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Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 
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DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: 
INFRAESTRUTURA, OBRAS RECENTES E 
SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL 
 
CHALLENGES AND ADVANCEMENTS IN THE TIETÊ-PARANÁ 
WATERWAY: INFRASTRUCTURE, RECENT WORKS, AND 
SUSTAINABILITY IN RIVER TRANSPORT 
 
DESAFÍOS Y AVANCES EN LA HIDROVÍA TIETÊ-PARANÁ: 
INFRAESTRUCTURA, OBRAS RECIENTES Y SOSTENIBILIDAD 
EN EL TRANSPORTE FLUVIAL 
 
Evandro Tozzi Mendonça1 
Antonio Eduardo Assis Amorim2 
Líria Baptista de Rezende3 
 
DOI: 10.54751/revistafoco.v18n6-228 
Received: May 23th, 2025 
Accepted: Jun 13th, 2025 
 
 
RESUMO 
O estudo sobre a Hidrovia Tietê-Paraná (HTP) investiga sua importância estratégica no 
transporte fluvial de carga, especialmente no escoamento de produtos agrícolas e 
industriais para o Porto de Santos, contribuindo para o desenvolvimento econômico da 
região. A pesquisa destaca os principais desafios enfrentados pela hidrovia, como a 
infraestrutura deficiente em certos trechos, problemas ambientais e climáticos, que 
afetam diretamente a navegabilidade e aumentam os custos operacionais. O artigo 
busca analisar esses desafios e mostra algunas soluções realizadas para melhorar a 
eficiência e a sustentabilidade da HTP. A metodologia utilizada foi exploratória e 
descritiva, envolvendo a aplicação de questionários a profissionais envolvidos nas 
operações da hidrovia. A pesquisa apontou a necessidade de melhorias contínuas na 
infraestrutura, especialmente na manutenção dos canais e na ampliação de vãos de 
Pontes e na manutenção da sinalização ao longo da hidrovia. Essas ações são 
fundamentais para reduzir o tempo de viagem e aumentar a capacidade de transporte, 
promovendo uma navegação mais eficiente e segura. 
 
Palavras-chave: Hidrovia Tietê-Paraná; infraestrutura; sustentabilidade; obras fluviais. 
 
 
1 Graduado em Engenharia Naval. Universidade Federal de Santa Catarina. Rua Frei Galvão, s/n, Vila Vicente, Jahu, 
SP, CEP: 17212-599. E-mail: evandro.tozzi@fatec.sp.gov.br 
2 Doutor em Física. Universidade Federal de São Carlos. Rua Frei Galvão, s/n, Vila Vicente, Jahu, SP, CEP: 17212-599. 
E-mail: aea.amorim@fatec.sp.gov.br 
3 Doutora em Engenharia Civil e Ambiental. Faculdade de Tecnologia de Jahu. Rua Frei Galvão, s/n, Vila Vicente, Jahu, 
SP, CEP: 17212-599. E-mail: liria.rezende@fatec.sp.gov.br 
mailto:evandro.tozzi@fatec.sp.gov.br
mailto:aea.amorim@fatec.sp.gov.br
mailto:liria.rezende@fatec.sp.gov.br
Revista Foco | v.18 n.6 |e8991| p.01-21 |2025 
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 DESAFIOS E AVANÇOS NA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ: INFRAESTRUTURA, 
OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL 
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ABSTRACT 
The study on the Tietê-Paraná Waterway (HTP) investigates its strategic importance in 
cargo river transport, particularly in the flow of agricultural and industrial products to the 
Port of Santos, contributing to the region's economic development. The research 
highlights the main challenges faced by the waterway, such as deficient infrastructure in 
certain stretches, and environmental and climatic issues that directly affect navigability 
and increase operational costs. The article aims to analyze these challenges and 
presents some solutions implemented to improve the efficiency and sustainability of the 
HTP. The methodology employed was exploratory and descriptive, involving the 
application of questionnaires to professionals involved in the waterway’s operations. The 
research pointed out the need for continuous improvements in infrastructure, especially 
in the maintenance of navigation channels, the expansion of bridge spans, and the 
upkeep of signaling along the waterway. These actions are essential to reduce travel 
time and increase transport capacity, promoting safer and more efficient navigation. 
 
Keywords: Tietê-Paraná waterway; infrastructure; sustainability; river works. 
 
RESUMEN 
El estudio sobre la Hidrovia Tietê-Paraná (HTP) investiga su importancia estratégica en 
el transporte fluvial de carga, especialmente en el desplazamiento de productos 
agrícolas e industriales hacia el Puerto de Santos, contribuyendo al desarrollo 
económico de la región. La investigación destaca los principales desafíos enfrentados 
por la hidrovía, como la infraestructura deficiente en ciertos tramos y los problemas 
ambientales y climáticos que afectan directamente la navegabilidad y aumentan los 
costos operativos. El artículo busca analizar estos desafíos y presenta algunas 
soluciones implementadas para mejorar la eficiencia y la sostenibilidad de la HTP. La 
metodología utilizada fue de carácter exploratorio y descriptivo, con la aplicación de 
cuestionarios a profesionales involucrados en las operaciones de la hidrovía. La 
investigación señaló la necesidad de mejoras continuas en la infraestructura, 
especialmente en el mantenimiento de los canales, la ampliación de los vanos de los 
puentes y el mantenimiento de la señalización a lo largo de la hidrovía. Estas acciones 
son fundamentales para reducir el tiempo de viaje y aumentar la capacidad de 
transporte, promoviendo una navegación más eficiente y segura. 
 
Palabras clave: Hidrovía Tietê-Paraná; infraestructura; sostenibilidad; obras fluviales. 
 
 
1. Introdução 
 
Como é observado por Amorim et al. (2024), o rio Tietê já era utilizado 
para o transporte de mercadorias entre a Vila de São Paulo e o interior do sertão 
desde os tempos em que o Brasil era colônia portuguesa. Uma série de estudos 
abordam o uso do rio Tietê, Paraná e seus afluentes na época das bandeiras e 
monções para a exploração e comércio (Queiroz, 2009). Em alguns destes 
trechos era necessário fazer a transposição por terra devido a presença de 
quedas de água. 
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 Evandro Tozzi Mendonça, Antonio Eduardo Assis Amorim, Líria Baptista de 
Rezende 
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Em torno de 1950, pensou-se no uso múltiplo das águas para os rios 
Paraná e Tietê, para o abastecimento urbano e industrial, pesca e aquicultura, 
uso agrícola para irrigação e turismo náutico. Posteriormente, com o incremento 
da atividade industrial e crescimento populacional, foi pensada na geração de 
energia e na navegação fluvial para o transporte de carga (Departamento 
Hidroviário, 2021). 
A sua concepção teve por modelo os conceitos das obras do Vale do 
Tennessee (ABDI, 2008). Felipe Júnior e Silveira (2022) descreve as etapas de 
desenvovimento da hidrovia no período de 1930 até 2016. 
De acordo com o Governo do Estado de São Paulo (2021), a Hidrovia 
Tietê-Paraná (HTP) é um dos principais corredores de transporte fluvial do Brasil, 
ligando o interior do país ao Porto de Santos, por meio da conexão multimodal 
(DEPARTAMENTO HIDROVIÁRIO, 2021), passando por importantes centros 
urbanos dos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas 
Gerais, atendendo 286 municípios. 
De acordo com Freire e Rezende (2022), a HTP atende 20,3% do território 
nacional que produzem aproximadamente 3,8 trilhões de reais, correspondendo 
a 51% do PIB brasileiro (2019). O PIB per capita da região é superior à média 
nacional. Além disso, a densidade econômica da área coberta pela hidrovia foi 
2,5 vezes maior do que a média brasileira no mesmo período, dados que 
demonstram a importância da hidrovia para o crescimento econômico da região, 
representado na Tabela 1. 
 
Tabela 1. PIB, área e Nº de habitantes das regiões no rio Tietê 
Regiões PIB R$ bilhões ÁREA km2 População milhões 
SP 89,6 - 63% 40.252- 35% 2,303 - 69% 
PR 25,0 -18% 10.029- 9% 0,539 - 16% 
MS 21,2 -15% 49.006 -42% 0,369 - 11% 
MG 3,4 - 2% 7.783 - 7% 0,077 - 2% 
GO 2,4 - 2% 8.193 - 7% 0,048 - 2% 
Total 141,6 115.263 3,336 
Fonte: Freire e Rezende, 2022 
 
Segundo Felipe Junior e Silveira (2022),a HTP percorre um total de 2400 
km, sendo 1600 km na hidrovia do Paraná e 800 km na hidrovia Tietê, contando 
com um sistema de eclusas que viabiliza a navegação e supera os desníveis ao 
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longo da via. Atualmente, o transporte de carga é feita usando comboios 
composto por quatro barcaças (chatas), com a designação 2 x 2 e um 
empurrador. 
Como é destacado por Freitas Júnior (2018), com a produção de grãos 
brasileira se deslocando para o interior do Brasil e distanciando-se cada vez mais 
dos portos, aumenta-se a necessidade para transportes de grande capacidade 
de forma que a HTP surge como uma excelente opção. 
Vários trabalhos destacam as vantagens no transporte hidroviário em 
comparação com os demais meios de transporte, pois é o menos poluente 
(Hiratsuka, 2009; Bravin, 2001; Barros et al., 2018; Saraiva; Maehler e Dias, 
2015). 
Na região Centro-Oeste há vários terminais de carga que utilizam a HTP 
para o escoamento de carga: 
a) São Simão, baseado no transporte de produtos dos estados de Mato 
Grosso e Goiás, até Pederneiras, que depois seguem por ferrovi até o 
porto de Santos; 
b) Três Lagoas: localizado no Rio Paraná, atende também Mato Grosso do 
Sul. As empresas, Eldorado Brasil Celulose e Suzano Papel e Celulose, 
transportam a carga até Pederneiras; 
c) Sudeste de Mato Grosso do Sul: principal produtor de cana de açúcar; 
d) Pederneiras: construção de um terminal multimodal (MRS) para 10 
milhões de toneladas anuais, como celulose, grãos e contêineres. 
Dada as vantagens e a importância estratégica da hidrovia para a 
economia, alguns pontos devem ser destacados e que afetam a navegabilidade 
da hidrovia. 
Um deles é a dependência do nível dos rios com o clima. A Figura 1 
mostra a movimentação de carga ao longo dos anos e se observa que nos anos 
de 2014 a 2015 houve uma queda abrupta na movimentação de carga que 
decorreu da forte estiagem, ocasionando a paralisação da via, fazendo com que 
os comboios ficassem parados nos terminais. 
 
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Figura 1. Crescimento de 9% ao ano no total de Carga Transportada 
 
Fonte: Departamento Hidroviário, 2021 
 
Outro ponto que afeta o transporte é o contingenciamento da verba para 
a hidrovia, afetando algumas obras essenciais para a navegabilidade tais como 
a ampliação de vãos de pontes e a dragagem. 
Como é destacado por Barros et al. (2023), os projetos brasileiros 
permanecem subdesenvolvidos e a capacidade de transporte hidroviário de 
carga é subutilizada. Outra ação necessária é a localização das boias de 
amarração, que estavam bem distantes dos pontos de transposição, tais como 
algumas pontes e eclusas. Ultimamente, outro fator que afeta a navegabilidade 
no rio Tietê é a proliferação de vegetação flutuante que interfere na geração de 
energia, captação de água, irrigação, piscicultura e lazer. 
Diversos estudos tem sido feitos para estudar a presença de aguapés e 
algas na hidrovia (Carvalho et al., 2003, 2005; Coelho et al., 2024; Galo et al., 
2002; Rezende; Kaiser e Peixoto, 2018). A presença dessas plantas acabam 
arrastando boias, se acumulando nos pilares de pontes, nas entradas de eclusas 
ou nas câmaras das turbinas geradoras, como é mostrado na Figura 2. 
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OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL 
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Figura 2. Acúmulo de macrófitas na câmara da eclusa 
 
Fonte: Pereira, 2025 
 
Desta maneira, obras ainda são necessárias para a melhoria do 
escoamento de cargas pela HTP, para aumentar o volume de carga 
transportada. 
Este artigo tem por objetivo atualizar as últimas ações públicas feitas na 
hidrovia com o intuito de melhorar o transporte aquaviário na HTP. 
 
2. Pontos de Restrição de Navegação 
 
Segundo o Departamento Hidroviário - DH, a hidrovia apresenta alguns 
trechos críticos que dificultam a navegação de comboios na formação 2 x 2. Em 
alguns vãos de pontes, o comboio precisa passar com a velocidade reduzida, 
em outros o comboio precisava desmembrar, em um arranjo de duas barcaças 
em linha (1 x 2), assim como nas eclusas. 
Desta forma há boias localizadas a montante e jusante destes pontes para 
que as barcaças sejam amarradas durantre a operação de desmembramento. 
Assim, o empurrador leva o conjunto de duas barcaças, transpõe estes 
obstáculos e as afixa na outra boia. O empurrador retorna para com as outras 
duas barcaças e reúne o conjunto, continuando a viagem. 
Algumas destas boias ficam afastados das eclusas, resultando em um 
aumento no tempo de viagem e nos custos operacionais pelo desmembramento. 
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Diante disso, verifica-se a necessidade de soluções de engenharia para garantir 
uma navegação mais segura neste ambiente. 
A Figura 3 mostra o gabarito de navegação, indicando as restrições para 
a navegação da Hidrovia Tietê, na qual em alguns trechos a navegação é feita 
com velocidade reduzida e em outros é necessário desmembrar o comboio. 
 
Figura 3. Restrições com Desmembramento de Comboios na Hidrovia 
 
Fonte: Normas e Procedimentos da Capitania Fluvial do Tietê-Paraná, 2023 
 
A HTP possui as seguintes barragens em funcionamento no trecho do rio 
Tietê: Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava e Três 
Irmãos, todas com 142m de comprimento, 12m de largura e profundidade em 
torno de 3m. Devido ao grande desnível das águas, as duas últimas estão 
equipadas com duas câmaras de eclusas cada uma. 
No trecho da Hidrovia do Paraná, há outras duas eclusas: Jupiá e Porto 
Primavera, com dimensões de 210m de comprimento e 17m de largura. A 
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montante de Salto e Piracicaba (SP) o trecho é inadequado para a navegação 
de comboios, pois apresentam baixo calado e pequena dimensão do canal. 
A barragem de Ilha Solteira, por sua vez, não conta com eclusas, e a 
interligação do seu reservatório com o de Três Irmãos é realizada pelo Canal de 
Pereira Barreto, uma obra de engenharia essencial que permite o fluxo contínuo 
entre esses dois importantes corpos d'água. As eclusas foram projetadas com 
dimensões padrão de 145 metros de comprimento, 12 metros de largura e um 
calado máximo de 2,50 metros, permitindo a passagem de embarcações de 
grande porte. A Tabela 2 mostra as características de cada eclusa. 
 
Tabela 2. Tabela com os dados característicos de cada eclusa. 
 
Fonte: Diretoria de Hidrografia e Navegação, 2016 
 
Em termos de sinalização, como é destacado por Bravin (2001), o 
balizamento da Hidrovia Tietê-Paraná conta com vários tipos de sinais, desde 
placas de sinalização até boias cegas e sinalizações de margem e vãos de 
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ponte. Contudo, devido a presençade algas e aguapés que se movimentam ao 
longo do rio acabam removendo algumas destas boias. 
 
3. Melhorias Efetuadas na Hidrovia 
 
No Quadro 1 tem-se um descritivo de ações desenvolvids ao longo do 
tempo de obras e legislações estabelecidas para a HTP. 
 
Quadro 1. Breve Histórico das Operações e Concessões 
Ano Operações e Eventos 
1955 
Lei nº 3.329/SP. Cria regularização da vazão do rio e o estabelecimento das vias 
de navegação nos projetos de energia elétrica. 
1957 Início da construção da barragem de Barra Bonita. 
1958 Início da construção da barragem de Bariri. 
1963 Início da construção da barragem de Ibitinga. 
1966 Início da construção da barragem de Promissão. 
1969 Início da operação da eclusa de Bariri. 
1973 Início da operação da eclusa de Barra Bonita, nos fins de semana. 
1979 
Início da operação diária da eclusa de Barra Bonita. Início da construção da 
barragem de Nova Avanhandava. 
1980 
Início da construção do canal Pereira Barreto. Início da construção da barragem 
de Três Irmãos. 
1981 
Inauguração da "Hidrovia do Álcool". Trecho Barra Bonita a Ibitinga, com 273 km 
de extensão. 
1984 Financiamento do BNDES para a conclusão do Tramo Norte da Hidrovia. 
1985 
Decreto Federal nº 91.795. Concessão ao Estado de São Paulo a administração 
e exploração do rio Paraná. 
1986 
Início das operações das eclusas de Ibitinga e Promissão, a "Hidrovia do Álcool" 
totalizando 438 km. 
1988 
Decreto nº 28.874. Define competências para a Hidrovia Tietê-Paraná e institui 
seu comitê-diretor (Planejar, Implantar, Administrar e Operar) 
1991 
Inauguração do canal Pereira Barreto e das eclusas de Nova Avanhandava. 
Criada a Diretoria de Hidrovias e Desenvolvimento Regional, na CESP. 
1993 
Lei nº 8.630. Dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados 
e das instalações portuárias. 
1994 
Portaria nº 0029. Aprova "Normas de Segurança para o Tráfego e Permanência 
de Embarcações nas Eclusas dos Rios Nacionais". Início da operação da eclusa 
de Três Irmãos. 
1995 
Lei nº 8.987 e Medida Provisória nº 890/95. Tratam do regime de concessão e 
permissão de serviços públicos, de geração, transmissão e distribuição de energia 
elétrica; incluindo transportes aquaviários e exploração de barragens e eclusas. A 
criação das Normas de Tráfego e Permanência de Embarcações da Hidrovia e 
seus canais. 
1999 
Decreto nº 44.265. Determina o Departamento Hidroviário de São Paulo (DH) 
como órgão fiscalizador do trecho Tietê. 
2009 
Convênio com o Departamento Hidroviário de São Paulo para a construção da 2ª 
edição do Atlas de Cartas Náuticas da Hidrovia Tietê-Paraná. 
2013 Ampliação do vão da ponte SP-333 
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2019 
Início das obras no canal a Montante da Eclusa de Ibitinga, dragagem e 
adequação 
2020 Ampliação do canal de Ibitinga 
2023 
Atualização das Normas e procedimentos da capitania fluvial do tietê-paraná. 
Início das obras de derrocamento no canal de Avanhandava 
2024 Ampliação do vão da ponte SP-425. 
2025 Obra de derrocamento no canal de Avanhandava 
Fonte: Marinha do Brasil, 2016 
 
Algumas obras que estão sendo desenvolvidas em 2025 merecem 
destaque. Uma delas é a obra de derrocamento no canal de Nova Avanhandava, 
mostrada na Figura 4, com o intuito de aprofundar a via em 3,5m, com previsão 
de término em 2026, permitindo a navegação em períodos de estiagem. 
 
Figura 4. Detonação de Pedra Submersa em Nova Avanhandava. 
 
Fonte: DNIT, 2024 
 
A Figura 5 mostra em linha tracejada a obra de derrocamento e 
aprofundamento do canal de navegação no rio Tietê. 
 
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Figura 5 - Local das obras de ampliação do Canal a Jusante da Eclusa de Nova Avanhandava. 
 
Fonte: DNIT, 2024 
 
Entre as obras concluídas, destaca-se o Canal de Montante da Eclusa de 
Ibitinga enquanto a revisão dos projetos do Atracadouro de Espera da Eclusa de 
Bariri e do Canal de Anhembi seguem em andamento. 
O Quadro 2 apresenta um panorama das obras em andamento e das que 
estão paralisadas no Rio Tietê. 
 
Quadro 2. Obras na Hidrovia Tietê 
LOCAL TIPO DE OBRA/SERVIÇO RECURSOS 
Alto e Médio Tietê (Em 
Andamento) 
Contratação de empresa especializada para 
apoio à fiscalização, supervisão e 
acompanhamento das obras do Programa 
para a Eliminação de Gargalos. 
- 
Trecho entre os km 72 e 
89,1 da rota de 
navegação (Em 
Andamento) 
Contratação de empresa de engenharia. 
Revisão e complementação de projeto 
executivo de dragagem e elaboração de 
estudos ambientais do canal de Anhembi. 
Ministério dos 
Transportes 
Jusante de Nova 
Avanhandava (Em 
andamento) 
Execução da obra de ampliação do Canal de 
Navegação (Derrocamento) 
Ministério dos 
Transportes 
Eclusa de Bariri 
(Paralisada) 
Contratação de empresa de engenharia para 
a execução da obra de implantação do 
Atracadouro de Espera 
Contrato de 
Financiamento 
BNDES. 
Ponte SP 425 
(Paralisada) 
Proteção dos pilares do vão de navegação 
ampliado 
Contrato de 
Financiamento 
BNDES. 
Ponte SP 333 
(Paralisada) 
Proteção dos pilares do vão de navegação 
ampliado. 
- 
Fonte: Adaptado de SLT, 2022 
 
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OBRAS RECENTES E SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE FLUVIAL 
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A Figura 6 mostra a obra de ampliação do vão da ponte SP-425 sobre o 
rio Tietê, localizada na cidade de Barbosa. A intervenção, foi iniciada em 2012 
e paralisada em 2014, sendo retomada em maio de 2022 e teve como objetivo a 
remoção de dois pilares para aumentar a segurança na passagem de 
embarcações. Em outubro de 2024, foi realizada a implosão dos pilares, 
mostrada na Figura 7, e na sequência foi realizado o translado da estrutura 
metálica até o local, Figura 8, bem como a instalação do novo vão navegável de 
120 metros de comprimento e 1.100 toneladas, mostrada na Figura 9. 
 
Figura 6. Canal atual de navegação e futuro canal ampliado 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
Figura 7. Implosão dos pilares para ampliação do canal de navegação 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
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Figura 8. Transporte do novo vão metálico 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
Figura 9. Encaixe do novo vão metálico para início do içamento 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
Uma outra solução adotada para reduzir incidentes na HTP é a instalação 
de Sistemas Flutuantes de Proteção de Pilares de Pontes, como é mostrado na 
Figura 10. 
 
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Figura 10. Sistemas Flutuantes Projetados pela Naval/IPT 
 
Fonte: Padovezi, 2019 
 
No período entre 2000 a 2018 foram instalados os sistemas flutuantes em 
diversas pontes na Hidrovia Tietê-Paraná e observou-se 14 colisões registradas 
de comboios fluviais contra os pontões, sendo uma média de um evento a cada 
sete anos. 
 
4. Metodologia 
 
A pesquisa utiliza uma abordagem metodológica de natureza exploratória 
para aprofundar o conhecimento sobre o desenvolvimento da hidrovia, incluindoobras estruturais, desafios ambientais e avanços tecnológicos e descritiva para 
detalhar as características da infraestrutura, os fenômenos operacionais e os 
dados obtidos por meio da análise documental e pesquisa de campo. Conforme 
Gil (2002), as pesquisas descritivas permitem descrever características de 
populações e fenômenos, sendo amplamente utilizadas em estudos de 
engenharia e logística. A pesquisa utiliza múltiplas fontes de dados, como 
Estudos Acadêmicos, Leis e Regulamentações, Publicações de Órgãos 
Governamentais. 
 
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5. Resultados 
 
Foi elaborado um questionário contendo 17 questões e encaminhada aos 
profissionais diretamente envolvidos nas operações da Hidrovia Tietê-Paraná. A 
amostra é composta por 22 participantes, que colaboraram para esta pesquisa 
de forma voluntária. 
Quando questionados sobre a manutenção dos dispositivos de 
sinalização, como boias e muros guias, ao longo da hidrovia, 45% dos 
participantes indicaram que esses elementos, embora funcionais, requerem 
manutenção ocasional. Outros 27% relataram problemas recorrentes, enquanto 
uma parcela adicional de 27% apontou que esses itens estão em mau estado, 
impactando negativamente a segurança da navegação. Em termos de sugestões 
de melhorias, 41% dos operadores recomendaram a modernização dos sistemas 
de sinalização eletrônica, 36% sugeriram uma manutenção mais eficiente dos 
dispositivos existentes, e 18% ressaltaram a necessidade de aumentar o número 
de placas e boias ao longo do trajeto. 
De acordo com à percepção dos entrevistados sobre a infraestrutura das 
eclusas e pontes e sua adequação para atender às demandas atuais de 
navegação, a maioria apresentou uma visão positiva, com algumas ressalvas 
para melhorias adicionais: 
a) 77% concordam que a infraestrutura é adequada para a demanda, com 
5% afirmando que atende perfeitamente e 72% indicando que melhorias 
são possíveis; 
b) 23% discordam, sendo que 18% mencionaram pontos críticos que 
necessitam de intervenção, e 5% consideram a infraestrutura insuficiente. 
Identificaram a falta de manutenção das vias e canais como o principal 
fator que compromete a facilidade de navegação (45%), enquanto 36% atribuem 
as dificuldades às variações sazonais no nível da água e 18% mencionam 
problemas de sinalização inadequada ou danificada. 
Sobre a percepção de melhorias recentes na hidrovia em termos de 
infraestrutura e segurança: 
c) 68% responderam afirmativamente, com 18% reconhecendo grandes 
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melhorias e 50% afirmando que, apesar dos avanços, ainda há espaço 
para progresso; 
d) 32% responderam negativamente, sendo que 27% indicaram que poucas 
melhorias foram feitas, e 5% disseram que as condições se deterioraram. 
Ao serem questionados sobre as principais sugestões para aumentar a 
segurança e a eficiência da navegação interior, os operadores de comboios 
priorizaram melhorias na sinalização e nas boias (32%). Outras sugestões 
incluíram a ampliação do vão das pontes, o aumento da frequência das 
dragagens e desassoreamentos, e a expansão das eclusas, cada uma com 23% 
das preferências. 
Entre os principais desafios apontados na Hidrovia Tietê-Paraná, 
destacam-se as condições de profundidade e a necessidade de manutenção dos 
canais (45%), problemas com sinalização e boias (27%), mudanças climáticas, 
como secas e enchentes (18%), e limitações na infraestrutura das eclusas (9%). 
Em relação às variações climáticas, como secas e chuvas intensas, os impactos 
nas operações também foram avaliados: 59% dos entrevistados indicaram que 
as secas impactam significativamente a navegação, 18% mencionaram que as 
chuvas têm impacto moderado, 14% relataram que há impacto apenas em 
situações extremas, e 9% afirmaram não observar grandes impactos 
operacionais. 
Questionados sobre o uso de cartas náuticas eletrônicas, 77% dos 
participantes confirmaram utilizá-las nas embarcações. 
Em relação ao treinamento e capacitação para operação na hidrovia, 63% 
dos entrevistados consideram que o treinamento atual é adequado, mas 36% 
acreditam que ainda há espaço para melhorias em áreas específicas. Além 
disso, 27% afirmam que o treinamento é satisfatório, enquanto outros apontam 
a necessidade de um treinamento mais intensivo, alinhando-se à recomendação 
de Barros et al. (2023), que enfatiza a importância de melhorar a execução dos 
projetos, bem como o investimento em recrutamento e treinamento. 
Quanto aos principais obstáculos enfrentados na operação de comboios, 
41% mencionaram as condições das eclusas e o tempo de espera, além das 
limitações na largura e profundidade dos canais (41%). Questionados sobre a 
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competitividade da hidrovia em relação aos modais rodoviário e ferroviário a 
maioria concordou que a hidrovia é uma alternativa viável: 55% consideram-na 
competitiva, enquanto 41% acreditam que poderia ser mais eficiente. 
Os resultados apontam que a maioria dos participantes enfrenta desafios 
operacionais significativos, com destaque para problemas de profundidade e 
manutenção dos canais (45%), questões relacionadas à sinalização e boias 
(27%), além dos impactos das mudanças climáticas, como secas e enchentes 
(18%). Ainda, 9% dos participantes atribuem esses desafios à infraestrutura das 
eclusas. Tais resultados reforçam a necessidade de intervenções em pontos 
críticos para aprimorar a segurança e a eficiência da navegação. 
Dos participantes, 64% afirmaram que sim, 23 % justificam que utilizam 
tecnologias de redução de emissão de gases e 41% realizam manutenção 
frequente para garantir a eficiência energética. Em contrapartida, 37% 
declararam que não adotam práticas específicas, com 32% mencionando a falta 
de iniciativas nesse sentido e, 23% demonstram interesse na implementação de 
novas tecnologias menos poluentes, como a utilização de motores movidos a 
gás natural vem sendo estudado por empresa que navega na Hidrovia Tietê-
Paraná. 
 
6. Resultados e Discussões 
 
A análise dos dados coletados indica que o desenvolvimento sustentável 
da Hidrovia Tietê depende diretamente de investimentos em infraestrutura, 
capacitação do pessoal envolvido e incorporação de tecnologias mais 
avançadas. Em relação à infraestrutura, os participantes apontaram a 
necessidade de melhorias nas eclusas, pontes e na sinalização ao longo da 
hidrovia, destacando que esses elementos são essenciais para garantir a 
segurança e eficiência da navegação. Além disso, questões como a manutenção 
frequente dos canais e a utilização das cartas náuticas foram identificadas como 
prioridades para atender as demandas operacionais. 
No âmbito operacional, os resultados revelam que o treinamento e a 
capacitação dos tripulantes são aspectos que necessitam de atenção. Embora 
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muitos considerem o treinamento atual adequado, uma parcela significativa dos 
entrevistados sugeriu a possibilidade de aprimoramento em áreas específicas. A 
capacitação contínua é vista como fundamental para que os profissionaispossam lidar com os desafios únicos da hidrovia, incluindo a variação sazonal 
dos níveis de água e as condições adversas que podem impactar a navegação. 
O uso de tecnologias inovadoras também foi um ponto destacado pelos 
tripulantes como essencial para o avanço da hidrovia. A adoção de cartas 
náuticas eletrônicas e sistemas de sinalização modernos foi bem recebida e 
percebida como uma contribuição significativa para a segurança da navegação. 
No entanto, ainda há espaço para ampliar o uso dessas tecnologias, o que 
poderia incluir, por exemplo, sistemas de monitoramento em tempo real e 
integração com outras plataformas logísticas, aumentando a competitividade da 
hidrovia em relação a outros modais de transporte. 
Com base no feedback dos participantes, recomendase que futuros 
estudos considerem uma abordagem longitudinal para monitorar as condições 
da hidrovia ao longo de diferentes períodos e estações do ano, permitindo uma 
compreensão mais completa dos desafios enfrentados pelos navegadores. 
Avaliações periódicas dos usuários podem oferecer insights valiosos e contribuir 
para um processo de aprimoramento contínuo, garantindo que a Hidrovia Tietê-
Paraná se torne uma opção cada vez mais segura, eficiente e sustentável no 
cenário logístico nacional. 
 
7. Conclusão 
 
A Hidrovia Tietê-Paraná (HTP) representa uma infraestrutura estratégica 
para o transporte de cargas no Brasil, especialmente para o escoamento de 
produtos agrícolas e industriais provenientes do interior do país até o Porto de 
Santos. Ao longo das décadas, importantes avanços foram realizados, como a 
construção de eclusas, o canal de Pereira Barreto e, mais recentemente, a 
ampliação de vãos de pontes e as obras de derrocagem no canal de Nova 
Avanhandava. No entanto, os resultados desta pesquisa evidenciam que ainda 
persistem desafios estruturais e operacionais que comprometem a plena 
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eficiência da hidrovia, como a necessidade de manutenção contínua dos canais, 
a adequação das estruturas de sinalização e o enfrentamento dos impactos das 
variações climáticas. 
As percepções dos operadores e profissionais diretamente envolvidos nas 
operações da HTP revelam a urgência de investimentos constantes em 
infraestrutura e tecnologia, bem como de ações coordenadas para a capacitação 
dos tripulantes e a adoção de práticas sustentáveis. A ampliação da capacidade 
de navegação e a redução do tempo de percurso dependem diretamente da 
superação desses gargalos. Assim, este estudo contribui para o diagnóstico dos 
principais entraves e aponta caminhos para a formulação de políticas públicas e 
investimentos que assegurem a eficiência, a segurança e a sustentabilidade da 
hidrovia. O fortalecimento da HTP como um corredor logístico competitivo é 
essencial para promover o desenvolvimento regional e nacional, reduzindo a 
dependência do transporte rodoviário e ampliando o uso de modais mais 
sustentáveis. 
 
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