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Duração e Jornada de Trabalho

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CURSO DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO (TÉCNICO TST) 
TEORIA E QUESTÕES FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
 1
Queridos alunos, 
 
Na aula de hoje estudaremos a duração do trabalho, jornada de 
trabalho, bem como o trabalho noturno, o trabalho extraordinário, 
repouso semanal remunerado e os turnos ininterruptos de revezamento. 
 
Este tema teve muitas alterações recentes. 
 
Ao final da aula apresentarei questões de prova sem gabarito e 
comentários para que vocês possam avaliar os erros e acertos e 
detectarem qual é o ponto que precisam estudar mais! 
 
A seguir apresentarei as mesmas questões com o gabarito e 
comentários em cada assertiva! Da forma que vocês já estão 
acostumados. 
 
Vamos então dar início a nossa aula de hoje! 
Aula 04: Da duração do trabalho; da jornada de trabalho; dos períodos 
de descanso; do intervalo para repouso e alimentação; do descanso 
semanal remunerado; do trabalho noturno e do trabalho extraordinário; 
do sistema de compensação de horas. 
4.1.Jornada Legal e Convencional: 
Antes de falar sobre a jornada legal e a jornada convencional é 
importante explicar o que é a jornada de trabalho. 
É importante fazer a distinção entre horário de trabalho e jornada 
de trabalho. 
 O horário de trabalho é o lapso temporal entre o início e o 
fim de certa jornada de trabalho. Assim, a hora de entrada e 
de saída no emprego é que determinará o horário de 
trabalho do empregado. 
 Jornada de trabalho é a quantidade de labor diário do 
empregado, ou seja, é o tempo diário em que o empregado 
tem que se colocar em disponibilidade perante seu 
empregador. 
 
 
CURSO DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO (TÉCNICO TST) 
TEORIA E QUESTÕES FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
 2
 
 Exemplificando: Teobaldo inicia o seu trabalho às 9 horas da 
manhã, interrompe para almoçar às 13 horas, retorna às 14 horas e 
termina de trabalhar às 18 horas. O horário de trabalho dele será de 9 
às 18 horas e a jornada de trabalho dele será de 8 horas diárias. 
 A duração normal do trabalho foi fixada pela CRFB/88 em função 
do dia (jornada) ou da semana, observem: 
 Art. 7º XIII da CF/88 duração normal do trabalho não superior 
a oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, facultada 
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
Observem que a jornada ordinária ou normal prevista 
constitucionalmente é de 8 horas diárias e quarenta e quatro horas 
semanais, sendo assim podemos afirmar que o tempo máximo previsto 
para a prestação de trabalho é de 8 horas diárias. 
Mas poderá este tempo ser ampliado ou reduzido? 
Como o próprio artigo 7º da CF/88 estabelece, este tempo poderá 
ser reduzido por negociação coletiva, mas ampliado não poderá. 
Há algumas categorias profissionais que possuem jornadas 
especiais, menores do que a jornada normal de oito horas diárias. 
Estudaremos as jornadas especiais mais adiante. 
Caso um empregado trabalhe além da jornada mínima prevista 
para ele, seja a jornada normal de oito horas diárias ou jornada 
especial, estaremos diante da jornada extraordinária que acarretará em 
alguns casos o pagamento do adicional de horas extras. 
As horas extraordinárias serão também estudadas mais adiante, 
por enquanto quero apenas esclarecer que quando o art. 7º fala em 
compensação, estaremos diante de uma hipótese de trabalho além da 
jornada normal que não ensejará o pagamento de adicional de horas 
extraordinárias, porque o empregado irá compensá-las, ou seja, o 
acréscimo de um dia será diminuído em outro dia. 
 
 
CURSO DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO (TÉCNICO TST) 
TEORIA E QUESTÕES FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
 3
 
A doutrina estabelece três critérios básicos de fixação da jornada: 
� Tempo efetivamente trabalhado: Por este critério considera-se 
jornada apenas o tempo efetivamente trabalhado pelo obreiro. 
Este critério foi rejeitado pela CLT, pois no art. 4º ela considera 
como tempo de serviço o período que o empregado estiver 
simplesmente à disposição do empregador. 
Art. 4º CLT O tempo computado como de jornada de trabalho é 
o tempo em que o empregado permanece à disposição do 
empregador, aguardando ou executando ordens. 
� Tempo à disposição do empregador: Considera como jornada 
o tempo que o empregado ficou à disposição do empregador, 
independentemente de ocorrer ou não a efetiva prestação de 
serviços. Este foi o critério adotado pela CLT (art. 4º CLT). 
Exemplificando: Durante o trajeto da boca da mina ao local de 
trabalho o empregado que trabalha em minas e subsolo tem este 
período computado dentro da jornada de trabalho, apesar do fato de 
não estar trabalhando neste período, mas está à disposição do 
empregador (art.294 CLT). 
Art. 294 da CLT O tempo despendido pelo empregado da boca 
da mina ao local do trabalho e vice-versa será computado para o 
efeito de pagamento do salário. 
 Sobre este tema, temos importantes dispositivos consolidados: 
Tempo de prontidão (art. 244 § 3º CLT): Por tempo de prontidão 
compreende-se o período tido como integrante do contrato e do tempo 
de serviço do empregado em que ele fica aguardando ordens. Ex: 
ferroviário 
Tempo de sobreaviso (art.244 § 2º CLT): Por tempo de sobreaviso é 
aquele em que o empregado permanece em sua própria casa, 
aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Exs. 
Médico, eletricitários, ferroviários. 
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TEORIA E QUESTÕES FCC 
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 4
 
Atenção: Bip e celular: A OJ 49 TST foi cancelada em razão da sua 
conversão na Súmula 428 do TST, que assim dispõe: O uso de aparelho 
de intercomunicação a exemplo de BIP, “Pager” ou aparelho celular, 
pelo empregado, por si só não caracteriza o regime de sobreaviso, uma 
vez que o empregado não permanece em sua residência aguardando, a 
qualquer momento convocação para o serviço. 
Tempo de deslocamento residência-trabalho-residência (Horas 
In Itinere): Considera como componente da jornada também o tempo 
despendido pelo obreiro no deslocamento residência-trabalho-
residência, período em que efetivamente não há efetiva prestação de 
serviços. 
 Não obstante o tempo de deslocamento seja a ampliação do 
tempo à disposição, a doutrina e a jurisprudência entendiam de modo 
pacífico que ele não está acobertado pelo art. 4º CLT. 
 
Acontece que agora, o TST editou a Súmula 429 que estabelece o 
contrário, observem: 
 
Atenção: No dia 24 de Maio de 2011, o TST editou a Súmula 429 que 
considera tempo à disposição do empregador, na forma do art. 4º da 
CLT, o tempo necessário ao deslocamento do trabalho entre a portaria 
da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de dez 
minutos diários. 
Embora este critério não fosse adotado como regra geral no nosso 
ordenamento jurídico, antes da edição da Súmula 429 do TST, havia 
exceções no direito do Trabalho em que o tempo de deslocamento é 
acolhido, vejamos: 
 
 
BIZU DE 
PROVA 
BIZU DE 
PROVA 
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TEORIA E QUESTÕES FCC 
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 5
 
Exceção 01: Categoria dos ferroviários, turmas de conservação de 
ferrovias (art.238 § 3º da CLT). 
 Art. 238 da CLT Será computado como de trabalho efetivo 
todo o tempo em que o empregado estiver à disposição da 
Estrada. 
§ 1º - Nos serviços efetuados pelo pessoal da categoria c, não 
será considerado como de trabalho efetivo o tempo gasto em 
viagens do local ou para o local de terminação e início dos 
mesmos serviços. 
§ 2º - Ao pessoal removido ou comissionado fora da sede será 
contado como de trabalho normal e efetivo o tempo gasto em 
viagens, sem direito à percepção de horas extraordinárias. 
§ 3º - No caso das turmas de conservação da via 
permanente,o tempo efetivo do trabalho será contado 
desde a hora da saída da casa da turma até a hora em que 
cessar o serviço em qualquer ponto compreendido dentro 
dos limites da respectiva turma. Quando o empregado 
trabalhar fora dos limites da sua turma, ser-lhe-á também 
computado como de trabalho efetivo o tempo gasto no 
percurso da volta a esses limites. 
§ 4º - Para o pessoal da equipagem de trens, só será considerado 
esse trabalho efetivo, depois de chegado ao destino, o tempo em 
que o ferroviário estiver ocupado ou retido à disposição da 
Estrada. Quando, entre dois períodos de trabalho, não mediar 
intervalo superior a 1 (uma) hora, será esse intervalo computado 
como de trabalho efetivo. 
§ 5º - O tempo concedido para refeição não se computa como de 
trabalho efetivo, senão para o pessoal da categoria c, quando as 
refeições forem tomadas em viagem ou nas estações durante as 
paradas. Esse tempo não será inferior a 1 (uma) hora, exceto para 
o pessoal da referida categoria em serviço de trens. 
 
 
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§ 6º No trabalho das turmas encarregadas da conservação de 
obras-de-arte, linhas telegráficas ou telefônicas e edifícios, não 
será contado como de trabalho efetivo o tempo de viagem para o 
local do serviço, sempre que não exceder de 1 (uma) hora, seja 
para ida ou para volta, e a Estrada fornecer os meios de 
locomoção, computando-se sempre o tempo excedente a esse 
limite. 
Exceção 02: Trabalhador em minas e subsolo (art. 294 da CLT) 
Art. 294 da CLT O tempo despendido pelo empregado da boca 
da mina ao local do trabalho e vice-versa será computado para o 
efeito de pagamento do salário. 
Exceção 03: Jornada In Itinere: Considera-se jornada in itinere o 
período em que o empregado leva para chegar até o local de trabalho 
em algumas situações específicas. 
 A jornada in itinere está regulamentada pelas Súmulas 90 e 320 
do TST e pelo art. 58, parágrafo 2º da CLT, será estudada no item 3.4 
desta aula. 
Art. 58 § 2º CLT O tempo despendido pelo empregado até o 
local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de 
transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo 
quando tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por 
transporte público o empregador fornecer a condução. 
 
4.2. Jornada Legal e Convencional: 
 A norma constitucional refere-se ao limite máximo da duração 
normal do trabalho. A lei, a convenção coletiva e o acordo coletivo 
poderão adotar limites inferiores para atividades profissionais que 
justifiquem o tratamento diferenciado. 
 Também poderão ajustar duração normal do trabalho abaixo do 
parâmetro constitucional, o contrato individual de trabalho e o 
regulamento da empresa. 
 
 
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 Art.7º XIII da CF/88 duração normal do trabalho não 
superior a oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
 A Jornada Legal é aquela que é estabelecida em lei e não poderá 
ser superior ao limite constitucional de 8 horas diárias e 44 horas 
semanais. 
A Jornada Convencional é aquela adotada por convenção coletiva, 
que é celebrada entre o Sindicato da categoria profissional e o Sindicato 
da categoria econômica (art. 611 da CLT). 
 Conforme já mencionado anteriormente, algumas categorias 
possuem jornadas semanais e diárias diferenciadas da regra geral 
imposta na CRFB/88 de 8 horas diárias e 44 semanais, observem: 
� Cabineiro de elevadores: 6 horas diárias - vedada prorrogação. 
� Bancários: 6 horas diárias - 30 semanais ou 8 horas diárias e 
44 semanais, para o gerente exercente de cargo de chefia e 
que ganhe 1/3 a mais. 
� Empregados no serviço de telefonia, telegrafia submarina ou 
subfluvial, de radio telegrafia ou radio telefonia: 6 horas 
diárias/ 30 semanais. 
� Operadores cinematográficos: 6 horas diárias de trabalho (5 
horas consecutivas na cabine e 1 hora para limpeza e 
lubrificação). 
� Jornalista Profissional: 5 horas diárias/ não podendo ser 
excedida seja durante o dia ou à noite. 
� Músicos: A duração normal do trabalho dos músicos não poderá 
exceder cinco horas. A duração normal poderá ser elevada a 6 
horas nos estabelecimentos de diversões públicas ou a sete 
horas nos casos de força maior ou festejos populares e serviço 
reclamado pelo interesse nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.3. Dos Intervalos: 
 
 “Os intervalos ou períodos de descanso são lapsos temporais, 
remunerados ou não, dentro ou fora da jornada, que tem a finalidade de 
permitir a reposição das energias gastas durante o trabalho” (Vólia 
Bonfim). 
 
 Os intervalos dividem-se em: Intervalos Interjornada e Intervalos 
Intrajornada, observem a seguir: 
⇒ Intervalo Interjornada: É a pausa concedida ao empregado 
entre o final de uma jornada diária de trabalho e o início de outra 
no dia seguinte. 
Podem ser de: 
� Regra geral: 11 horas consecutivas (art. 66 da CLT) 
� Jornalista: 10 horas (art. 308 da CLT) 
� Operadores cinematográficos: 12 horas (art. 235, parágrafo 
2º da CLT) 
� Ferroviários: 14 horas (art. 245 da CLT) 
� Telefonistas: 17 horas (art. 229 da CLT) 
� Aeronautas: 12 horas (após jornada de até 12 horas),16 
horas(após jornada de mais de 12 horas e até 15 horas) ou 
24 horas (após jornada de mais de 15 horas) de descanso 
(Arts. 34 e 37 da Lei 7.183/84). 
 
OJ-SDI1-407. JORNALISTA. EMPRESA NÃO JORNALÍSTICA. 
JORNADA DE TRABALHO REDUZIDA. ARTS. 302 E 303 DA CLT. 
(DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) O jornalista que exerce 
funções típicas de sua profissão, independentemente do ramo de 
atividade do empregador, tem direito à jornada reduzida prevista 
no artigo 303 da CLT. Art. 4o O art. 71 da Consolidação das Leis 
do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de 
maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte § 5o: 
 
 
 
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Novo parágrafo do art. 71 da CLT: 
 “Art. 71 § 5o Os intervalos expressos no caput e no § 1o poderão 
ser fracionados quando compreendidos entre o término da 
primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, 
desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, 
ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais 
do trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, 
cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de 
operação de veículos rodoviários, empregados no setor de 
transporte coletivo de passageiros, mantida a mesma 
remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e 
fracionados ao final de cada viagem, não descontados da 
jornada.” (NR) 
 
⇒ OJ 355 da SDI-1 do TST O desrespeito ao intervalo 
mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT 
acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no 
§ 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, 
devendo-se pagar a integralidade das horas que foram 
subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo 
adicional. 
 
⇒ Súmula 110 do TST No regime de revezamento, as 
horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 
24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 
horas consecutivas para descanso entre jornadas, 
devem ser remuneradas como extraordinárias, 
inclusive com o respectivo adicional. 
Explicando: Quando for desrespeitado o intervalo entre duas 
jornadasde trabalho, o empregador deverá remunerar como serviço 
extraordinário a totalidade do período que foi desrespeitado. Ex: José 
trabalhou até às 18 horas de um dia e no dia seguinte iniciou a seu 
trabalho às 2 horas da manhã. 
 
 
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Sendo assim, entre uma jornada e outra decorreram oito horas, 
Portanto ele deverá receber como horas extraordinárias 3 horas (11 
horas - 8 horas). 
Súmula 118 do TST Os intervalos concedidos pelo empregador na 
jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à 
disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se 
acrescidos ao final da jornada. 
⇒ Intervalo Intrajornada: São as pausas que ocorrem dentro da 
jornada diária de trabalho com a finalidade de permitir o repouso 
e a alimentação do trabalhador. 
� O primeiro deles ocorrerá quando a jornada diária 
de trabalho exceder de 6 horas, porque será obrigatória a 
concessão de um intervalo para repouso e alimentação, de no 
mínimo 1 hora e salvo acordo ou convenção coletiva não 
poderá exceder de 2 horas, não sendo computado o intervalo 
na duração da jornada (art. 71 da CLT). 
� Quando a jornada diária de trabalho exceder de 4 horas, mas 
não ultrapassar 6 horas, o intervalo intrajornada será de 15 
minutos, não sendo computado o intervalo na duração da 
jornada. 
 Art. 71 da CLT Em qualquer trabalho contínuo, cuja 
duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de 
um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no 
mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato 
coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, 
entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos 
quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. 
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na 
duração do trabalho. 
 
 
 
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 § 3º - O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição 
poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, 
ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do Trabalho, se 
verificar que o estabelecimento atende integralmente às 
exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os 
respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho 
prorrogado a horas suplementares. 
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto 
neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará 
obrigado a remunerar o período correspondente com um 
acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor 
da remuneração da hora normal de trabalho. 
Novo parágrafo do art. 71 da CLT, acrescentado em 2012. 
 “Art. 71. § 5o Os intervalos expressos no caput e no § 1o poderão ser 
fracionados quando compreendidos entre o término da primeira hora 
trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em 
convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e 
em virtude das condições especiais do trabalho a que são submetidos 
estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins 
nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor 
de transporte coletivo de passageiros, mantida a mesma remuneração e 
concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de 
cada viagem, não descontados da jornada.” (NR) 
OJ 342 da SDI – 1 do TST I – É inválida cláusula de acordo ou 
convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução 
do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde 
e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 
da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1998), infenso à negociação coletiva. 
 
II – Ante a natureza do serviço e em virtude das condições 
especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os condutores 
e cobradores de veículos rodoviários, empregados em empresas de 
transporte público coletivo urbano, é valida cláusula de acordo ou 
convenção coletiva de trabalho contemplando a redução do intervalo, 
deste que garantida a redução da jornada para, no mínimo, sete horas 
diárias ou quarenta e duas semanais, não prorrogada, mantida a mesma 
remuneração e concedidos intervalos para descanso menores e 
fracionários ao final de cada viagem, não descontados da jornada. 
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Outras Orientações Jurisprudenciais do TST: 
 
OJ Nº 307 da SDI – 1 do TST Após a edição da Lei nº 8.923/94, a 
não-concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo, para 
repouso e alimentação, implica o pagamento total do período 
correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da 
remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT). 
 
OJ 354 da SDI-1 do TST Possui natureza salarial a parcela prevista no 
art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 
de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o 
intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, 
assim, no cálculo de outras parcelas salariais. 
� Outros exemplos de intervalos intrajornada: 
 A) Nos serviços permanentes de mecanografia, datilografia, 
escrituração ou cálculo, a cada período de 90 minutos de trabalho será 
concedido um intervalo de 10 minutos para repouso, não deduzidos da 
duração normal do trabalho. 
 
Súmula 346 do TST Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 
da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia 
(datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a 
intervalos de descanso de 10 (dez) minutos a cada 90 (noventa) de 
trabalho consecutivo. 
B) Empregados que trabalhem no interior de câmaras frigoríficas: a 
cada 1 hora e 40 minutos de trabalho contínuo, 20 minutos de repouso 
computado como de trabalho efetivo este intervalo. 
C) trabalho em minas e subsolo: a cada 3 horas consecutivas para o 
trabalho é obrigatório parar 15 minutos, para repouso. 
D) a mulher para amamentar o próprio filho até que este complete seis 
meses de idade terá direito durante a jornada de trabalho a dois 
descansos especiais de 30 minutos cada um, não deduzidos da jornada 
normal de trabalho. 
 
 
 
 
 
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4.4. Jornada In Itinere (art. 58, parágrafo segundo da CLT, 
súmulas 90 e320 do TST): 
 
 Considera-se jornada in itinere o tempo de deslocamento do 
empregado de sua residência para o trabalho e o seu retorno do seu 
trabalho para a sua residência. 
 Pela leitura do art. 58 da CLT chegaremos à conclusão de que dois 
requisitos são necessários para que este tempo de deslocamento seja 
computado na jornada de trabalho do empregado: 
a) O local de trabalho deverá ser de difícil acesso ou não servido por 
transporte publico regular. 
b) O empregador deverá fornecer a condução. Assim, quando o 
empregado for trabalhar em seu próprio carro, o tempo de 
deslocamento mesmo que o local de trabalho seja de difícil acesso não 
será considerada jornada in itinere o tempo gasto no trajeto. 
 Art. 58 § 2º CLT O tempo despendido pelo empregado até o 
local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de 
transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo 
quando tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por 
transporte público o empregador fornecer a condução”. 
 Exemplificando: Sérgio é empregado da empresa XXX que vende 
água de coco e está localizada em uma ilha no nordestede onde extrai o 
côco e o engarrafa. Para chegar até o seu local de trabalho Sérgio utiliza 
uma embarcação da empresa, uma vez que o acesso até a ilha é difícil e 
não há transporte público regular. Neste caso, o tempo despendido por 
ele até o local de trabalho (ida e volta) será computado na sua jornada 
de trabalho. 
 A seguir, transcrevo as Súmulas 90 e 320 do TST que são muito 
importantes no estudo da Jornada In Itinere, destacarei em azul as 
palavras chaves que são abordadas em prova. 
⇒ Súmula 90 TST 
I- O tempo despendido pelo empregado, em condução 
fornecida pelo empregador até o local de difícil acesso ou 
não servido por transporte público regular e para o seu 
retorno é computável na jornada de trabalho. 
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 II- A incompatibilidade entre os horários de início e término da 
jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância 
que também gera direito às horas “in itinere”. 
 III- A mera insuficiência de transporte público não enseja o 
pagamento de “horas in itinere”. 
 IV- Se houver transporte público regular em parte do trajeto 
percorrido em condução da empresa, as horas “in itinere” remuneradas 
limitam-se ao trecho não servido por transporte público. 
 V- Considerando que as “horas in itinere” são computadas na 
jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é 
considerado como extraordinário. 
⇒ Súmula 320 TST O fato de o empregador cobrar, parcialmente 
ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil 
acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o 
direito á percepção das horas in itinere. 
 
4.5. Jornada Extraordinária: Limitação e formas de prorrogação 
 
 Jornada extraordinária é o lapso temporal do trabalho ou 
disponibilidade do empregado perante o empregador que ultrapasse a 
jornada padrão, fixada em lei ou por cláusula contratual. 
 Os empregados que exercem atividade externa incompatível com 
a fixação do horário de trabalho, o gerente e os diretores que exercem 
cargo de confiança, de mando, comando e gestão, dentro da empresa 
são excluídos do controle de jornada de trabalho. 
 Exemplificando: vendedores viajantes ou pracistas, motoristas 
de caminhão que fazem viagens para outro município ou Estado. 
 Em relação aos trabalhadores que realizam atividades externas 
incompatível com a fixação da jornada, tal situação deve ser anotada na 
CTPS e no livro ou ficha de registro de empregados. Porém, o simples 
fato de realizar serviço externo não significa que o empregado não 
possua horário de trabalho. Se houver possibilidade de controlar os 
horários de entrada e saída, mesmo que o empregado realize atividade 
externa estará sujeito à jornada normal de trabalho, bem como ao 
pagamento das horas extras eventualmente laboradas. 
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 Os trabalhadores que exercem cargos de gerência com poderes de 
mando, desde que percebam padrão mais elevado de vencimento (40% 
a mais), que os demais estarão excluídos do controle de jornada, não 
sendo devida hora extra, eventualmente prestada. 
 A Jornada constitucionalmente assegurada aos obreiros é a de 8 
horas diárias/44 horas semanais, assim qualquer trabalho que exceda 
este limite importará em prorrogação de jornada e deverá ser pago 
adicional de horas extras do que exceder a estes limites, salvo se 
ocorrer a compensação. 
 Art. 62 da CLT Não são abrangidos pelo regime previsto 
neste capítulo: 
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível 
com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser 
anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no 
registro de empregados; 
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de 
gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste 
artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. 
 
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável 
aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o 
salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de 
função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário 
efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). 
 As principais Súmulas e Orientações Jurisprudenciais sobre o 
trabalho extraordinário seguem abaixo transcritas: 
 
⇒ Súmula 264 do TST A remuneração do serviço suplementar é 
composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de 
natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei, contrato, 
acordo, convenção coletiva ou sentença normativa. 
 
 
 
 
 
 
 
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Atenção: (REDAÇÃO ANTERIOR) Súmula 291 do 
TST A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado 
com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao 
empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) 
mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a 
seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo 
observará a média das horas suplementares efetivamente trabalhadas 
nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do 
dia da supressão. 
 
REDAÇÃO ATUAL: HORAS EXTRAS. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO. A 
supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar 
prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura 
ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 
(um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano 
ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima 
da jornada normal. O cálculo observará a média das horas 
suplementares nos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada 
pelo valor da hora extra do dia da supressão. 
 
⇒ Súmula 90, V do TST Considerando que as “horas in itinere” são 
computadas na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a 
jornada legal é considerado como extraordinário. 
 
⇒ Súmula 347 do TST O cálculo do valor das horas extras 
habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, 
observará o número de horas efetivamente prestadas e a ele 
aplica-se o valor do salário-hora da época do pagamento daquelas 
verbas. 
 
4.6. Do sistema de compensação: 
 Através do sistema de compensação o excesso de horas em um 
dia será compensado pela diminuição em outro dia, portanto não será 
devido o adicional de 50% sobre a hora normal e o limite máximo será 
de duas horas diárias. 
 
 
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 Em relação a este tema o que as bancas de concurso abordam 
muito é a questão do denominado “banco de horas”, observem as 
explicações abaixo: 
 Banco de Horas: (Art. 59 § 2º da CLT) Banco de Horas é uma 
forma de compensação de jornada celebrada por convenção ou acordo 
coletivo de trabalho, na qual as horas extras laboradas não serão 
remuneradas. Por este sistema de compensação de horas o acréscimo 
de salário pelo labor realizado extraordinariamente poderá ser 
dispensado, através de Convenção ou Acordo Coletivo, quando ocorrer a 
compensação do excesso de horas em um dia pela correspondente 
diminuição em outro dia, porém não poderá exceder em um período 
máximo de um ano, à soma das jornadas semanais previstas e nem 
ultrapassar o limite máximo de 10 horas diárias. 
 Art. 59 do CLT A duração normal do trabalho poderá ser 
acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 
2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e 
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por 
força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de 
horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição 
em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de 
um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, 
nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias 
 É importante ressaltar que o empregado menor somente poderá 
prestar o trabalho extraordinário em regime de compensação ou de 
força maior (art. 413 da CLT). 
Atenção: Inserido o inciso V em 25 de maio de 
2011 
A Súmula 85 do TST trata do regime de compensação de horas extras: 
 
 
 
 
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Súmula 85 do TST I. A compensação de jornada de trabalho deve ser 
ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção 
coletiva. 
 
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se 
houver norma coletiva em sentido contrário. 
 
III. O mero não-atendimento das exigências legais para a compensação 
de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não 
implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada 
normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido 
apenas o respectivo adicional. 
 
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de 
compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a 
jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias 
e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais 
apenas o adicional por trabalho extraordinário. 
 
V – As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime 
compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser 
instituído por negociação coletiva. 
Atenção: É importante lembrar que a Súmula 349 do 
TST foi cancelada em 25/05/2011. Observem o que estabelecia a 
Súmula: 
 
Súmula 349 do TST A validade do acordo coletivo ou convenção 
coletiva de compensação de jornada de trabalho, em atividade 
insalubre, prescinde da inspeção prévia da autoridade competente em 
matéria de higiene do trabalho (art. 7º, XIII, da CF/1988; art. 60 da 
CLT). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.7. Formas de Prorrogação: As formas de prorrogação de jornada: 
serão mediante acordo escrito, individual ou coletivo, em número não 
excedente a duas horas, com o pagamento da remuneração do serviço 
extraordinário superior no mínimo em 50% a do normal(art.59 CLT). 
 Art. 59 do CLT A duração normal do trabalho poderá ser 
acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 
2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e 
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 
 § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá 
constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da 
hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) 
superior à da hora normal. (Vide art. 7º, XVI, da CF) 
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força 
de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas 
em um dia for compensado pela correspondente diminuição em 
outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de 
um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, 
nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
§ 3º - Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que 
tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, 
na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao 
pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre 
o valor da remuneração na data da rescisão. 
§ 4º - Os empregados sob o regime de tempo parcial não 
poderão prestar horas extras. (NR). 
Art. 60 da CLT Nas atividades insalubres, assim consideradas as 
constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança 
e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas 
por ato do Ministro do Trabalho, quaisquer prorrogações só 
poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades 
competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para 
esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à 
verificação dos métodos e processos de trabalho, quer 
diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias 
federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em 
entendimento para tal fim. 
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 Art. 61 da CLT Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a 
duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, 
seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à 
realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja 
inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. 
 § 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido 
independentemente de acordo ou contrato coletivo e deverá ser 
comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente 
em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no 
momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação. 
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força 
maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da 
hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste 
artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por 
cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá 
exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe 
expressamente outro limite. 
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de 
causas acidentais, ou de força maior, que determinem a 
impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá 
ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) 
horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação 
do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas 
diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por 
ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade 
competente. 
4.8. Trabalho Noturno: 
É aquele prestado no período da noite fazendo o obreiro jus ao 
adicional respectivo, conforme estabelece o art. 7º IX da CRFB/88 
“remuneração do trabalho noturno superior à do diurno”. 
 O art. 73 da CLT estabelece o horário noturno dos trabalhadores 
urbanos, como aquele compreendido entre 22 e 5 horas do dia seguinte. 
Fixa o adicional noturno em 20% sobre a hora diurna. Estabelece a hora 
noturna reduzida em que cada hora noturna trabalhada será computada 
como de 52 minutos e 30 segundos e não como 1 hora. 
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Art. 73 da CLT Salvo nos casos de revezamento semanal ou 
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do 
diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 
20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 
(cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 
§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o 
trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e 
as 5 (cinco) horas do dia seguinte. 
§ 3º - O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se 
tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de suas 
atividades, trabalho noturno habitual, será feito tendo em vista os 
quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza 
semelhante. Em relação às empresas cujo trabalho noturno 
decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado 
sobre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido 
quando excederdesse limite, já acrescido da percentagem. 
§ 4º - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem 
períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho 
noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos 
§ 5º - Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto 
neste Capítulo. 
Atenção: O trabalhador menor não poderá prestar trabalho 
noturno. A mulher poderá prestar trabalho noturno. 
Observei que o que com certeza cai nas provas de concursos em 
relação ao trabalho noturno, é a distinção entre o urbano e o rural, 
apresentada no quadro esquemático abaixo, bem como as Súmulas e 
Orientações Jurisprudenciais do TST. 
 
 
 
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 Quadro esquemático sobre trabalho noturno: 
 
Rural Urbano Servidor Advogado 
Adicional 25% Adicional 20% Adicional 25% Adicional 25% 
H 60 minutos 52 m e 30 s 52 m e 30 s 52 m e 30 s 
Entre 20 e 4 h 
Pecuária 
22 h e 5h 22 h e 5h 20h e 5h 
Entre 21 e 5 h 
Lavoura 
 
 
 As Súmulas 60, 65, 265, 354 e as Orientações Jurisprudenciais 97 
e 259 do TST referem-se ao trabalho Noturno. 
Segue abaixo a transcrição dos dispositivos acima mencionados, com 
comentários e destaques em azul para as palavras chaves: 
⇒ Súmula 65 do TST O vigia noturno tem direito à hora reduzida 
de 52 minutos e 30 segundos. 
Esta súmula surgiu para dirimir a controvérsia em relação ao vigia 
noturno, uma vez que o trabalho por ele desenvolvido é realizado 
predominantemente à noite, sendo assim ele terá direito à hora 
reduzida. 
 Gostaria de pedir a atenção de vocês para a Súmula 65 do TST. 
"O direito à hora reduzida de 52 minutos e 30 segundos aplica-se ao 
vigia noturno". 
⇒ Súmula 60 do TST I - O adicional noturno pago com 
habitualidade integra o salário do empregado para todos os 
efeitos. II- Cumprida integralmente a jornada no período noturno 
e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas 
prorrogadas. 
 Quando a Súmula fala que integrará o salário para todos os efeitos 
significa dizer que repercutirá no cálculo de todas as parcelas, como, por 
exemplo, férias, décimo-terceiro, FGTS, etc. 
 
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 Através de um exemplo vocês poderão entender melhor o inciso II 
da Súmula 60 do TST: João é empregado urbano e começou a trabalhar 
às 22 horas e foi até as 7 horas do dia seguinte. Ele cumpriu 
integralmente a jornada no período noturno (22 às 5 horas) e prorrogou 
até às sete horas, portanto ele receberá o adicional de 20% também em 
relação a estas duas horas. 
⇒ Súmula 265 do TST A transferência para o período diurno de 
trabalho implica na perda do adicional noturno. 
 
⇒ OJ Nº 259 da SDI-1 do TST O adicional de periculosidade deve 
compor a base de cálculo do adicional noturno, já que também 
neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco. 
 
⇒ OJ 97 da SDI-1 do TST O adicional noturno integra a base de 
cálculo das horas extras prestadas no período noturno. 
 
⇒ Súmula 354 do TST As gorjetas, cobradas pelo empregador na 
nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, 
integram a remuneração do empregado, não servindo de base de 
cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas 
extras e repouso semanal remunerado. 
 
 
4.9. Repouso Semanal Remunerado, domingos e feriados: (Lei 
605/49 e Decreto 27.048/49). 
 
 O repouso semanal remunerado é um direto de um descanso de 
24 horas consecutivas, previsto constitucionalmente (art. 7º, XV da 
CF/88) e deverá ser preferencialmente aos domingos. 
 
 A doutrina utiliza como expressões sinônimas ao repouso semanal 
remunerado os termos: descanso semanal remunerado, folga semanal 
ou descanso hebdomadário. 
 
 Os empregados, os trabalhadores avulsos e os trabalhadores 
temporários terão direito ao repouso semanal remunerado. 
 
 
 
 
 
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 A lei 605/49 trata do repouso semanal remunerado estabelece o 
direito ao repouso semanal remunerado e feriados, dispondo que todo 
empregado terá direito ao repouso semanal remunerado de 24 horas 
consecutivas, preferencialmente aos domingos e nos limites das 
exigências técnicas das empresas nos feriados civis e religiosos, de 
acordo com a tradição local. 
 
 Os trabalhos nos feriados somente serão permitidos quando for 
indispensável segundo as exigências técnicas da empresa para a 
execução dos serviços. 
 
 Para que o empregado tenha direito à remuneração do repouso 
semanal e aos feriados ele deverá ter assiduidade e pontualidade na 
semana, sendo assim não será devida a remuneração do repouso 
semanal e dos feriados quando sem motivo justificado o empregado não 
tiver trabalhado durante toda a semana anterior, ou seja, não tiver 
cumprido integralmente o seu horário de trabalho. 
 
 A remuneração do repouso semanal e dos feriados que recaírem 
no mesmo dia não serão acumuladas. Os empregados que recebem o 
seu salário por mês ou quinzena já tem remunerados os dias de repouso 
semanal remunerado. 
 
 De acordo com o art. 7º da Lei 605/49 a remuneração do repouso 
semanal remunerado será: 
 a) para os empregados que trabalham por dia, semana, quinzena 
ou mês, à de um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias 
habitualmente prestadas; 
 b) para os que trabalham por hora, à de sua jornada normal de 
trabalho, computadas as horas extraordinárias, habitualmente 
prestadas; 
 c) para o empregado que recebe por peça ou tarefa, o equivalente 
ao salário correspondente às peças ou tarefas feitas durante a semana, 
no horário de trabalho, dividido pelos dias de serviço efetivamente 
prestados ao empregador; 
 d) Para o empregado em domicílio, o equivalente ao quociente da 
divisão por 6 da importância total da sua produção na semana. 
 
 
 
 
 
 
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 É importante frisar que a Súmula 146 do TST estabelece que o 
trabalho em domingos e feriados não compensados deverão ser pagos 
em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal 
remunerado. 
 
 Ressalvados os casos de empresas que trabalham em domingos e 
feriados, excepcionalmente admite-se o trabalho nestes dias para as 
outras empresas quando: 
a) Ocorrer força maior, devendo a empresa justificar tal fato à delegacia 
regional do Trabalho em 10 dias e pagar a remuneração em dobro. 
b) para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou que 
possa acarretar prejuízo pela inexecução. Neste caso a empresa 
necessitará da autorização da DRT, que poderá conceder pelo prazo 
máximo de 60 dias. 
 
 A seguir transcreverei a Lei 605/49 que trata do Repouso Semanal 
Remunerado, ressaltando em azul as palavras chaves que deverão ser 
assimiladas por vocês, uma vez que são as palavras que mais são 
trocadas em questões de prova: 
 
LEI Nº 605, DE 5 DE JANEIRO DE 1949. 
 
Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de 
vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, 
nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e 
religiosos, de acordo com a tradição local. 
Art. 2º Entre os empregados a que se refere esta lei,incluem-se os 
trabalhos rurais, salvo os que operem em qualquer regime de 
parceria, meação, ou forma semelhante de participação na produção. 
Art. 3º O regime desta lei será extensivo àquelesque, sob forma 
autônoma, trabalhem agrupados, por intermédio de Sindicato, Caixa 
Portuária, ou entidade congênere. A remuneração do repouso 
obrigatório, nesse caso, consistirá no acréscimo de um 1/6 (um sexto) 
calculado sobre os salários efetivamente percebidos pelo trabalhador e 
paga juntamente com os mesmos. 
 
 
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Art. 4º É devido o repouso semanal remunerado, nos termos desta lei, 
aos trabalhadores das autarquias e de empresas industriais, ou sob 
administração da União, dos Estados e dos Municípios ou incorporadas 
nos seus patrimônios, que não estejam subordinados ao regime do 
funcionalismo público. 
Art. 5º Esta lei não se aplica às seguintes pessoas: 
a) revogado. 
 b) aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios e 
aos respectivos extranumerários em serviço nas próprias repartições; 
c) aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a 
regime próprio de proteção ao trabalho que lhes assegure situação 
análoga à dos funcionários públicos. 
Parágrafo único. São exigências técnicas, para os efeitos desta lei, as 
que, pelas condições peculiares às atividades da empresa, ou em razão 
do interesse público, tornem indispensável a continuidade do serviço. 
Art. 6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo 
justificado, o empregado não tiver trabalhado durante toda a 
semana anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho. 
§ 1º São motivos justificados: 
a) os previstos no artigo 473 e seu parágrafo único da Consolidação das 
Leis do Trabalho; 
b) a ausência do empregado devidamente justificada, a critério da 
administração do estabelecimento; 
c) a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do 
empregador, não tenha havido trabalho; 
d) a ausência do empregado, até três dias consecutivos, em virtude do 
seu casamento; 
e) a falta ao serviço com fundamento na lei sobre acidente do trabalho; 
f) a doença do empregado, devidamente comprovada. 
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§ 2º A doença será comprovada mediante atestado de médico da 
instituição de previdência social a que estiver filiado o empregado, e, na 
falta deste e sucessivamente, de médico do Serviço Social do Comércio 
ou da indústria; de médico da empresa ou por ela designado; de médico 
a serviço de repartição federal, estadual ou municipal, incumbida de 
assuntos de higiene ou de saúde pública; ou não existindo estes, na 
localidade em que trabalhar, de médico de sua escolha 
§ 3º Nas empresas em que vigorar regime de trabalho reduzido, a 
freqüência exigida corresponderá ao número de dias em que o 
empregado tiver de trabalhar. 
Art. 7º A remuneração do repouso semanal corresponderá: 
a) para os que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, à de um 
dia de serviço, computadas as horas extraordinárias habitualmente 
prestadas; (Redação dada pela Lei nº 7.415, de 09/12/85) 
b) para os que trabalham por hora, à sua jornada norma de trabalho, 
computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas; 
(Redação dada pela Lei nº 7.415, de 09/12/85) 
c) para os que trabalham por tarefa ou peça, o equivalente ao salário 
correspondente às tarefas ou peças feitas durante a semana, no horário 
normal de trabalho, dividido pelos dias de serviço efetivamente 
prestados ao empregador; 
d) para o empregado em domicílio, o equivalente ao quociente da 
divisão por 6 (seis) da importância total da sua produção na semana. 
§ 1º Os empregados cujos salários não sofram descontos por motivo de 
feriados civis ou religiosos são considerados já remunerados nesses 
mesmos dias de repouso, conquanto tenham direito à remuneração 
dominical. 
§ 2º Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do 
empregado mensalista ou quinzenalista cujo cálculo de salário mensal 
ou quinzenal, ou cujos descontos por falta sejam efetuados na base do 
número de dias do mês ou de 30 (trinta) e 15 (quinze) diárias, 
respectivamente. 
 
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Art. 8º Excetuados os casos em que a execução do serviço for imposta 
pelas exigências técnicas das empresas, é vedado o trabalho em dias 
feriados, civis e religiosos, garantida, entretanto, aos empregados a 
remuneração respectiva, observados os dispositivos dos artigos 6º e 7º 
desta lei. 
Art. 9º Nas atividades em que não for possível, em virtude das 
exigências técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias 
feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se 
o empregador determinar outro dia de folga. 
Art. 10. Na verificação das exigências técnicas a que se referem os 
artigos anteriores, ter-se-ão em vista as de ordem econômica, 
permanentes ou ocasionais, bem como as peculiaridades locais. 
Parágrafo único. O Poder Executivo, em decreto especial ou no 
regulamento que expedir par fiel execução desta lei, definirá as mesmas 
exigências e especificará, tanto quanto possível, as empresas a elas 
sujeitas, ficando desde já incluídas entre elas as de serviços públicos e 
de transportes. 
Art. 11 (revogado) 
Art. 12. Salvo no que entende com as instituições públicas referidas no 
artigo 4º, as infrações ao disposto nesta lei serão punidas, segundo o 
caráter e a gravidade, com a multa de cem a cinco mil cruzeiros. 
Art. 13. Serão originariamente competentes, para a imposição das 
multas de que trata a presente lei, os delegados regionais do Ministério 
do Trabalho e, nos Estados, onde houver delegação de atribuições, a 
autoridade delegada. 
Art. 14. A fiscalização da execução da presente lei, o processo de 
autuação dos seus infratores, os recursos e a cobrança das multas 
reger-se-ão pelo disposto no Título VII da Consolidação das Leis do 
Trabalho. 
 
 
 
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 É importante esclarecer que a Lei 605/49 estabelece que o 
empregado perderá o direito à remuneração do repouso, mas não ao 
descanso quando na semana que antecedeu o repouso faltar ou atrasar 
(art. 6º da Lei 605/49). 
 Exemplificando: Mário empregado da empresa WZ atrasou 30 
minutos para chegar ao trabalho. Ele era empregado mensalista, ou 
seja, recebia por mês. Sendo assim, o empregador poderá descontar o 
tempo referente ao seu atraso, bem como a remuneração do dia de 
repouso. 
 No exemplo acima citado, caso Mário atrasasse apenas 10 minutos 
diários, ou seja, cinco minutos na entrada para o trabalho e cinco 
minutos na saída do trabalho. Ele não perderia o direito à remuneração 
do repouso semanal remunerado porque o art. 58, parágrafo 1º da CLT 
permite esta tolerância. 
 E, ainda, caso Mário houvesse faltado dois dias na semana 
injustificadamente, o empregador poderá descontar os dias em ele 
faltou e apenas um dia de repouso porque cada semana tem apenas um 
dia de repouso. 
 O empregado terá direito, também a um intervalo interjornada de 
11 horas consecutivas entre um dia e outro de trabalho (art. 66 da 
CLT). Sendo assim, observem que o empregado terá o direito de 
descansar 35 horas (24+11), entre um dia de trabalho e outro, 
conforme estabelece a Súmula 110 do TST. 
 
Súmula 110 do TST No regime de revezamento, as horas trabalhadas 
em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo 
mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem 
ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo 
adicional. 
OJ-SDI1-410. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS 
O SÉTIMO DIA CONSECUTIVO DE TRABALHO. ART. 7º,XV, DA CF. 
VIOLAÇÃO. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) Viola o art. 7º, 
XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo 
dia consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em dobro. 
 
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4.9. Jornadas Especiais de Trabalho: Há categorias de empregados 
que possuem jornada especial de trabalho prevista em lei, não 
sendo aplicada, então, a jornada assegurada na Constituição 
Federal de no máximo 8 horas diárias e 44 horas semanais. 
As principais Jornadas Especiais previstas em Lei são: 
� Cabineiro de elevadores (ascensorista)............ 6 horas diárias; 
� Ferroviários..................................................... 6 horas diárias; 
� Advogado........................ não poderá exceder 4 horas contínuas; 
� Engenheiro e médicos............................. (Súmula 370 do TST); 
� Digitadores............................................. (art. 72 da CLT); 
� Telefonistas................... (art. 227 da CLT e Súmula 178 do TST); 
� Professores............ 4 horas-aula consecutivas e seis intercaladas; 
 Vejamos os dispositivos consolidados que tratam das Jornadas 
especiais com as respectivas Súmulas do TST referentes ao tema: 
� BANCÁRIOS: 
 
 Art. 224 da CLT A duração normal do trabalho dos 
empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica 
Federal, será de 6 (seis) horas contínuas nos dias úteis, com 
exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de 
trabalho por semana. 
 
 § 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste 
artigo ficará compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) 
horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário, um 
intervalo de 15 (quinze) minutos para alimentação. 
 § 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que 
exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e 
equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de 
confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 
1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo. 
 
 
 
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 Art. 225 da CLT A duração normal de trabalho dos 
bancários poderá ser excepcionalmente prorrogada até 8 (oito) 
horas diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais, 
observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho. 
 Art. 226 da CLT O regime especial de 6 (seis) horas 
de trabalho também se aplica aos empregados de portaria e de 
limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e 
serventes, empregados em bancos e casas bancárias.
 Parágrafo único - A direção de cada banco organizará a 
escala de serviço do estabelecimento de maneira a haver 
empregados do quadro da portaria em função, meia hora antes e 
até meia hora após o encerramento dos trabalhos, respeitado o 
limite de 6 (seis) horas diárias. 
 
Súmulas do TST: 
⇒ Súmula 55 do TST As empresas de crédito, financiamento ou 
investimento, também denominadas financeiras, equiparam-se 
aos estabelecimentos bancários para os efeitos do art. 224 da 
CLT. 
 
⇒ Súmula 113 do TST O sábado do bancário é dia útil não 
trabalhado, não dia de repouso remunerado. Não cabe a 
repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua 
remuneração. 
 
⇒ Súmula 119 do TST Os empregados de empresas distribuidoras 
e corretoras de títulos e valores mobiliários não têm direito à 
jornada especial dos bancários. 
� Dos Empregados nos Serviços de Telefonia, de Telegrafia 
Submarina e Subfluvial, de Radiotelegrafia e 
Radiotelefonia: 
 Art. 227 da CLT Nas empresas que explorem o serviço de 
telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, de radiotelegrafia ou 
de radiotelefonia, fica estabelecida para os respectivos operadores 
a duração máxima de 6 (seis) horas contínuas de trabalho por dia 
ou 36 (trinta e seis) horas semanais. 
 
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§ 1º - Quando, em caso de indeclinável necessidade, forem os 
operadores obrigados a permanecer em serviço além do período 
normal fixado neste artigo, a empresa pagar-lhes-á 
extraordinariamente o tempo excedente com acréscimo de 50% 
(cinqüenta por cento) sobre o seu salário-hora normal. 
 § 2º - O trabalho aos domingos, feriados e dias santos de guarda 
será considerado extraordinário e obedecerá, quanto à sua 
execução e remuneração, ao que dispuserem empregadores e 
empregados em acordo, ou os respectivos sindicatos em contrato 
coletivo de trabalho. 
 Art. 229 da CLT Para os empregados sujeitos a horários 
variáveis, fica estabelecida a duração máxima de 7 (sete) horas 
diárias de trabalho e 17 (dezessete) horas de folga, deduzindo-se 
deste tempo 20 (vinte) minutos para descanso, de cada um dos 
empregados, sempre que se verificar um esforço contínuo de mais 
de 3 (três) horas. 
§ 1º - São considerados empregados sujeitos a horários variáveis, 
além dos operadores, cujas funções exijam classificação distinta, 
os que pertençam a seções de técnica, telefones, revisão, 
expedição, entrega e balcão. 
§ 2º - Quanto à execução e remuneração aos domingos, feriados e 
dias santos de guarda e às prorrogações de expediente, o trabalho 
dos empregados a que se refere o parágrafo anterior será regido 
pelo que se contém no § 1º do art. 227 desta Seção. 
� Dos Operadores Cinematográficos: A duração normal do 
trabalho, dos operadores cinematográficos e seus ajudantes, não 
excederá de 6 (seis) horas diárias, assim distribuídas: 
a) 5 (cinco) horas consecutivas de trabalho em cabina, durante o 
funcionamento cinematográfico; 
b) 1 (um) período suplementar, até o máximo de 1 (uma) hora para 
limpeza, lubrificação dos aparelhos de projeção, ou revisão de filmes. 
 
 
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 Art. 235 da CLT Nos estabelecimentos cujo funcionamento 
normal seja noturno, será facultado aos operadores 
cinematográficos e seus ajudantes, mediante acordo ou contrato 
coletivo de trabalho e com um acréscimo de 50% (cinqüenta por 
cento) sobre o salário da hora normal, executar o trabalho em 
sessões diurnas extraordinárias e, cumulativamente, nas 
noturnas, desde que isso se verifique até 3 (três) vezes por 
semana e entre as sessões diurnas e as noturnas haja o 
intervalo de 1 (uma) hora, no mínimo, de descanso. 
§ 1º - A duração de trabalho cumulativo a que alude o presente 
artigo não poderá exceder de 10 (dez) horas. 
§ 2º - Em seguida a cada período de trabalho haverá um 
intervalo de repouso no mínimo de 12 (doze) horas. 
� Do Serviço Ferroviário: O horário normal de trabalho dos 
cabineiros nas estações de tráfego intenso não excederá de 8 
(oito) horas e deverá ser dividido em 2 (dois) turnos com intervalo 
não inferior a 1 (uma) hora de repouso, não podendo nenhum 
turno ter duração superior a 5 (cinco) horas, com um período de 
descanso entre 2 (duas) jornadas de trabalho de 14 (quatorze) 
horas consecutivas. O horário de trabalho dos operadores 
telegrafistas nas estações de tráfego intenso não excederá de 6 
(seis) horas diárias. 
 
� Das Equipagens das Embarcações da Marinha Mercante 
Nacional, de Navegação Fluvial e Lacustre, do Tráfego nos 
Portos e da Pesca: 
 
Art. 248 da CLT Entre as horas zero e 24 (vinte e quatro) de cada dia 
civil, o tripulante poderá ser conservado em seu posto durante 8 (oito) 
horas, quer de modo contínuo, quer de modo intermitente. 
§ 1º - A exigência do serviço contínuo ou intermitente ficará a 
critério do comandante e, neste último caso, nunca por período menor 
que 1 (uma) hora. 
 
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§ 2º - Os serviços de quarto nas máquinas, passadiço, vigilância e 
outros que, consoante parecer médico, possam prejudicar a saúde do 
tripulante serão executados por períodos não maiores e com intervalos 
não menores de 4 (quatro) horas. 
 Art. 249 da CLT Todo o tempo de serviço efetivo, excedente de 8 
(oito) horas, ocupado na forma do artigo anterior, será considerado de 
trabalho extraordinário, sujeito à compensação a que se refere o art. 
250, exceto se se tratar de trabalho executado: 
 a) em virtude de responsabilidade pessoal do tripulante e no 
desempenho de funções de direção, sendo consideradas como tais todas 
aquelas que a bordo se achem constituídas em um único indivíduo com 
responsabilidade exclusiva e pessoal; 
b) na iminência de perigo, para salvaguarda ou defesa da 
embarcação, dos passageiros, ou da carga, a juízo exclusivo do 
comandante ou do responsável pela segurança a bordo; 
c) por motivo de manobras ou fainas gerais que reclamem a 
presença, em seus postos, de todo o pessoal de bordo; 
d) na navegação lacustre e fluvial, quando se destina ao 
abastecimento do navio ou embarcação de combustível e rancho, ou por 
efeito das contingências da natureza da navegação, na transposição de 
passos ou pontos difíceis, inclusive operações de alívio ou transbordo de 
carga, para obtenção de calado menor para essa transposição. 
§ 1º - O trabalho executado aos domingos e feriados será 
considerado extraordinário, salvo se se destinar: a) ao serviço de 
quartos e vigilância, movimentação das máquinas e aparelhos de bordo, 
limpeza e higiene da embarcação, preparo de alimentação da 
equipagem e dos passageiros, serviço pessoal destes e, bem assim, aos 
socorros de urgência ao navio ou ao pessoal; 
b) ao fim da navegação ou das manobras para a entrada ou saída 
de portos, atracação, desatracação, embarque ou desembarque de 
carga e passageiros. 
 
 
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§ 2º - Não excederá de 30 (trinta) horas semanais o serviço 
extraordinário prestado para o tráfego nos portos. 
� Dos Serviços Frigoríficos: Os empregados que trabalham no 
interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam 
mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-
versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de 
trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) 
minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho 
efetivo. 
 
 Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o 
que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do 
mapa oficial do Ministério do Trabalho, a 15º (quinze graus), na 
quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 
10º (dez graus). 
� Do Trabalho em Minas de Subsolo: A duração normal do 
trabalho efetivo para os empregados em minas no subsolo não 
excederá de 6 (seis) horas diárias ou de 36 (trinta e seis) 
semanais. (art. 253 da CLT). 
� Dos Jornalistas Profissionais: Considera-se jornalista o 
trabalhador intelectual cuja função se estende desde a busca de 
informações até a redação de notícias e artigos e a organização, 
orientação e direção desse trabalho. 
 Consideram-se empresas jornalísticas, para os fins desta Seção, 
aquelas que têm a seu cargo a edição de jornais, revistas, boletins e 
periódicos, ou a distribuição de noticiário, e, ainda, a radiodifusão em 
suas seções destinadas à transmissão de notícias e comentários. 
 A duração normal do trabalho dos jornalistas não deverá exceder 
de 5 (cinco) horas, tanto de dia como à noite.Contudo, poderá a 
duração normal do trabalho ser elevada a 7 (sete) horas, mediante 
acordo escrito, no qual se estipule aumento de salário, correspondente 
ao excesso do tempo de trabalho em que se fixe um intervalo destinado 
a repouso ou a refeição. 
 
 
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 A jornada especial de cinco horas do jornalista não se aplica 
àqueles que exercem as funções de redator-chefe, secretário, 
subsecretário, chefe e subchefe de revisão, chefe de oficina, de 
ilustração e chefe de portaria. 
 Também não será aplicada a jornada especial dos jornalistas aos 
que se ocuparem unicamente em serviços externos. 
 Ressalta-se que quanto ao repouso semanal remunerado do 
jornalista, a cada 6 (seis) dias de trabalho efetivo corresponderá 1 (um) 
dia de descanso obrigatório, que coincidirá com o domingo, salvo acordo 
escrito em contrário, no qual será expressamente estipulado o dia em 
que se deve verificar o descanso. 
 O intervalo interjornada do jornalista será de no mínimo de 10 
(dez) horas, destinado ao repouso. Observem, então que para os 
jornalistas a soma do repouso semanal remunerado com o intervalo 
interjornada será de 34 horas. 
� PROFESSORES: No mesmo estabelecimento de ensino não 
poderá o professor dar, por dia, mais de 4 (quatro) aulas 
consecutivas, nem mais de 6 (seis), intercaladas (art. 318 da 
CLT). Aos professores é vedado, aos domingos, a regência de 
aulas e o trabalho em exames. 
 OJ 206 da SDI-1 do TST Excedida a jornada máxima (art. 318 
da CLT), as horas excedentes devem ser remuneradas com o adicional 
de, no mínimo, 50% (art. 7º, XVI, CF/1988). 
 
4.10. Turnos Ininterruptos de revezamento: É importante falar dos 
turnos ininterruptos de revezamento que tem jornada 
constitucionalmente prevista de seis horas, podendo ser alterada 
por norma coletiva, como flexibilizou a própria Constituição. 
Art.7º CRFB/88 Jornada de seis horas para o trabalho realizado 
em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação 
coletiva. 
 O trabalho por turno é aquele no qual grupos de trabalhadores 
sucedem-se na empresa, cumprindo horários que permitam o 
funcionamento ininterrupto da empresa. 
 
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OJ 360 DA SDI- 1 DO TST Faz jus à jornada especial prevista no art. 
7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades em 
sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, 
que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, 
pois submetido à alternância de horário prejudicial à saúde, sendo 
irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma 
ininterrupta. 
 
Súmula 423 do TST Estabelecida jornada superior a seis horas e 
limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os 
empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem 
direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. 
 
Súmula 360 do TST A interrupção do trabalho destinada a repouso e 
alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso 
semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 
(seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988. 
 
Súmula 110 do TST No regime de revezamento, as horas trabalhadas 
em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo 
mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem 
ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo 
adicional. 
 
4.11. Alterações recentes em relação ao tema: 
OJ-SDI1-410. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O 
SÉTIMO DIA CONSECUTIVO DE TRABALHO. ART. 7º, XV, DA CF. 
VIOLAÇÃO. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) Viola o art. 7º, 
XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo 
dia consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em dobro. 
OJ-SDI1-407. JORNALISTA. EMPRESA NÃO JORNALÍSTICA. JORNADA DE 
TRABALHO REDUZIDA. ARTS. 302 E 303 DA CLT. (DEJT divulgado em 
22, 25 e 26.10.2010)O jornalista que exerce funções típicas de sua 
profissão, independentemente do ramo de atividade do empregador, 
tem direito à jornada reduzida prevista no artigo 303 da CLT. Art. 4o O 
art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescido 
do seguinte § 5o: 
 
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Novo parágrafo do art. 71 da CLT. 
 “Art. 71. § 5o Os intervalos expressos no caput e no § 1o poderão ser 
fracionados quando compreendidos entre o término da primeira hora 
trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em 
convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e 
em virtude das condições especiais do trabalho a que são submetidos 
estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins 
nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor 
de transporte coletivo de passageiros, mantida a mesma remuneração e 
concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de 
cada viagem, não descontados da jornada.” (NR) 
OJ-SDI1-235 HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR PRODUÇÃO. 
O empregado que recebe salário por produção e trabalha em 
sobrejornada tem direito à percepção apenas do adicional de horas 
extras, exceto no caso do empregado cortador de cana, a quem é 
devido o pagamento das horas extras e do adicional respectivo. 
 
Sumula 415 do TST Horas extras. Reconhecimento em Juízo. Critério 
de dedução/abatimento dos valores comprovadamente pagos no curso 
do contrato de trabalho. A dedução das horas extras comprovadamente 
pagas daquelas reconhecidas em juízo não pode ser limitada ao mês de 
apuração, devendo ser integral e aferida pelo total das horas 
extraordinárias quitadas durante o período imprescrito do contrato de 
trabalho. 
 
Informativo 01 do TST 
AR. Horas extraordinárias. Base de cálculo. Inclusão da 
gratificação semestral paga com habitualidade. Aplicação 
posterior da Súmula nº 115 do TST. Bis in idem. Configuração. 
Violação dos arts. 884 e 885 do CC. O fato de a gratificação 
semestral paga com habitualidade já haver integrado o cálculo das 
horas extraordinárias torna inaplicável a diretriz fixada na Súmula n.º 
115 do TST, sob pena de caracterização de bis in idem. Com esse 
entendimento, a SBDI-II, à unanimidade, conheceu do recurso ordinário 
do autor e, no mérito, deu-lhe provimento para, reconhecida a afronta 
aos arts. 884 e 885 do CC, rescindir parcialmente o acórdão do Regional 
e, em juízo rescisório, excluir da condenação as diferenças de 
gratificação semestral decorrentes dos reflexos das horas 
extraordinárias deferidas. 
 
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Na espécie, a despeito de a Vara do Trabalho de origem, ao deferir à 
reclamante como extraordinárias as horas laboradas além da 6ª diária, 
ter computado na respectiva base de cálculo a gratificação semestral 
percebida com habitualidade, o TRT da 9ª Região reconheceu, firmado 
na Súmula n.º 115 do TST, o direito aos reflexos das horas extras 
habituais no cálculo da gratificação semestral. TST-RO-4300-
19.2009.5.09.0000, SBDI-II, rel. Min. Guilherme Augusto Caputo 
Bastos, 6.3.2012. 
 
Nova lei sobre profissão de motorista: Lei 12.619 de 2012 
 
Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista; altera a 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no
5.452, de 1o de maio de 1943, e as Leis nos 9.503, de 23 de setembro 
de 1997, 10.233, de 5 de junho de 2001, 11.079, de 30 de dezembro de 
2004, e 12.023, de 27 de agosto de 2009, para regular e disciplinar a 
jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; e dá 
outras providências. 
 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
Art. 1o É livre o exercício da profissão de motorista profissional, 
atendidas as condições e qualificações profissionais estabelecidas nesta 
Lei. 
Parágrafo único. Integram a categoria profissional de que trata esta Lei 
os motoristas profissionais de veículos automotores cuja condução exija 
formação profissional e que exerçam a atividade mediante vínculo 
empregatício, nas seguintes atividades ou categorias econômicas: 
I - transporte rodoviário de passageiros; 
II - transporte rodoviário de cargas; 
III - (VETADO); 
IV - (VETADO). 
Art. 2o São direitos dos motoristas profissionais, além daqueles previstos 
no Capítulo II do Título II e no Capítulo II do Título VIII da Constituição 
Federal: 
I - ter acesso gratuito a programas de formação e aperfeiçoamento 
profissional, em cooperação com o poder público; 
 
 
 
 
 
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II - contar, por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, com 
atendimento profilático, terapêutico e reabilitador, especialmente em 
relação às enfermidades que mais os acometam, consoante 
levantamento oficial, respeitado o disposto no art. 162 da Consolidação 
das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o 
de maio de 1943; 
III - não responder perante o empregador por prejuízo patrimonial 
decorrente da ação de terceiro, ressalvado o dolo ou a desídia do 
motorista, nesses casos mediante comprovação, no cumprimento de 
suas funções; 
IV - receber proteção do Estado contra ações criminosas que lhes sejam 
dirigidas no efetivo exercício da profissão; 
V - jornada de trabalho e tempo de direção controlados de maneira 
fidedigna pelo empregador, que poderá valer-se de anotação em diário 
de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, nos termos do § 3º do 
art. 74 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo 
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, ou de meios eletrônicos 
idôneos instalados nos veículos, a critério do empregador. 
Parágrafo único. Aos profissionais motoristas empregados referidos 
nesta Lei é assegurado o benefício de seguro obrigatório, custeado pelo 
empregador, destinado à cobertura dos riscos pessoais inerentes às 
suas atividades, no valor mínimo correspondente a 10 (dez) vezes o 
piso salarial de sua categoria ou em valor superior fixado em convenção 
ou acordo coletivo de trabalho. 
 
Art. 3o O Capítulo I do Título III da Consolidação das Leis do Trabalho - 
CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa 
a vigorar acrescido da seguinte Seção IV-A: 
 
“TÍTULO III 
CAPÍTULO I 
Seção IV-A - Do Serviço do Motorista Profissional 
 
Art. 235-A. Ao serviço executado por motorista profissional aplicam-se 
os preceitos especiais desta Seção. 
 
Art. 235-B. São deveres do motorista profissional: 
I - estar atento às condições de segurança do veículo; 
II - conduzir o veículo com perícia, prudência, zelo e com observância 
aos princípios de direção defensiva; 
III - respeitar a legislação de trânsito e, em especial, as normas 
relativas ao tempo de direção e de descanso; 
IV - zelar pela carga transportada e pelo veículo; 
CURSO DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO (TÉCNICO TST) 
TEORIA E QUESTÕES FCC 
PROFESSORA: Déborah Paiva 
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V - colocar-se à disposição dos órgãos públicos de fiscalização na via 
pública; 
VI - (VETADO); 
VII - submeter-se a teste e a programa de controle de uso de droga e 
de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com ampla ciência do 
empregado. 
Parágrafo único. A inobservância do disposto no inciso VI e a recusa do 
empregado em submeter-se ao teste e ao programa de controle de uso 
de droga e de bebida alcoólica previstos no inciso VII serão 
consideradas infração disciplinar, passível de penalização nos termos da 
lei. 
 
Art. 235-C. A jornada diária de trabalho

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