Prévia do material em texto
ikXlLW 1! ií e Cônicas■a Tf! GEOMETRIA ELEMENTAR (600 Problema. Resolvidos ftom.nt.dos) Geometria Plana, Espacial e Cônicas / GEOMETRIA ELEMENTAR MARISTA “Entre os espíritos iguais e postos nas mesmas condições, o que conhece GEOMETRIA é superior aos outros e possui vigor especial." Pascal APRESENTAÇÃO Mais uma vez, preocupada em resgatar para a presente e futuras gerações o que há de melhor em livros de ciências exatas, a VestSeller tem a honra de reeditar esta obra prima e, juntamente com todo o povo brasileiro, saudar e agradecer os irmãos maristas pela incomensurável contribuição que dão à educação nesse país desde que aqui chegaram, no final do século XVIII, até os dias de hoje. Trata-se de uma obra prima recheada com centenas de problemas de construção, inúmeras demonstrações variadas envolvendo planimetria, geometria espacial, e um maravilhoso tratamento das cônicas (elipse, hipérbole e parábola) sem recorrer à geometria analítica ! O nível dos problemas aqui contidos estimulará mesmo os leitores mais exigentes. Provavelmente, os problemas mais difíceis de Geometria contidos nos modernos livros brasileiros encontram-se resolvidos na presente obra, cujo valor é inestimável para os amantes da Geometria, podem ter certeza. Nem mesmo o tempo foi capaz de alterar o brilho dessa obra, escrita com muito vigor pelos irmãos maristas, com linguagem bastante simples, objetiva e acessível a qualquer leitor interessado em aprimorar e aprofundar seus conhecimentos no mais mágico e desafiador segmento da Matemática elementar: a Geometria. Este livro maravilhoso, escrito pelos Irmãos Maristas e publicado pela editora marista FTD no inicio do século XX, traz mais de 600 problemas resolvidos de excelente nível envolvendo Geometria Plana, Geometria Espacial e Cônicas. Prof. Renato Brito (ex-aluno do colégio marista cearense) Editora VestSeller Setembro / 2009 SUMÁRIO Capítulo 1 7 35Capitulo 2 95Capitulo 3 143Capitulo 4 188Capitulo 5 190Capitulo 6 203Capitulo 7 210Capitulo 8 224Capitulo 9 Demonstrações envolvendo triângulos; Problemas de construção; Demonstrações envolvendo quadriláteros. Problemas de construção envolvendo circulos, tangentes e secantes, inscrição e circunscrição. Demonstrações envolvendo triângulos e circulos; Problemas de construção envolvendo circulos inscrito e circulo ex-inscrito; Problemas de construção envolvendo paralelogramos e trapézios. Demonstrações envolvendo cevianas; Demonstrações envolvendo triângulos e circunferências; Demonstrações envolvendo quadriláteros e circunferências; Demonstrações envolvendo polígonos. Problemas envolvendo áreas de triângulos e quadriláteros; Problemas envolvendo divisão de áreas em razão dada; Problemas envolvendo áreas de polígonos. Problemas envolvendo paralelepípedos e pirâmides. Problemas envolvendo divisão de volume de sólidos em razão dada. Problemas envolvendo sólidos de revolução; Problemas envolvendo cálculo de volumes gerados pela rotação de figuras planas. Problemas de construção envolvendo elipses; Demonstrações envolvendo elipses; Demonstrações envolvendo hipérboles; Problemas de construção envolvendo parábolas; Demonstrações envolvendo parábolas. Problemas de revisão do capitulo 1; Demonstrações envolvendo triângulos; Demonstrações envolvendo cevianas. 234Capitulo 10 247Capítulo 11 260Capitulo 12 278Capitulo 13 282Capitulo 14 296Capítulo 15 299Capitulo 16 Problemas de revisão do capitulo 2; Demonstrações de construção envolvendo triângulos; Demonstrações envolvendo circunferências, triângulos, tangentes e secantes; Problemas de construção envolvendo circunferências e tangências. Problemas de revisão do capitulo 3; Demonstrações envolvendo triângulos, circunferência inscrita e circunscrita; O circulo de Euler dos 9 pontos. Problemas de revisão do capitulo 4; Lúnulas de Hipócrates; Problemas de máximos e mínimos envolvendo áreas de figuras isoperimétricas; Problemas de máximos e mínimos envolvendo inscrição e circunscriçâo de figuras planas. Problemas de revisão do capitulo 5; Problemas de máximos e mínimos envolvendo paralelepipedos. Problemas de revisão do capítulo 7; Problemas envolvendo sólidos de revolução; Problemas envolvendo inscrição e circunscriçâo de figuras espaciais; Problemas de máximo e minimo envolvendo inscrição e circunscriçâo de figuras espaciais. Problemas de revisão do capitulo 8; Demonstrações e teoremas envolvendo elipses e parábolas. Apêndice sobre máximos e minimos sem uso de cálculo diferencial. Capítulo 1 GEOMETRIA ELEMENTAR EXERCÍCIOS DE GEOMETRIA CAPÍTULO 1 1. C D O B 2. 3. OC B 4. 7 Solução: Sejam OK a bissetriz do ângulo AOB, e OL a do ângulo COD. Temos: BOK + KOA + AOC = 2 retos; mas BOK= COL; Logo: KOA + AOC + COL = 2 retos; Logo: OL é o prolongamento de OK. Mostre que as bissetrizes de dois ângulos opostos pelo vértice estão em linha reta. Construir o complemento de um ângulo dado. Solução: seja o ângulo AOB. Se, sobre o lado OB, no ponto O, elevarmos uma perpendicular OC, o ângulo AOC será o ângulo procurado, pois AOB + AOC = BOC - 1 reto. Construir o suplemento de um ângulo dado. Solução: seja o mesmo ângulo AOB. Se prolongarmos a reta BO, o ângulo AOD será o ângulo procurado, pois AOB + AOD = 2 retos. Mostre que as bissetrizes de dois ângulos adjacentes suplementares são perpendiculares uma à outra. Solução: com efeito, sejam os dois ângulos suplementares e adjacentes AOB e AOC, e OD e OE as bissetrizes dos mesmos ângulos. Temos por definição: AOB + AOC = 2 retos; Logo: AOB + AOC = 1 reto. Geometria Elementar Fig. 3 5. diagonais . E DA' Fig. 4 B C 0 2 6. Solução: Deveremos ter: AC + BD < AB + BC + CD + AD. 8 Mostre que a soma das diagonais de um quadrilátero convexo é menor que a soma e maior que a semi-soma de seus lados. Aplicações numéricas: • Para o triângulo, n - 3 = 0; Logo:n(^) = Solução: Cada vértice, A, pode ser ligado a todos os outros, menos a seus vizinhos, o que dá, para cada vértice, n - 3 diagonais. Por conseguinte, para os n vértices, deveriamos ter: n(n - 3) diagonais ao todo. Mas cada diagonal é contada, duas vezes. Assim, a diagonal AD pode ser obtida unindo o ponto A ao ponto D, ou ligando o ponto D ao ponto A; e, como o mesmo se dá para todas as outras, resulta que poderão ser traçadas ao todo • Para o quadrilátero, temos n = 4; n - 3 = 1; . ín-3^1Logo: nl —= Quantas diagonais podem ser tragadas em um polígono convexo de n lados? Capítulo 1 Temos igualmente: C B Fig. 5 O A D 7. A Fig. 6 O B' C 9 Demonstre que a soma das retas que ligam um ponto interior de um triângulo aos três vértices, é menor que a soma e maior que a semi-soma dos três lados do triângulo. 1) Tem-se: OA + OB < AC + BC OB + OC < AB + AC OA + OC < AB + BC. Somando membro a membro e dividindo por 2, temos: OA + OB + OC < AB + AC + BC. AC + BD < AB + BC + CD + AD. 2) Temos: OA + OB > AB OB + OC > BC OC + OD > CO OD + OA > AD. Somando estas desigualdades, e dividindo cada soma por 2, temos: OA + OB + OC + OD > (AB + BC + CD + AD), ou, finalmente: AC + BD > (AB + BC + CD + AD). Solução: Teremos: OA + OB + OC < AB + AC + BC; OA + OB + OC > + AC + BC). AC + BD > y2 (AB + BC + CD + AD). 1) Temos: AC < AB + BC AC < AD + DC. BD < BC + CD BD < AB + AD. Somando estas desigualdades membro a membro, e dividindo cada soma por 2, obtemos: Geometria Elementar 8. D B’ A Fig. 7 9. 10 Mostre que dois polígonos são iguais quando têm n - 2 lados consecutivos iguais adjacentes a n - 1 ângulos iguais e semelhantemente dispostos. Solução: Temos: AB = A'B’, BC = B’C', CD = C’D'; A = A', B = B', C = C', D = D1; digo que os dois polígonos são iguais. Com efeito, transporto o polígono ABtVE' sobre ABCDE, de modo que A'B' coincida com AB. Em consequência da igualdade dos ângulos, os lados B'C, CD' coincidirão respectivamente com os lados iguais BC, CD. Por outra, por causa de A' = A e D' = D, A’E' toma a direção de AE, e D'E' a de DE: o ponto E* cairá,pois, sobre o ponto E, e os dois polígonos serão iguais. 2) Temos também: OA OB > AB OA + OC > AC OB + OC > BC. Somando e dividindo por 2, obtemos: OA + OB + OC > (AB + AC + BC). 10. Demonstre que dois polígonos são iguais quando têm todos os lados, e n - 3 ângulos consecutivos respectivamente iguais e semelhantemente dispostos. Demonstre que dois polígonos são iguais quando têm n - 1 lados consecutivos iguais, compreendendo n - 2 ângulos iguais e semelhantemente dispostos. Solução: Temos: AB = A'B‘, BC = B’C', CD = CD’, DE = DE', B = B', C = C, D = D'; digo que os dois polígonos são iguais. Com efeito, transporto o polígono A'B'C'D'E' sobre ABCDE, de modo que A'B' coincida com AB. Em consequência da igualdade dos ângulos, os lados B'C', CD', D'E' coincidirão respectivamente com os lados iguais BC, CD, DE. Estando A' sobre A, e E' sobre E, A'E' se confundirá com AE, e o mesmo se dará com os polígonos. Capítulo 1 3 elementos Fig. 8 11 Solução: Temos: AB = A’B', BC = B'C’, CD = CD, DE = D'E’, EA = E'A' e A = A*, B = B'; digo que estes dois polígonos são iguais. Com efeito, transporto o polígono ABVCE’ sobre o polígono ABCDE, de modo que A'B' coincida com AB. Em consequência da igualdade dos ângulos A e A', B e B', os lados A'B, B'C’, A’E' coincidirão respectivamente com os lados iguais AB, BC, AE. Além disso, se eu traçar as diagonais (traçá-las) C'E‘ e CE, estas retas coincidem também; o mesmo se dá com os triângulos C'E'D‘ e CED, pois têm os 3 lados iguais e semelhantemente dispostos; logo, os dois polígonos são iguais. Solução: Teremos: AM < (AB + AC). Com efeito: prolonguemos a mediana AM do comprimento MD = AM, e tracemos BD. Os dois triângulos ACM, BDM são iguais e, por conseguinte, AC = BD. Mas temos AD = 2AM < AB + BD, ou 2AM < AB + AC, ou, enfim: AM < (AB + AC). Operar-se-ia da mesma forma para as medianas BN, CP. 13. Mostre que a soma das medianas de um triângulo é menor que a soma e maior que a semi-soma dos lados (fig. 8). Solução: Teremos: AM + BN + CP < AB + BC + AC AM + BN + CP > % (AB + BC + AC). 1) Ora, temos (ex. 12): 12. Mostre que, em qualquer triângulo, cada mediana é menor que a semi-soma dos lados adjacentes. 11. Quantas condiçoes sao precisas para a igualdade de dois polígonos? Solução: Dois polígonos são iguais quando têm 2n respectivamente iguais e semelhantemente dispostos. Com efeito, conforme os 3 problemas precedentes, é preciso conhecer: 1°) n - 1 lados e n - 2 ângulos; 2o) n - 2 lados e n - 1 ângulos; 3o) n lados e n - 3 ângulos, e, por conseguinte, em todos os casos 2n - 3 elementos. Geometria Elementar Fig. 10 C’ P B■C 12 15. Por um ponto dado, P, fora de um ângulo AOB, traçar uma reta que determine, por sua interseção com os lados deste ângulo, dois comprimentos iguais OA, OB. B’ 14. Sobre os lados de um ângulo, tornam-se os comprimentos OA = OB; depois: OA' = OB'; traçam-se AB’ e BA'. Demonstrar que OM é bissetriz do ângulo considerado. O 2) Temos (n° 60): AM > AB - BM AM > AC-CM. Adicionando, obtemos: 2AM > AB + AC - BC. Temos igualmente: 2BN > AB + BC - AC 2CP > AC + BC-AB. 2AM < AB + AC 2BN < BA + BC 2CP < AC + BC. Feita a soma, e dividida por 2, obtemos: AM + BN + CP < AB + BC + AC. A’ Somemos essas três desigualdades, reduzamos e dividamos por 2; virá: AM + BN + CP > y2 (AB + BC + AC). Solução: Com efeito, os triângulos OA'B, OAB’ são iguais, como tendo um ângulo igual, compreendido entre lados iguais: onde resulta a igualdade dos ângulos OAM e OB'M, OAM e OBM. A igualdade destes últimos dá A'AM = B’BM Logo os triângulos AAM e B'BM são iguais, por terem um lado igual adjacente a dois ângulos iguais; logo: AM = BM. Tendo os triângulos OAM e OBM um ângulo igual, OAM = OBM, compreendido entre dois lados respectivamente iguais, sâo iguais, e disto resulta a igualdade dos ângulos AOM e BOM. Dai, um meio de construir a bissetriz de um ângulo. Capítulo 1 Fig. 11 Fig. 12 A B P 13 Solução: Tracemos, nos meios de AB e AC, as perpendiculares ON, OP: teremos OA = OB, e OA = OC; onde: OB = OC; logo, ponto O pertence à perpendicular elevada no meio de BC: portanto, as três perpendiculares OM, OP, ON concorrem no mesmo ponto O. Solução: Uno A e B por uma reta; no ponto M, meio de AB levanto uma perpendicular, até o encontro em N do rio. Como a perpendicular MN é o lugar dos pontos equidistantes dos pontos A e B, o ponto N dista igualmente de A e de B. 18. Mostre que as perpendiculares elevadas no meio dos lados de um triângulo concorrem em um mesmo ponto. 16. Dizer, sem tomar diretamente medida, se um ponto C, situado fora de uma reta AB, está mais perto de A que de B. Solução: Basta evidentemente elevar uma perpendicular no meio de AB: se o ponto C se acha sobre esta perpendicular, é que ele está igualmente distante de A e de B; se estiver fora desta perpendicular, está mais perto de um ponto que do outro. É fácil determinar de qual dos dois pontos está mais próximo. 17. Duas aldeias, A e B, situadas a certa distância de um rio, querem construir uma ponte com despesas comuns; pergunta-se o lugar em que deverá ser feita a ponte para se achar igualmente distante de cada aldeia. Solução: Suponhamos o problema resolvido. Já que os comprimentos OA e OB são iguais, o triângulo OAB é isósceles; portanto a reta OC, que une o ponto O ao meio C de AB, é perpendicular à reta PB e também é bissetriz do ângulo AOB. Daí resulta a construção seguinte: traça-se a bissetriz OC do ângulo AOB; depois, do ponto P, abaixa-se sobre OC a perpendicular PB, que é a reta procurada. Existe evidentemente outra solução, que se obtém traçando a bissetriz OC do ângulo AOB', suplementar de AOB; de fato, ver-se-ia, com raciocínio análogo ao precedente, que os comprimentos OA' e OB’ sâo iguais. Geometria Elementar Fig. 13 A Fig. 14P. M N Fig. 15D; E 14 Ar 20. Por um ponto dado, P, traçar uma reta equidistante de dois pontos dados A e B, e separando os dois pontos dados. AI D 21. Dados dois pontos, A e B, situados do mesmo lado de uma reta, achar o caminho mais curto para se ir do ponto A ao ponto B, tocando nessa reta. Solução: Se os dois pontos se encontrassem de cada lado da reta, o caminho mais curto para se ir do ponto A ao ponto 8 seria a reta que unisse esses dois pontos. B Solução: Com efeito, os dois triângulos retângulos ABE, ABD têm a hipotenusa comum e um ângulo adjacente igual, logo, são iguais: onde, a igualdade das perpendiculares AE e BD. 19. Mostre que se, das extremidades da base de um triângulo isósceles abaixarmos perpendiculares sobre os lados opostos, estas perpendiculares serão iguais. í Solução: Tracemos a reta AB e uma reta qualquer PE, cortando o meio de AB: PE é a reta pedida. De fato, abaixemos sobre essa reta as perpendiculares AD e BE; obteremos dois triângulos ADC e BCE, iguais, por terem a hipotenusa igual e ângulos agudos em C iguais; onde. AD = BE; logo, PE é a reta pedida. Capítulo 1 Fig. 16 Fig, 17 CA E 15 23. Mostre que as bissetrizes dos três ângulos de um triângulo concorrem no mesmo ponto. 22. Tomados dois pontos, A e B, no interior de um ângulo xOy, achar o caminho minino do ponto A ao ponto B tocando os lados Ox e Oy. Solução: Sejam A' e B' os pontos simétricos de A e B, e A'B' a reta que os une: tracemos AC e BD, e teremos a linha quebrada ACDB, como sendo o caminho mais curto de A a B, tocando os lados Ox e Oy. Para demonstrã-lo, provemos que qualquer outro, ACDB por exemplo, é maior. De acordo com a construção da figura, podemos substituir ACDB por A'CDB' e ACDB por A’CDB', sendo evidente que temos A’C‘DB’ > A'CDB'. Solução: Traço as bissetrizes dos ângulos A e B, e, do ponto O de encontro, abaixo as perpendiculares OD. OE e OF sobre os três lados. Ficando o ponto O sobre a bissetriz de A, OE = OF; pertencendo o mesmo ponto O à bissetriz de B, OD = OF, onde: OE = OD; logo, o ponto O está também na bissetriz do ângulo C; concluímos finalmente que as três bissetrizes concorrem no mesmo ponto. É, pois, natural procurarmosabaixo da reta um ponto A', tal que a reta AB seja igual à linha quebrada que devemos percorrer para irmos de A a B. Para isto, abaixemos sobre MN a perpendicular AD, e prolonguemo-la de um comprimento DA' = AD (o ponto A' é simétrico de A em relação a MN). Enfim, tracemos a reta AB: o trajeto ACB é o mais curto caminho procurado. Para demonstrá-lo, provemos que qualquer outro, AEB, é maior. Segundo a construção da figura, ACB pode substituir-se por A'CB e AEB por A'EB; ora, é claro que temos: A'EB > A'CB. NOTA. Do que precede, resulta que as retas AC, CB, correspondentes ao caminho mais curto (AC + CB é um mínimo), ficam igualmente inclinadas sobre a reta MN, pois os ângulos ACM o BCN são iguais. ■:Õ>' o Geometria Elementar Fig. 18 B 'C □ Fig. 19 16 26. Mostre que as bissetrizes de dois ângulos que têm os lados paralelos são paralelas ou perpendiculares uma a outra. Solução: 25. Determinar a bissetríz do ângulo formado por duas retas AB e CD, que não podemos prolongar até o ponto de concurso. 1o) Sejam os dois ângulos BAC e B'A'C, que têm os lados paralelos e dirigidos no mesmo sentido. Tracemos DA, paralela a D'A’, bissetriz de B'A'C’; teremos: Com efeito, os ângulos DOB e OBC são iguais como alternos-internos. Portanto, o triângulo DOB é isósceles, e DO = BD. Analogamente se provaria OE = CE. Onde resulta que DO + OE, ou DE = BD + CE. 24. Demonstre que a paralela a um dos lados de um triângulo, traçada pelo ponto de concurso das bissetrizes, é igual à soma dos segmentos adjacentes a esse lado, determinados por ela sobre os dois outros. Solução: Sejam BO e CO as bissetrizes dos ângulos B e C, e DE a reta paralela a BC e passando pelo ponto O. Temos: DE = BD + CE. A BAD = BTVD', DAC = DTVC. Mas B’A'D' = D’A'C’; logo, BAD = DAC, e DA é bissetriz de BAC. 2°) Se considerarmos a bissetriz AE do ângulo BAG, esta reta é perpendicular a AD, e, portanto, a A'D'. Solução: Por um ponto qualquer de CD, traço EF paralela a AB, e tomo, sobre os lados do ângulo FEC, os comprimentos iguais EH e EG, prolongando GH até I. A reta IH forma com as duas retas, AB e CD, um triângulo isósceles, pois I = G = H. Logo, obteremos a bissetriz do ângulo do vértice levantando uma perpendicular no meio da reta IH. Capitulo 1 C Fig. 20 A' B’ \ Fig. 21 A G A' E B’ D’ C’ dos ângulos B e C vale 1 reto mais Fig. 22 B C 17 28. Mostre que num triângulo ABC, o ângulo O das bissetrizes A 2 ' 27. Mostre que as bissetrizes de dois ângulos de lados perpendiculares são perpendiculares ou paralelas. Solução: 1o) Sejam os ângulos agudos BAC e B'A'C, que têm os lados perpendiculares, AD e A'D' as suas bissetrizes. Estas retas são perpendiculares. Com efeito, pelo pelo ponto A, tracemos AC" e AB", paralelas a A'C e A'B': os ângulos B"AC" e B’A'C', dirigidos em sentidos opostos, sâo iguais. A bissetriz AD", do ângulo B"AC", é paralela a A'D' (ex. 26). Ora, se do ângulo reto CAC” tirarmos o ângulo DAC e lhe acrescentarmos o ângulo C"AD" = DAC, ainda teremos DAD”, que serâ reto. Logo, AD e AD" são perpendiculares e, portanto, AD e A'D' também o sâo. 2o) Sejam os dois ângulos BAC e C'A'G, agudo um, e obtuso o outro; a bissetriz A'E é perpendicular a A'D' e, por conseguinte, paralela a AD. D' Geometria Elementar A Fig. 23 CB Fig. 24 B D 18 Solução: Com efeito, temos: A = 2r - (B + C) e O = 2r - (OBC + OCB). Ora, é evidente a relação OBC + OCB < B + C; onde: O > A. Solução: Devemos ter DAE = B - C. E C Solução: A ângulo BAD = C, ângulo EAC = B. Digo que o triângulo DAE é isósceles. Com efeito, sendo o ângulo AED exterior no triângulo AEC, temos: AED = EAC + C = B + C; e, do mesmo modo: ADE = B + C. Portanto, o triângulo ADE é isósceles. D E Com efeito, B + C = 1r. Também temos C + DAC = 1 r, portanto B - DAC. Aliás, C = EAC; e, finalmente: DAE = DAC - EAC = B - C 30. Mostre que o ângulo DAE formado pela mediana e a altura de um triângulo retângulo, é igual à diferença dos dois ângulos agudos. 31. Num triângulo ABC, traça-se até o lado BC uma reta AD, fazendo com o lado AB um ângulo igual ao ângulo C, e uma reta AE, fazendo com o lado AC um ângulo igual a B. Demonstrar que o triângulo DAE é isósceles. A 29. Dados um triângulo ABC, e um ponto O, no interior do mesmo, demonstrar que o ângulo O é sempre maior que o ângulo A do triângulo (fig. 22). B + CCom efeito, no triângulo BOC, temos: O = 2r----- -—. Mas o triângulo proposto dá: B + C = 2r - A ou, dividindo por 2 ambos os membros desta igualdade: B + C . A , „ . A d A —— = 1r - —; onde O = 2r - 1r + — = 1r + A Solução: Deveremos ter: O = 1r + —. Capitulo 1 No caso presente, temos: CE Fig. 25D’ E’ C’B’ 19 Solução: Na fórmula S = 2nr - 4r, basta substituir S por 12r e resolver a equação resultante, onde n = 8. Resposta: Trata-se do octógono. virá n = 6. Resposta: O polígono pedido é o hexágono. Solução: Consideremos os dois trapézios ABCD e ABVD*. nos quais temos AB = A'B'; BC = B'C; CD = CD' e AD = A'D'. Pelos pontos A e A', tracemos as paralelas AE e A'E' aos lados CD e CD’. Os dois tnàngulos ABE e A'B'E‘ são iguais por terem os três lados iguais, pois BE = BC - AD = B'C - A'D' = B'E'; AB = A'B' e AE = A'E'. Por conseguinte, se os sobrepusermos de forma que BE coincida com B'E', o ponto A cairá no ponto A’; como temos BC = B'C, o ponto C cairá em C e igualmente D em D', devido a EAD = E'A'D’ e AD = A’D'. Logo, os dois trapézios sobrepostos coincidirão em toda a sua extensão. 32. Achar a soma dos ângulos de um polígono de 25 lados. Solução: Seja S a soma pedida. Temos S = 2nr - 4r. Ora n = 25, logo: S = (2rx 25 - 4r) = 46r. 33. Qual é o polígono regular cuja soma dos ângulos vale 12 retos? 36. Mostre que as três alturas AG, BH e Cl de um triângulo concorrem ao mesmo ponto. 34. Qual é o polígono regular cujo ângulo interior vale 4/3 de 1 reto? 35. Mostre que dois trapézios sâo iguais quando têm os quatro lados iguais e dispostos do mesmo modo. A D B A’ Solução: Como no ex. 32, a soma dos ângulos interiores é igual a: 2nr - 4r; um , , , . .■. 2nr - 4rângulo tera por medida----------- . 2nr- 4r n = Eliminemos r e resolvamos a equação; Geometria Elementar D I .---'B Fig. 26 F Fig. 27 20 37. Demonstre que se, pelos vértices de um quadrilátero, traçarmos paralelas às suas diagonais, formaremos um paralelogramo equivalente ao dobro do quadrilátero dado. H> -'oK Solução: Pelos vértices A, B e C do triângulo proposto, traço paralelas aos lados e assim obtendo segundo triângulo DEF. Sendo iguais as paralelas compreendidas entre paralelas, escrevo AF = BC = AE; logo, o ponto A é o meio de EF. Com análogo raciocínio, prova-se que os vértices C e B do triângulo ABC também se encontram respectivamente no meio dos lados DE e DF do triângulo DEF. Por outra parte, sendo AG, BH e Cl perpendiculares aos lados BC, AC e AB, são também perpendiculares as suas paralelas (n° 90) EF, DF e DE. Em consequência, as alturas do primeiro triângulo ABC podem ser consideradas como perpendiculares levantadas pelos meios dos lados do segundo DEF e, portanto, concorrem ao mesmo ponto. E C Solução: A figura EFGH é um paralelogramo equivalente ao dobro do quadrilátero ABCD. Com efeito, consideremos os dois triângulos AEB e AOB; têm um lado igual adjacente a dois ângulos iguais como alternos-internos; logo estes triângulos são iguais. Pode-se verificar, da mesma maneira, que cada um dos triângulos acrescentados, pela construção indicada, à figura primitiva, é igual a um dos triângulos constitutivos do quadrilátero proposto. Portanto, o quadrilátero EFGH, que é paralelogramo por serem paralelos os seus lados opostos, vale o dobro do quadrilátero dado. F NOTA. Do que precede, resulta que se, pelos vértices de um triângulo ABC, traçarmos paralelas aos lados, o triângulo DEF assim formado é o quádruplo do primeiro. Os triângulos ABC e ABF são iguais por terem os três lados respectivamente iguais. Pela mesma razão, os triângulos AEC e BCD também são iguais ao triângulo ABC;logo, DEF é o quádruplo de ABC. Capitulo 1 F Fig. 28 H D B Fig. 29 C caber um número exato de vezes em 4 retos, o quociente 21 G C Além disto, como temos AEH - BFE, o ângulo BEF é complementar de AEH, e o ângulo HEF é reto. O quadrilátero EFGH, de lados iguais e ângulos retos, é um quadrado. 39. Quais são as espécies de polígonos regulares convenientes à ladrilhagem? 2n = 7^2'que 4 2(n - 2) n exprime o número de ângulos em C, deve ser inteiro e maior do que 2, senão cada um dos ângulos seria igual a 2 retos, condição esta que nenhum polígono regular preenche. Em resumo, será necessário que o quociente do que 2. 38. Demonstrar que se, movendo-nos sempre no mesmo sentido, tomarmos, sobre os lados de um quadrado ABCD, comprimentos iguais AE, BF, CG e DH, os pontos E, F, G e H são os vértices de outro quadrado. Solução: De fato, examinemos os dois triângulos retângulos AHE e EBF: o lado AE = BF por construção; por outra parte, existe outro lado AH = BE, pois temos AH = AD - DH = AB - AE = BE; logo, são iguais. Daí tiramos: HE = EF. Analogamente provaríamos que HG = GF = HE = EF. A, E R A D Solução: O triângulo equilátero, o quadrado e o hexágono regular. Efetivamente, consideremos um ponto C comum a vários ladrilhos. A soma dos ângulos agrupados em torno do ponto C é igual a 4 retos. Mas cada um destes ângulos vale ~ , já que o polígono é regular, e como este ângulo deve Geometria Elementar Aplicações numéricas. 22 41. Mostre que as bissetrizes dos ângulos de um quadrilátero formam um segundo quadrilátero cujos ângulos opostos são suplementares. 40. Também podemos ladrilhar: 1° com uma combinação de octógonos regulares e de quadrados; 2° com uma combinação de dodecágonos regulares e de triângulos equiláteros. • Há, portanto, três soluções: o triângulo equilátero, o quadrado e o hexágono regular. 2(8 - 2)r 8 2(n-2)r • n = 6, é o caso do hexágono regular. Temos 2n_ = 3.n — 2 Portanto, podemos ladrilhar com hexágonos regulares agrupados 3 a 3 em redor do mesmo ponto. • Além de n = 6, o valor do ângulo: 20r 5r ’ÍT = '3’- 4r a quantidade — decresce, e como para n = 6, este ângulo só cabe 3 vezes, para n > 6, caberá menos de 3 vezes e, por conseguinte, não haverá mais polígonos regulares que satisfaçam ao problema. • n = 4, é o caso do quadrado: = 4. Podemos ladrilhar com quadrados reunidos quatro por quatro em volta do mesmo ponto. = 2r-— vai crescendo, visto que n • n = 5, é o caso do pentágono regular. Temos 12 número fracionário, n - 2 3 É, pois, impossível ladrilhar com pentágonos regulares. • n = 3 é o caso do triângulo equilátero. Temos ■ ^n_ = 6. Podemos então ladrilhar com triângulos equiláteros n - 2 agrupados 6 a 6 em redor do mesmo ponto. Solução: Com efeito, 1o o ângulo do octógono = z^° = 4--, e o do quadrado 8 2 vale 1r. Logo, é só reunirmos dois octógonos e um quadrado e teremos: 3r + 1r = 4r. 2° O ângulo do dodecágono vale 2(12 -2)r 12 O ângulo do triângulo equilátero vale 2(3 - 2)r 2r 3 3 ' Podemos reunir dois dodecágonos e um triângulo equilátero, pois teremos 10r 2r 12r . então: — + y = — = 4r. Capítulo 1 c Fig. 30 A' B Solução: Deveremos ter: NMQ + QPN = 2 retos. como Mas a soma A + B + C + D vale 4r; onde: = 2r e NMQ + QPN = 2r. Da mesma forma, prova-se que Q + N = 2r. EDA e EAD Fig. 32 23 43. Pelo vértice A de um paralelograma ABCD, traça-se uma reta qualquer AX. Demonstrar que a distância do vértice C à reta AX é igual à soma ou à diferença das distâncias dos vértices B e D à mesma reta, conforme AX for exterior ou secante relativamente ao paralelogramo. A+B+C+D 2 42. Mostre que se, por um ponto qualquer, D, da base de um triângulo isósceles, traçarmos DE e DF paralelas aos dois outros lados, formaremos um paralelogramo de perímetro constante. A + DCom efeito, no triângulo AMD, temos o ângulo AMD = 2r------—, A+B+C+D 2 também: BPC = 2r- e, por conseguinte AMD + BPC = 4r- Solução: O triângulo ADE é isósceles, porque tem os ângulos iguais. Logo ED = AE. Também temos: DF = BF. Por conseguinte: DE + DF + FC + CE = AE + FB + FC + CE = 2AC. cA'" A B Geometria Elementar Fig. 33 ,K CO’ L’ H’ 24 44. Mostre que a soma das distâncias de um ponto qualquer da base de um triângulo isósceles aos dois outros lados é constante. NOTA. Se tomássemos um ponto O’, no prologamento da base, a base, a O’K' - O'L‘ das perpendiculares ainda seria constante e igual a BD, pois O’B é bissetriz do ângulo H’BL‘ e O'H' = OV; portanto: O'K' - OV = O’K’ - O'H' = H’K' = BD. Solução: A soma OL + OK é igual à perpendicular BD. Para o demonstrarmos, tracemos HH', paralela a AC, e prolonguemos OK até encontrarmos HH'; o ângulo HBO = ACB = ABC. Assim, BO é bissetriz do ângulo ABH; os triângulos retângulos BHO e BLO são iguais, e LO = OH; onde: LO + OK = HO + OK = HK = BD. Sendo O um ponto qualquer, sempre havemos de ter OL + OK = BD. A ,K’ \D 45. Mostre que a soma das perpendiculares abaixadas de um ponto interior qualquer de um triângulo equilátero sobre os três lados, é igual à altura do triângulo. Solução: Deveremos ter: OE + OF + OG = BL. De fato, seja O um ponto interior qualquer do triângulo equilátero ABC. Tracemos as perpendiculares OE, OF e OG; pelo ponto O, tracemos Hl paralela a BC, e de H, tracemos HK, perpendicular a AC. De acordo com o exercício 44, podemos escrever: 1o OF + OG = HK; onde: OE + OF + OG = HK + HP. 2o HK + HP = BL. Logo: OE + OF + OG = HK + HP = BL ou qualquer das alturas do triângulo equilátero, que são todas iguais, como lados de triângulos retângulos iguais. Solução: Teremos: CF = BE + DG. Tracemos a reta DH, paralela a AX. Os dois triângulos retângulos ABE e DCH são iguais, porque têm a hipotenusa igual e um ângulo agudo igual; onde temos: BE = CH. Por outra parte, o retângulo DGFH nos dá: FH = DG e dai CF = BE + DG. O caso em que AX atravessa o paralelogramo soluciona-se de maneira análoga. Capítulo 1 Fig. 34 B P E C 46. Fig. 35 47. 48. A" A-A Fig. 36 B D C D’ 25 Achar o lugar dos vértices dos triângulos de mesma base e mesma altura. Achar o lugar dos pontos situados a uma distância dada de uma reta AB. Solução: O lugar dos vértices encontra-se na paralela AA‘ a BC, traçada pelo vértice A do triângulo ABC, pois é evidente que todos os triângulos ABC, ABC, A"BC, etc., terão por base BC e por altura comum AD. Achar o lugar dos pontos equidistantes de duas retas paralelas CD e EF. Solução: O lugar pedido é uma paralela AB (fig. 35) a estas retas, traçada pelo meio M de uma perpendicular comum NP. Com efeito, todo ponto tomado sobre AB é equidistante das paralelas, e todo ponto tomado fora de AB dista desigualmente das mesmas retas. Solução: Por um ponto qualquer M, de AB, traço a perpendicular PMN. Tomo MP = MN = à distância dada. Pelos pontos P e N, traço paralelas a AB. Estas retas satisfazem à questão. Com efeito, qualquer ponto de CD ou de EF satisfaz a condição exigida, e qualquer ponto tomado fora destas duas retas dista de AB ou mais ou menos do que a quantidade proposta MP. C------------- --- -----------D E------------- -------------- F A------------- -------------- B Geometria Elementar Fig. 37 B C H E F G A D 26 49. Mostre que em qualquer triângulo, a reta que une os meios de dois lados é: 1o paralela ao 3o lado; 2o igual à metade do mesmo. 50. Mostre que se E e F forem os meios dos lados opostos AB e CD de um paralelogramo ABCD, as retas BF e ED dividem a diagonal AC em três partes iguais. Solução: Devemos ter AG = GH = CH. B Fig. 38 Com efeito, a figura DEBF, em que os dois lados opostos BE e DF são iguais e paralelos, é um paralelogramo. Portanto, os dois lados opostos BF e ED são paralelos. Ora, no triângulo CGD, a reta FH, traçada pelo meio F de CD paralelamente a GD, passa pelo meio H de CG (ex. 49), e temos: CH = GH, e também: AG = GH. Logo AG = GH = CH. NOTA. Por um ponto D, podemos traçar só uma paralela a uma reta AB. Do que precede, deduz-se, pois, que qualquer reta DE traçadapelo meio do lado AC e paralelamente ao lado AB num triângulo ABC, divide o lado CB em duas partes iguais e vale a metade de AB. A O quadrilátero ABKE tem dois lados opostos, AE e BK, iguais e paralelos; é, pois, paralelogramo. Portanto, os lados opostos AB e EK são iguais e paralelos. Ora ED = DK, devido a serem iguais os triângulos CDE e BDK; onde: AB = 2DE. Por conseguinte, DE é paralela a AB e igual à metade desta reta. Solução: Seja ED uma reta que une os meios dos lados AC e BC do triângulo ACB. Deveremos ter ED paralela a AB e igual à metade. Afim de prová-lo, pelo ponto B traço BK, paralela a AC, e prolongo ED até K. Os triângulos DCE e BDK são iguais por terem um lado igual (CD = BD) adjacente a dois ângulos respectivamente iguais: os ângulos em D, como verticalmente opostos e os dois outros ângulos, como aiternos-internos; onde: BK = CE = AE. Capítulo 1 51. B H. A Fig. 39 fâ. E, 'J D 52. 53. 54. Logo AND = MNK = 1 reto. 27 Mostre que se traçarmos as bissetrizes dos ângulos de um paralelogramo: 1° obteremos um retângulo; 2° os vértices K, L, M e N deste retângulo estarão situados nas retas que unem os meios dos lados opostos do paralelogramo. Mostre que as retas HF e GE, que unem os meios dos lados opostos de um quadrilátero, e a reta IJ, que une os meios das diagonais, concorrem a um mesmo ponto O (fig. 39). Solução: De fato, no paralelogramo IHJF, a diagonal HF passa pelo meio O de IJ; assim também GE, diagonal do paralelogramo GIEJ, passa pelo meio O de IJ; logo, estas três retas concorrem a um mesmo ponto. Demonstre que se unirmos os meios H e F de dois lados opostos de um quadrilátero aos meios I e J das diagonais, ainda obtemos um paralelogramo HIFJ (fig. 39). Solução: Efetivamente, como a reta Hl une os meios de dois lados AB e DB do triângulo ABD, é paralela a AD e igual à sua metade, acontecendo o mesmo com JF no triângulo ADC. Dai, Hl e JF são iguais e paralelas, e a figura HIFJ é um paralelogramo. Com raciocínio análogo demonstraríamos que EJGI também é paralelogramo. C Solução: Com efeito, EH é paralela a DB e igual à sua metade (ex. 49). Do mesmo modo, FG é paralela a DB e ã sua metade. Portanto, EH e FG são iguais e paralelas, e a figura EFGH é um paralelogramo. Mostre que se unirmos os meios E, F, G e H dos lados consecutivos de um quadrilátero ABCD, a figura EFGH é um paralelogramo. Solução: 1° A figura KLMN é um retângulo, pois tem os ângulos retos. Com efeito, temos A + D = 2 retos e, por conseguinte: - (A + D) = 1 reto. Geometria Elementar c A E B 28 56. Mostre que as três medianas de um triângulo concorrem a um mesmo ponto, situado aos 2/3 de cada uma a partir do vértice. 55. Seja um triângulo ABC com as suas três medianas AM, BN e CP. Prolonga-se AM de uma quantidade MD igual a AM; depois, toma-se BE = CF = BC. Mostre que os triângulos ADE e ADF têm por lados o dobro das medianas do triângulo ABC. Fig.41 Solução: No quadrilátero AEDF, as diagonais cortam-se em partes iguais; a figura é, pois, paralelogramo. Além disso, no triângulo ACE, a reta BN, que une os meios de dois lados, é paralela a AE e igual à sua metade; daí: AE = 2BN, e assim também AF = 2PC ou ainda: DE = 2PC. Já temos AD = 2AM por construção. Por conseguinte, está demonstrada a proposição. Assim igualmente, AMB = 1 reto, etc. D Fig. 40 2o Consideremos o vértice D; prolongo DK até E. Os dois triângulos retângulos ADN e ANE são iguais por terem um cateto comum e um ângulo agudo igual; logo DN = NE, e o ponto E é o meio de DE. Ora, sabemos que uma paralela a AB, traçada pelo ponto F, meio de AD, passará pelo meio N de DE. Logo, o ponto N está situado na reta FG, que une os meios dos lados opostos AD e BC; e assim se dá com os demais vértices. Capítulo 1 Fig. 42 B B C 29 58. Por um ponto A, tomado no interior de um ângulo DOC, traçar uma reta tal que o ponto dado seja o meio da parte desta reta interceptada entre os lados do ângulo. 57. Mostre que ao lado maior de um triângulo corresponde a menor mediana. D Fig, 43 Solução: Se supuzermos AB > AC, teremos CF < BE. Com efeito, os triângulos ABD e ACD, com dois lados respectivamente iguais e o terceiro lado maior no primeiro que no segundo (AB > AC), darão: ângulo ADB > ângulo ADC. Por outra parte, tendo os triângulos OBD e OCD dois lados respectivamente iguais e o ângulo compreendido entre os lados maior no primeiro que no segundo, temos: BO > OC e, portanto BE > CF ou CF < BE. D C O ponto O fica, pois, situado aos 2/3 de BE a partir de B. Igualmente se demonstraria que BE e AD se cortam num ponto O' situado aos 2/3 de BE, isto é no mesmo ponto O. Logo, as três medianas concorrem a um mesmo ponto situado aos 2/3 de cada uma a partir do vértice. V "h F/ T BC-y. Portanto FE e GH são iguais e paralelas, e a figura GFEH é um paralelogramo. As diagonais cortam-se em partes iguais, e GO = OE = BG, pois G é o meio de BO por construção. A Solução: Examinemos duas medianas BE e CF: cortam-se num ponto O. Traço GH, sendo G e H os meios das retas BO e CO. De acordo com o exercício 49, BC GH é paralela a BC e vale —. Do mesmo modo, FE é paralela a BC e vale Geometria Elementar Fig. 44 oposto em um ponto M tal que B Fig. 45 B n Fig. 46 D R CL 30 A E C Solução: Pelo ponto E, traço EF paralela a AM. Conforme a nota do exercício 49, o triângulo AMC dá: MF = FC, e o triângulo BEF dá: BM = MF = FC, e, portanto, BM é o terço de BC. B C Solução: Pelo ponto A, traço uma paralela AB ao lado OD, até encontrar OC em B; tomo então a partir de B um comprimento BC = OB. Uno A e C por uma reta que prolongo até OD em D. Digo que AC = AD. Com efeito, pelo ponto A, tracemos uma paralela AE ao lado OC; teremos o paralelogramo ABOE que nos dará: AE = OB = BC. Os dois triângulos ADE e ABC são iguais por terem um lado igual AE = BC adjacente a dois ângulos respectivamente iguais; onde resulta que AC = AD. 60. Mostre que toda reta que passa pelo interseção das diagonais de um paralelogramo e termina nos lados fica dividida em duas partes iguais. (O ponto de interseção chama-se às vezes centro de figura). A M P A o 59. Une-se o vértice A de um triângulo ao meio N da mediana adjacente BE; prolongada, esta linha encontra o lado BCBM = —. Demonstre. 3 Capitulo 1 61. 62. OA C Fig. 47 H G B 63. Fig. 48 B 31 Que quadrilátero se obteria unindo os meios dos lados de um losango? Mostre que todo quadrilátero que tem por centro o ponto de concurso de suas diagonais é um paralelogramo (fig. 46). Solução: De fato, já que OM = OL, OP = OR, o triângulo MOR é igual ao triângulo ROL e os ângulos alternos-intemos PMO e OLR são iguais; portanto, AB e CD são paralelos. Do mesmo modo, provaremos que AD e BC são paralelos. Logo, o quadrilátero ABCD é paralelogramo. Dizer o lugar geométrico dos meios das retas que vão de um ponto dado a uma reta dada. A C Solução: Um retângulo Com efeito, a reta EH que une os meios dos lados AB e AD é paralela a DB e DB igual a —; o mesmo para FG. Portanto, a figura EFGH é um paralelogramo. Além disso, sendo os lados do ângulo FEH paralelos aos do ângulo reto AOD, resulta que os dois ângulos sâo iguais e a figura EFGH é um retângulo. Solução: Teremos: MO = OL; PO = OR, etc. De fato, tracemos a reta MOL; haverá dois triângulos AOM e COL, que serão iguais por terem um lado igual adjacente a dois ângulos respectivamente iguais, pois AO = C, os ângulos MAO e OCL são iguais como alternos-internos, os ângulos em O são iguais como opostos pelo vértice; logo, OM = OL. Geometria Elementar c L, Fig. 49& A G B 32 64. Mostre que em um triângulo, o ponto de concurso das perpendiculares levantadas nos meios dos lados, o ponto de concurso das três medianas e o das três alturas acham- se em linha reta e a distância do 1° ponto ao 2° é a metade da distância do 2o ao 3o. Solução: Sejam as duas retas PA e PB, provenientes de um ponto P e terminadas numa reta AB. Digo que o meio F de uma reta qualquer PC pertence àreta DE que une os meios D e E das retas PA e PB. Com efeito, no triângulo APC, a reta DE, paralela a AB e traçada pelo meio de AP, passa pelo meio F de PC (ex 49). Logo, o lugar procurado é a reta DE, que une os meios D e E de duas retas PA e PB oriundas do ponto P. Solução: Sendo O e H os pontos de concurso das perpendiculares e das alturas, temos que demonstrar que o ponto M situado sobre OH é o ponto de concurso . mhdas medianas e que MO = . Traço a reta DE que une os meios de CH e BH, e depois, FG, que une os pés de BCduas perpendiculares; estas retas são paralelas a BC e valem — (ex. 49). Logo DE = FG; além disto, os ângulos OFG e HED são iguais como tendo os lados paralelos e dirigidos em sentido oposto; o mesmo se dá com os ângulos OGF e HDE. Os triângulos OFG e HDE são, portanto, iguais e segue-se que CH OG = DH = —. Por outra parte, a reta LK, que une os meios dos lados MC e MH CHdo triângulo MCH, é paralela a CH e igual a Logo LK = OG e os dois triângulos OMG e LKM são iguais, porque têm um lado igual adjacente a dois ângulos respectivamente iguais como alternos-internos; assim temos: ML = MG = LC. Fica provado que M está na mediana CG, aos 2/3 da mesma a contar do ponto C. Por conseguinte, é o ponto de concurso das medianas. Além disso, temos; MK = OM = KH, onde: MO = —. 2 Capítulo 1 B’ D’C A' Fig. 50 C A B D Solução: B’A Fig. 51 A B \M 3o Se a distância AB for maior do que I. o lugar não existe mais. 33 4° Consideremos agora duas retas concorrentes OA e OB. Tracemos uma reta AM paralela a BO e situada a uma distância I desta reta; hà de cortar OA em um ponto A. Tomemos OB = OA. No triângulo isósceles OAB, qualquer ponto da base AB é tal que a soma de suas distâncias aos dois lados OA e OB é igual a I 2° Se a distância AB for igual a I, então qualquer ponto do plano compreendido entre as duas retas AA' e BB' prolongadas indefinidamente em ambos os sentidos, faz parte do lugar. 65. Achar o lugar dos pontos tais que a soma das distâncias de cada um a duas retas dadas seja igual a um comprimento dado, I. 1o Suponhamos que as duas retas dadas AA’ e BB' sejam paralelas e sua distância menor do que I. I - ABO lugar constará de duas retas dadas e situadas à distância: CA = —-—. De fato, temos a soma das distâncias: CA + CB = 2CA + AB = I; l-ABonde: CA =--------- . 2 Geometria Elementar 34 (ex. 44). Por conseguinte, AB pertence a este lugar Poderiamos demonstrar igualmente que os três outros lados do retângulo AA’B'B fazem parte do lugar. Logo, o lugar se compõe dos quatro lados do retângulo. 66. Achar o lugar dos pontos cuja diferença das distâncias a duas retas concorrentes é igual a um comprimento dado (fig. 51). Solução: Num triângulo isósceles AOB, qualquer ponto tomado sobre o prolongamento de AB, em ambos os sentidos, é tal que a diferença de suas distâncias aos dois lados OA e OB é igual ao comprimento dado I (ex. 44). Acontece o mesmo com os três outros lados do retângulo; logo, o lugar se compõe dos prolongamentos dos lados do retângulo. Capítulo 2 CAPÍTULO 2 Fig. 52 35 Fig. 53 Traço uma reta OO* igual ao comprimento dado NB e paralela à direção constante; depois uno OA e O'B. A figura OABO' é um paralelogramo no qual Solução: Sejam o ponto A e a circunferência O. Unamos o ponto A ao centro O e prolonguemos AO até E: 1o AD será a menor distância do ponto A à circunferência, 2o AE será a maior distância. Em primeiro lugar, AD é menor do que qualquer outra reta AF, por exemplo; pois temos AD + DO < AF + FO ou AD < AF, pois que DO = FO. Em segundo lugar, a reta AE é maior do que qualquer outra, AG, por exemplo; pois temos AO + OG > AG ou AE > AG, visto que AO + OG = AE. 68. Achar a menor e a maior distância de um ponto dado a uma circun ferência. 69. Uma reta de comprimento constante permanece paralela a si mesma, enquanto uma das suas extremidades descreve uma circunferência. Qual é o lugar da outra extremidade? Solução: Uma circunferência de raio igual ao da primeira. Com efeito, seja O o centro da circunferência descrita pelo ponto A. 67. Qual é o lugar dos pontos situados a uma distância dada de um ponto dado? Solução: É, com evidência, a circunferência descrita do ponto dado, com raio igual à distância dada. Geometria Elementar a •XoA Fig. 54 Fig. 55 36 NOTA. O trissetor, instrumento destinado à divisão dos ângulos em três partes iguais, não é mais do que a realização da construção precedente. AB, AD, OC e OD são réguas móveis em torno dos pontos A, C, O e, além disto, os pontos O e D podem correr sobre as réguas AB e AD. O ângulo COA permanece constantemente igual ao terço do ângulo DOB; basta aplicar os lados móveis OB e OD sobre os lados do ângulo que se quer tripartir e traçar o ângulo COA ou seu igual CAO. 70. Dados um círculo O e um ponto A tomado em seu plano, qual é o lugar dos meios das secantes que unem o ponto A aos diversos pontos da circunferência O? Solução: Consideremos uma destas secantes AC. Çx---------\ 71. Por um ponto A, exterior a uma circunferência O, traça-se uma secante ACD cuja parte exterior AC é igual ao raio; pelo centro, faz-se passar a reta AOB: demonstrar que o ângulo COA vale 1/3 do ângulo DOB. OB = OA. Portanto o ponto B se achará a uma distância constante de O', e o lugar deste ponto será uma circunferência igual à primeira e cujo centro ficará a uma distância do centro O igual à distância constante dada, contada paralelamente à direção dada. í:- Solução: Sendo AC igual ao raio, o triângulo ACO é isósceles, e o ângulo CAO = COA. Por conseguinte, o ângulo DCO, exterior ao triângulo, é igual a 2COA. Mas o triângulo CDO é isósceles, e os ângulos DCO e CDO sâo iguais; onde: CDO = 2C0A. Ora, no triângulo ADO, o ângulo exterior DOB = CDO + DAO = 3COA. ----' Tracemos o raio CO e unamos os meios B e M das retas AC e AO. A reta BM COserá paralela a CO e igual a — (ex. 49). O ponto B dista, pois, do ponto M, da metade de CO. Ocorrerá o mesmo com o meio E da secante AD ou de qualquer outra secante. Logo, o lugar pedido é uma circunferência de raio igual à metade de CO. Capítulo 2 P NM, Fig. 56 O Fig. 57 TX Y 37 75. Dando-se uma circunferência O, dois pontos A e B fora da mesma, e uma reta indefinida XY, descrever outra circun ferência que passe pelos dois pontos e corte a primeira de forma que a corda entre os dois pontos de interseção seja paralela à reta dada. 72. Lugar dos centros das circunferências que passam por dois pontos dados A e B. Solução: Cada centro fica a igual distância dos pontos A e B. Portanto o lugar pedido é a perpendicular levantada no meio da reta AB. 73. Achar, sobre uma circunferência, dois pontos equidistantes de um ponto dado, P. Solução: Traço PA pelo centro O Qualquer corda MN perpendicular a PA determina sobre a circunferência dois M pontos equidistantes de P (n" 139 e 78). A 74. Por um ponto dado no interior de um círculo, traçar uma corda de que este ponto seja o meio. Solução: Pelo ponto dado I, basta fazer passar um raio e traçar-lhe uma perpendicular por esse ponto: o segmento da perpendicular pertencente à corda fica dividido pelo ponto I em duas partes iguais (n° 139). Geometria Elementar 76. Achar o centro de um círculo traçado. Fig. 58 Fig. 59 Fig. 60 38 78. Indicar o lugar dos meios das cordas de um círculo, iguais a uma reta dada. 77. Com um raio dado, descrever uma circunferência que passe a igual distância de três pontos dados não em linha reta. Solução: Suponhamos o problema resolvido. Sejam A, B e C os três pontos dados. De acordo com o enunciado, deveremos ter Aa = Bb = Cc e por conseguinte AO = BO = CO. O ponto pertence às perpendiculares traçadas pelos meios de AB e BC; é dizer que se acha no ponto de concurso das mesmas. Conhecido o ponto O, basta descrever a circunferência com o raio dado. Solução: Tomo três pontos quaisquer da circunferência e uno-os dois a dois por retas. O centro procurado pertence simultaneamente às duas perpendiculares levantadasnos meios de AB e BC. Portanto, está no ponto O, interseção das duas perpendiculares. Solução: Suponho o problema resolvido; se do ponto O abaixarmos uma perpendicular sobre a direção CD, ou, o que é o mesmo, sobre XY, esta perpendicular conterá o centro O'. Este centro também se acha sobre a perpendicular levantada no meio de AB. Daí resulta fácil a construção. Capítulo 2 Fig. 61 podemos Fig. 62 39 80. Descrever um círculo que intercepte três retas determinando, sobre as mesmas, três cordas de comprimento dado. dadas, mesmo 79. Com um raio dado, descrever uma circunferência que intercepte, sobre duas retas dadas, comprimentos dados. Solução: Suponhamos o problema resolvido e sejam AB e CD os comprimentos dados. Solução: Seja ÁB uma corda qualquer igual a uma reta dada. Abaixemos a perpendicular OC. O lugar do ponto C acha-se numa circunferência descrita com CO por raio. Logo, esta circunferência é o lugar pedido, pois todas as cordas tangentes ao circulo OC serão iguais a AB como equidistantes do centro. Solução: Sendo iguais as cordas, o centro O da circunferência procurada é equidistante de cada uma delas; encontra-se pois sobre as bissetrizes dos ângulos formados pelas retas dadas. Tracemos as bissetrizes dos ângulos A e B; assim obtemos o centro do circulo pedido: abaixemos a perpendicular OI sobre AB e, a partir do ponto I, tomemos um comprimento ID igual à metade da corda dada. O circulo descrito com OD como raio satisfaz à questão, e DE = FG = KH. Seria insolúvel o problema no caso de serem paralelas as três retas dadas. O centro do circulo que deve interceptar os comprimentos AB e CD, fica a uma distância OI de AB; logo, está sobre uma paralela a AB, à distância OI desta reta; igualmente pertence a uma paralela a CD, à distância OH desta reta. Por conseguinte, acha-se no ponto de concurso dessas duas paralelas. Quanto às distâncias OI e OH, é fácil determiná-las, pois, nos triângulos retângulos 1 1AOI e COH, conhecendo AO = CO = raio dado, e Al = — AB, CH = —CD, construir estes triângulos e obter assim os comprimentos OI e OH. Geometria Elementar Fig. 63 A B Fig. 64 40 Solução: Existem duas soluções: são duas perpendiculares, uma em cada extremidade de um diâmetro paralelo à reta dada. N 2o A corda KL, perpendicular a AB no ponto I, é mais curta que qualquer outra MN que passe pelo mesmo ponto, visto a perpendicular OI a KL ser mais longa do que a perpendicular OH a MN; ora, as cordas mais distantes do centro são as menores. Logo, temos KL < MN. 84. Traçar uma tangente que seja perpendicular a uma reta dada. 83. Traçar duas tangentes paralelas, passando uma por um ponto marcado sobre uma circunferência dada. Solução: É evidente que as duas tangentes pedidas são duas perpendiculares ãs extremidades do diâmetro que passa pelo ponto dado. 82. Lugar geométrico dos centros dos círculos de raio dado e tangentes a uma reta dada. Solução: Este lugar encontra-se, com evidência, sobre duas retas pararelas à reta proposta, de ambos os lados e a uma distância igual ao raio dado. 81. Mostre que a maior corda e a menor que passam por um ponto interior a um círculo, são duas retas perpendiculares, das quais uma é um diâmetro. Solução: 1° O diâmetro AB é a maior corda (n° 134). 85. Traçar uma tangente a um círculo dado, paralelamente a uma reta dada. Capítulo 2 Fig. 65 Fig. 66 41 86. Qual é o lugar dos centros das circunferências tangentes a duas retas concorrentes? 87. Increver um círculo num triângulo dado ABC. Solução: O centro O do circulo inscrito encontra-se na bissetriz do ângulo A (n° 81), mas também se encontra na bissetriz do ângulo B; logo, está no ponto de concurso das duas bissetrizes. Solução: Faça-se passar, pelo centro do circulo, uma perpendicular à reta dada Esta perpendicular encontrará a circunferência em dois pontos A e B. Tracemos por estes pontos duas tangentes, que solucionarão o problema. Solução: É a bissetriz do ângulo destas retas. Com efeito, as perpendiculares AC e A'C são iguais como raios do mesmo círculo; portanto, C pertence à bissetriz do ângulo AOA'. Dar-se-á o mesmo com qualquer outra circunferência. Por conseguinte, o lugar procurado é a bissetriz do ângulo AOA'. NOTA. As bissetrizes BO’, CO’, CO", AO"... dos ângulos exteriores de um triângulo concorrem aos pontos O', O" e O'" que são os centros dos círculos ex- inscritos. Existem pois quatro circunferências tangentes a três retas concorrentes dadas. 7 X / o- Ó’ Geometria Elementar Solução: B A- D N C Fig 67 42 90. Num círculo, traçar uma secante que passe por um ponto P e tal que a corda interceptada seja igual a um comprimento dado. 89. Descrever uma circunferência tangente em um ponto P a uma reta dada e passando por outro ponto M igualmente dado. 88. Descrever uma circunferência de raio dado R, tangente a duas retas dadas. 1' As duas retas são paralelas Logo se percebe que o problema só terá solução no caso em que a distância entre as duas paralelas seja 2R. P Fig. 68 Solução: O centro deverá encontrar-se num ponto da perpendicular PO e num ponto da perpendicular levantada no meio da corda MP. Logo, este centro há de achar-se no ponto O, interseção das duas perpendiculares. M. 2° As retas AB e AC são concorrentes. Seja AD a bissetriz do ângulo A Por um ponto qualquer de AB, levantemos a perpendicular FE = R e, pelo ponto E, tracemos uma paralela a AB. O ponto O, interseção da paralela com a bissetriz, é o centro da circunferência pedida, porque temos (n° 81): OM = ON = EF = R. F>- Capitulo 2 A. Fig. 69OP A1 Fig. 70K E N F L O D E A C 43 91. Traçar a um círculo uma tangente que faça um ângulo dado com uma reta dada. Solução: Sejam O o ângulo dado e KL a reta dada. Façamos um ângulo L igual ao ângulo O e, do centro, tracemos CN paralela a ML. Depois, tracemos o diâmetro AB perpendicular. Finalmente, levantemos as perpendiculares AE e BF a este diâmetro. Ambas são tangentes que satisfazem evidentemente à questão. Solução: Sejam r o raio conhecido, P o ponto dado e AB a reta dada. Por um ponto qualquer de AB, levanto uma perpendicular igual a r e, por sua extremidade, traço a paralela DE a AB. O centro procurado acha-se sobre DE, mas está A....... -^B’D Solução: Com raio igual ao comprimento dado e de um ponto qualquer C da circunferência, descrevo um arco de círculo que a corta em D; traço CD e, do ponto O, abaixo a perpendicular OE sobre CD. Então, com OE por raio e O por centro, descrevo uma circunferência que é tangente a CD. Finalmente, do ponto P, traço as duas tangentes a esta circunferência; as cordas AB e A'B', iguais a CD, respondem ambas à questão. M B : 92. Descrever uma circunferência de raio conhecido, que passe por um ponto dado e seja tangente a uma reta traçada. P Fig. 71 B Geometria Elementar Fig. 72 L B 44 Solução: Do ponto B como centro, com raio igual a m descrevamos uma circunferência e, pelo ponto A, tracemos uma tangente AK a esta circunferência; enfim, pelo ponto B, levemos uma paralela a AK. Com evidência as retas AK e BL respondem à questão. Fig. 73 Solução: Para prová-lo, tracemos pelo ponto N uma paralela IH a AC. Sendo IN e NH respectivamente iguais a AB e BC como paralelas tomadas entre paralelas, resulta que NI = NH e que os dois triângulos NMI e NHD são iguais. Portanto, MN = ND, e BN, perpendicular no meio de MD é bissetriz do ângulo MBD. Ora, os ângulos MBN e AMB são iguais como alternos-internos, e ABM = AMB como apostos aos lados iguais de um triângulo isósceles. Logo, ABM = MBN = NBD e, por conseguinte, as retas MB e NB dividem o ângulo ABD em três partes iguais e, como BDC é igual a NBD, por serem alternos- internos, resulta que BDC é igual ao terço de ABD, ou bdc = ^L. 3 ■ T 93. Dois pontos, A e B, acham-se à distância d; fazer passar por estes dois pontos duas paralelas que estejam à distância m uma da outra. A K também sobre o arco descrito do ponto P com r por raio: logo, está nos pontos O e O' emque este arco corta DE. Os centros O e O' respondem ambos à questão. Há duas soluções ou uma ou nenhuma, conforme a distância do ponto P a DE seja inferior, igual ou superior a r. 94. Prolonga-se o raio AB de um círculo em um comprimento BC = AB; traça-se uma tangente qualquer MD, sobre a qual se levantam as perpendiculares BN e CD, provar que o , ___ , ABDangulo BDC vale------- . 3 Capítulo 2 A. C Fig. 74 Fig. 75 45 Solução: Sejam R o raio da circunferência dada e I, o comprimento dado. A distância de um ponto à circunferência conta-se no diâmetro que passa pelo ponto dado. Logo, um ponto qualquer do lugar há de encontrar-se numa circun ferência concêntrica à primeira e tendo por raio R + I. Se tivermos R > I. existe outra solução: a circunferência concêntrica de raio R -1. 96. Lugar dos centros das circunferências tangentes a uma circunferência dada em um ponto dado. Solução: Sejam O a circunferência dada. 8 o ponto dado e C uma das circunferências tangentes ao ponto 8. Os três pontos O, B e C estão em linha reta: o centro C acha-se, portanto, sobre 08 ou o seu prolongamento. O lugar pedido estará, pois, sobre OB prolongado em ambos os sentidos. 97. Determinar o lugar dos pontos situados a uma distância dada de uma circunferência dada. 98. Lugar dos centros das circunferências de raio dado r e tangentes a uma circunferência dada R. 95. Duas cordas paralelas, AC e BD, traçadas pelas extre midades do mesmo diâmetro, são iguais. M N Solução: Devemos te^AC = BD. x Com efeito, temos ÁMC + 'CB' = AD + DNB; mas CB = AD; logo: arco AMC = arco DNB e, por conseguinte, corda AC = corda BD. Geometria Elementar Solução: O lugar é uma circunferência concêntrica ao circulo R, com o raio R + r. Fig. 76 Fig. 77 O Fig. 78 46 100. Descrever uma circunferência de raio dado e tangente a uma reta e a uma circunferência dadas. 99. Descrever, dos vértices de um triângulo como centros, três circunferências tangentes entre si. Solução: Suponhamos o problema resolvido. AM = AN e CN = CP: logo, os três pontos M, N e P são os pontos de contato do círculo inscrito no triângulo ABC; dai uma construção fácil. Consideremos uma destas circunferências; o ponto B de contato acha-se sobre a linha dos centros, e temos: OC = R + r. O lugar do ponto C é pois uma circunferência concêntrica à primeira e de raio R + r. No caso R > r, está claro que o lugar ainda será uma circunferência de raio R - r. Se tivermos R = r, não haverá solução. Solução: Sejam dados o raio r, a circunferência O, de raio R, e a reta AB. Por um ponto qualquer de AB, levanto uma perpendicular DE = r e, pelo ponto E, traço uma paralela KL a AB. K A. L B121 D Capítulo 2 101. Fig. 79 102. Fig. 80 z\O’ 103. 47 Inscrever, entre duas circunferências exteriores dadas, uma reta de comprimento dado, paralela a uma reta dada. Dados dois pontos, A e B, achar um terceiro, O, que esteja à distância MdeAeà distância N de B. Descrever uma circunferência de raio conhecido, que corte outra em dois pontos marcados. Solução: Do ponto A como centro e com M por raio, descrevo um arco de circulo; do ponto B e com o raio N, descrevo outro arco que corta o primeiro em O e 0‘. Estes dois pontos respondem evidentemente à questão. Logo, duas solução para M + N > AB, uma solução para M + N = AB e nenhuma solução para M + N < AB. N M. Solução: De cada um dos pontos dados A e B como centros e com o raio conhecido, descrevamos arcos que se cortem em dois pontos O e O'. Está claro que se, de cada um destes pontos como centro e com o raio dado, descrevermos circunferências, respondem ambas à questão. O problema só será possível se o raio dado for maior do que a metade da distância entre os pontos marcados. Caso seja igual à metade da distância, as circunferências tornam-se tangentes, os pontos O e O' confundem-se num único ponto, situado no meio da reta AB. Haverá então uma solução única. Se for menor, não há solução. O centro da circunferência tangente a AB e de raio r encontra-se sobre KL. Mas, devendo esta circunferência ser tangente á circunferência O, o seu centro estará também sobre o arco descrito de O, com R + r por raio; logo, ficará no lugar em que o arco cortar a reta KL, isto é nos pontos C e C*. Portanto, haverá no máximo duas soluções, ou uma só ou nenhuma, conforme tenhamos OI + r maior do que a distância do ponto O à reta KL, ou igual ou menor. B Geometria Elementar M N O Fig. 81 tenha o seu meio nesse Fig. 82 centros e unamos o ponto M ao 48 Solução: Suponhamos o problema resolvido e seja AB a reta paralela e igual a MN. Pelo centro O, tracemos OC paralela e igual a AB e tracemos ainda OA e CB. A figura OABC é um paralelogramo e temos: CB = OA. Dai esta fácil construção: pelo ponto O, leva-se OC paralela e igual a MN; então, do ponto C e tomando por raio OA, descreve-se um arco de círculo que cortará O' em dois pontos B e B'. Unem-se estes dois pontos a C; a seguir, de O, traçam-se OA e OA‘ que são paralelas respectivamente a CB e CB’. Traçando agora, AB e A'B’, teremos duas soluções que satisfazem à questão. 104. Por um dos pontos de interseção de duas circunferências, traçar uma secante comum que ponto. Solução: Tomemos o meio M da linha dos ponto P de interseção das duas circunferências; depois, tracemos a secante AB perpendicularmente a PM: a reta AB é a secante procurada. Com efeito, abaixemos as perpendiculares OC e O’D sobre esta secante e tracemos O'F paralela AB: segue-se que O’F é perpendicular a PM e OC, e a figura CDO'F é um retângulo, assim como CPEF e PEO'D. Além disto, como MP corta OO' pelo meio M e paralelamente a OC, passa pelo meio E de FO' (ex. 49). Logo, FE = EO' e daí: PC = PD. Por conseguinte, AP = PB. 105. Dá-se a corda AB; sobre o raio OB, levanta-se a perpendicular OD = AB e, do ponto D, descreve-se um arco com raio igual a OB. Este arco corta a circunferência dada em C. Demonstrar que C é o meio do arco AB. Capítulo 2 Fig. 83 49 106. Dado um círculo, quantos círculos de mesmo raio são necessários para encerrá-lo? Solução: Seis. Solução: Com efeito, os dois triângulos isósceles COD e AOB são iguais como tendo os três lados respectivamente iguais. Portanto, COD = ABO. Ora, COD tem por complemento COB e, por outra parte, 2AB0 + AOB = 2 retos, ou ABO + AQB = 1 reto; logo, A^B é complemento de ABO ou de COD; portanto, temos: COB = , onde resulta que o ponto C é o meio do arco AB. Fig. 84 Solução: Com efeito, consideremos duas circunferências O' e O", tangentes entre si e â circunferência O dada. O triângulo OO'O” é, com evidência, equilátero, pois cada um dos lados é igual a 2r, sendo r o raio da circunferência proposta. O ângulo 0'00" é, por conseguinte, igual aos 2/3 de um reto. Logo, a circunferência O estará completamente rodeada 4 quando tivermos yyy circunferências iguais à proposta, isto é 6. Geometria Elementar Fig. 85 mede 50 108. Pelo ponto de contato de duas circunferências tangentes interior ou exteriormente, traçam-se duas secantes; depois unem-se os seus pontos de interseção com a mesma circunferência. Mostre que as cordas assim obtidas são paralelas. 107. Mostre que se dividirmos a corda de um arco de círculo em três partes iguais, os raios que passam pelos pontos de divisão não dividem o arco em partes iguais. Solução: Deveremos ter: EF > AE. Com efeito, por ser isósceles o triângulo OAB, os ângulos OAB e OBA são iguais, portanto, os triângulos OAC e OBD, que têm um ângulo igual compreendido entre lados iguais, são iguais e temos: OC = OD. O triângulo OCD é isósceles; portanto, o ângulo ODC da base é agudo. Por conseguinte, o seu suplemento CDF é obtuso e CF é o maior lado do triângulo CDF; dai temos: CF > CD ou CF > AC. Logo, os triângulos AOC e COF, com dois lados iguais e o terceiro lado de um maior que o terceiro .do outro, terão também o ângulo maior oposto ao maior lado e virá COF > AOC, pois: EF > AE. Fig. 86 Solução: AC e BD são paralelas. Com efeito, tracemos a tangentecomum KIL. O ângulo ACI = AIL, porque têm por medida comum a metade do arco IA; igualmente BDI = BIK, pois cada um . Ora, AIL = BIK; logo, os ângulos ACI e BDI são também iguais e, como estes ângulos são alternos-internos, resulta que AD e BE são paralelas. Capítulo 2 709. 770. A O N 777. 51 Demonstre que o retângulo e o quadrado são os únicos paralelogramos inscritíveis. Se, no exercício 108, traçarmos uma secante e duas tangentes às suas extremidades, mostre que estas duas tangentes são paralelas entre si. Fig. 88 Solução: Com efeito, por construção temos: DMA + ONA = 2 retos, e dai também: O + A = 2 retos. Portanto, o quadrilátero OMAN é inscritivel. Fig. 87 Solução: AD e BE são paralelas. Com efeito, tracemos a tangente comum KIL. Os ângulos DAI e AIK são iguais, por terem a mesma medida: arco Al 2 Assim também, são iguais os ângulos EBI e BIL, que se medem em arco igual. Ora, BIL = AIK, logo DAI = EBI Sendo eles altemos-internos, segue-se que são paralelas as retas AD e BE. Mostre que se, de um ponto qualquer tomado no interior de um ângulo, abaixarmos perpendiculares sobre os lados deste ângulo, o quadrilátero formado pelas perpendiculares será inscritivel. M___ - Geometria Elementar Fig. 89 BA A-...... Fig. 90O A lM Fig. 91BO 52 Seja o triângulo retângulo ABC, ao qual circunscrevemos uma circunferência. Sendo reto o ângulo A, a hipotenusa é um diâmetro, portanto AO, que é igual ao raio, vale a metade de BC. Solução: Devido às paralelas, temos: A + D = 2 retos e B + C = 2 retos. Ora, A = B; logo: B + D = 2 retos. Segue-se que o trapézio ABCD é inscritivel. Jc 114. Sobre duas retas retangulares O A e OB, faz-se correr uma reta de comprimento dado AB: determinar o lugar dos meios das hipotenusas dos triângulos assim formados. 113. Mostre que em qualquer triângulo retângulo, a reta que une o vértice do ângulo reto ao meio da hipotenusa é igual à metade da hipotenusa. 112. Mostre que um trapézio cujos dois lados nâo paralelos sâo iguais (trapézio isósceles) é inscritivel num círculo. D Ç í> Bk Solução: Com efeito, para um quadrilátero ser inscritivel, é necessário que os seus ângulos opostos sejam suplementares; ora, num paralelogramo, os ângulos opostos são iguais; por conseguinte, é mister que cada ângulo do paralelogramo seja igual a 90° para este polígono ser inscritivel. Ora, tal condição só é preenchida pelo retângulo e o quadrado. BCSolução: Deveremos ter: AO = Capítulo 2 Fig. 92 Q. Fig. 93 53 116. Sendo dados um círculo O e um diâmetro AB, traçam-se um raio qualquer OC e uma perpendicular CD a AB; depois toma-se OM = CD. Determinar o lugar do ponto M. 115. Sejam um triângulo retângulo ABC e uma perpendicular qualquer OH sobre a hipotenusa BC. Prolonga-se OH até o seu encontro em D com AC, traça-se BD e continua-se CO até E. Determinar o lugar de E. Solução: Consideremos o triângulo OEM que se obtém traçando o raio OE, perpendicular a OA, e unindo depois E a M. Este triângulo é igual ao triângulo COD, pois temos OE = OC, OM = CD, e os ângulos EOM e OCD são iguais como alternos-internos. Dai conclue-se que o ângulo em M ê reto e o lugar deste ponto é uma circunferência descrita sobre OE como diâmetro ABSolução: Seja OAB um desses triângulos. Sempre teremos OM = (ex. 113). Portanto, OM terá comprimento constante, e o lugar do ponto M será a circunferência descrita do centro O com o raio OM. Solução: Se considerarmos o triângulo DBC, as duas retas AB e DH são duas alturas deste triângulo cuja interseção se acha em O; por conseguinte, a terceira altura passará também por O e coincidirá com CE. O lugar do ponto E será, portanto, uma circunferência descrita sobre BC como diâmetro, porque o triângulo BEC será sempre retângulo. Geometria Elementar Fig. 94 Fig. 95 119. 54 Solução: Deveremos ter: AP = PD e PC = PB. Sendo iguais as cordas AB e CD, são iguais os arcos subtendidos e temos: arco A = arco D; se de cada um destes arcos tirarmos a mesma quantidade, arco AD, os restos ainda serão iguais, o que dará: arco AC = arco DB. Por conseguinte, virá: corda AC = corda DB. Por outra parte, os ângulos inscritos ACD e ABD são iguais por terem a mesma medida; os ângulos CAB e CDB são iguais pela mesma razão. Logo, os triângulos ACP e BDP são iguais por terem um lado igual adjacente a dois ângulos respectivamente iguais e temos: AP = PD e PC = PB. 118. Mostre que se dois círculos se cortarem em dois pontos P e Q e, pelo ponto P, traçarmos uma reta PAB que os corte em A e B, o ângulo AQB será constante, seja qual for a direção de AB. 117. Quando duas cordas iguais se cortam dentro ou fora de um círculo, mostre que os segmentos determinados pelo ponto de encontro são respectivamente iguais. Mostre que as circunferências que têm por cordas os lados de um quadrilátero inscritível ABCD, dão origem, por suas segundas interseções, a um quadrilátero inscritível EFGH. Solução: Com efeito, o ângulo A é constante por ter sempre a mesma medida, arco PMQ . . . , , -------—-------; da mesma forma, B e constante por medir sempre a metade do arco PNQ. Logo, o ângulo Q, que é igual a 2 retos - (A + B) também é constante. Capítulo 2 Fig. 96 Fig. 97 55 120. Mostre que se unirmos os pés das alturas de um triângulo ABC, obteremos outro triângulo em que os ângulos têm por bissetrizes as alturas do primeiro. Solução: Temos, com efeito: HEF = 4 retos - (AEH + AEF). Ora, no quadrilátero inscrito AEHD, temos: AEH = 2 retos - ADH. Igualmente, no quadrilátero AEFB, temos: AEF = 2 retos-ABF. Portanto, substituindo no valor de HEF, virá HEF = ADH + ABF; do mesmo modo: FGH = CDH + CBF. Logo, por fim: E + G = B + D = 2 retos, e o quadrilátero EFGH é inscritível. Solução: Por exemplo, a altura CF será bissetriz do ângulo DFE e teremos: DFO = OFE. De fato, observamos que o quadrilátero ADOF, com dois ângulos retos em D e F, é inscritível e bem assim, o quadrilátero OEBF. Posto isto, vemos que os dois ângulos DFO e DAO, de medida comum , são iguais, como também os ângulos OFE e OBE, que medem ambos . Ora, os ângulos DAO e OBE são iguais como complementares do mesmo ângulo C; logo, os dois ângulos DFO e OFE são iguais e CF é bissetriz do ângulo DFE. Da mesma forma ocorre com os dois outros ângulos. Geometria Elementar \D ■ Fig. 98 D B OC E Fig. 99 B 56 E A BO mesma forma, são iguais os ângulos CAO e BEO que valem Portanto, os ângulos CDO e BEO, são iguais e os triângulos retângulos CDO e BEO são iguais por terem um cateto igual: CO = BO e um ângulo agudo igual; dai: OD = OE. Sendo iguais as oblíquas OD e OE, são equidistantes do pé da perpendicular, e AE = AD. 122. Toma-se um ponto P qualquer sobre o diâmetro de um circulo; une-se este ponto à extremidade A do raio AO perpendicular ao diâmetro OP; prolonga-se AP até encontrar a circunferência em B e traça-se a tangente BC. Demonstrar que CB = CP. A 0/ ------- p 121. Sobre um raio OA prolongado, levanta-se uma perpendicular DE e, peto ponto A, traçam-se a secante ABC e as tangentes CD e BE. Demonstrar que AB = AD. Solução: Com efeito, sobre OD como diâmetro, descrevamos uma circunferência que deverá passar pelos pontos C e A, visto que o ângulo OCD é reto assim como o ângulo OAD. Sobre OE como diâmetro, descrevamos outra circunferência, que também há de passar pelos pontos B e A. Ora, os COângulos CDO e CAO, que têm por medida comum são iguais. Da Capitulo 2 Solução: Com efeito, o ângulo CPB tem por medida ou Fig. 100 Solução: Com efeito, o ângulo F tem por medida Fig. 101 MBJ £ H, G A 57 |N AC + CD 2 124. Mostre que as bissetrizes EF e GH dos ângulos formados pelos lados opostos de um quadrilátero ABCD inscritivel são perpendiculares entre si. E 123. Se, pelo ponto A, meio de um arco BAC, traçarmos duas cordas quaisquer AD e AE que cortem em F e G a corda BC, mostre que o quadrilátero DFGE, assim obtido, é inscritivel. AB 2 F Solução: Os ângulos em I são retos. BD + AE 2 ABIgualmente, o ânguloCBP tem por medida -y . Logo, o triângulo CBP é isósceles e temos CB = CP. ADO ângulo E tem por medida Os ângulos F e E são, pois, suplementares, e o quadrilátero DFGE é inscritivel. AB + CD OU Geometria Elementar Fig. 102 Ora um mede ; ao passo que o outro mede ED, H Fig. 103 B F ; o ângulo AHFSolução: Tracemos AF. O ângulo AFC tem por medida mede 58 125. Mostre que se duas cordas AB e CD se cortam em um círculo, a soma AC + BD dos arcos por elas interceptados é igual à soma dos arcos interceptados pelos dois diâmetros paralelos a estas cordas. Com efeito, devido à bissetriz EF, temos: AF - BM = FD - MC. A bissetriz GH igualmente nos dá: AH - DN = BH - CN. Somando membro a membro, virá: FH - BM - DN = FD + BH - MN ou FH + MN = HM + FN. A medida dos ângulos FIH e HIM é pois a mesma. Logo, estes ângulos são iguais e as bissetrizes EF e GH são perpendiculares entre si. Solução: Teremos: AC + DB = KM + LN. De fato, os ângulos BED e LON, de lados paralelos e dirigidos no mesmo sentido, são iguais. AC + DB 2 Portanto, AC + DB = KM + NL. KM + LN 2 AD + CD 2 126. Sejam o círculo circunscrito a um triângulo ABC, e H o ponto de encontro das alturas. Mostre que se prolongarmos a altura CG até F, teremos: HG = GF. C . Ora, os ângulos ACG e DBA são iguais como complementos do mesmo ângulo CAB; portanto os arcos DA e AF, que os medem, são iguais. Capítulo 2 G C R H Fig. 104 DEA Fig. 105 59 128. Indicar o lugar dos pontos de origem das tangentes a uma circunferência dada, iguais a uma reta dada. Solução: O lugar é uma circunferência de raio OA e de centro O. Tracemos as tangentes AB e A'B’ iguais entre si e à reta dada MN, e ainda OA, OB, OA'. Os triângulos retângulos OAB e OA'B‘ são iguais. AB = A'B‘ e OB = OB'; logo, OA = OA'; os pontos A, A',... distam igualmente do ponto O‘, e, por conseguinte, o lugar destes pontos é a circunferência, descrita, com OA por raio. Solução: Teremos: AB + CD = AD + BC. Efetivamente, as tangentes iguais provenientes dos pontos A e B dão: AF + BF = AE + BG. Da mesma forma, as tangentes oriundas dos pontos C e D dão: CH + DH = DE + CG. Somando membro a membro, teremos: AF + BF + CH + DH = AE + BG + DE + CG ou enfim: AB + CD = AD + BC. Por semelhante razão, os arcos CD e CE são iguais e temos: AD + CD AF + CE 2 2’ Finalmente, por conseguinte, os ângulos AHG e AFG são iguais e os dois triângulos retângulos AGH e AGF são iguais por terem um cateto comum e um ângulo agudo igual: logo: HG = GF. 127. Mostre que os lados opostos de um quadrilátero circunscrito a uma circunferência, somados dois a dois, dão somas iguais. B Geometria Elementar Fig. 106 D Fig. 107 AD = p - a, BD = p - b, 8F = p - c e AD + DB + BF = p. 60 2° a soma destes segmentos é igual ao semi perímetro. Seja o lado AB. Os três segmentos a considerarmos são AD, BD e BF. Solução: Se representarmos os três lados por a, b, c (a oposto ao ângulo A, etc...) e o perímetro por 2p, virá: 130. Mostre que: 1° Os segmentos determinados sobre os lados de um triângulo pelos pontos de contato do círculo inscrito e de um dos círculos ex-inscritos, são iguais cada um ao semi- perímetro menos um lado; A E B Por fim, temos: 2r = D = AC + AB - BC. 729. Mostre que o diâmetro da circunferência inscrita em um triângulo retângulo é igual ao excesso da soma dos catetos sobre a hipotenusa. Solução: Deveremos ter: 2r = AC + AB - BC Com efeito, AC + AB - BC = AD + CD + AE + BE - CF - BF. Ora CD = CF e BE = BF Logo. AC + AB - BC = AD + AE. O quadrilátero ADOE, é retângulo e nos dá' AD + AE = DO + OE = 2r (sendo r o raio da circunferência inscrita). C Capítulo 2 • Com efeito, 1o: Igualmente Fig. 108 que TDA mede ou CE = BE. 2° o ângulo DOF também será constante. 61 131. Sendo duas circunferências O e O' tangentes interiormente no ponto A e BC uma corda da circunferência exterior tangente em D à circunferência menor, mostre que a reta AD é bissetriz do ângulo BAC. 1° o triângulo DBF terá perímetro constante, seja qual for o ponto G tomado à vontade sobre o arco; Solução: Com efeito, as tangentes provenientes do mesmo ponto T dão: ângulo TAD = ângulo TDA. Ora, o ângulo TAD tem por medida CE 2 132. Sendo uma circunferência tangente a ambos os lados de um ângulo ABC, se traçarmos uma terceira tangente DF ao arco AC, mostre que: • 2o Se fizermos a soma dos três segmentos, virá: AD + BD + BF = p — a + p-b + p- c. AD + BD + BF = 3p - 2p = p. 2AD + 2BE + 2CF = 2p 2AD = 2p - 2BC = 2p - 2a AD = p - a. 2AD = 2p - 2BC = 2p — 2a; 2BD = 2p - 2AC = 2p - 2b BD = p - b. Temos BF = BG, por conseguinte: 2BF + 2BD + 2AD = 2AF = 2p. 2BF = 2p - 2AB = 2p - 2c. BF = p - c. AC + CE ------- ------ , ao passo AC+BE . t AC + CE AC + BE ------------ . Logo, temos ------ - ------=------------- Portanto, os ângulos inscritos CAD e BAD, que medem respectivamente BE e —, são iguais; por conseguinte, AD é a bissetriz do ângulo BAC. Geometria Elementar Fig. 109 B C DA R:‘ NM 62 Solução: Deveremos ter: Fig. 110 Solução: Inscrevamos, nas circunferências dadas, cordas KLMN iguais aos comprimentos dados; depois, descrevamos uma circunferência concêntrica tangente a cada corda; por fim, tracemos uma tangente AD comum às circunferências interiores; esta tangente determina duas cordas AB e CD iguais às cordas dadas (n° 145). Está claro que haverá tantas soluções quantas tangentes comuns puderem ser traçadas às duas circunferências interiores, isto é, quatro. AOC BD + BF + DF = 2AB e DOF =------- , 2 1o Devido às tangentes iguais oriundas dos pontos D e F, temos: DG + GF = DF = AD + FC. ou enfim: BD + BF + DF = 2AB. 2° Por outra parte, sendo DO bissetriz do ângulo AOG e FO bissetriz do ângulo COG, temos: AOC DOG + GOF = DOF = 2 133. Sendo dados dois círculos, traçar uma secante tal que as cordas interceptadas pelos dois círculos tenham comprimentos dados. °j Capitulo 2 134. 135. das alturas136. destesconcurso 63 Lugar dos pontos de mesmos triângulos. Lugar dos centros dos círculos inscritos nestes mesmos triângulos. Lugar dos vértices dos triângulos de mesma base, cujo ângulo do vértice seja igual a um ângulo dado. Fig. m Solução: São dados BC e o ângulo A. O lugar procurado é o segmento capaz do ângulo A descrito sobre BC como corda, pois os ângulos ABC, ABC, A"BC,... tém todos a mesma base AC e o ângulo dado A, sob as diversas BC apelações A’, A",... não muda de medida: —. Fig. 112 Solução: Tracemos as bissetrizes dos ângulos ABC, A'BC...; ACB, A'CB... Estas bissetrizes determinam os centros dos círculos inscritos de que se trata. A Ora, cada um dos ângulos O, O’... vale 1 reto + — (ex. 28); como A é dado, 1 A reto +— é conhecido. 2 O lugar dos pontos O, O'... é, pois, o segmento capaz de um ângulo igual a A 1r + — descrito sobre BC como corda. 2 Geometria Elementar A Fig. 113 CB Fig. 114 !* BAx 64 Solução: Sejam ABC um destes triângulos, BOD e COE duas das suas alturas. São conhecidos o ângulo A e a base BC. No quadrilátero EODA, é fácil ver que o ângulo EOD = 2 retos - A = BOC. O lugar dos pontos O é, pois, o segmento capaz de um ângulo igual a 2 retos - A (é o suplemento do ângulo dado) e descrito sobre a base dada BC. z 137. Mostre que de todos os triângulos inscritos no mesmo segmento de circulo, o triângulo isósceles tem o maior perímetro. Solução: Consideremos o triângulo isósceles ABC e um triângulo ADB inscrito no mesmo segmento, com AB por base. Prolonguemos AC de um comprimento CC = BC e AD de um comprimento DD' = BD. O ângulo ACB exterior ao ACB triângulo BCC é igual a 2C onde C = —. Da mesma maneira, D' = ~■ • Ora, ACB = ADB, logo, C‘ = D' = A^B. Por conseguinte, todos os pontos C e D' hão de encontrar-se sobre o ACB segmento de círculo descrito sobre AB e capaz de . Por outro lado, a altura Cl é paralela a C'B, visto que reúne os meios C e I dos lados AC e AB (ex. 49); resulta daí que BC é perpendicular sobre AB. Logo, AC é diâmetro da circunferência que passa porA, B, D*. C’; e, como AD' é apenas uma corda, vem: AD' < AC, seguindo-se: AC + CB + AB > AD + DB + AB ' \/f Capítulo 2 138. ----- ZM\ 139. 140. 65 Estando as posições A, B e C de três campanários marcados num mapa, indicar nele a posição M de uma casa onde foram observados os ângulos AMB e BMC, formados entre si por duas retas horizontais traçadas da casa para os três campanários. Fig. 115 Solução: Tracemos AB e BC. Sobre AB como corda, descrevamos um segmento capaz do ângulo AMB; igualmente, sobre BC, um segmento capaz do ângulo BMC. Com evidência, encontra-se a casa sobre o arco AMB e sobre o arco BMC. Logo, está no ponto M, interseção dos dois arcos. Mostre que as circunferências que passam por dois vértices de um triângulo ABC e pelo ponto de concurso H das alturas, são iguais à circunferência circunscrita ao triângulo. Fig. 116 Solução: Os ângulos BAC e BHC cujos lados são respectivamente perpendiculares, são suplementares; por conseguinte, o arco BMC é capaz de um ângulo igual a BAC; logo os arcos BAC e BMC são iguais e também as circunferências O e O'. Achar, no plano de um triângulo, um ponto onde se vejam os três lados sob ângulos iguais. £ 1 -•:C Geometria Elementar A B CONSTRUÇÕES DE POLÍGONOS TRIÂNGULOS ISÓSCELES Fig. 118 B Fig. 119 CA D 66 142. Construir um triângulo isósceles, conhecendo o ângulo do vértice e a altura. 141. Construir um triângulo isósceles, conhecendo a base e o ângulo do vértice. Solução: Basta, é claro, descrever sobre AB um segmento capaz do ângulo dado e elevar no meio D de AB uma perpendicular até o encontro em C do segmento; depois, traçam-se AC e BC e tem-se o triângulo pedido. Fig. 117 Solução: Suponhamos o problema resolvido. Seja O o ponto procurado. Temos: AOB + AOC + BOC = 4 retos, e como devemos ter: AOB = AOC = BOC, resulta que cada um desses ângulos deve valer 4/3 de um reto. Bastará portanto descrever sobre cada lado do triângulo segmentos capazes de 4/3 de ângulo reto. O problema será impossível, caso um dos ângulos do triângulo seja superior a 4/3 de 90°, pois então os três segmentos se cortarão em um ponto O' exterior ao triângulo ABC e um dos três ângulos compreenderá os dois outros. Capítulo 2 143. Fig. 120O V B E F 67 Construir um triângulo isósceles, conhecendo a base e o raio do círculo inscrito. C Fig. 121 Solução: Seja ABC o triângulo pedido. A altura CD deve, é claro, achar-se no meio do perímetro EF. Tracemo-la. Basta agora conhecer os pontos A e B. Ora, os triângulos EAC e CBF são isósceles. Para determinarmos os pontos A e B, é só levantarmos perpendiculares sobre os meios de EC e CF até o encontro em A e B com a reta EF. Solução: Suponhamos o problema resolvido. Seja ABC o triângulo procurado. Vê-se que, para obter este triângulo, basta traçar uma reta AB igual à base dada; descrever com o raio do círculo uma circunferência passando por A e B; levantar uma perpendicular pelo meio da base até encontrar a circunferência em C; finalmente, traçar AC e BC. Está claro que o triângulo ABC responde igualmente à questão. C’ Solução: Suponhamos o problema resolvido. Seja ABC o triângulo pedido. Por um exame da figura, vemos que, para obter o triângulo ABC, basta levantar, no meio de uma reta AB, igual à base dada, uma perpendicular DO = r, raio do círculo inscrito; depois, descrever este círculo e traçar-lhe duas tangentes pelos pontos A e B. Solução: Tomo, sobre a bissetriz do ângulo dado B um comprimento BD igual à altura dada, e no ponto D, levanto uma perpendicular que encontra os lados do ângulo B em A e C. O triângulo ABC assim formado responde ã questão. 145. Construir um triângulo isósceles, conhecendo o perímetro e a altura. 144. Construir um triângulo isósceles, conhecendo a base e o raio do círculo circunscrito (fig. 120). C íR A D B Geometria Elementar TRIÂNGULOS RETÂNGULOS 746. conhecendo a Fig. 122 147. isósceles, conhecendo a 148. conhecendo a 68 NOTA. O problema só terá solução para BL < BO: onde resulta que a altura máxima correspondente ao ângulo reto de um triângulo retângulo é igual ao raio do circulo circunscrito, ou à metade da hipotenusa. Fig. 123 Solução: Seja BC a hipotenusa dada. Sobre BC como diâmetro, descrevamos uma semi-circunferência e, em um ponto B qualquer de BC, levantemos uma perpendicular BL igual à altura dada A seguir, pelo ponto L, tracemos uma paralela a BC; finalmente, do ponto A em que esta paralela encontra a circunferência, tracemos AB e AC. Claro está que o triângulo ABC responde à questão, assim como o triângulo BA’C. Entretanto, existe uma única solução, porque BAC é igual a BA’C. A C Solução: Conhecemos a hipotenusa BC do ângulo B. Traçaremos, pois, BC; no ponto B, faremos um ângulo igual ao ângulo dado. Enfim, do ponto C, abaixaremos perpendicular sobre BA e o triângulo ABC será o triângulo pedido. 749. Construir um triângulo isósceles, conhecendo um cateto do ângulo reto A e a altura abaixada por este vértice. Construir um triângulo isósceles, hipotenusa e a altura correspondente. Construir um triângulo isósceles, hipotenusa e um ângulo agudo. B Construir um triângulo hipotenusa e um cateto. Solução: Faz-se um ângulo relo BAC; do ponto A, toma-se AB igual ao cateto dado e, do ponto B como centro e com BC como raio, descreve-se um arco que irá cortar AC em C. Traçado BC, temos o triângulo pedido ABC. Capitulo 2 A Fig. 124 B D Fig. 125 B D E B Fig. 126 OD A 69 150. Construir um triângulo isósceles, conhecendo a mediana e a altura oriundas do ângulo reto. A C Solução: Conhecemos AC e AD. Podemos construir o triângulo retângulo ADC (ex. 147). No ponto A, faz-se um ângulo reto cujo lado AB encontrará, DC prolongado. 151. Construir um triângulo isósceles, conhecendo um cateto e o raio r do círculo inscrito. E C Solução: Suponhamos o problema resolvido. Seja ABC, retângulo em A, o triângulo pedido. Conhecemos AB e OD = r, mas OD = AE; por outra parte, o centro O acha-se sobre a bissetriz do ângulo A. Dai, esta fácil construção: fazer um ângulo reto; sobre um dos catetos, levar um comprimento AB igual ao cateto conhecido; traçar a bissetriz AO do ângulo A; tomar AE = DO = r; no ponto E, levantar uma perpendicular que, cortando a bissetriz, determinará o ponto O, centro do circulo inscrito, enfim, pelo ponto B. traçar uma tangente ao círculo, a qual, ao encontrar AC, determinará o triângulo. C Solução: Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos a altura AD e a mediana AE. BC é o diâmetro do circulo circunscrito, visto que A é reto; portanto, BE, EC e AE são raios. Deveremos, pois construir o triângulo retângulo DAE, prolongar DE de uma quantidade EC = AE, unir o ponto C ao ponto A e finalmente fazer um ângulo reto em A: o cateto AB encontrará DC prolongado. Geometria Elementar AB D Fig. 128 B' 70 C Solução: Suponhamos o problema resolvido. Seja ABC, retângulo em A, o tnángulo pedido. Conhecemos o ângulo agudo B e a soma AB + AC. Prolonguemos AB de uma quantidade AD = AC e tracemos DC. Sendo isósceles o triângulo ADC, o ângulo D vale 45°. Podemos, por conseguinte, construir o triângulo BDC, pois conhecemos deste triângulo o lado BD = AB + AC e os ângulos B e D; bastará, no meio de DC, levantarmos uma perpendicular EA para determinarmos o vértice A. 154. Construir um triângulo isósceles, conhecendo um ângulo agudo e a diferença dos catetos. 153. Construir um triângulo isósceles, conhecendo um ângulo agudo e a soma dos catetos. D 152. Construir um triângulo isósceles, conhecendo o raio r do circulo inscrito e um ângulo agudo. Fig. 127 Solução: Suponhamos o problema resolvido. Seja ABC, retângulo em A, o triângulo pedido. Conhecemos o ângulo agudo B e r = OD. O centro do circulo inscrito encontrar-se-á, sobre a bissetnz do ângulo B e a uma distância dada OD do cateto BA. Daí a construção seguinte: fazer um ângulo agudo igual ao ângulo dado; traçar-lhe a bissetriz; em ponto qualquer B de BA, levantar uma perpendicular BE= OD = r; do ponto E, correr uma paralela a BA, que determinará o centro O do círculo inscrito. A tangente CA, perpendicular sobre AB, completa o triângulo ABC. Capítulo 2 A Fig 129D, B' Fig. 130 'BA TRIÂNGULOS QUAISQUER 156. 71 Construir um triângulo, conhecendo os meios dos três lados. 155. Construir, sobre uma base dada AB, um triângulo CAB, retângulo em A, e tal que a hipotenusa CB e o cateto CA perfaçam uma soma dupla do cateto AB. C Solução: Suponhamos o problema resolvido. Seja ABC, retângulo em A, o triângulo pedido. Conhecemos o ângulo B e a diferença AB - AC. Façamos AD = AC e tracemos DC. O ângulo ADC = 45° e, por conseguinte, BDC = 135°. Assim podemos construir o triângulo BDC, pois o ângulo B é dado, o ângulo BDC é conhecido e BD = AB - AC é dado. Do ponto C, abaixaremos uma perpendicular sobre BD prolongado, e teremos a solução do problema. Solução: Seja ABC o triângulo pedido. Prolonguemos CA até K, de modo a termos CK = CB. Por conseguinte, AK = 2AB. Além disto, o triângulo BCK é isósceles. Logo, se, pelo ponto D, meio de BK, levantarmos uma perpendicular DC, passará pelo vértice C do triângulo ABC. Dai a construção seguinte: construiremos o triângulo retângulo ABK, no qual conhecemos os catetos e, no meio D de BK, levantaremos uma perpendicular que determinará o vértice C do triângulo procurado. K h. Geometria Elementar Fig. 131 Fig. 132 Fig. 133 A 72 157. Construir um triângulo, conhecendo dois lados e o ângulo oposto a um deles. Também só existe uma solução, se CB for igual á perpendicular CD. (Facilmente se advinha a posição de B'"). Enfim, o problema não admite solução para o caso CB < CD. 4 A D B Solução: Seja ABC o triângulo pedido. Unamos os pontos D, E e F dados como meios dos três lados. DE é paralela a AC, DF a CB e EF a AB (ex. 49). Logo, basta traçar, pelos pontos D, E e F, paralelas a EF, DE e FD: os pontos de interseção destas paralelas determinarão os vértices do triângulo ABC. C .A B” A B’*“............. "'B Solução: Suponhamos que o ângulo dado seja agudo. Façamos um ângulo A igual ao ângulo dado; depois, tomemos um comprimento AC igual a um dos lados dados. Feito isto, descrevamos, do ponto C como centro e com o outro lado como raio, um arco de círculo que cortará geralmente AB em B e B’. Se traçarmos CB e CB', obteremos assim dois triângulos ACB e ACB' que respondem ambos à questão. No caso suposto, há pois duas soluções. Discussão - 1o A é ângulo agudo. Se tivermos BC = AC, o arco descrito, do ponto C com CB como raio, corta AB em A e B; portanto, neste caso, só haverá a solução ABC. Se tivermos BC > AC, o arco cortará AB á direita e à esquerda de D em B"' e B"; haverá igualmente apenas a solução ACB"’. Não se pode aceitar ACB", porque CB" corresponde a um ângulo obtuso B"AC, o que é contra a hipótese. C Capítulo 2 Fig. 134 igual a o que nos determina o vértice C. C’ A B C” Fig. 135 um 73 159. Construir um triângulo, conhecendo o perímetro, ângulo e um ponto do terceiro lado. No ponto C, fazemos o ângulo ACC igual ao ângulo C, que dá o vértice A; do mesmo modo, para o vértice B, e o problema está resolvido. 2o A é reto. Obter-se-ão, como a figura indica, dois triângulos retângulos ABC e AB'C iguais, havendo pois uma única solução. Esta solução só existe no caso de BC > AC. 3o A é obtuso. B 2’ Há apenas a solução ACB. Não se pode aceitar ACB', pois CB' é oposto a um ângulo agudo, o que é contra a hipótese. Aliás, para ser possível o triângulo, é necessário, com evidência, tenhamos CB > CA. 158. Construir um triângulo, conhecendo o perímetro e os ângulos. Solução: Seja ABC o triângulo pedido. Sobre AB prolongado, tomo AC = AC e BC" = BC. CC* é igual ao perímetro dado. De mais a mais, no triângulo isósceles ACC, o ângulo exterior CAB é igual ao dobro de CCA ou CC'A=^ã. Dai a construção seguinte: tomamos um comprimento CC" igual ao perímetro A dado, no ponto C, fazemos um ângulo igual a —; no ponto C", um ângulo Geometria Elementar O D> P 74 161. Construir um triângulo, conhecendo um lado, o ângulo adjacente e a diferença dos dois outros lados. 160. Construir um triângulo, conhecendo um lado, um ângulo adjacente e a soma dos dois outros lados. E \B D, a/ Fig. 136 Solução: Seja O o ângulo dado. A partir de O, tomo dois comprimentos OA e OB iguais cada um à metade do perímetro dado, e descrevo uma circunferência tangente em A e B aos lados OA e OB. Qualquer tangente, como DE, determina, nos lados do ângulo O, um triângulo ODE de perímetro constante e igual ao perímetro dado (ex. 132). Bastará então traçar, do ponto dado P, uma tangente à circunferência e o triângulo ODE será o triângulo procurado. Está claro que o triângulo OD'E‘ também responde à questão. Fig. 137 Solução: Suponhamos o problema resolvido e seja BAC o triângulo pedido. Conhecemos o lado BC, o ângulo B e a soma BA + AC. Prolonguemos AB de uma quantidade AD = AC e tracemos DC. O triângulo ADC é isósceles. Aliás, podemos construir o triângulo BDC; pois o ângulo B é dado, o lado BC também, e o lado BD = BA + AC. Construído este triângulo, teremos o vértice A levantando uma perpendicular no meio de DC até encontrar BD em A; bastará traçar AC e o problema estará resolvido. Capitulo 2 163. 75 Construir um triângulo, conhecendo um lado, o ângulo oposto e a diferença dos dois outros lados. Fig. 139 Solução: Suponhamos o problema resolvido e seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos BC, o ângulo oposto A e a soma AB + AC. Prolonguemos AB de uma quantidade AD = AC. O triângulo DAC é isósceles; portanto, o ângulo RAC BAC vale 2D ou D = 162. Construir um triângulo, conhecendo um lado, o ângulo oposto e a soma dos dois outros lados. NOTA. Se levantarmos uma perpendicular no meio de DC e a prolongarmos até encontrar BD em A' e, depois, traçarmos A'C, parecerá que o triângulo A’BC seja outra solução, pois sendo isósceles o triângulo DA'C’, o ângulo BA'C' é igual ao ângulo dado ABC* = BC e BA' + A'C = BD = AB + AC. O triângulo BA'C responde portanto à questão. Mas o triângulo BA'C = BAC, pois A = A’; BC = BC e A’BC = ACB, visto termos ACB = 2 retos - D - BCC e também: DBC ou A'BC = 2 retos - D - BCD: logo, existe, na realidade, apenas uma solução. Fig. 138 Solução: Suponhamos o problema resolvido e seja BAC o triângulo pedido. Conhecemos B, BC e BD = AB - AC. Podemos, pois, construir o triângulo BDC. A perpendicular levantada no meio de DC encontrará BD prolongado e assim determinará o vértice A; traçando AC, teremos o problema resolvido. BACDaí a seguinte construção, faço um ângulo D = tomo DB = BA + AC e, do ponto B como centro, com BC por raio, descrevo um arco que encontrará DC em C. A perpendicular EA levantada no meio de DC determina o vértice A. Traço AC e BC e o problema está resolvido. Geometria Elementar A Fig. 140 C Mas BDC = 2 retos - ADC = 2 retos - 1 reto + . Daí a= 1 reto + tomo DB = BA - AC e, do Fig. 141 76 166. Construir um triângulo, conhecendo o raio do círculo circunscrito e os ângulos. A T 165. Construir um triângulo, conhecendo o raio do círculo circunscrito, um lado e um ângulo adjacente (fig. 141). Solução: Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos AC, o ângulo CAB e o raio do circulo circunscrito. Descrevemos a corda AC, fazemos um ângulo CAB igual ao ângulo dado. O lado AB deste ângulo encontra a circunferência no ponto B. Traçamos CB e o problema está resolvido. A 2 164. Construir um triângulo, conhecendo os ângulos e a soma de dois lados (fig. 137). Solução: Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos a soma AB + AC e os três ângulos. Prolongo AB de uma quantidade AD = AC. O triângulo ADC é BACisósceles e, portanto, D = —: por outra parte, conhecemos o ângulo A e o lado BD; logo, o triângulo BDC pode ser construído. Construímo-lo e, sobre o meio de DC, levantamos uma perpendicular EA que determina o vértice A; por fim, traçamos AC. B' Solução: Seja ABC o triângulo pedido. São conhecidos o lado BC, o ângulo A e a diferençaBA - AC. Tomo um comprimento AD = AC e traço DC. No A triângulo isósceles ADC, tenho 2ADC = 2 retos - A; onde: ADC = 1 reto - —. A construção: faço um ângulo BDC = 1 reto + ponto B como centro e com BC por raio, descrevo um arco que cortará DC em C. Prolongo BD e, sobre o meio de DC, levanto uma perpendicular que determina o vértice A; finalmente, traço AC e o problema está resolvido. Capitulo 2 Fig. 143 768. 77 767. Construir um triângulo, conhecendo o raio do círculo circunscrito, um lado e uma altura (2 casos). Construir um triângulo, conhecendo o raio do circulo inscrito e os ângulos. Solução: 1o Caso - A altura corresponde ao lado dado. Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos AB, a altura CD e o raio do círculo circunscrito. Descrevo um circulo com o raio dado; inscrevo a corda AB e traço CC, paralela a AB, a uma distância desta igual a CD. Esta paralela encontra a circunferência em C e C. Traço CA, CB e o triângulo ACB responde à questão. O triângulo ACB, igual ao triângulo ACB, nâo constitue segunda solução. 2o Caso - A altura corresponde a um dos lados desconhecidos. Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos AB, a altura AD e o raio do circulo circunscrito. Descrevo uma circunferência com o raio dado; inscrevo a corda AB e, do ponto A como centro e com AD por raio, descrevo um arco de circulo; depois, do ponto B, traço as tangentes BD e BD' que encontram o circulo dado em C e C, e tenho assim dois triângulos ACB e ACB, que respondem ambos à questão. Solução: Descrevo uma circunferência com o raio dado Em um ponto qualquer, traço uma tangente qualquer EAD. Faço em A um ângulo CAD igual ao ângulo dado ABC e um ângulo BAE igual ao ângulo BCA. Traço CB. Pela medida dos seus ângulos, o triângulo ABC responde à questão. Geometria Elementar C Fig. 144 A D B CA Fig. 145 78 170. Construir um triângulo, conhecendo o raio r do circulo inscrito, um ângulo e a altura correspondente. 169. Construir um triângulo, conhecendo o raio r do círculo inscrito, um lado e um ângulo (2 casos). Solução: Solução: Seja ABC o triângulo procurado. São conhecidos A, B e C e o raio OD. Construo o ângulo A, inscrevo nele o circulo de raio OD. Posso construir o triângulo retângulo OBD, pois conheço OD e o ângulo O, sendo OB bissetriz do ângulo dado B. Este triângulo determina o ponto B; deste ponto, traço uma tangente ao circulo de raio OD; o triângulo ABC, assim formado, satisfaz ao problema. 1o Caso - O ângulo é adjacente ao lado dado. Seja ABC o triângulo procurado (fig. 144). Conhecemos o ângulo A, o lado AB e o raio do circulo inscrito. Construimos o ângulo dado CAB e inscrevemos neste ângulo o circulo de raio r. A partir do ponto A, levamos um comprimento AB igual ao lado dado; depois, do ponto B, traçamos uma tangente BE que, prolongada, encontrará o lado AC. O triângulo ACB assim obtido é a solução 2o Caso - O ângulo é oposto ao lado dado. Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos o ângulo C, o lado AB e o raio do circulo inscrito. Construímos o ângulo C e inscrevemos neste ângulo o círculo de raio dado. Temos (n° 199) AD = AF e BD = BE ; logo AD + BD ou AB = AF + BE. Se, portanto, acrescentarmos CF + CE a AB, teremos: CA + CB e então conheceremos o ângulo C, o lado AB e a soma AC + BC; é o caso do exercício 162. n'\ o • Capítulo 2 171. 79 172. Construir um triângulo, conhecendo os centros dos três círculos ex-inscritos. Solução: São conhecidos o raio do circulo inscrito, o ângulo A e a altura correspondente AD. Constrói-se um ângulo A igual ao ângulo dado. Neste ângulo, inscreve-se um círculo de raio r. A seguir, de A como centro e com raio igual à altura dada, descreve-se um arco mn. A este arco e à circunferência O, leva-se uma tangente comum que é o terceiro lado e que limita os dois primeiros. Obtém-se desta forma o triângulo ABC, que responde a todas as exigências do enunciado. Construir um triângulo, conhecendo o raio r do circulo inscrito, o raio r' do círculo ex-inscrito e um ângulo (2 casos). Solução: 1o Caso - O círculo ex-inscrito está no ângulo dado. Seja ABC o triângulo procurado. Faço um ângulo CAB igual ao ângulo dado; inscrevo neste ângulo sucessivamente um circulo de raio r e outro de raio r1. Levo a estes dois círculos a tangente comum BC e tenho o triângulo ABC que responde à questão. 2o Caso - O circulo ex-inscrito está no ângulo adjacente ao ângulo dado. Construo o ângulo dado A. Inscrevo neste ângulo o circulo de raio r, e no ângulo DAC, o de raio r*; traço aos dois círculos uma tangente exterior ECB, que determina o triângulo procurado. Geometria Elementar Fig. 148 A D E B 80 174. Construir um triângulo, conhecendo um ângulo, a altura e a bissetriz do ângulo dado. 173. Construir um triângulo, conhecendo os trés ângulos e uma das alturas (fig. 151). Solução: Suponhamos o problema resolvido e seja ACB o triângulo pedido. Se, pelo vértice C, traçarmos uma paralela ao lado AB, ficará à distância dada CB = h do lado AB. Bastará construirmos o ângulo ABC, traçarmos ao lado AB uma paralela situada à distância h dessa reta, e fazermos em C um ângulo igual ao ângulo dado ABC. Como podemos tomar indiferentemente um dos trés ângulos, segue-se que o problema tem trés soluções. E\ Á ..... À&.... A\ i ,/B Fig. 149 Solução: Seja ABC o triângulo procurado. São conhecidos: o ângulo C, a altura CD e a bissetriz CE. Assim podemos construir o triângulo retângulo CDE. Construído que seja, fazemos, de cada lado da bissetriz ângulos ECB e ECA, iguais ambos à metade do ângulo dado. Assim temos o triângulo ACB, que responde à questão. O” Solução: Seja ABC o triângulo procurado. Conhecemos O, O' e O". Aliás, sendo OC e O'C as bissetrizes de dois ângulos ECA e FCB opostos pelo vértice, acham-se em linha reta e OCA e OCB são iguais; mas CO" é bissetriz do ângulo ACB (ex. 87) e, por conseguinte, perpendicular sobre OO*. Logo, se do ponto O" traçarmos uma perpendicular a OO', ela determinará o vértice C. Analogamente se determinam os vértices A e B. Capítulo 2 Fig. 150 A- Fig. 151 A 81 Solução: O ângulo dado pode ser adjacente ou oposto ao lado dado; daí dois casos principais: 1o Caso Principal - O ângulo dado A é adjacente ao lado dado AB Então a altura dada h pode corresponder: 1o ao lado dado; 2o ao lado incógnito do ângulo dado, 3o ao lado oposto ao ângulo dado. 1o A altura h corresponde ao lado dado - Seja ABC o triângulo pedido. São conhecidos o ângulo A, o lado AB e a altura CD = h. Traço AB; no ponto A, faço um ângulo CAB igual ao ângulo dado e, em um ponto qualquer A de AB, levanto uma perpendicular AE = h; depois, traço EF, paralela a AB. O terceiro vértice deve, com evidência achar-se sobre esta paralela; logo, está no ponto C em que EF encontra AC; finalmente, traço CB. E C F 176. Construir um triângulo, conhecendo um lado, um ângulo e uma altura (5 casos). Solução: Suponhamos o problema resolvido e seja ABC o triângulo procurado Se considerarmos o triângulo MNP formado pelos pés das três alturas, as alturas do triângulo ABC são as bissetrizes dos ângulos do triângulo MNP (ex. 120). Para termos os lados AC, BC e AB, bastará pois traçarmos, pelos pontos M, N e P, retas perpendiculares às bissetrizes dos ângulos M, N e P do triângulo MNP, as quais determinarão, por suas interseções, o triângulo ABC. D B 2o A altura dada h corresponde ao lado incógnito do ângulo dado - Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos o ângulo A, o lado AB e a altura BI. Como, do ponto B, só podemos traçar a perpendicular BI a AC, o problema é impossível se a altura h for maior ou menor que BI; com h = BI, o problema é indeterminado, porque, unindo qualquer ponto de AC ao ponto B, obtemos um triângulo que responde à questão. Esta indeterminação provém de que um dos dados é consequência dos dois outros: sendo dados o ângulo A e o lado AB, automaticamente é dada a altura. Na realidade, há só dois elementos dados. Vp 175. Construir um triângulo, conhecendo os pés das três alturas. C GeometriaElementar C Cr Fig. 152 ,D A Fig. 153 Fig. 154 82 L A \ . D’! 3° A altura dada h corresponde ao lado oposto ao ângulo dado - Seja ABC o triângulo pedido. São conhecidos o ângulo CAB, o lado AB e a altura AD = h. Construo o ângulo CAB. Tomo AB igual ao lado dado e, do ponto A como centro com h por raio, descrevo um arco de círculo; enfim, do ponto B, traço duas tangentes a este arco, prolongando-se até o seu encontro com AC. Assim obtenho os dois triângulos ACB e ACB, que satisfazem ambos às exigências do problema. 2o Caso Principal - O ângulo dado C é oposto ao lado dado AB. Então, a altura h pode corresponder: 1o ao lado dado; 2o a um dos lados incógnitos.a D/B 1o A altura h corresponde ao lado dado - Seja ABC o triângulo pedido. São conhecidos AB, o ângulo Cea altura CD. Traço AB; o ângulo C está sobre o segmento capaz do ângulo dado, construído sobre AB. Construo este segmento. O vértice C está à distância CD = h de AB. Traço uma paralela a AB que fique a esta distância. Esta paralela encontra a circunferência em C e C. Traço CA e CB. O triângulo ACB responde à questão. Traçando ainda C’B, obtenho outro triângulo CAB, o qual, sendo igual ao primeiro, não constitue solução diferente. Capitulo 2 x.çC'< A D B Fig, 155 Solução: A / C” 83 177. Construir um triângulo, conhecendo dois lados e uma altura (2 casos). Fig. 156 2o Caso - A altura h corresponde ao lado incógnito - Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos AB, AC e a altura h = AD. Tracemos AB; do ponto A como centro e com h por raio, descrevamos um arco de circulo e, do ponto B, levemos duas tangentes a este arco. O vértice C está na tangente AC. Ora, conhecemos AC. Do ponto A como centro e com AC por raio, descrevamos um arco que cortará BD em C e C. Tracemos AC e AC. Os triângulos ACB e AC'B satisfazem ambos aos dados da questão. A tangente BD' daria duas soluções, assim como a tangente BD, mas não seriam soluções novas, porque os dois triângulos ABC" e ABC" assim obtidos seriam respectivamente iguais aos triângulos ABC e ABC. 2° A altura h corresponde a um lado incógnito - Seja ABC o triângulo pedido. São conhecidos o lado AB, o ângulo Cea altura AD O ângulo C fica num segmento capaz do ângulo dado e descrito sobre AB. Construo este segmento. Do ponto A como centro, com h por raio, descrevo um arco de circulo. Pelo ponto B, traço ao arco uma tangente que limito á circunferência. Assim tenho o lado BC e, por conseguinte, o triângulo ABC que satisfaz ao enunciado. cortará a paralela CC em C e C. Traço AC, BC, AC o BC. Tenho assim dois triângulos que respondem ambos à questão. Haverá, por conseguinte, duas soluções ou uma ou nenhuma, conforme tenhamos AC > h, AC = h e AC < h. 1o Caso - A altura h corresponde a um dos lados dados - Seja ABC o triângulo pedido. São conhecidos AB, AC e a altura CD = h. Traço AB. O vértice C está numa paralela a AB, à distância h. Traço esta paralela. Como AC é dado, do ponto A como centro e com AC por raio, descrevo um arco que Geometria Elementar 178. Fig. 157 A D Fig. 158 179. Fig. 159 84 Construir um triângulo, conhecendo um lado e duas alturas (2 casos). Construir um triângulo, conhecendo um ângulo e duas alturas (2 casos). C A • B 2° Caso - Uma das alturas corresponde ao lado oposto ao ângulo dado - Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos o ângulo A, e as alturas BE e AD. Traço o ângulo CAB e determino o ponto B como no primeiro caso. A seguir, do ponto A como centro e com AD por raio, descrevo um arco de círculo ao qual levo uma tangente passando pelo ponto B. O seu encontro com o lado AC do ângulo A me dá o terceiro vértice do triângulo, que assim fica determinado. Para ser possível o problema, é necessário que o primeiro lado determinado, AB, seja pelo menos igual à altura AD. Solução: 1o Caso - As duas alturas correspondem aos dois lados do ângulo dado - Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos o ângulo A e as alturas CD = h e BF = h'. Construamos um ângulo CAB igual ao ângulo dado; à distância h de AB, tracemos uma paralela que, ao encontrar AC, determinará o vértice C; à distância h* de AC, tracemos-lhe uma paralela que, encontrando AB, determinará o ponto B. Assim teremos o triângulo ABC que satisfará às condições do enunciado. Capítulo 2 Solução: C M BA Fig 161 85 180. Construir um triângulo, conhecendo dois lados e uma mediana (2 casos). Fig. 160 2o Caso - As alturas correspondem aos lados incógnitos - Seja ABC o triângulo procurado. Conheremos AB e as alturas AD e BE. Do ponto A como centro, e com AD por raio, descrevamos um arco de circulo; do ponto B, com o raio BE, outro arco. O ponto C acha-se forçosamente em cada uma das tangentes levadas aos arcos dos pontos A e B; portanto, só se pode achar na interseção das mesmas. Assim temos o triângulo ABC, que responde à questão. A tangente BD* prolongada fornece outro triângulo ABC, que igualmente responde à questão. 1o Caso - Uma das alturas corresponde ao lado dado - Seja ABC o triângulo dado. Conhecemos AB e as alturas CE e AD. Tracemos AB. O vértice C encontra-se numa paralela a AB, à distância CE de AB. Construamo-la. Do ponto A como centro e com AD por raio, descrevamos um arco de círculo e do ponto B, tracemos as tangentes BD e BD' a este arco. Prolongadas, elas encontram a paralela a AB em C e C. Traçando AC e AC‘, teremos os dois triângulos ACB e ACB, que respondem à questão. Geometria Elementar Fig. 162 181. Construir um triângulo, conhecendo as três medianas. R V B CD Fig. 163 86 182. Construir um triângulo, conhecendo o ângulo, a altura e a mediana do vértice. Solução: 1o Caso - A mediana corresponde a um dos dois lados dados - Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos AC, CB e a mediana BM. Tracemos AC. Do ponto C como centro e com CB por raio, descrevamos um arco de círculo e do ponto M, meio de AC, com MB por raio, outro arco que cortará o primeiro em B. Tracemos CB e AB, e está resolvido o problema. 2o Caso - A mediana corresponde ao lado incógnito - Seja ABC o triângulo pedido. São conhecidos AC e CB e a mediana CM. Prolonguemos CM de DM = CM O quadrilátero ABCD assim obtido, e no qual as diagonais se cortam em partes iguais, é um paralelogramo, e temos: AD = CB. Logo, o triângulo ACD, de que se conhecem os três lados, pode ser construído, o que dará os vértices A e C. Para se ter o vértice B, bastará prolongar AM de BM = AM. Solução: Seja ABC o triângulo pedido. Sabe-se que as medianas se cortam aos 2/3 do comprimento a contar do vértice. Conhecemos pois, no triângulo BOC, os lados OB, OC e a mediana OD; podemos construir o triângulo (ex. BO180, 2o caso). Se prolongarmos BO de uma quantidade OF = -y- e OC de OC OF = -y-, teremos os pontos E e F; por fim, se traçarmos BF e CE, estas retas prolongadas determinarão o ponto A, e teremos o problema resolvido. ¥z Capítulo 2 Fig. 164 87 183. Construir um triângulo, conhecendo os ângulos e uma mediana. Fig. 165 Solução: Suponhamos resolvido o problema. Sejam ABC o triâgulo procurado e CM a mediana dada Prolonguemos CM de quantidade igual a si até D e terminemos o paralelogramo ADBC. O ângulo A é conhecido, e o vértice A deve encontrar-se num segmento capaz do ângulo A descrito sobre CM. Sendo o ângulo BAD igual ao ângulo CBA como alternos-internos, o ângulo CAD é igual a CAB + CBA, ou por outra: é conhecido, e o vértice A deverá encontrar-se também sobre um segmento capaz do ângulo CAD descrito sobre CD. Portanto, acha-se na interseção dos dois segmentos em questão. Para obtermos o vértice B, só teremos que prolongar a mediana AM, do triângulo ACD, de uma quantidade MB = AM; enfim, traçaremos AC e BC, e teremos o triângulo ABC, que responde à questão. W"' D C AK// ■Â- \\ I / w D Solução: Seja ABC o triângulo pedido. Conhecemos o ângulo C, a altura CH e a mediana CM. Portanto, podemos construir o triângulo retângulo CMH. Aliás, se prolongarmos CM de MD = CM e completarmos o paralelogramo ABCD, o ângulo CAD será suplementarde C e para termos o vértice A, bastará, por conseguinte, descrever sobre CD um segmento capaz do ângulo CAD que, pela sua interseção com o prolongamento de MH, dará o ponto A. Para conseguir o vértice B, bastará duplicar o comprimento de AM. Geometria Elementar CONSTRUÇÃO DE DIVERSOS POLÍGONOS aa soma ou Fig 166 por 3 5 C A B 88 Fig. 167 Solução: Construamos o triângulo isósceles AOB, no qual conhecemos o ângulo O e a base AB. Prolonguemos AO de uma quantidade OC = AO e OB de OD = OB; a seguir, tracemos AD, BC e DC. 184. Construir um quadrado conhecendo-lhe a diagonal (fig. 166). Solução: Este problema vem a ser o mesmo que construir um triângulo isósceles do qual se conhecem a base BD e o ângulo do vértice que é reto. Construído o triângulo ABD, levam-se, pelos pontos B e D, paralelas a AD e AB, que determinam a ponto C. 186. Construir um retângulo conhecendo um dos lados e o ângulo das diagonais. D 185. Construir um quadrado conhecendo diferença do lado e da diagonal. conseguinte, CEB = 2r- —r = —r No triângulo CEB, conhecemos agora o lado EB e os ângulos CEB e CBE Podemos, portanto, construí-lo e completar facilmente o quadrado Solução: 1o Dá-se BD + DC. Por outra parte, os ângulos do triângulo BCD são conhecidos. Podemos, pois, construi-lo (ex. 164). Termina-se depois o quadrado (ex. 184). 2o Dá-se BD - DC = EB. Desta igualdade, resulta que DC = DE; ora EDC = 1/2 3 reto; portanto 2DEC = 2r - 1/2r = 3/2 retos, onde DEC = — r; Capítulo 2 a D C Fig. 168 A E B Fig. 169 89 Do triângulo EBD, conhecemos agora os ângulos DBE e DEB e o lado EB. Constrói-se este triângulo e, do ponto D, abaixa-se uma perpendicular DA sobre o prolongamento de EB e completa-se então o retângulo. 187. Construir um retângulo conhecendo o perímetro e diagonal Solução: No triângulo retângulo ABC, conhecemos AC, a soma AB + BC e o ângulo reto ABC; logo, podemos construir este triângulo (ex. 162) e, por conseguinte, o retângulo. 188. Construir um retângulo conhecendo o perímetro e o ângulo das diagonais. Solução: Conhecendo o ângulo das diagonais, conhecemos o ângulo OAB e, por conseguinte, o ângulo OCB. Do triângulo ABC, são conhecidos os ângulos CAB o ACB e a soma AB + BC. Pode-se, pois, construí-lo (ex. 164) e depois fazer o retângulo. 190. Construir um losango conhecendo as diagonais. Solução: Será fácil construir esta figura, se recordarmos que as diagonais de um losango se cortam perpendicularmente e em partes iguais. 189. Construir um retângulo conhecendo a diferença de dois lados e o ângulo das diagonais. Solução: Seja ABCD o retângulo pedido. Conhecemos EB e o ângulo O e, por conseguinte, também OBA. Já que EB é a diferença dos dois lados, 1 13AE = AD, e o ângulo AED = — reto, onde DEB = 2r - — r = — retos. 191. Construir um losango conhecendo o lado e o raio do circulo inscrito. Geometria Elementar 192. D Fig. 170 C conhecendo um ângulo e uma ângulo, conhecemos todos outros.os e o lado O A Fig. 171 90 Construir um losango conhecendo um ângulo e o raio do circulo inscrito. Solução: Faço um ângulo A igual ao ângulo dado, increvo neste ângulo o circulo dado. AO é bissetriz do ângulo A e perpendicular a DB; portanto, é fácil construir o triângulo ABD e, por conseguinte, o losango inteiro. A 194. Construir um paralelogramo conhecendo diagonais e um lado. Solução: São dadas as diagonais e o lado AB. Assim conhecemos os três lados do triângulo AOB. Constrói-se este triângulo: prolonga-se AO de uma quantidade OC = AO, e OB de OD = OB; depois, é só traçar AD, DC e BC. D C B BDBO = —, posso construir este triângulo e dai o losango. Solução: As diagonais BD e AC são as bissetrizes dos ângulos do losango. O centro do circulo inscrito é pois o ponto de concurso das diagonais em O. A perpendicular OE sobre AB é, por conseguinte, o raio do círculo inscrito. Do triângulo retângulo ABO, conheço a hipotenusa AB e a altura correspondente OE; assim posso construir este triângulo (ex. 148); ser-me-á então fácil completar o losango, pois conhecerei as semi-diagonais AO e BO. 193. Construir um losango diagonal. Solução: Conhecendo um Suponhamos o problema resolvido e seja ABCD (fig. 170) o losango g procurado. Do triângulo retângulo AOB, conheço o ângulo ABO = — Capítulo 2 C Fig. 172 A E B CD Fig. 173 A E BF 91 Solução: Conhecendo AC, a soma AB + BC e ângulo D, construimos o triângulo ABC (ex. 162); depois, completamos o paralelogramo. 199. Construir um trapézio isósceles conhecendo as bases e um ângulo. 196. Construir um paralelogramo conhecendo um lado, um ângulo e uma diagonal. Solução: Conhecido um ângulo de um paralelogramo, conhecem-se todos, porque A = C e B = D. Aliás, se A for dado, teremos B = 2 retos - A. Do triângulo ABC, conhecemos portanto o ângulo B e os lados AC e AB. Construiremos este triângulo (ex. 157) e, a seguir, traçaremos, pelos pontos C e A, as paralelas CD e AD a AB e BC. 197. Construir um paralelogramo conhecendo um lado, uma altura e um ângulo (2 casos). D 195. Construir um paralelogramo conhecendo as diagonais e os seus ângulos. Solução: Constrói-se o triângulo AOB, de que se conhecem o ângulo O e os lados OA e OB; depois, completa-se o paralelogramo (ex. 194). 198. Construir um paralelogramo conhecendo uma diagonal, um ângulo e o perímetro (fig. 171). Solução: 1o Caso - A altura corresponde ao lado dado - Seja ABCD o paralelogramo procurado. Conhecemos AB, o ângulo A e a altura DE. Constrói-se o triângulo retângulo ADE, prolonga-se AE até B, de modo a ter AB igual ao lado dado; do ponto D, leva-se DC paralela e igual a AB, finalmente, traça-se BC. 2° Caso - A altura dada não corresponde ao lado dado - Conhecemos AD, o ângulo A e a altura DE; podemos construir o triângulo retângulo ADE, mas ainda assim o problema permanece indeterminado, pois não é conhecido o comprimento de AB. Provém a indeterminação de que a altura depende do ângulo A e do lado AD; só temos realmente dois elementos dados. Geometria Elementar 201. Fig. 174 A 202. C A E F B 92 Construir um trapézio isósceles conhecendo uma base, a altura e um dos lados iguais. D Construir um trapézio isósceles conhecendo as bases e o raio do círculo circunscrito. Solução: Seja ABCD o trapézio procurado. Conhecemos o ângulo A ou B e as bases AB e CD. Pelos pontos A e B, traço duas retas AD e BC fazendo com AB os ângulos A e B iguais ao ângulo dado. A partir de A, transporto AE = DC. Depois, por E traço uma paralela a AD que encontrará BC em um ponto C. Traça-se DC paralela a AB e obtém-se o trapézio ABCD que satisfaz aos dados da questão Fig. 175 Solução: Seja ABCD o trapézio procurado. AB, DE e AD são conhecidos. Construo o triângulo retângulo ADE; tomo, na reta AE prolongada, um comprimento AB igual ao lado dado. Transporto o comprimento de AE de B para F; pelo ponto F, traço FC igual e paralela a ED; por fim, DC e CB. 200. Construir um trapézio isósceles conhecendo as bases e a altura (fig. 173). Solução: Seja ABCD o trapézio procurado. Traço CE paralela a DA. No triângulo isósceles ECB, conheço a base e a altura; posso construir este triângulo e completar o trapézio como no exercício precedente. O Solução: Seja ABCD o trapézio procurado, inscrito no círculo O. Se supusermos EOI perpendicular às cordas AB e DC e passando pelo centro, esta perpendicular dividirá, as duas cordas em partes iguais. No triângulo DCretângulo QIC, conheço pois OC, é o raio dado, e IC = -^-. Construo separadamente este triângulo, o que me fornece OI. Inscrevo, portanto, AB num circulo descrito com o raio dado; levanto no meio uma perpendicular sobre a qual, a partir de O, transporto OI fornecido, pelo triângulo OIC; no ponto I, traço DC paralela a AB; finalmente, termino o trapézio traçando AD e BC. Capitulo 2 D Fig. 176 A B trapézio. B Fig. 177 A E D trapézio conhecendo basesum as e as D C Fig. 178 EA B 93 Solução: Seja ABCD o trapézio procurado. Construo o triângulo AEC tendo porlados a soma das bases AB + DC = AE. a diagonal AC e EC = DB. Pelo ponto B, traço uma diagonal paralela e igual a EC. e mais DC, AD e BC; assim tenho o trapézio ABCD, que responde â questão. C 7 AB-DC 2 C A 11 F E 205. Construir diagonais. 203. Construir um trapézio isósceles conhecendo as bases e a diagonal. Solução: Seja ABCD o trapézio procurado. Traço a paralela CE a AB. Conheço os três lados do triângulo DCE: CD é dado, CE é igual ao lado AB igualmente dado, e ED = AD - BC. Construo o triângulo DCE, prolongo EA de modo a ter AD igual ao lado dado, pelo ponto A, traço AB igual e paralela a CE, e finalmente reúno B a C. 204. Construir um trapézio qualquer, conhecendo os quatro lados. Solução: Seja ABCD o trapézio procurado. Traço a altura CE e uma paralela CF a AD. Tenho BF = AB - DC e, por conseguinte, EF = AB-DC posso agora construir o triângulo retângulo ACE, pois o lado AC é dado e AE = DC + FE = DC + AB-DC c^struj^ este triângulo, é fácil completar o Geometria Elementar 206. Fig. 179 94 Construir um pentágono conhecendo os meios dos cinco lados. Solução: Suponhamos o problema resolvido. Seja ABCDE o pentágono de que conhecemos os meios F, G, H, K e L dos cinco lados. A reta FL que une BE os meios dos lados AB e AE do triângulo ABE é paralela a BE e igual a , portanto conhecemos BE. Do mesmo modo conhecemos BD, que é igual ao dobro de GH e lhe é paralela. Além disto, o ângulo EBD, cujos lados são paralelos a FL e GH, é conhecido. Portanto, o triângulo BED, no qual conhecemos dois lados e o ângulo por eles formado, pode ser construído, o que fará conhecer o lado ED do pentágono procurado. Então não há mais dificuldade para determinarmos todos os vértices do pentágono. Capítulo 3 CAPÍTULO 3 207. = 16m666. 208. Solução: Temos: x2 = 28 x 45, onde: x = -J28 x 45 = 35m49. 209. - 54m. 270. Solução: O n° 239 do Curso dá: B CD Fig. 180 Teorema de Menelaus de Alexandria (100.AC) 277. 95 Achar uma 4a proporcional a três linhas que têm 25m, 32m e 48m. Achar uma média proporcional a duas linhas que tem 28m e 45m. Qualquer transversal DEF determina nos lados de um triângulo ABC seis segmentos tais que o produto de três segmentos não consecutivos é igual ao produto dos três outros. Pede-se uma 3a proporcional a duas linhas que têm 36m e 24m. AB = — ou AC 32x25 48 36x36 24 Num triângulo ABC, tem-se AB = 20m, AC = 22 m e BC = 30m: quais são os dois segmentos determinados sobre BC pela bissetriz AD? Solução: Temos: — Da mesma forma, acha-se: CD = = I5m71. 42 32= —, onde: x = 48 BD AB BD 20 -------------= — ou -------------= —. BC-BD AC 30-BD 22 Eliminando os denominadores, teremos: 22 BD = 600 - 20 BD; onde: BD = — = 14m28. 42 Solução: Temos: onde: x = Geometria Elementar Solução: Deveremos ter: AE x BF x CD = AF x BD x EC. DF E Fig. 181 e o membro, virá ou, pela Teorema de Ceva (Geovanni Ceva - 1678) 96 BD CD AF FG’ 212. Três pontos D, E, F estão em linha reta quando determinam sobre os lados de um triângulo ABC seis segmentos tais que o produto de três segmentos não consecutivos seja igual ao produto dos três outros (fig. 181). AE x BF ECxFG eliminação dos denominadores e a supressão de FG: AE x BF x CD = AF x BD x EC. AFxBD. FGxCD’ CK = — ou EC AECom efeito, tracemos CG paralela a DF. O triângulo ACG dá: — = BF triângulo BFD: — = Solução: Temos: AEx BFx CD = AFx BDx EC; digo que os três pontos D, E e F estão em linha reta. Com efeito, traço DF; esta reta, cortará AC em certo ponto K, visto que os pontos D e F estão de cada lado de AC e teremos (ex. 211): AK x BF x CD = AF x BD x CK. Mas, por hipótese, temos: AE x BF x CD = AFx BDx EC. k u AK CK AK EDividindo membro a membro, vem: —- = — ou — = —. AE EC CK EC Ora, uma reta AC pode ser dividida, a partir de A em dois segmentos proporcionais a AE e EC, apenas de um modo: logo AK = AE e os três pontos D, E e F acham-se em linha reta. Multiplicando membro a Capítulo 3 Teorema de Ceva (1678) C Fig. 182 onde: = 60m e = 56m25. 97 214. Os três lados de um triângulo são 120m, 80m e 75m: quais serão os três lados de um triângulo semelhante, cujo lado homólogo de 120m deve ter 90m? 215. Duas oblíquas partindo do mesmo ponto B encontram duas paralelas. A 1a corta as paralelas em D e A, e a 2a em E e C, dando as relações seguintes: DA = 4m, DE = 12m, AC = 18m, BC = 16m: qual é o valor de BD, BE e CE: 213. Unem-se os três vértices A, B e C de um triângulo a um ponto qualquer O e prolongam-se AO, BO e CO até o encontro dos lados opostos. O produto de três segmentos não consecutivos é igual ao produto dos três outros. Solução: Os triângulos semelhantes tém os lados homólogos proporcionais; 120 80 75 80x00 ----- = — = —; onde: x =------------ 90 x y 120 Solução: Teremos: AEx BFx CD = AFx BDx CE. Com efeito, o triângulo BAD dá, por causa da transversal CF (ex 211): AO x BFx CD = AFxBCxDO, e o triângulo ADC dá, por causa da transversal BE: AE x DO x BC = AO x BD x CF. Multiplicando membro a membro e suprimindo os fatores comuns aos produtos, virá: AE x BF x CD = AF x BD x CE. 75x90 y =-----------120 assim podemos assentar: Geometria Elementar A C Fig. 183 Solução: Os triângulos semelhantes BDE e BAC nos dão: BA 25m, = 31m37. 98 BD BD + 4 217. No problema precedente, calcular x para o caso: B b = 18m e h = 12m 20. 216. Dadas as bases B e b de um trapézio, e a altura h, determinar a altura do triângulo formado pelos prolongamentos dos lados não paralelos do trapézio. O BE BC DE. BE AC’ 16 b B DE. " AC’ 18x12,20 25-18 BD BD + DA 12—; onde, pela eliminação dos denominadores: _ , _ -r bh Solução: Temos: x = -—- E Fig. 184 18BD = 12BD + 4x 12; 6BD = 48, BD = 8; 12 . . DC_ 12x16 .n ee —; dai ’ BE =----------= 10m66... 18 18 CE = BC - BE = 16 - 10,66 = 5m 33. x Solução: Sendo semelhantes, os triângulos DOC e AOB nos dão: ——- Eliminados os denominadores, teremos: Bx = bx + bh ou x = B — b Capitulo 3 A Fig. 185 Fig. 186 e AM = BM'. Teorema de Tales Fig. 187 B 99 220. Mostre que retas oriundas do mesmo ponto A determinam sobre duas retas paralelas segmentos proporcionais. ,A C DE 218. Mostre que das extremidades de uma reta AB partem em sentidos opostos duas retas paralelas AM e BN; se juntarmos por outra reta os pontos M e N, a reta AB ficará dividida em dois segmentos proporcionais a AM e BN. M N Solução: Com efeito, os triângulos semelhantes AOM e BON permitem , . AM AOassentar a relaçao: -----=------ . BN BO A m/ 219. Dividir uma reta AB em partes reciprocamente proporcionais a duas retas M e N paralelas, colocadas nos pontos A e B e dirigidas no mesmo sentido. M’ 'N Solução: Prolongo AM de uma quantidade MN' de modo a ter AN' - BN; depois transporto AM de B a M' no prolongamento de BN; enfim, traço N’M' e a reta AB acha-se dividida no ponto O conforme o pedido, pois os triângulos semelhantes AN'O e BM'O dão: ou visto que BN = AN' BO BM' BO AM' Geometria Elementar triângulo pedido são equiângulos. Fig. 188 Solução: Traço BC, BD, AC e AD. A igualdade EAx EB = EDx EC dá: ——. Os triângulos AEC e BED, Fig. 189At E 100 227. Inscrever numa circunferência um triângulo semelhante a um triângulo dado. Solução: O triângulo dado e o triângulo pedido são equiângulos Conhecemos, portanto, o circulo circunscrito e os ângulos do triângulo procurado. Procede-se então como no exercício 166, livro II. 222. Mostre que quando duas retas AB e CD, prolongadas se preciso for, se cortarem em um ponto E de forma a termos EAx EB = EDx EC, os quatros pontos A, B, C e D estão situados sobre a mesma circunferência. 223. Mostre que em um triângulo qualquer, o produto de dois lados é igual ao produto do diâmetro do círculo circunscrito pela altura abaixada sobre o terceiro. ----- Solução: Os triângulos semelhantes ABC, AIH, ACD, AHG, etc, nos dão: IH AH HG AG GF BC = AC ~ CD ~ AD " DE Deixando de lado as razões e , teremos as igualdades pedidas. FA FC-£ = ^. Os triângulos AEC eBED, ED EB com um ângulo igual compreendido entre lados proporcionais, são semelhantes e os ângulos EAC e BDE são iguais; se pois, eu descrever sobre BC um segmento capaz do ângulo EAC, o arco deste segmento passará também em D. Os quatro pontos A, B, C e D pertencem, portanto, à mesma circunferência. Capítulo 3 onde: AB x BC = BE x BD. 224. K L Fig. 190 M N A B Solução: Teremos: MN = ADB dá KN = — ; o triângulo ADC, por sua vez, nos dá KM =-----; onde: B C Fig. 191 D 101 225. Inscrever um quadrado num triângulo dado. A Mostre que a reta que une os meios das diagonais de um trapézio é igual à semi-díferença das bases. D C _DC 2 AB-DC 2 ií E Solução: Suponhamos que o quadrado inscrito deva apoiar-se sobre BC. Construamos sobre este lado um quadrado BCDE. Unamos A aos pontos E e D; as retas AE e AD cortam o lado BC em F e G; levantemos as perpendi culares FL e GK, tracemos KL e o qual quadrilátero LKGF assim obtido é o quadrado pedido. Com efeito, os triângulos AED e AFG são semelhantes; acontece o mesmo com os triângulos ABE e ALF, ADC e AGK. A similitude destes triângulos dá: AB-DC 2 Com efeito, pelo ponto K, meio de DA, tracemos uma paralela KL a AB. Esta paralela encontra AC em seu meio (triângulo ADC), DB em seu meio (triângulo ADB) e enfim BC em seu meio (triângulo BCD). Ora, o triângulo .... AB ______________ DC. 2 * ............. - ~..... 2 . AR KN-KM = MN = —— 2 Solução: Teremos: AB x BC = BE x BD. Tracemos CE. Os ângulos A e E sâo iguais, portanto os dois triângulos retângulos ABD e BEC, são semelhantes e dão. AB BC BE " BC' Geometria Elementar Fig. 192 B D Por conseguinte: — = ou (AB + BE) x OF = BE x AD. Fig. 193 102 226. Mostre que o perímetro de um triângulo ABC multiplicado pelo raio da circunferência inscrita é igual ao produto de um lado qualquer pela altura correspondente. Solução: Devemos ter: (AB + AC + BC) x OF = BC x AD. A AE " OE ‘ AB + BE BE • ae ou ainda — = OE ED AE BE AD DC FG AF " LF “ AG " GK ’ Ora, temos ED = BE = DC; portanto FG = LF = GK; onde: LK = FG. O quadrilátero FGKL, tendo os lados iguais e os ângulos retos, é um quadrado. / í Q'' ) E F C 227. Mostre que em todo quadrilátero inscrito, o produto das diagonais é igual à soma dos produtos dos lados opostos. Solução: Devemos ter: AB x CD = AD x BC + AC x DB. AD Com efeito, os triângulos EAD e EOF dão: — Como BO é a bissetriz do ângulo B, temos: AO AB AO + OE AB + BE OE"BE’ OE ' BE . , AD AB + BEPor conseguinte: — =------------ OF BE Provaríamos do mesmo modo que (AC + CE)x OF = CEx AD. Somando membro a membro, vem: (AB + AC + BC) x OF = BC x AD. Capitulo 3 dois triângulos ACD, BCE serão semelhantes e darão: — de modo tal polígono éo Solução: Com efeito, já que ------ que o ângulo AOB é igual ao B D 103 que Com efeito, o ângulo ABC iguala o ângulo ADC. Se fizermos BCE = ACD, os ..... ™ L . . CD AD . BC " EB Fig. 194 Observação: O ponto O chama-se centro de similitude. Solução: Com efeito, já que , e ângulo A'OB', os dois triângulos OAB e OA'B', são semelhantes e A'B* é paralela AB. Da mesma maneira, A'E' é paralela a AE e assim por diante. Os dois polígonos ABCDE e ABOTE' tendo os lados proporcionais e os ângulos iguais são semelhantes. Onde (1). CD x EB = AD x BC. Além disso os triângulos BCD e ACE são também semelhantes, porque o ângulo CDB - CAE e BCD = ACE. Este triângulos dão: : 228. Mostre que unindo um ponto O a todos os vértices de um polígono ABCDE e tomando sobre as retas OA, OB, OC, grandezas OA', OB', OC'.... OA1 _ OB’ _ OC _ OD' _ OE ÕÃ ” 'Õb' ” OC ” OD " OE semelhante ao polígono ABCDE. Onde (2): CD x AE = AC x DB. Somando membro a membro as igualdades (1) e (2), teremos: CD x EB + CD x AE = AD x BC + AC x DB, portanto CD x AB = AD x BC + AC x DB. Geometria Elementar 104 Fig. 195 Solução: Sejam AB a reta dada e CE a perpendicular. Façamos uma circunferência passando pelos pontos A, B e C. 233. Traça-se uma reta de 8m, e no meio dela levanta-se uma perpendicular de 2m20; calcular o comprimento da circun ferência que passa nas três extremidades. 232. Traçam-se perpendiculares a uma reta dada AB, tais que o quadrado do comprimento de cada uma é igual ao produto dos segmentos que ela determina sobre a reta dada: achar o lugar das extremidades dessas perpendiculares. Solução: Esse lugar é uma circunferência de diâmetro AB (fig. 196); pois, por causa dos triângulos retângulos AMB e ANB, temos sempre: MK2 = AKx KB; NL2 = AL x LB, etc. 229. Um polígono tem um perímetro de 280m e um lado de 15m; um polígono semelhante tem um perímetro de 160m; pede-se o comprimento do lado homólogo do lado de 15m. 230. Conhecendo a e b, achar uma reta x tal que tenhamos x2 = a2 + b2. Solução: Pois que temos: x2= a2 + b2, a reta x é a hipotenusa de um triângulo retângulo, sendo a e b os catetos. 231. Dados as retas a e b, achar outra reta x tal que x2 = a2 - b2. Solução: É evidente que x é um lado de um triângulo retângulo cuja hipotenusa é a, e b o outro lado. Solução: Os perímetros de dois polígonos semelhantes, tendo a mesma razão que dois lados homólogos, temos: 280 15 . 15x160 _ ------= —; onde: x =-------------= 8m57. 160 x 280 Resposta: 8m 57. Capítulo 3 Resposta: 29m 73. Fig. 196A B Solução: Devemos ter: 235. Fig. 197 õi2 = Ãõ2 - Ãi2 OI = 7144-1/4 = 1m09 Resposta: 1m 09. 105 Solução: Temos: AK AL 234. Mostre que os quadrados de duas cordas AM e AN, que partem do mesmo ponto A da circunferência, estão entre si como as projeções dessas cordas sobre o diâmetro AB. M AB x AK ABx AL ou O|2=(1,20)2-^ Num circulo de 1m20 de raio, traça-se uma corda de 1m; pede-se a distância dessa corda ao centro. — = 7m27. 2,20 AM2 AK ÃN2 AL' Com efeito, temos. AM2 = ABx AK e AN2 = ABx AL Dividindo membro a membro, vem: = AN __ 2 AE2 Teremos. AE =CExED, onde: ED =------ CE CD = 2R = CE + ED = 2m 20 + 7m 27 = 9m 47. Circunferência ou 2nR = 3,1416 x 9,47 = 29m 73. Geometria Elementar ou 7m858. Resposta: a OOJ Fig. 198 Resposta: Aa = 14m142. 106 ID = 15m858. IC = 0m142. Fig. 199 Solução: Representando a corda, procurada por x, teremos: x = 2^(R + r)(R - r). Ora ID = OI + OD = 7,858 + 8 = 15m858 e IC = CO-OI = 8-7,858 = 0m142. 237. Conhecendo os raios AO e ao de dois círculos e a distância Oo dos seus centros, a saber: AO = 8m, ao = 3m, Oo = 15m, achar o comprimento Aa da tangente comum traçada exteriormente a estes dois círculos. A 236. Num círculo de 8m de raio, inscreve-se uma corda de 3m. Calcular os dois segmentos determinados por esta corda sobre o diâmetro que lhe é perpendicular. Solução: Calculemos o valor de OI. Temos: Õi2=ÃÕ2-Ãi2 ou ÕÍ2 = 64-9/4 = —, 4 238. Os raios de dois círculos concêntricos são R e r; no círculo R, traça-se uma corda tangente ao círculo r: calcular o comprimento desta corda. Solução: Pelo ponto o tracemos uma paralela Mo a Aa; temos Mo = Aa; como MO = AO - oa, temos ainda Mo2 = Oo2 - (OA - oa)2, ou Mo2 = 152 - (8 - 3)2, ou Mo’ = 225 - 25 , Aa = Mo = J200 = 14m 142. Capítulo 3 Resposta: AD = 12 metros. Fig. 200 cB D Ora, temos. Resposta: BC = 5m, AC = 4m. 107 240. Num triângulo retângulo, um lado tem 3m, o segmento adjacente a este lado, determinado sobre a hipotenusa pela perpendicular que parte do vértice do ângulo reto, tem 1m80. Quais são os dois lados desconhecidos? x2 = 4(R2-r2), x = 2VR2 -r2, x = 2V(R + r)(R-r). 239. Num triângulo retângulo ABC um lado AB tem 15m, a hipotenusa, 25m: pede-se o comprimento da perpendicular AD abaixada do vértice do ângulo reto sobre a hipotenusa (fig. 200). Com efeito, OA = R, OB = r, AB = ^ ; onde: Solução: Temos: = ou bd = = 9. AB BC 25 Mas: AD2 = AB2 - BD2; por conseguinte: AD2 = 225 - 81 = 144, onde: AD = 12 metros. Solução: Conhecermos: AB = 3m, BD = 1m 80; quer-se determinar BC e AC. BD + DC AB 1,80+ DC 3-------------=------ ou ---------------=--------; AB BD 3 1,80 g onde: DC =--------- 1,80 = 3m20. 1,80 Por conseguinte: BC = 1m 80 +3m 20 = 5m. Além disso temos: AC2 = BC? - ÃB?, ou ÃC? = 25 - 9 = 16; onde: AC = 4m. Geometria Elementar Os três lados são, pois 3, 4 e 5. Resposta: 3, 4 e 5. O valor de x" = - Resposta: 5 e 12 metros. onde: x = 9 ± 781-65, x = 9 ± 4, Resposta: 13,12 e 5 metros. 108 Solução: Designando um porx, os três lados serão. x, x + 1, x + 2, ou ainda: x-1,xex+1. Então teremos: 244. A hipotenusa de um triângulo retângulo tem 55m, a soma dos dois outros lados vale 77m: quanto medem estes últimos? 243. Num triângulo retângulo, a hipotenusa excede os catetos de 1 e de 8: quais são os três lados? Solução: Representando a hipotenusa por x os três lados serão: x, x - 1 e x - 8. Teremos por conseguinte. 241. Achar um triângulo retângulo cujos três lados sejam três números inteiros consecutivos. 17 8 T = 5 x2 = (x- 1)2 + (x-8)2, x2 = x2- 2x + 1 + x^-16x + 64, x2-18x-65 = 0, x’ = 13, x" = 5. Os lados procurados são: 13m, 12m e 5m. (x-1)2 + x2 = (x+1)2, x2 - 2x + 1 + x2 = x2 + 2x + 1, X2 = 4x, x = 4. 242. Num triângulo retângulo a diferença entre os catetos é 7m e a hipotenusa tem 13m; quais são esses catetos? Solução: Representando por x 0 cateto menor, o outro será x + 7 e teremos: x2 + (x + 7)2 = 132, X2 + X2 + 14x + 49 = 169, 2x! + 14x = 120, x2 + 7x = 60; . 7 L„ 49 , 7onde: x = — ± ,60 + —, e x = — 2 V 4 2 -+ — = -12 não é aceitável. 2 2 Os lados procurados têm 5m e 5 + 7 ou 12m. Capítulo 3 -1452, Resposta: 44 e 33 metros. -1500, Resposta: 15, 20 e 25 metros. 109 245. A soma dos três lados de um triângulo retângulo é igual a 60m, a diferença entre os catetos é de 5m; pedem-se os três lados lados. 246. Achar os três lados de um triângulo retângulo em que a soma dos lados iguala 30m, e a soma de seus quadrados, 338. 77 X" 2 1 115 X =----- ± 2 115 x =-----±—. 2 número maior que a soma dos três lados juntos. T .. 115Temos x =----- 2 Solução: Se representarmos um dos lados por x, o outro será 77 - x e teremos: x2 + (77 - x)2 = 552, x2+ 5929 - 154x + x2 = 3025, 2x2- 154x + 2904 = 0, — = 15 e os três lados são: 15m, 20m e 25m. 2 Não podemos aceitar o valor de x' porque teriamos x'= 1^5 + ^ = 100, Solução: Designando por x, y e z os três lados, teremos: x + y + z = 30, x2+y2+z2 = 338, x2+y2=z2. Mas x2 + y2 = 338 - z2. ■ 77 11 .. x=t+- = 44, x" = —- —= 33. 2 2 Portanto, os lados têm 44m e 33m. Solução: Seja x um dos lados, o outro será x + 5 e a hipotenusa 60 - (x + x + 5) ou 55 - 2x; e teremos: x2 + (x + 5)2 = (55-2x)2, x2 + x2 + 10x + 25 = 3025 - 220x + 4x2, -2x2 + 230x - 3000 = 0, X2 -115x + 1500 = 0, ÍW 85 2 Geometria Elementar A Fig. 201 CB D onde os dois valores de h2; = 7m60; DC = BC - x = 20 - 7,60 = 12m40. Resposta: BD = 7m60; DC = 12m40. 110 248. Achar as alturas h, h', h" de um triângulo cujos lados são conhecidos. 247. Num triângulo ABC, temos AB = 10m, AC = 14m, BC = 20m: calcular o comprimento dos segmentos ao lado BC determinados pela perpendicular que parte do ponto A. y = lZ±2 Solução: Façamos. AB = 10 = c; AC = 14 = b; BC = 20 = a; BD = x e AD = h; e teremos DC = a - x: onde os dois valores de h2; h2 = b2 - (a - x)2, h2 = c2-*2; temos pois, b2 - (a - x)2 = c3 - x2, b2 - a2 + 2ax - x2 = c2 - x2; onde: 2ax = a2 + c2 - b2, a2 + c2 - b2 x =----------------- . 2a y' = —+ — = 12m 2 2 „ 17 7 c y - -------- -- 5rri? 2 2 Os três lados do triângulo retângulo são: 13m, 12m e 5m. Resposta: 13, 12 e 5 metros. logo: 338 - z2 = z2 onde: z2= 169 e z = 13m. portanto: x + y = 30 - 13 = 17, x = 17 - y, x2 = (17-y)2 ex2 + y2 = 338 - 169 = 169. Substituindo o valor de x2, vem: (17-y)2 + y2 = 169, 289 - 34y + y2 = 169, 2y2-34y +120 = 0, y2-17y + 60 = 0, o .... . . . , . 400 + 100-196Substituindo as letras por seus valores, temos: x =----------—---------- Capítulo 3 Fig. 202 C D Ba Mas a relação; b2 = a2 + c2 -2a x DB, dá: DB = e substituindo: h2 =c2 - ou h = b" = 111 a2 + c2-b2V 2a J Apliquemos o princípio: a diferença dos quadrados de duas quantidades é igual à soma dessas quantidades multiplicada por sua diferença. h 7(2ac + a2 + c2 - b2)(2ac - a2 -c2 + b2). J[(a + c)2-b2][(b2-(a-c)2] 2a a2 + c2 - b2. 2a ou /,2 = 4a2c2-(a2 + c2-b2)2 4a2 Solução: Teremos: h 2'/p(p-a)(p-b)(p-cj. a h. 2>/p(P-a)(P-b)(P-c). b h„ 2^p(p-a)(p-b)(p-c) c Para abreviar, representemos os três lados do triângulo por a, b e c; teremos: ... . . . . . x/(a + c + b)(a + c - b)(b + a- c)(b -a + c) Apliquemos o principio acima: h - —-------------—---------- Fazendo a + b + c = 2p, temos a + c - b + 2b = 2p e a + c - b = 2p - 2b = 2(p - b). Do mesmo modo: b + a - c = 2(p -c)eb-a + c = 2(p - a). Substituindo estes valores no último de h. vem- h J2p x 2(p - b) x 2(p - c) x 2(p - a). 2a h = 4Vp(p-a)(p-/>)(p-c). 2a h = 2%/p(P - a)(p - b)(p - c) a De modo análogo, teremos: h, 2Vp(p - a)(p - P)(p - c). b 2'/p(p-a)(p-b)(p-c) c Geometria Elementar semelhantes BOE, BO'F dão.-—— = d) B E Fig. 203 112 O’F 249. Achar o raio do circulo circunscrito a um triângulo cujos lados são conhecidos (fig. 189). = p-b p ...L O’ g*-. 250. Calcular o raio r do círculo inscrito cm função dos lados a, b, c do triângulo. Solução: Construamos no ângulo B o círculo ex-inscrito. Os triângulos semelhantes BOE, BO'F dâo: Mas, 2BE + 2CI + 2AI = a + b + c = 2p; onde: BE + Cl + Al = p, BE + b = p, BE = p-b. Ora (ex. 130) BF = p. Logo, teremos: — A aA.O:\ -r _ . OETemos portanto-------- p-a r p-c ou -------= -------- p-a r’ Sabendo calcular h, achar-se-á facilmente R. acResposta: R = Solução: Temos (ex. 223): AB x BC = 2R x h, onde: 2R = C- a-; R = n zn Além disso, as bissetrizes OC, O’C são perpendiculares uma à outra. Daí resulta que os dois triângulos OCE, O'CF são semelhantes, porque têm os , . .. , . . ., OE CE seus lados perpendiculares. Esses triângulos dão: — = —. Mas CF = BF-BC = p- aeCE = BC-BE = a-(p-b) = a + b- p = 2p-c-p = p-c. Capitulo 3 (2) Onde, r = Resposta: r = h' = Fig. 204 113 252. A soma dos quadrados dos segmentos formados por duas cordas que se cortam retangularmente é igual ao quadrado do diâmetro. Solução: Sejam AB e CD as duas cordas: traço BD, AC e o diâmetro CE. Os triãgulos retângulos ACI, BID dão: Ãi2 + íc’ + B? + io’ = ÃC2 + BD2. Os ângulos em I sendo retos, o arco AC mais o arco BD igualam uma semi- circunferência e, como resultado, o arco BD = o arco AE e a corda BD = a corda AE; a igualdade precedente torna-se: ÃÍ2+iC2 + BÍ2 + ÍD2 = ÃC2 + ÃÊ2=CÊ2. Onde:rJp-a><p-c-> Multiplicando membro a membro as igualdades (1) e (2), teremos: r2 (p-a)(p-b)(p-c). r’ pr' f(p - a)(p - b)(p - c). P ^(p - a)(p - b)(p-c) 257. Nos problemas precentes calcular h, h', h", R para o caso em que temos: a = 8m; b = 9m e e = 12m. Solução: Substituindo as letras por seus valores nas igualdades achadas acima, (ex. 248, 249, 250): h 2jp(p-a)(p-b)(p-cj. a 2^/p(p-a)(p-b)(p-c). b h„ 27p(p - a)(p - b)(p - c) c D ac y/(p - a)(p - b)(p - c) R = 2h'r =--------------- p--------------- ' Temos: h - 9m, h' = 8m, h" = 6m, R = 6m, r- 2m48. Resposta: h = 9m; h' = 8m; h" = 6m; R = 6m; r- 2m48. Geometria Elementar 253. 254. = 5,375,Onde: IO’= A O'O Fig. 205 Resposta: 8m96. Fig. 206 cB 114 Os raios de dois círculos têm 7m e 8m, a distância dos centros é de 12m; pede-se o comprimento da corda comum. Os três lados de um triângulo são 8m, 9m, 15m: de que espécie é o maior ângulo deste triângulo? Solução: É obtuso, porque temos 82+ 92< 152. Ac’ + AB2 = 2AM2 + 2BM2, ou AC2 + AB2 = 2AM2 i — 2 49 + 144-64 24 D M Solução: Com efeito, o triângulo ACM dá: Ãc2 = ÃM2 + MC2 + 2MC x DM, e o triângulo ABM: ÃB2 = ÃM2 + BC2 - 2BM x DM. Mas como BM = MC = , se somarmos estas igualdades, teremos: 255. Quando traçamos a mediana AM num triângulo ABC, -------2 temos: AC +AB = 2AM +------. 2 Solução: O triângulo OAO' dá: OA2 = O'A2 + OO'2 - 200 x IO', 5Ã2 + õcr2 - õã?2 _ 2 00' ÃÍ2 = 72-(5,375)2, Al = 749 - 28,8906 = 4,48, 2AI ou AA‘ = 8m96. Capítulo 3 m' = m* = m"=m = 2 2 m = m’ = m" = CD O A B Fig. 207 115 O triângulo ADC dá: (1) Ãd' + DC2 = 2ÕÕ’ + 2Ãc’ (ex. 255) e o triângulo ABC. (2) ÃB! + BC2 = 2ÕB2 + 2ÃÕ2. Adicionando as igualdades (1) e (2): AD2 + DC2 + AB2 + BC2 = 4DÕ2 + 4ÃÕ? = (2DO)2 + (2AO)2 = BD2 + ÃC2. 2 2 z 2 42 42 2 81' 2 81+---- 2 64+ — 2 Solução: Estas medianas sendo m, m’, m", temos (ex. 256), - ^W8'63; /100 64 81+ ___=7,85. b2—. m =4 257. Os lados a, b, c de um triângulo são 10m, 8m e 9m; calcular as três medianas. 258. Mostre que a soma dos quadrados dos lados de um paralelogramo é igual à soma dos quadrados das diagonais. Solução: Deveremos ter: ÃD2 + DC2 + ÃB2 + BC2 = BD2 + ÃC2. 256. Um triângulo ABC, cujos lados são a, b, c, e as medianas m, m', m" (m parte do vértice A, m' do vértice B e m" do vértice C) dá: Solução: lb2 c2 a2 m = J— +-------- ,V 2 2 4 .Com efeito da igualdade ÃC2 + ÃB2 = 2ÃM2 + — , tira-se: ÃM2 = — + . 2 2 2 4 Os lados sendo a, b, c e as medianas m, m', m", temos portanto: |b2 c2 a2 , |a2 c2 b2 2 2 4 Y 2 2 4 Geometria Elementar Fig. 208 K L Fig. 209 B 116 Adicionando membro a membro, vem: (a) ÃBJ + Bõ2 + ÃD2 + DC2 = 2BF2 + 2DF2 + 4ÃF2. Mas o triângulo BDF dà: BF2 + DF2 = 2EF* + 2DE2, onde: 2BF2 + 2DF2 = 4ÊF2 + 4DÊ2. Se na igualdade (a) substituirmos 2BF2 + 2DF2 pelo valor 4ÊF2 + 4DÊ2, leremos ÃB2 + BC2 + ÃD2 + DC2 = 4ÃF2 + 4DÊ2 + 4ÊF2, onde: ÃB2 + BC2 + ÃD2 + DC2 = ÃC2 + BD2 + ÊF2 260. Mostre que a soma dos quadrados das diagonais de um trapézio é igual à soma dos quadrados dos lados não paralelos mais duas vezes o produto dos lados paralelos. D C Observação. A igualdade achada no exercício precedente pode ser considerada como uma consequência do que precede, pois no paralelogramo 4EF2=0. A Solução: Devemos ter: AC2 + BD2 = BC2 + ÃD2 + 2AB t DC . 259. Mostre que a soma dos quadrados dos lados de um quadrilátero qualquer é igual à soma dos quadrados das diagonais aumentadas de quatro vezes o quadrado da reta que une os meios das diagonais. Solução: Deveremos ter: AB2 + BC2 + AD2 + DC2 = AC2 + BD2 + 4EF2. Com efeito, os triângulos ABC, ADC dão (ex. 255): ÃB2 + BC2 = 2BF2 + 2ÃF2, e ÃD2 + DC2 = 2DF2 + 2ÃF2. B Capítulo 3 B 2 AB2 + BC2 + AC2 117 261. Mostre que a soma dos quadrados dos lados de um triângulo é tripla da soma dos quadrados das linhas que unem seus vértices ao ponto de concurso das medianas. Solução: Devemos ter: AB2 +BC2 + AC2 = 3(AO2 + BO2 + CO2). Com efeito, segundo o exercício precedente, temos: (1) ÃB2 + BC2 + DC2 + ÃD2 = ÃC2 + BD2 + 4MN? . Mas (ex. 224) 2MN = AB - DC; portanto, 4MN2 = (AB - DC)2 = ÃB2 - 2AB X DC + DC2 . Se, na equação (1) substituirmos 4MN2por seu valor, teremos, depois das reduções: ÃC2 + BD2 = BC2 + ÃD2 + 2AB x DC. Com efeito, temos (ex. 255): Ãb’+ ÃC2 = 2ÃD2 + —; 2 ÃB2 + BC2 = 2BÊ2 + — ; 2 ÃC2 + BC2 = 2CF2 + —. 2 Somando membro a membro estas igualdades e reduzindo, obtemos: 5ãB2 + —BC2 + -Ãc2 = 2ÃD + 2BÊ2 + 2CF2; 2 2 2 onde: ÃB2 + BC2 + ÃC2 = -ÃD2 + -BÊ2 + -CF2; 3 3 3 = 3Í-ãd2 + Íbe2 + 1cf2\ 19 9 9 ) Mas: AO = | AD, e AO2 = — AD2; do mesmo modo: BÕ2 = - BÊ2 e CÕ2 = - CF2. 9 9 Afinal teremos: ÃB2 +BC2 +ÃC2 = 3(ÃÕ2 +BÕ2 +CÕ2). D C Fig. 210 Geometria Elementar B Fig. 211 D Fig. 212 B Onde: AF = Resposta: 1m20. 118 D Com efeito, o paralelogramo EFGH dá (ex. 258): ÊF2 + FG2 + GH2 + ÊH2 = ÊG2 + HF2, ou 2ÊF2 + 2FG2 + 2GH2 + 2ÊH2 = 2ÊG? + 2HF2 Ora, AC = 2EF, logo, ÃC2 = 4ÊF2 = 2ÉF2 + 2GH2. Do mesmo modo, BD2 = 2EH2 + 2FG2. Somando membro a membro as duas últimas igualdades, tem-se: Ãc2 + BD2 = 2ÊF2 + 2GH2 + 2ÊH2 + 2FG2 = 2ÊG2 + 2HF2. 262. Mostre que a soma dos quadrados das diagonais de um quadrilátero vale duas vezes a soma dos quadrados das retas que unem os meios dos lados opostos. Solução: Teremos- AC2 + BD2 = 2EG2 + 2HF2. 263. Duas secantes a um circulo partem de um mesmo ponto; uma tem 3 metros de comprimento, e seu segmento exterior tem 2 metros; a outra tem 5 metros de comprimento; pede-se determinar o seu segmento exterior. A Solução: AD = 3m, AE = 2m, AB = 5m: Pede-se o valor de AF. Temos: AF x AB = AD x AE, ADxAE 3x2 _ —— =-- = 1m2°-AB 5 Capitulo 3 264. 265. B \ 266. 119 Achar duas retas que se cortem, de modo que o produto dos 2 segmentos de uma seja igual ao produto dos 2 segmentos da outra. Mostre que o produto de dois lados AB, BC de um triângulo ABC é igual ao quadrado da bissetriz BD do ângulo B mais o produto dos 2 segmentos determinados sobre AC pela bissetriz. Num triângulo ABC, tem-se AB = 20m, AC = 22m, BC = 30m: qual é o comprimento da bissetriz AD (fig. 180): I A Fig. 213 Solução: Tomando-se um ponto qualquer no interior de círculo e fazendo passar por ele duas cordas AB e CD, tem-se: AP x BP = CP x DP. D \ Z E Fig. 214 Solução: Devemos ter AB x BC = BD? + AD x DC. Com efeito, tracemos a circunferência circunscrita ao triângulo dado; prolonguemos BD até E para encontrar o arco AC, e tracemos EC. Os triângulos ABD e EBC são semelhantes, porque os ângulos em B são iguais e A = E. Esses triângulos dão: — = — ; AB x BC = BE x BD = (BD + DE) BD = BD2 + DE x BD. BE BC Mas, DE x BD = AD x DC; Logo: AB x BC = BD2 + AD x DC. Geometria Elementar Resposta: 14m68. se prolonga de uma quantidade igual a 120 268. Num círculo de 2m20 de raio, pede-se determinar sobre a tangente do ponto A um ponto D tal que, se por este ponto se traçar uma secante que passe pelo centro, a parte exterior da secante seja igual ao diâmetro do círculo. 267. Num circulo de 2m de raio, uma secante passa pelo centro e sua parte exterior tem 5m. Pede-se o comprimento da tangente que termina na extremidade dessa secante (fig. 215). Solução: Temos DF = 5, EF = 4; portanto DE = 9; pede-se o valor de AD. Ora, AD2 = DE x DF = 9 x 5 = 45; AD = 4ÃS =6,71. Resposta: AD = 6m71. 269. Numa circunferência de raio R, traça-se um diâmetro que 11 yR; pela extremidade dessa reta, traça-se uma tangente: pede-se o seu valor em função de R no caso de R = 2m (fig. 215). Solução: Temos DE = 2R + —R = 5 21 a.x — R . Aliás, a figura dá. 5 Fig. 215 Solução: Supondo o problema resolvido, temos: ÃD2 = DE x DF = 4R x 2R = 4 x 4R2, AD = 2R x/2 AD = 2 x 2,20 x 1.414 = 6m22. Resposta: AD = 6m22. Solução: Temos: (ex. 265) AB x AC = AD? + BD x DC; Onde: ÃD2 = AB x AC - BD x DC; Ora, (ex. 210): BD = 14m28 e DC = 15m71; Portanto, AD = 720x22-14,28x15,71 = 14m68 Capitulo 3 C Fig. 216D. A BO Fig. 217 121 R2; AD2 = R/^22; AD = V 25 -t=;2 21o 11„ 21 .AD =—Rx—R = — x — x 5 5 5 " Resposta: AD = 6m08. 270. Num círculo de diâmetro AB, traça-se a tangente no ponto B. Do ponto A, com um raio igual ao dobro de AB, descreve-se um arco que corte a tangente em C; traça-se AC; esta reta corta o círculo em D. Pede-se o comprimento do segmento AD. Resposta: AD = R. 271. Sabe-se que a tangente é meia proporcional entre a secante e sua parte exterior: demonstrar, conforme este teorema, que de um mesmo ponto exterior a um círculo se podem traçar duas tagentes a este círculo, e que as tangentes oriundas de um mesmo ponto são iguais. Solução: Segundo os dados, AC = 2AB = 4R O triângulo retângulo ACB dâ: CB2 = 15R2 - 4R2 = 12R2. Aliás, a secante CA e a tangente CB, dão: CB2 = 12R2 = 4R x CD. 12R2 Onde: CD = = 3R : logo, AD = R. |V231 = 6mO8.11 5 Geometria Elementar 273. Construi uma reta, da qual se conhecem os —. 274. 275. Constrói-se x e depois y = I - x. (1, m: retas276. dadas). Solução: Temos: x = sabe-se que x toma geralmente o nome deObservação. No caso de x = 3* proporcional. 122 Construir duas retas x e y, conhecendo a sua soma e a sua diferença. Solução: Seja x + y = I ex-y = d. I2 2' 272. Construir uma reta x de modo que x = a + b. Solução: A reta x se obtém ajuntando o comprimento b ao comprimento a, ou tirando b de a. Solução: Temos: ÃB2 = AC x AD = ACx AD’ = AC"x AD”... Quando os pontos C” e D" se confundem, subsiste a igualdade e a mais AC" = AD” o que dá ÃB2 = ÃC5’, ou AB = AC”. I2 I , m m A reta x é pois uma quartaproporcional às 3 retas I, I e m. I2 Construir uma reta x de modo a ter x = — 2 Somando membro a membro, dá: 2x = I + d, onde: x = 2 3 8 9 Solução: — estão para — assim como — estão para —. Logo, a reta dada contém 9 partes e a reta procurada 8. Divide-se aquela em 9 partes iguais e tomam-se 8 daquelas partes. Construir uma reta que esteja para um reta dada assim 2 3como — estão para —. Solução: Sejam I a reta dada e x a reta procurada. Temos: 4 5I— x = I; onde: x = —. 5 4 Basta dividir I em 4 partes iguais e tomar 5 daquelas partes. 4 5 Capitulo 3 tecíamos y = Solução: Seja e x - y = I; x = I + y; Exemplo: A D, M NP CB poder escrever MD = MD = AD a AD, nem. 123 i±y=_ y 277. Construir duas retas x, y, conhecendo seu quociente e sua soma. 278. Construir duas retas x, y, conhecendo seu quociente e sua diferença. nl y =--------m -n 279. Por um ponto P no interior de um ângulo A, traçar uma 2 PN 2reta inscrita MPN, de modo que PN = —PM, ou . m j : onde:n x m y " n Constrói-se y e tem-se x = I + y. x 3 5I 5I , 5I 7I y 5 1 5-3 2 22 Fig. 218 Solução: Seja MPN a reta pedida. Tracemos PD paralela a AC. Temos então PN AD----- =-------. O segmento PN iguala duas partes e o segmento PM vale 3 das PM DM mesmas Do mesmo modo, AD vale 2 partes e DM vale 3. Logo, pelo ponto dado P, traça-se PD, paralela a AC; divide-se AD em duas partes e levam-se 3 dessas partes de D em M. Afinal, traça-se MPN. Solução: Temos (1) — = — e (2) x + y = I. A igualdade (2) dá: x = I - y. y n Levando este valor à igualdade (1), obtemos: = —; onde: y = n* . y n m + n Constrói-se y, 4a proporcional a n, I e m + n; ao depois, a reta x = I - y. x 2 3I 3I 2I Exemplo: com — = — , tecíamos y =------- = — e x = I-------= —.y 3 1 2+3 5 55 Observação. Devendo-se didivir MPN em duas partes m e n, ou, o que dá na mesma, de modo a ter , bastaria calcular MD de maneira a se PM n MD x—. A reta MD seria pois uma 4’ proporcional m Geometria Elementar D Fig. 219 N P C O Fig. 220 'M 124 287. Por um ponto P, traçar uma reta que passe pelo ponto de interseção de duas retas concorrentes que não se podem prolongar. 280. Por um ponto P, exterior a um ângulo, traçar uma reta PNM que encontre os lados em N e em M, de modo a , PN 2 termos . PM 5 B^r Solução: Suponhamos o problema resolvido, e seja PO a reta pedida. Bastará determinar o ponto H, pois a reta PH prolongada passa pelo ponto O Tracemos uma reta qualquer PNM e outra qualquer também LKH, mas paralela à primeira. Teremos: ; igualdade em que se conhecem 3 termos. SeráMP MN portanto fácil determinar o quarto, LH. Observação. Devendo-se dividir PNM em 2 segmentos m e n, ou, o que dá na mesma, se devesse ter = ——— = bastaria calcular DM de modo PM m + n DM a poder-se escrever DM = DA x (m + n) m A reta DM seria uma quarta proporcional a DA, m + n e m. Solução: Seja PNM a reta pedida. Traça-se PD, paralela a AC’ até o PN DA prolongamento de BA, tem-se então O segmento PN iguala 2 PM DM partes e PM 5. Portanto, basta, pelo ponto P, traçar PD paralela a AC, dividir DA em duas partes, levar 5 dessas partes de D em M, e afinal construir PNM. Capítulo 3 Solução: Designando-se por x o lado homólogo de a, tem-se Fig. 222 125 Solução: Sejam as circunferências C e C e a razão dada —. Devemos ter n P'a X P Traça-se x, e sobre esta homóloga de a constrói-se um polígono semelhante ao primeiro. 283. Um polígono tem um perímetro P e um de seus lados é a; construir um segundo polígono semelhante ao primeiro e de perímetro igual a P'. 282. Descrever uma circunferência passando por dois pontos A e B e tal que uma tangente partindo de um terceiro ponto dado, C, tenha um comprimento dado, I. Fig. 221 Solução: Suponhamos o problema resolvido. Sejam A e B os pontos dados e a tangente CD = I. A figura dá CD = I2 = CBxCE; onde CE = . O CB comprimento CE é, pois, uma 3a proporcional ao comprimento conhecido I e ã distância CB. Conhecendo-se CE, a circunferência que deve passar pelos 3 pontos A, B, E se torna fácil de descrever. 284. Por um dos pontos de interseção de duas circunferências, traçar uma secante tal que as duas cordas resultantes estejam entre si numa razão dada. P a— = — , onde P' x Geometria Elementar e a /K 126 285. Construir um triângulo conhecendo dois lados bissetriz do ângulo deles. 286. Construir um triângulo conhecendo um lado, a bissetriz do ângulo oposto e a razão dos dois outros lados. E Z E bZ zS A D C Fig. 224 zív A D C Fig. 223 Solução: Seja, ABC o triângulo pedido. Conhecemos AB, BC e a bissetriz BD. Pelo ponto C, tracemos CE paralela a BD, e prolonguemos AB até CE AE encontrar CE. Temos —— = —•. Podemos determinar CE, pois BD, BD AB AE = AB + BC e AB são quantidades dadas. Conhecendo CE, construímos o triângulo isósceles BCE, prolongamos BE de um comprimento igual a BA; afinai, traçamos AC e o triângulo ABC é o triângulo pedido. BD m AD “ n ' Dividamos a reta que une os centros em duas partes proporcionais a m e a n; liguemos o ponto de divisão E ao ponto de interseção D e tracemos a perpendicular ADB a DE. Esta reta determina as duas cordas pedidas AD e BD, pois se dos pontos C e C levantarmos as perpendiculares CG e CF, traçando C'IL paralela a AB, teremos (ex. 104) as relações seguintes: CE LI GD m EC IC DF n' „ . 2GD m r . BD mOnde: —— =— e afinal: -r-=r = —• 2DF n AD n Capítulo 3 n); m e n são 288. Dada a reta m, achar outra reta x tal que x2 = —m2. Solução: Temos que x2 = 289. Construir uma reta x, tal que ^x! = I2 (1 linha dada). Solução: A igualdade 3 lei.proporcional entre 291. Construir uma reta x tal que x2 = (I, m, n, retas 127 m n Solução: A reta x, sendo meia proporcional entre m e m + n, é de fácil construção. 4 3 l2m m + n 287. Construir uma reta x tal que x2 = m (m retas dadas. 290. Conhecendo as retas I, m, n, achar uma reta x tal que x^ I2 3 —m e m. dadas). Solução: Faz-se m + n = s o que dá x2 = x I2. (ex. 290). |m2 = 5 |x2 = l2 dá x2 = ou x2 = 3 —m x m : logo, x é meia proporcional entre Solução: Seja ABC o triângulo pedido. Os dados do problema são AC, BD e . m AB . m AB AD ... ,a relaçao — = —— . Temos pois — = —— = —— . Dividindo AC em partes n BC n BC DC proporcionais a m e a n, achamos os valores AD e DC Traçando CE paralela CE ACa BD, e prolongando AB até encontrar-se com CE, teremos . Podemos determinar CE, uma vez que conhecemos BD, AC, AD. Ora, o vértice B está sobre a perpendicular FB levantada no meio de CE. Aliás, tomando CK = BD e, do ponto K como centro com raio igual a DC, descre vendo um arco, este cortará a reta FB no ponto B e o vértice B será determinado. Traçando-se BC, e depois BD igual e paralela a CK, bastará traçar CDA e afinal unir B e A. Solução: Temos 4r- = — ou x2 = —x I2 = —x I. Fazendo se k = —; ké I2 n n n n quarta proporcional que se pode construir. Temos então x2 = kl. A reta x é meia proporcional entre k e I. ^-I2 = yl xl. A reta x é pois meia 3 4 3 5 Geometria Elementar D P Fig. 225 B' B C Solução: Suponhamos que A •■'a By C Fig. 226 128 A' An £J C" AP 5 PB "8 ’ 292. Por um ponto P, no interior de um círculo, traçar uma corda que esteja dividida neste ponto numa razão dada 5 8 Observação. Se a razão dada fosse — , ter-se-ia AP2 = — MP2. Construii n n se-ia AP (ex. 290); terminando como já foi indicado. 293. Por um ponto A exterior a um círculo, traçar uma secante 4 de modo que a parte exterior seja os — da secante total. tracemos MP perpendicular ao diâmetro DPC, o que dá: DP x PC = MP2, ou APx PB = MP2(b). Multiplicando membro a membro as igualdades (a) e (b), temos: AP2 x PB = ^PBx MP2 ou Ap2 = iMp2- A reta MP sendo conhecida, constrói-se AP (ex. 288) e do ponto P como centro, com raio igual a AP, descreve-se um arco que corte a circunferência dada em A e A' e as retas APB, A'PB’ constituem ambas a solução do problema. A MZÍ 5PR ou AP = —— (a). Pelo Ponto P, 8 Capitulo 3 Solução: Seja ADC a secante pedida: temosAD é, pois, meia proporcional entre temos Fig. 227 E C F BA Fig. 228 129 2o caso - As retas AB e CD são paralelas. É evidente que para determinar o ponto de contato F, basta abaixar do meio de AB uma perpendicular IF até encontrar a reta CD. Observação. A razão dada sendo , ter-se-ia AD* = AB2. D Onde a seguinte construção. Prolongam-se as retas AB e CD até o seu encontro em E; constrói-se uma meia proporcional I entre EA e EB e leva-se sobre ECD um comprimento EF = I. O ponto F é o ponto de contato da circunferência e da reta dada. Faz-se passar a circunferência pelos três pontos A, B, F. C F D Conclue-se então fazendo passar uma circunferência pelos três pontos A, B, F. 294. Descrever uma circunferência passando por dois pontos dados e tangente a uma reta dada. Solução: Sejam A e B os pontos dados e CD a reta dada. 1o caso - As retas AB e CD se encontram em E. Suponhamos o problema resolvido. O circulo sendo tangente a CD em F, ÊF2 = EAx EB. 4AC ou AD = - 9 AD 4 AC ' 9 Também se pode escrever ADx AC = AB2. Multiplicando membro a membro, dá: ÃD2 x AC = ÃB? x AC ou ÃD2 = |ab2. 4 — AB e ab (a tangente AB é naturalmente conhecida). Sendo esta meia proporcional conhecida, do ponto A como centro, com raio igual a AD, descreve-se um arco que corte o circulo dado em D e D', obtendo-se assim duas soluções. Caso ADC passe pelo centro, haverá só uma solução. Geometria Elementar Fig. 229 •F Fig. 230 Dc- Fig. 231 130 296. Construir um losango cujo lado tenha um comprimento dado e seja meio proporcional entre as duas diagonais. 295. Descrever uma circunferência passando por um ponto dado e tangente a duas retas dadas. Solução: Sejam M o ponto, AB e CD as retas dadas. 1o Caso - As retas se encontram em um ponto O. O centro se encontra sobre a paralela EF equidistante das retas dadas (ex. 82). O raio é igual à distância de EF a AB ou a CD. Do ponto M como centro, com um raio igual à dita distância, descreve-se um arco que corte EF em O e O': estes pontos são os centros de duas circunferências; soluções da questão. A circunferência tangente às duas retas tem seu centro sobre a bissetriz OE; e, passando pelo ponto M, há de passar por um ponto M' simétrico de M. Logo, o problema consiste em fazer passar uma circunferência por dois pontos dados Me M'e tangente a uma reta dada, OB ou OD (ex. 294). 2o Caso - As retas AB e CD são paralelas. A--------------------- B E->O' Capítulo 3 ± Ja2 a a - x = a + 2 298. Dividir uma reta de 60m em meia e extrema razão. 131 2a 2 a(3-75) 3-75 e a + ^(3 - 75) oua-r-|(75-1) ou 75 =|(3-J5). Solução: Conforme as fórmulas encontradas (ex. 297), teremos para o maior segmento. - 1) = 37m08; e para o menor: ~(3 - Võ) = 22m92. a2, 75-| = ±|(75-i). 297. Dividir uma reta a em meia e extrema razão e achar as razões da reta para os dois segmentos. Solução: Designando-se o maior segmento da reta por x, o menor será a - x e ter-se-á: x2 = a(a - x) = a2 - ax, onde: x2+ ax = 3.2 a2 a , 5a2X = -2±r +-4-2+-^ = Um segmento será, pois: <|>G/5 -1). O outro segmento será: As relações pedidas serão: 2a a(75 -1) 75-1 ±£ Solução: Seja ABCD o losango pedido. O enunciado dá: ÃB2 = 2OA x 2OB = 4OA x OB. Se do ponto O se abaixar uma perpendicular OE sobre AB, obter-se-ão dois triângulos retângulos AOB, BOB que são semelhantes e dão: onde: ABx OE = OAx OB. Mas temos também: -------2 ÃB2 = 4OA x OB ou = OA x OB; 4 AR AR logo: AB x OE = onde: OE = 4 4 No triângulo retângulo ABO, já que se conhece a hipotenusa AB e a altura correspondente OE, pode o mesmo ser construído (ex. 148) e ao depois terminar-se o losango. 299. Mostre que os segmentos de duas retas divididas em meia e extrema razão são proporcionais. Solução: Com efeito, para uma reta AB dividida no ponto C em meia e extrema razão, sendo AC o segmento maior, lemos (ex. 297); -^7 = s 5 . BC 3-V5 Resposta: x = ■|-(>/5 -1), a - x = |(3-7s). Geometria Elementar Onde: BA F M N P B C 132 302. Por um ponto P, exterior a um ângulo, traçar uma reta PNM, que encontre os lados em N e em M, de modo que a reta PMN esteja dividida em meia e extrema razão, no ponto N. 300. Conhecendo AB, grande segmento de uma reta dividida em meia e extrema razão, achar a reta inteira. AC BC A'C* B’C 301. Inscrever em um ângulo A, uma reta MPN que esteja dividida, no ponto P, em meia e extrema razão. A -í Fig. 233 Solução: Trata-se de determinar o ponto M. Para isso traça-se a paralela PD a AC, o que dá AD. Divide-se depois uma reta qualquer em meia e extrema razão; sendo os segmentos m e n teremos (ex. 299): m PN AD , — = 7777 = 7777; onde DM = AD x —; e o caso do exercício 279.n PM DM n Outra reta. AB’daria = Flg. 232 Solução: Faz-se sobre AB a construção indicada no n° 338 do livro do aluno, e prolonga-se AB até F, de modo a ter AF = AE. AF é a linha pedida. Com AE AB AF AB efeito, temos: = —— ou -— = ——; porque AD = BF, uma vez que AB AD AB EF AE = AF e DE = AB. Capítulo 3 D A . Fig. 234 b/m pN D A A' S..-ÀN Fig. 235 B’ B C A B, Fig. 236 C 133 MZ-—>> I /p zÍqZd-' L C" 304. Por um ponto A exterior a um círculo, traçar uma secante que esteja dividida pela circunferência em meia e extrema razão. 303. Por um ponto P, no interior de um circulo, traçar uma corda que esteja dividida neste ponto em meia e extrema razão. Solução: Divide-se uma reta qualquer em meia e extrema razão; sendo os segmentos m e n, deve-se ter (ex. 292): AP = — x MP . n É o caso do exercício 290. C Solução: Divide-se uma reta qualquer em meia e extrema razão; sendo os segmentos m e n, deve-se ter: — m - = onde: DM = AD x —T . n + m PM DM m É o caso do exercício 280. Geometria Elementar cortam Fig. 237 Resposta: 2m47. 134 307. Ao tangentes exteriores comum a dois círculos encontram a linha dos centros em um mesmo ponto O', e as tangentes interiores encontram-se também em um mesmo ponto, O. Solução: Tracemos as 4 tangentes comuns e unamos os centros aos pontos de contato. Os raios CA, CA' são paralelos; se não forem iguais, a tangente AA‘ encontrará a linha dos centros em O'. 306. Uma diagonal de um pentágono regular inscrito tem 4m; achar o lado do pentágono. Solução: O lado pedido é igual ao segmento maior da diagonal dividida em meia e extrema razão (ex. 305). l = -|(T5-1) = 2m47. Solução: Devemos ter CO* = ACx AO. Circunscrevemos uma circunferência ao polígono. O ângulo BOC é igual a OBC, pois têm mesma medida; o triângulo BOC é portanto isósceles e BC = OC. Os triângulos AOB e BAC sendo equiângulos, são também semelhantes e AB AO —2 —2 dão: Ãc = bo-; onde BC = ACx AO, ou CO = ACx AO, pois que CO = BC. A reta AOC está, portanto, dividida no ponto O em meia e extrema razão. Solução: Divide-se uma reta qualquer em meia e extrema razão; os segmentos sendo m e n, ter-se-á, conforme o exercício 293: AD* = — x AB2. n Constrói-se AD (ex. 290) e termina-se como no supracitado exercício. 305. As diagonais de um pentágono regular se mutuamente em meia e extrema razão. Capitulo 3 & .O’ Fig. 238 D1 : onde ou Por conseguinte: CO' = ou O que daria CO" = A O' Fig. 239 exercício precedente que CO = 135 308. Em dois círculos, as secantes que unem as extremidades dos raios paralelos concorrem em um mesmo ponto O, situado sobre a linha dos centros. CO' CA ■ T B CO" CA CO” CB CO"-C'O" CB-CB' A cc CA-CA' Solução: Traçam-se os raios paralelos CE, CE'; se não forem iguais, a reta EE' encontrará a linha dos centros em um ponto O. Demonstra-se, como no CExCC CE-CE*' O valor de CO é o mesmo que no exercício precedente, supondo que a distância CC dos centros é a mesma, que CE = CA, CE' = CA'. Por conseguinte, quaisquer que sejam os raios paralelos CE, CE', a reta EE’ encontra a linha dos centros em um mesmo ponto O', o que acontece também com a tangente comum exterior AA'. Demonstra-se da mesma maneira que, se traçarem dois raios paralelos Cl, Cl' dirigidos em sentido contrário, a reta II' que os une corta a linha doscentros em um ponto O, que é o lugar onde as tangentes interiores encontram a linha dos centros. Os triângulos semelhantes CAO', C'A'O' dão: CO' C'O'. CO'-C'O' CO' CA " C'A' °n e CA-CA' " CA CAxCC CA-CA’’ A tangente BB’ encontra também a linha dos centros em O'. CO" CO"Se o encontro se desse em outro ponto O", ter-se-ia = : onde CB C B CC" CA-CA’ ■ '• lQg° CO'= CO". CA-CA a Provar-se-ia do mesmo modo que as tangentes comuns interiores se encontram num ponto O; mas para obter CC seria preciso fazer a soma dos numeradores e dos denominadores, em lugar da diferença. CO" CB' ’ Geometria Elementar D O Fig. 240 Fig. 241 136 310. Um polígono regular estando inscrito numa circunferência, circunscrever um polígono regular semelhante. 309. Provar que no triângulo equilateral inscrito, o raio é o dobro do apótema. B Solução: Devemos ter OB = 2OI. Com efeito, AO = AB = BC = o lado do hexágono. AO e AB sendo duas oblíquas iguais, se afastam igualmente do pé da perpendicular Al, e portanto OI = IB: onde OB = 2OI. Observação - É fácil, conforme este exercício, traçar as tangentes comuns a dois círculos: para que a tangente exterior, traçam-se dois raios paralelos CE, CE', dirigidos no mesmo sentido, tira-se a linha EE' que se prolonga até o encontro em O’ da linha dos centros, e do ponto O' leva-se uma tangente a uma das circunferências. É também tangente à outra. Para se ter a tangente interior, traçam-se dois raios paralelos Cl, Cl' dirigidos em sentido contrário e depois, tira-se II’. Esta reta encontra a linha dos centros em O. Deste ponto, traça-se uma tangente a uma das circunferências; é também tangente à outra. Solução: Basta traçar tangentes pelos vértices do primeiro polígono; estas retas se cortam determinando um polígono regular semelhante ao primeiro. Com efeito, os ângulos GAB e GBA são iguais por terem a mesma medida; por conseguinte AG = GB. Os triângulos AGB, BCH são iguais, pois AB = BC, e os ângulos adjacentes ao lado AB têm mesma medida que os adjacentes ao lado BC; portanto, BH = BG eH = G. Mas, por serem iguais as retas BG, BH, HC e Cl, segue-se que GH = Hl. logo o segundo polígono é equiângulo e equilateral, portanto regular; a mais, é semelhante ao primeiro, pois têm o mesmo número de lados, já que há tantos lados no segundo polígono quantos vértices no primeiro. Capitulo 3 L GF \/ K M Fig. 242 /Ox E H Fig. 243 137 E de reto; também o ângulo DAB. Portanto o triângulo K 312. Uma circunferência está compreendida entre os perí metros do quadrado circunscrito e do hexágono inscrito; segundo esta considerado, demonstrar que a razão da circunferência para o diâmetro está compreeendida entre 4 e 3. 311. Mostre que o perímetro do triângulo equilateral circunscrito é o dobro daquele do triângulo equilateral inscrito. Solução: Devemos ter DE = 2AB. Pelos vértices A, B, C do primeiro triângulo equilateral, traçando tangentes, obtemos o triângulo equilateral circunscrito DEF. F A D N Outro método: Pelos pontos K, L, M, N, meios dos arcos AB, BC.... tracemos tangentes; ao se encontrarem, formarão o polígono pedido. Com efeito, unindo o centro com todos os ângulos do novo polígono, por meio das retas OE, OF..., estas retas passarão pelos vértices do polígono ABCD: assim, OF passará pelo vértice B; pois os triângulos FOK, FOL tendo a hipotenusa comum e OK igualando OL, são iguais; OF divide pois o ângulo KOL em duas partes iguais e passa, por conseguinte, no ponto B, meio do arco KL. Os dois polígonos ABCD, EFGH serão portanto compostos de triângulos semelhantes AOB, EOF; BOC, FOG..., e semelhantemente dispostos; logo, são semelhantes. Solução: Seja D o diâmetro de uma circunferência C. O perímetro do quadrado circunscrito será 4D, e o do hexágono inscrito 3D. Ter-se-á, pois 4D>C>3D, ou4>^>3. 2 O ângulo DBA = C = — DAB é equilateral e DB = AB. Também BE = BC = AB: logo, DE = 2AB. Geometria Elementar Fig. 244 138 315. O quadrado do lado de um pentágono regular inscrito é igual à soma dos quadrados do raio e do lado decágono regular. Solução: Com efeito, sejam CB = OD = DB = o lado do decágono, N o meio do raio OC e AB o lado pentágono. >/5 x 313. Calcular o lado e o apótema do decágono regular inscrito num círculo de raio dado. Solução: R sendo o raio dado, c e a o lado e o apótema pedidos, teremos c = 5.(75 -1) e a = ^VlO + 2^. Com efeito, o exercício 297 dá. c = y(J5 -1). Aliás a2 = R2-y-, Mas: c = 5.(7ã-1) = 5-Tã-5.; .4.24^44.^4 c2 = ^4^=3RÍ4(3_75):e ^4(3-75); logo:a2 = R2-^.(3-75) = R2-^i + ^.V5 = ^ + ^-s/5; O o o o o a2 = ^-(5 + V5) = ^-(5 + 75) = ^-(10 + 2^5); O IO lo a = •5-710 + 275. 314. Achar o perímetro do decágono inscrito em um círculo de 4m de raio. Solução: O lado do decágono sendo igual ao segmento maior do raio dividido em meia e extrema razão, tem-se (ex. 297). Lado do decágono = ^-(75 -1) = 2>/5 - 2 = 2,472, e por conseguinte, perímetro do decágono = 10 x 2,472 = 24m72. Capítulo 3 OD + DCTemos: NC = 316. Resposta: P = 11m79. 317. 318. 319. acharc", umae 139 2nr" 5 ’ Qual é o perímetro de um pentágono regular inscrito em um círculo de 2m de raio? Dadas as circunferências c e c’ construir uma circunferência igual ac + c'. Solução: Representando por r e r' os raios das circunferências dadas e por x o raio da circunferência procurada, temos C = 2nr, C = 2nr*. Circunferência x = 2nx = C + C' = 2nr + 2nr*; 2nx = 2nr + 2nr’, x = r + r*. Constrói-se x, e com este raio descreve-se a circunferência. Dadas as circunferências c e c', achar uma circunferência igual ac-c'. Solução: Conservando as mesmas notações, temos 2nx = 2nr - 2nr*. onde x = r - r'. BC 2 "2 Aliás, o quadrilátero AOBC dá (ex. 259): 2ÕB2 + 2BC2 = Ãb’ + Õc’ + 4^-: pois 4^- = 4N|2. + Cl, onde NC-CI = NI = ^-. Solução: Sejam c o lado do pentágono, e R o raio do círculo. O lado do p decágono sendo igual a — i C2=R2 J|(j5-1)^=R2+( c2=R2 + ^í-2xy>/5x Dadas as circunferências circunferência igual a ~c +^c'~^c" ■ Solução: Temos: 2nx = — + 3 4 F- R R2 ~2+~4 -■ c2 = ^-(5- J5) e c = R^y^T 5c ou P = 5R^5~2^ “10J5 =11m79- (J5 -1), temos (ex. 315): BC2 . . . BC2 4 • r - 4 Onde se tira AB2 = 2OB2 + 2BC2 - OC2 - BC2, ou AB = OB + BC . Resposta: AB =OB +BC . C, 1 . 4 Geometria Elementar Onde: x = Fig. 245 Fig. 246 X Logo: 140 As circunferências são proporcionais a seus raios; portanto a circunferência exterior é o dobro da circunferência interior; um grau da 1a corresponde pois também a um arco duplo daquele de um grau da 2a. Mas o ângulo AOB tem por medida o arco AB ou a metade do arco AC. Este arco contém, por conseguinte, um número de graus duplo do número daquele: logo, ambos têm o mesmo comprimento. 1 51 1 1 3f+4' 320. Numa circunferência O, sobre o raie OA como diâmetro, descreve-se outra circunferência, e traça-se um raia qualquer OB que corte a pequena circunferência em C. Demonstrar que os arcos AB e AC são iguais. Solução: Deve-se ter: AB = AC Rx?2 Por conseguinte: OD = . Solução: Sendo R o raio dado, ce a o lado e o apótema pedidos, ter-se-á: c = Ryj2-y/2 e a = y ^27+2 . Com efeito, sejam AB o lado do quadrado inscrito, AC o lado do octógono regular inscrito, OI o apótema e OC um raio. O triângulo AOC dá: c5 = R2 + R2 - 2R x OD = 2R2 - 2R x OD. Ora. OD = porém, AB = rV2; 321. Calcular o lado e o apótema do octógono regular inscrito num círculo de raio dado. Capítulo 3 Tem-se, portanto: por conseguinte: 322. = 14 l4m40. Quantos metros vale 1 segundo do meridiano?323. = 30m86. 324. = 6.369km, 42. 141 Qual é, em km, a distância média de um ponto do meridiano ao centro da terra? Numa circunferência, um arco de 5° tem comprimento de 0m20; qual é o comprimento do raio da circunferência? c2 = 2R2 - 2R X — R>/2 . 2 ' c2 = 2R2 - R2 J2, c2 = R2(2 - 72), c = R,]2-J2. Torna-se fácil calcular OI = a, pois que no triângulo retângulo COI, a hipotenusa OC = R, e Cl = y. mas c2 =R2(2-V2); Solução: 360° = 360 x 60 x 60 = 1.296.000". Um meridiano vale 40.000.000m,por conseguinte 1 segundo vale 40.000.000 1.296.000 Solução: Se 5o correspondem a 0m20, 1o corresponde a e 360° a 5 0,20x360 5 Tem-se pois: C = 14m40 = 2nR. Onde: R = = 2m29. 2n ti Logo: Solução: Temos: 2irR = 40.000km. Onde R = ^-00° = 20 000 2tt n Resposta: 6.369km42. a2 = R2-^-; R^_ ^(2 _ = r^ _ + = 2RÍ + 4 4 4 4 4 a2 = ^-(2 + 72); 72 + 72. Geometria Elementar de: = 0m214. 12°66’: = 6m85. = 0m96. Resposta: 0m96. 142 325. Dois arcos têm mesmo comprimento: o primeiro, de 20°30’ descreveu-se com raio de 0m60, o segundo tem 12°40': qual é o comprimento do raio deste último? 0,214 12,66 6,085 2x3.1416 0,214x360 12,66 Chamando de C esta segunda circunferência, e R' o seu raio, tem-se: C = 2nR‘ = 6m085, onde: R = Solução: O comprimento da primeira circunferência ou C = 2nR = 2 x 3,1416 x 0,60 = 3m77. Se 360° correspondem a um comprimento de 3m77, 1o corresponde a um 3 77comprimento de * , e 20°30' ou 20°,5 correspondem a um comprimento 360 3m77x20,5 360 Este comprimento 0m214 corresponde, na segunda circunferência a 12°40‘ ou 1o corresponde a um comprimento igual e 360° a Capitulo 4 CAPÍTULO 4 Resposta: 216:000$000. Os deste pasto valem 70S000 o are, e o restante, O preço dos = 1: 236S666.a 708000 o are será O preço do a 608000 o are será = 5308000. Resposta: 1:7668666. 329. H. Resposta: 22 metros. Temos, portanto: 756 = 143 Solução: Área pedida ou R = 58m45 x 24m60 = 1.437m287. Resposta:!.437 m 287. Qual é a altura de um retângulo cuja base tem 65m e a superfície, 1.430m2? 326. Calcular a área de um retângulo que mede 58m45 por 24m60. 327. Um ramal de estrada de ferro deve ter 40km de comprimento por 12m de largura; quanto custará o terreno, pagando-se, em média, 4:500$000 por hectare? Solução: R = C x L, ora C = 40km ou 40.000m R = 40.000 x 12 = 480.000m2 = 48Ha. Um hectare se paga 4:500$000, 48Ha se pagarão 4:500S000x48 = 216:0005000. Solução: R ou 1.430 = 65 x Onde: H = l^- = 22m. 65 328. Quanto vale um pasto retangular de 75m30 por 35m20? 2 3 60$000 o are. Solução: R = 75,30 x 35,20 = 2650m2 i y a 708000 o are será 2650x2x70 1 a 608000 o are será 26'50x1x6° Total 1:7668666. 330. Um retângulo tem área de 756m2; quais são as suas dimensões, uma vez que se acham na razão de 7 para 3? Solução: A superfície do retângulo R ou 756 = B x A. _ B 7 7 Ora, — = —, onde: B = —A. |AxA = Geometria Elementar Onde A = = 18 e B = 42. Resposta: 18 e 42 metros. 331. = 0m63. Resposta: 0m63. 5 da base. Como a altura é Onde se tira: x = = 35m24. Resposta: S = 62a08; B = 176m20; A = 35m24. Resposta: 6m e 18m10. Solução: Temos: xy = 284 e x - y = 16,40. 144 333. Quais são as dimensões de um retângulo que tem 108m60 de área e cujo perímetro vale 48m20? 1 5 *756 x 3 da base, representando-a por x, a base será 5x e teremos: R = 62a0833 = 5x x = õx2. '6208733 Logo A = 35m24 e B = 176m20. 3 725 Solução: A superfície é: — — = 62a0833. 60 Solução: Sejam x e y as dimensões do retângulo; teremos: xy= 108,60 ex+y = ^= 24,10: onde se lira x = 24,10-ye (24,10 - y)y = 108,60 Afinal vem: y = 18,10 x = 6. 332. Certo terreno retangular é avaliado à razão de 60S000 o are: pede-se determinar-lhe a área e as dimensões, 1 sabendo-se que se vendeu por 3:725$000. A altura vale — 334. A área de um retângulo é 284m2 e a diferença de dois lados adjacentes é de 16m40: quanto valem a base e a altura? Certo proprietário que removera as balisas de um seu terreno foi condenado a restituir uma faixa retangular de 60m com área de 38ca. Qual será a largura da faixa? Solução: Seja x a largura A área de 38 ca ou 38m2 = 60 x x. . 38Onde: x - —— 60 Capítulo 4 x = Resposta: 398 ladrilhos. mesmo 145 Onde vem: x = 16,40 + y e (16,40 + y)y = 284. Afinal y = 10,54 x = 26,94 Resposta: 10m54; 26m94. Onde: 3x = 45 e 4x = 60. A área do retângulo será pois: 45 x 60 = 2.700m2. Resposta: 2.700m2. Observação. Os dois problemas precedentes podem ser resolvidos com processo semelhante ao que foi empregado no exercício 353. 338. Qual é a área S do quadrado circunscrito ao círculo? Solução: O lado do quadrado circunscrito é, com evidência igual a 2R; Logo: S = 2Rx 2R = 4R2. Onde resulta que a área do quadrado circunscrito é o dobro da área do quadrado inscrito. Resposta: S = 4R2. 339. Tém-se dois quadrados: a diagonal do primeiro é igual ao lado do segundo; qual é a razão das áreas destes dois quadrados? 337. Qual é a área S do quadrado inscrito num circulo de raio R? Solução: O lado do quadrado inscrito = R 42. Logo: S = R -72 x R 72 = 2R2. Resposta: S = 2R2. 335. Qual é a área de um retângulo que tem diagonal de 75m e cujos lados estão na razão de 3 para 4? Solução: Sejam 3x e 4x os lados do retânqulo; temos: 9x2+ 16x2 = 75* ç=15. 336. Quantos ladrilhos são necessários para ladrilhar uma cozinha de 3m40 por 3m? Cada ladrilho mede 0m16 de lado. Solução: A superfície da cozinha é igual a 3,40 x 3 = 10m220. A superfície de um ladrilho é igual a 0,16 x 0,16 = 0m20256. O número de ladrilhos necessários é ■ J = 398. 0,0256 Geometria Elementar Resposta: 146 1 2 341. Construir um quadrado para o qual a diferença entre a diagonal e o lado seja de 6m, e dizer qual será o raio do círculo circunscrito a este quadrado. Solução: Seja x a diagonal do quadrado; temos: x2 = 2(x - 6)2; onde se tira: x = 20m485, por não ser conveniente a segunda raiz. Será fácil a construção do quadrado, pois que se conhece o lado. A diagonal do quadrado inscrito é igual ao diâmetro, e o raio pedido terá: 20,485 ----- ---- = 10m242. Resposta: O lado do quadrado tem 20m485 e o raio, 10m242. Solução: Seja I o lado do primeiro quadrado; sua área será I2 A área do segundo é igual ao quadrado da diagonal do primeiro. Ora, este I2 1quadrado = I2. Logo, a razão pedida será: — = —. 340. Qual é a área de um quadrado, se a diferença entre o seu lado e a sua diagonal é de 6m? Solução: Sejam I o lado do quadrado e d a diagonal. Temos: d = lx/2. Portanto: d -1 = I>/2 -1 = 6. Onde: 1(72-1) = 6; I = ,_6 = 14,49. yj2 — 1 Logo, a área do quadrado será: 14,49 x 14,49 - 209m296. Resposta: 209m296. 342. Une-se o terço do lado de um quadrado ao quarto do lado adjacente e pede-se determinar em função do lado do quadrado; 1° a área do triângulo assim formado; 2° a área da outra parte do quadrado. Solução: Tem-se um triângulo retângulo cujos catetos valem respectivamente a a . . 1 a a a2- e -;por conseguinte:T = -x-x- = —. Portanto, a área do triângulo iguala —da área do quadrado; a outra parte 24 , . 23a2 valera: — . 24 Resposta: 1a ; 2a24 24 Capítulo 4 343. A razão dos dois quadrados é pois: 344. Solução: Área pedida ouT = = 10a52. Resposta: 10a52ca. 345. Onde: A = = 18m. Resposta: 18 metros. 346. Fig. 247 cDA Onde se tem: 875 = Logo: A = = 25, e, por conseguinte: B = Resposta: 70m e 25 metros. 147 Sobre cada lado de um quadrado de área igual a 36m2, tomam-se alternadamente dois comprimentos iguais a 4m25 e 1m75. Unem-se os pontos 2 a 2, o que dá como resultado um novo quadrado cuja área se pede determinar, assim como a razão que existe entre o último e o primeiro. Um triângulo tem 3m2 de área e 42m2 de base; pede-se a altura. Qual é a área de um triângulo com base de 54m65 e altura de 19m25? Solução: A figura obtida é um quadrado (ex. 38). Aliás, temos: Área do quadrado = EFGH = Ê? = BÊ’ + BF2 = 4,252 +1,752 = 21m2125. 21,125 36 ‘ 378x2 42 54,65x19,25 2 O triângulo ABC tem 875m2 de superfície; quais são as suas dimensões, uma vez que a razão da base AC para a 14 altura BD é —. 5 47 x A Solução: Temos : T = 378 = 2 ■ . 14 A TAx '875x10 14 Solução: Temos: T = 875 = B * A . ~ B 14 „ » D 14 AOra, — = —; e, portanto: B = — A. 4=^a2.2 10 ^-x25 = 70. 5 Geometria Elementar 347. Resposta: 4m80. ; e também: a2 =Solução: Temos: T = = 27m27.Logo: a = Resposta: 27m27. Fig. 248 Solução: Seja x a altura do triângulo. Temos (ex. 216): 148 350. A base maior de um trapézio tem 36m, a menor, 22m ea altura 16m. Pede-se calcular a área do triângulo formado pelo prolongamento dos lados não paralelos do trapézio e a base menor. <62 x 24 62x24 2 62x24 2 349. Qual é a área do dodecágono regular inscrito, em função do raio? 348. Qual é o lado a do quadrado equivalente à área de um triângulo T, de 62m de base e 24m de altura? No mesmo triângulo ABC, toma-se outro de 60m2 de área e de mesmo vértice B; qual é o comprimento da base medida a partir de A? Solução: Seja x o comprimento procurado. Sendo a base deste triângulo uma parte da base do triângulo dado, já que o vértice está no mesmo ponto, a . 25xx „„ , 60x2 . onaltura é a mesma e tem-se —-— = 60 : onde : x = = 4m80. Solução: Temos: área COB = isto é igual a yxy ou = Mas COB é a duodécima parte do dodecágono; logo a área do dodecágono vale ' = 3R2. 4 Resposta: S = 3R2. Capítulo 4 = 25m14. = 276m254.Logo: T = cA D = 84,375. Onde: 302x2 = 46,80 x 4 x 54,60 x 4, x = Extraindo-se a raiz quadrada do numerador com aproximação de Resposta: 6m73. 149 Onde: AC = 18,75, e área ABC = Resposta: 84m237. 352. Calcular com aproximação de 0m01 a altura de um triângulo com base de 60m, e cuja área deverá ser meia proporcional entre as áreas de dois retângulos de 4m de altura e bases de 46m80 e 54m60. 351. Calcular a área de um triângulo retângulo, no qual um dos catetos tem 15m, e a perpendicular abaixada do vértice sobre a hipotenusa mede 9m. B 22x16 36-22 22x25,14 2 Resposta: 276m 254. '46,80x4x54,60x4 30 ba = B-b ~ Solução: Seja x a altura procurada. As áreas de T, R e R' são: T = ^xx = 30x; R = 46,80x4; R' = 54,60 x 4. Devendo ser o triângulo meio proporcional entre R e R' temos: 46,80x4 30x 30x 54,60x4 Fig. 249 Solução: Determina-se a base AC como segue: DC = \/bC2 - BD2 =12 e AD = -^- = 6,75. DC 18,75x9 2 A, ter-se- á o valor de x com aproximação ou e a fortiori de0.130 Geometria Elementar 353. Resposta: 44m e 33m. CA D Fig. 250 a = Onde se tira: R2 = 150 Um triângulo retângulo tem área de 726m2 e hipotenusa de 55m. Quanto medem os catetos? I 4T 3^3 Do ex. 337 depreende-se que área do quadrado inscrito é igual a 2R2. R = ^R2. 354. A área de um triângulo equilateral mede 4m250. Pede-se a área do quadrado inscrito no círculo circunscrito ao triângulo. Substituindo o valor de I (1), vem. Í9R2 3R V 4 " 2 ’ Ora, a área do triângulo equilateral ou T = Solução: Sejam b e c os catetos. Conforme os dados do problema podemos escrever: - = 726 (1) e b2+ c2 = 552. (2) Acrescentando 2bc à igualdade (2), obteremos o quadrado de b + c, isto é b2 + c2 + 2bc. Ora, o valor de 2bc se encontra facilmente. Basta multiplicar por 4 a relação (1). Vem: 2bc= 726x 4 (3) E somando (2) e (3): b2 + c2 + 2bc = (b + c)2 = 552 + 726 x 4 Onde: b + c = Võ52 + 726 x 4 = 77 (4) Em lugar de acrescentarmos 2bc a (2), tiremos esta quantidade da mesma igualdade. Assim obteremos o quadrado de b - c, isto é, b2 + c2 - 2bc. Acharemos deste modo: b2 + c2 - 2bc = (b - c)2 = 552 - 726 x 4; Onde: b - c = >/552 - 726 x 4 = 11. (5) Uma vez que conhecemos a soma e a diferença de dois números, torna-se fácil determiná-los Usando um processo conhecido, acha-se que: b = 44 c= 33 Solução: O lado I do triângulo equilateral inscrito no círculo de raio R, vale r~ I2RV3 (1). Porém, por causa do triângulo retângulo BDC, tem-se: a2 = I2 - —. = -^Rs/3x Capítulo 4 = 6m293.Logo: 2R2 = x = Resposta: 3m60. E Fig. 251 ou AB = a metade do paralelogramo. = a metade do paralelogramo. Outrossim, AOB - DOC = dometadea 151 355. Achar o lado de um quadrado equivalente a um triângulo que tem base de 4m80 e altura de 5m40. área do paralelogramo. Também AOD + BOC = 356. Une-se um ponto qualquer O, tomado no interior de um paralelogramo, aos 4 vértices. Demonstrar que existe razão constante entre a área do paralelogramo e a soma das áreas de dois triângulos opostos. DE C BCxMN 2 OF + OB 2 Logo, área destes 2 triângulos =AB^- 8T 8x4,50 3>/3 3^3 Resposta: 6m293. Solução: Seja EOF a altura do paralelogramo; temos: Triângulo AOB = AB x e triângulo DOC = AB x Observação. Suponhamos que o ponto se ache fora do paralelogramo, porém entre 2 lados paralelos. Teremos: AOD + BOC = BC * MN = -AB * 2 2 ABxOF ABxOE_ABxEF 2 " 2 2 paralelogramo; neste caso, a diferença dos dois triângulos AOB, DOC é igual à soma dos dois outros, AOD, BOC; a mais, esta soma e esta diferença são ambas iguais à, metade do paralelogramo. Solução: Sejam x o lado do quadrado pedido, B e A a base e a altura do triângulo; teremos: X2-Bn A _ 4-80x5-40- 2 2 f4'80*5'40 = 3m60. EF . . . x — = a metade da Geometria Elementar M BA mesmo modo: O CE:-’ D N F BA Fig. 253 AOB-DOC = 152 7C$1 ABxEF 2 357. Achar no interior de um triângulo um ponto tal que, ao uní-lo aos 3 vértices, o triângulo dado seja decomposto em três triângulos equivalentes. Solução: Suponhamos o problema resolvido. Sejam O o ponto pedido e OD. OH, OE, três perpendiculares. Os triângulos ABO, AOC sendo equivalentes, pode-se escrever: DOxAB=OHxAC ou DO AC OH " AB ’ Logo, a reta AO é o lugar dos pontos cujas distâncias a AB e a AC estão na . ACrazao —— AB Provar-se-ia do mesmo modo que a reta OC é o lugar dos pontos cujas BCdistâncias aos lados AC, BC estão na razão O ponlo O ficará, por conseguinte, na interseção destas duas retas. F Fig. 252 Tomemos afinal o ponto O fora das 4 paralelas; teremos: BOC - AOD = OM) ABx EF g metacje <j0 paralelogramo. Do — E - = a metade do paralelogramo; neste caso, a diferença dos triângulos AOB, DOC é igual à diferença dos dois outros BOC, AOD, e estas duas diferenças são ambas iguais à metade do paralelogramo. Capítulo 4 Fig. 254 A H C duas partesem Fig. 255 Fig. 256 153 359. As áreas de dois triângulos ABC, DEF que tém um ângulo igual estão na mesma razão que os produtos dos lados destes ângulo. Solução: Seja o quadrilátero ABCD. Pelo meio O da diagonal AC, traçando-se OB e OD, dividem-se os 2 triângulos ABC e ADC em duas partes equivalentes, e portanto, a linha quebrada BOD divide o quadrilátero em duas partes equivalentes ABOD e BODC. B H C _ , _ _ _ , ABC BC x AB Solução: B = E; devemos ter = —-—— DEF EFxDE Com efeito, AH e Dl sendo alturas dos 2 triângulos, tem-se: ABC BCxAH BC AH DÊF=-ÊF7DT=EFX^r- (1) 358. Dividir um quadrilátero qualquer equivalentes. Geometria Elementar 360. = 441m2. Resposta: 4a41. A B 154 AB ED’ ABC DEF BCx AB EFxDE’ 48,50 + 25 2 Solução: Área pedida ou T = 12 x 362. Qual é a área de um trapézio cuja altura tem 12m, e as bases 48m50 e 25m? 363. Dividir um trapézio em duas partes equivalentes por uma reta que passe num ponto dado sobre uma das bases. D K C L Fig. 257 Solução: Sejam K o ponto dado e KL a reta procurada. Já que os dois trapézios ADKL, KLBC são equivalentes e têm mesma altura, AL + DK = -1(AB + CD); onde: AL = ^(AB + CD)- DK. Constrói-se AL, e leva-se este comprimento de K em L; afinal, traça-se KL. Qual é a área de um losango cuja diagonais tem a 3m e 2m? 3x2Solução: Área pedida ou L = = 3m2. Resposta: 3m2. AHOra, os triângulos semelhantes BAH, EDI dão. AHPela substituição em (1) da razão — pelo seu seu valor, vem: 361. Dividir o quadrado, o retângulo, o paralelogramo, o losango em partes iguais por meio de paralelas aos lados. Solução: Dividindo-se a base do paralelogramo em um número qualquer de partes iguais e traçando-se paralelas aos outros lados, pelos pontos de divisão, formam-se paralelogramos de mesma base e altura que são, por conseguinte equivalentes. Procede-se da mesma maneira para dividir em partes iguais o quadrado, o retângulo e o losango. Capitulo 4 LA B Resposta: 105a76ca. CA H 155 Teremos pois: Trapézio = Resposta: 480m217. x1|4 = 480m217. 366. A base maior de um trapézio tem 42m, a menor 28m e a altura, 12m; calcular o comprimento da reta traçada no interior do trapézio, paralela às bases e a 3m60 da maior. 365. Em um triângulo ABC tem base de 52m7 e altura de 28m4; a 17mdo vértice, traça-se uma paralela DE à base; qual é à área, do trapézio ADEC assim formado? B 364. Um trapézio tem um lado AD = 80m68 perpendicular às duas bases; a base superior tem 90m75 e o lado BC forma com ela um ângulo de 135°; qual é a área do trapézio? D C Fig. 259 Solução: Os dois triângulos semelhantes DBE, ABC dão: DE BO . ACxBO 52.7x17 . . — = —; onde; DE = -§p- e DE = -^—31,54. 52.7-i-31.54 2 Fig. 258 Solução: Abaixemos sobre AB a perpendicular CE. O ângulo ECB vale 45°, assim também o seu complemento B, e o triângulo CBE é isósceles, o que dá CE = BE. onde: AB = DC + AD = 80,68 + 90,75 = 171,43. Teremos pois: T = 171;43 + 9°.75, x 80 68 = i0576m2 = 105a76ca. Geometria Elementar B C Fig. 260 G, K Conforme os dados, temos: 32 = = 20 + 2BC; onde: BC = 6, então: Resposta: 9m. C Fig. 261 AE = 5,7 - 3,121 = 2m049, e a altura BH = |2,22 - 156 tira a área do trapézio ou Resposta: 8m206. e GK = 9,8 + 28 = 37,80. Resposta: 37m80. 368. Os dois lados paralelos de um trapézio tem respecti vamente 3m121 e 5m17; os dois outros lados estão igualmente inclinados sobre as bases e tem 2m2: qual é a área do trapézio? B 3,121 + 5,17 2 X 1,944 = 8m206. A H E D Solução: Cumpre primeiro determinar a altura do trapézio: para isso, tracemos a paralela BE a CD; formamos assim um triângulo isósceles ABE, cuja base =1,944; onde se 367. Uma das bases de um trapézio tem 10m, a altura tem 4m e a área 32m2. À distância de 1m da base dada, traça-se à mesma, uma paralela; qual é o comprimento da parte desta reta incluída no interior do trapézio? (fig. 260). Solução: Supondo-se que GK seja a paralela pedida, teremos que determinar Gl e BC pois GK = Gl + BC. Ora, os triângulos semelhantes ABF, GBI dão: Gl BE . BExAF — = —; onde.GI = -^-. 4(10-f BC) 2 AF = AD - BC = 10 - 6 = 4; logo: Gl = = 3eGK = 3 + 6 = 9. A H~E D Solução: Tracemos a paralela BF a CD e a altura BH; supondo-se aliás que GK seja a paralela pedida, teremos que determinar Gl, pois IK = BC. Ora, os C' I RR í"' I R 4 triângulos semelhantes ABF, GBI dão:—— = —— ou —- = —,onde: Gl = 9,8 Ar BH 14 12 Capítulo 4 O BA A área do trapézio vale, pois: Resposta: 1” 28a; 2° 33a33ca. CD A L B Fig. 263 157 370. Demonstrar que em qualquer trapézio, o triângulo que tem por base um dos lados não paralelos, e por vértice o meio do lado oposto, tem área igual à metade da área do trapézio. 100 + 40 2 x 40 = 2800m2 = 28 ares. 369. Um terreno tem forma de trapézio isósceles; as bases têm 100m e 40m; os outros lados têm 50m cada um. Pergunta- se: 1° a área do terreno em ares; 2° a área do terreno triãngular que se havia de obter acrescentando ao trapézio o triângulo parcial formado pelos prolongamentos dos lados não paralelos. Solução: 1o Abaixemos dos pontos D e C as perpendiculares DE CF; teremos EF = 40m, e AE + FB = 60m, mas, como AE = FB = 30m, pode-se escrever: DE = \/502 - 302 = 40m. Logo, a área do triângulo AOB é igual a —x = 3333ca = 33a33. 2o Resta-nos determinar a área do triângulo AOB. Os dois triângulos semelhantes ADE, AOH dão: OH AH 40x50 200 DE AE 30 3 E H F Fig. 262 Geometria Elementar H F DA d) (2) 158 371. Mostre que a área do trapézio é igual ao produto de um lado não paralelo pela distância deste lado ao meio do lado oposto. 2,5+ 1,5 2 x2=4m2 Fig 264 Solução: Devemos ter: T = AB x GH. Pelo meio de CD, tracemos a paralela FE e a reta GH perpendicular a AB. Os dois triângulos DFG e CEG sendo iguais, se substituirmos o segundo ao primeiro, teremos o paralelogramo ABEF cuja área será igual à do trapézio. Ora, o tal paralelogramo tem por medida ABx GH; também o trapézio terá a mesma medida, ou T = AB x GH. Solução: Deve-se ter: AOD = Com efeito, se pelo ponto O, meio de BC, traçarmos KL paralela a AD, formaremos o paralelogramo ALKD, equivalente ao trapézio ABCD; ora, o triângulo AOD é igual à metade do paralelogramo ALKD; logo, é também igual à metade do trapézio ABCD. 372. Calcular a área de de um trapézio sabendo-se que tem altura igual à semi-soma das bases; a diferença entre as bases é 71 m, e a maior delas é igual à hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos seriam a base menor e a altura do trapézio. Solução: Sejam x a base maior e y a menor e h a altura; temos: x - y = 1, x2 = y2 + h2. (3) A equação (3) pode transformar-se nesta outra: x2 - y2 = (x + y) (x - y) = h2. Se multiplicarmos membro a membro as duas primeiras, teremos: (x-y) (x-y) = 2h, h2 = 2h, h = 2. Pela substituição do valor de h na relação (1), as equações (1) e (2), dão: x = 2,5 e y = 1,5. Então, a área do trapézio = Resposta: 4m2. Capítulo 4 3x2 - 65x + 300 = 0 Levando estes valores ã equação (2), obtemos: Resposta: 15m e 7 m50 ou 6m e 20m. 374. trapézioa, considerandofórmula:T = o como a trapézio T iguala Onde: 2T = Ba + 159 373. A altura de um trapézio mede 10m, e a sua área é igual ao retângulo construído sobre as bases. Outrossim, o dobro da base menor mais o triplo da maior valem 6 vezes a altura. Quanto medem as bases? 7 = 7,50. y" = 20. Como se pode verificar, ambas as respostas convêm ao problema. 2 3 Num trapézio em que se conhecem B, b e a, achar a B + b 2 diferença entre dois triângulos cujo vértice comum se acha no ponto de interseção dos lados não paralelos do trapézio, sendo que um dos triângulos teria por base B e o outro, b. )5 = x(^ 10x + 300-15x = 60x-3x2 x2- ̂+ 100 = 0 ba Conforme o ex. 216, temos: x = -— o — b 2T = Ba + ^%- B-b Onde: x = ^-± 6 Solução: Seja x a altura do triângulo que tem a base b (fig. 184) a área do B(a * x) - onde: 2T = Ba + Bx - bx. 2 2 x' = 15. x" = 6^. 3 b2a B-b' ba(B-b) B-b ’ 2T = Ba + ba, -r , (B + b)a 2 Solução: Sejam x e y as duas bases paralelas, o enunciado dá as equações, (x + y) x 5 = xy, (1) 3x + 2y = 60, (2) 60-3x y 2 60-3x 2 Jfir)2-100 Geometria Elementar 1 A B b C F, <Ox A L a D 160 B . E Fig. 266 376. As bases de um trapézio tem respectivamente por comprimento 12m e 7m; pede-se calcular a posição da reta, paralela às bases, que divide o trapézio em duas partes equivalentes. Solução: Seja FO a paralela que divide o trapézio em duas partes equivalentes. Façamos BC = b, FO = x, AD = a, BL = H, BI = h; teremos: b + x . a + x,,,—» h = —(H - h). 375. Dá-se um trapézio ABCD em que se duas bases AB e CD são respectivamente iguais a 5m e 3m. Determinar o ponto I da diagonal AC pelo qual deve passar a reta EF, paralela ao lado AD, para dividir o trapézio em duas partes AEFD e EBCF que se achem na razão de 2 para 3. D FC E Fig. 265 Solução: Suponhamos resolvido o problema e seja I o ponto procurado. A reta EF divide o trapézio dado em dois outros de mesma altura e que estão entre si como a soma de suas bases. 2AF 2 2AF 2Temos pois: = 4ou AP OAr. = 4ou 6AE = 2AB + 2DC - 4AE, BE«-FC 3 AB + DC-2AE 3 5AE = AB + DC = 5 + 3 AE = ^ = 1,6 FC= DC-AE = 1.4. Os dois triângulos semelhantes AIE, ICF, dão: ~ = — = —. IC FC 1,4 7 O ponto I está determinado, pois se acha sobre EF, e num ponto que divide esta reta numa razão dada (ex. 279). Capítulo 4 onde: h = H-h h = = 0,564 x H. Resposta: 0,564 x H. 377. OF, G, M A H Da Gl = 161 H-h H Num trapézio em que as bases e a altura são repre sentadas pelas letras a, b e h, dividem-se os lados em trés partes iguais por meio de paralelas às bases, o que dá três trapézios parciais no trapézio primitivo. Pede-se calcular a arca de cada um dos 3 trapézios, estabelecendo as fórmulas em função de a, b e h. B b C \l \. K E 31' - 4(a-b); Fig. 267 Solução: A paralela BE a CD determina com as retas FL, Gl. três triângulos semelhantes que dão: FL = lAE = 4(a-t>): <ae = Onde: A paralela BE a CD determina os dois triângulos semelhantes FBG e ABE que h H dão:------ =----- x-b a-b H(x-b) a-b a-b-x+b. a-b H(a-x) a-b Levando os valores de h e de H - h à equação (1), temos: b + x H(x - b) a + x H(a - x) 2 x a-b 2 x a-b „ 7 + x H(x-7) 12+x H(12-x) OU — X—= __x-^— (7 + x)(Hx - 7H)= (12 + x) (12H - Hx) Hx2-49H = 144H —Hx2. X2 = 96,5, X = 9,82. H(9,82-7) 5 H a-b e h x-b' Geometria Elementar FO = GM = b + b = 162 378. Calcular o comprimento da corda comum a 2 círculos cujos raios têm 12m e 15m de comprimento, se a distância dos centros mede 18m. Solução: Calculemos o dobro de AB. Para isso, representemos AB por y e BO por x. Os dois triângulos retângulos ABO, ABO', dão: T T MTeremos: T = — - b + ^(a*2b)'| 2 b = l(a + 2b);1 u u a-—b+b= Fig. 268 y2 = 152-x2 e y2 = 122-(18-x)2; Logo: 152 - x2 = 122 - (18 - x)2; 405Isto é, 36x = 405 e x = = 11,25. 36 Levando este valor à primeira equação, obtemos y = 9,92. A corda comum ou 2y = 19,84. Resposta: 19m84. Resposta: T = y^(a + 5b); T’ = ^(a + b); T” = y^-(5a + b). a 4 1. a + —b = 4a-4b+b4a+3D=3ia“D,; 2 2 2 1 1!3a-jb + b = |a4b4(2a + b)- Designemos por T, T*. T* as áreas dos 3 trapézios parciais. = ^(a + b); ' = ^(5a + b). Solução: No triângulo retângulo ABO (fig. 231), conhecemos: BO = -^ = -| e AB = 3m, onde: AO = ^9-6,25 = 1m65. Ter-se-á, pois: L = BD x AO = 5 x 1,65 = 8m225. Resposta: 8m225. 4(a+5b> 379. Qual é a área de um losango cuja diagonal maior tem 5m se o lado mede 3m? Capitulo 4 Fig. 269 E Fig. 270 A h K B 163 E Solução: Seja o quadrado ABCD. Construindo-se se sobre a sua diagonal AC o quadrado ACEF, devemos ter: ACEF = 2ABCD. Com efeito, tracemos DE. Determinamos assim um triângulo CDE igual ao triângulo ACD, por terem um ângulo igual em C, compreendido entre dois lados iguais (AC = CE e DC comum). Os ângulos em D sâo retos e a linha ADE é reta Sendo diagonal, ela divide o quadrado ACEF em dois triângulos iguais cada um a duas vezes ACD; tem-se pois: ACE = ABCD, e. portanto ACEF = 2ABCD. Demonstração algébrica. Temos' AC = AB-/2, onde: AC2 = 2AB2. D2 4 380. O quadrado construído sobre a diagonal de um quadrado é igual ao dobro quadrado primitivo. (Demonstração gráfica). 381. Achar a superfície do triângulo retângulo isósceles que tem base de 25m. 382. Mostre que a soma das perpendiculares abaixadas de um ponto interior I sobre os lados de um polígono regular é igual ao apótema OK multiplicado pelo número de lados. D Solução: O triângulo retângulo isósceles ABC (fig. 269) é, com toda a evidência igual â metade do quadrado ABCD, e sua base, à diagonal AC do 02 mesmo quadrado; ora (ex. precedente), a sua área ou a2 vale —; logo, a a2 área do triângulo ou — = Resposta: 156m225. — = 156m225. 4 Geometria Elementar (ih + il + im + in + ip). KO, onde;Temos também: área ABCDE = KO.(ih + il + im + in + ip) = Resposta: ih + il + im + in + ip = 5KO. C DB O A x AB + Ou S = Resposta: 80 m. S = Ora, (ex. 316) 164 384. Calcular a área S de um pentágono regular inscrito num círculo de 2m de raio. 383. Um polígono irregular tem perímetro de 320m. Quanto vale o lado do quadrado equivalente a este polígono, se os lados do polígono são todos tangente a um circulo de 40m de raio? oi T 5c AB 2 X 5AB 2 * x DE + x EA; AB Dividindo ambos os membros por temos: ih + il + im + in + ip = 5KO. 11.70 11.79—-— e c = —-— = 2,358 2 5 Solução: Designando por 5c o perímetro do pentágono e por a o seu apótema, temos: 5c Txa E Fig. 271 AB Solução: Com efeito, área ABCDE = — x 5AB 2 X Solução: Seja S a área do polígono. T . O OI AD OI _ OI OI Temos. S = —xAB + —xBC+—xCD + — ^i(AB + BC + CD + DE + EA); S = 20x320 = 6 400 m2 Sendo x o lado do quadrado, temos: x2 = 6.400, x= 80. Capítulo 4 = 74-1.39 = 1,615.Aliás, a = = 9m252. Resposta: 9m252. dada por: S = Fig. 272 AOC = AD Logo, 2n AOC ou S = = 2R272 .A área do octógono = Resposta: S = 2R27z. 1,414 = 28m295. Resposta: 28m295. 388. Calcular a área do octógono regular em função do lado c. 165 Solução: Usemos da fórmula precedente' 2n = 8, c = 0 lado do quadrado inscrito = R 72 , e portanto: 8 x r72 x R 4 5x2,358x1,615 2 Solução: Temos (ex. 386) : S = 2R272 = 2 x 3,20 x 3,20 x 386. Calcular, no círculo de raio R, a área do octógono regular inscrito. 385. Designando-se por meio da letra c o lado do polígono regular de n lados, inscrito num de raio R, mostre que a área do polígono de 2n lados inscrito no mesmo círculo é 2nxc*R 387. Qual é a área do octógono regular inscrito num circulo de 3m20 de raio? Solução: Com efeito, sejam AB = c, AC = CB = o lado do polígono de 2n lados. O polígono é composto de 2n AOC. Ora, temos: OC c R c x R X -------- = — X ---- = ------------. 2 2 2 2 2n x c x R 4 ’ /R2 c2 lR --4 5cPortanto. S = — x a = Geometria Elementar Logo, a área S do octógono Resposta: 54 + 62= 116 = Resposta: 4m902. = 2,47. c = R. 166 £ 2c272 2-72 ' Solução: No presente caso, 2n = 10, c = o lado do pentágono regular. Ora, (ex.316): '5-J5, 2 ' ou 20 = 4 x 2,66 x e (ex. 321): 20 = 8c x 390. A área de um octógono regular é 20m2. Calcular o raio do circulo circunscrito e do círculo inscrito. 391. Calcular a área do decágono regular em função do raio R do círculo circunscrito. Solução: A àrea do octógono regular em função do raio do circulo circunscrito é igual a 2R Ji (ex. 386). Temos porém (ex. 321). c = rJ2 - 72; onde: R2 - —£-==•. 2-72 _ 2c2 7? 2-72 ’ Solução: Sejam R o raio do circulo circunscrito e sejam também c o lado do octógono e a o seu apótema; teremos (ex. 386): 20 = 2R272; onde: R = ~=2,66, 1/72 í = 8RJ2 - -J2 x fe - 72 x a; 20 onde: a = a =----------------- 4x2,66x72-72 Ora, a iguala também 0 raio do círculo inscrito. Resposta: 2m66 e 2m47. 389. Dois octógonos regulares têm respectivamente áreas de 54m2 e 62m2. Pede-se calcular o lado de terceiro octógono regular cuja área igual à soma das áreas dos dois primeiros. Solução: Seja c o ado do octógono procurado, teremos (ex 388): 2c272 _ 2xc2x1,414. 2-72 0.586 Onde: c> = 1^86=24.03; 2x1,414 c = ^24,03 = 4m902. Capítulo 4 e (ex. 385): S = S = = 10 x R, 4 Solução: Ter-se-á: a’ = 7A x a e A’ = 167 2n x c x R 4 2 x A x a A + a' ’ 394. Conhecem-se as áreas a, A de dois polígonos regulares semelhantes, inscrito o primeiro e circunscrito o segundo. Pede-se calcular as áreas a', A' dos polígonos regulares, inscrito e circunscrito que têm número de lados dobro do número dos primeiros. 392. Achar a área do polígono regular de 20 lados inscrito num círculo de raio R. R2 |s-75 2 ■ o 5R2 /l0-2x/5 S = —J--- —: S = 55-710-275.4 Resposta: S = ^5— >/l0 - 2>/5 . S = 10 = Solução: Temos: 2n = 20; c = o lado do decágono regular inscrito. Ora, (ex. 297): c = 5.(75 -1); por conseguinte (ex. 385)' 5(75-1)xR=55Í(^_1). |5-J5 R ãT _ 20 I S = VX2-’ ' CRÍ _ Resposta: S = —3—(x/5 - 1). 393. Calcular, com aproximação de 0m201 a área do decágono regular e do polígono regular de 20 lados, inscritos num circulo de 1m80 de raio. Solução: Tem-se: R2 = 1,80 x 1,80 = 3,24 1o Área do decágono (ex. 391): 5R2710-275 5 x 3,24710-2x/5 2 4 " 4 m 2° Área do polígono de 20 lados (ex. 392): = 5R2(75 - 1) = 5x3,24(75-1) = 1Qm2 2 2 Resposta: 1o - 9m251 e 2o - 10m2. Geometria Elementar C E M F D Fig. 273 O Logo: Onde. Deduzimos que A' = 168 2 x A x a A + a' Resposta: a’ = Ja x a e A' = 2 x A x a A + a’ a a’ y=Ã: Onde: a' = 7A x a. Procuremos agora o valor de A'. Por terem mesma altura, os triângulos AOE, COE, dão: AOE + COE = Seja AB o lado do polígono cuja área é a. Pelo ponto M, meio do arco AB, tracemos a tangente que encontra os prolongamentos dos raios AO e OB nos pontos C e D. A reta DC é o lado do polígono de área A (ex. 310, 2o método). Tracemos depois a corda AM e as tangentes AE, BF. É evidente que AM é o lado do polígono de área a' e EF o lado do polígono da área A’: com efeito, o ângulo 1 1central ACM = — AOB, e o ângulo EOF = — COD. Agora, podemos notar que AOI é um fração da área a e COM, AOM E EOF são respectivamente as mesmas frações das áreas A, a', A'. De acordo com este resultado, para compararmos os quatro polígonos, poderemos comparar os triângulos correspondentes de cada um deles. Ora, por terem mesma altura, os triângulos AOI e AOMestão entre si como suas bases, logo: AOI a OI AOM “ a' “ OM’ Pela mesma razão, os triângulos AOM, COM, dão: AOM a’ OA COM " A " OC ’ Mas, por causa das paralelas Al, CM OI OA. OM OC AOE OA a'. COE OC A ' a’+ A AOE a’ ‘ Ora, o triângulo AOE = o triângulo EOM, e temos: COM = a'+A _ COM = _A_. 2AOE 2a' 2EOM-A” . a'+A A ede-2ã-= :̂ Capítulo 4 395. Determinar n, de acordo com as fórmulas acima. = 3,3137085. = 3,1415926... Resposta: 3,1415926... 396. Fig. 274 169 Conhecendo-se o raio r e o apótema a de um polígono regular, calcular o raio r' e o apótema a' de um polígono regular equivalente do primeiro e de número duplo de lados. Teremos assim: OI = a e AO = r. Para construir polígono regular equivalente ao polígono dado com número duplo de lados, suponhamos o triângulo retângulo AOI, metade do triângulo AOB, transformando num triângulo isósceles equivalente, EOF. O vértice O deste triângulo e sua base EF sâo o centro e o lado do polígono pedido, pois o ângulo EOF é a metade do ângulo central AOB. Devemos, pois, calcular OE = r‘ e OK = a'. 16 4 + 7ã Uma vez conhecidos os octógonos inscrito e circunscrito, calcular-se-ão os polígonos de um número duplo de lados. Para isso, bastará supor nas fómulas a = 2,8284271 e A = 3,3137085. Os polígonos de 16 lados servirão para determinar os de 32 lados e assim por diante, até que as áreas dos dois polígonos difiram de quantidade tão pequena quanto se quizer. Pode-se-á concluir que o último resultado é igual à área do círculo, pois que, com efeito, tal área fica sempre compreendida entre as áreas dos dois polígonos. Assim, os dois polígonos, inscrito e circunscrito de 32.768 lados, têm por valor, até o 7o algarismo decimal inclusive, 3,1415926. Logo, a área do circulo é 3,1415926; e como a área do cículo de raio R é nR2, tem-se: nR2 = 3,1415926... 3,1415926 R2 pois que R = 1. Onde: n = Solução: Seja R, raio do círculo = 1; o lado do quadrado inscrito iguala R>/2 = JÕ. e a área = 2. O lado do quadrado circunscrito = 2 (ex. 338) e a área = 4. Tem-se pois a = 2 e A = 4. Pela substituição destes valores nas fórmulas: a’ = VA x a e A' = - v, A + a Vem: a‘= y/8 = 2,8284271, A’ = Solução: Seja AB o lado do polígono regular dado. Tracemos o diâmetro CD, perpendicular à corda AB. Geometria Elementar d) (2) Onde: a’ = Resposta: r* = Vr * a e a’ = Fig. 275 170 397. Mostre que quando duas circunferências são concêntricas, a corda tangente à menor é o diâmetro do círculo cuja área é igual à área da coroa. OF CD OAxOI OE2 a(r t a) 2 a(r + a) , onde:OE =OAxOI; r'2 4r2' Solução: A área da coroa = n(EO2 -FO2) Ou n(ÃÕ2-FÕ2), Ou ítAF . Se AF é igual ao raio, AB é igual ao diâmetro. 398. Calcular a área de uma coroa, no caso em que a corda do círculo maior, tangente ao menor, tem 8m. Solução: Temos (ex 397) S = n42: Onde: S = 3,14 x 16 = 50m224. Resposta: 50m224. Os triângulos AOI, EOF tem o ângulo comum AOI e, a mais, são equivalentes. Dão (ex 359): AOI OAxOI EOF " OExOF : Logo’ r’ = jr *a . OK Em segundo lugar, os triângulos semelhantes KOF, ADC, dão: Ora.ÃD2 = CDx Dl = 2r x(r + a), AD = ,/2r(r + a). De acordo com isto, a relação (2) vem a ser: a’ r’. a’2 J2r(r + a) 2r’ 2r(r + a) 2 = r'2(r + a) = rxa(r + a) 2r 2r Por causa de (1); 'a(r-ra) Capítulo 4 Solução: Mostre que G 171 400. Se dividirmos o diâmetro AB em 4 partes iguais AC, CO, OD, DB, e descrevermos circunferências como no exercício precedente, mostre que o círculo ficará dividido em 4 partes equivalentes. BC AC' ADBECF AGBECF ADBECF AGBECF AB+2C0 AB - 2CO 399. Dividindo-se o diâmetro AB de um círculo O em dois segmentos AC, CB e descrevende-se sobre cada segmento, de um e outro lado de AB, duas semi-circunferências, a linha formada pelo conjunto destas semi-circunferências divide o círculo em duas partes proporcionais aos segmentos do diâmetro. tiAC2, temos: Fig. 276 Com efeito, as áreas dos semi-circulos cujos diâmetros são AB, BC e AC, sendo ^nÃB2, -g-íiBC2 e 1 8 Área: ADBECF = l^ÃB2 + BC2 -Ãc’^; Área. AGBECF = In^ÃB2 + ÃC* - BC2) = ^rr^ÃB2 + ^BC2 -ÃC2^ Dividindo membro a membro, temos: ãb2+bc2-ãc2 ãb2 + (bc + ac)(bc-ac) ãb2-(b?-ãc2) ãb2 - (BC + AC)(BC - ac) Mas: BC + AC = AB e BC - AC = 2CO; Logo: ADBECF AGBECF AB2 + ABx2CO ÃB2 2OB + 2OC 2OB-2OC " -AB x 2CO °B + C° = BC. OB-CO ac Geometria Elementar Fig. 277 Resposta: CB 172 401. Qual é a área do segmento de círculo cujo arco vale 45o? Solução: Seja R o raio do circulo. Já que o arco dado tem 45°, a sua corda é o lado do octógono regular inscrito. Ora (ex. 386), a área do octógono = 2R2 J2 , e a do círculo = nR2; logo, a área de um segmento compreendido entre o lado do octógono e o arco subtendido é igual a: nR2-2R2j2 _ R2(n-2>f2) 8 8 R2(n-2>/2) 8 F Fig. 278 Solução: Os triângulos semelhantes ABC, ADE, ou m + n, n, dão a proporção fl±n = BÇ1; Onde: = DÊ* = n m + n Acharemos o comprimento DE usando o processo do ex 291. Levando então este comprimento sobre BC de B para F, pelo ponto F traça-se FE , paralela a AB; afinal, pelo ponto E, traça-se ED, paralela a BC. Solução: Com efeito, temos (ex. 399): k * n* = ãB = T'3 parte n Vale' P°'S’ í d° c,rcul0‘ k+I RO 2 1—----- = y-Q = —: a parte m vale pois ainda do — circulo O mesmo se dá com I e k. 402. Dividir o triângulo ABC por uma paralela a um dos lados, em duas partes que se achem na razão de m para n. Capítulo 4 B CA do triângulo ABC; logo DBE é do Resposta: CA Teremos: onde: h = = H- Resposta: 173 1 4 1 3 404. Divide-se o triângulo ABC em duas partes equivalentes por uma reta DF, paralela a base AC; calcular a altura GK do trapézio ADFC em função da altura H do triângulo. B Onde se vê que o triângulo DBE é trapézio ADEC. 1 3' 2H-Hx/2 2 H(2-J2) 2 403. Pelo meio M da altura de um triângulo ABC, traça-se a paralela DE à base AC: qual é a razão do triângulo DBE para o trapézio ADEC? H Ag. 279 Solução: Os dois triângulos semelhantes DBE, ABC, dão: DBE DE BM 1 abc = ãc2 = bS2=4’ G Fig. 280 Solução: Designemos pela letra h a altura BK do triângulo DBF; ABC H2 2 u H DBF h2 1 J2 É fácil verificar que h é igual ao lado do quadrado cuja diagonal é H ou BG. A construção deste quadrado (ex. 184) dará h. que se levará de 8 em K Onde a altura do trapézio ou GK = H-h = H-^ = H-ü^ 2 2 H(2->/2) 2 Geometria Elementar Á C Fig. 281 BA. BA. BA xBA; Escrevendo (ex. 290) = l. 174 405. Determinar os comprimentos Ba, Ba', Ba" que se devem tomar sobre o lado BA do triângulo BAC, para que o mesmo seja dividido: 1° em 4 partes equivalentes pelas retas ac, a'c', a"c" paralelas a AC; 2° em 4 partes proporcionais às grandezas m, n, p, q. ---- 2 Onde: Ba = 1 = 4: 3xBA = --------------- X 4 Solução: • 1o seja a o primeiro ponto de divisão a começar do vértice; teremos: Bac _ Ba2 BAC = BÃ2 ---- 2 Onde: Ba = 1xBA -------------- X 4 Se a' for o segundo ponto, teremos: B?2 2 . ? 2 x BA „ = —; onde Ba = —-— x BA 4 4 Se a" for o terceiro ponto, teremos- Ba7’ 3 .. B-n2 ; onde: Ba BA 4 Os comprimentos Ba, Ba', Ba” são, pois, meios proporcionais às grandezas 12 3 respectivas BA, e — BA, BA e — BA, BA e — BA (ex. 288). • 2o Em se tratando de dividir o triângulo em 4 partes proporcionais às grandezas m, n, p, q ter-se-à, fazendo-se m + n + p + q = s: —2 Bac m Ba BAC = s = BÃ’ ’ nixêX2 = 22sBA s s m x BA s Teremos: Ba2 = I x BA. Capítulo 4 Onde: Ba'2 = xBA. Fazendo-se. = r. Vem: Ba Afinal: xBA. = 1”. Onde: Ba 47m43. 10 67m05. 175 m + n s 406. No exercício precedente, faz-se AB = 90m; calcular os comprimentos Ba, Ba', Ba", de modo que o triângulo fique dividido, pelas paralelas ac, a'c', a"c", à base AC, em 4 partes proporcionais aos números 2, 3, 5, 8. Ba'2. BÃ2 ’ BÃ2=(m + n)BA s = l"x BA, fazendo-se: (m + n + p)BA s Os comprimentos Ba, Ba', Ba" devem ser meios proporcionais às grandezas respectivas BA e I, BA e I’, BA e I". m + n -------------X s (m + n)BA s = l'x BA. B^2 = m + n + Px s Onde: Ba"2 r-x J Ba'c'Do mesmo modo: BAC Ba"c" m + n + p Ba"2 BAC “ s " §ã’' (m + n + p)BA s Onde: Ba' = BA^2 = Afinal: = BAC 18 bÃ’ Onde: Ba" = BA^Í2 = Resposta: 30m; 47m43 e 67m05. Solução: O triângulo ABC deverá constar de2 + 3 + 5 + 8 = 18 partes; Bac = 2 partes; Ba'c* = 2 + 3 = 5 partes; Ba"c" = 2 + 3 + 5 = 10 partes. Teremos (como no ex. precedente): Bac 2 Ba2 bac = 18 = bã2' =BAM=90xM=30m-- Ba'c' 5 Ba'2 Da mesma maneira: = — =----- =-; BAC 18 §Ã’ Geometria Elementar Fig. 282 Onde se tira: (2) (4) nx2 + mx2 = mB2 + nb2, Onde: x2 = (5) x2 = 176 407. Dividir um trapézio, por uma paralela à base, em 2 partes equivalentes ou que se achem na mesma razão que as duas linhas m e n. Exprimindo-se cada parte do trapézio, encontra-se t' - t e T - t'. Ora, por hipótese, tem-se: rn n x2 - b2 B2 - x2 B Solução: O problema resolvido dá 3 triângulos semelhantes cujas respectivas bases são b, x, B, depois que se prolongaram os lados não paralelos até seu ponto de concorrência. O problema consiste agora em determinar o comprimento de x. Para isso, pode-se notar que os triângulos t, t* e T, que tem t t’ Tpor bases respectivamente b, x, B, dão: — = — = — = r, (1) Representando-se por r o valor comum destas razões. t = b2r; t’ = x2r; T = B2r /> Esta equação dá: nx2 - nb2 = mB2 - mx2 mB2 + nb2 m + n Para construir x, faz-se m + n = s; então se tem: mB2 + nb2 mB2 nb2 mBxB nbxb---------------- -- +-------=------------+---------- . s------ s s s s Fazendo-se = k e = I, vem : x2 = kB + Ib. s s Afinal, escrevendo-se kB = d2 e Ib = f2, temos: x2 = d2 + f2; Logo, x é a hipotenusa do triângulo retângulo cujos catetos são d e f. Para se determinar a posição de x, procede-se como no exercício 402. <3> E levando a (3) os valores de t, t’, T, tirados de (2), concluem-se, depois de suprimir o fator comum, r. Capítulo 4 Onde: x = = 40m71. 4 partes equivalentes, porem D/ Fig. 283 K 177 Para o caso das partes equivalentes, seria bastante, na equação (5), igualar m a n. 409. Dividir um trapézio paralelas às bases. ,.o 5x362 8 t' X t" y / t"’ Z ■ t b M \P B Obs. Pode-se chegar mais depressa â equação (4) considerando-se que cada um dos triângulos semelhantes t, t', T pode ser representado pelo quadrado de um de seus lados (1). Assim, a parte superior do trapézio seria representada por x2 - b2 e a parte superior por B2 - x2. Ora, estes dois valores estão na mesma razão que —; tem-se, pois a equação (4).n x2-b! =-B2-lb2: 4 4 y’-b2=|B’-lbJ; N/ A Solução: Se fizermos: ODC = t. OHK = f, OLM = t", ONP = t"', OAB = T, DC = b, HK = x, LM = y, NP = z, teremos (ex. 407): t t' t" t‘" T Onde se tira: t = b2r; f = x2r; t" = y2r; t'“ = z2r; T = B2r; mas 12 3f-1 = -1(T -1); t"-1 = |(T -t); t™~ t = Í(T -1). Se substituirmos nestas últimas igualdades as quantidades t, t', t", t“, T por seus valores, obteremos: x2r - b2r =-l(B2r-b2r) ou y2r-b2r = ^-(B2r-b2r) ou 408. As duas bases de um trapézio medem 36m e 48m. Qual é o comprimento da reta paralela às bases e que divide o trapézio em duas partes proporcionais aos números 3 e 5? Solução: Substituindo-se as letras pelos seus valores na fórmula (5) do exemplo precedente, temos: X2 = |x482 + |x362; !3x482 8 Resposta: x = 40m71. Geometria Elementar z2r-b2r = em 4 partes proporcionais aos BxB Representando b’x Fig. 284 b” K B 178 \n* \n" y z2-b2 = |B2-|b2, 410. Dividir um trapézio números 3, 4, 5, 6. Solução: No presente caso, ABCD = 18 partes; portanto t' - t = 3 partes; t"-t = 7;et’"-t= 12; logo: 3 7 12t -1 = ^-(T " t)í f-1 = ^(T -1); t"1- t = 2|(T -1). Aliás (ex. 407), temos: t = b2r, f = x2r, t" = /r, f" = z2r, T = B2r. Substituindo-se as quantidades t, t'... etc., por seus valores, e suprimindo-se o fator comum r,depois de reduzir, vem: >Mb2 o ■ibxb = f2, B2^b2; + í|bxb. ■^BxB por d2 e -^|-b x b por f2, tem-se x2 = d2 + f2. Logo, x é a hipotenusa do triângulo retângulo cujos catetos são d e f. a br A o •^-(B2r-b2r) ou onde :x2 = -^-B2 + -^-b2; y24B24b’; MB24b2; x2 = -ÍBxB + -|bxb. Fazendo - se -^-B xB = d2 e Tem-se: x2 = d2 + f2. Onde se infere que x é a hipotenusa do triângulo retângulo cujos catetos são d e f. Procede-se da mesma maneira para construir y e z. Afinal, para determinar a posição destas linhas, usa-se o processo empregado no exercício 402. Capítulo 4 Também y2 = y = 0,60; partes f"-t = (T-t). 179 y-b B-b 2,60-2 3-2 J?=2'38-4b2= Traçando aK paralela a bB, teremos: aa1 a'n' x-b 2,38-2 ^Ã = ÃK’-Brb=-3^2- = 0'38' Onde: aa' = 4 x 0,38 = 1m52. aa" a"n" Do mesmo modo: —— = - aA AK Onde- aa" = 4 x 0,60 = 2m40. Os comprimentos que se devem tomar a partir de a são, pois, 1m52 e 2m40. -|*4 = 3 61. 17 Tex = Do mesmo modo, se determinam os valores de y, z e a posição destas linhas é dada pelo processo usado no ex. 402. • Obs.: 1o - Caso se pedissem os comprimentos que deveríam ser tomados sobre aA = 4m, para que as paralelas às bases AB = 3m, ab = 2m, dividissem o trapézio em partes de grandezas dadas 3m2, 2m2, 4m2, ter- se-ia, usando as relações precedentes e observando que AabB contém 3 + 2 + 4 = 9 partes: x2=lB2+fb2=lx9+ 4b2= Obs.: 2 - Os dois problemas precedentes podem ser facilmente generalizados. Suponhamos que se deva dividir o trapézio ABCD em proporcionais às grandezas I, m, n, p... (fig. 283) Tem-se I + m + n + p ... = s, n__ 1 r t” l"’ T r Ora^ = ^=7=^ ' = ? ' Ou t = b2r; t' = xV t" = y2r; t" = z2r... T = B2r. Porém :C-t = -(T-t), s t"_t = l±ni(T-t), I + m + n s Substituindo as quantidades t, t', t"...T pelos seus valores, temos: x2r - b2r = — (B2r-b2r), s x2 = — xB2- —xb2+b2, s s IB2 - lb2 4- sb2 s Ou, substituindo s por seu valor: 2 IB2 - lb2 + lb2 + mb2 + nb2 + pb2 4-... s Geometria Elementar (a) (b) (c) 180 c' X ^ = 7r: 412. Achar o raio do círculo equivalente à área de três círculos dados. 411. Os lados de três octógonos regulares têm respectivamente 3m, 4m, 12m. Calcular o lado do octógono equivalente à soma dos três octógonos dados. Solução: Sejam O, O', O" as áreas dos octógono dados, c, c', c", os lados, X a área do octógono procurado e x o seu lado, as áreas dos octógonos regulares estando entre si como o quadrado de seus lados, teremos: O O' O" ; X c2 c'2 c"2 x2’ Ora. O + O' + O" = X; logo: c2 + c2, + C'2 = x2; Onde: x = Jc2 +c'2+c"2 = >/32 + 42 + 122 =13. Resposta: a - 13 metros 413. Achar o raio do círculo de área igual à diferença das áreas de dois círculos dados. Solução: Temos (ex. 412): ~ - Solução: Sejam c, c*. c" as áreas dos círculos dados, R, R', R" os raios, X a área do circulo procurado e x o seu raio; c c' c” XTemos: —=■ = —=■ = —=- = — R2 R'2 R"2 x2 Ora, c + c' + c" = X Logo, também: x2 = R2 + R'2 + R"2. Para a construção de x, escreve-se: R2 + R’2 = D2, e tem-se x2 = D2+ R"2 Logo, x é a hipotenusa de um triângulo retângulo, cujos catetos são D e R". x2 IB2 (m + n p + ,.)b2 s s Do mesmo modo se obtém: 2 (l+m)B2 (n + p + ...)b2 y---------s + s z2 = (I + m + n)B2 + (p + ...)b2 s s A equação (a) pode-se escrever: B2 b2x2 = lx — + (m 4- n 4- p + ...)x———. Para a construção de x, faz-se sucessivamente: B2 . . b2 . — = f, m 4- n 4 p... = h, — = k. Tem-se então x2 = lx fx hx k. Afinal, escrevendo I x f = m2 e h x k = n2, vem x2 = m2 + n2. Logo, x é a hipotenusa do triângulo retângulo cujos catetos são m e n. Procede-se da mesma maneira para construir as linhas y, z... Capitulo 4 Fig. 285 Círculo r* = do círculo r; de circulo r. Por conseguinte. nr'2 = Com efeito, temos: Logo, o círculo r* vale do círculo r; círculo r. 181 414. Dividir num círculo, por uma circunferência concêntrica, em duas partes equivalentes. 415. Dividir um círculo em quatro partes equivalentes, por meio de circunferências concêntricas. 1 4 Solução: Temos Ay- = nr2, ou -5- =r2; onde: r = 4 = 2; nr2; Porém: c- c' = X; Logo: x2 = R2 — R'2. Portanto, x é um cateto do triângulo retângulo, cuja hipotenusa é R e o outro cateto, R'. ou r'2 = r2, r'”2 nR2 ,2 R2 _ .2. -_ R _R>/22'2 J2 -J2*J2 2 Portanto, o raio r é igual á metade do lado do quadrado inscrito no círculo de raio R. ^■nr2; nr"2 = |nr2; nr'"2 = jnr2; ou r'2 = Ar2. r"2 = |r2, r”'2 = |r2 Constroem-se r*. r", r*" conforme se indicou no ex. 290, e do centro O descrevem-se circunferências com os comprimentos r*. r", r*" por raios, e o circulo fica dividido como se pediu. círculo r r2 círculo r' ~ r’2 r2 círculo r r2 r2 circulo r” r"2 2r2 4f 2 1Logo, o círculo r" vale — do circulo r, e portanto a coroa c vale — do circulo r. 4 4 nr2; nr' 3 do circulo r, e círculo r*" = — 4r2 4 Provar-se-ia do mesmo modo que a coroa c' = 4 do círculo r, e cora c" = — do 4 4 Solução: Sejam r o raio do círculo proposto, e r*. r", r*” os raios da circunferência em questão. Devemos ter: 1 4 2 Círculo r" = — 2 4 r2 r"2 Geometria Elementar que no ex. precedente, tem-se: Círculo r1 = do circulo r; círculo r" = do Circulo r” ou nr"2 = Circulo r™ ou nr™2 = A B Fig. 286 D 182 circulo r. Logo, nr'2 = x nr2; nr2; x nr2; Solução: Procedendo como nos dois exercícios precedentes, temos Circulo r’ ou nr'2 = , , x nr2; xr2; 418. O lado AB de um quadrado é igual a n; sobre este lado constrói-se um triângulo equilateral AFB; unem-se F e D. Pede-se: 1° a área do triângulo AFD; 2° a razão das retas AG e AB. 417. Dividir um círculo, por meio de circunferências concêntricas, em 4 partes proporcionais aos comprimentos k, I, m, n. ou r’2 = 416. Dividir um círculo, por meio de circunferências concêntricas, em três partes proporcionais a 3, 5, 7. Solução: Faz-se a soma 3 + 5 + 7 =15. Conservando-se as mesmas fórmulas 3 8— do círculo r; círculo r" = — E FB c k +1 + m + n k + l k +1 + m + n k +1 + m k +1 + m + n Fazendo-se k + I + m + n = S; k + I = s; k + I = s', as três equações precedentes, depois da supressão do fator comum n, vem a ser: r'24xr2; r"24 Anr2; nr"2 = Anr2; ou ,•* = Constroem-se r* e r" como vem explicado no ex. 290 e opera-se como no exercício precedente. -•••2 s r2 r =-xr. Construir r', r" e r*" como vem indicado no ex. 290. Capítulo 4 sua Ora, EF = ; AG = n(2-x/3).AG = Resposta: 1o) área AFD = Fig. 287 183 Solução: • 1o O triângulo ADF, tendo por base AD ou n, e por altura EF ou n 2' ou AG = n(2 - J2). 419. Um hexágono regular tem 1m de lado; sobre cada lado, constrói-se um quadrado exterior ao hexágono. 1° Demonstrar que os vértices exteriores ao hexágono dos seis quadrados assim construídos formam um dodecágono regular; 2° calcular a área deste dodecágono. Solução: • 1o Como o ângulo ABC do vértice do hexágono vale 120°, o suplemento dele HBI vale 60° (HBI + ABC devem valer 180°, porque IBC + HBA = 180°). Temos também AB = BI ; logo, o triângulo HBI é equilateral. Temos, pois: GH = Hl = IL = LM = .... os ângulos GHI, HIL,... são iguais. O polígono GHILM... Sendo equilateral e equiângulo, é. pois, um dodecágono regular. (D AE é a altura do triângulo equilátero e é igual a . o que dá : DE = ^ + n = área vale x este triângulo é, pois, o quarto do quadrado ABCD. • 2o Os dois triângulos semelhantes DEF, DAG, dão: n(V3 2) 2 2 Levando estes valores a (1), temos: n n(73 + 2) 2 _ 2 AG n n2 = n = n(2 - 73 n(73 + 2) 75 + 2 (2 + 73)(2 - 73) 1ABCD; 2°)4f = 2-73 N Geometria Elementar Resposta: 11m2196. L B P D N C Fig. 288 a2 73 x2 184 logo: x = a + a 73 ax~~2~_ a2 73 = a 73 n _ a73 2a + a73 2 + 73 “ ‘ ~~2~ A superfície do quadrado inscrito é, pois: a2 7 + 473 2o Seja ABC um triângulo qualquer Designando por c um lado qualquer BC, por h a altura AD correspondente e por x o lado do quadrado que assenta sobre BC, teremos, como acima: 2o O polígono se compõe de 12 triângulos equilaterais iguais a AOB, mais 6 quadrados iguais a AGHB. Como o lado desses triângulos é 1, a superfície de um deles é —— ; os 12 valerão, pois: 4 -15^ = 373 =5m2196. 4 Os 6 quadrados valerão 6m2. Logo, a área da figura é: 5,196 + 6 = 11m2196. Solução: • 1o Sejam x o lado do quadrado LMNP, inscrito no triângulo equilateral ABC, e AD = h, a altura deste triângulo. Na figura 289, temos: LMAD-LP x_h-x. BC DA a h ’ . . ahhx = ah - ax => x =-----a + h Mas no triângulo equilateral: 420. 1° Achar em função do lado a de um triângulo equilateral, a área do quadrado nele inscrito; 2° inscrever um quadrado em um triângulo qualquer e dizer sobre que lado assenta o maior quadrado. Â. h a^3- h = — Capitulo 4 A M B P DN C Fig. 289 Resposta: 1o Superfície = A 185 421. Achar a razão entre as áreas do hexágono regular inscrito num círculo para o hexágono regular circunscrito. O H Fig. 290 3a* . 7-r4>/3 ' 2o O maior quadrado assenta sobre o menor lado. Solução: Sejam o hexágono regular inscrito abcd..., e o hexágono regular circunscrito ABCD... Nos quais temos os triângulos equilaterais Oab, OAB que dão a proporção: Oab _ Oh2 oab = õh2‘ c h* = c-h' a h a-h ‘ Se tivermos c > a, teremos forçosamente: c-h'>a-h, ou c+h>a + h’, e x* > x Vemos, pois, que o menor lado do triângulo corresponde o maior quadrado inscrito. r B x h - x ch— = u e x =----- -. c h c + h Igualmente chamando a e b os outros lados h’ e h" as alturas correspondentes, os lados x’ e x" dos quadrados que assentam neles valem: , ah' „ bh" x =I7i?ex =b7F' Para comparar esses valores de x, x*. x", notemos, em primeiro lugar, que os numeradores ch, ah' e bh" são iguais, porque cada um deles representa 0 dobro da área do triângulo. Será, portanto, maior a fração a que corresponder menor denominador. De ch = ah', tiramos: Geometria Elementar B Fig. 291 186 ah 2 ' Solução: Chamemos a o lado do triângulo e h altura. Temos: T = —. Ora, OB sendo o raio do circulo circunscrito, temos (ex. 309): h = 3R t 4 1 T=3^=< 424. Achar a razão da área do hexágono regular inscrito em um circulo, para a área do triângulo equilateral circunscrito ao mesmo círculo. 422. Calcular a área do triângulo equilateral em função do raio r do circulo circunscrito. Oab 3 OAB 4' 423. Achar a razão da área do triângulo equilateral, inscrito para a área do triângulo equilateral circunscrito. Solução: Sejam T e t os dois triângulos. Temos: t = T = 3R273^ ' 4 . Oab L090:õãb = Resposta: -Í-. Mas, Oh = e OH = a. 3a2 = ■ ; ou az Mas a2 - = h2 = 9R2; onde: = R>/3. Logo : T = 3R x R-/3 = 3R2-73. Resposta: T = 3r2 >/3 . a>/2 2 a A razão dos dois hexágonos regulares é a mesma que a desses dois triângulos. 3 Resposta: —. Capítulo 4 Resposta: Fig. 292 Resposta: 187 425. Achar a razão da área do triângulo equilateral para a do hexágono regular inscrito no mesmo círculo. Solução: O hexágono compreende 6 triângulos isósceles iguais, pois que tem os lados iguais, do modo seguinte: os lados do hexágono e os raios do circulo, e os lados do triângulo equilateral FBD. O triângulo equilateral compreende só três destes triângulos. Vale, pois, a metade do hexágono. Solução: A superfície do triângulo equilateral circunscrito e (ex. 422): T = 3R2^3; A do hexágono regular inscrito vale (ex. 326): 3R2>/3 2 É fácil agora deduzir a razão pedida. Geometria Elementar CAPÍTULO 5 426. N Fig 293 427. 428. 429. 430. N Fig 294 M 188 D, Uma reta igualmente inclinada sobre três retas que passam por seu pé num plano, é perpendicular a este plano. Achar uma série de oblíquas iguais que partam de um mesmo ponto A, e tais que o quadrado de cada uma seja igual à soma dos quadrados de duas linhas dadas AD, EF. Num plano, achar o lugar de todos os pontos equivalentes de um ponto A, fora deste plano. Solução: O lugar procurado é um círculo descrito sobre o plano dado, com A por centro, e com raio superior à distância deste ponto ao plano. É evidente que há uma infinidade de soluções. Achar o lugar dos pontos do espaço igualmente distantes de três pontos não em linha reta. Solução: Pelos três pontos, faz-se passar um círculo. No centro do círculo, eleva-se uma reta perpendicular ao mesmo. É o lugar pedido. Achar o lugar dos pontos do espaço igualmente distantes de dois pontos dadosA e B. Solução: O lugar pedido é um plano perpendicular traçado pelo meio de AB. M Solução: Na vertical do ponto A, tomar um comprimento AC = AD. Traçar depois o plano MN, perpendicular a AC em C. Deste ponto C, como centro descrevo no plano assim obtido, um círculo de raio R = EF. É fácil ver que para qualquer ponto B da circunferência temos: ----- 2 2 2 2 2 AB =AC +BC = AD +EF . Capitulo 5 431. N Fig. 295 Resposta: AC = 20m44. 189 Do ponto A, fora de um plano MN, descreve-se uma circunferência sobre este plano; traça-se depois a tangente BC à circunferência, e une-se o ponto A ao ponto C. Calcular AC, a menos de 0m01, se a distância do ponto A ao plano MN, ou AO, igual a 12m, o raio OB = 7 m e a tangente BC = 15m. M Solução: Unamos A e B. No triângulo retângulo AOB, temos: ãb2=ãõ2 + õb2, ÃB2 = 144 + 49 = 193. O triângulo retângulo ABC dá: ÃC2 = ÃB2 + BC2 = 193 + 225 = 418. AC = V418 = 20m44. Solução: Seja a reta AO, que faz ângulos iguais com as 3 retas OB, OC, OD, traçadas por seu pé O no plano MN: digo que AO é perpendicular ao plano MN. Para demonstrá-lo tomo 3 comprimentos iguais OB, OC, OD, e uno os pontos B, C, D a um ponto qualquer de AO Os triângulos AOB, AOC, AOD são iguais por terem um ângulo igual compreendido entre lados iguais. As oblíquas AB, AC, AD são pois, iguais, e, portanto igualmente afastadas do pé da perpendicular traçada do ponto A sobre o plano. E como o ponto O é o único ponto do plano equidistante de B, C e D, é ele o pé da referida perpendicular. Logo, a reta AO é perpendicular ao plano. Geometria Elementar CAPÍTULO 6 B c Fig. 296 V G H 190 X 432. Mostre que em todo paralelepípedo, a soma dos quadrados das quatro diagonais é igual a soma dos quadrados das 12 arestas. Solução: Com efeito, os três paralelogramos ACGE, BDHF, EFGH, dão (ex. 258): AN,\ W r .... E 1° CÊ2 + ÃG2 = 2ÃÊ2 + 2ÃC2, 2° DF2 + BH2 = 2BF2 + 2BD2, 3o ÊG2 + FH2 = 2ÊH2 + 2HG . Multiplicando a 3* igualdade por 2, e depois somando as 3, vem: ------2 ------- 2 ------2 ------ 2 -------2 ------ 2 CE + AG + DF + BH + 2EG + 2FH = = 2ÃÊ2 + 2ÃC2 + 2BF2 + 2BD2 + 2EH2 + 4HG2. Mas: 2ÊG2 + 2FH2 = 2ÃC2 + 2BD2 2ÃÊ2 + 2BF2 = 4ÃE2; Logo CÊ2 + ÃG2 + DF2 + BÍ? = 4ÃÊ2 + 4EH2 + 4HG2, demonstrar, pois as 12 arestas são iguais 4 a 4. 433. Mostre que a distância do centro de um paralelepípedo a 1 um plano qualquer é o — da soma das distâncias dos 8 8 vértices do paralelepípedo do mesmo plano. o que devíamos Capitulo 6 D C N H M dos quadrados 191 Á ;d’b’ ) 434. Se vários pontos estão situados na mesma distância do centro O de um paralelepipedo, mostre que a soma dos quadrados das distâncias de cada um aos vértices do paralelepipedo é a mesma para todos. Solução: Seja M um desses pontos. Como OM é mediana, o triângulo DFM dà (ex. 255): M? + MD2 = 2OM2 + Se considerarmos o ponto M em relação as trés outras diagonais, teremos ainda três igualdades. Somando as 4, vem: MA +MB + MC2 + ... + ME2 = 8OM2 + semi-soma diagonais. Fig. 297 Solução: Tracemos HC, e do ponto O, meio desta reta e centro do paralelepipedo, abaixemos a perpendicular OO'; tracemos igualmente as perpendiculares HH’ e CC; o plano destas três paralelas encontra MN segundo a reta H'C'; a figura HH’C'C é um trapézio no qual OO' = -1(HH'+ CC’); Traçando as diversas diagonais BF, AE, DG, e abaixando as perpendiculares dos vários vértices, prova-se do mesmo modo que: OO' = FF') = -j(AA'+ EE') = -1(00'+ GG'); Onde. 4 OO' = soma das diagonais e OO' = soma das diagonais. H' das 4 Geometria Elementar CB A G HE Fig. 298 CB Fig. 299 Onde tiramos facilmente: 192 Sa2 sã2 Sab + Sbc + Sdc +.... + abcd SAB + SBC + SDC + .... + ABCD 435. As superfícies de duas pirâmides semelhantes são proporcionais aos quadrados de duas arestas homólogas. Solução: Pois que as pirâmides são semelhantes, elas podem ser colocadas como o indica a figura. Temos: Um outro M' daria: 8M'Q2 + semi-soma dos quadrados das 4 diagonais. Supondo OM = OM': MÃ2 + MB2 +... + MÊ2 = ÍWÃ2 + MB +... + MT2. ------2 Sa •’" = SÃ2 ' Sab Sbc Sdc SAB " SBC “ SDC \ /P i .4/....-J s Sa2 0U3=^' Sbc SBC abcd ABCD Capítulo 6 = 2m5. Temos: Façamos = s, e teremos: Resposta: 193 25 64' Sa = SA x s. Sa é, pois, meia proporcional entra SA e s. É fácil construi-la. Conhecendo Sa, é só levã-la sobre SA a partir do vértice, até a, e fazer passar por este ponto um plano paralelo a base da pirâmide. SA x m n SA x m n 436. A aresta SA de uma pirâmide tem 5m; que comprimentos se devem tomar, a partir do vértice S, para que a superfície lateral esteja dividida em 4 partes equivalentes por planos paralelos à base? Solução: Basta dividir uma face qualquer SAB da pirâmide (figura precedente) em 4 partes equivalentes por paralelas a base AB, e traçar, pelas linhas de divisão, planos paralelos a base da pirâmide. Procedendo como fica indicado no ex. 405, para a divisão da face SAB, temos: Sa = ^ = | 2 2 Sa' = ~V2 = 3m53. ca i— Sa" = ^-V3 = 4m33. Resposta: Sa = 2m50; Sa' = 3m53; Sa" = 4m33. x — = SA x n 437. Cortar uma pirâmide por um plano paralelo à base, para que a superfície da pequena pirâmide esteja para a superfície da pirâmide dada, na razão de duas linhas m e n. Solução: Sejam k e K as duas superfícies de que se trata, e Sa, SA duas arestas homólogas que partem do vértice S, k Sa2 m. K SÃ2 n' Onde: Sa = SA 438. A aresta SA de uma pirâmide tem Sm; a 5m do vértice S, traça-se um plano paralelo à base; determinar a razão da superfície lateral desta pirâmide para a superfície lateral da pirâmide dada. Solução: Sejam Sa = 5m; k e K as duas superfícies em questão. k 25Tem0S K==5-=6Í- Geometria Elementar Onde: Sa2 = SA, Onde: Sa2 = SA2 Sa = SAx s. É fácil concluir. D/ M, N A B 194 Fig. 300 Solução: Para que a superfície lateral do tronco seja dividida do modo indicado, é evidente que basta dividir uma das faces ABCD do tronco em 2 partes equivalentes e traçar pela linha de divisão MN, um plano paralelo às bases. Ver o ex. 407 para determinação de MN. - m - m + n 3SA — X Sab Sab + ABab 441, Indicar, sobre as faces de um tronco de pirâmide, o lugar do plano paralelo as bases, que divide a superfície lateral em 2 partes equivalentes. S 3SASa é, pois, meia proporcional entre ? e SA. É fácil concluir. m— ou n m SAxmx--------= SA x------------ m + n m + n _ , SA x mFazendo:-----------= s, vem. m + n - $ab - 3 Sa2 . " SAB " 3 + 4 " sX* ' 439. Indicar sobre as faces de uma pirâmide, o traço do plano paralelo à base, que divide a superfície lateral em duas partes na razão de 3 para 4. Solução: Suponhamos que a pirâmide seja SABCD (fig. 299). Basta dividir a superfície SAB como está indicado no ex. 436. Teremos, por conseguinte: Sab 3---------= — ou ABab 4 440. ...em duas partes, na razão de duas linhas m e n. Solução: Seja, fig 299, SABCD a pirâmide; teremos (ex. 439): ---- 2 Sab m Sab Sab m Sa- —— = — ou ------------------ =-------- — — ABab n Sab + ABab SAB SA2 ’ Capitulo 6 Ora, de a = R>/3, tira-se: R = Substituindo, no valor de h2, temos: h2 = a2 - Temos, pois: V = Resposta: 3. >B F 195 i\ /,&j. A Fig. 301 Solução: Volume do cubo: a3. Aresta do tetraedro: a75 . Logo, o volume tetraedro é (ex, precedente): (a72)372 _ 2a\/2 x 75 _ a3 12 12 3 ' Dai deduzimos com facilidade a razão pedida. . . Í2^ onde: h = J—— = 442. Achar o volume de um tetraedro regular em função de sua aresta a. 444. Uma pirâmide regular SABCD tem por base um quadrado cuja diagonal é a; calcular a superfície inteira desta pirâmide e o seu volume em função de a, no caso de SA = a. s a2 2a2 ~3” = -3-’ e R2 = 443. Achar a razão do cubo para o tetraedro regular construindo sobre a diagonal de uma das faces do cubo. h2 = a2-R2. eR2 = 4- 43 3 a2x/3 Solução: A base do tetraedro tem por superfície —-—. A altura cai no 4 centro do circulo circunscrito ao triângulo de base e forma, por conseguinte, um triângulo retângulo com a aresta do tetraedro eo raio do circulo, de modo que temos: a72 ■ a2 75 h a2 75 a 75 a3 75 — *3‘— X^73 =“Í2- ,3 /? Resposta: V = ■■ ■. Geometria Elementar = 1 ou I = Logo: FS* Onde: FS = X A superfície lateral compreende 4 triângulos iguais ou Sup. Total = Volume = Resposta: S = Fig. 302 196 445. A base de uma pirâmide regular é um hexágono regular de 3m de lado; calcular: 1° a altura desta pirâmide, se a superfície lateral vale 10 vezes a base; 2o o volume desta pirâmide. De modo que: a^ 2 a2 T Solução: A superfície do quadrado da base é — - A altura SO da pirâmide é a do triângulo equilateral DSB. Temos então: 2 O apótema SF é a hipotenusa do triângulo retângulo SOF. Ora, o lado OF deste triângulo vale a metade do lado do quadrado da base. E se chamarmos I o lado AB, temos: -i. = l ou l = ^x/2 e OF = V2 2 =(W+M=<- O triângulo ASB tem por superfície: • ee a /õ a /TT 32y/28 a2x/7 -xFS=-^x-7l4=-^- = — V7+^- = ^-(1+V7). 6 12v y-(1 + V7); V= Capítulo 6 Solução: Seja SO a altura procurada. O triângulo ASB é o da superfície 1 = 10. = 100; onde: SO = 7668,25 = 25m85. Fig. 303 197 1 6 ________4_ as/3 2 Elevando os dois membros ao quadrado, vem: sõ2+— 4 3a2 4 446. Todo plano traçado segundo a aresta de um tetraedro e o meio da aresta oposta, divide o tetraedro em duas partes equivalentes. Solução: Seja a pirâmide SABC. Traçamos pela aresta AC um plano que divide SB no ponto D em 2 partes iguais. Digo que os volumes SADC e BADC são equivalentes. Com efeito, SI' e BI sendo perpendiculares ao plano ADC, temos: Pirâmide SADC = 1 ADC x SI' e pirâmide BADC = ADCx BL O volume será de: x 3x^ = 201m3474. 3 2 Resposta: 1o 25m85; 2° 201m3474. ASB Onde: --------= AOB lateral da pirâmide e o triângulo AOB vale da superfície do hexágono. A razão destas 2 superfícies é, por conseguinte, a mesma que a dos dois triângulos ASB, AOB. Como estes triângulos tem a mesma base, estão entre si como as alturas, e . ASB SH temos: A - = 7—7. AOB OH Mas OH = e SH = VsÕ2 + Õí? = ^SQ2 + Geometria Elementar do vértice. SB. Logo: BO = Solução: Seja SAD o plano bissetor do diedro SA. 198 448. Em um tetraedro qualquer, o plano bissetor de um diedro divide a aresta oposta em partes proporcionais às faces do diedro. Mas SI' = BI, porque os 2 triângulos SI'D e BID são iguais por terem ângulos retos em I' e I, ângulos opostos pelo vértice em D, e enfim, SD = BD: logo, o tetraedro fica dividido em 2 partes equivalentes pelo plano ACD. C Fig. 304 447. As retas que unem os vértices de um tetraedro aos pontos de encontro das medianas das faces opostas, concorrem 3 em um mesmo ponto situado nos — de cada uma, a partir 4 1 triângulos MSB, MKL são semelhantes; logo: KL = — Por outra parte, como KL e SB são paralelas, os triângulos KLO, SOB são .. . .. SB SO BOsemelhantes e dao —- = —- = ——. KL OL KO Ora. SB = 3KL; logo: SO = 3OL, BO = 3KO. Se SO = 3OL, SL = 4OL e portanto, SO = Solução: Sejam L e K os pontos de concurso das medianas dos triângulos ABC, ASC. Traçamos KL, as medianas BLM, SKM, e as retas BK, SL que, por estarem situadas no plano BSM, se cortam em O. ML = -^-MB e MK = -^MS (ex. 56). Portanto, KL é paralela a SB, e os 3 — BK. De modo idêntico se mostraria que as retas que partem dos vertices A e C, e satisfazem ao enunciado, cortam ainda SL no ponto O. Era o que devíamos demonstrar. Capitulo 6 S S B’ A' C B Fig. 306 199 449. Dois tetraedros SABC, S'A'B'C, que tem o triedro S comum, estão entre si na razão dos produtos SA x SB x SC eSA’x SB’x SC. Fig. 305 Se, em segundo lugar, tomarmos por base duas pirâmides as faces ASB, ASC, elas tem também a mesma altura porque seu vértice comum D estâ no plano bissetor destas faces. Teremos, pois, esta nova relação: SABD SAB . . SAB BD------- =------ ■ onde enfiar------= — SADC SAC’ SAC DC T SAB BDTeremos: = -z^- SAC DC Com efeito, as 2 pirâmides SABD, SADC, tem a mesma altura e estão entre si . Anr » SABD ABDcomo as bases ABD, ADC, e temos: - = oAUU AUU Mas os triângulos ABD, ADC tem também a mesma altura, e estão entre si . nn * • ABD BDcomo suas bases BD, DC; temos, pois: — = ——. ADC UC Solução: Sejam os tetraedros SABC e SA’B'C'. t SABC SAxSBxSC Teremos: SÃ^^SÃ^x-SC" Geometria Elementar Onde: (1) (2)Logo, Fig. 307 200 450. As retas que unem os meios das arestas opostas de um tetraedro, concorrem no mesmo ponto, o meio da cada um. Solução: Sejam K, L, M, N, I, P os meios das arestas. Traçamos as retas KL, LM, MN, KN, KM, LN. No triângulo SAC, a reta KL é paralela e igual a metade de AC. Igualmente, a reta MN no triângulo BAC; as linhas KL e MN, sendo iguais as paralelas, a figura KLMN é um paralelogramo, e as diagonais KM, LN se cortam pelo seu meio O. Ora, KM e LN são já duas retas indicadas no enunciado. Tracemos LI e NP. No triângulo SBC, LI é paralela e igual a metade de BC. Do mesmo modo, NP no triângulo ABC. As retas LI, NP, sendo paralelas e iguais à metade de BC, a figura ILPN é paralelogramo, e IP corta LN pelo meio, isto é, no ponto O. As 3 retas indicadas concorrem, no mesmo ponto O, que é meio de cada uma delas. SAB' SA'B'- Tracemos AB’, AC e imaginemos a sessão AB'C. Os 2 tetraedros SAB'C‘ e SA'B’C' tem o vértice C comum, e suas bases SAB' e SA'B’ estão no mesmo plano: eles tem, portanto, a mesma altura, e estão entre si como suas bases SAB' e SA'B’: SAB'C SA'B'C' Mas (ex. 359): SAB* SA'B’ SBC ‘ SB’C ’ SBxSC . SBxSC” SBxSC SAxSB' = SA SA’xSB’ SA‘ ’ . SAB'C SA Temos, pois: - - = Trrr-SABC SA Por outra parte, os tetraedros SABC, SAB'C tem o vértice A comum, e estão entre si como suas bases SBC, SB’C', „ . SABC OndesÃc7 „ SBC fa’ SB‘C 1 SABC = _ SAB'C’ SB'xSC" Multiplicando membro a membro, (1) e (2), temos: SABC SAx SBxSC SA'B'C’ " SA'xSB'x SC Capítulo 6 Calcular a razão do cubo para tetraedroa o M C D O F G E Mas ACBG = do prisma ABCFHG = do cubo, logo: cubo Resposta: Fig. 309a’ A<?' K CB 201 E \ \ 1 6 48 1 ' 48 1 a 451. A aresta de um cubo é a. A partir de um mesmo vértice, tomam-se sobre as três arestas, três comprimentos iguais a 2' determinado pela sessão que passa pelos três pontos de divisão das arestas. A cubo tetraedro cubo tetraedro 1 6______ tetraedro H Fig. 308 Solução: O tetraedro AMNO, construído como fica indicado, é semelhante ao tetraedro ACBG; logo: ACBG ÃC 23 = 8 AMNO ' f> 1 ' 1 3 452. A aresta Aa de um tronco de pirâmide, de bases paralelas, tem 4m; dois lados homólogos nas bases tem 3m e 2m; calcular a menos de 0m01, o comprimento a tomar sobre aA, para que um plano paralelo as base, divida o volume em 2 partes equivalentes. S zí&d 8 —, e Geometria Elementar Mas p'-p = x3 = = 0,6. Resposta: 2m40. 202 27 + 8 17A = —— = 17151 Solução: Façamos a pirâmide SABCDE = P, a pirâmide Sabcd = p, e a pirâmide formada por p e a metade superior do tronco = p'; enfim, representemos os lados homólogos AB, ab, a'b’ por B, b, x, e teremos P P' P . Í5-F = ? = r' onde: p = b3r; P = B3r, p' = x3r. j(P-P)- Substituindo p‘, p e P por seus valores, vem: x3r-b3r = -l(B3r-b3r), B3 + b3 2 x = = 2m60. O comprimento aa’ se determina de acordo com a relação: aa' a'n' x~b 2,60-2 aA " AK - B-b " 3-2 Onde aa' = 0,6 x Aa = 0,6 x 4 = 2m40. Capitulo 7 CAPÍTULO 7 Fig. 310 nA2 - S Ou enfim: nr2 = Resposta: vale superfície totaltronco a multiplicada pele da altura. 203 A ~T Solução: Conhecemos AS = A, nR2 = S, e So - h. Determinemos o raio R da base, depois a altura H. S rrSh2 rrA2-S 453. Conhecendo-se o lado e a altura de um cone, determinar a superfície da sessão paralela a base e feita a uma distancia dada do vértice. 454. Demonstrar que se o lado de um tronco de cone vale a soma dos raios das bases: 1° a média geométrica entre estes raios dá sempre a metade da altura; 2° o volume deste 1 6 De nR2 = S, tira-se R = Mas, H2 = A2 - R2 = A2 - — = n n Agora é fácil calcular r, e, por conseguinte, a superfície pedida, porque temos: r h r2 h2 R’H ou Sh2H2 = nSh2 nA2 - S Solução: Devemos ter: 1o -^ = VRr; 2o V = Sup. Total x^-. 1o Tracemos O'P, paralela ao lado; obtemos o triângulo retângulo OOP, que dá: Geometria Elementar onde: ,a Sup. dos dois cones = 204 455. Calcular a superfície gerada por um triângulo equilateral, girando ao redor de seu lado a. a Fig. 312 / h: \R+r V h2 = O'P2-OP!; Ora, O'P = R + r e OP = R - r; logo: h2 = (R + r)2 - (R - r)2 = 4Rr, h = 2\/Rr, £ = 7r7. Solução: A superfície gerada pelo triângulo dado é a de dois cones iguais, cujo raio é h, e a aresta, a. Ora,h = -^yL Fig. 311 2o Obteremos o volume do tronco de cone multiplicando a superfície total por: h 6‘ Com efeito, Sup. total = nR2 + nr2 + n(R + r) x (R + r), = nR2 + nr2 + tiR2+ nr2 + 2nRr, = 2n (R2 + r2 + Rr). Sup. totalx | £ x2n(R2 + r2 + Rr), = ^-(R2+ r2+Rr), isto é, exatamente a expressão do volume do tronco de cone. A superfície lateral de cada cone é igual a nha, a superfície total será 2nha, onde, substituindo h por seu valor: = na2 73. Capítulo 7 b Fig. 313 at B N 205 M Solução: Devemos ter: 3a2 na2 n x------x a =------- . 4 2 456. Seja ABCD um retângulo; no plano deste retângulo, traça- se uma reta MN, paralela ao lado AB e fora do retângulo; depois, faz-se girar o retângulo ao redor de MN. Demonstrar que o volume gerado pelo retângulo iguala a superfície deste retângulo multiplicada pela circunferência descrita pelo ponto de interseção O das diagonais. D C ---AD2 =^-,eBC = a; 457. Um triângulo equilateral de lado a, gira ao redor de vértice; qual é o volume gerado por este triângulo? Solução: Temos imediatamente: V = |nAD2xBC. Ora, V = bhx2it^ + dj. O volume V, gerado pelo retângulo, vale a diferença dos volumes gerados pelos retângulos MDCN e MABN. Façamos AB = MN = h, AD = b, e AM = d; teremos: V = 7i(b + d)2 - nd2h, = nh[(b2 + d2 + 2bd) - d2] = nhb2 — 2nhbd = nhb(b + 2d) = bhxn(-y + 2d) = bh x 2:d + d) h onde: V4 Geometria Elementar cB D x yE F B 32 C 206 A Fig. 314 459. Calcular o volume gerado por um triângulo cujos lados têm respectivamente 2m, 3m e 4m, quando gira ao redor do lado de 4m. n . rca2 Resposta: ——. 458. Um triângulo isósceles ABC, gira ao redor de uma reta fixa, paralela à base BC, e passando pelo seu vértice A. Calcular o volume gerado, se BC = 3m, e AB = 4m. X______ A YÜT B D C Fig. 315 h _____ ....... A*^—•> D Fig. 316 2 ------Solução: Temos: V = — nAD2 x BC. O triângulo retângulo ABD dá: AD2 = AB2 - BD2 = 42 - 1.52 = 13,75 Substituindo AD2 e BC por seus valores, temos, o V = y n X 13,75x 3 = 86m3394. Resposta: 86m3394. Capitulo 7 h2 = E h CB a a D .CD = a. 6 Resposta: v = 207 6a2 2 460. Seja ABC um triângulo equilateral de lado a; prolonga-se a base BC de uma quantidade CD = a. Eleva-se a perpendicular DE, e depois, faz-se girar o triângulo ao redor de DE. Calcular o volume gerado. ita3V3. na73 í 9a2 2 3a2 \V=—+ a +—} 6 I 4 V = v_v = ^bãf3a2 + 3âi' 6 2 Fig. 317 Solução: Os 2 trapézios ABDE e ACDE geram, por sua revolução, dois troncos de cone, cuja diferença dá o volume pedido. A altura deles é , os raios das bases são BD = 2a, AE = 2 2 Representando por V e V‘ os volumes dos dois troncos de cone, e por v o volume procurado, vem: .. naVã v=— Solução: Girando ao redor de AC, o triângulo ABC gera dois cones que terão uma base comum cujo raio será h, e as arestas AB e BC. A incógnita é, pois h. Fazendo DC = x, AD = — x, teremos para o volume pedido: V = nh2 x-í-+ nh2 x = ^-nh2. 3 3 3 O valor de h se calcula facilmente: é a altura correspondente ao lado de 4m, num triângulo cujos dois outros lados valem 2m e 3m. Temos: X 4.5 X (4,5 - 4)(4,5 - 3)(4,5 - 2) = 2,11. Temos, pois: V = |ix 2,11 = 8m3838. Resposta: 8m 3838. I- na 73 6 na\Í3 9a2 3= —-— x----- = — 6 4 4 na3 >/3. 4 Geometria Elementar A B Ora, volume AOB = Onde: (1) A R SO 208 volume AOBNCM = Resposta: nR3. Fig. 319 Calculemos os valores de AP2 e PS; chamemos R e D as linhas OA e OS. 462. Por um ponto S, tomado sobre o prolongamento do diâmetro de um círculo, traça-se uma tangente SA, e faz-se girar o círculo ao redor do diâmetro; a circunferência descreve uma esfera e a tangente SA um cone cuja base é o circulo descrito pela perpendicular AP ao diâmetro. Determinar o volume e a superfície do cone. Sabe-se que O A = 0m035 e OS = 0m125. 461. AB é o diâmetro de um semí-círculo de centro C; sobre cada raio AC, BC, descreve-se um semi-círculo; calcular o volume gerado pela superfície compreendida entre os três semi-circulos por uma volta da figura ao redor de AB. Solução: O volume gerado pela parte AOBNCM é igual ao volume gerado pelo semi-círculo AOB menos a soma dos volumes gerados pelos dois semi- circulos iguais AMC, CNB. 1 3 C Fig. 318 nR3, nR3 = nR3. ..ÍP. p R3 1 ’tX"8'=3 Solução: O volume do cone é V = -irrAP2 xPS. InR3- 4 3 4 2 volumes AMC = 2 x — Capítulo 7 Ora PS = ^- V = V = V = Resposta: 0dm3136; 1dm2266 209 R ÃS = D’ Os triângulos semelhantes OAP e OAS dão: AP R AP2 R2 ou •==• = —=-. AS2 D2 AS2 = D2-R2; onde: AP2 = —t-(D2-R2). D2 Enfim, o triângulo retângulo APS dá: D D Levando à expressão (1) os valores de AP2 e de PS obtemos: r4(D2-R2)P^ 4"x£(D2-r2)2 Substituindo as letras por seus valores, e tomando o dm por unidade, teremos: 3,1416 x0í3^x z = 0dmIl36 3 1.252 A superfície lateral será: S = nAP x AS. Substituindo AP e AS por seus valores: ^>/D2 -R2 e Vd2-R2,temos: DS = n£(D2-R2) = 3.1416 x 5^5. x 1,44 = 1dm2266 1.25 Geometria Elementar CAPÍTULO 8 463. tamanhoo e B A’ F’ O F A 210 B’ Frg. 321 Fig 320 Solução: Seja M um ponto igualmente distante das duas circunferências F, F', uma interior á outra. Tracemos MF e MF'; a primeira destas retas encontra a circunferência em D, e a segunda encontra a circunferência F' em D'. Mas, por hipótese MD = MD'; onde resulta que a soma das distâncias MF, MF', do ponto M aos centros F e F' das duas circunferências, é igual à soma constante dos raios FD, F'D'. O lugar do ponto M é, pois, uma elipse de focos F e F' e de eixo maior igual a FD + F'D'. Construir uma elipse, conhecendo-se seus focos e um de seus pontos. Solução: Sejam F e F* os 2 focos, e M um dos pontos da curva. Podemos escrever: F’M + FM = 2a. Conhecemos, pois, os dois focos e o eixo maior. É fácil concluir. 464. Qual é o lugar dos pontos equidistantes de duas circunferências, sendo uma interior à outra? Temos F'B + FB = 2a. É, pois, fácil construir a curva. 465. Construir uma elipse, conhecendo-se posição do eixo menor e um dos focos. Solução: Sejam BB’ o eixo menor, e F' o foco conhecido. Do ponto F', baixemos uma perpendicular F’OF a BB', e tomemos OF = F'O. O ponto F é o segundo foco. Capitulo 8 L Fig, 322 (1) (2) 211 pois, uma quarta proporcional aa.aec. O lugar é, também, uma 2“ reta D'E', perpendicular a AA'. à distância. OI’ = OI. As retas DE e D'E' chamam-se as diretrizes da elipse. 467. Achar o lugar dos pontos tais que a diferença dos quadrados das distâncias de cada um dos focos da elipse seja 4a2. Solução: Seja L um dos pontos do lugar. Podemos escrever, de acordo com o enunciado: LF'2-LF2 = 4a2. Abaixemos LI perpendicular a A'A, e façamos OI = x. Os triângulos retângulos LF'I. LFI dâo sucessivamente lf2 = m2 + íl2, LF2=FÍ2 + ÍL2, Onde:LF'2-LF2=FÍ2-FÍ2, Ou LF'2- LF2 = (c + x)2 - (x - c)2 = 4cx. Das igualdades (1) e (2), resulta que a2 4cx = 4a2, e x = — . c Como x é a distância do ponto L ao eixo menor, todos os pontos de DE estão a esta mesma distância. 466. O eixo maior da elipse é dividido por um foco em duas partes, cujo produto é b2. Solução: Temos, na figura 321: FA x FA’ = b2 O lugar pedido é, pois, uma reta DE, tal que o comprimento Ol= —. OI é, c Com efeito FA = a - c, FA' = a + c. Logo: FA x FA' = (a - c) (a + c) = a2 - c2 = b2. Geometria Elementar Fig, 323 F’ O F B’ Fig. 324 212 469. Construir uma elipse, conhecendo-se 2b e 2c. B 468. A soma do quadrado da reta que une um ponto deuma elipse ao centro, com o produto dos raios vetores deste mesmo ponto, é constante, e vale a soma dos quadrados do semi-eixo maior e do semi-eixo menor. B 2OM2 + 2OF2 + 2MF x MF' = (MF + MF')2. Mas, MF + MF' = AA' = 2OA. Temos, pois: 2ÕM2 + 2ÕF2 + 2MF x MF' = 4ÕÃ2, ÕM2 + MFx MF’ = 2ÕÃ2 - ÕF2, ÕM2 + MF x MF' = ÕÃ2 + ÕÃ2 - ÕF2, E, como OA2 - OF2 - OB2, temos enfim: ÕM2 + MF x MF' = ÕÃ2 + ÕB2. B' Solução: Teremos, para um ponto qualquer da elipse: ÕM2 + MF x MF' = ÕÃ2 + ÕB2. Com efeito, MO sendo uma das medianas do triângulo MFF', temos (ex. 255) 2ÕM2 + 2ÕF2 = MF2 + MF'2. Se acrescentarmos a cada membro desta igualdade o produto 2MF x MF', obtemos: Capítulo 8 (1) 471. B A' A Fig. 325 213 Qualquer diâmetro da elipse é superior ao eixo menor, e inferior ao eixo maior. Solução: Tracemos a reta F*F, igual a 2c; no meio dela, O, elevemos uma perpendicular BB‘, e, de cada lado de O levemos sobre esta perpendicular um comprimento igual a b. Temos F’B + FB = 2a. Conhecemos, pois 2b e 2c, ou ainda os focos F e F’, e 2a. É fácil construir a curva. B’ Com efeito, a igualdade do ex. precede: MM’2 = BB,2+(MF*-MF)2 , indica que o diâmetro MM1 cresce ou decresce conforme MF* - MF cresce ou decresce. Ora, o maior valor de MF* - MF é F*F e o menor valor é zero. Levando sucessivamente esses valores limites de MF* - MF à relação precedente temos: 1° MM’2 = 8B,2+ FF’2 = ÃÃ'2, Onde: MM’ = AA'. 470. O quadrado de qualquer diâmetro de uma elipse, é igual ao quadrado do eixo menor mais o quadrado da diferença dos dois raios vetores de uma das extremidades deste diâmetro, (fig. 325). Solução: Sendo a reta MM' um diâmetro qualquer, teremos. MM"'2 = BB'2+(MF'-MF)2. Com efeito, pois que a reta MO é uma das medianas do triângulo MF'F, temos (ex. 255): 2ÕM2 + 2ÕF2 = MF’2+ MF2. E, como o eixo maior vale a soma dos raios vetores MF' e MF, vem: ÃÃl2 = MF,2+MF2 + 2MF,xMF. (2) Subtraindo a segunda igualdade da primeira multiplicada por 2, obtemos: 4ÕM2 + 4ÕF2 - ÃÃ2 =2MF'2+2MF2 -MF'2-MF2 -2MF'xMF, ou, depois das reduções: 4OM2 = AA'2- 4OF2 + (MF -MF)2. Mas, 4ÕM2 = MM'2, e ÃÃ'2-4ÕF2 = BB'2. Logo: MM2 = BB2 + (MF'- MF)2. Geometria Elementar A' A Fig. 326O 474. 214 Construir uma elipse, conhecendo-se os dois focos e uma tangente. Solução: A igualdade (ex. 473) b2 = FTx FT mostra que b é meio proporcional enlre FT e FT. Ora, F'L = F'M + FM = 2a; Logo OT = OA, e o ponto T se acha na circunferência descrita com 2a. A demonstração ê idêntica para o ponto T'. 473. O produto das distâncias dos focos da elipse a uma tangente, é igual a b2. Solução: Devemos ter FT x FT' = b2. Com efeito, as duas cordas TK e AA’ dão: KF’ x FT = A'F' x AF’ = b2 (ex. 466); mas por causa do ângulo reto inscrito, T, KT é um diâmetro e os dois triângulos iguais KF’O, OFT dão KF' = FT. Substituindo KF' por seu valor, vem: FT x FT = b2. 472. O lugar das projeções dos focos de uma elipse sobre as tangentes, é a circunferência descrita sobre o eixo maior como diâmetro. L’ £ £2 7f’ -V F 2o MM'2 = BB'2. Ou MM’ = BB’. Solução: É preciso provar que os pontos T e T’ estão na circunferência descrita sobre 2a. Com efeito, por causa da tangente TT. temos TF = TL. Temos também OF' = OF; destas duas igualdades, conclue-se que a linha OT é paralela a F'L • i F’L e igual a -y. Capítulo 8 B OF’ (1) (2) B (3) (4) (5) 215 / F Fig. 327 Conhecem-se então: 2a = F'B + FB, e os focos. É fácil construir a curva. Onde a construção: abaixam-se sobre a tangente dada as perpendiculares FT e FT; toma-se uma meia proporcional b entre os comprimentos destas duas perpendiculares, no meio O de F’F eleva-se a perpendicular OB = b. MF,2-MF2 = 4cx. 475. Para todo ponto da elipse, os raios vetores MF' e MF têm cx cxpor valores a + — e a------ . A origem das abcissas x é o a a centro da elipse. Solução: Empregando as notações conhecidas, temos: MF'+ MF = 2a, MF'2 = (c + x) + y2 e MF2 = (c - x) + y2, onde: MF'2- MF2 = (c + x)2 + y2 - (c - x)2 - y2, e B’ Fig. 328 Dividindo membro a membro (2) e (1), temos: MF,2-MF2 4cx 2cx ---------------- =------ ou MF - MF =----- MF'+MF--- 2a--------------------------a As igualdades (1) e (3) dão por adição: n. ._, 2cx cx 2MF = 2a +----- , ou MF = a + —, a a E por subtração: o. ._ 2cx cx 2MF = 2a--------, ou MF = a------- . a a Geometria Elementar .2 (a2-x2). do circulo, Y, e uma ordenada da elipse y, tem-se: Fig. 329 216 Y a 477. Descrevendo-se um círculo sobre o eixo maior da elipse e, de qualquer ponto deste eixo, traçando-se uma ordenada y__b Y a Solução: Com efeito, (ex. 475): K.r- CXMF = a------ , a onde: MF2 = O triângulo retângulo MFP (fig. 328) dá: MF2 = (c-x)2 + y2. Portanto: =(c-x)2 + y2. Efetuando, vem, depois das reduções: a2(a2 - c2) + x2(c2 - a2) - a2/ = 0. Mas a2 - c2 = b2, e c2 - a2 = -b2. Então a2b2 - b2x2 - aV = 0, Onde: b2(a2 - x2) = a2y2, e y2 = A-x<> Solução: Com efeito, temos para a circunferência: Y2 = ÕM2 - ÕP2, ou Y2 = a2-x2, E, para elipse (ex. 476): y2 = ÈÍ(a2-x2). Dividindo a última equação pela precedente vem: y2 b2 A;- = ou Y2 a2 476. Para todo ponto M da elipse, y2 Capítulo 8 (xab)2 - na2 x xb2. 480. 483. Cada vértice da hipérbole divide a distância dos dois 217 Fig. 330 Solução: Seja o diâmetro MOM'. Tracemos MF, MF', M’F, M'F', a figura MFM'F' é um paralelogramo e, portanto: M'F* = MF. Ora. o triângulo MF'M' dá MOM' > MF’ - M'F', ou MOM' > MF' - MF ou 2a. Construir uma hipérbole, conhecendo-se seus focos e um de seus pontos. Solução: Sejam M, o ponto dado, e F* e F o focos; temos: MF*-MF = 2a. Conhecemos os 2 focos e 2a. É fácil construir a curva. 482. Construir uma hipérbole, conhecendo-se 2a e 2b. Solução: Com a igualdade, c2 = a2 + b2, determina-se c. 479. Qualquer diâmetro da hipérbole é maior que 2a. (Qualquer reta que passe pelo centro da hipérbole e termine nos ramos da curva, é um diâmetro). 478. A área da elipse é meia proporcional entre os círculos descritas sobre os dois eixos como diâmetros. Solução: Com efeito, as áreas dos dois círculos descritos sobre 2a e 2b valem xa2 e xb2, e a da elipse xab. Ora, temos realmente: focos em duas partes cujo produto é b2 (fig. 330). Solução: Seja o vértice A. Temos: AF = (c - a) e AF' = c + a, Onde: AF x AF' = (c - a) (c + a) = c2 - a2 = b2. 481. Construir uma hipérbole, conhecendo 2b e 2c. Solução: Da igualdade: c2 = a2 + b2. Tira-se a2 = c2 - b2. Está assim determinado a (ex. 231). Conhecidos 2a e 2c a hipérbole se constrói com facilidade. Geometria Elementar 484. Achar o lugar dos pontos tais que a diferença dos 485. D Fig. 331 Conheço agora o foco F e a diretriz DE; posso facilmente construir a curva. C Fig. 332 C' D 218 Construir uma parábola, conhecendo seu foco e seu vértice. Solução: 1o Sejam DE a diretriz, e M e M' os pontos dados. Suponhamos conhecido o foco F. O raio vetor FM é igual á perpendicular MC, e o raio vetor FM' é igual à perpendicular M‘C. E Solução: Seja F e A o foco e o vértice dados. Traço AF, que prolongo de AD = AF, e, no ponto D, elevo a perpendicular DE. E 486. Construir uma parábola, conhecendo seu parâmetro. Solução: Conhecemos DF. O ponto F é o foco, e o ponto A, meio de DF, é o vértice da parábola. É fácil construi-la (ex. 485). 487. Construir uma parábola, conhecendo-se: 1° a diretriz e dois pontos; 2° o foco e dois pontos. quadrados das distâncias aos dois focos seja igual a 4a2. Solução: Mesma demonstração que para a elipse. Apenas observamos que as diretrizes DE e D'E' estão colocadas entre os a2 vértices A e A', e o centro O; porque — ou OI < a, pois a < c. c Capitulo 8 ,T MK L O' Fig. 333 T/ p N M' 219 488. A distância do foco à tangente é meia proporcional entre o raio vetor do ponto de contato e o semi-parãmetro. O foco F fica, pois, na interseção das circunferências tangentes à diretriz dada, e descritas dos pontos M e M' como centros, e com as perpendiculares MC e M’C como raios. As duas curvas se cortarão geralmente em 2 pontos F e F’ queserão os focos de 2 parábolas que satisfazem ao problema. Quando MM' = MC + M'C, as 2 circunferências se tocam exteriormente; há apenas uma solução. Não há solução quando MM’ > MC + M'C’. 2o Se o foco F é dado, as diretrizes serão, de acordo com o que precede, as tangentes DE, D*E' comuns às circunferências descritas dos pontos M e M' como centros e com MF, M'F’ como raios Solução: Devemos ter FO2 = FM x AF. Com efeito, do vértice A, tracemos a perpendicular AO ao eixo. Os triângulos semelhantes IOA, IMP, dão: Dai resulta que a perpendicular FK encontra também em O a tangente IM; a reta OA é, pois, uma perpendicular baixada do vértice do ângulo reto de um triângulo retângulo IOF sobre a hipotenusa e temos: FÕ2 = FIxFA. Substituindo Fl por seu valor FM, vem: FÕ2 = FM x FA. Al _ IO. IP " IM’ Ora Al é a metade de IP; portanto, IO é a metade de IM. Mas o triângulo IFM é isósceles, pois o ângulo I = KMO = OMF; portanto Fl = FM. E Geometria Elementar Solução: Devemos ter: 491. M ■ D L Fig. 334 M' F 220 m’ Construir uma parábola, conhecendo a distância de uma tangente ao foco e o raio vetor do ponto de contato. Solução: No triângulo retângulo OMF, conhecemos OF e MF. Podemos construir este triângulo. Podemos também construir o triângulo isósceles IMF, duplo do triângulo retângulo OMF; enfim do ponto M, abaixa-se MP sobre o prolongamento de IF. É a construção do exercício precedente 492. Na parábola, a paralela ao eixo, traçada pelo ponto de encontro de duas tangentes, divide em duas partes iguais a corda que une os pontos de contato. m _ x 490. Construir uma parábola, conhecendo a subtangente e a ordenada correspondente (fig. 333). Solução: De acordo com os dados, conhecemos o triângulo retângulo IPM; conhecemos também o vértice A, pois IA = AP. No ponto A, elevaremos uma perpendicular que determinará sobre IM o ponto O; enfim, a perpendicular OF a IM determinará o foco. Conhecendo o foco e o vértice, estamos no caso do ex. 485. t,2 f. ■ Com efeito chamemos r, r* os raios vetores dos pontos M, M', e t, t' as perpendiculares às tangentes cujos pontos de contato são M e M’; temos (ex. 488): 489. Os quadrados das distâncias do foco às tangentes à parábola estão na mesma razão que os raio vetores correspondentes. t2 = rx FA, f2 = r'xFA. t2 r Dividindo membro a membro: — t’2 r Capítulo 8 T T’ A P’ L’ P 221 Fig. 335 Solução: Com efeito, traçando-se NL paralelamente ao eixo, ela passará pelo meio L de MM', e, portanto, a ordenada LL' será igual à semi-soma das bases MP, M'P' do trapézio. Ora, temos: Solução: Seja N o ponto de encontro de 2 tangentes. Temos: 493. Traçando-se ordenadas de dois Pontos M e M' de uma parábola, o trapézio MM'P'P obtido, tem uma superfície dupla do triângulo NTT', formado pelo eixo e as tangentes dos pontos M e M'. (N é o ponto de encontro das tangentes MTeMT). Onde: TA - TA = AP - AP‘, Ou TT = PP' Nm = NF = Nm' A reta ND, traçada paralelamente ao eixo, passa, pois, pelo meio de mm'. Mas como ND é paralela a Mm, M'm', ela divide MM' na mesma razão que mm'. Logo, o ponto L é o meio de MM'. 494. A área de um segmento parabólico compreendido entre o 2 eixo e uma ordenada, é equivalente aos — do retângulo que tem por dimensões a ordenada e a abcissa do segmento. Triângulo NTT' = 1TT' x LL', e trapézio MM’P'P = PP* x LL'. Para mostrar que o trapézio tem uma superfície dupla da do triângulo, basta mostrar que TT' = PP'; o que acontece, pois: TA = AP, TA = AP' Geometria Elementar M NFig. 336 P n’ n mT d) (2) x 496. 222 495. Na parábola, os quadrados de duas ordenadas y e y' estão entre si como as abcissas xex'.A origem das abcissas é o vértice da curva. Construir uma parábola, conhecendo uma a abcissa corresponden te. y2 Dividindo membro a membro (1) e (2), temos: . y’z x' p’ /’ A /’ P Sejam T, n', p', I* os pontos em que as tangentes traçadas pelos pontos M, N, P, L encontram o eixo. De acordo com o exercício precedente, o trapézio PLIp, por exemplo, será o dobro do triângulo que tem por base pT, e por altura a semi-soma das ordenadas Pp, LI; o mesmo acontece para outros trapézios e os triângulos correspondentes. Se, pois, decompusermos o segmento AMm e a figura AMT em elementos correspondentes, teremos: Segm. AMm = 2AMT, 2 2 e, portanto segm. AMm = —triângulo TMm = — AmxMm. 2 Solução: Devemos ter: segm. AMm = -Amx Mm. Com efeito, seja AM um arco de parábola. Inscrevamos neste arco uma linha quebrada ALPNM, depois tracemos as ordenadas dos pontos L, P, N, M. 2 y2 Solução: A igualdade: / = 2xx DF, dá: DF = . Logo, DF é uma quarta proporcional aos comprimentos dados y, y e 2x. Conhecendo o parâmetro, pode-se construir a curva (ex. 486) a abcissay eSolução: Temos, com efeito, para uma ordenada correspondente x: y2 = xx 2DF, e, para uma ordenada y' e a abcissa x': y'2 = x‘ x 2DF. Capítulo 8 C BD Fig. 337 E vem: 223 Por causa da simetria da parábola em relação ao eixo AB. a corda MM’ que une os pontos de tangéncia M, M' da parábola e do circulo é perpendicular ao eixo e paralela a CE; além disso, o ponto O, centro do circulo, e o ponto de contato B estão sobre AB. Se conhecéssemos o ponto L, fazendo a subnormal LO igual ao parâmetro p da parábola, obteríamos o centro O e raio OB do circulo pedido; trata-se, pois, de determinar o ponto L. Ora, o triângulo retângulo MOL dá: MÕ2 =ML2 + LÕ2; mas MO2 = (BL - p)2, ML2 = 2p x AL e LO2 = p2, onde: (BL - p)2 = 2p x AL + p2; desenvolvendo o quadrado (BL - p)2 BL2 - 2p x BL + p2 = 2p x AL + p2, BL2 = 2p(AL + BL). Por outra parte, temos : BC2 = 2p x AB = 2p(AL + BL), onde BL = BC. Levando sobre BA, a partir de B, o comprimento BL = BC. determinaremos o ponto L; teremos, portanto, o ponto O, que está à distância LO - p, do ponto 497. Achar o parâmetro de uma parábola AM, cuja direção eixo é dada. Solução: Do ponto M da curva, abaixa-se uma ordenada sobre eixo, e tem- se: = y2x 2DF. Determina-se DF como no problema precedente. 498. Inscrever um círculo num segmento de parábola determinado por uma corda perpendicular ao eixo. Solução: Suponhamos resolvido o problema, e sejam CAE o segmento de parábola determinado pela perpendicular CE ao eixo, e O o centro do círculo pedido. Geometria Elementar CAPÍTULO 9 - EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO 1 B M C Fig. 338 BC = 2AB. 224 500. Achar, sobre um dos lados do ângulo ABO, um ponto O equidistante do outro lado e do ponto E dado sobre o primeiro. Observação. — Desta demonstração resulta que em qualquer triângulo retângulo, a mediana relativa à hipotenusa é a metade da hipotenusa: é mais um processo para se resolver o ex. 113. 1 22o Reciprocamente. Se C = — de reto, B = — de reto. Tracemos a mediana AM. Temos AM = BM, conforme o que precede, e o triângulo ABM é isósceles. Uma vez, porém, que AM = MC, o ângulo 1 2MAC = — de reto, e portanto MAB = — de reto. Então, o triângulo isósceles Solução: 1o Tracemos AM, mediana, e Ml, paralela a BA: temos Al - IC (ex. 49), e os triângulos retângulos AMI, IMC são iguais; então AM = MC = BM = AB, e o triângulo ABM é eqüilateral; portanto: 2 1 B = —de reto: logo C = — de reto. 2 2 BAM dá B = BAM = —de reto. Resulta disto que o terceiro BMA = — de reto também; logo, o triângulo BAM é eqüilateral; portanto AB = BM = ^BC, ou 1 reciprocamente, C = — de ângulo reto, BC é o dobro de AB. 499. Se, num triângulo ABC, retângulo em A, a hipotenusa for o 1 dobro do lado AB, o ângulo C = — de ângulo reto; e Capítulo 9 - Revisão do Capítulo 1 Solução: Deve-se ter: B CM 225 Observação. — Quando o ângulo ABC é reto, ED é paralela a AB, e então o ponto O fica evidentemente no meio de BE; se o ângulo ABC for obtuso, ED encontrará o prolongamento BA' de AB e a solução vem a ser a mesma do caso em que ABC é agudo. Fig. 339 Solução: Suponhamos o problema resolvido e seja OE = OF. Abaixemos sobre AB a perpendicular ED, e tracemos a reta EF que será bissetriz do ângulo BED, pois os ângulos OEF, DEF são ambos iguais ao ânguloOFE. Logo, para determinar o ponto O, bastará abaixar a perpendicular ED sobre AB, em seguida, traça-se a bissetriz EF, e afinal, levanta-se no ponto F uma perpendicular cuja interseção com BE será o ponto procurado. 3 AB + BC + AC > AM + BN + CP > (AB + BC + AC). Com efeito, tem-se primeiro (ex. 13) 2AM < AB + AC e por analogia 2BN < AB + BC, 2CP < AC + BC: Somando-se estas 3 desigualdades, depois supressão do fator 2, dá: 1o AM + BN + CP < AB + BC + AC. 501. Num triângulo qualquer, a soma das medianas fica 3 compreendida entre o perímetro e os — do dito perímetro. Fig. 340 Do triângulo AOB, podemos tirar o seguinte: AB < AO + OB. 2 2 2Ou (ex. 56) AB < —(AM + BN), também BC < |(BN + CP), AC < ±(AM + CP). Geometria Elementar E reunindo. CA H I M Fig. 341 226 502. Num triângulo qualquer, uma bissetriz interior não excede a mediana correspondente. B Solução: Seja o triângulo ABC e a bissetriz BI Quando os ângulos A e C são iguais, o triângulo é isósceles e a bissetriz BI se confunde com a mediana e a altura. Suponhamos A > C, e demonstremos que a bissetriz BI fica compreendida entre a mediana e a altura correspondentes. Para isso, estabeleceremos os dois lemas seguintes: 1o A bissetriz BI se acha no ângulo HBC formado pela altura BH e o lado BC. Sendo o ângulo A obtuso ou reto, a proposição é evidente; se for agudo, teremos a desigualdade. Pela soma destas três últimas desigualdades, depois das simplificações, obtemos: A + —B > 1 reto : 2 503. Num triângulo qualquer, a soma das bissetrizes é menor que o perímetro e maior que o semi-perímetro do triângulo. AB + BC + AC < | (AM + BN + CP), 3AB + BC + AC > AM + BN + CP > — (AB + BC + AC). 4 3Ou 2o AM + BN + CP > (AB + BC + AC) Pois A + B + C = 2 retos e A > C dão: 2A + B > 2 retos, ou A + —B > 1 reto. 2 Portanto, o ângulo AIB é agudo, e a bissetriz BI se encontra dentro do ângulo HBC. 2o O segmento Cl, adjacente ao menor dos dois ângulos A, C, é maior que o outro segmento Al. Com efeito, fazendo BA’ = BA, e traçando a reta IA', os dois triângulos ABI, A'BI serão iguais, e o ângulo CA'I, suplemento de A, é maior que C, o que dá Cl > A'l, ou Cl > Al. Seja agora a mediana BM A expressão Cl > Al dá HM > Hl: Onde: BM > BI. Capítulo 9 - Revisão do Capitulo 1 A CB’ Fig.342 Fig. 343 227 504. De todos os triângulos formados com um ângulo dado A, compreendido entre dois lados de soma constante, o triângulo isósceles ABC é que tem perímetro mínimo. Solução: Com efeito, tomemos arbitrariamente BB' = CC, e unamos B' a C; teremos AB' + AC = AB + AC. Trata-se, pois de verificar a desigualdade B'C’ > BC. Tracemos B'D paralela e igual a CC e unamos D e C. O quadrilátero assim formado B’CCD, é paralelogramo, e B'C = DC. Ora, nos triângulos isósceles ABC, BB'D, os ângulos A e BB'D sendo suplementares por causa das paralelas AC e B'D, resulta que os ângulos da base dos mesmos triângulos são também suplementares, e portanto ABC + B‘BD = 1 reto. Logo, DBC é reto e DC > BC, ou afinal BC > BC. Solução: 1o De conformidade com o ex precedente, a soma das bissetrizes não ultrapassa a soma das medianas; logo (ex. 501), é menor que o perímetro. 2o Por outra parte, temos: OA + OB' > AB', OB' + OC > B'C, OC + OA' > CA', OA' + OB > A'B, OB + OC > BC, OC + OA > CA. Efetuando a soma temos: 2AA' + 2BB' + 2CC > AB + BC + AC, Onde: AA' + BB' + CC > (AB + BC + AC). Geometria Elementar C •D BA P’ P'O. 228 505. Sobre uma reta dada AB, achar um ponto M tal que a diferença de suas distâncias a dois pontos dados C, D, situados de cada lado de AB, seja máxima. Solução: Tracemos pelo ponto C, simétrico de C, a reta CDM e unamos o ponto C ao ponto M, teremos: Fig. 344 CM - MD = CM - MD = CD. Ora, esta diferença é máxima quando os pontos C,D, M, estão em linha reta, isto é, quando qualquer outro ponto M' nos der: CM' - M'D < CD. Com efeito, tracemos M'D; num triângulo CM'D, sabemos que um lado qualquer CD é maior que a diferença dos outros dois; logo: CM' - M'D < CD, ou CM' - M'D < CD Logo, o ponto M assim determinado satisfaz à questão. 506. Sobre o lado AB de um triângulo, achar um ponto tal que a soma de suas distâncias aos outros lados seja mínima. Solução: Tomemos sobre AB dois pontos quaisquer P, P’ e abaixemos as respectivas perpendiculares PM, PN, P’M', P'N' sobre os lados AC e BC. C n Observação. — Evidentemente, se os pontos C e D forem equidistantes de AB, a diferença é nula e o ponto M não existe. P Fig. 345 Determinemos primeiro qual das duas somas PM + PN e P'M' + P'N' é a menor. Para isso, escrevamos a desigualdade: PM + PN * P'M' + P'N'. Se traçarmos PO paralela a AC e P'R paralela a BC, desigualdade precedente vem a ser: PM + PR + RN * P'Q + OM' + P'N’, e por causa de PM = OM', RN = P'N‘, PR * Capítulo 9 — Revisão do Capitulo 1 Fig. 346 O B 508. Fig 347 BA I (D 229 507. No plano de um triângulo, achar um ponto tal que a soma de suas distâncias aos três lados do triângulo seja mínima. O ponto I sendo o meio da base AB de um triângulo isósceles ABC, e M, um ponto qualquer do lado AC, demonstrar que a diferença dos comprimentos AB e AM é maior do que a dos comprimentos IB e IM. Solução: Teremos: AB - AM > IB - IM. Com efeito, podemos escrever: AB - AM * IB-IM, Ou 2AI - AM * Al - IM, ou ainda Al * AM - IM. Ora. temos: Al > AM - IM. A desigualdade (1) vem a ser pois: AB - AM > IB-IM. No triângulo ABC. supondo o ângulo B menor que o ângulo A, os dois triângulos P'PO e P'PR, cuja hipotenusa é comum, nos darão o ângulo PP'R < P'PO; Logo: PR < P'O; Onde: PM + PN < P'M' + P'N’. Vè-se que neste caso, a soma pedida diminui à medida que o ponto P se aproxima do vértice A; esta soma é, pois, mínima quando o ponto P se confunde com A, e vale a altura AD. A H L Solução: Tracemos, por um ponto qualquer P a paralela EF a AB. Supondo A > B, conforme o exercício precedente, teremos: ED < PM + PN, ou ED + EH < PM + PN + PO. Do mesmo modo, a hipótese C > A dará CL < ED + EH. O ponto pedido é, pois, o vértice do ângulo maior do triângulo dado, e o mínimo de PM + PN + PO é a altura que sai do vértice do ângulo maior dc triângulo, isto é, a menor altura do dito triângulo. Observação. — Quando os ângulos A e B são iguais, sempre se tem PM + PN = AD; qualquer que seja a posição do ponto P (ex. 44). neste caso não há valor mínimo. Geometria Elementar Fig. 348 230 A + B 2 509. Se traçarmos as bissetrízes dos ângulos exteriores de um triângulo ABC, os 3 triângulos parciais e o triângulo ABC são equiângulos. Cada ângulo do triângulo ABC tem por suplemento o dobro do ângulo que lhe é oposto no triângulo total. p , p Onde: BAD = —- = E. 2 Logo, o terceiro ângulo ABD = F e os triângulos ABD, DEF são equiângulos. Acontece o mesmo para os outros dois triângulos. A+B 2° O ângulo C = 180° - (A+B); porém acabamos de ver que D = —-—, portanto A + B = 2D; onde: C = 180° - 2D: logo, C é suplemento do dobro de D. A mesma demonstração serve para os demais ângulos A e B Disto tudo resulta com evidência que os pequenos triângulos exteriores ao triângulo dado são equiângulos entre si. g Do mesmo modo: ABD = 90°- — ; A R Logo: D = 180°-90° + y-90° + ^ Também temos: E = B F = -A . 2 2 Comparemos, agora, o triângulo ABD com o triângulo DEF; já tém o ângulo D comum. O ângulo BAG, sendo exterior ao triângulo ABC, é igual a B + C; Solução: Devemos demonstrar: 1o que os três pequenos triângulos ABD, BCE, ACE, e o triângulo total DEF são equiângulos; 2o que C = 180° - 2D; A = 180° - 2E; B = 180° - 2F. 1o No triângulo ABD, temos: D= 180° - (BAD + ABD); Ora, 2BAD + A= 180°; Logo: BAD = 90°-y. Capítulo 9 - Revisão do Capitulo 1 Fig. 349 231 510. Prolongam-se os lados de um quadrilátero qualquer ABCD; traçam-se as bissetrizes dos dois novos ângulos assim formados. Demonstrar que o ângulo FGE das bissetrizes é igual à semi-soma dos ângulos opostos DAB, BCD. A + C 2 ' Com efeito, os triângulos HGE, BFH dão: G + GEH + EHG = 180°, e HBF + HFB + FHB = 180°. Ora, os ângulos EHG e FHBsão iguais; onde: G + GEH = HBF + HFB, e G = HBF + HFB - GEH. Mas. HBF = 180°-B; 180°-(C + D). 2 180°-(B + C) 511. Sejam D, E, F os respectivos meios dos lados BC, AC, AB de um triângulo ABC, e DG, paralela à mediana CF, traçada até o seu encontro com o prolongamento de EF: demonstrar que os três lados do triângulo ADG são respectivamente iguais às três medianas do triângulo ABC. A + C Solução: Seja G o ângulo das bissetrizes EG, FG; devemos ten G = —-—. HFB = — = 2 GEH = - = 2 2 Temos, por conseguinte: G = 180°-bJ80O-(CW-)-180°-(B^ 2 2 B + D Ou, simplificando, G = 180°------—. Mas, deA + B + C + D = 360°, deduz-se: 2 2 Portanto, afinal: G = 180°-(l80°-^i No caso de A + C = 180°, o ângulo G é reto. Geometria Elementar A F GE BC A D Fig. 351 232 513. Têm-se três quadrados iguais M, N, P; traça-se uma diagonal em cada um dos dois primeiros, levam-se, em seguida as hipotenusas dos quatro triângulos retângulos assim obtidos sobre o lado do terceiro quadrado. Demonstrar que as retas que unem dois a dois os vértices dos ângulos retos dos 4 triângulos formam um quadrilátero igual à soma dos três quadrados dados, e que este quadrilátero é também um quadrado. 512. Dão-se duas paralelas e dois pontos A e B, situados fora destas paralelas e em lados diferentes; achar o caminho mais curto de A até B, por linha quebrada ADCB, tal que a parte CD, compreendida entre as paralelas, tenha direção dada, xy. D Fig. 350 Solução: Em primeiro lugar, o lado AD do triângulo ADG é uma das medianas de ABC. Em seguida, no paralelogramo OCFG, temos DG = CF A mais, temos também FG = CD = EF Os dois triângulos AFG, BEF têm, pois, FG = EF, AF = FB, e os ângulos em F são iguais. Portanto os triângulos são iguais e AG = BE. Solução: Pelo ponto B, tracemos a reta BE, paralela à direção dada, e igual à parte de xy compreendida entre as duas paralelas. Unamos o ponto E ao ponto A, e tracemos DC paralela a BE. O caminho ADCB será o mais curto, pois qualquer outro, por exemplo AD'C'B é maior. Com efeito, o paralelogramo D’EBC dá BC = ED', assim o caminho ADCB é igual ao caminho AD'EB. Ora, AD'EB e ADEB têm parte comum BE, e como o caminho AD‘E é maior que AE, segue-se que o caminho ADCB é maior que ADEB ou ADCB. Portanto, o caminho ADCB é realmente o mais curto. Capítulo 9 - Revisão do Capítulo 1 Solução: Teremos: 1o IGEK = M + N + P; 2o a figura IGEK é um quadrado. P Fig. 352 233 • 2o Da igualdade dos dois triângulos AME, KLM resulta com evidência que o ponto M está no meio de AL. Também N é o meio de DP. Ora, os comprimentos AL, DP são visivelmente iguais, por serem excessos de hipotenusas de triângulos retângulos isósceles iguais sobre os lados do quadrado P; logo, DN = LM. Então, os triângulos KLM, KND são iguais por terem cada um ângulo igual à metade de um reto em L e em D, compreendidos entre dois lados iguais KL = KD e LM = DN. Onde resulta que o ângulo LKM = DKN. Ora, EKN = LKD - LKM + DKN = LKD = 1 reto. O mesmo se dá com os 3 outros ângulos; logo, sâo retos também. Aliás, a igualdade dos mesmos triângulos dá KM = KN, ou KE = Kl, pois que M e N sâo os meios de KE e de Kl. Deste modo, o quadrilátero IGEK tem todos os seus ângulos retos e seus lados iguais; logo, é um quadrado. • 1o Consideremos os dois triângulos AEM, KLM. Os ângulos L e MAE são iguais por serem iguais cada um à metade de um reto; logo, os lados KL, AE são paralelos, e dai resulta a igualdade dos ângulos LKM e MEA. Logo, os dois triângulos AEM, KLM são iguais; o mesmo se dá para os outros pares de triângulos análogos. Ora, o quadrilátero IGEK pode ser considerado como formado pela ablação à figura primitiva dos triângulos KLM, INP, etc.. , acrescentando-se à mesma os triângulos iguais. AME, KND, etc... Logo, o quadrilátero IGEK é equivalente á soma dos trés quadrados dados. Geometria Elementar CAPÍTULO 10 - EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO 2 N ângulo A CA D K 234 Fig. 354 Solução: Traça-se uma reta indefinida AK, e constrói-se no ponto A um ângulo MAK igual ao ângulo dado; em seguida, levanta-se no mesmo ponto a perpendicular AF = h, e traça-se pelo ponto F uma paralela a AK, cuja interseção com AM dá o ponto B, que é o vértice do triângulo pedido. Subtrai-se depois AB de 2p, e iguala-se AD a 2p - AB, une-se B a D e, sobre o meio E desta reta, traça-se a perpendicular CE, que determina o ponto C, pois construindo-se BC tem-se BC = CD. ABC é, pois, o triângulo pedido 514. No triângulo ABC, traçam-se as bissetrízes dos suplementos dos ângulos A e B as quais se encontram no ponto O. Provar que a reta que une este ponto ao centro do círculo inscrito ao triângulo passa pelo terceiro vértice C. C â/ o Fig. 353 Solução: Por se achar o ponto O sobre a bissetriz do ângulo ABN, dista igualmente de AB e de BN, assim como de AB e de AM, pois que está sobre a bissetriz AO do ângulo MAB. Logo, dista igualmente também de CA e de CB. Ora, o centro D do circulo inscrito ao triângulo ABC está também igualmente distante de CA e de CB, portanto OD é a bissetriz do ângulo C e passa pelo ponto C. 515. Construir um triângulo conhecendo um adjacente à base, a altura h e o perímetro, 2p. M ri b/ Capitulo 10 - Revisão do Capitulo 2 516. 517. O'B. C Fig. 355 A, O 578. Fig. 356 logo 8AC = ACB, e o triângulo ABC é isósceles. 235 Construir um triângulo quando se conhecem dois círculos ex-inscritos. ó A? A ;C má-—An Quando duas linhas bissetrizes de um triângulo são iguais, o triângulo é isósceles. Solução: No meio das bissetrizes, levantam-se duas perpendiculares que se encontram em O; do ponto O como centro com raio AO. descreve-se uma circunferência que passará evidentemente pelos pontos A, M, N, C. AB MN Ora, os ângulos MAN, MCN são iguais porque têm ambos por medida Solução: Bastará traçar às circunferências O, O’ duas tangentes comuns interiores AC, BC, e uma tangente comum exterior. ABC será o triângulo pedido. Construir um triângulo, conhecendo-se um lado e duas medianas (fig. 43). Solução: Para se resolver este caso, basta lembrar que as medianas se 2 cortam nos — de seus comprimentos a partir do vértice; trata-se, pois, tão somente de construir um triângulo quando se conhecem os três lados. Dois casos se devem examinar: 1o uma das medianas dadas sai do vértice oposto ao lado dado; 2o as duas medianas saem dos ângulos adjacentes ao lado dado Geometria Elementar Fig. 357 Fig. 358 D A*" = 71,60, onde:Mas p = 236 Solução: Sejam A o ponto de concorrência das cordas do círculo O, e D o meio de BC. A reta OD é perpendicular sobre BC, logo, o ângulo ADO é reto; é portanto inscritivel numa semi-circunferência de diâmetro AO, que passa pelo vértice D do ângulo reto. Provar-se-ia do mesmo modo que os meios de tódas as cordas saidas do ponto A se acham sobre a circunferência de diâmetro OA. 520. Os 3 lados AB, AC, BC de um triângulo ABC têm respectivamente 41m20, 51m40, 50m60: achar os valores dos seis segmentos AD, BD, BE, EC, CF, AF, determinados sobre estes lados pelo círculo inscrito no triângulo. C /V c Solução: Os três segmentos que devemos considerar são AD, BD, CE, pois os outros três lhes são respectivamente iguais. Ora, (ex 130)= AD = p - a, BD = p - b, CE = p - c. 4120 + 51,40 + 50,60 2 AD = 71,60- 50,60 = 21m, BD = 71,60 - 51,40 = 20m20, CE = 71,60 - 41,20 = 30m40. Verificação: AD + BD + CE = p = 71m60. Resposta: 21 m, 20m20 e 30m40. 519. Provar que, quando várias cordas de um círculo, prolongadas bastante, concorrem num mesmo ponto, os meios delas estão situados sobre a circunferência de outro círculo. I ... ►B /iA Capitulo 10 - Revisão do Capitulo 2 Fig. 359 N Mi O Fig. 360 X yD B 523. Fig. 361 237 Em duas circunferências, O e O', que se cortam em A e B, une-se um ponto qualquer C da circunferência O aos pontos A e B, e prolongam-se as retas até encontrarem-se com a circunferência O' em D e em F. Traçam-se as retas BD e AF: demonstrar que o ângulo AGB é constante, qualquer que sejaa posição do ponto O sobre a circunferência O. Solução: Sejam A o ponto dado e P o ponto de contato dos dois círculos. O centro O do circulo pedido se acha sobre o prolongamento do raio CP, pois que o ponto de contato está sobre a linha dos centros; porém O está também sobre a perpendicular OD levantada no meio D de AP, pois que deve ser equidistante dos pontos A e P: logo, está na interseção de CP com DO. 522. Conhecida a posição de uma reta xy e de um ponto O, descrever deste ponto como centro uma circunferência que corte a reta xy em dois pontos, A e B, de tal maneira que unindo um ponto qualquer do segmento AMB aos pontos A e B, todos os ângulos assim formados sejam iguais a um ângulo dado. 521. Construir um círculo que passe por um ponto dado e seja tangente a outro círculo num ponto também dado. Solução: Constroem-se no ponto O com a perpendicular OD os ângulos AOD = DOB = o ângulo dado; em seguida, do ponto O como centro, com raio igual a OA, descreve-se a circunferência pedida, pois. ANB = = o ângulo dado. Geometria Elementar Ora, o arco ANB sendomesmo ângulo tem também por medida , ou uma quantidade constante; logo, é também constante. A M' Fig. 362 G< M N triângulo retângulo GHM' dá HG 525. 238 524. Quando duas circunferências se cortam, a reta que une as extremidades de dois diâmetros que partem de um dos pontos de interseção: 1° é perpendicular à corda que une estes pontos; 2° passa pelo outro ponto de interseção; 3° é a maior das retas que se podem traçar por este ponto de interseção entre as circunferências. ou afinal: MN > M'N'. O mesmo havia de acontecer para qualquer outra reta diferente de MBN; logo MBN é máxima. Traçam-se tangentes interiores ou exteriores a um círculo O, inscrito num ângulo A. Demonstrar: M'N' 2 ' o^ Solução: Devemos demonstrar: 1o que MN é perpendicular a AB, 2o que a reta MN passa pelo ponto B; 3o que MBN é máxima. Com efeito, 1o as retas OO' e MN são paralelas (ex 49); logo, AB, perpendicular à linha dos centros, OO', é perpendicular à sua paralela MN. 2o Al sendo igual a IB, como o ponto O se acha no meio de AM, conclue-se (ex. 49) que MN passa pelo ponto B. 3o Tracemos os raios OF, O'F' perpendiculares a MN; teremos OO' = CC' = MN M’N’Considerando outra reta qualquer M'BN’, teremos HH' = Mas o HH'; portanto OO' > HH', ou > Solução: O ângulo C sempre terá por medida AMB logo, é constante; este DEF-ANB 2 constante, o arco DEF também o é. Mas, o ângulo AGB tem por medida ANB + DEF 2 F’ N’ Capítulo 10 - Revisão do Capítulo 2 Fig. 363 N L? IA MB = AM + IN + DN, = ID = AM Onde: COB + DOI = 239 Solução: 1o O perímetro do triângulo ABC é constante, qualquer que seja a posição de BC. Com efeito, PC = CL e BL = BM: Logo: AB + AC + BC = AP + AM = 2AM 2o Devemos ter: 1° que as tangentes interiores BC (BC é qualquer uma destas tangentes) determinam triângulos de mesmo perímetro; 2° que as tangentes exteriores ID (ID é qualquer uma destas tangentes) determinam triângulos em que o excesso do semi-perímetro sobre o lado ID é constante; 3° que pela união do centro às extremidades das tangentes interiores ou exteriores, se obtém ângulos constantes para cada espécie de tangente; 4° que os ângulos centrais são suplementares, tanto para a tangente exterior como para a tangente interior. D PZ AI + AD+ID ...---------------------ID = AM 2 Com efeito: AD + Al + ID = 2AM + 2IN + 2DN, AD +AI + ID 2 AD + AI + ID 2 3o O ângulo COB é constante, pois é igual à metade do ângulo POM, suplemento do ângulo A. Do mesmo modo, DOI é constante, pois é igual à soma dos ângulos PON, MON. 4o PON + MON + POM = 360°, PON+MON+POM <ono -------------------------------= lou 2 Geometria Elementar DA M' C, -1 D’ Fig. 364 Fig, 365B N" m 240 Solução: Seja CD = I a secante pedida Tracemos dos centros O e O' as perpendiculares OM, O'M' sobre CD, e suponhamos a reta OP paralela a CD. CJ___ 4 ...jO’-yp' 526. Em duas circunferências que se cortam, traçar por um dos pontos de interseção, uma secante comum de comprimento dado, I. 527. Achar o lugar dos pontos onde se vê a reta AB sob um ângulo dado. Solução: O lugar procurado é o segmento capaz do ângulo dado e descrito sobre AB. Com efeito, seja AMB o segmento capaz do ângulo dado. 1o De qualquer ponto M do arco AMB, vè-se a reta AB debaixo de ângulo igual a AMB, igual ao ângulo dado; 2o de qualquer ponto I, no interior do segmento, vé-se a reta AB sob um ângulo I > M; 3o de qualquer ponto E, exterior ao segmento, vê-se a reta AB sob um ângulo E < M. O lugar é pois o arco AMB. ax' 7 Observação. — LA corda OP pode também cortar em P' a outra semi- circunferência descrita com 00' como diâmetro. E traçando-se pelo ponto A uma paralela a OP', ter-se-á outra solução, CD'. II. Para que haja solução do problema, é necessário que o triângulo OPO' seja possível. Para isso, é preciso que OP ou não seja maior que OO‘. Deste modo, o valor maior de I é 200’, e a reta CD, traçada pelo ponto A, é máxima, quando paralela à linha dos centros. No triângulo retângulo OOP, conhecemos a hipotenusa OO' ou distância dos CD Icentros e OP = MM’ = — = 1. 2 2 Com 00' como diâmetro, descrevamos uma semi-circunferência sobre a qual, a partir de O, traçaremos uma corda OP = Agora, resta só traçar pelo ponto A a reta CD, paralela a OP, para se ter a reta pedida. Capítulo 10 - Revisão do Capítulo 2 D’ Fig. 366 E’ Fig. 367 241 529. Por um ponto A, fora de uma circunferência, traçar uma secante que seja dividida pela circunferência em duas partes iguais. B’ Solução: Seja AB a secante pedida, e C o meio dela. Prolonguemos OC de uma quantidade CD = OC e unamos A a D, O a B. Os 2 triângulos ACD, COB tem ângulo igual compreendido entre lados iguais; logo sâo iguais e AD = OB. Descrevendo-se pois, do ponto A como centro uma circunferência igual à circunferência O, em seguida, do ponto O como centro com raio dobro do primeiro, um arco que corte em D a circunferência A, a interseção C da reta DO com a circunferência O será o meio da circunferência pedida; traçar-se-á enfim ACB 528. Circunscrever a um triângulo ABC outro triângulo AEF igual ao triângulo dado D'E'F'. El/ Solução: O ponto D se encontrará sobre o arco capaz do ângulo D’, e descrito sobre a corda AB; do mesmo modo, o ponto F ficará sobre o segmento capaz do ângulo F', e descrito sobre a corda AC. Agora, se traçarmos pelo ponto A uma secante DF = D'F‘ (ex. 526), e também DBE, FCE, teremos o triângulo pedido DEF. É, com efeito, igual a D’E'F’, pois estes 2 triângulos têm lado igual adjacente a 2 ângulos iguais. Observação. — Dobrando-se o arco AMB ao redor de AB, forma-se outro arco AMB que é, abaixo de AB, o arco onde se vê AB sob um ângulo dado. Além disto, é evidente que os arcos ANB, AN'B representam o lugar onde se vê a reta AB sob um ângulo suplementar do ângulo dado. Afinal, se o ângulo dado for reto, os arcos AMB, AND são semi- circunferências descritas com o diâmetro AB; por conseguinte, o lugar onde se vê uma reta sob um ângulo reto é o círculo descrito sobre esta reta como como diâmetro. Geometria Elementar G i B A E. A' B a 242 530. Achar o lugar geométrico dos meios das cordas saídas: 1° de um ponto fora do círculo; 2° de um ponto tomado sobre a circunferência; 3° de um ponto tomado no interior do circulo. P Observação. — Para que haja solução, é preciso ter AO < AD + DO, ou AO < 3OB, ou quando mais AO = 3OB. Tendo-se AO < 3OB, os arcos descritos dos pontos A e O se cortam nos pontos D e D’, e as secantes AB, AB' respondem à questão. Mas, se AO = 3OB, a secante AB passa pelo centro do círculo e há uma só solução. D Fig. 369 2o e 3o Se o ponto P se achar sobre a circunferência ou no interior do circulo, PO 2 circunferência que descrevermos passará pelos meios de todas as cordas saídas do ponto P D Fig. 368 Solução: 1o Consideremos duas cordas quaisquer PA, PB oriundas do ponto exterior P. Tracemos o diâmetro PD, e unamos os meios E, F de cada corda aocentro O. Os dois triângulos PEO e PFO são retângulos em E e em F; logo, as medianas GE, GF são iguais a GO (ex. 499). Portanto, se do ponto G como centro descrevermos uma circunferência de raio GO, passará pelos pontos E, F; logo, será o lugar geométrico pedido. P <F TÓ\ como raio, etomaremos ainda o meio de PO por centro, e Capítulo 10 - Revisão do Capítulo 2 2r*. 243 531. Com raio dado, descrever uma circunferência que passe por um ponto dado e tangente a outra circunferência também dada. Fig. 370 1o CASO. OA >re 1°r‘<r. Pois que A é exterior, a circunferência r* não pode ser interior à circunferência r. Aliás, a circunferência r não pode ser interior à circunferência r' por causa de r > r‘: logo, as duas circunferências serão tangentes exteriormente. Do ponto O como centro, com raio r + r3 descreve-se uma circunferência; o centro do circulo tangente deve achar-se sobre esta circunferência, mas deve ficar também à distância r* do ponto A. Descrevendo-se, pois, do ponto A com raio r*. uma segunda circunferência que corte a primeira, ter-se-ão geralmente dois pontos O’, O" que poderão servir de centros de círculos, os quais são soluções do problema. A distância dos centros das duas circunferências auxiliares, r + r* e r* é OA, a soma de seus raios r + 2r', sua diferença, r. Ora, a suposição foi OA > r. Para este caso, haverá pois duas soluções, uma só, ou nenhuma conforme os dados seguintes: OA < r + 2r*. ou OA = r + 2r*, ou OA > r + 2r*. 1o CASO. OA>r,e2°r’ = r. Uma vez que A é exterior, sendo iguais os raios r, r*. as duas circunferências não podem ser interiores uma à outra; serão, portanto, tangentes exteriormente; uma das circunferências auxiliares terá o raio r + r e a outra o raio r; a soma dos raios será, pois, igual a 3r. Uma construção idêntica à precedente dará ainda duas soluções, uma só ou nenhuma segundo se tiver: OA < 3r, ou OA = 3r, ou OA > 3r. 1o CASO. OA > r, e 3o r’ > r. As circunferências r e r* podem ocupar posições análogas às que ocupam nos dois casos precedentes. Haverá pois ainda duas soluções, uma só ou nenhuma, segundo se tiver. OA < r + 2r*. ou OA = r + 2r', ou OA > Solução: Sejam O o centro da circunferência dada, r o raio, A o ponto dado e r" o raio da circunferência procurada. Trata-se tão somente de determinar o centro O' desta última Há 3 casos principais- o ponto A pode ficar fora do circulo r, sobre a circunferência r ou dentro do circulo r. Correspondem estes 3 casos respectivamente a OA > r, OA = r, OA < r, e cada um deles se subdivide em outros 3, como se vê no quadro seguinte: 1o CASO. OA > r, e 1o r < r, 2o r* = r, 3o r1 > r; 2o CASO OA = r, e 1o r* < r, 2o r* = r, 3o r* > r; 3o CASO. OA < r, e 1o r* < r, 2o r* = r. 3o r* > r. Geometria Elementar Fig. 371 Fig. 372 244 2o CASO. OA = r, e r* < r ou r' — r, ou r* > r. Como o ponto A se acha ao mesmo tempo sobre a circunferência r e sobre a circunferência r', vem a ser o seu ponto de contato; por conseguinte, o centro procurado O’ se acha sobre OA, de um e outro lado do ponto A, à distância r*. Tomar-se-á pois, em primeiro lugar, sobre o prolongamento de OA, o comprimento AO' = r1 e do ponto O' como centro, com o raio r', descrever-se-á uma circunferência que nos 3 casos será exterior à circunferência r. Tomar-se-ã, em segundo lugar, no sentido de AO, o comprimento AO" = r*. e do ponto O" como centro, com raio r, descrever-se-á uma circunferência que será envolvida pela circunferência r, se f < r, ou envolverá a circunferência r, se r* > r. Porém se r* = r, as duas circunferências se confundem e não há solução. Mas, como r* > r, a circunferência r* pode ainda envolver a circunferência r. Então, a distância dos centros das circunferências r e r’ é r' - r. Descrever-se-á, pois, uma circunferência do ponto O como centro (1o caso, 1o) com raio igual a r* - r, e do ponto A como centro com raio r', descrever-se- á segunda circunferência que cortará a primeira em 2 pontos O' e O". Estes pontos serão os centros de duas circunferências r1 a envolverem a circunferência r. A distância dos centros das duas circunferências auxiliares é OA, a soma de seus raios é r* + r* - r = 2r' - r, e sua diferença r’ - (r* - r) = r. Tem-se OA > r. Haverá, pois, duas circunferências a envolverem a circunferência r, uma só, ou nenhuma segundo se tiver: OA < 2r* - r, ou OA = 2r' - r, ou OA > 2r' - r. O problema admite, pois, no caso em apreço 4, 3, 2, 1, ou nenhuma solução. Há 4 para OA < 2r* - r, pois que esta expressão dá a fortiori ainda OA < r + 2r’; 3 quando OA = 2r* - r, pois esta igualdade ainda dá OA < r + 2r*. Pelo mesmo motivo, há duas soluções quando OA está compreendido entre 2r^ - r e 2I3 + r; uma, quando OA = r + 2r*. e nenhuma quando OA é > 2r’ - r. Capítulo 10 - Revisão do Capítulo 2 Fig. 373 245 532. Descrever, com raio dado, uma circunferência tangente a duas circunferências dadas. 3o CASO. OA < r, e 1o r* < r. Pois que o ponto A está no circulo r, a circunferência r' está envolvida pela circunferência r. A distância dos centros das circunferências r e r1 é r - r’. Do ponto O como centro, com raio igual a r - r1, descrever-se-á pois uma circunferência e do ponto A como centro, com raio r*. outra circunferência será descrita que cortará a primeira em O' e em O" Estes pontos hão de ser os centros de duas circunferências r' envoltas pela circunferência r. A distância das duas circunferências auxiliares é OA, a soma de seus raios é r - r1 + r‘ = r e sua diferença (r - r') - r1 = r - 2r*, ou r* - (r - r") = - r, conforme se tiver r* < ou > r - r’. Tem-se OA < r. Haverá, pois, duas soluções, uma só, ou nenhuma, conforme os dados seguintes: OA > r - 2r*. ou 2r' - r; ou OA = r - 2r* ou 2r* - r; ou OA < r - 2r*. ou 2f - r. 3o CASO. OA < r, e 2o f = r; 3o CASO. OA < r e 3o r* > r. Com evidência, o problema é impossível nos 2 casos: com o ponto A interior, a circunferência r deve envolver a circunferência r‘; seria pois necessário ter r* < r, o que não se dá. Trata-se de determinar o centro O" desta última Suponhamos que as circunferências r, r' são exteriores sem serem tangentes e r > r1, ou r = r*. e afinal r > r" < r'. A circunferência r” não pode ser interior a uma das circunferências dadas, pois que deve ser tangente a ambas. Nem tão pouco pode envolvê-las, pois que supusemos r > r" < r': logo, a circunferência r" será exterior às duas circunferências dadas. A primeira distância dos centros ou OO" = r + r” e a segunda ou 0'0" = r1 + r". Descrevendo-se, pois, duas circunferências com centros em O e O' e de raios r + r' e r' + r", cortar-se-ão no ponto O", que será o centro da circunferência r". Bastará descrevê-la para obter uma solução. A distância dos centros das circunferências auxiliares OO', a soma dos raios r + r" + r' + r" = r + r* + 2r", Solução: As duas circunferências dadas, O e 0', podem ocupar, relativamente uma à outra, 5 posições diferentes, e como se devem fazer, para cada posição, todas as hipóteses diferentes possíveis sobre as grandezas relativas dos comprimentos conhecidos OO', r, f, r”, o problema admite pois 5 casos principais que se subdividem em vários casos particulares. Como já resolvemos o caso precedente com todos os detalhes que se podem considerar, contentar-nos-emos com a resolução de um caso particular desta ampla questão, deixando ao leitor o cuidado de a desenvolver mtegralmente. Sejam O, O* os centros das circunferências dadas, r, r* os raios, e r" o raio da circunferência procurada. Geometria Elementar r* + 2r”, ou OO' > r + r* + 2r". 533. •NC 'A M 246 Construir um triângulo equilátero com os vértices sobre 3 paralelas dadas. e sua diferença, r + r" - r* - r" = r - r*. Aliás, OO' é > r - r*. O problema admite, pois, duas soluções, uma só, ou nenhuma, conforme se tiver: OO' < r + f + 2r", ou OO'= i ■. B 7x p H.. 7\ Fig. 374 Solução: Suponhamos o problema resolvido. Seja ABC o triângulo pedido. Descrevamos uma circunferência que passe pelos vértices A, B, C. Esta circunferênciacorta a paralela P num certo ponto H; tracemos HC, HA. O AC 180°ângulo CHA = CBA, pois têm por medida comum ; logo CHA = —— . Em um ponto qualquer da paralela P, tracemos duas retas HC, AH que formem ângulo igual a ■. Estas retas cortam as paralelas N, M nos pontos C e A; tracemos CA e descrevamos uma circunferência que passe pelos pontos A, H, C. Esta circunferência corta a paralela P em B; tracemos ainda CB, AB, e temos o triângulo procurado. Capítulo 11 - Revisão do Capítulo 3 CAPÍTULO 11 - EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO 3 C O CB' 247 535. Construir um triângulo, quando se conhecem as trés alturas. Solução: Seja ABC o triângulo pedido. Sejam também a, b, c os 3 lados, e a’, b', c' as 3 alturas correspondentes D Fig. 376 534. Os dois segmentos de uma reta dão produto máximo quando a reta é dividida em duas partes iguais. BA Fig. 375 Solução: Seja AB a reta dada. Com diâmetro AB, descrevamos uma semi- circunferéncia, e no centro O, levantemos a perpendicular OM. Temos: OM2 = AO x OB; outra perpendicular qualquer CD, daria. CD2 = AC x CB; ora, OM é a maior perpendicular inscrita na semi-circunferèncja AMB, e podemos escrever: OM2 > CD2, onde: AO x OB > AC x CB. Ver em álgebra uma segunda solução, pelo método dos máximos e mínimos. Também os triângulos semelhantes BCF, BAD, dâo: ~ • Os triângulos semelhantes CBE, CAD, dão: § = b a Onde: aa' = bb' = cc'. Dividindo-se cada uma destas razões por a’b, dá: a b cc' c abc --- = ----= -------- = ------- : OU — = ---- = —rr-r. b' a' a'b* a’b' b' a’ a'b' A igualdade destas razões nos mostra que o triângulo AB'C com lados AC = b’, B'C = a', AB' = ? “ , Geometria Elementar O a B e DC = R-OD; Mas, OD = 248 RV5 2 536. Calcular o lado e o apótema do dodecágono regular inscrito em função do raio do círculo. Aplicar as duas fórmulas no caso em que R = 3m. será semelhante ao triângulo ABC (1); uma vez porém que em triângulos semelhantes, as alturas correspondentes a lados homólogos são retas homólogas, bastará, para construir o triângulo ABC, tomar sobre a altura salda do vértice A um comprimento AD = a', e traçar, pelo ponto D, a paralela BC a B'C. construir o triângulo AB'C'; se admitirmos a1 > b' > c', o que dá a‘ < NOTA. — Para ser possível o problema, é preciso que se possa também condição de possibilidade será < a’ + b', pois um lado qualquer, , será menor que a soma dos outros dois, supondo-se também que é maior do que a sua diferença. (1) É fácil a construção do triângulo AB’C’, pois que a', b‘ são dados, o 3o lado AB‘ é quarta proporcional às quantidades conhecidas a', b', c'. F4 Portanto, DC = R - 2 Onde: c2 - — + R2 - + 2514 + ” 2 + 4 ’ c2 =R2(2-75). c2 = R ^2-73. D... ÉC Fig. 377 Solução: 1° Designemos por R o lado AB do hexágono, por c o lado AC, e por a o apótema OE. O triângulo retângulo ADC dá: c2 = AD? + DC2. o Ora,AD = ^, Capitulo 11 - Revisão do Capítulo 3 Resposta: Resposta: AE = 2m94; BE = 49m06. 249 537. Num círculo com raio de 26m, inscreve-se uma corda CD de 24m; a dita corda divide em duas partes o diâmetro AB que lhe é perpendicular. Quanto medem os dois segmentos do diâmetro? Fig. 378 Solução: Tracemos o raio OC; o triângulo retângulo OCE dá: ÕÊ2 =R2-CE2, ÕE2 = (R + CE)(R - CE) ÕE2 = 38x14 = 532, OE = 7532 = 23,06 AE = R - OE = 26 - 23,06 = 2m94. BE = R + OE = 26 + 23,06 = 49m06 Aplicação: R = 3m; portanto : c = 3(72 + 73) = 1m551, a = 1,5(72 + 73) = 2m896. c — R^2 — y/s, c = 1m551; a = —72 + 73, a = 2m896. 2 a2 = 5^(2+73), 4 a = 5(72 + 73). a' = R2‘È) = g2 = 4R2-R2(2-73) 4 2o O triângulo. Retângulo OCE dá z"'2 R;(2-73) 4 Geometria Elementar 250 Solução: O lado do quadrado é R>/2 preciso provar a desigualdade seguinte: R72+Rj3-rrR e o do triângulo equilátero é R>/3 . É 538. Sobre o diâmetro AB de um circulo, tomam-se dois pontos C e D a igual distância do centro: demonstrar que se unirem os dois pontos C e D a um ponto qualquer M da --------2 --------2 circunferência, a soma CM + MD é constante, seja qual for o ponto M. Fig. 379 Solução: Tracemos o raio OM, que é também mediana do triângulo CMD. Ora (ex. 255), temos: -------2 CM2 + MD2 = 2ÕM2 + — . 2 Sendo o segundo membro quantidade constante, a soma CM2 + MD2 também há de ser constante. 539. Demonstrar que a soma dos lados do quadrado e do triângulo equilátero inscritos no mesmo círculo excede a metade da circunferência deste círculo de uma quantidade menor que centésimo do raio. R 200 ’ ou então, dividindo todos os termos por R, resta provar que teremos: y/2 + y/3-n<-^~. 200 Ora, y/2 = 1,4142 e y/3 = 1732 ; a soma, por excesso, destas duas raízes é: 1,4143 + 1,7321 = 3,1464, e o valor de n por defeito é 3,1415. A diferença será pois menor do que 0,0049 e a fortiori menor que 0,005 ou 1 200 ' Capitulo 11 - Revisão do Capítulo 3 Fig. 380 251 540. Em duas circunferências tangentes exteriormente, traça- se uma secante comum que passa pelo ponto de contato. Demonstrar que as cordas se acham na mesma razão que os raios; achar, além disso, o meio de se traçar, pelo ponto de contato, uma secante de que resultem duas cordas cuja soma seja igual a uma reta dada. Fig. 381 Solução: Temos: CDx CF = CAx CB = CKx CG, e como CD = CK, resulta que CF = CG, e depois FD = GK. Apliquemos os dados na igualdade CDx CF = CAx CB. Solução: • 1o Tracemos os raios OA, O'C e a linha dos centros que há de passar pelo ponto de contato, B. Os 2 triângulos AOB, BO'C são isósceles e alérr disto semelhantes, pois que os ângulos em B são iguais: portanto AB OA I BC " O'C ’ • 2o Basta dividir a reta dada em partes proporcionais aos raios das duas circunferências, inscrever o menor segmento na menor, a partir de B, e prolongar a reta na outra circunferência. É evidente que o máximo da reta dada deverá ser a soma dos diâmetros. 541. Dão-se dois círculos secantes. Demonstrar que, se por um ponto qualquer C do prolongamento da corda comum, se traçarem duas secantes iguais, um em cada circulo, as partes inferiores, FD e GK são iguais. Calcular o comprimento comum das duas partes no caso de AB = 40m, CB = 20m, CD = 55m. Geometria Elementar = 21,88. Resposta: FD = GK = 33m12. 252 543. AB e AC são os lados iguais do triângulo isósceles ABC inscrito numa circunferência. Toma-se sobre BC um ponto qualquer D entre B e C, e traça-se a reta AD que se prolonga até F, ponto em que encontra a circunferência; provar que AB é meia proporcional entre AD e AF. 542. Dados um círculo de raio R e o triângulo equilátero ABC inscrito no circulo, une-se o ponto D, meio do arco ADC, ao ponto F, meio de BC, e prolonga-se a reta até G: calcular DG, e os dois segmentos DF e FG. 7R2 4 Temos: 55 x CF = 60 x 20, „ . „ 60x20 Onde: CF =----------- 55 Logo: FD = 55 - 21,88 = 33m12. ;DF = ^ 2 Resposta: DG = DF = FG = ^7, 7 2 14 D Fig. 382 Solução: Tracemos as retas BD, DC; formamos assim o triângulo BDC, retângulo em C; segue-se que DCF é também triângulo retângulo, e DF2 = DC2 + CF2, ou df2 = R2 + ÍR^Y l 2 J As duas cordas BC, DG se cortam em F, meio de BC, e dão: cr* nc qc cc R>/3 FG x DF = BF x CF =-------x-------- , 2 2 „ Rx/7 3R2 FG x-------=------ , 2 4 „ 3R 3Rx/7 FG = —f=- =---------; 2x/7 14 e como DG = DF + FG, . . nn Rx/7 3Rx/7 5RV7 tem-se afinal. DG =-------- f---------=---------- . 2 14 7 Capitulo 11 - Revisão do Capítulo 3 Solução: Deve-se ter: AB2 = AF x AD. onde : AB2 = AF x AD. 253 545. A soma dos quadrados de duas cordas perpendiculares é igual a oito vezes o quadrado do raio, menos quatro vezes o quadrado da distância do centro ao ponto de interseção das duas cordas. Fig. 383 Com efeito, os triângulos ABD e ABF, sendo equiãngulos, são semelhantes e dão: 544. Do ponto O, tomado no plano do triângulo ABC, traçam-se perpendiculares aos 3 lados; determinam-se 6 segmentos tais que a soma dos quadrados dos que tém extremidades comuns é igual à soma dos quadrados dos demais. Solução: Devemos ter: AD2 + FC2 + BE2 = AF2 + CE2+ BD2. Fig. 384 Unamos o ponto O aos 3 vértices, temos: ÕD2 + ÃD2 = ÕF2 + ÃF2, ÕF2 + FC2 = ÕÊ2 + CÊ2. ÕÊ2 + BÊ2 = ÕD2 + BD2. Somando membro a membro, e suprimindo termos iguais, obteremos: ÃD2 + FC2 + BÊ2 = ÃF2 + CÊ’ + BD2. AF AB. AB AD' Geometria Elementar D A/Lr Fig 385 Fig 386 254 .....M / /O * 546. Em todo triângulo, a distância dos centros da circunferência inscrita e da circunferência circunscrita é meia proporcional entre o raio desta e o excesso deste raio sobre o dobro do raio daquela. Al = AM + MI e IM = AM — Ml; Logo: Al x IB = (AM + Ml) (AM - Ml) = ÃM2 - Mi’ . Do mesmo modo: Cl x ID = CN2 - N|2. Logo, a igualdade (3) vem a dar. ÃB2 + CD2 = DÊ2 + 2ÃM2 - 2MÍ2 + 2CN? - 2NI? . Mas, CN = DN, onde: ÃB2 + CD2 = DÊ2 + 2ÃM2 + 2DN2 - 2(M|2 + Ni’), ÃB2 + CD2 = 4ÕD2 + AB *CD - 2Õi’, 2ÃB2 + 2CD2 = 8ÕD2 + ÃB2 + CÕ’ - 4Õi2. Afinal: ÃB2 + CD2 = 8ÕD2 - 4Õ|2. !_\B --------- - Solução: Devemos ter: AB2 + CD2 = 8OD2 - 4OI2. Com efeito (1) ÃB2 + CD2 = (Al + IB)2 + (Cl + ID)2, (2) ÃB2 + CD2 = Ãí2 + ÍB2 + 2AI x IB + Ci2 + ÍD2 + 2CI x ID. ou (ex. 252) (3) ÃB2 + CD2 = DÊ2 + 2(AI x IB + Cl x ID) Tracemos, pelo O, OM e ON perpendiculares a AB e a DC; pois que M está no meio de AB: Capítulo 11 - Revisão do Capítulo 3 (2) GB D M 255 NOTA. — Disso resulta que o raio R do círculo circunscrito não pode ser menor que o diâmetro 2r do círculo inscrito. 547. Em qualquer triângulo, unindo-se o vértice A a um ponto qualquer M da base BC, tem-se a relação: 'ÃB ■ CM + ÃC2 ■ BM = BC(ÃM2 + BM ■ CM). Fig. 387 Solução: Com efeito, abaixemos AD, perpendicular sobre BC, o triângulo ABM dará: ÃB2 = ÃM2 + BM2 - 2BM DM , E o triângulo AMC: ÃC2 = ÃM2 + CM2 + 2CM ■ DM . Para a eliminação de DM, multiplicaremos a primeira igualdade por CM e a segunda por BM; somando então, teremos: ÃB2 ■ CM + ÃC2 ■ BM = ÃM2 • CM + ÃM2 ■ BM r SM’’ CM r CM2 ■ BM. ÃB2 CM + ÃC2 ■ BM = ÃM2(CM + BM) + BM ■ CM(BM - CM). Solução: Sejam o e O os centros das duas circunferências, r e R os raios; deveremos ter: oO2 = R(R - 2r). Com efeito, as bissetrizes CoE, AoD, dão: arco CD + arco AE = arco EBD, ou ângulo CoD = ângulo ECD. Logo, DC = oD. Se traçarmos o diâmetro DOF, há de ser perpendicular no meio H da corda BC, o que dará, por causa do triângulo retângulo DCF: 5c2 = DFxDH, ou então, já que DC = oD: oD = 2R x DH. (1) A perpendicular oM a DF é ao mesmo tempo, paralela a BC, e dá: HM = r; Onde: ÕÕ2 = ÕD2 + DÕ2 - 2DO x (DH + HM), ÕÕ2 = ÕD2 + R2 - 2R(DH + r). Somando-se membro a membro as igualdades (1) e (2), vem: ÕD2 + ÕÕ2 = 2R X DH + ÕD2 + R2 - 2R(DH + r); onde tiramos, depois de haver efetuado e simplificado: ÕÕ2 = R(R - 2r). Geometria Elementar Onde- BM = , eCM = = AM? + BM ■ CM; T B M - NO’ D1 C 256 (a)ÃB2 CM + AC2 -BM = AM2 BC + BM CM BC; afinal: ÃB2 ■ CM + ÃC2 BM = BC(ÃM2 + BM ■ CM). 548. Se por um ponto tomado fora de um circulo se traçarem duas secantes equidistantes do centro, as diagonais do quadrilátero formado pelos pontos de interseções se cortam num ponto constante. Observação. - I. Se o ponto M estiver no meio de BC (BM = CM), a relação geral (a) vem a ser: ÃB2 BM + ÃC2 BM = ÃM2-2BM + BM-— BC; 2 Fig. 388 Solução: Sejam o ponto M e as secantes MAB, MDC. O ponto de interseção I das diagonais AC, DB do quadrilátero ABCB é constante. Com efeito, o centro O. sendo equidistante de MB e de MC, se encontra sobre a bissetriz MON do ângulo BMC. Outrossim, as cordas AB e DC são iguais. Portanto, os triângulos AIB, DIC são iguais, e por conseguinte, as distâncias do ponto I aos lados iguais AB, DC são iguais; logo, o ponto I está também sobre a bissetriz MON. 2 Onde: ÃB2 + ÃC2 = 2ÃM2 + 2 Já encontramos esta relação no ex. 255. II. Se a reta AM for bissetriz do ângulo A, teremos: BM CM BC AB " AC " AB + AC ’ AB-BC AC BC------------- , e CM =------------- . AB + AC--------------AB + AC Substituindo estes valores no 1o membro da relação geral, temos: ÃB2 AC BC + ÃC2 AB BC o., ------------------------------------------ = BC(AM + BM ■ CM); AB+AC ABAC(AB +AC) AB + AC onde . AB ■ BC = ÃM2 + BM ■ CM. Esta relação já foi encontrada no ex: 265. Capítulo 11 - Revisão do Capítulo 3 onde: Ml = CA B x y 257 549. Dão-se 2 pontos A e B sobre uma paralela a uma reta dada xy; sua distância AB = 2a, a distância das duas paralelas é b: a que distância da reta AB se encontra o centro do círculo que passa pelos pontos A e B e é tangente à reta xy? ^ = PB. 2 D Fig. 389 Solução: O centro O deve encontrar-se sobre a perpendicular CD que passa pelo meio de AB; e também sobre a perpendicular OM: é pois fácil determiná- lo. Procuraremos agora a distância CO em função de a e de b. O triângulo retângulo ACO dá: cõ2 = Ãõ2 - a2, CÕ2 =(b-CO)2-a2, CÕ2 = b2 - 2b x CO + CÕ2 - a2; portanto : 2b x CO = b2 - a2; b2 - a2 onde : CO = -——. 2b b2 - a2 Resposta: CO = ———. Por outra parte, se traçarmos OB, formamos dois triângulos MOB, MAI, semelhantes por terem o ângulo AMI comum, o ângulo MOB tem por medida o arco PB, e o ângulo MAI, suplemento de BAI, tem por medida: PB . PC _ DD 2 Estes triângulos dão: — = BM MO MBxMA MO Mas, a tangente MT dá: MB x MA = MT2. Substituindo este valor na igualdade precedente, obtemos: ... MT2 Ml =------ . MO Ml é, pois, constante, e, por conseguinte, o ponto I, pois que as quantidades MT e MO são constantes. Geometria Elementar . Tracemos o raio OA e a paralela MN a AT; os triângulos T M Fig. 390 Faremos, pois, ON = -OA; pelo ponto N, traçaremos NM paralela a AT; 258 551. Num triângulo qualquer ABC, os meios a, b, c dos lados, os pés I, m, n das alturas, os meios p, q, r das distâncias que separam os vértices A, B, C, do ponto de concurso H das alturas, são 9 pontos situados sobre uma mesma circunferência; o centro O' desta circunferência é o meio da reta que une o centro O do círculo circunscrito ao triângulo ao ponto de concurso H das alturas, e seu raio é igual à metade do raio deste círculo. Onde:ON = -OA. 3 Aplicaçao: OA = 3,015 dá TM = 2 x 3,015 = 6,03 TM'= 4 x 3,015= 12m06, ÃT’=12,06x6,03, Onde AT = 7^2,06x6,03 = 8m52 Resposta: AT = 8m52. ON semelhantes OMN e OTA dão------= OA OM 1. OT 3' lrA 550. Num círculo dado, pede-se determinar sobre a tangente no ponto A, um ponto T tal que, se por este ponto se traçar uma reta que passe pelo centro do círculo e encontre a circunferência em 2 pontos M, M', a parte TM seja igual ao diâmetro MM'. Aplicação: R = OA = 3m015. Solução: Suponhamos o problema resolvido, e seja MT = MM'. T OM 1Temos: ----- = — OT 3 M’ Faremos, pois. ON = ^OA; pelo ponto N, traçaremos NM paralela a AT; afinal, o diâmetro M'OM prolongado encontrará a tangente no ponto T, que será o ponto pedido Capitulo 11 - Revisão do Capitulo 3 A ,m c q B Fíg. 391 259 NOTA. — O círculo que passa pelos nove pontos a, b, c... recebeu, por este motivo, o nome de círculo dos nove pontos. Os triângulos aOO', O'Hp que têm ângulos iguais e OO' = O'H, são iguais, e tem-se O'p = O'a e aO = Hp = Ap. Logo, o círculo considerado, passando por a passará também por p, meio da distância AH que separa o vértice A do ponto de concorrência H das alturas. Provar-se-ia do mesmo modo que o círculo passa pelos pontos q e r. 3o Traçando-se aO', esta reta prolongada passará pelo ponto p, pois que os pontos O' e p sâo os meios das retas OH, AH Solução: Com efeito: 1o ab sendo igual e paralela a Ac, a figura Abac é paralelogramo, e ângulo cab = ângulo cAb = cAI + lac. Ora, no triângulo retângulo ABI, o ponto c estando no meio de AB, o triângulo Acl é isósceles (ex. 499), e ângulo clA = ângulo cAI. Pela mesma razão, ângulo blA = ângulo bAI; logo, ângulo clb = ângulo cAb = cab; logo, o círculo que passa pelos meios a, b, c dos lados do triângulo, passará também pelo pé I da altura Al. Demonstrar-se-ia do mesmo modo que há de passar também pelos pés m e n das outras duas alturas. 2o As retas al, bm, cn sendo cordas do círculo considerado, o centro deste círculo será a interseção das perpendiculareslevantadas sobre os meios destas cordas. Ora, qualquer uma destas perpendiculares, por exemplo IO', passa pelo meio O' de OH: logo, O' é o centro procurado. 4o Afinal, conforme o que precede, ap sendo igual e paralela a AO, a figura ApaO é paralelogramo, e o diâmetro ap do círculo considerado é igual ao raio OA do circulo circunscrito ao triângulo Geometria Elementar CAPÍTULO 12 - EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO 4 Fig. 392 h. Fig 393 260 553. 1° Construir 7 hexágonos regulares iguais, de modo que seis dentre eles tenham dois vértices situados sobre uma circunferência dada e um lado comum com o sétimo que deve ter o mesmo centro; 2° provar que o Polígono côncavo formado pelos 7 hexágonos é equivalente ao hexágono regular inscrito na circunferência dada. 552. Determinar a área de um trapézio em função dos 4 lados. Solução: Ter-se-á, para a área do trapézio ABCD: S = - J(a + b + d-c)(b<-c + d-a)(a + b-c-d)(a + d-b-c). 4 a-c Ou S = ■ -+-C ^(a + b + d-c)(b + c + d-a)(a + b-c-d)(a + d-b-c). á E Com efeito, traçando-se CE paralela a DA, fica determinado o triângulo BCE. cujos 3 lados são conhecidos, pois n = a - c. Ora, temos, no ex. 248, para a altura h deste triângulo: h 7(n + b + d)(n + d - b)(n + b - d)(b + d - n) 2n Substituindo-se nesta igualdade n por seu valor a-c, vem: J(a-c+b + d)(a-c + d-b)(a-c + b-d)(b + d-a + c) 2(a-c) Mas esta altura é também a do trapézio, e tem-se pois: S = 3 * C x Capítulo 12 — Revisão do Capítulo 4 Logo, o raio desconhecido OA é meio proporcional entre o raio dado e — deste raio. , e como as a relação NB, Fig. 394 M, 261 554. Construindo-se semi-circunferências sobre os três lados de um triângulo retângulo, mostre que as duas áreas compreendidas respectivamente entre a circunferência maior e as duas menores equivalem juntas à área do triângulo. (As duas áreas em questão são conhecidas sob o nome de lúnulas de Hipócrates). Solução: Sendo as duas lúnulas M e N, devemos ter M + N = triângulo ABC. —OM. 7 Solução: 1o Suponhamos o problema resolvido, e seja OA o raio do círculo circunscrito ao sétimo hexágono ABCDEF. Os hexágonos, sendo regulares, tém os ângulos iguais, e FAG = BAG; por isso, seu lado comum AG é o prolongamento do raio OA, que divide o ângulo BAF em duas partes iguais. Ora, se traçarmos as retas OM, AM, por causa de OA = AG, a reta AM será mediana do triângulo OMG, e teremos (ex. 255): ÕM2 + GM2 = 2ÃM2 + 2ÕÃ2, ou ÕM2 + ÕÃ2 = 2ÃM2 + 2ÕÃ2. Mas AM, lado do triângulo equilátero inscrito, é igual a OA.y/3 ; logo, 2AM2 + 6OA2. Substituindo este valor na igualdade precedente, temos: ÕM2 + ÕÃ2 = 6ÕÃ2 + 2ÕÃ2, 7ÕÃ2 = ÕM2, ÕÃ2 = 2^L = OMx 2° O polígono côncavo em apreço, consta, como se vê na figura, de sete hexágonos iguais ao que está inscrito no círculo de raio OA; a razão é . , 1 .... 7TT-2 OM2 , OA2 1 portanto —. Aliás, temos acima: OA =------- ; onde: ■ y = — 7 7 om 7 áreas e dois hexágonos regulares são proporcionais aos quarados dos raios, ÕÃ2 _ 1 ÕM2 7 equivalente ao polígono côncavo. A C Com efeito, a figura total é constituída pelas duas lúnulas e pelo semi-circulo L azx â . t , .. círculo ACdescrito sobre AC, ou Area total = M + N +------ —------ . nos mostra que o hexágono inscrito no círculo OM é 1 7 Geometria Elementar onde: M + N + A Fig. 395 262 555. No hexágono regular ABCDEF, unem-se os vértices de dois em dois por meio de diagonais: 1o demonstrar que o polígono abcdef formado pelas interseções das diagonais consecutivas é regular; 2° achar a razão da área deste polígono para a área do hexágono dado. resulta que ab = bc = cd... Também temos: ângulo AEC = ACE = 60°; Logo. Aab = Aba = 60°, e portanto, a + 60° = b + 60°, ou a = b... Por conseguinte, o hexágono abcdef, de lados e ângulos iguais, é regular. ab FB círculo AC 2 Ora, o triângulo ABC dá: AC2 = AB2 + BC2; Onde. nAC2 = nAB2 + nBC2 . A área do semi-círculo AC é, por conseguinte, igual à soma dos semi-circulos AB e BC; logo, se subtrairmos de cada membro da igualdade (a), as qauntidades iguais, restará: M + N = triângulo ABC. Mas, é também composta do triângulo ABC e dos dois semi-circulos descritos sobre AB e sobre BC como diâmetro; logo, podemos ainda escrever. â ..... i a o/—* circulo AB + círculo BC Area total = triângulo ABC +-------------------------------- ; . .. . circulo AB + circulo BC. . = triângulo ABC +-----------------------------------(a). Solução: 1o o polígono abcdef é regular. Com efeito, FB sendo paralela e igual a EC, se do vértice A se abaixar sobre EC a perpendicular AM, esta reta será dividida por ab e pelo centro em 3 partes iguais (ex. 309), e teremos: AN 1 ab AM ” 3 “ EC Provar-se-ia do mesmo modo que bc = AC, cd = ^BD, e como FB = AC = BD... Capítulo 12 — Revisão do Capitulo 4 556. BM = 263 Um ponto é dado sobre um dos lados de um triângulo. Traçar, por este ponto, uma reta que divida o triângulo em duas partes equivalentes. AB _=-----x------. 2 557. Com diâmetros iguais a cada um dos lados de um quadrado descrevem-se sobre eles e no interior da figura, semi-circunferências que determinam 4 folhas, das quais se pede calcular a área. Aplicação: raio = 1 decimetro. BNxBM ------------ , ou ABxBC ABxBC 2BN ABLogo, BM é quarta proporcional a 3 linhas conhecidas—, BC, BN. Determinar-se-á o ponto M, e traçar-se-á a linha divisória MN. 2o Os 2 hexágonos regulares ABCDEF e abcdef são semelhantes, suas áreas, portanto, são proporcionais aos quadrados dos lados homólogos, e temos: abcdef ab2 ABCDEF ” AB2’ Ora, ab = !y,e FB = ABj3; , . AB73 ÃB’ Logo: ab = —-—, e ab = . Substituindo este valor na igualdade acima, obtemos: abcdef AB2 2 ABCDEF ’ 3ÃB2 = 3 ’ » * 1Resposta: —. Fig. 396 Solução: Seja ABC o triângulo dado, e dividido, como foi pedido, pela reta MN, que sai do ponto N. Os 2 triângulos MBN e ABC, tém ângulo comum em B e dâo (ex. 359): MBN BNxBM 1 BNxBM---=----- , ou — =----- , ABC ABxBC-- 2 ABxBC BC BN Geometria Elementar B C Fig. 397 D = 2,2832. Resposta: 2dm22832. Fig. 398'K A M B 264 558. De um ponto B, tomado sobre o lado AB do ângulo reto FAB, abaixa-se BC perpendicular sobre a bissetriz AG; toma-se CK = CG, e dos pontos G e K traçam-se as perpendiculares GF e KL sobre AF, traçam-se KB e GB: demonstrar que a área do triângulo KBG é equivalente à área do trapézio LFGK. Solução: Devemos ter: área KBG = área LFGK F------ D —----- L -X- N> c2(*-2) 2 Com efeito, área KBG = KG x BC — ,e (ex. 371): área LFGK = KG x DN. a área do quadrado é c2; logo, a área pedida é igual a - c2 = A Solução: As semi-circunferências tendo por raio o apótema do quadrado são tangentes duas a duas e passam pelo centro deste quadrado. Vé-se, conforme a figura, que a área pedida é igual á diferença entre a área dos 4 semi-círculos e a do quadrado. Ora, a área dos 4 semi-circulos é —4 = (c sendo o lado do quadrado); 8 2 BCBasta provar que — = DN para resolver a questão. Ora, se prolongarmos DN até que encontre AB em M, determinaremos assim o paralelogramo DCBM. Portanto, BC = DM. e — = = DN . 2 2 ~7\G /c\ Q Aplicação: r = 1 = — ; Ârea pedida =-4<3'14216-2> Capítulo 12 - Revisão do Capítulo 4 559. 560. E A B 561. 265 O círculo é maior do que qualquer figura isoperimétrica. Solução: Dividiremos esta importante demonstração em diversas partes. • 1o Uma figura de dado perímetro tem área limitada. Fig. 400 Se a reta AC for perpendicular a esta base, será a altura do triângulo ABC. Uma vez, porém, que AC ocupe qualquer outra posição AD, o triângulo ABD terá uma altura DE menor que a obliqua AD = AC: logo, o triângulo ABC é maior do que o triângulo ABD. Prolongando-se os lados de um triângulo equilátero de um comprimento igual a eles, e unindo-se as extremidades destes prolongamentos, formar-se-á um hexágono irregular cujos 3 maiores lados serão dobros dos menores, o altura tripla da do triângulo, e a superfície valerá 13 vezes a do triângulo. De todos os triângulos construídos com dois lados dados, o maior é aqueleem que estes 2 lados são perpendiculares um ao outro. Solução: Com efeito, seja AB a base comum dos triângulos que se podem construir com os 2 lados dados BC, AC. C F G D I Fig. 399 Solução: Seja ABC o triângulo equilateral dado. Efetuando-se as construções indicadas, forma-se o hexágono DEFGHI. Unindo-se as extremidades A, B, C dos lados do triângulo aos meios de suas paralelas EF, GH, Dl, vê-se que os lados maiores são dobros dos menores, que a altura do hexágono é o triplo da altura do triângulo ABC, e afinal que o hexágono encerra 13 triângulos iguais a ABC. Geometria Elementar C Fig. 401 Fig. 402 E BAl Fig. 403 G H D’ 266 D • 3o A reta que divide o perímetro de uma figura máxima em duas partes equivalentes, divide também a área desta figura em duas partes equivalentes. • 4o A figura que, com dado perímetro, tem área máxima, é um circulo Conforme o que dissemos (3o), se ACDB é figura máxima, AD'BD também o será (fig 402). Se a curva ACBD que encerra uma área máxima com dado perímetro Se a reta AB dividir seu perímetro em duas partes equivalentes, dividirá também a sua área em duas partes ACB, ADB equivalentes’ pois que se a parte ADB fosse maior que ACB, ao fazermos girar ADB ao redor de AB havíamos de obter uma figura AD'BD isoperimétrica de ACBD e de área maior, o que vai de encontro á hipótese, pois supusemos ACBD máxima em superfície. Com efeito, é evidente que podem existir uma infinidade de figuras com perímetro determinado, de formas e áreas diversas; mas é também evidente que estas áreas não podem crescer indefinidamente. Dai resulta que, entre as figuras de dado perímetro, há uma ou várias máximas. • 2° A figura que tem área máxima com dado perímetro e convexa. Seja, com efeito a figura não convexa ACBD; fazendo-se girar a parte côncava ACB ao redor dos pontos A e B, obteremos a figura ACBD de mesmo perímetro que a primeira e de área evidentemente maior. Capítulo 12 — Revisão do Capítulo 4 Fig. 404 563. (1) Fig. 405 DA 267 562. Dentre todas as figuras equivalentes, o circulo tem perímetro mínimo. Dentre os triângulos isoperimétricos e de mesma base, o maior é o triângulo isósceles. Solução: Sejam, com efeito, o triângulo isósceles ABC e o triângulo não isósceles AB'C de mesma base AC e mesmo perímetro, e nos quais portanto AB + BC = AB’ + B'C. Prolonguemos AB de um comprimento BE = AB, e tracemos EB' e EC. Solução: Com efeito, se uma figura qualquer cuja área é A tivesse perímetro menor que o do círculo de mesma área, poderiamos, de acordo com o teorema precedente, transformá-la num círculo isoperimétrico com área A' maior do que A Este segundo círculo teria portanto área maior que o 1o e perímetro menor, o que é absurdo. Logo, se transportarmos os segmentos AED, DFB, etc., em aed, dfb, etc., a figura aedfb... será maior do que a figura AEDFB..., por conseguinte, esta não seria máxima. Resulta daí que a curva AEDFB é o lugar do vértice de um ângulo reto cujos lados passam em A e em B: é pois uma semi-circunferéncia. Porém, se na figura máxima ADBD', uma metade qualquer, determinada por uma reta AB, é semi-circunferéncia, segue-se que a curva inteira é um círculo. Seja ADBD' uma figura máxima composta de duas partes simétricas em relação à reta AB Tomemos um ponto qualquer D sobre ADB, e seja D' o simétrico de D; tracemos DA, DB, D'A, D'B Se os ângulos D e D' não forem retos, transformemos o quadrilátero ADBD' em outro adbd com os lados respectivamente iguais aos do 1o e cujos ângulos d e d' sejam retos. Mas (ex. 560), este quadrilátero é maior do que o outro. Geometria Elementar cA B Fig. 406 E 268 Fig, 407 Solução: Com efeito, seja o polígono ABCDE que tem ângulo côncavo C. Prolonguemos o lado AB e unamos todos os pontos deste prolongamento ao ponto D; a soma BM + MD crescerá de modo continuo desde BD até o infinito. Portanto, sobre o prolongamento de AB, haverá certo ponto M em que teremos 8M + MD = BC + CD. Forma-se pois um polígono ABMDE com perímetro igual ao do primeiro, com um lado a menos e área evidentemente maior. Teremos: AB' + B‘E > AE, ou AB' x B'E > AB + BC, ou ainda (1) AB + B'E > AB' + B'C. Onde afinal: B'E > B'C. Sendo obliqua B'E maior que a oblíqua B'C, segue-se que o ponto B' fica situado entre o ponto Cea perpendicular BF meio de CE; Onde: BD > B'D', E portanto: ABC > AB'C. 564. Todo polígono de n lados que tem área máxima num dado perímetro é convexo. B’ 566. Dentre todos os polígonos isoperímétricos e de mesmo número de lados, o polígono regular é o maior. 565. Todo polígono que encerra um ângulo côncavo pode ser transformado em polígono de área maior com mesmo perímetro e um lado a menos. A E D Solução: Com efeito, seja o polígono ABCDE de n lados com o ângulo côncavo B. Fazendo-se girar a parte côncava ao redor da reta AC, de modo que tome a posição AB'C, obteremos o polígono AB’CDE de mesmo perímetro que o primeiro e de área maior. O polígono ABCDE não é, pois, o maior dentre os que têm mesmo perímetro e mesmo número de lados. B Capítulo 12 - Revisão do Capítulo 4 B’ B CA E D CD 269 568. De 2 polígonos regulares isoperimétricos, o maior é aquele que tem o maior número de lados. 567. Dentre os polígonos equivalentes e de mesmo número de lados, o polígono regular é o que tem perímetro mínimo. Solução: Com efeito, se um polígono irregular de n lados e área A tivesse perímetro menor do que o polígono regular de mesma área e de mesmo número de lados, poder-se-ia transformar em polígono regular isoperimétrico de n lados também e de área A’ > A (ex 566). Este polígono regular teria, portanto, o mesmo número de lados que o 1o, área maior e perímetro menor, o que é absurdo. Fig. 408 Solução: Com efeito, seja o polígono ABCDE. Se os lados consecutivos AB, BC forem desiguais, poderemos substituir o triângulo ABC pelo triângulo isósceles AB'C isoperimétrico do 1o, e teremos (ex. 563): AB'C > ABC, e, por conseguinte o polígono AB'CDE isoperimétrico com ABCDE será maior do que este. Para que ABCDE seja máximo, cumpre pois que tenhamos: AB = BC = CD = .... pois, enquanto houver lado desiguais, poderemos fazer mesmo raciocínio. Logo, etc.. Fig. 409 Solução: Com efeito, seja ABCDE, um polígono regular de 5 lados. Podemos escolher um ponto M sobre um dos lados e considerar este polígono como polígono irregular de 6 lados, no qual os lados MA, MB formam ângulo de 180° Mas este polígono é menor que o polígono regular isoperimétrico de 6 lados (ex. 566); logo, etc.. Geometria Elementar E BA Fig. 410H F dá: x = 270 571. Qual é o maior retângulo que se possa inscrever num quadrado? 569. Qual é o maior dos retângulos isoperimétricos? Solução: O perímetro sendo constante, a área do retângulo, isto é, o produto bxhsó será máximo quando se tiver b = h (1), e, neste caso o retângulo virá a ser quadrado (1) Ver no fim do volume a nota sobre máximos e mínimos. Resposta: O quadrado. 570. Dentre todos os retângulos de mesma área, qual tem perímetro mínimo? Solução: Sendo constante a área do retângulo, o perímetro, é, 2b + 2h só será mínimo se tivermos 2b = 2h ou b = h; neste caso, o retângulo vem a ser quadrado. Resposta: O quadrado. D G C Solução: Seja EFGH o retângulo pedido inscrito no quadrado. Os 2 triângulos retângulos BEF, DGH têm hipotenusas iguais e ângulos agudos em E e em G iguais, por terem os lados paralelos e dirigidos em sentido contrário. Ora, os ângulos HGD e BFE são também iguais. Portanto, BFE = BEF, e os dois triângulos BEF, DGH são iguais e isósceles. Temos, portanto: EB = BF = DG = DH. Onde se tem meio fácil para inscrever retângulo em quadrado. Escrevendo-se AB = a e EB = x, teremos; Êf’ = 2xz: onde: EF = x75. e ÊH2 = 2(a - x)2; onde: EH = (a - A área do retângulo será, pois: x>/2 x (a - x)>/2 = 2x(a - x), e o máximo corresponde ao mínimo do produto: x(a-x), máximo que se realiza quando se tem: a - x = x, pois que a soma dos fatores: xe a - x, ou x + a - x = a, é constante. Ora, a - x = x, a 2' Capitulo12 - Revisão do Capítulo 4 onde: x = mas então o radical se anula, e temos: x = Logo, o quadrado menor, é etc. 573. Inscrever num círculo o maior retângulo. 271 Solução: Se designarmos por m o maior retângulo procurado, a figura dá as duas relações: Solução: Sabe-se (ex. 38) inscrever um quadrado num quadrado dado: trata- se de procurar a posição em que o quadrado EFGH será mínimo. Sejam y o lado do quadrado procurado e m o mínimo; tem-se primeiro a equação: O retângulo máximo tem, pois, os vértices no meio dos lados do quadrado dado e vem a ser o quadrado inscrito. Resposta: O retângulo cujos vértices estão sobre os meios dos lados do quadrado dado. 572. Inscrever num quadrado de lado a o quadrado menor (fíg. 410). Resposta: O quadrado cujos vértices estão sobre os meios dos lados do quadrado dado. a 2 y2 = m. Fazendo-se BE = x, BE = a - x, o triângulo retângulo EBF dá esta outra equação: g2 2m = a2, ou m = —; 2 Observação. - Resulta destes dois exercícios que o menor quadrado inscrito é igual ao maior retângulo inscrito. Nâo há contradição. É verdade que os outros quadrados inscritíveis são também retângulos e maiores que o quadrado que tem os vértices nos meios dos lados do quadrado dado. É que quando tratamos de retângulo (ex. 571), pusemos a condição EB = BF, o que acontece para qualquer retângulo inscritivel e só para um quadrado, o quadrado achado. No 572 admitimos EB * BF a, contanto que EB + BF = a, o que acontece a qualquer quadrado inscritivel e a nenhum retângulo não quadrado. São, pois, condições diferentes que acarretam aparente contradição. y2 = x2 + (a - x)2. Substituindo y2 pelo seu valor, obtemos: m = x2 + (a - x)2, onde se tira sucessivamente: m = x2 + a2 -2ax + x2, 2x2 - 2ax + a2 = m = 0; 2a ± xMa2 -8(a2 — rn) a ± V2m- a2 Para x ser real, é preciso que se tenha 2m > a2, ou pelo menos 2m = a2. O menor valor que se possa dar 2m é pois Geometria Elementar (D Fig. 411y X Resposta: O retângulo pedido será o quadrado inscrito. (D (2) A K E\L Fig. 412 B D N CM A equação (2) dá: y = x x = m. 272 . ah onde:m = — 4 xy = m, e x2 + y2 = 4R2. Mas o produto xy será evidentemente máximo ao mesmo tempo que seu quadrado x2y2. Ora, os dois fatores x2 e y2 tem por soma constante 4R2, o máximo do seu produto se dará pois para x2 = y ou x = y. O retângulo pedido é, pois, o quadrado inscrito. 574. Inscrever num círculo o maior retângulo máximo. Solução: Fazendo-se BC = a, AD = h, KM = x, KL = y, e m sendo o máximo procurado, tem-se: xy = m, £=_y_ h h- x a(h-x) h Levando este valor à relação (1), obtemos sucessivamente: a(h - x) h ahx - ax2 = hm, ax2 - ahx + hm = 0, 2 , hm x- hx + — = 0; a , h [h2 hm onde: x = — ± J------------ . 2 V 4 a Para x ser real, é preciso que se tenha: h2 hm , h2 hm — >—, ou, pelo menos — = —; 4 a 4 a Capitulo 12 - Revisão do Capítulo 4 metade da do triângulo. Resposta: O triângulo máximo é equilátero. mesma quadrado x2y2. Mas os 2 Resposta: O triângulo retângulo isósceles. Fig. 413 273 p-a = p- b = p-c, oua = b = c. O maior triângulo é, pois, equilátero. Solução: A fórmula que dá a área do triângulo em função dos lados é: S = Vp(p-a)(p-b)(p-c) . S2 será máximo ao mesmo tempo que S; mas, no valor de S2, o fator p é constante; trata-se, pois, de tornar máximo o produto (p - a) (p - b) (p - c). Ora, a soma destes 3 fatores é constante e igual a p; o produto, portanto, será máximo no caso de: 577. De todos os triângulos isósceles inscritos num círculo, qual o de área maior? 575. Dentre os triângulos isoperimétricos, achar o triângulo máximo. ^xy = m e x2 + y2 = a2. O produto xy será máximo ao mesmo tempo que seu c, fatores x2, y2 têm por soma constante a2. O máximo de seu produto se alcançará para x2 = y2oux = y. Logo, o triângulo pedido é o triângulo retângulo isósceles. ah Observação. - Resulta da igualdade m = — que a área deste retângulo é a 4 Mas então o radical desaparece e vem: x = . O retângulo máximo inscrito tem, pois, por altura a metade da altura do triângulo dado. Para o construir, basta traçar, pelo meio E de AD a paralela KL a BC, e dos pontos K e L, abaixar perpendiculares a BC. 576. Dentre todos os triângulos retângulos de hipotenusa, qual o de área maior? Solução: Sejam m, o máximo procurado, a a hipoteunsa dada, x e y os catetos. Temos: Geometria Elementar d) (2) (3) Fig. 414 R R (1) (2) (3) 274 equilãtero (ex. 354). Resposta: O triângulo maior é o triângulo equilãtero. 578. Achar o maior trapézio inscrito num semi-círculo. Solução: Chamando m à área do trapézio máximo, R ao raio do circulo, x à semi-base paralela ao diâmetro, e y à altura do trapézio, teremos: Solução: Se designarmos por m a área do triângulo maior, teremos, segundo a figura 413: x(R + y) = m, e x2 = R2 - y2, ou x2 =(R + y)(R-y). Façamos o quadrado dos 2 membros da equação (1): x2(R + y)2 = m2. Substituamos, na equação (3) o valor de x2, tirado da equação (2), (R + y) (R - y) (R + y)2 = m2, ou (R + y)3 (R - y) = m2. Ora, a soma dos fatores R + y e R - y, sendo igual a 2R, é constante; o . . , . . . . R + y 3 produto máximo se alcançará pois para ------ - = — = 3 ; R — y 1 Onde: R + y = 3R - 3y, 4y = 2R, y = —R . y 2 3 A altura total do triângulo é, por conseguinte, —R . O triângulo máximo é, pois, Onde: x = —R , 2 Logo, o trapézio máximo inscrito é o semi-hexágono regular. Resposta: O maior trapézio é o semi-hexágono regular inscrito. y(R + x) = m, e y2 = R2 - x2, ou y2 = (R + x) (R - x). Façamos o quadrado dos 2 membros da igualdade (1): y2(R + x)2 = m2. Levemos à equação (3) o valor de y2, (R + x) (R - x) (R + x)2 = m2, ou (R + x)3 (R - x) = m2. A soma dos fatores R + x e R - x, sendo igual a 2R, é constante; teremos o , . , . R + x 3produto máximo para --------= — , R — x 1 Capítulo 12 - Revisão do Capítulo 4 EDOH = C A H O B 275 EH + OD 2 x OH = xVã + 2a - 2x x --------- 4--------- X2 579. Sobre a reta AB = 1m, toma-se um ponto O entre A e B; constrói-se o triângulo equilateral AOE sobre a parte AO, e o quadrado OBCD sobre a parte OB. A área do pentágono ABCDE depende da posição do ponto O sobre AB, e pede- se: 1° determinar a posição do ponto O que convém ao máximo ou ao mínimo do pentágono ABCDE; 2° calcular as áreas máxima ou mínima com aproximação de 0,001. Solução: Sejam AB = a, AO = x, e m o mínimo, ou o máximo procurado. Teremos: Área pentágono ABCDE = triângulo AEH + trapézio EDOH + quadrado OBCD. Ora, triângulo AEH = i triângulo equilátero AEO, ou 1o triângulo 8 Trapézio: 2x’x/3 + 6x2 - 14ax + 8a3 ------------------ 8------------------= m' x2(>/3 + 3) - 7ax + 4a2 4 m' x2(V3 + 3) - 7ax + 4a2 - 4m = 0, Fig.415 Onde: pentágono ABCDE = + 2axr 8a2 - 16ax , 8x2 = m 8 X./3 2 +a’X x ----~--------------------X — = 2 2 2° trapézio EDOH = x ^ + 2a- 2x2 , quadrado OBCD = OB2 = (a - x)2 = a2 - 2ax + x2; 3° quadrado OBCD = 8a*-16ax + 8x* - 8 E Geometria Elementar (Dm = (2)x = Resposta: x = 0m74 e m = 0m21547. Fig. 416 276 580. Por um ponto A, tomado sobre a circunferência de um circulo, traçam-se cordas que se prolongam do outro lado do ponto de modo a serem dobradas: pede-se provar que os pontos assim determinados estão sobre outra circunferência de círculo; pergunta-se, além disso, qual é a razão das áreas dos dois círculos. a2Çl675-l) 16(75 + 3) ' Haverá, pois, um mínimo para o valor: a2(1675 -1) 16(73 + 3) ' Neste caso, o radical desaparece e temos: 7a 2(75 + 3)' Não há máximo, pois a área seria máxima para x = 0; neste caso, m igualaria a2, mas assim o pentágono não existiría mais. Onde se segue que o pentágono cresce à medida que o ponto O se aproxima de A. A posição que convém ao mínimo é, pois, dada pela equação (2). Fazendo-se nela a = 1m, tem-se: x = 0m74. O mínimo da área é dado pela equação (1). Fazendo-se nesta equação a = 1m tem-se: m = 0m21547 7a í 749a2 - 4(75 + 3)(4a2 - 4m) X ~ 2(75 + 3) Efetuando-se as operações indicadas sob o radical, obtemos: 7a ± 749a2 - 16a275 - 46a2 + 16m75 + 48m X “ 2(75 + 3) 7a± 7a2 ~16a275 +16m75 + 48m X = 2(75 + 3) Para se obter valores reais de x, é necessário que o radical seja positivo, ou por outra, que se tenha: 16m>/3+ 48m > 16a273-a2, ou m > Capítulo 12 - Revisão do Capítulo 4 ou R2 277 m + n m 581. Descrever uma circunferência tangente inteiramente a um circulo dado, de modo que a área deste circulo seja dividida em duas partes proporcionais a 2 comprimentos dados. 2° Esta circunferência tendo mesmo raio que o círculo dado, as áreas dos 2 círculos são iguais. Solução: 1o Prolonguemos uma corda qualquer AB de um comprimento AC igual a AB, e unamos o ponto A ao centro O; prolonguemos OA de um comprimento AF = OA e afinal, tracemos FC e BO. Os dois triângulos ABO e AFC são iguais por terem em A um ângulo igual compreendido entre lados iguais: logo, FC = BO, e o ponto C está sobre a circunferência descrita do ponto F como centro com raio FC = BO. Se considerarmos outra corda EAD, provaremos do mesmo modo que o ponto D está sobre a mesma circunferência que o ponto C. círculo R círculo X m t-n m Desta última igualdade, deduz-se: = ■ m—. X2 m + n O raio desconhecido X é pois o lado de um quadrado que está para R2 assim como m está para m + n. Pode-se construir este raio. Solução: Sejam m e n os 2 comprimentos dados, R o raio do círculo dado e X o raio do circulo pedido; devemos ter: círculo X m círculo R - circulo X n ’ . R2 circulo R ou ainda : —T > X2 circulo X Geometria Elementar CAPÍTULO 13 - EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO 5 retasas Solução: FD C E G Fig. 417 278 DF BG DF OF ABAliás, os triângulos semelhantes ABD e DOF dão; -----= AD DF, BG são — OF 1proporcionais entre OF e OG, ou que — = - AH B Multiplicando membro a membro estas duas últimas igualdades, temos: ÃB3 OG ãd3"of Prolongando-se as retas OG, OF respectivamente até o encontro com AD, em E e em H, tem-se, no triângulo retângulo AOB: ÕB2 = AB x OG, e no triângulo retângulo AOD: ÕD2 = AD x OF; multiplicando membro a membro estas duas igualdades, temos: duas meias BG OG ' 582. Do vértice A de um retângulo, abaixa-se a perpendicular AO sobre a diagonal BD; traçam-se OG, OF respectivamente perpendiculares aos lados BC e DC. 1° Demonstrar: as igualdades ÃB3 ~ÃD 2° deduzir, do que precede, um meio de construir uma reta que forme com outra reta dada a mesma razão que 2 cubos dados; 3° provar que —, e AO3 = BDxOGxOF; OF AR2 OR • 1o O triângulo retângulo ABD dá: —r = . e os 2 triângulos semelhantes BOG e DOF: OB OG . ÃB2 OG — =----- ; onde: —=- =------ . OD DF ÃD2 DF Capitulo 13 - Revisão do Capítulo 5 basta construir o retângulo ABCD com as retas AB e AD, em seguida, (D (2) Resposta: O cubo. 279 OB? x OD2 = AB x AD x OG x OF. Ora, OBxOD = AO2, e ABxAD = AOxBD; substituindo-se estes valores na última equação, obtemos: AQ2 x AO2 = AO x BD x OG x OF; onde: AO3 = BD x OG x OF. 584. De todos os paralelepípedos retângulos de mesma área, qual o de maior volume? • 3o o triângulo retângulo AOD, dá. ÕE3 = DF2 = AE x DE = OF x BG; Solução: Designemos por S a área constante, e por a, b, c as 3 arestas; teremos: S = 2ab + 2ac + 2bc = 2(ab + ac + bc). Sendo S constante, o mesmo se dará com ab + ac + bc. Solução: Designemos por a, b. c as arestas; o perímetro será 4a + 4b + 4c e o volume, abc. Ora, o produto abc será máximo no mesmo caso que 4a x 4b x 4c. Mas a soma destes 3 fatores é constante e igual ao perímetro dado. Temos, pois, um máximo quando 4a = 4b = 4c, ou a = b = c. O paralelepipedo máximo é, pois, o cubo. OG OF 583. Dentre todos os paralelepípedos retângulos isoperímétricos, qual é o de maior volume? . OF DFOnde: — = — . DF BG Do mesmo modo, o triângulo AOB, dá: ÕH2 = BG2 = AH x BH = DF x OG; . DF BG Onde: — =-- .BG OG Das igualdades (1) e (2) deduz-se: OF DF BG DF - BG " OG • 2o Para se obter uma reta X que forme, com a reta dada M, razão igual a ÃB3 ÃD3 ’ abaixar-se-á do vértice A a perpendicular AO sobre a diagonal BD e traçar-se- ão as paralelas OG, OH aos lados do retângulo. . ÃB3 OG . . .. X Ãê’ X Da igualdade —j- = , e da hipótese — = —y , deduz-se que — Onde se vê que X é quarta proporcional aos comprimentos OF, M, OG. DF BG Geometria Elementar Resposta: O cubo. B b ; onde: b = O volume do prisma é pois igual a bh = Teremos o máximo do produto pois o fator é constante. — = 2, ou H - h = 2h => H = 3h, 280 585. Qual é o maior prisma que se possa obter de uma pirâmide com uma seção paralela á base? Solução: Chamemos B e H à base e à altura da pirâmide, b e h à base e à altura do prisma. Resposta: Obtém-se o maior prisma por uma seção no terço da altura a partir da base. O volume abc virá a ser máximo ao mesmo tempo que a2b2c2 = abx acx bc. Como a soma destes 3 fatores é constante, o produto será máximo quando se tiver: ab = ac = bc, ou a = b = c. O cubo é, portanto, o paralelepipedo máximo. B H2 Mas a soma H-h + h = H = quantidade constante. Cumpre pois, para o máximo, que se tenha: t!^ = - = 2, ou H-h = 2h => H = 3h, h 1 1 onde h = —H. 3 Deve-se fazer a seção no terço da altura, a partir da base, para se obter o prisma máximo. ffi r-rr-7 ^(H-h)2xh. Fig. 418 Os polígonos B e b sendo semelhantes, estão entre si com quadrados das alturas das pirâmides de que são bases, e teremos: b (H-h)2 . . B ÍLJg = í onde: b = pj-íH-h)2 . g - h)2 x h quando (H - h)2x h for máximo, Capítulo 13 - Revisão do Capítulo 5 Resposta: 0m666 de uma das bases. 281 586. Dá-se um prisma triangular reto com altura de 3m80; sobre uma das arestas, a partir da base, toma-se uma altura representada por x; sobre outra aresta, toma-se uma altura de 1m20 a mais, e sobre a 3a, uma altura de 1m30 a mais; pela extremidade destas 3 alturas, traça-se um plano que divide o volume do prisma em duas partes: como é que se deverá escolher a 1a altura para que as duas partes sejam equivalentes? Solução: Devendo estas duas partes ser equivalentes, e tendo mesma base, a soma de suas 3 arestas é, com evidência, a mesma nos 2 casos. Ora, no 1o, as arestas são x, x + 1,20 e x + 2,50, o que dá 3x + 3,70 por soma das arestas; no 2o, as arestas são 3,80 - x, 3,80 - x - 1,20 e 3,80 - x - 1,20 - 1,30; a soma destas 3 quantidades, depois de simplificação dá 7,70 -3x: onde a igualdade: 3x + 3,70 = 7,70 - 3x, 6x = 4; Onde x = 0m666. Geometria Elementar CAPÍTULO 14- EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO 7 588. Fig. 419 logo: 282 O raio da base de um cone tem 4m, a altura, 6m. A 2m do vértice, faz-se uma seção paralela à base: achar a área do tronco de cone assim obtido. 587. AB é o diâmetro de uma esfera; quer-se traçar um plano perpendicular a este diâmetro, de modo que a área da esfera seja dividida em duas partes que formem razão 2 igual a —; por que ponto do diâmetro AH deverá passar o plano? Solução: Este plano divide a esfera em duas zonas cuja áreas são: z = 2nRh, e Z = 2jiRH. Dividindo-se membro a membro, dá: z _ Z“ Mas, segundo o enunciado, temos: = - = - =o 6a = 28,84 => a = 4,81. i 2 h' = h + h’’ Solução: Seja S a área pedida; temos: S = na(R + r). (1) Aliás, se A representar o lado do cone, a o lado do tronco, h a altura do tronco, h' a altura do cone menor, a figura dará: A _h + h* 6 A-a” h' 2’ Ora, A = V(h + h')2 + R2 = ^36 + 16 = 7,21; 7,21 7,21-a . rOutrossim, — : R , h 2Logo, pode-se escrever: — = —. H 3 Ora, h + H outra coisa não é senão o diâmetro da esfera; trata-se, pois, apenas de dividir este diâmetro em duas partes proporcionais aos números 2 e3. h H 2 3 ’ Capitulo 14 - Revisão do Capitulo 7 80m259. Fig. 420 Resposta: 21m275. 283 589. O diâmetro de uma esfera mede 4m; uma corda paralela a este diâmetro tem 2m; pede-se a área gerada por esta corda ao girar ao redor do diâmetro. 590. A área total de um cilindro circunscrito a uma esfera é meia proporcional entre a área da esfera e a área total do cone equilateral circunscrito. A mesma relação existe entre os volumes destes 3 corpos. Solução: • 1oA área da esfera é 4nR2; a área total do cilindro = 6nR2; e a do cone = 9nR2. Estas 3 áreas estão entre si como os números 4, 6 e 9; e como 62 = 4 x 9, a primeira parte do problema está demonstrada. • 2o Volume da esfera =—jtR3 . 3 Volume do cilindro = 2nR3. Volume do cone = 3nR3. Solução: Esta área é a de um cilindro; teremos pois: S - 2nCE x CD = 2nCE x 2, ou S = 4nCE. Mas, o triângulo retângulo COE,da: CE = 7cÕ2 - ÕÊ! = 7r2-CÍ!, CE = = -Jl logo: S = 4rtj3 = 21m275 4 Logo, os 3 volumes em apreço estão entre si como os números — , 2 e 3. Ora, 22 = - x 3 = 4. 3 . Rh' 4x2 4 onde: r =--------=--------= —. h + h' 6 3 Levando os valores de a e de r á igualdade (1), temos: S = rrx 4,81^4 + ^ = Resposta: 80m!59. Geometria Elementar Da Fig. 421 X Logo: área DE = na aV3 + :a273 . 284 aj3 2 A F G K Ora, a área descrita por DE é a do tronco de cone gerado por DEGF, ou Área DE = n x DE (DF + EG); Mas, DE = a, DF = AC = a>/3, e EG = O volume gerado por DEF ou v’ = área DE x v' = -na3. 4 DF a Vã 2 ” 2 3 O volume gerado por ABC é também —na3. 4 Chamando-se V ao volume total, temos: q Q V = v + 2v'= 3na3 + — na3 => V = — na3. 2 2 Substituindo-se a pelo seu valor, 1m, temos: q V = —n = 14m3137. 2 Resposta: 14m3137. :a2x/ã x ^>?3, Área DE = -ni 2 O triângulo FEK, sendo equilateral, tem-se: FH = -Vã. 2 -FH = -x/3; 3 6 logo : v' = —n< 591. O lado de um hexágono regular igual 1m: pede-se calcular com aproximação de 0,001 o volume gerado pelo hexágono regular a girar em redor de um de seus lados. Solução: O volume pedido compõe-se de 3 partes: o cilindro gerado pelo retângulo ACDF, e os volumes gerados pelos triângulos iguais ABC, DEF. O cilindro ACDF tem por raio AC = a Vã e por altura a, seu volume v = 3na3 Ifh. 3 Capitulo 14 - Revisão do Capitulo 7 D A B E EC, D F 285 592. A área da esfera é meia proporcional entre as áreas geradas por 2 polígonos regulares semelhantes, de um número par de lados, inscrito um e circunscrito o outro, ao mesmo círculo maior, a girarem ao redor do mesmo diâmetro. 593. Inscrever em uma esfera um cilindro reto cuja soma das bases seja igual à área lateral. A B Fig. 423 Solução: Sejam ABC o semi-circulo que gera a esfera dada e CEFD o retângulo que gera o cilindro pedido; tem-se: área das duas bases = 2zCE2, área lateral = 2nCE x CD. Ora, conforme o enunciado, deve-se ter: 2nCÊ’= 2nCExCD; onde: CE = CD. Vê-se, pois, que o retângulo CEFD, que gera o cilindo pedido, é um quadrado inscrito no semi-círculo ACB C Fig. 422 Solução: Temos: 1o Área da esfera = 4nR2. 2o Área AFB = 2nCF x AB = 4nR x CF. 3o Área DHE = 2nCH x DE = 4nR x DC. Mas os triângulos semelhantes ACF e DCH, dâo: CF CH CF R— = — ou — = —: AC DC R DC Multiplicando-se todos os termos por47tR, vem: 4nR x CF 4nR2 4nR2 ~4nRxDC Geometria Elementar A O Fig. 424 DE M AC2 + CD2 = 2AO2. O Fig. 425 286 595. Numa esfera, fazer passar duas seções paralelas e equidistantes do centro desta esfera, de forma que a soma das áreas das duas seções seja igual à área da zona determinada, pelas seções. Solução: Sejam CD e EF os raios das duas seções pedidas Conforme o enunciado, é evidente que a área da esfera è igual à soma das calotas AD, BF e dos 2 círculos CD, EF. Ora, área de uma calota = 2nAO*. AD, área das duas calotas = 2n x 2AO x AD = 2itx ABx AD, = 2n x AC2; área das duas seções 2nCD2. Podemos, pois, escrever: 2nAC2 + 2nAC2 = 4nAO2 B Solução: Sejam CMBD a calota e CAD o cone pedido, temos: área lateral do cone = nCE x AC e área da calota = nAB x BE. Ora, conforme o enunciado, deve-se ter: nCE x AC = nAB x BE: Onde: CE x AC = AB x BE, CÊ2 x AC2 = AB2 x BE2. Substituindo-se CE? e AC2 pelos produtos AExBE e ABxAE, são respectivamente iguais, vem: AExBExABxAE = ÃB2 + BÊ2, ÃÊ2 = ABxBE. Onde se vê que a altura AE do cone é o segmento maior do diâmetro AB dividido em meia e extrema razão. 594. Inscrever numa esfera um cone de área lateral equivalente à área da calota esférica terminada no mesmo círculo. Capítulo 14 - Revisão do Capítulo 7 287 2 Logo, se se cortar o cone por um plano que passe pela altura AE, obter-se-á o triângulo equilátero ACD. Por conseguinte, basta inscrever um triângulo equilátero num círculo máximo da esfera dada, e a revolução deste triângulo ao redor de uma das suas alturas gerará o cone pedido. Mas, o triângulo retângulo ACB, dá. ÃC2 + CB2 = 4ÃÕ2 • Subtraindo desta igualdade a precedente, temos: CB2 - CD2 = 2ÃÕ2, BD2 = 2ÃÕ2, BD = AOVS. Ou, por outra, a distância BD da seção CD ao polo B é igual ao lado do quadrado inscrito num círculo máximo da esfera. O mesmo se dá para a seção EF em relação ao polo A. 596. Inscrever numa esfera um cone de base equivalente à metade da área lateral. 597. Fazer passar uma esfera por quatro pontos que não estejam situados no mesmo plano. Solução: Far-se-á primeiro passar uma circunferência por 3 dos ditos pontos; levantar-se-á sobre 0 seu centro uma perpendicular indefinida a seu plano; afinal, sobre o meio da reta que une 0 4° ponto a qualquer um dos outros 3, levantar-se-á um plano perpendicular, que há de cortar a perpendicular indefinida no centro da esfera pedida: este centro é, com efeito, equidistante dos 4 pontos dados. 598. Num círculo dado, traçar dois diâmetros AB, CD em ângulo reto; pelo ponto A, traça-se a tangente AE. Traçar também a corda CB que se prolongará até a sua interseção E com a tangente. Entre as retas AE, EC e o arco AC, está compreendida determinada figura. Supondo-se que a dita figura faça uma revolução completa ao redor de AB, qual será o volume gerado por ela? Aplicação: R = 1m35. Solução: O volume pedido é igual à diferença existente entre o tronco de cone gerado pelo trapézio AECO e a meia-esfera gerada pelo quarto de circulo AOC. Os raios do tronco de cone sendo 2R (pois AB iguala 2OB, também AE iguala 2OC), e R, e a sua altura R, o volume hà de ser: V = jrrR(4R2 +R! + 2R2) = ^rrR’. Solução: Supondo-se que o cone foi gerado pelo triângulo ACF (fig. 424), ao girar em redor do eixo AE, teremos, de acordo com o enunciado: KCÊ2 = nCE_xAC, ou 2CE = AC, ou ainda CD = AC. Geometria Elementar E Fig. 426 A BO D O volume da meia-esfera ou V' = Resposta: 12ml882. Fig. 427 288 _C 599. Dada uma esfera, traçar um raio qualquer e um plano perpendicular no meio deste raio; o plano dividirá a esfera em dois segmentos. Suprima-se o segmento menor e substitua-se por um cone reto de mesma base que o segmento supresso. A que distância deve ficar o vértice do cone para que o corpo assim composto de um cone e de uma parte esférica tenha a mesma área que a esfera? rrDC X SD = rtR2. (1) Mas. DC é a metade do lado do triângulo equilateral inscrito, o que dá: DC = — . a mais, SD = 2 Solução: Seja DC a perpendicular levantada sobre o meio do raio AO; se representarmos por x a altura SC do cone pedido, teremos, conforme o enunciado' área lateral do cone gerado SDC = área da zona A; Ora, área lateral do cone = rrDC x SD, e área da zona = 2xR 4 rR3; Onde: V - V’= —nR3. 3 Se R = 1m35, ter-se-á, para o volume pedido: K V-V = |n1,353 =12m3882. x R = nR2; onde: Capítulo 14 - Revisão do Capítulo 7 onde afinal: x = Observação. - Evidentemente, a solução negativa deve ser rejeitada. Fig 4^8 289 600. Achar, em função da aresta a de um tetraedro, o raio da esfera inscrita e o da esfera circunscrita. x/3 x Solução: • 1a Solução. — Existe um ponto G inteiro, equidistante dos 4 vértices e das 4 faces do tetraedro. A mais, este ponto se acha sobre a altura H do tetraedro (ex. 597). Ora, é fácil conceber que se pode decompor o tetraedro em 4 pirâmides iguais com os vértices no ponto G e tendo por bases as faces do tetraedro. Cada uma valerá, com evidência, — do tetraedro e, por conseguinte, a altura — . 4 4 Se designarmos por r e R os raios das esferas pedidas, teremos: r H aV5 aV6 ,r = — = —=-------(ex 442).4 4^3 12 ' Por outra parte, R = H — r = 3r = — \/6. 4 4 A igualdade (1), depois da substituição, vem a ser: n-V3xJx2 + — = nR2 2 V 4 n 3R7 2ttR2 2R OU Jx +------ = ------ V 4 nRs/3 x/3 4R2. 3 ’ - £2 V3 Resposta: . Geometria Elementar (1) (2) (3) vem -2r2, R = 290 2£ 3 ' £ 3 —75, e R = SG = 3r = -7ê. 12 4 e (R + r)2 = a2-y R2 + 2Rr + r2 = —. 3 £ 3 R2 = r2 + —. 3 • 3a Solução. - Os triângulo retângulos SAF, GAF dão: (FA = j da alturado triângulo de base = ^73) , í^ + 4r2, 3 R pelos seus valores, / a? A equação(1) dá : R = Jr2 + —. Substituindo-se, na equação (3), R2 e sucessivamente: 2 a2 „ H ã2" 2 2a2 r + — + 2r. r + — + r =----- , 3 V 3 3 2r^4 = - 2 4a2r2 3 • 2a Solução. — Conceba-se um plano secante que passe pela aresta SA e pela mediana SD da face oposta SBC; este plano, dividindo o tetraedro em duas partes iguais, encerra a altura SF. Aliás, o paralelismo das retas SA, EF nos dá. SG SA SD 3 . GF " EF “ ED ~ 1‘ logo: r = GF = —SG = —SF = — = 3 4 4 8a2r2 a4 3 9 ’ 24r2 = a2, r2 = —, 24 r = = — 724 = — 76 x 4 = — 76. 724 24 24 12 O valor de r2 levado à relação (1), dá: d2 a2 a2 9a2 3a2 l\ — T" " 24 3 24 8 ^=*7575 =*724, 78 8 8 R = -76. 4 Capítulo 14 - Revisão do Capitulo 7 NOTA. - O leitor observará a diferença existente entre estas 3 soluções. 603. Inscrever na esfera o cone máximo. d) (2) 291 602. Inscrever numa esfera o paralelepípedo máximo. Solução: Sejam D o diâmetro da esfera, x, y, z as dimensões do paralelepípedo P; temos: 601. Um aeronauta está a 10km da terra: que área poderá ele avistar, se o raio terrestre mede 6,366km? Solução: Seja SAB o cone pedido. Se designarmos por x o da base, e por R + y a sua altura, a figura nos dará: V = \x2(R + y), e x2 = R2 - y2. Fig. 429 Solução: Seja A o ponto em que se acha o aeronauta. Évidente que pode avistar a área da zona CBC* determinada pelas tangentes AC, AC’. Calculemos, pois a área desta zona, e, para tal, determinemos primeiro a sua altura x em função de R, raio da terra. O triângulo retângulo ACO, dá: R2 = AOx OD = (R + 10)(R-x) = R2 + 10R-Rx-10x, Rx + 10x= 10R; ~ 10ROnde: x =--------- . R + 10 Teremos portanto: Área CBC’ = 2nRx = 2 x 3.1416 x 6,366 x 63660 = 399.361 km2 6376 Sendo a área do globo igual a 510 000.000 km2, é uma área 1277 vezes maior, mais ou menos. Resposta: 399.361 km2. P = xyz, ou P2 = x2y2z2; Mas, x2 + y2 + z2 = D2. Uma vez que D2 é número constante, o produto x2y2z2 será máximo para x2 = y2 = z2, ou x = y = z. Logo, o paralelepípedo máximo inscrito na esfera é o cubo. Resposta: r = >/6; R = Jõ . Geometria Elementar S R AV- B Fig. 430 O máximo desta expressão é independente do número constante 604. Inscrever num cone o cilindro máximo. Fig. 431 292 ÍR Jo -1y- A y ix 4 1 -n; o y X 4 2A altura do cone é, pois, igual a — do raio da esfera; e o raio da base, aos — do lado do quadrado inscrito num círculo máximo. Substituindo x2 pelo seu valor, obtemos: V = ^n(R2 - y2)(R + y)- Onde: 2R - 2y = R + y, e y = ^R . Este valor de y, levando à relação (2), dá: x2=R3-—, 9 2 8R2 x =------; 9 onde: x = -R%/2. 3 volume será, pois máximo ao mesmo tempo que (R2- y2) (R + y) = (R-y) (R + y)2- Ora, a soma dos 2fatores (R-y) e (R + y) é constante, porque R-y + R + y = 2R. . • . , . R-y 1Teremos o máximo, portanto, quando ——- = —: Capítulo 14 - Revisão do Capítulo 7 d) (2) (3) TV X cone 605. Inscrever numa esfera o cilindro máximo. y Fig. 432 /X (D 293 V = n e x2 = Soluções: Sejam R o raio da esfera, x o raio da base do cilindro e y a sua semi-altura; temos: V = 2nxzy. A figura também dá: x2+y2=R2. (2) Mas, o valor de V será máximo ao mesmo tempo que x2y, pois que 2- é número constante. Podemos pois escrever: x2y = m, ou (x2)2y2 = m2. A soma destes dois fatores é constante, pois x2 + y2 = R2. 2 1O raio x do cilindro será os — do raio do cone, e sua altura y o - da altura do „ . HOnde: y = — . Substituindo este valor na relação (3), tem-se: = RfH_ypR. H(, 3j 3 Solução: Sejam R o raio da base do cone, H a sua altura, x e y o raio e a altura do cilindro inscrito. Teremos para o cilindro: V = nx2y. Por causa dos triângulos semelhantes da figura, temos também: H R. H-y ~ x' D onde: x =-(H-y), ^-(H-y)2. Levando-se o valor de x2 à igualdade (1), vem: R2^(H-y)2y. Ora, o máximo desta expressão é independente da quantidade constante R2 pp ; só pode provir do produto (H - y)2y. Mas, temos: H-y + y= H = uma quantidade constante: logo, o máximo do 2 V 1produto (H -y) y se alcançará quando tivermos —-— = - ; H — y 2 :O Geometria Elementar (3) (4) 606. Circunscrever a uma esfera o cone mínimo. Sejam x o raio da base do cone, e y a sua altura; seu volume será Ora, o mínimo desta expressão independente da quantidade constante d) Fig. 433 294 Podemos, pois, escrever: x2y = m. O máximo do produto (x2)^2 se alcançará, pois, quando tivermos: y2 1 S=2 Sendo a altura do cilindo igual a 2y, ou ^R>/3 , vale cs | equilateral inscrito num círculo máximo da esfera. Quanto ao raio da base, vale da diagonal do quadrado que tem por lado o lado do triângulo equilátero inscrito num círculo máximo, pois d sendo esta diagonal, temos: d2 = (R>/3)2 + (RVã)2 = 6R2. d = Rx/6, ^ = ^rVb. 3 3 rx2y- 1 3n' Onde: x2 = 2y2 Levando-se este valor à equação (2), obtemos: 2y2 + y2 = R2 3y2 = R2, 2 R2 y = —.2 3 y = -RV3. 3 O valor de y2 levado á equação (3). dà: 2 2R2 X ~ 3 ’ x = ---V- = 1rV5 x Vã = - rVõ. Vã 3 3 Sendo a altura do cilindo igual a 2y, ou |rV3, vale os ~ do triângulo Capítulo 14 - Revisão do Capítulo 7 , e x2 = y = 295 Os triângulos semelhantes SEO, SBC, dão também. R SE x=V: Mas tgSÊ2 = y(y-2R): Onde: SE = ^/y (y - 2R); Portanto: * = , e x2 = = x y y(y - 2R) y - 2R Levando-se este valor de x2 à equação (1), vem: R2y2 7^2R=m' R2y2 = my-2mR. R2y2 - my + 2mR = 0, 2_my + 2m_0 Y R2 R ' Fm2 2m 4R2"‘"r'' m V = 2^± m í Vm2 - 8mR3 2R2 Para y ser positivo, devemos ter, pelo menos: m2 = 8mR3: Onde: m = 8R3. Neste caso, desaparece o radical, e tem-se: m 8R3 ._ y“ 2R7-2R7- Levando-se os valores de m e de y à equação (1), tem-se: x2x 4R-8R3; onde: x = R^2 . O cone mínimo circunscrito à esfera tem, pois, por altura o quádruplo do raio da esfera dada, e por raio da base, o lado do quadrado inscrito num dos círculos máximos da mesma esfera. Geometria Elementar CAPÍTULO 15 - EXERCÍCIOS DE REVISÃO DO CAPÍTULO 8 Fig. 434 Multiplicando os 2 termos da 1" razão por FA, temos: Fig. 435 296 FM ’ F'M 608. Mostre que: 1° As duas tangentes OT, OT' à elipse, oriundas de um ponto exterior O, formam ângulos iguais FOT, F'OT com as retas que unem o ponto O aos focos; 2o a reta OF é bissetriz do ângulo TFT' dos raios vetores saídos de um mesmo foco e levados até os 2 pontos de contato. FÃ2 F'BxFA 607. O quadrado da distância do foco F da elipse a uma tangente e o quadrado da metade do eixo menor estão na mesma razão que os raios vetores FM, F'M do ponto de contato M da tangente. FM ------ , mas F'M (ex. 475), F'B x FA = b2, logo: FÃ2 Solução: Devemos ter: Com efeito, sejam a tangente AB e os raios vetores FM, F'M do ponto de contato. Se abaixarmos as perpendiculares FA, F'B sobre a tangente, formaremos dois triângulos retângulos semelhantes, pois os ângulos agudos .. . . FA FMem M sao iguais; por isso teremos: ^7^ = ^7^ . Capítulo 15 - Revisão do Capítulo 8 297 610. O produto dos segmentos interceptados pelo eixo maior de uma elipse e uma tangente móvel sobre as duas tangentes traçadas às extremidades do eixo maior é igual a b2. 609. Quando um ângulo é circunscrito a uma elipse, a parte da tangente móvel compreendida entre os lados deste ângulo é vista de cada foco sob um ângulo constante. Solução: Sejam AM. AN duas tangentes á elipse cujos focos são F, F'. Tracemos a esta curva uma 3a tangente qualquer que corte as duas primeiras nos pontos K e L. Trata-se de demonstrar que o ângulo KFL, sob o qual se vê do foco F o segmento KL, é constante. Fig. 436 Com efeito, se unirmos, por meio de retas os 3 pontos de contato M, G, N das 3 tangentes ao foco F, o ângulo GFMfica dividido em duas partes iguais pela reta FK (ex. 608); do mesmo modo, o ângulo GFN fica dividido em duas partes iguais pela reta FL; o ângulo KFL é, pois, a metade do ângulo constante MFN, logo, é também constante. Demonstração análoga provaria que o ângulo KFL é também constante. • 2° A igualdade dos 2 triângulos OFK, OF'L nos dá: Ângulo OFK = ângulo OLF'; Mas, acabamos de ver que OLF' = OFT; logo, OFK = OFT, e OF é bissetriz do ângulo TFT. Solução: Devemos ter: 1° FOT = F’OT, 2o OFT = OFT. • 1o Prolonguemos o raio vetor F’T de um comprimento TL = FT, e o raio vetor FT de um comprimento TK = FT; em seguida, tracemos as retas OL, OK. Os triângulos OTL, OTF são iguais, pois têm um ângulo igual compreendido entre dois lados iguais em ambos; portanto, OL = OF, e o ângulo OFT = OLT. Do mesmo modo. OK = OF, e o ângulo OFT = ângulo OKT. Disso resulta que os triângulos OFK, OF'L têm os 3 lados iguais, pois que F'L = FK = 2a, logo, estes triângulos são iguais, e o ângulo F'OL = FOK. Se tirarmos de cada um destes ângulos a parte comum F'OF, teremos: FOL = F'OK FOL F'OK 2 2 Ou afinal: FOT = F'OT. Geometria Elementar C B Fig. 437 A AF’ F B Fig. 438 F D C 298 ambos o mesmo complemento AFB. Estes triângulos dão: Onde: ABx A'C = AFx A’F = b2. (ex 466). Solução: Tracemos, às extremidades do eixo maior AA’, as tangentes AB, A'C e uma tangente qualquer BC, teremos o produto ABxA'C, constante e igual a b2. Com efeito, unamos por meio de retas o ponto de contato M e os pontos de B e C ao foco F. O ângulo BFC é reto, pois que (ex. 609) é igual à metade da soma dos 2 ângulos suplementares AFM, MFA'; portanto os triângulos retângulos ABF e A'FC são semelhantes, pois os ângulos ABF e A'FC são iguais por terem AB AF ambos o mesmo complemento AFB. Estes triângulos dão: 611. Quando, pelo foco de uma parábola, se traça uma perpendicular ao eixo, tomando-se, a partir do foco, sobre esta perpendicular, duas distâncias iguais, o trapézio formado ao abaixar perpendiculares dc suas extremidades sobre as tangentes é constante. M, Q, K. E/á Tf Mas, DL = BC; portanto: — = ; onde: DE x FK = AF x BC. AF FK Logo, a área do trapézio CBDE é constante, pois que esta área, DE x FK, é igual ao produto constante AF x BC. Solução: Pelo foco F da parábola, tracemos uma perpendicular ao eixo AF, e, de cada lado de F, tomemos, sobre esta reta, dois comprimentos iguais FB, FC, e dos pontos B e C, abaixemos as perpendiculares BD, CE sobre uma tangente qualquer MT à parábola; obteremos assim um trapézio CBDE cuja área é constante. Para demonstração, tracemos FK, paralela a DB, e DL, paralela a BC; o ponto K está sobre a tangente ao vértice A da parábola, e AFK e um triângulo retângulo semelhante ao triângulo retângulo DEL; logo: Capítulo 16 CAPÍTULO 16 APÊNDIDE SOBRE MÁXIMOS E MÍNIMOS Ora, x e y são as raízes da equação X2+ mX + a = 0, a qual dá: X = Para que X seja real, é preciso que se tenha — > a ou pelo menos 24 Logo, etc. seu produto máximo. Conforme Onde: 299 Teorema III. O produto de vários fatores cuja soma é constante, é máximo quando estes fatores são iguais. X' = x = ^ã, X" = y = Vã. (1) (2) x + y = a. xy = m. ía2 ------m. 4 p v _. , x . _______ , u_ m2 4 i . m2 . . m2 m /- menor valor que se possa dar a — é, pois — = a ou — = Va. Teorema I. Quando o produto de dois fatores é constante, o mínimo da soma destes fatores se dá quando são iguais. Sejam m o mínimo da soma, e a o produto constante dos 2 fatores x e y. Conforme o enunciado, teremos as equações: x + y= m, xy = a. Teorema II. O produto de dois fatores cuja soma é constante, é máximo quando este dois fatores são iguais. Sejam x e y os 2 fatores, a sua soma constante e m o enunciado, temos: [--a. m2 ~— = a . O 4 a2 ou quando mais m = —; neste último caso. 4 Onde, pela substituição de y por seu valor Jã , Ora, x e y são as raízes da equação: X2 - aX + m = 0, a qual dá: X = ± a2 Para X ser real, é preciso termos m < —, 4 X' = x = ^, X" = y = |. Logo, o produto, etc. o radical desaparece, e temos: X = 4 Mas então o radical desaparece, e temos: X = y. Geometria Elementar ... e y" = y de xm x yn = FIM 300 Com efeito, sejam a a soma constante, e x, y, z, t... os fatores. Temos: x + y + z + t... = a. Trata-se de tornar máximo o produto xyzt.... Ora, se supusermos que os 2 últimos fatores são invariáveis, obtemos: x + y = a- z-t, ou uma quantidade constante para a soma dos dois primeiros. Seu produto será pois máximo para x = y; logo, o produto total também será máximo só quando se tiver x = y. Provar-se-ia da mesma maneira que y e z, z e t, etc., devem ser iguais. xmxyn nm xn" x nn, ou, o que dá na mesma, cada fator x nn.ixAxA... yxyxyxy„V m m m An n n n ) a, o máximo do produto xm x y" não pode depender da quantidade constante mm + .só pode provir dos dois parênteses. Mas, os fatores encerrados pelos parênteses têm soma constante, pois que x + y = a: logo, o máximo de seu produto se alcançará quando forem iguais entre si, portanto, é x y x m preciso ter: — = — ou — = —. m n y n Teorema IV. O produto de potências diferentes de dois fatores, cuja soma é constante, é máximo quando estes fatores formam razão igual à razão de seus expoentes. Conforme o enunciado, podemos escrever: x + y = a xm x yn = M O produto será máximo quando tivermos: — = — y n Com efeito, xm = xx xx x...., e yn = y x y x y x y..., portanto, xmx yn = (xx xx x...) (y x y x y...)_ Dividindo-se os 2 membros pelo produto rnm x por m e cada fator por y por n, temos: Xx x Yyxyxyxy \ = l — x — x —... ii — x — x — x —... i, ^m m m 7\n n n n ) ISBN ÔSbOLSBlB-H b S 31 3 3vaasbo5 www.vestseller.com. br tlfe marista'! Este livro maravilhoso, escrito pelos Irmãos Maristas e publicado pela editora marista FTD no início do século XX, traz mais de 600 problemas resolvidos de excelente nível envolvendo Geometria Plana, Espacial e cônicas. Trata-se de uma obra prima de Geometria, recheada com centenas de problemas de construção, inúmeras demonstrações variadas envolvendo planimetria, geometria espacial, e um maravilhoso tratamento das cônicas elipse, hipérbole e parábola sem recorrerá geometria analítica! Nem mesmo o tempo foi capaz de alterar o brilho dessa obra, escrita com muito vigor pelos irmãos maristas, com linguagem bastante simples, objetiva e acessível a qualquer leitor interessado em aprimorar e aprofundar seus conhecimentos no mais mágico e desafiador segmento da Matemática elementar: a Geometria. O nível dos problemas aqui contidos estimulará mesmo os leitores mais exigentes. Provavelmente, os problemas mais difíceis de Geometria contidos nos modernos livros brasileiros encontram-se resolvidos na presente obra, cujo valor é inestimável para os amantes da Geometria sem sombra de dúvida. Mais uma vez, preocupada em resgatar para a presente e futuras gerações o que há de melhor em livros de ciências exatas, a Editora VestSeller tem a honra de reeditar esta obra prima e, juntamente com todo o povo brasileiro, saudar e agradecer os ' irmãos maristas pela incomensurável contribuição que dão para a educação nesse país desde que aqui chegaram, no final do século XVI11, até os dias de hoje. r / EDITORA http://www.vestseller.com