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TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 1 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) Aula 3 de Direito Processual Civil! Desejo a todos sucesso em seus estudos! Agora vamos lá! AVISOS: • Para o concurso do TST lançamos os seguintes Cursos: • REGIMENTO INTERNO DO TST – AJAA E TÉCNICO; • REGIMENTO INTERNO DO TST – AJAJ; • DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ O TST - AJAJ; • DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ O TRE/RJ - AJAA; • Ademais, disponibilizamos Cursos para o TRE/RJ e TJDFT. • Confiram também o Curso DIREITO ELEITORAL – REGULAR!! Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais seus conhecimentos! TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 2 QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 1. COMPETÊNCIA. Da Competência. Conceito de Competência. Professor, o que é Competência? Como é estudado no assunto “Jurisdição”, uma das funções estatais é exatamente a de prevenir as lides e compor os conflitos entre as partes. O exercício desse Poder Jurisdicional deve ser especializado e dividido para os diversos órgãos jurisdicionais (Juízes, Membros de Tribunais e Tribunais). A divisão da jurisdição é o que se denomina de “Competência”. A Competência é o limite da jurisdição, é a medida ou quantidade de jurisdição de cada órgão jurisdicional. Em outros termos, a Competência é o poder de exercer a jurisdição nos limites da lei. Competência Internacional. A competência internacional prevista no CPC tem por objetivo definir a aplicação da jurisdição brasileira e internacional (de outros países soberanos) em determinados casos/fatos ocorridos no Brasil ou no Exterior, que tenham repercussão ou efeitos em nosso país. A Competência internacional é classificada em concorrente/cumulativa com outros países ou exclusiva do Brasil. A Competência poderá ser Concorrente ou Cumulativa com outros países, hipóteses nas quais o Brasil poderá compor o conflito ou aceitar TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 3 a aplicação/efeito de sentença estrangeira em nosso país. Hipóteses legais de Competência Concorrente/Cumulativa: 1. Réu domiciliado no Brasil – até mesmo se o réu for estrangeiro (de outra nacionalidade, que não a brasileira), mas sendo domiciliado no Brasil (possuir residência), competirá também à autoridade judiciária Brasileira julgar o processo em que for réu. Atenção! No caso de Pessoa Jurídica estrangeira, esta será reputada como domiciliada no Brasil quando tiver agência, filial ou sucursal em nosso país. 2. Quando tiver de ser cumprida a obrigação no Brasil – mesmo que o contrato tenha sido pactuado no estrangeiro, se a obrigação tiver de ser cumprida aqui, competirá tanto à autoridade judiciária brasileira, quanto à estrangeira; 3. O processo decorrer de fato ou ato praticado no Brasil – Exemplo: divórcio no estrangeiro (fato ocorrido no estrangeiro) de brasileiros casados no Brasil (ato inicial praticado no Brasil). Atenção! Se o divórcio de brasileiro ocorrer no estrangeiro, determina a Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) que somente será reconhecido após 1 ANO de sua exaração, salvo se decorrer de separação judicial também por 1 ANO. Lei de Introdução ao Código Civil Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. Art. 7 § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 4 cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009). A Competência será exclusiva do Brasil nas hipóteses em que a autoridade judiciária brasileira é a única competente para dirimir a lide internacional, não sendo admissível ou reconhecível qualquer ato de autoridade estrangeira. Nos casos, a sentença estrangeira não produzirá qualquer efeito, não sendo passível de homologação perante o Magistrado brasileiro. São casos de Competência Exclusiva do Brasil: a. Qualquer Ação relativa a IMÓVEIS situados no Brasil – toda e qualquer ação que envolva imóveis localizados no Brasil é julgada exclusivamente por autoridade judiciária brasileira. Exemplo: ação de reintegração de posse; ação de locação. b. Proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, mesmo que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. LICC Art. 12 § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 5 Litispendência e Competência Internacional Concorrente. A litispendência consiste na tramitação e vigência de outro processo idêntico ao anteriormente ajuizado (2 ações/processos idênticos tramitando ao mesmo tempo). O CPC aduz que a identidade das ações/processos para fins de caracterização da litispendência se dá quando as 2 ações têm as mesmas partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido. Há litispendência entre 2 ações internacionais (1 no Brasil e outra no estrangeiro)? REGRA: NÃO, não há litispendência entre ações internacionais! Exceção doutrinária: se a sentença estrangeira já tiver sido homologada no Brasil, esta impede novo trâmite de processo perante a justiça brasileira. Isso porque a sentença estrangeira homologada torna-se apta à formação da coisa julgada no âmbito da justiça brasileira. Não se permite que o processo tramitante na justiça brasileira seja extinto por conta da pendência do outro ou que sejam os processos internacionais reunidos para julgamento conjunto (por conexão). CPC Art. 90. A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que Ihe são conexas. Art. 301 § 1o Verifica-se a litispendênciaou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) § 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) § 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 6 sentença, de que não caiba recurso. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) Exequatur pelo STJ. Como já adiantamos, para a sentença estrangeira produzir efeitos no Brasil é necessária a respectiva homologação e a concessão do exequatur (determinação de que seja cumprida a sentença homologada – “cumpra-se”) pelo STJ. Sem a homologação e o exequatur, a sentença estrangeira não tem validade e nem eficácia no ordenamento jurídico brasileiro. Com isso, o ato judicial estrangeiro somente terá aptidão à coisa julgada após sua efetiva homologação. CF-88 Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Competência Interna. Quando for competente a Justiça brasileira para julgar determinada matéria, seja de forma concorrente, seja de forma exclusiva, deve ser indicado qual o órgão será o efetivamente competente para julgar o caso concreto apresentado em juízo. A Justiça brasileira é dividida em Justiça COMUM e ESPECIAL. A Justiça COMUM é subdividida em Justiça Estadual e Federal, enquanto que a Justiça ESPECIAL é formada pelos ramos especializados do Direito (Justiça do Trabalho, Eleitoral ou Militar). Resumo esquemático das Justiças brasileiras: TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 7 JUSTIÇA COMUM JUSTIÇA ESTADUAL (Juízes de Direito, Tribunais de Justiça – TJs - e STJ) JUSTIÇA FEDERAL (Juízes Federais, Tribunais Regionais Federais – TRFs - e STJ) JUSTIÇA ESPECIAL JUSTIÇA DO TRABALHO (Juízes do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs - e TST) JUSTIÇA ELEITORAL (Juízes Eleitorais, Tribunais Regionais Eleitorais – TREs – e TSE) JUSTIÇA MILITAR (Auditorias Militares, Tribunais de Justiça Militar – TJM - e STM) Critérios de Determinação da Competência. Dentro da jurisdição interna do país, os critérios a seguir relatados devem ser aplicados de forma isolada ou cumulativa para definição específica do órgão judiciário competente para o julgamento da demanda. 1. Critério de HIERARQUIA ou FUNCIONAL – é aquele relacionado às distribuições das funções de cada Magistrado e/ou órgãos dos Tribunais ao longo do curso de um processo.Trata-se de um critério de definição de competência dentro do processo, no qual cada órgão jurisdicional fica responsável por uma determinada fase do processo. Exemplo: graus de jurisdição de 1ª e 2ª instâncias (o Juiz de 1º grau tem TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 8 a função de dirigir o processo até a emissão da Sentença; o Tribunal julgará eventuais recursos de suas decisões); fases diversas do processo (fase de conhecimento, de execução, cautelar), podem ser dirigidas por Juízes diversos. A Competência de Hierarquia ou Funcional é definida pelas normas constitucionais e legais acerca das atribuições dos órgãos judiciários, em especial, as normas previstas nas Leis de Organização Judiciária. A Competência de Hierarquia ou Funcional é de caráter Absoluto, não derrogável pela vontade das partes. CPC Art. 93. Regem a competência dos tribunais as normas da Constituição da República e de organização judiciária. A competência funcional dos juízes de primeiro grau é disciplinada neste Código. 2. Critério TERRITORIAL ou de FORO – os órgãos jurisdicionais exercem suas jurisdições nos limites dos respectivos territórios. Segundo o Princípio da Aderência, o exercício da jurisdição é vinculado a determinado território (a jurisdição adere ao território). O Foro é a delimitação territorial específica onde o órgão jurisdicional exercerá sua jurisdição (Ex: Juiz de Direito exerce em sua respectiva Comarca; o TJ do Estado exerce em todo o território estadual). O Foro na Justiça Estadual é chamado de Comarca e na Justiça Federal denomina-se de Seção Judiciária. Em regra, a Competência Territorial ou de Foro é Relativa, sendo derrogável por vontade das partes, salvo os casos específicos de competência absoluta. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 9 REGRA: a Competência territorial das ações será fixada pelo domicílio do RÉU. Esta é a regra aplicada para as ações pessoais (que veiculam direitos pessoais. Ex: contrato de prestação de serviços entre 2 partes) e às ações reais mobiliárias, que versam sobre bens Móveis (Ex: avião, automóvel, animais). Portanto, as Ações Pessoais e as Ações Reais Mobiliárias devem ser propostas no domicílio do RÉU. Disposições acerca do domicílio do Réu: Se o Réu possuir 2 ou + domicílios, poderá ser demandado em qualquer deles. Exemplo: réu reside em 2 cidades diversas e o contrato foi celebrado em outra cidade; neste caso o autor poderá demandar em qualquer dos 2 domicílios. Na hipótese do domicílio ser incerto ou desconhecido, o autor terá 2 opções: o 1) demandar o réu onde este for encontrado; o 2) demandar no foro do domicílio do próprio autor. Na hipótese do Réu não possuir domicílio e nem residência aqui no Brasil, a ação deverá ser proposta no foro do domicílio do autor. Mas, se o autor também não possuir domicílio no Brasil? Ai a Ação poderá ser proposta em qualquer foro. Portanto, caso o Réu não tenha domicílio no Brasil, a ação deverá ser proposta no domicílio do autor; caso este também não resida no Brasil, a ação poderá ser proposta em qualquer foro do país, ok? Em caso de Litisconsórcio Passivo (2 ou + RÉUS) no mesmo processo, mas com domicílios diversos, estes serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 10 do autor (faculdade do autor). A regra é que a ação será proposta no domicílio do RÉU. No entanto, a lei estabelece diversos outros foros especiais, a seguir listados: 1) Foro do IMÓVEL nas Ações Reais Imobiliárias (que versem sobre imóveis) – Esteé o chamado foro da situação da coisa (foro rei sitae). Este foro será aplicável apenas quando houver violação de um direito real. Caso seja a discussão de um direito pessoal vinculado ao imóvel (ex: contrato de aluguel), a ação não será real imobiliária, mas pessoal imobiliária, o que afasta a necessidade de demandar no foro da situação da coisa. Nesse sentido, o próprio CPC informa que o autor poderá optar entre o Foro do domicílio do RÉU ou o previamente eleito em contrato quando o conflito judicial NÃO envolver direito de propriedade, posse do imóvel, regras sobre vizinhança, divisão e demarcação de terras, servidão e nunciação de obra nova. Se recair sobre estes direitos, o único foro será o da situação do imóvel. Isso porque o foro da situação do imóvel é de competência absoluta quando envolver direito real imobiliário! Se envolver direito pessoal imobiliário, será caso de competência relativa (opção do autor entre o domicílio do réu ou o de eleição). O que estudamos acima é um caso excepcional de competência territorial absoluta! 2) Foro de Sucessão – em regra, o foro competente para conhecer do processo envolvendo direitos hereditários é do domicílio do autor da herança. Todos os TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 11 processos de inventário, partilha, arrecadação de bens, cumprimento de disposições de última vontade e de todas as ações em que o espólio (conjunto de bens da herança) for réu, tramitarão no domicílio do autor da herança, inclusive se o óbito ocorrer em país estrangeiro. Não importa onde o óbito tenha ocorrido, se no Brasil ou no exterior, em todo caso, a regra é que o processo tramite no domicílio do autor da herança. Esta é hipótese de competência relativa. Se o espólio for réu em processo que discuta direito real imobiliário (de competência absoluta), o foro será o da situação da coisa e não do domicílio do autor da herança. Exceções ao Foro de Sucessão quando o autor da herança não possui domicílio certo: o Se o autor da herança não possuir domicílio certo e os bens estiverem em uma única localidade, a competência para tramitação do processo envolvendo direitos hereditários será do domicílio da situação dos bens. o Se o autor da herança não possuir domicílio certo, e os bens estiverem em lugares diversos (espalhados em diversas localidades), a competência para julgamento do processo será do lugar em que ocorreu o óbito; 3) Foro nas Ações contra Ausente – quando a pessoa for considerada ausente, por ter desaparecido sem dar notícia e sem deixar representante ou procurador, nos termos do art. 22 do CC-02, o foro competente para eventuais ações em que for RÉU, será do seu último domicílio. O foro do último domicílio do ausente será também competente para arrecadação, inventário, partilha e TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 12 cumprimento de disposições testamentárias. 4) Foro do INCAPAZ – o domicílio do absoluta ou relativamente incapaz é o do seu representante ou assistente; CPC Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio de seu representante. CC-02 Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. 5) Foro das Ações em que for parte a UNIÃO – a competência dependerá se a União é Autora ou RÉ no processo: o quando a União for Autora, a competência será da Seção Judiciária do domicílio do Réu (da outra parte). o Quando a União for RÉU, a competência será concorrente entre as seções judiciárias do domicílio do autor, de onde ocorreu o ato ou fato, de onde esteja situada a coisa ou também no Distrito Federal. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 13 Em caso de virem a existir novamente os Territórios Federais, o foro para ações em que for parte será o de sua respectiva Capital. A previsão do CPC nesse ponto está desatualizada, aplicando-se o disposto no art. 109, §§ 1º e 2º, da CF- 88. Em todo caso, envolvendo a União e todos os entes federais (Autarquias, Empresas Públicas, Fundações Públicas), salvo as sociedades de economia mista, a competência será sempre da Justiça Federal e não da Justiça Estadual, conforme previsões do art. 109, da CF-88. CF-88 Art. 109 § 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte. § 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. 6) Foros Especiais diversos: o Foro da MULHER – é competente o foro da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento; o Foro do Alimentando – nas ações em que se pedem alimentos, será o foro do domicílio do alimentando (o peticionante); o Foro do Devedor – no caso de ação de anulação de títulos extraviados ou destruídos; TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 14 o Foro das Pessoas Jurídicas – dada complexidade das atividades das pessoas jurídicas, o foro para ser demandada será: A. Do lugar de sua SEDE, quando for RÉ da ação; B. Do lugar de sua agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu; C. Do lugar onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for RÉ a Sociedade de Fato (a sociedade, que ainda não possui formalmente personalidade jurídica – sociedade irregular ainda não registrada); o Foro para cumprimento das obrigações – será competente o foro do lugar onde a obrigação deve ser cumprida para a ação em que for-lhe exigido o seu cumprimento. o Foro de reparação de danos – será o do lugar do ato ou fato. No entanto, se houver delito (prática de crime) ou for caso de acidente de veículos, a competência concorrente entre o foro do domicílio do AUTOR e do local do fato. o Foro do Administrador ou Gestor de Negócios quando for Réu - será o do lugar do ato ou fato. 3. Critério OBJETIVO – por este critério amplo a competência é também distribuída em razão outros 3 (três) critérios específicos: a. Matéria – diante da multiplicidade de assuntose matérias diversas que são apresentadas ao Poder Judiciário, mostrou-se necessária a criação de diversas linhas de atuação especializadas, para melhor prestação TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 15 jurisdicional. Por isso, foram criadas as Justiças Especializadas (Eleitoral, Trabalhista e Militar) e são especializados os diversos juízos e órgãos de Tribunais (Ex: Varas Criminais, Cíveis; Turmas Cíveis e Criminais nos Tribunais, etc). Este é um critério de natureza absoluta, até porque não há como a Justiça do Trabalho julgar questão Militar, não é verdade? b. Pessoa – hipóteses de prerrogativa de foro (denominado de “Foro por Prerrogativa de Função”), elencadas nas Constituições Federal e Estaduais, bem como nas diversas legislações esparsas. A prerrogativa não é pessoal, mas para o cargo que ocupem. São casos de competência absoluta, dado o interesse público envolvido. c. Valor da Causa – critério econômico para determinação da competência, que podem ser definidos pelas Normas de Organização Judiciária ou pela legislação federal. Um exemplo é a Lei nº 9.099/95, que estabeleceu como competência dos Juizados Especiais o julgamento de causas de até 40 Salários Mínimos. O CPC prevê que competirá, com exclusividade de Jurisdição, a um Juiz de Direito (Juiz da Justiça Comum Estadual de 1ª Instância), processar e julgar: a) o processo de insolvência (falência); b) as ações concernentes ao estado (questões de família: casamento, divórcio, separação) e à capacidade da pessoa. Perpetuação da Jurisdição (Perpetuatio Jurisdictionis). A competência é fixada com a propositura da ação em juízo. Com isso, não tem qualquer relevâncias modificações do estado de fato ou de TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 16 direito que venham a ocorrer posteriormente. Nesse sentido, quando for conhecido o processo pelo Juiz, este será o competente de forma “perpétua” para julgar a demanda. Nesse sentido, por exemplo, pouco importa se a ação foi proposta na cidade “X”, que era o domicílio do réu, e este veio a se mudar no decorrer do processo. O Juiz continua como competente, apesar desta mudança fática. Quando for definida a competência, permanece até o julgamento final, com o objetivo legal de impedir que posteriores modificações depois da propositura da ação possam influir na decisão do magistrado competente. O que vimos logo acima é a regra, que tem exceções. Será possível modificar a competência, mesmo já conhecido a ação quando decorrer da observância de critérios de competência absoluta. O CPC informa que será possível a modificação da competência por supressão do órgão jurisdicional (Ex: extinção de uma determinada Vara ou da Comarca) ou por alteração posterior de competência em razão da matéria ou da hierarquia. Na realidade, qualquer modificação decorrente de critérios de competência absoluta (em razão da matéria, funcional e pessoal) flexibilizará a perpetuação da jurisdição. CPC Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia (competência absoluta). Conexão e Continência. A Conexão é a relação existente entre 2 ou + ações que impõe o seu julgamento conjunto, para que sejam evitados julgados conflitantes, envolvendo a mesma matéria. A Conexão determina a competência para julgamento da ação, podendo, inclusive, modificá-la após o seu ajuizamento. Por isso que se houver conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 17 sejam decididas simultaneamente. Para que reste configurada a Conexão entre as ações, será necessário que entre elas coincidam 2 (dois) pontos básicos: causa de pedir e pedido (objeto). A Conexão tem o condão de prorrogar a competência, isto é, de permitir que um Juiz inicialmente incompetente passe a ser efetivamente competente. A prorrogação ou modificação de competência é o fenômeno processual de atribuir competência a um juiz que não era originariamente competente. Somente ocorrerá a prorrogação da competência nos casos de competência relativa, que são definidas pelo mero interesse privado, especialmente nos casos de competência territorial e em razão do valor da causa. Neste casos, a competência poderá ser posteriormente prorrogada (modificada). Vale ressaltar que as partes poderão modificar os casos de competência relativa, mas deverão fazê-lo por meio de contrato escrito e com especificação a determinado negócio jurídico (Ex: determinado contrato). Este foro contratual (foro por eleição entre as partes) obriga os seus herdeiros e sucessores. De outro lado, não será possível modificar/prorrogar a competência absoluta (competência funcional/hierarquia, em razão da matéria e da pessoa), dado o interesse público em sua determinação. Em resumo: a competência poderá ser prorrogável se for relativa; não será possível nos casos de competência absoluta. CPC Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações. § 1o O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de contrato escrito e aludir expressamente a determinado negócio TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 18 jurídico. § 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. A Continência ocorre quando em 2 ou + ações há identidade de partes e causa de pedir, mas o pedido (objeto) de uma é maior ou abrange o da outra. Para decorar continência: uma ação está contida na outra. A Continência é uma forma especial e qualificada de conexão, pois não é só a mesma causa de pedir, mas também porque há identidade quanto às pessoas e o objeto de uma ação é maior do que as outras. Prevenção. Se for caso de Conexão ou Continência de ações, será necessário definir qual será o Juízo competente para julgar todas elas de forma conjunta. O critério utilizado será o da Prevenção do Juiz. Se as ações conexas forem da mesma competência territorial (ex: mesma Comarca ou Seção Judiciária), será considerado prevento o magistrado que despachou em 1º lugar. Caso sejam de competência territorial diversas (distintas Comarcas ou Seções Judiciárias), será considerado prevento aquele que realizar a citação. CPCArt. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar. Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. A prevenção também funciona como critério de modificação de competência nos casos de ações acerca de imóvel situado em + de 1 Estado ou Comarca (ex: Fazendas enormes que figuram em + de 1 município). Para ações envolvendo esses imóveis, a competência abrangerá todo o imóvel e TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 19 será competente o Juiz prevento, segundo os critérios acima estudados. Ação Acessória e Principal. Por ser dependente da ação principal, a ação acessória deverá ser proposta perante o Juiz da principal. Por exemplo, ocorre com a ação cautelar, ação anulatória, embargos à execução, que têm total dependência da ação principal. Neste caso, a distribuição da ação acessória será realizada por dependência para com a ação principal. Com isso, o CPC informa que o Juiz da causa principal é também competente para a reconvenção, a ação declaratória incidente, as ações de garantia e outras que respeitam ao terceiro interveniente. Este é um caso de competência funcional/hierarquia (absoluta). Suspensão do processo por fato delituoso. É possível que seja suspenso o processo cível se seu exame depender de verificação da efetiva ocorrência de crime (fato delituoso) no juízo criminal. Isso poderá ocorrer quando a questão criminal for prejudicial para o juízo cível (gerar dependência entre as duas ações). Neste caso, o Juiz Cível poderá determinar o sobrestamento do feito até a decisão final na esfera Criminal. No entanto, se a ação penal não for proposta em até 30 DIAS, os efeitos da suspensão serão cessados e o juiz cível deverá decidir acerca da questão prejudicial ainda não ultimada no juízo criminal. Declaração de Incompetência. Enquanto que a incompetência absoluta do Juiz deve ser reconhecida de ofício pelo próprio Magistrado, a incompetência relativa só pode ser argüida pelo RÉU e por meio de Exceção de incompetência. O Juiz não pode levantar sua própria incompetência relativa, apenas a absoluta. A incompetência relativa só pode ser argüida pelo Réu porque o TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 20 autor é quem escolhe o juízo territorialmente competente (ele não pode posteriormente “achar” que o Juiz é incompetente relativamente). Caso o Réu não alegue a eventual incompetência relativa do Juiz (Ex: em vez de ter sido ajuizada a ação no domicílio do réu, foi no domicílio do autor), o juiz relativamente incompetente tem sua competência prorrogada, passando a ser competente para julgar a matéria e perpetuando a jurisdição. O réu deve suscitar a Exceção de Incompetência relativa no prazo da Contestação, sob pena de preclusão. Já a argüição da incompetência absoluta poderá ser apresentada em qualquer momento do processo, especialmente nas preliminares da Contestação, mas não poderá ser apresentada na exceção de incompetência, que é exclusiva de incompetência relativa. Apesar de estar autorizado a alegar a qualquer tempo a incompetência absoluta, caso a parte não a alegue nas preliminares da Contestação ou na 1ª oportunidade que falar nos autos, responderá integralmente pelas custas. Após a declaração da incompetência absoluta para julgamento da ação, serão anulados apenas os atos decisórios, sendo remetidos os autos do processo aos juiz competente. Os contratos de adesão, especialmente aqueles que envolvem o consumidor e fornecedores de massa, podem prever a chamada cláusula de eleição de foro. Estas cláusulas, quase sempre, impõem à parte hiposuficiente o ônus de só poderem demandar em juízo apenas na cidade sede da empresa, o que pode impossibilitar o seu acesso à justiça. Com isso, o CPC prevê regra de que o Juiz pode declarar de ofício a nulidade da cláusula de eleição de foro em contrato de adesão, devendo declinar de competência para o juízo de domicílio do réu. CPC Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção. § 1o Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos, a TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 21 parte responderá integralmente pelas custas. § 2o Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente. Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar na forma do parágrafo único do art. 112 desta Lei ou o réu não opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais. Conflito de Competência. Os Conflitos de competência são conflitos na atividade jurisdicional de magistrados, que podem ser positivos (ambos declaram-se competentes) ou negativos (ambos declaram-se não competentes), bem como quando entre 2 ou + juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos. O conflito poderá ser suscitado pelo Juiz, por ofício ao Tribunal, ou pela parte ou MP, por petição escrita com a prova do conflito. São legitimados para julgarem o conflito de competência: a) as Partes; b) o Ministério Público – quando não suscitar, sempre será ouvido nos conflitos de competência (MP como custus legis – fiscal da lei). c) o Juiz. Por lógica, se a parte já ofereceu exceção de incompetência não poderá suscitar o conflito de competência, pois já manifestou sua posição acerca da competência dos órgãos jurisdicionais envolvidos. No entanto, na situação oposta, mesmo que já tenha sido instaurado o conflito de competência, será plenamente possível à parte oferecer exceção de incompetência. Em regra, o Conflito de Competência será distribuído a um Membro Relator, que poderá determinar o sobrestamento do processo se o conflito for positivo, até que seja definida especificamente a competência TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 22 do Magistrado. Tanto na hipótese do conflito ser positivo quanto ser negativo, o Relator deverá designar um Juiz para a adoção de medidas urgentes de caráter provisório. A regra é que o próprio Tribunal julgue o conflito de competências, por meio de suas Turmas ou Câmaras. No entanto, a legislação autoriza ao próprio Relator julgar o conflito monocraticamente e de plano (de imediato) quando houver jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada. Desta decisão, caberá AGRAVOinterno no prazo de 5 DIAS. Regras gerais acerca do Conflito de Competências: a) Após o prazo dos Juízes em conflito prestarem informações, o MP será ouvido em 5 DIAS; depois, o Relator apresentará o conflito em sessão de julgamento. b) Na decisão do conflito o Tribunal deve declarar qual o juiz é o competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos do juiz incompetente, encaminhando os autos do processo em que se manifestou o conflito ao juiz declarado competente. c) Os regimentos internos dos tribunais regularão o processo e julgamento do conflito de atribuições entre autoridade judiciária e autoridade administrativa. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 23 EXERCÍCIOS COMENTADOS QUESTÃO 78: TRE - AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 05/06/2011. Poderá modificar-se pela conexão ou continência a competência em razão a) da matéria e da hierarquia. b) do valor, apenas. c) do valor e do território. d) da hierarquia, apenas. e) da matéria, apenas. COMENTÁRIOS: Estudamos que somente ocorrerá a prorrogação da competência nos casos de competência relativa, que são definidas pelo mero interesse privado, especialmente nos casos de competência territorial e em razão do valor da causa. Neste casos, a competência poderá ser posteriormente prorrogada (modificada). De outro lado, não será possível modificar/prorrogar a competência absoluta (competência funcional/hierarquia, em razão da matéria e da pessoa), dado o interesse público em sua determinação. Em resumo: a competência poderá ser prorrogável se for relativa; não será possível nos casos de competência absoluta. CPC Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 24 RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 79: TRT 23ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 15/05/2011. João e José são domiciliados na cidade de São Paulo, mas são proprietários de lotes vizinhos num condomínio de praia na Comarca de Ubatuba. João construiu um muro na divisa do seu lote e bloqueou o acesso da servidão de passagem através da qual José tinha acesso à via pública. José ajuizou ação para liberação da servidão na comarca de São Paulo, ação esta que João contestou, aceitando, por conveniência, o foro, deixando de opor exceção de incompetência, no prazo legal, apesar do art. 95 do CPC dispor que nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Nesse caso, a) haverá prorrogação da competência porque o réu aceitou o foro e não opôs exceção de incompetência no prazo legal. b) haverá prorrogação da competência, pois a lei permite ao autor optar pelo foro do domicílio do réu. c) não há possibilidade de prorrogação da competência, por tratar-se de ação relativa a servidão de passagem. d) só poderá haver prorrogação da competência se o foro da comarca de São Paulo tiver sido eleito pelas partes em contrato. e) haverá prorrogação da competência porque tanto o autor, como o réu são domiciliados da mesma cidade. COMENTÁRIOS: O caso trata de caso de servidão, envolvendo direito real imobiliário. Foro do IMÓVEL nas Ações Reais Imobiliárias (que versem sobre imóveis) – Este é o chamado foro da situação da coisa (foro rei sitae). Este foro será aplicável apenas quando houver violação de um direito real. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 25 Caso seja a discussão de um direito pessoal vinculado ao imóvel (ex: contrato de aluguel), a ação não será real imobiliária, mas pessoal imobiliária, o que afasta a necessidade de demandar no foro da situação da coisa. Nesse sentido, o próprio CPC informa que o autor poderá optar entre o Foro do domicílio do RÉU ou o previamente eleito em contrato quando o conflito judicial NÃO envolver direito de propriedade, posse do imóvel, regras sobre vizinhança, divisão e demarcação de terras, servidão e nunciação de obra nova. Se recair sobre estes direitos, o único foro será o da situação do imóvel. Isso porque o foro da situação do imóvel é de competência absoluta quando envolver direito real imobiliário! Se envolver direito pessoal imobiliário, será caso de competência relativa (opção do autor entre o domicílio do réu ou o de eleição). Como é caso de servidão, a competência territorial é absoluta, não cabendo prorrogação. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 80: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] - 01/05/2011. Sobre a competência, de acordo com o que estabelece o Código de Processo Civil, analise as seguintes assertivas: I. A competência em razão da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor, da matéria e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações. II. Havendo jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o relator poderá decidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no prazo de cinco dias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão recursal competente. III. Não arguindo a parte a incompetência absoluta na contestação ou na TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 26 primeira oportunidade que lhe couber falar nos autos, responde integralmente pelas custas processuais. IV. Correndo em separado ações conexas perante juízos que tem a mesma competência territorial, considera- se prevento aquele perante o qual a primeira demanda foi distribuída. Está correto SOMENTE o que se afirma em a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, II e III. e) II, III e IV. COMENTÁRIOS: Item I – errado. Somente ocorrerá a prorrogação da competência nos casos de competência relativa, que são definidas pelo mero interesse privado, especialmente nos casos de competência territorial e em razão do valor da causa. Neste casos, a competência poderá ser posteriormente prorrogada (modificada). De outro lado, não será possível modificar/prorrogar a competência absoluta (competência funcional/hierarquia, em razão da matéria e da pessoa), dado o interesse público em sua determinação. A competência em razão da matéria é também inderrogável pela vontade das partes, portanto o item está errado. CPC Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serãopropostas as ações oriundas de direitos e obrigações. Item II – correto. A regra é que o próprio Tribunal julgue o conflito de TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 27 competências, por meio de suas Turmas ou Câmaras. No entanto, a legislação autoriza ao próprio Relator julgar o conflito monocraticamente e de plano (de imediato) quando houver jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada. Desta decisão, caberá AGRAVO interno no prazo de 5 DIAS. CPC Art. 120 Parágrafo único. Havendo jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o relator poderá decidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no prazo de cinco dias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão recursal competente. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998) Item III – correto. Apesar de estar autorizado a alegar a qualquer tempo a incompetência absoluta, caso a parte não a alegue nas preliminares da Contestação ou na 1ª oportunidade que falar nos autos, responderá integralmente pelas custas. CPC Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção. § 1o Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos, a parte responderá integralmente pelas custas. Item IV – errado. Se as ações conexas forem da mesma competência territorial (ex: mesma Comarca ou Seção Judiciária), será considerado prevento o magistrado que despachou em 1º lugar. Caso sejam de competência territorial diversas (distintas Comarcas ou Seções Judiciárias), será considerado prevento aquele que realizar a citação. CPC Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 28 aquele que despachou em primeiro lugar. Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 81: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011 (ADAPTADA). Quanto à competência, é correto afirmar: a) Argúi-se por meio de exceção a incompetência absoluta. b) Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção de incompetência. c) Em razão da matéria e da hierarquia, a competência é derrogável pela convenção das partes. d) O foro contratual é personalíssimo, não obrigando os herdeiros e sucessores das partes. COMENTÁRIOS: Item A – errado. Enquanto que a incompetência absoluta do Juiz deve ser reconhecida de ofício pelo próprio Magistrado, a incompetência relativa só pode ser argüida pelo RÉU e por meio de Exceção de incompetência. A argüição da incompetência absoluta poderá ser apresentada em qualquer momento do processo, especialmente nas preliminares da Contestação, mas não poderá ser apresentada na exceção de incompetência, que é exclusiva de incompetência relativa. CPC Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 29 e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção. Item B – correto. Se a parte já ofereceu exceção de incompetência não poderá suscitar o conflito de competência, pois já manifestou sua posição acerca da competência dos órgãos jurisdicionais envolvidos. CPC Art. 117. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção de incompetência. Item C – errado. Ao contrário, são não derrogáveis! Item D – errado. O foro contratual (foro por eleição entre as partes) obriga os seus herdeiros e sucessores. CPC Art. 111. § 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. RESPOSTA CERTA: B QUESTÃO 82: TRE - TO - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 20/02/2011. O conflito de competência a) não obsta que a parte, que o não suscitou, ofereça exceção declinatória do foro. b) não pode ser suscitado pelo Ministério Público, tratando- se de ato exclusivo das partes e do juiz, devendo, entretanto este ser ouvido em todos os conflitos. c) pode ser suscitado pela parte que ofereceu exceção de incompetência. d) poderá ser decidido de plano pelo relator em qualquer hipótese, cabendo TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 30 agravo no prazo de dez dias para o órgão recursal competente. e) será suscitado pela parte através de ofício dirigido ao presidente do Tribunal competente. COMENTÁRIOS: Item A – correto. Mesmo se já tiver sido instaurado o conflito de competência, será plenamente possível à parte oferecer exceção de incompetência. CPC Art. 117 Parágrafo único. O conflito de competência não obsta, porém, a que a parte, que o não suscitou, ofereça exceção declinatória do foro. Item B – errado. O conflito poderá ser suscitado pelo Juiz, por ofício ao Tribunal, ou pela parte ou MP, por petição escrita com a prova do conflito. São legitimados para julgarem o conflito de competência: a) as Partes; b) o Ministério Público – quando não suscitar, sempre será ouvido nos conflitos de competência (MP como custus legis – fiscal da lei). c) o Juiz. Item C – errado. Se a parte já ofereceu exceção de incompetência não poderá suscitar o conflito de competência, pois já manifestou sua posição acerca da competência dos órgãos jurisdicionais envolvidos. CPC Art. 117. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção de incompetência. Item D – errado. A regra é que o próprio Tribunal julgue o conflito de competências, por meio de suas Turmas ou Câmaras. No entanto, a legislação TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 31 autoriza ao próprio Relator julgar o conflito monocraticamente e de plano (de imediato) quando houver jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada. Desta decisão, caberá AGRAVO interno no prazo de 5 DIAS. Item E – errado. O conflito poderá ser suscitado pelo Juiz, por ofício ao Tribunal, ou pela parte ou MP, por petição escrita com a prova do conflito. CPC Art. 118. O conflito será suscitado ao presidente do tribunal: I - pelo juiz, por ofício; II - pela parte e peloMinistério Público, por petição. RESPOSTA CERTA: A QUESTÃO 83: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] - 24/10/2010. Uma empresa alugou um imóvel para uma autarquia federal e, no contrato de locação, as partes elegeram o foro da Justiça Estadual da cidade de Goiânia para dirimir todas as questões a ele relativas. Após o vencimento do contrato, a empresa ajuizou ação de cobrança de aluguéis distribuída a uma das Varas Cíveis da Justiça Estadual de Goiânia. Em tal situação, o juiz a) deverá ouvir o Ministério Público Federal e poderá processar e julgar a ação se este não arguir a incompetência. b) poderá processar e julgar a ação em razão da competência decorrente do foro contratual. c) só poderá processar e julgar a ação se a autarquia federal não arguir a incompetência no prazo da contestação. d) só poderá processar e julgar a ação se a autarquia federal não arguir a incompetência até a sentença. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 32 e) deverá declarar-se incompetente de ofício e ordenar a remessa dos autos à Justiça Federal. COMENTÁRIOS: Envolvendo a União e todos os entes federais (Autarquias, Empresas Públicas, Fundações Públicas), salvo as sociedades de economia mista, a competência será sempre da Justiça Federal e não da Justiça Estadual, conforme previsões do art. 109, da CF-88. Com isso, o Juiz deve declarar-se absolutamente incompetente e ordenar a remessa à Justiça competente, que é a Justiça Federal. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 84: TRT 8ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 24/10/2010. A respeito das modificações de competência, considere: I. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir. II. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade entre as partes e a causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. III. A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado. IV. A competência em razão da matéria poderá modificar-se pela conexão ou continência. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) I, III e IV. c) II e IV. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 33 d) III e IV. e) I e II. COMENTÁRIOS: Item I – correto. Para que reste configurada a Conexão entre as ações, será necessário que entre elas coincidam 2 (dois) pontos básicos: causa de pedir e pedido (objeto). CPC Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir. Item II – correto. A Continência ocorre quando em 2 ou + ações há identidade de partes e causa de pedir, mas o pedido (objeto) de uma é maior ou abrange o da outra. Para decorar continência: uma ação está contida na outra. A Continência é uma forma especial e qualificada de conexão, pois não é só a mesma causa de pedir, mas também porque há identidade quanto às pessoas e o objeto de uma ação é maior do que as outras. CPC Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. Item III – correto. Isso mesmo. A reunião de processos por conexão é para julgamento em conjunto. Após a exaração do julgado em um processo, não haverá como juntá-los novamente para decidir novamente a matéria. Item IV – errado. Como é caso de competência absoluta, é imodificável e improrrogável. RESPOSTA CERTA: A TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 34 QUESTÃO 85: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 24/10/2010. Quanto à competência, a) de modo geral, são relevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente à propositura da demanda. b) é determinada no momento da propositura da demanda. c) a autoridade judiciária brasileira a tem concorrente para conhecer de ações relativas a imóveis situados no país. d) como regra, quando territorial, pode ser declinada de ofício pelo juiz, sem necessidade de provocação da parte. COMENTÁRIOS: Item A – errado. A competência é fixada com a propositura da ação em juízo. Com isso, não tem qualquer relevâncias modificações do estado de fato ou de direito que venham a ocorrer posteriormente. Nesse sentido, quando for conhecido o processo pelo Juiz, este será o competente de forma “perpétua” para julgar a demanda. Nesse sentido, por exemplo, pouco importa se a ação foi proposta na cidade “X”, que era o domicílio do réu, e este veio a se mudar no decorrer do processo. O Juiz continua como competente, apesar desta mudança fática. CPC Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia (competência absoluta). Item B – correto. CPC Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 35 ação é proposta. Item C – errado. São casos de Competência Exclusiva do Brasil: a. Qualquer Ação relativa a IMÓVEIS situados no Brasil – toda e qualquer ação que envolva imóveis localizados no Brasil é julgada exclusivamente por autoridade judiciária brasileira. Exemplo: ação de reintegração de posse; ação de locação. b. Proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, mesmo que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. LICC Art. 12 § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. Item D – errado. Enquanto que a incompetência absoluta do Juiz deve ser reconhecida de ofício pelo próprio Magistrado, a incompetência relativa só pode ser argüida pelo RÉU e por meio de Exceção de incompetência. O Juiz não pode levantar sua própria incompetência relativa, apenas a absoluta. A incompetência relativa só pode ser argüida pelo Réu porque o autor é quem escolhe o juízo territorialmente competente (ele não pode posteriormente “achar” que o Juiz é incompetente relativamente). Caso o Réu não alegue a eventual incompetência relativa do Juiz (Ex: em vez de ter sido ajuizada a ação no domicílio do réu, foi no domicílio do autor), o juiz relativamente incompetente tem sua competência prorrogada, passando a ser competente para julgar a matéria e perpetuando a jurisdição. RESPOSTA CERTA: B QUESTÃO 86: TJ - SE - Analista Judiciário – Direito [FCC] - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITOPROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 36 23/08/2009. As partes podem modificar a competência em razão a) da hierarquia e do território. b) do valor e do território. c) do valor e da hierarquia. d) da hierarquia, apenas. e) do território, apenas. COMENTÁRIOS: São casos de competência relativa previstas na questão as referentes ao território e ao valor. RESPOSTA CERTA: B QUESTÃO 87: TCE - RO – Procurador [FCC] - 05/09/201 - 78 Nas ações relativas a imóveis situados no Brasil, em que for autor Estado estrangeiro e o foro de eleição os Estados Unidos, a competência será a) do Brasil ou do Estado estrangeiro. b) exclusiva do Estado estrangeiro. c) dos Estados Unidos. d) relativa. e) exclusiva do Brasil. COMENTÁRIOS: Pouco importa foro de eleição e o envolvimento de Estado estrangeiro. Se a questão versar sobre imóvel situado no Brasil, a competência será exclusiva do Brasil. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 37 A Competência será exclusiva do Brasil nas hipóteses em que a autoridade judiciária brasileira é a única competente para dirimir a lide internacional, não sendo admissível ou reconhecível qualquer ato de autoridade estrangeira. Nos casos, a sentença estrangeira não produzirá qualquer efeito, não sendo passível de homologação perante o Magistrado brasileiro. São casos de Competência Exclusiva do Brasil: a. Qualquer Ação relativa a IMÓVEIS situados no Brasil – toda e qualquer ação que envolva imóveis localizados no Brasil é julgada exclusivamente por autoridade judiciária brasileira. Exemplo: ação de reintegração de posse; ação de locação. b. Proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, mesmo que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. LICC Art. 12 § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 88: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. Considere as seguintes assertivas a respeito das modificações da competência: I. A competência em razão da matéria poderá modificar-se pela conexão. II. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto as partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. III. A competência em razão da hierarquia é inderrogável por convenção TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 38 das partes. De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que se afirma APENAS em a) II. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) I. COMENTÁRIOS: Item I – errado. Não, pois é de competência absoluta. Item II – correto. A Continência ocorre quando em 2 ou + ações há identidade de partes e causa de pedir, mas o pedido (objeto) de uma é maior ou abrange o da outra. Para decorar continência: uma ação está contida na outra. A Continência é uma forma especial e qualificada de conexão, pois não é só a mesma causa de pedir, mas também porque há identidade quanto às pessoas e o objeto de uma ação é maior do que as outras. Item III – correto. Perfeito, por ser competência absoluta. RESPOSTA CERTA: D QUESTÃO 89: METRÔ - Secretária Pleno [CESPE] - 21/03/2010. Acerca do direito processual civil, julgue os próximos itens, relativos à jurisdição e à competência. A incompetência em razão do território, ao contrário da que ocorre em razão do valor da causa, é absoluta, não podendo ser prorrogada. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 39 COMENTÁRIOS: Ao contrário, a regra é que a competência territorial seja RELATIVA, salvo quando versar sobre direitos reais imobiliários, quando será competência relativa. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 90: METRÔ - Secretária Pleno [CESPE] - 21/03/2010. A competência é fixada no momento da propositura da ação, não importando alterações de direito supervenientes. COMENTÁRIOS: CPC Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia (competência absoluta). RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 91: TRT 21ª - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 28/11/2011. Lara e Rafael, representados por sua genitora, ingressaram com ação de alimentos em face de seu pai, Francisco, na cidade de Curitiba, onde moravam. A referida ação havia acabado de ser distribuída para a Terceira Vara de Família de Curitiba/PR, quando Ana, a mãe dos menores, tomou posse em um cargo público em Goiânia/GO, cidade onde, a partir de então, passou a residir com os menores e onde, coincidentemente, Francisco possuía domicílio TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 40 desde a propositura da ação. Considerando a situação hipotética acima apresentada e as regras do instituto da competência descritas no Código de Processo Civil ( CPC ), julgue o item abaixo. Os autos do processo de alimentos não devem ser remetidos para Goiânia/GO, já que o juízo de Curitiba/PR mantém sua competência para o julgamento do feito. COMENTÁRIOS: Igualmente à questão anterior, as modificações de fato não alteram em nada competência, pois já foi perpetuada. A competência é fixada com a propositura da ação em juízo. Com isso, não tem qualquer relevâncias modificações do estado de fato ou de direito que venham a ocorrer posteriormente. Nesse sentido, quando for conhecido o processo pelo Juiz, este será o competente de forma “perpétua” para julgar a demanda. Nesse sentido, por exemplo, pouco importa se a ação foi proposta na cidade “X”, que era o domicílio do réu, e este veio a se mudar no decorrer do processo. O Juiz continua como competente, apesar desta mudança fática. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 92: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. No que se refere à distribuição da competência entre os órgãos do Poder Judiciário, julgue os itens que se seguem. a) [100] Em caso de conflito de competência, o Ministério Público será ouvido, mesmo nos conflitos por ele não suscitados (Adaptada). COMENTÁRIOS: TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof.Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 41 São legitimados para julgarem o conflito de competência: a) as Partes; b) o Ministério Público – quando não suscitar, sempre será ouvido nos conflitos de competência (MP como custus legis – fiscal da lei). c) o Juiz. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 93: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. b) [101] A incompetência relativa, cujo reconhecimento independe de provocação das partes, é declarada de ofício pelo juiz. COMENTÁRIOS: Jamais, apenas a incompetência absoluta pode ser argüida de ofício pelo Juiz. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 94: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. c) [102] A competência territorial aproxima o Estado-juiz dos fatos relacionados à pretensão manifestada pelo autor, devendo-se, contudo, observar os foros especiais. COMENTÁRIOS: Isto mesmo. Critério TERRITORIAL ou de FORO – os órgãos jurisdicionais exercem suas jurisdições nos limites dos respectivos territórios. Segundo o Princípio da Aderência, o exercício da jurisdição é vinculado a determinado território (a jurisdição adere ao território). TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 42 Contudo, há os diversos foros especiais previstos na legislação, que mitigam tal regra. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 95: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. d) [103] Caso seja proposta ação em juízo relativamente incompetente, e o réu não ofereça exceção de incompetência no prazo cabível de demanda para contestação, considera-se prorrogada a competência do juízo, o que configura caso típico de modificação de competência por conexão. COMENTÁRIOS: Não. Nesse caso não há qualquer conexão. O que ocorreu foi mera prorrogação da competência relativa do Juiz, dado o fato que não foi alegada a tempo. Isso porque o réu deve suscitar a Exceção de Incompetência relativa no prazo da Contestação, sob pena de preclusão. CPC Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar na forma do parágrafo único do art. 112 desta Lei ou o réu não opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 96: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. e) [104] A continência é uma das causas para a modificação de competência. COMENTÁRIOS: Correto. As 2 ou + ações contidas entre si devem ser juntadas para TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 43 julgamento conjunto, modificando-se posteriormente a competência de julgamento. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 97: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 19/04/2009. Célia ajuizou contra Ronaldo ação de separação judicial com pedido de alimentos. No curso do processo, a autora passou a residir em outra cidade, por necessidade da empresa na qual trabalha. Com base nessa situação hipotética, julgue o próximo item. Considerando tratar-se de competência relativa, desde que haja concordância do réu, será possível Célia ter deferido o pedido de deslocamento do processo para a localidade onde atualmente reside. COMENTÁRIOS: Como já estudamos (vejam como esse ponto se repete!), as modificações nas circunstâncias fáticas pouco importa quando a competência já foi definida (perpetuação da jurisdição). RESPOSTA CERTA: E TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 44 EXERCÍCIOS com GABARITO QUESTÃO 78: TRE - AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 05/06/2011. Poderá modificar-se pela conexão ou continência a competência em razão a) da matéria e da hierarquia. b) do valor, apenas. c) do valor e do território. d) da hierarquia, apenas. e) da matéria, apenas. QUESTÃO 79: TRT 23ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 15/05/2011. João e José são domiciliados na cidade de São Paulo, mas são proprietários de lotes vizinhos num condomínio de praia na Comarca de Ubatuba. João construiu um muro na divisa do seu lote e bloqueou o acesso da servidão de passagem através da qual José tinha acesso à via pública. José ajuizou ação para liberação da servidão na comarca de São Paulo, ação esta que João contestou, aceitando, por conveniência, o foro, deixando de opor exceção de incompetência, no prazo legal, apesar do art. 95 do CPC dispor que nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Nesse caso, a) haverá prorrogação da competência porque o réu aceitou o foro e não opôs exceção de incompetência no prazo legal. b) haverá prorrogação da competência, pois a lei permite ao autor optar pelo foro do domicílio do réu. c) não há possibilidade de prorrogação da competência, por tratar-se de ação relativa a servidão de passagem. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 45 d) só poderá haver prorrogação da competência se o foro da comarca de São Paulo tiver sido eleito pelas partes em contrato. e) haverá prorrogação da competência porque tanto o autor, como o réu são domiciliados da mesma cidade. QUESTÃO 80: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] - 01/05/2011. Sobre a competência, de acordo com o que estabelece o Código de Processo Civil, analise as seguintes assertivas: I. A competência em razão da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor, da matéria e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações. II. Havendo jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o relator poderá decidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no prazo de cinco dias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão recursal competente. III. Não arguindo a parte a incompetência absoluta na contestação ou na primeira oportunidade que lhe couber falar nos autos, responde integralmente pelas custas processuais. IV. Correndo em separado ações conexas perante juízos que tem a mesma competência territorial, considera- se prevento aquele perante o qual a primeira demanda foi distribuída. Está correto SOMENTE o que se afirma em a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, II e III. e) II, III e IV. QUESTÃO 81: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011 (ADAPTADA). TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 3 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”.
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