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Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 1/13 ELIENE ARAÚJO MARTINS Avaliação Online - Capitulos/Referencias 1,2,3,4,5,6 (Curso Online - Automático) Atividade finalizada em 06/12/2025 10:09:29 (4513157 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: GRAMÁTICA E TIPOLOGIA TEXTUAL [1827806] - Avaliação com 20 questões, com o peso total de 50,00 pontos [capítulos - 1,2,3,4,5,6] Turma: Segunda Graduação: Licenciatura em Letras - Português p/ Licenciados - Grupo: JULHO/2025 - SGice0A020725 [180600] Aluno(a): 91821913 - ELIENE ARAÚJO MARTINS - Respondeu 20 questões corretas, obtendo um total de 50,00 pontos como nota [371132_49] Questão 001 Além da sequência narrativa e a dissertativa, a sequência expositiva também é um gênero do discurso e, por sua vez, tem como finalidade expor fatos e hipóteses que embasem um determinado assunto sem que o autor expresse juízo de valor sobre o tema. Sendo assim, o texto que melhor apresenta tal característica corresponde à alternativa: Foram para a cidade, num domingo, para se casar. Juntou gente para ver a moça, tão linda, com seus cabelos verdes e olhos de água verde — tão linda! (GUIMARÃES, 2020b, p. 29) Zão, zão, zão, zão, / calunga, / olha o mungueledô, / calunga, / minha gente toda, / calunga, / vamos embora, / calunga. (GUIMARÃES, 2020b, p. 30) Muitas vezes, o que era pra nos ajudar a nos fazer sentir melhor acaba piorando tudo, trazendo mais ansiedade e novas neuras (BRONA, 2020). Sem uma mudança sistemática, qualquer terapia individual é mero paliativo, o que pode ser bem lucrativo para o capitalismo do bem-estar (BRONA, 2020). X Na literatura linguística, a existência de imperativos pretéritos é um tema pouco explorado. Ainda assim, é possível encontrar várias posturas distintas sobre o tema. (CAVALCANTE; PAIVA, 2020). [371132_10] Questão 002 Leia o texto a seguir: O texto é predominantemente do tipo Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 2/13 argumentativo expositivo. dissertativo. descritivo. X injuntivo. [371132_6] Questão 003 Magda Soares define letramento como “a participação em eventos variados de leitura e de escrita, e o consequente desenvolvimento de habilidades de uso da leitura nas práticas sociais que envolvem a língua escrita. ” (SOARES, 2003, p. 16). Nesse contexto, são considerados conhecimentos específicos do processo de letramento: relação entre oralidade e leitura de palavras escritas. X convivência do aluno com muitos materiais escritos. leitura e escrita de letras, sílabas e palavras. orientação sistemática da leitura e da escrita. relação entre gramática e leitura de palavras escritas. [371132_64] Questão 004 Costa Val (2009) pontua que distintas formas de avaliação do texto: uma mais detalhada, em que se assinala erros de ortografia, pontuação, estruturas sintáticas etc. para evitar a repetição do erro; outra mais geral, em que é feita uma leitura globalizante para captar o sentido geral do texto e valorizar o que o aluno tem a dizer. Em outras palavras, tais perspectivas avaliativas revelam que: A segunda interfere minimamente, pois a correção e o apontamento de erros são vistos como prejudiciais ao desenvolvimento do discente, revelando uma postura formalista de avaliação. A segunda mantém interferências do professor na correção da estrutura do texto. A primeira interfere minimamente, pois a correção e o apontamento de erros são vistos como prejudiciais ao desenvolvimento do discente. A primeira mantém interferências do professor na correção da estrutura do texto, revelando uma perspectiva construtivista de avaliação. A primeira interfere minimamente, pois a correção e o apontamento de erros são vistos como integrantes no processo de aprendizagem do texto. X A primeira mantém interferências do professor na correção da estrutura do texto. A segunda interfere minimamente, pois a correção e o apontamento de erros são vistos como prejudiciais ao desenvolvimento do discente. [371132_28] Questão 005 Ao pensar sobre o ensino de produção textual no espaço escolar, Antunes (2005) aponta algumas problemáticas quanto ao método empregado pelos educadores. Uma delas é sobre as oportunidades e objetivos de escrita, em que a autora observa: Uma outra insuficiência poderia ser vista no fato de que, além de escassas, as oportunidades de escrita limitam-se a uma escrita com finalidade escolar apenas; ou seja, uma escrita reduzida aos objetivos imediatos das disciplinas, sem perspectivas sociais inspiradas nos diferentes usos da língua fora do ambiente escolar. (ANTUNES, 2005, p. 26) Desse modo, Antunes demonstra estar de acordo com Marcuschi (2008), visto que ambos os estudiosos: Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 3/13 X Entendem o ensino de texto como um evento social pautado em situações do cotidiano, de maneira que a língua deve ser ensinada de forma contextualizada e não restrita ao sistema linguístico unicamente. Corroboram com a noção sociointeracionista da língua, por isso se baseiam na concepção de língua como instrumento, isto é, um sistema que precisa ser decodificado com a finalidade de transmitir uma informação. Concordam que o fenômeno linguístico ocorre no âmbito social, logo, a leitura e produção de texto, no espaço escolar, devem focar as regras gramaticais. Demonstram ter uma visão sociointeracionista da língua, por isso desconsideram os aspectos históricos e discursivos no ensino de texto, sendo, pois, uma atividade cognitiva. Reafirmam a importância de se pensar o ensino de texto aliado aos processos históricos e discursivos, situados na realidade do aluno. Isto é, a língua pensada como forma e estrutura. [371132_41] Questão 006 Leia o fragmento do samba “Tiro ao Álvaro”, famosa canção na voz de Adoniran Barbosa: “De tanto levar / "Frechada" do teu olhar / Meu peito até / Parece sabe o que / "Táubua" / De tiro ao "alvaro" / Não tem mais / Onde furar, não tem mais” (ADONIRAN; OSVALDO, 2021). Sobre a visão sociointeracionista da língua, é certo que essa vertente pensa a língua como um recurso humano que precisa ser entendida na situação prática, isto é, no uso cotidiano, e que é afetada por fatores externos. Sendo assim, sobre a letra de “Tiro ao Álvaro” é correto afirmar: X A composição possui palavras que estão adequadas ao contexto de vida do sambista, como “frechada”, “táubua” e “alvaro”, uma vez que a composição buscou retratar a coloquialidade do samba, sendo também uma marca de expressão dos compositores. A única forma possível de escrita é a norma-padrão do português. Logo, qualquer texto, incluindo composições de sambistas, deveriam seguir tais regras. A composição possui erros graves de português, na escrita da palavra: “frechada”, “táubua” e “alvaro”, ao invés de “flechada”, “tábua” e “alvo”. Os erros de português podem ser falados na coloquialidade da música, mas deveriam ser escritos corretamente, ou seja, respeitando a norma-padrão. A composição possui palavras (como “frechada”, “táubua” e “alvaro”) descontextualizadas com outras grandes composições do samba, já que tais composições sempre buscaram respeitar as regras do português-padrão. [371132_24] Questão 007 Leia a citação a seguir sobre o método de estudo e o campo de investigação do linguista aplicado: Portanto, na perspectiva de Widdowson, o modelo que deve interessar ao linguista aplicado é aquele que capta a perspectiva do usuário. Propõe em outro capítulo, porém, que a LA seja uma área que faça a mediação entre a teoria linguística e o ensino de línguas (WIDDOWSON, 1979b), ou seja, na verdade, não descarta totalmente a teoria linguistica. Essa discussão vai, então, estabelecer um campo de investigação que começa a se formular como área mediadora, reconhecendo ainda que os tipos de conhecimentos que podem ser relevantes para a investigação dos processos de ensino de línguas necessitam ir além daqueles formulados pela Linguística (tanto da Linguística do sistema como da do discurso). (PEREIRA; ROCA, 2021, p.18) A interpretaçãoque melhor explica a citação acima corresponde a alternativa: Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 4/13 Widdowson entende que é do interesse da Linguística Aplicada o ponto de vista do usuário, isto é, do falante da língua. De maneira que cabe ao linguista aplicado focar no processo de recepção, ignorando, assim, outras áreas do conhecimento durante o processo de análise. Pereira e Roca (2021) discordam de Widdowson no que se refere ao modelo de análise da Linguística Aplicada. Para as autoras, é mais importante ao linguista aplicado pesquisar o campo de investigação do que o modelo de análise da Linguística. Tanto Pereira e Roca (2021) quanto Widdowson entendem que o campo de investigação da Linguística Aplicada começa a se formular como área mediadora na medida em que a Linguística analisa os discursos produzidos por seus usuários e ignora a estrutura do sistema linguístico. Pereira e Roca (2021) concordam com Widdowson na perspectiva que a Linguística deve assumir em seu método de estudo: considerar as normas linguísticas de forma desassociada da realidade do falante e dos contextos de produção do discurso. X Widdowson considera que o método do linguista aplicado deve compreender o falante da língua, considerando tanto a teoria quanto o ensino relativo ao estudo de línguas, mas também ultrapassando a Linguística enquanto sistema e discurso, recorrendo, assim, a outras áreas do saber. [371132_7] Questão 008 No que concerne ao conceito de alfabetização, Magda Soares a define como o “processo de aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e de escrita.” (SOARES, 1985, p. 20). Nesse contexto podemos entender o conceito de alfabetização como: I. O processo de apropriação do sistema de escrita. II. O processo de inserção e participação na cultura escrita. III. As manifestações da escrita na sociedade que se prolonga por toda vida. IV. Sinônimo de letramento. V. Contrário de letramento. Analisando os itens acima, assinale a opção que contém somente as afirmações CORRETAS. Somente I, II e IV. Somente I, III e V. X Somente a I. Somente II. Somente I e III. [371132_44] Questão 009 O narrador faz parte da sequência narrativa e tem como função indicar o foco narrativo de uma história. Dentre as suas qualidades, pode ser classificado em diferentes tipos, como onisciente ou observador, por exemplo. Sendo assim, a explicação que melhor se aplica a esse recurso narrativo corresponde à alternativa: Onisciente significa saber absoluto. Logo, esse tipo de narrador não interfere na narrativa, sendo apenas um observador dos fatos. O narrador equivale ao autor do texto. Assim, há situações em que o narrador (o autor) conta histórias ficcionais sobre a própria vida, mas também de fatos reais. X Onisciente significa saber absoluto. Por isso, está presente em todos os lugares. Logo, tende a conhecer fato e detalhes em relação à trama. O narrador pode aparecer na narrativa em primeira ou terceira pessoa. Em ambos os casos, é um narrador-observador da trama. Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 5/13 O narrador equivale à autoria do texto. Assim, o narrador representa histórias da vida real do autor. [371132_13] Questão 010 Sabe-se que o discurso jornalístico tem como finalidade informar, assim como a crítica e o humor, podendo, assim, apresentar uma opinião explícita ou não. Nesse sentido, encaixa-se adequadamente nessa definição o seguinte gênero textual: hq. X notícia. livro. conto. exposição. [371133_1] Questão 011 Alguns critérios são essenciais no planejamento de ensino de leitura e produção de texto. Portanto, para uma abordagem completa da textualidade, é fundamental que o professor considere as seguintes qualidades durante o ensino de texto: o público leitor, isto é, os próprios estudantes. a finalidade de comunicação, as características do tipo e gênero textual, o público leitor e os meios de comunicação. X os meios de comunicação, ou seja, a internet e a propagandas de Tv. o tipo e gênero textual, a exemplo do descritivo. apenas a finalidade de comunicação e as características do tipo e gênero textual. [371133_16] Questão 012 Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes, um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos ingênuos. As letras fizeram- se para frases; o algarismo não tem frases, nem retórica. Assim, por exemplo, um homem, o leitor e eu, querendo falar do nosso país, dirá: - Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força que este caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras, as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e Fideles Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito superior a todos os direitos. A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade: - A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não lêem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles; é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente quer e pode pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha - por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado. Replico eu: - Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições..." Fonte: http://www.amatra3.com.br/uploaded_files/Cr%C3%B4 nicas.pdf. Acesso em 06/12/2009. Esse trecho é de um texto de Machado de Assis, de 15/08/1876. Como gênero jornalístico, constitui-se em: crítica. artigo. Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 6/13 relato. X crônica. conto. [371133_14] Questão 013 Leia o fragmento de texto abaixo: A formação do povoado que deu origem ao atual município começou a ocorrer no final do século XVII, por volta de 1694, com a descoberta de ricas minas auríferas mais tardes denominadas de Catas Altas. O historiador Salomão de Vasconcelos afirma que quase nada se conhece a respeito dos verdadeiros descobridores da região onde está localizado o município e sobre a fundação de Catas Altas. Mas, em anotações, atribui-se a Domingos Borges a fundação do arraial em 1703. A história de Catas Altas, assim como de diversas cidades mineiras, está relacionada com o ciclo da mineração no século XVIII. O nome “Catas Altas” provém das profundas escavações que se faziam no alto dos morros. A palavra “catas” significa garimpo, escavação mais ou menos profunda, conforme a natureza do terreno para a mineração. No povoado, as catas, os garimpos, as minas mais ricas e produtivas, estavam situadas nas partes mais altas, isto é, se encontravam no alto da serra e por isso, a atual cidade ficou conhecida como Catas Altas. “O povo vendo que cada vez mais o ouro estava diminuindo nos leitos dos rios e córregos, e com abundância nas partes altas, diziam: ‘as catas estão altas’, ‘as catas estão ficando em lugares mais altos’, ‘as catas estão em lugares de mais difícil acesso’”. Em 1712 ocorreu o primeiro registro de batismo em uma Capela de menor porte com invocação à Nossa Senhora da Conceição. Em 1729, teve início a construção da atual Igreja Matriz de mesma invocação, substituindo a antiga capela. A Atual Igreja Matriz pertence à segunda fase do barroco e permanece com seu interior inacabado, possibilitando aos visitantes conhecerem as etapas de construção e sua policromia, tornando-se um dos mais importantes ícones da arquitetura e ornamentação do Brasil neste estilo. Durante o ciclo da mineração, Catas Altas foi um dos mais ricos e populosos arraiais de Minas Gerais. Com o esgotamento das minas, o arraial ficou praticamente abandonado. Em 1868, chega a Catas Altas o Monsenhor Manuel Mendes Pereira de Vasconcelos para ser o vigário do arraial.Logo percebe o estado lastimável em que se encontrava o lugar, além do abatimento moral estampado nos rostos dos poucos moradores que ainda não haviam emigrado. O padre nota ainda a ausência de qualquer forma de cultura de subsistência. Milho, arroz, feijão, toucinho, tudo é provido pelos tropeiros. [...] A respeito do gênero do texto, pode-se afirmar que se trata de um texto dissertativo/ descritivo, uma vez que apresenta tese e há detalhamento nas ideias apresentadas. texto descritivo, porque detalha pormenores da cidade de Catas Altas. texto dissertativo, pois assemelha-se ao artigo de opinião, acrescentando valores acerca do assunto discutido. X texto predominantemente narrativo/informativo, pois narra e informa sobre fatos ocorridos em um contexto temporal. texto argumentativo, uma vez que apresenta tese e há detalhamento nas ideias apresentadas. Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 7/13 [371133_13] Questão 014 Leia o fragmento de texto abaixo: "- Ah, como sinto saudades de comer a erva fresca que nasce na primavera! dizia o pobre animal. A primavera chegou e o cavalo teve sua erva fresca, mas começou a trabalhar bastante porque era época da colheita. - Quando chegará o verão? Já estou farto de passar o dia inteiro puxando o arado! lamentava-se o cavalo. Chegou o verão, mas o trabalho aumentou e o calor tornou-se muito forte. - Oh, o outono! Estou ansioso pela chegada do outono! Dizia mais uma vez o cavalo, convencido de que naquela estação terminariam seus males.” (Adaptado de AMEOSC, 2021c) Fonte: O Livro das virtudes para crianças. Willim J. Bennett. https://www.contandohistorias.com.br/html/ contandohistorias.html É certo afirmar que o fragmento acima é narrativo, visto que: abdica do uso de diálogos, bem como da presença de personagens. se utiliza de argumentos, bem como há a presença de personagens, que são animais personificados. por causa do uso de diálogos, apenas. X se utiliza de diálogos, bem como há a presença de personagens, que são animais personificados. por causa dos animais personificados, apenas. [371133_12] Questão 015 Leia o fragmento abaixo: “Sentamos em uma cabine nos fundos, onde ele sussurrou durante a maior parte de nossa discussão. Demorou um pouco para fazê-lo falar, então editei nossa conversa até o último terço. Aqui está uma gravação da entrevista, com meus comentários adicionados em off.” (METROCAPITAL SOLUÇÕES, 2021) O texto conta as ações entre personagens em um tipo de transporte, indicando também um relato de um acontecimento passado a um terceiro personagem. Desse modo, é possível considerar que o fragmento se trata de um texto predominantemente, X narrativo. argumentativo. expositivo. descritivo. injuntivo. [371134_4] Questão 016 A língua é um sistema que tem como centro a interação verbal, que se faz através de textos ou discursos, falados ou escritos. O aprendizado do sistema de escrita se caracteriza como um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros contatos com a escrita, construir e reconstruir hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita, compreendida como um sistema de representação. Considerando a atual concepção sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA. Letramento ou alfabetismo funcional é reduzir o aprendizado do sistema de escrita à decodificação e a codificação. O aprendizado do sistema de escrita está exclusiva e intrinsecamente vinculado ao domínio de correspondências entre grafemas e fonemas. Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 8/13 O aprendizado do sistema de leitura intrinsecamente vinculado ao domínio de correspondências entre grafemas. X Alfabetizar é proporcionar o uso da língua escrita em práticas sociais. A alfabetização é restrita ao processo de ensinar e aprender as habilidades de codificação e decodificação. [371134_1] Questão 017 A descrição e o registro das unidades e categorias linguísticas de uma determinada variedade da língua em uma abordagem sincrônica, bem como a descrição e o registro dos tipos de construções possíveis com esses elementos e as suas condições de uso é uma definição para um tipo de gramática que se denomina gramática normativa. histórica. X descritiva. universal. injuntiva. Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 9/13 [371134_8] Questão 018 Bay Bay Brasil Oi, coração Não dá pra falar muito não Espera passar o avião Assim que o inverno passar Eu acho que vou te buscar Aqui tá fazendo calor Deu pane no ventilador Já tem fliperama em Macau Tomei a costeira em Belém do Pará Puseram uma usina no mar Talvez fique ruim pra pescar Meu amor [...] No Tabaris o som é que nem os Bee Gees Dancei com uma dona infeliz que tem um tufão nos quadris Tem um japonês atrás de mim Eu vou dar um pulo em Manaus Aqui tá quarenta e dois graus O sol nunca mais vai se pôr Eu tenho saudades da nossa canção Saudades de roça e sertão Bom mesmo é ter um caminhão Meu amor Baby bye, bye Abraços na mãe e no pai Eu acho que vou desligar As fichas já vão terminar Eu vou me mandar de trenó pra Rua do Sol, Maceió Peguei uma doença em Ilhéus Mas já estou quase bom Em março vou pro Ceará Com a bênção do meu Orixá Eu acho bauxita por lá Meu amor [...] BUARQUE, Chico. Bay Bay Brasil. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2015. Considerando as caracterizações de gênero textual, depreende-se que o texto apresenta um monólogo, tendo em vista a ausência da fala da pessoa a quem o interlocutor se dirige, o que permite classificá-lo como pertencente ao gênero carta informal. marcas que o caracterizam como pertencente ao gênero piada, tendo em vista o uso do humor em frases como “Tem um japonês atrás de mim”. recursos expressivos comuns ao universo da poesia, como hipérboles e metáforas, o que permite caracterizá-lo como pertencente ao gênero bilhete. X marcas de oralidade comuns à situação comunicativa do gênero telefonema, ainda que isso seja uma construção ficcional permitida pelo gênero canção. Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 10/13 marcas de oralidade, como as que se observam nos três primeiros versos, o que permite classificá-lo como pertencente exclusivamente ao gênero telefonema. Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 11/13 [371134_10] Questão 019 A indústria do espírito JORDI SOLER – 23 DEZ 2017 - 21:00 O filósofo Daniel Dennett propõe uma fórmula para alcançar a felicidade: “Procure algo mais importante que você e dedique sua vida a isso”. Essa fórmula vai na contracorrente do que propõe a indústria do espírito no século XXI, que nos diz que não há felicidade maior do que essa que sai de dentro de si mesmo, o que pode ser verdade no caso de um monge tibetano, mas não para quem é o objeto da indústria do espírito, o atribulado cidadão comum do Ocidente que costuma encontrar a felicidade do lado de fora, em outra pessoa, no seu entorno familiar e social, em seu trabalho, em um passatempo, etc. [...] A indústria do espírito, uma das operações mercantis mais bem-sucedidas de nosso tempo, cresceu exponencialmente nos últimos anos, é só ver a quantidade de instrutores e pupilos de mindfulness e de ioga que existem ao nosso redor. Mindfulness e ioga em sua versão pop para o Ocidente, não precisamente as antigas disciplinas praticadas pelos mestres orientais, mas um produto prático e de rápida aprendizagem que conserva sua estética, seu merchandising e suas toxinas culturais. [...] Frente ao argumento de que a humanidade, finalmente, tomou consciência de sua vida interior, por que demoramos tanto em alcançar esse degrau evolutivo?, proporia que, mais exatamente, a burguesia ocidental é o objetivo de uma grande operação mercantil que tem mais a ver com a economia do que com o espírito, a saúde e a felicidade da espécie humana. [...] A indústria do espírito é um produto das sociedades industrializadas em que as pessoas já têm muito bem resolvidas as necessidades básicas, da moradia à comida até o Netflix e o Spotify. Uma vez instalada no angustiante vazio produzido pelas necessidadesresolvidas, a pessoa se movimenta para participar de um grupo que lhe procure outra necessidade. Esse crescente coletivo de pessoas que cavam em si mesmas buscando a felicidade já conseguiu instalar um novo narcisismo, um egocentrismo new age, um egoísmo raivosamente autorreferencial que, pelo caminho, veio alterar o famoso equilíbrio latino de mens sana in corpore sano, desviando-o descaradamente para o corpo. [...] Esse inovador egocentrismo new age encaixa divinamente nessa compulsão contemporânea de cultivar o físico, não importa a idade, de se antepor o corpore à mens. Ao longo da história da humanidade o objetivo havia sido tornar-se mais inteligente à medida que se envelhecia; os idosos eram sábios, esse era seu valor, mas agora vemos sua claudicação: os idosos já não querem ser sábios, preferem estar robustos e musculosos, e deixam a sabedoria nas mãos do primeiro iluminado que se preste a dar cursos. [...] Parece que o requisito para se salvar no século XXI é inscrever-se em um curso, pagar a alguém que nos diga o que fazer com nós mesmos e os passos que se deve seguir para viver cada instante com plena consciência. Seria saudável não perder de vista que o objetivo principal dessas sessões pagas não é tanto salvar a si mesmo, mas manter estável a economia do espírito que, sem seus milhões de subscritores, regressaria ao nível que tinha no século XX, aquela época dourada do hedonismo suicida, em que o mindfulness era patrimônio dos monges, a ioga era praticada por quatro gatos pingados e o espírito era cultivado lendo livros em gratificante solidão. (Adaptado de: . Acesso em 27 mar. 2018) Sobre tipologia e gêneros textuais, assinale a alternativa correta. O segundo parágrafo do texto “A indústria do espírito” é composto por períodos simples, típicos da tipologia injuntiva. Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 12/13 X O texto “A indústria do espírito” é um exemplar do gênero textual artigo de opinião. A maneira com que o texto “A indústria do espírito” se inicia, utilizando uma citação, é comum no gênero textual carta aberta. O texto “A indústria do espírito” apresenta, majoritariamente, a tipologia narrativa, a qual tipicamente emprega verbos no pretérito, como é possível notar neste excerto: “A indústria do espírito, uma das operações mercantis mais bem-sucedidas de nosso tempo, cresceu exponencialmente nos últimos anos [...]”. Não há um número definido de tipologias textuais, uma vez que elas surgem e desaparecem conforme as necessidades sociodiscursivas de determinada comunidade. [371134_6] Questão 020 Leia o texto a seguir. A construção da convivência O Estado democrático de direito, essa engenhosa invenção política e social que garante a convivência civilizada mesmo em situações de conflito e de confronto, é uma planta frágil. Não basta que ele esteja inscrito nas constituições ou que seja professado nos programas dos partidos políticos. É preciso que a prática cotidiana dos governos, das organizações sociais e dos cidadãos ajude a formar uma barreira que impeça que essa fragilidade seja vencida pela violência. Fatos recentes, especialmente em nosso Estado, mostram que não está havendo esse cuidado. Uma série de acontecimentos atesta essa estranha tolerância com a ilegalidade e a violência. Aí estão o episódio da invasão da delegacia regional do Ministério da Agricultura, as frequentes ocupações do prédio do Incra, a inoperância do aparelho estatal quando ele é exigido, a depredação de um estabelecimento comercial à vista da autoridade policial, a invasão de um hotel em que falaria uma autoridade do Poder Judiciário, a ocupação de propriedades rurais ou a destruição de lavouras de experimentação genética. Em comum em todos esses episódios há, em primeiro lugar, uma quebra dos limites democráticos e a omissão mal explicada do poder público. A sociedade gaúcha, que tem uma história a zelar, aprendeu à custa de sacrifícios humanos e materiais que a democracia e o respeito aos direitos são o único caminho para evitar a desagregação e a violência. A questão dos limites das manifestações e dos protestos está surgindo como elemento crucial para a manutenção de padrões urbanos a serem dotados pelos cidadãos. O risco gerado pelas posturas quase anárquicas de algumas organizações é de que, à margem do Estado de direito, surjam reações igualmente anárquicas e igualmente condenáveis. Não se trata, pois, de analisar essas quebras de limites do ponto de vista de sua extração política ou de suas motivações ideológicas. Trata-se sim de vê-las do ponto de vista geral de uma sociedade que precisa de tranquilidade para desenvolver-se e que tem o direito de exigir dos governos manutenção da segurança dos limites democráticos. A história brasileira e gaúcha recente tem demonstrado que o país soube vencer o teste dos limites e lançar os fundamentos de uma sociedade pluralista e democrática, ao mesmo tempo que está, mal ou bem, dando razão às reivindicações dos excluídos. O conflito, que é essencial para o crescimento e o progresso das sociedades, precisa ser contido dentro de limites aceitáveis sob pena de se transformar num elemento patológico de perturbação social. Cabe ao poder público, por delegação constitucional, exercer uma mediação produtiva, usando para isso dos instrumentos normais que o Estado de direito só concede aos governantes constituídos. Abrir mão dessa função será abdicar da função de governar para todos. Zero Hora, Porto Alegre – 2001. O texto lido apresenta a opinião de um jornal (Zero Hora) sobre um tema relevante, e poderíamos dizer, atual para a época. A esse tipo de texto denominamos: Pincel Atômico - 07/12/2025 14:24:33 13/13 meme. texto injuntivo. crônica. X editorial. carta ao leitor.