 km, sendo 1600 km na hidrovia do Paraná e 800 km na hidrovia Tietê, contando com um sistema de eclusas que viabiliza a navegação e supera os desníveis ao Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 4 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL _____________________________________________________________________________________ longo da via. Atualmente, o transporte de carga é feita usando comboios composto por quatro barcaças (chatas), com a designação 2 x 2 e um empurrador. Como é destacado por Freitas Júnior (2018), com a produção de grãos brasileira se deslocando para o interior do Brasil e distanciando-se cada vez mais dos portos, aumenta-se a necessidade para transportes de grande capacidade de forma que a HTP surge como uma excelente opção. Vários trabalhos destacam as vantagens no transporte hidroviário em comparação com os demais meios de transporte, pois é o menos poluente (Hiratsuka, 2009; Bravin, 2001; Barros et al., 2018; Saraiva; Maehler e Dias, 2015). Na região Centro-Oeste há vários terminais de carga que utilizam a HTP para o escoamento de carga: a) São Simão, baseado no transporte de produtos dos estados de Mato Grosso e Goiás, até Pederneiras, que depois seguem por ferrovi até o porto de Santos; b) Três Lagoas: localizado no Rio Paraná, atende também Mato Grosso do Sul. As empresas, Eldorado Brasil Celulose e Suzano Papel e Celulose, transportam a carga até Pederneiras; c) Sudeste de Mato Grosso do Sul: principal produtor de cana de açúcar; d) Pederneiras: construção de um terminal multimodal (MRS) para 10 milhões de toneladas anuais, como celulose, grãos e contêineres. Dada as vantagens e a importância estratégica da hidrovia para a economia, alguns pontos devem ser destacados e que afetam a navegabilidade da hidrovia. Um deles é a dependência do nível dos rios com o clima. A Figura 1 mostra a movimentação de carga ao longo dos anos e se observa que nos anos de 2014 a 2015 houve uma queda abrupta na movimentação de carga que decorreu da forte estiagem, ocasionando a paralisação da via, fazendo com que os comboios ficassem parados nos terminais. Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 5 Evandro Tozzi Mendonça, Antonio Eduardo Assis Amorim, Líria Baptista de Rezende _____________________________________________________________________________________ Figura 1. Crescimento de 9% ao ano no total de Carga Transportada Fonte: Departamento Hidroviário, 2021 Outro ponto que afeta o transporte é o contingenciamento da verba para a hidrovia, afetando algumas obras essenciais para a navegabilidade tais como a ampliação de vãos de pontes e a dragagem. Como é destacado por Barros et al. (2023), os projetos brasileiros permanecem subdesenvolvidos e a capacidade de transporte hidroviário de carga é subutilizada. Outra ação necessária é a localização das boias de amarração, que estavam bem distantes dos pontos de transposição, tais como algumas pontes e eclusas. Ultimamente, outro fator que afeta a navegabilidade no rio Tietê é a proliferação de vegetação flutuante que interfere na geração de energia, captação de água, irrigação, piscicultura e lazer. Diversos estudos tem sido feitos para estudar a presença de aguapés e algas na hidrovia (Carvalho et al., 2003, 2005; Coelho et al., 2024; Galo et al., 2002; Rezende; Kaiser e Peixoto, 2018). A presença dessas plantas acabam arrastando boias, se acumulando nos pilares de pontes, nas entradas de eclusas ou nas câmaras das turbinas geradoras, como é mostrado na Figura 2. Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 6 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL _____________________________________________________________________________________ Figura 2. Acúmulo de macrófitas na câmara da eclusa Fonte: Pereira, 2025 Desta maneira, obras ainda são necessárias para a melhoria do escoamento de cargas pela HTP, para aumentar o volume de carga transportada. Este artigo tem por objetivo atualizar as últimas ações públicas feitas na hidrovia com o intuito de melhorar o transporte aquaviário na HTP. 2. Pontos de Restrição de Navegação Segundo o Departamento Hidroviário - DH, a hidrovia apresenta alguns trechos críticos que dificultam a navegação de comboios na formação 2 x 2. Em alguns vãos de pontes, o comboio precisa passar com a velocidade reduzida, em outros o comboio precisava desmembrar, em um arranjo de duas barcaças em linha (1 x 2), assim como nas eclusas. Desta forma há boias localizadas a montante e jusante destes pontes para que as barcaças sejam amarradas durantre a operação de desmembramento. Assim, o empurrador leva o conjunto de duas barcaças, transpõe estes obstáculos e as afixa na outra boia. O empurrador retorna para com as outras duas barcaças e reúne o conjunto, continuando a viagem. Algumas destas boias ficam afastados das eclusas, resultando em um aumento no tempo de viagem e nos custos operacionais pelo desmembramento. Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 7 Evandro Tozzi Mendonça, Antonio Eduardo Assis Amorim, Líria Baptista de Rezende _____________________________________________________________________________________ Diante disso, verifica-se a necessidade de soluções de engenharia para garantir uma navegação mais segura neste ambiente. A Figura 3 mostra o gabarito de navegação, indicando as restrições para a navegação da Hidrovia Tietê, na qual em alguns trechos a navegação é feita com velocidade reduzida e em outros é necessário desmembrar o comboio. Figura 3. Restrições com Desmembramento de Comboios na Hidrovia Fonte: Normas e Procedimentos da Capitania Fluvial do Tietê-Paraná, 2023 A HTP possui as seguintes barragens em funcionamento no trecho do rio Tietê: Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava e Três Irmãos, todas com 142m de comprimento, 12m de largura e profundidade em torno de 3m. Devido ao grande desnível das águas, as duas últimas estão equipadas com duas câmaras de eclusas cada uma. No trecho da Hidrovia do Paraná, há outras duas eclusas: Jupiá e Porto Primavera, com dimensões de 210m de comprimento e 17m de largura. A Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 8 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL _____________________________________________________________________________________ montante de Salto e Piracicaba (SP) o trecho é inadequado para a navegação de comboios, pois apresentam baixo calado e pequena dimensão do canal. A barragem de Ilha Solteira, por sua vez, não conta com eclusas, e a interligação do seu reservatório com o de Três Irmãos é realizada pelo Canal de Pereira Barreto, uma obra de engenharia essencial que permite o fluxo contínuo entre esses dois importantes corpos d'água. As eclusas foram projetadas com dimensões padrão de 145 metros de comprimento, 12 metros de largura e um calado máximo de 2,50 metros, permitindo a passagem de embarcações de grande porte. A Tabela 2 mostra as características de cada eclusa. Tabela 2. Tabela com os dados característicos de cada eclusa. Fonte: Diretoria de Hidrografia e Navegação, 2016 Em termos de sinalização, como é destacado por Bravin (2001), o balizamento da Hidrovia Tietê-Paraná conta com vários tipos de sinais, desde placas de sinalização até boias cegas e sinalizações de margem e vãos de Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 9 Evandro Tozzi Mendonça, Antonio Eduardo Assis Amorim, Líria Baptista de Rezende _____________________________________________________________________________________ ponte. Contudo, devido a presençade algas e aguapés que se movimentam ao longo do rio acabam removendo algumas destas boias. 3. Melhorias Efetuadas na Hidrovia No Quadro 1 tem-se um descritivo de ações desenvolvids ao longo do tempo de obras e legislações estabelecidas para a HTP. Quadro 1. Breve Histórico das Operações e Concessões Ano Operações e Eventos 1955 Lei nº 3.329/SP. Cria regularização da vazão do rio e o estabelecimento das vias de navegação nos projetos de energia elétrica. 1957 Início da construção da barragem de Barra Bonita. 1958 Início da construção da barragem de Bariri. 1963 Início da construção da barragem de Ibitinga. 1966 Início da construção da barragem de Promissão. 1969 Início da operação da eclusa de Bariri. 1973 Início da operação da eclusa de Barra Bonita, nos fins de semana. 1979 Início da operação diária da eclusa de Barra Bonita. Início da construção da barragem de Nova Avanhandava. 1980 Início da construção do canal Pereira Barreto. Início da construção da barragem de Três Irmãos. 1981 Inauguração da "Hidrovia do Álcool". Trecho Barra Bonita a Ibitinga, com 273 km de extensão. 1984 Financiamento do BNDES para a conclusão do Tramo Norte da Hidrovia. 1985 Decreto Federal nº 91.795. Concessão ao Estado de São Paulo a administração e exploração do rio Paraná. 1986 Início das operações das eclusas de Ibitinga e Promissão, a "Hidrovia do Álcool" totalizando 438 km. 1988 Decreto nº 28.874. Define competências para a Hidrovia Tietê-Paraná e institui seu comitê-diretor (Planejar, Implantar, Administrar e Operar) 1991 Inauguração do canal Pereira Barreto e das eclusas de Nova Avanhandava. Criada a Diretoria de Hidrovias e Desenvolvimento Regional, na CESP. 1993 Lei nº 8.630. Dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias. 1994 Portaria nº 0029. Aprova "Normas de Segurança para o Tráfego e Permanência de Embarcações nas Eclusas dos Rios Nacionais". Início da operação da eclusa de Três Irmãos. 1995 Lei nº 8.987 e Medida Provisória nº 890/95. Tratam do regime de concessão e permissão de serviços públicos, de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica; incluindo transportes aquaviários e exploração de barragens e eclusas. A criação das Normas de Tráfego e Permanência de Embarcações da Hidrovia e seus canais. 1999 Decreto nº 44.265. Determina o Departamento Hidroviário de São Paulo (DH) como órgão fiscalizador do trecho Tietê. 2009 Convênio com o Departamento Hidroviário de São Paulo para a construção da 2ª edição do Atlas de Cartas Náuticas da Hidrovia Tietê-Paraná. 2013 Ampliação do vão da ponte SP-333 Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 10 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL _____________________________________________________________________________________ 2019 Início das obras no canal a Montante da Eclusa de Ibitinga, dragagem e adequação 2020 Ampliação do canal de Ibitinga 2023 Atualização das Normas e procedimentos da capitania fluvial do tietê-paraná. Início das obras de derrocamento no canal de Avanhandava 2024 Ampliação do vão da ponte SP-425. 2025 Obra de derrocamento no canal de Avanhandava Fonte: Marinha do Brasil, 2016 Algumas obras que estão sendo desenvolvidas em 2025 merecem destaque. Uma delas é a obra de derrocamento no canal de Nova Avanhandava, mostrada na Figura 4, com o intuito de aprofundar a via em 3,5m, com previsão de término em 2026, permitindo a navegação em períodos de estiagem. Figura 4. Detonação de Pedra Submersa em Nova Avanhandava. Fonte: DNIT, 2024 A Figura 5 mostra em linha tracejada a obra de derrocamento e aprofundamento do canal de navegação no rio Tietê. Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 11 Evandro Tozzi Mendonça, Antonio Eduardo Assis Amorim, Líria Baptista de Rezende _____________________________________________________________________________________ Figura 5 - Local das obras de ampliação do Canal a Jusante da Eclusa de Nova Avanhandava. Fonte: DNIT, 2024 Entre as obras concluídas, destaca-se o Canal de Montante da Eclusa de Ibitinga enquanto a revisão dos projetos do Atracadouro de Espera da Eclusa de Bariri e do Canal de Anhembi seguem em andamento. O Quadro 2 apresenta um panorama das obras em andamento e das que estão paralisadas no Rio Tietê. Quadro 2. Obras na Hidrovia Tietê LOCAL TIPO DE OBRA/SERVIÇO RECURSOS Alto e Médio Tietê (Em Andamento) Contratação de empresa especializada para apoio à fiscalização, supervisão e acompanhamento das obras do Programa para a Eliminação de Gargalos. - Trecho entre os km 72 e 89,1 da rota de navegação (Em Andamento) Contratação de empresa de engenharia. Revisão e complementação de projeto executivo de dragagem e elaboração de estudos ambientais do canal de Anhembi. Ministério dos Transportes Jusante de Nova Avanhandava (Em andamento) Execução da obra de ampliação do Canal de Navegação (Derrocamento) Ministério dos Transportes Eclusa de Bariri (Paralisada) Contratação de empresa de engenharia para a execução da obra de implantação do Atracadouro de Espera Contrato de Financiamento BNDES. Ponte SP 425 (Paralisada) Proteção dos pilares do vão de navegação ampliado Contrato de Financiamento BNDES. Ponte SP 333 (Paralisada) Proteção dos pilares do vão de navegação ampliado. - Fonte: Adaptado de SLT, 2022 Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 12 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL _____________________________________________________________________________________ A Figura 6 mostra a obra de ampliação do vão da ponte SP-425 sobre o rio Tietê, localizada na cidade de Barbosa. A intervenção, foi iniciada em 2012 e paralisada em 2014, sendo retomada em maio de 2022 e teve como objetivo a remoção de dois pilares para aumentar a segurança na passagem de embarcações. Em outubro de 2024, foi realizada a implosão dos pilares, mostrada na Figura 7, e na sequência foi realizado o translado da estrutura metálica até o local, Figura 8, bem como a instalação do novo vão navegável de 120 metros de comprimento e 1.100 toneladas, mostrada na Figura 9. Figura 6. Canal atual de navegação e futuro canal ampliado Fonte: Elaborado pelos autores Figura 7. Implosão dos pilares para ampliação do canal de navegação Fonte: Elaborado pelos autores Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 13 Evandro Tozzi Mendonça, Antonio Eduardo Assis Amorim, Líria Baptista de Rezende _____________________________________________________________________________________ Figura 8. Transporte do novo vão metálico Fonte: Elaborado pelos autores Figura 9. Encaixe do novo vão metálico para início do içamento Fonte: Elaborado pelos autores Uma outra solução adotada para reduzir incidentes na HTP é a instalação de Sistemas Flutuantes de Proteção de Pilares de Pontes, como é mostrado na Figura 10. Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 14 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL _____________________________________________________________________________________ Figura 10. Sistemas Flutuantes Projetados pela Naval/IPT Fonte: Padovezi, 2019 No período entre 2000 a 2018 foram instalados os sistemas flutuantes em diversas pontes na Hidrovia Tietê-Paraná e observou-se 14 colisões registradas de comboios fluviais contra os pontões, sendo uma média de um evento a cada sete anos. 4. Metodologia A pesquisa utiliza uma abordagem metodológica de natureza exploratória para aprofundar o conhecimento sobre o desenvolvimento da hidrovia, incluindoobras estruturais, desafios ambientais e avanços tecnológicos e descritiva para detalhar as características da infraestrutura, os fenômenos operacionais e os dados obtidos por meio da análise documental e pesquisa de campo. Conforme Gil (2002), as pesquisas descritivas permitem descrever características de populações e fenômenos, sendo amplamente utilizadas em estudos de engenharia e logística. A pesquisa utiliza múltiplas fontes de dados, como Estudos Acadêmicos, Leis e Regulamentações, Publicações de Órgãos Governamentais. Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 15 Evandro Tozzi Mendonça, Antonio Eduardo Assis Amorim, Líria Baptista de Rezende _____________________________________________________________________________________ 5. Resultados Foi elaborado um questionário contendo 17 questões e encaminhada aos profissionais diretamente envolvidos nas operações da Hidrovia Tietê-Paraná. A amostra é composta por 22 participantes, que colaboraram para esta pesquisa de forma voluntária. Quando questionados sobre a manutenção dos dispositivos de sinalização, como boias e muros guias, ao longo da hidrovia, 45% dos participantes indicaram que esses elementos, embora funcionais, requerem manutenção ocasional. Outros 27% relataram problemas recorrentes, enquanto uma parcela adicional de 27% apontou que esses itens estão em mau estado, impactando negativamente a segurança da navegação. Em termos de sugestões de melhorias, 41% dos operadores recomendaram a modernização dos sistemas de sinalização eletrônica, 36% sugeriram uma manutenção mais eficiente dos dispositivos existentes, e 18% ressaltaram a necessidade de aumentar o número de placas e boias ao longo do trajeto. De acordo com à percepção dos entrevistados sobre a infraestrutura das eclusas e pontes e sua adequação para atender às demandas atuais de navegação, a maioria apresentou uma visão positiva, com algumas ressalvas para melhorias adicionais: a) 77% concordam que a infraestrutura é adequada para a demanda, com 5% afirmando que atende perfeitamente e 72% indicando que melhorias são possíveis; b) 23% discordam, sendo que 18% mencionaram pontos críticos que necessitam de intervenção, e 5% consideram a infraestrutura insuficiente. Identificaram a falta de manutenção das vias e canais como o principal fator que compromete a facilidade de navegação (45%), enquanto 36% atribuem as dificuldades às variações sazonais no nível da água e 18% mencionam problemas de sinalização inadequada ou danificada. Sobre a percepção de melhorias recentes na hidrovia em termos de infraestrutura e segurança: c) 68% responderam afirmativamente, com 18% reconhecendo grandes Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 16 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL _____________________________________________________________________________________ melhorias e 50% afirmando que, apesar dos avanços, ainda há espaço para progresso; d) 32% responderam negativamente, sendo que 27% indicaram que poucas melhorias foram feitas, e 5% disseram que as condições se deterioraram. Ao serem questionados sobre as principais sugestões para aumentar a segurança e a eficiência da navegação interior, os operadores de comboios priorizaram melhorias na sinalização e nas boias (32%). Outras sugestões incluíram a ampliação do vão das pontes, o aumento da frequência das dragagens e desassoreamentos, e a expansão das eclusas, cada uma com 23% das preferências. Entre os principais desafios apontados na Hidrovia Tietê-Paraná, destacam-se as condições de profundidade e a necessidade de manutenção dos canais (45%), problemas com sinalização e boias (27%), mudanças climáticas, como secas e enchentes (18%), e limitações na infraestrutura das eclusas (9%). Em relação às variações climáticas, como secas e chuvas intensas, os impactos nas operações também foram avaliados: 59% dos entrevistados indicaram que as secas impactam significativamente a navegação, 18% mencionaram que as chuvas têm impacto moderado, 14% relataram que há impacto apenas em situações extremas, e 9% afirmaram não observar grandes impactos operacionais. Questionados sobre o uso de cartas náuticas eletrônicas, 77% dos participantes confirmaram utilizá-las nas embarcações. Em relação ao treinamento e capacitação para operação na hidrovia, 63% dos entrevistados consideram que o treinamento atual é adequado, mas 36% acreditam que ainda há espaço para melhorias em áreas específicas. Além disso, 27% afirmam que o treinamento é satisfatório, enquanto outros apontam a necessidade de um treinamento mais intensivo, alinhando-se à recomendação de Barros et al. (2023), que enfatiza a importância de melhorar a execução dos projetos, bem como o investimento em recrutamento e treinamento. Quanto aos principais obstáculos enfrentados na operação de comboios, 41% mencionaram as condições das eclusas e o tempo de espera, além das limitações na largura e profundidade dos canais (41%). Questionados sobre a Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 17 Evandro Tozzi Mendonça, Antonio Eduardo Assis Amorim, Líria Baptista de Rezende _____________________________________________________________________________________ competitividade da hidrovia em relação aos modais rodoviário e ferroviário a maioria concordou que a hidrovia é uma alternativa viável: 55% consideram-na competitiva, enquanto 41% acreditam que poderia ser mais eficiente. Os resultados apontam que a maioria dos participantes enfrenta desafios operacionais significativos, com destaque para problemas de profundidade e manutenção dos canais (45%), questões relacionadas à sinalização e boias (27%), além dos impactos das mudanças climáticas, como secas e enchentes (18%). Ainda, 9% dos participantes atribuem esses desafios à infraestrutura das eclusas. Tais resultados reforçam a necessidade de intervenções em pontos críticos para aprimorar a segurança e a eficiência da navegação. Dos participantes, 64% afirmaram que sim, 23 % justificam que utilizam tecnologias de redução de emissão de gases e 41% realizam manutenção frequente para garantir a eficiência energética. Em contrapartida, 37% declararam que não adotam práticas específicas, com 32% mencionando a falta de iniciativas nesse sentido e, 23% demonstram interesse na implementação de novas tecnologias menos poluentes, como a utilização de motores movidos a gás natural vem sendo estudado por empresa que navega na Hidrovia Tietê- Paraná. 6. Resultados e Discussões A análise dos dados coletados indica que o desenvolvimento sustentável da Hidrovia Tietê depende diretamente de investimentos em infraestrutura, capacitação do pessoal envolvido e incorporação de tecnologias mais avançadas. Em relação à infraestrutura, os participantes apontaram a necessidade de melhorias nas eclusas, pontes e na sinalização ao longo da hidrovia, destacando que esses elementos são essenciais para garantir a segurança e eficiência da navegação. Além disso, questões como a manutenção frequente dos canais e a utilização das cartas náuticas foram identificadas como prioridades para atender as demandas operacionais. No âmbito operacional, os resultados revelam que o treinamento e a capacitação dos tripulantes são aspectos que necessitam de atenção. Embora Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 18 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL _____________________________________________________________________________________ muitos considerem o treinamento atual adequado, uma parcela significativa dos entrevistados sugeriu a possibilidade de aprimoramento em áreas específicas. A capacitação contínua é vista como fundamental para que os profissionaispossam lidar com os desafios únicos da hidrovia, incluindo a variação sazonal dos níveis de água e as condições adversas que podem impactar a navegação. O uso de tecnologias inovadoras também foi um ponto destacado pelos tripulantes como essencial para o avanço da hidrovia. A adoção de cartas náuticas eletrônicas e sistemas de sinalização modernos foi bem recebida e percebida como uma contribuição significativa para a segurança da navegação. No entanto, ainda há espaço para ampliar o uso dessas tecnologias, o que poderia incluir, por exemplo, sistemas de monitoramento em tempo real e integração com outras plataformas logísticas, aumentando a competitividade da hidrovia em relação a outros modais de transporte. Com base no feedback dos participantes, recomendase que futuros estudos considerem uma abordagem longitudinal para monitorar as condições da hidrovia ao longo de diferentes períodos e estações do ano, permitindo uma compreensão mais completa dos desafios enfrentados pelos navegadores. Avaliações periódicas dos usuários podem oferecer insights valiosos e contribuir para um processo de aprimoramento contínuo, garantindo que a Hidrovia Tietê- Paraná se torne uma opção cada vez mais segura, eficiente e sustentável no cenário logístico nacional. 7. Conclusão A Hidrovia Tietê-Paraná (HTP) representa uma infraestrutura estratégica para o transporte de cargas no Brasil, especialmente para o escoamento de produtos agrícolas e industriais provenientes do interior do país até o Porto de Santos. Ao longo das décadas, importantes avanços foram realizados, como a construção de eclusas, o canal de Pereira Barreto e, mais recentemente, a ampliação de vãos de pontes e as obras de derrocagem no canal de Nova Avanhandava. No entanto, os resultados desta pesquisa evidenciam que ainda persistem desafios estruturais e operacionais que comprometem a plena Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 19 Evandro Tozzi Mendonça, Antonio Eduardo Assis Amorim, Líria Baptista de Rezende _____________________________________________________________________________________ eficiência da hidrovia, como a necessidade de manutenção contínua dos canais, a adequação das estruturas de sinalização e o enfrentamento dos impactos das variações climáticas. As percepções dos operadores e profissionais diretamente envolvidos nas operações da HTP revelam a urgência de investimentos constantes em infraestrutura e tecnologia, bem como de ações coordenadas para a capacitação dos tripulantes e a adoção de práticas sustentáveis. A ampliação da capacidade de navegação e a redução do tempo de percurso dependem diretamente da superação desses gargalos. Assim, este estudo contribui para o diagnóstico dos principais entraves e aponta caminhos para a formulação de políticas públicas e investimentos que assegurem a eficiência, a segurança e a sustentabilidade da hidrovia. O fortalecimento da HTP como um corredor logístico competitivo é essencial para promover o desenvolvimento regional e nacional, reduzindo a dependência do transporte rodoviário e ampliando o uso de modais mais sustentáveis. REFERÊNCIAS ABDI - Agência Brasileira De Desenvolvimento Industrial. Construção Naval: Breve Análise Do Cenário Brasileiro Em 2007. [S.l.]: Abdi, 2008. AMORIM, A. 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Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 20 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL _____________________________________________________________________________________ BRAVIN, L. F. N. Análise de transporte multimodal na região da hidrovia Tietê-Paraná. Mestrado—Botucatu/SP: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências Agronômicas campus de Botucatu, 2001. CARVALHO, F. T.; GALO, M. L. B. T. VELINI, E. D.; MARTINS, D. Plantas aquáticas e nível de infestação das espécies presentes no reservatório de Barra Bonita, no rio Tietê. Planta Daninha, v. 21, n. spe, p. 15–19, 2003. CARVALHO, F. T.; VELINI, E. D.; CAVENAGHI, A. L.; NEGRISOLI, E.; CASTRO, R. M. Influência da turbidez da água do rio Tietê na ocorrência de plantas aquáticas. Planta Daninha, v. 23, n. 2, p. 359–362, jun. 2005. COELHO, W. M. D.; FREITAS, J. F. A.; SANTOS, L. H. F. dos; ROSA, P. R. B.; STORTI, S. M. M. 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