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Aula 03

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TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 3 
PROF: RICARDO GOMES 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br
“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
1 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) 
Aula 3 de Direito Processual Civil! 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
2 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
1. COMPETÊNCIA. 
Da Competência. 
Conceito de Competência. 
Professor, o que é Competência? 
Como é estudado no assunto “Jurisdição”, uma das funções 
estatais é exatamente a de prevenir as lides e compor os conflitos entre as 
partes. O exercício desse Poder Jurisdicional deve ser especializado e dividido 
para os diversos órgãos jurisdicionais (Juízes, Membros de Tribunais e 
Tribunais). A divisão da jurisdição é o que se denomina de “Competência”. 
A Competência é o limite da jurisdição, é a medida ou quantidade 
de jurisdição de cada órgão jurisdicional. Em outros termos, a Competência é o 
poder de exercer a jurisdição nos limites da lei. 
Competência Internacional. 
A competência internacional prevista no CPC tem por objetivo 
definir a aplicação da jurisdição brasileira e internacional (de outros países 
soberanos) em determinados casos/fatos ocorridos no Brasil ou no Exterior, 
que tenham repercussão ou efeitos em nosso país. 
A Competência internacional é classificada em 
concorrente/cumulativa com outros países ou exclusiva do Brasil. 
A Competência poderá ser Concorrente ou Cumulativa com 
outros países, hipóteses nas quais o Brasil poderá compor o conflito ou aceitar 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
3 
a aplicação/efeito de sentença estrangeira em nosso país. Hipóteses legais de 
Competência Concorrente/Cumulativa: 
1. Réu domiciliado no Brasil – até mesmo se o réu for 
estrangeiro (de outra nacionalidade, que não a brasileira), 
mas sendo domiciliado no Brasil (possuir residência), 
competirá também à autoridade judiciária Brasileira julgar 
o processo em que for réu. 
Atenção! 
No caso de Pessoa Jurídica estrangeira, esta será 
reputada como domiciliada no Brasil quando tiver agência, 
filial ou sucursal em nosso país. 
2. Quando tiver de ser cumprida a obrigação no Brasil – 
mesmo que o contrato tenha sido pactuado no 
estrangeiro, se a obrigação tiver de ser cumprida aqui, 
competirá tanto à autoridade judiciária brasileira, quanto à 
estrangeira; 
3. O processo decorrer de fato ou ato praticado no Brasil 
– Exemplo: divórcio no estrangeiro (fato ocorrido no 
estrangeiro) de brasileiros casados no Brasil (ato inicial 
praticado no Brasil). 
Atenção! 
Se o divórcio de brasileiro ocorrer no estrangeiro, determina 
a Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) que somente será 
reconhecido após 1 ANO de sua exaração, salvo se decorrer 
de separação judicial também por 1 ANO. 
Lei de Introdução ao Código Civil 
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for 
o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a 
obrigação. 
Art. 7 
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os 
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cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 
1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida 
de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação 
produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas 
para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior 
Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá 
reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas 
em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio 
de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos 
legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009). 
A Competência será exclusiva do Brasil nas hipóteses em que a 
autoridade judiciária brasileira é a única competente para dirimir a lide 
internacional, não sendo admissível ou reconhecível qualquer ato de 
autoridade estrangeira. Nos casos, a sentença estrangeira não produzirá 
qualquer efeito, não sendo passível de homologação perante o Magistrado 
brasileiro. 
São casos de Competência Exclusiva do Brasil: 
a. Qualquer Ação relativa a IMÓVEIS situados no Brasil 
– toda e qualquer ação que envolva imóveis localizados 
no Brasil é julgada exclusivamente por autoridade 
judiciária brasileira. Exemplo: ação de reintegração de 
posse; ação de locação. 
b. Proceder a inventário e partilha de bens, situados no 
Brasil, mesmo que o autor da herança seja 
estrangeiro e tenha residido fora do território 
nacional. 
LICC 
Art. 12 
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das 
ações relativas a imóveis situados no Brasil. 
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Litispendência e Competência Internacional Concorrente. 
A litispendência consiste na tramitação e vigência de outro 
processo idêntico ao anteriormente ajuizado (2 ações/processos idênticos 
tramitando ao mesmo tempo). 
O CPC aduz que a identidade das ações/processos para fins de 
caracterização da litispendência se dá quando as 2 ações têm as mesmas 
partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido. 
Há litispendência entre 2 ações internacionais (1 no Brasil e outra 
no estrangeiro)? 
REGRA: NÃO, não há litispendência entre ações internacionais! 
Exceção doutrinária: se a sentença estrangeira já tiver sido 
homologada no Brasil, esta impede novo trâmite de processo perante a justiça 
brasileira. Isso porque a sentença estrangeira homologada torna-se apta à 
formação da coisa julgada no âmbito da justiça brasileira. Não se permite que 
o processo tramitante na justiça brasileira seja extinto por conta da pendência 
do outro ou que sejam os processos internacionais reunidos para julgamento 
conjunto (por conexão). 
CPC 
Art. 90. A ação intentada perante tribunal estrangeiro não 
induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária 
brasileira conheça da mesma causa e das que Ihe são conexas. 
Art. 301 
§ 1o Verifica-se a litispendênciaou a coisa julgada, quando se 
reproduz ação anteriormente ajuizada. (Redação dada pela Lei nº 
5.925, de 1973) 
§ 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a 
mesma causa de pedir e o mesmo pedido. (Redação dada pela Lei 
nº 5.925, de 1973) 
§ 3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; 
há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por 
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sentença, de que não caiba recurso. (Redação dada pela Lei nº 
5.925, de 1973) 
Exequatur pelo STJ. 
Como já adiantamos, para a sentença estrangeira produzir efeitos 
no Brasil é necessária a respectiva homologação e a concessão do 
exequatur (determinação de que seja cumprida a sentença homologada – 
“cumpra-se”) pelo STJ. 
Sem a homologação e o exequatur, a sentença estrangeira não 
tem validade e nem eficácia no ordenamento jurídico brasileiro. Com isso, o 
ato judicial estrangeiro somente terá aptidão à coisa julgada após sua efetiva 
homologação. 
CF-88 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão 
de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
Competência Interna. 
Quando for competente a Justiça brasileira para julgar determinada 
matéria, seja de forma concorrente, seja de forma exclusiva, deve ser indicado 
qual o órgão será o efetivamente competente para julgar o caso concreto 
apresentado em juízo. 
A Justiça brasileira é dividida em Justiça COMUM e ESPECIAL. A 
Justiça COMUM é subdividida em Justiça Estadual e Federal, enquanto que a 
Justiça ESPECIAL é formada pelos ramos especializados do Direito (Justiça do 
Trabalho, Eleitoral ou Militar). 
Resumo esquemático das Justiças brasileiras: 
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JUSTIÇA COMUM
JUSTIÇA ESTADUAL (Juízes de Direito, Tribunais de 
Justiça – TJs - e STJ) 
JUSTIÇA FEDERAL (Juízes Federais, Tribunais 
Regionais Federais – TRFs - e STJ) 
JUSTIÇA ESPECIAL
JUSTIÇA DO TRABALHO (Juízes do Trabalho, 
Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs - e TST) 
JUSTIÇA ELEITORAL (Juízes Eleitorais, Tribunais 
Regionais Eleitorais – TREs – e TSE) 
JUSTIÇA MILITAR (Auditorias Militares, Tribunais de 
Justiça Militar – TJM - e STM) 
Critérios de Determinação da Competência. 
Dentro da jurisdição interna do país, os critérios a seguir relatados 
devem ser aplicados de forma isolada ou cumulativa para definição específica 
do órgão judiciário competente para o julgamento da demanda. 
1. Critério de HIERARQUIA ou FUNCIONAL – é aquele 
relacionado às distribuições das funções de cada Magistrado 
e/ou órgãos dos Tribunais ao longo do curso de um 
processo.Trata-se de um critério de definição de competência 
dentro do processo, no qual cada órgão jurisdicional fica 
responsável por uma determinada fase do processo. Exemplo: 
graus de jurisdição de 1ª e 2ª instâncias (o Juiz de 1º grau tem 
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a função de dirigir o processo até a emissão da Sentença; o 
Tribunal julgará eventuais recursos de suas decisões); fases 
diversas do processo (fase de conhecimento, de execução, 
cautelar), podem ser dirigidas por Juízes diversos. 
A Competência de Hierarquia ou Funcional é definida pelas 
normas constitucionais e legais acerca das atribuições dos 
órgãos judiciários, em especial, as normas previstas nas Leis de 
Organização Judiciária. 
A Competência de Hierarquia ou Funcional é de caráter 
Absoluto, não derrogável pela vontade das partes. 
CPC 
Art. 93. Regem a competência dos tribunais as normas da 
Constituição da República e de organização judiciária. A 
competência funcional dos juízes de primeiro grau é disciplinada 
neste Código. 
2. Critério TERRITORIAL ou de FORO – os órgãos jurisdicionais 
exercem suas jurisdições nos limites dos respectivos territórios. 
Segundo o Princípio da Aderência, o exercício da jurisdição é 
vinculado a determinado território (a jurisdição adere ao 
território). 
O Foro é a delimitação territorial específica onde o órgão 
jurisdicional exercerá sua jurisdição (Ex: Juiz de Direito exerce 
em sua respectiva Comarca; o TJ do Estado exerce em todo o 
território estadual). 
O Foro na Justiça Estadual é chamado de Comarca e na 
Justiça Federal denomina-se de Seção Judiciária. 
Em regra, a Competência Territorial ou de Foro é Relativa, 
sendo derrogável por vontade das partes, salvo os casos 
específicos de competência absoluta. 
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REGRA: a Competência territorial das ações será fixada pelo 
domicílio do RÉU. Esta é a regra aplicada para as ações 
pessoais (que veiculam direitos pessoais. Ex: contrato de 
prestação de serviços entre 2 partes) e às ações reais 
mobiliárias, que versam sobre bens Móveis (Ex: avião, 
automóvel, animais). 
Portanto, as Ações Pessoais e as Ações Reais Mobiliárias
devem ser propostas no domicílio do RÉU. 
Disposições acerca do domicílio do Réu: 
ƒ Se o Réu possuir 2 ou + domicílios, poderá ser 
demandado em qualquer deles. Exemplo: réu reside em 2 
cidades diversas e o contrato foi celebrado em outra 
cidade; neste caso o autor poderá demandar em qualquer 
dos 2 domicílios. 
ƒ Na hipótese do domicílio ser incerto ou desconhecido, o 
autor terá 2 opções: 
o 1) demandar o réu onde este for encontrado; 
o 2) demandar no foro do domicílio do próprio 
autor. 
ƒ Na hipótese do Réu não possuir domicílio e nem residência
aqui no Brasil, a ação deverá ser proposta no foro do 
domicílio do autor. Mas, se o autor também não possuir 
domicílio no Brasil? Ai a Ação poderá ser proposta em 
qualquer foro. 
Portanto, caso o Réu não tenha domicílio no Brasil, a ação 
deverá ser proposta no domicílio do autor; caso este 
também não resida no Brasil, a ação poderá ser proposta 
em qualquer foro do país, ok? 
ƒ Em caso de Litisconsórcio Passivo (2 ou + RÉUS) no 
mesmo processo, mas com domicílios diversos, estes 
serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha 
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do autor (faculdade do autor). 
A regra é que a ação será proposta no domicílio do RÉU. No 
entanto, a lei estabelece diversos outros foros especiais, a 
seguir listados: 
1) Foro do IMÓVEL nas Ações Reais Imobiliárias (que 
versem sobre imóveis) – Esteé o chamado foro da 
situação da coisa (foro rei sitae). 
Este foro será aplicável apenas quando houver violação de 
um direito real. Caso seja a discussão de um direito 
pessoal vinculado ao imóvel (ex: contrato de aluguel), a 
ação não será real imobiliária, mas pessoal imobiliária, o 
que afasta a necessidade de demandar no foro da situação 
da coisa. 
Nesse sentido, o próprio CPC informa que o autor poderá 
optar entre o Foro do domicílio do RÉU ou o 
previamente eleito em contrato quando o conflito judicial 
NÃO envolver direito de propriedade, posse do imóvel, 
regras sobre vizinhança, divisão e demarcação de terras, 
servidão e nunciação de obra nova. 
Se recair sobre estes direitos, o único foro será o da 
situação do imóvel. Isso porque o foro da situação do 
imóvel é de competência absoluta quando envolver 
direito real imobiliário! Se envolver direito pessoal 
imobiliário, será caso de competência relativa (opção do 
autor entre o domicílio do réu ou o de eleição). 
O que estudamos acima é um caso excepcional de 
competência territorial absoluta! 
2) Foro de Sucessão – em regra, o foro competente para 
conhecer do processo envolvendo direitos hereditários é 
do domicílio do autor da herança. Todos os 
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processos de inventário, partilha, arrecadação de bens, 
cumprimento de disposições de última vontade e de todas 
as ações em que o espólio (conjunto de bens da herança) 
for réu, tramitarão no domicílio do autor da herança, 
inclusive se o óbito ocorrer em país estrangeiro. Não 
importa onde o óbito tenha ocorrido, se no Brasil ou no 
exterior, em todo caso, a regra é que o processo tramite 
no domicílio do autor da herança. 
Esta é hipótese de competência relativa. Se o espólio for 
réu em processo que discuta direito real imobiliário (de 
competência absoluta), o foro será o da situação da coisa
e não do domicílio do autor da herança. 
Exceções ao Foro de Sucessão quando o autor da 
herança não possui domicílio certo: 
o Se o autor da herança não possuir domicílio certo
e os bens estiverem em uma única localidade, a 
competência para tramitação do processo 
envolvendo direitos hereditários será do domicílio da 
situação dos bens. 
o Se o autor da herança não possuir domicílio certo, 
e os bens estiverem em lugares diversos
(espalhados em diversas localidades), a 
competência para julgamento do processo será do 
lugar em que ocorreu o óbito; 
3) Foro nas Ações contra Ausente – quando a pessoa for 
considerada ausente, por ter desaparecido sem dar notícia 
e sem deixar representante ou procurador, nos termos do 
art. 22 do CC-02, o foro competente para eventuais ações 
em que for RÉU, será do seu último domicílio. 
O foro do último domicílio do ausente será também 
competente para arrecadação, inventário, partilha e 
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cumprimento de disposições testamentárias. 
4) Foro do INCAPAZ – o domicílio do absoluta ou 
relativamente incapaz é o do seu representante ou 
assistente; 
CPC 
Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do 
domicílio de seu representante. 
CC-02 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, 
o militar, o marítimo e o preso. 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu 
representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em 
que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde 
servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando 
a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, 
onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que 
cumprir a sentença. 
5) Foro das Ações em que for parte a UNIÃO – a 
competência dependerá se a União é Autora ou RÉ no 
processo: 
o quando a União for Autora, a competência será da 
Seção Judiciária do domicílio do Réu (da outra 
parte). 
o Quando a União for RÉU, a competência será 
concorrente entre as seções judiciárias do domicílio 
do autor, de onde ocorreu o ato ou fato, de 
onde esteja situada a coisa ou também no 
Distrito Federal. 
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Em caso de virem a existir novamente os Territórios 
Federais, o foro para ações em que for parte será o de 
sua respectiva Capital. 
A previsão do CPC nesse ponto está desatualizada, 
aplicando-se o disposto no art. 109, §§ 1º e 2º, da CF-
88. 
Em todo caso, envolvendo a União e todos os entes 
federais (Autarquias, Empresas Públicas, Fundações 
Públicas), salvo as sociedades de economia mista, a 
competência será sempre da Justiça Federal e não da 
Justiça Estadual, conforme previsões do art. 109, da 
CF-88. 
CF-88 
Art. 109 
§ 1º - As causas em que a União for autora serão aforadas na 
seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte. 
§ 2º - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na 
seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde 
houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde 
esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. 
6) Foros Especiais diversos: 
o Foro da MULHER – é competente o foro da 
residência da mulher, para a ação de separação dos 
cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a 
anulação de casamento; 
o Foro do Alimentando – nas ações em que se pedem 
alimentos, será o foro do domicílio do alimentando
(o peticionante); 
o Foro do Devedor – no caso de ação de anulação de 
títulos extraviados ou destruídos; 
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o Foro das Pessoas Jurídicas – dada complexidade das 
atividades das pessoas jurídicas, o foro para ser 
demandada será: 
A. Do lugar de sua SEDE, quando for RÉ da ação; 
B. Do lugar de sua agência ou sucursal, quanto às 
obrigações que ela contraiu; 
C. Do lugar onde exerce a sua atividade principal, 
para a ação em que for RÉ a Sociedade de Fato (a 
sociedade, que ainda não possui formalmente 
personalidade jurídica – sociedade irregular ainda 
não registrada); 
o Foro para cumprimento das obrigações – será 
competente o foro do lugar onde a obrigação deve ser 
cumprida para a ação em que for-lhe exigido o seu 
cumprimento. 
o Foro de reparação de danos – será o do lugar do ato 
ou fato. No entanto, se houver delito (prática de 
crime) ou for caso de acidente de veículos, a 
competência concorrente entre o foro do domicílio do 
AUTOR e do local do fato. 
o Foro do Administrador ou Gestor de Negócios 
quando for Réu - será o do lugar do ato ou fato. 
3. Critério OBJETIVO – por este critério amplo a competência é 
também distribuída em razão outros 3 (três) critérios 
específicos: 
a. Matéria – diante da multiplicidade de assuntose matérias 
diversas que são apresentadas ao Poder Judiciário, 
mostrou-se necessária a criação de diversas linhas de 
atuação especializadas, para melhor prestação 
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jurisdicional. Por isso, foram criadas as Justiças 
Especializadas (Eleitoral, Trabalhista e Militar) e são 
especializados os diversos juízos e órgãos de Tribunais 
(Ex: Varas Criminais, Cíveis; Turmas Cíveis e Criminais 
nos Tribunais, etc). Este é um critério de natureza 
absoluta, até porque não há como a Justiça do Trabalho 
julgar questão Militar, não é verdade? 
b. Pessoa – hipóteses de prerrogativa de foro (denominado 
de “Foro por Prerrogativa de Função”), elencadas nas 
Constituições Federal e Estaduais, bem como nas diversas 
legislações esparsas. A prerrogativa não é pessoal, mas 
para o cargo que ocupem. São casos de competência 
absoluta, dado o interesse público envolvido. 
c. Valor da Causa – critério econômico para determinação 
da competência, que podem ser definidos pelas Normas 
de Organização Judiciária ou pela legislação federal. Um 
exemplo é a Lei nº 9.099/95, que estabeleceu como 
competência dos Juizados Especiais o julgamento de 
causas de até 40 Salários Mínimos. 
O CPC prevê que competirá, com exclusividade de Jurisdição, a um 
Juiz de Direito (Juiz da Justiça Comum Estadual de 1ª Instância), processar e 
julgar: 
a) o processo de insolvência (falência); 
b) as ações concernentes ao estado (questões de família: 
casamento, divórcio, separação) e à capacidade da pessoa. 
Perpetuação da Jurisdição (Perpetuatio Jurisdictionis). 
A competência é fixada com a propositura da ação em juízo. Com 
isso, não tem qualquer relevâncias modificações do estado de fato ou de 
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16 
direito que venham a ocorrer posteriormente. Nesse sentido, quando for 
conhecido o processo pelo Juiz, este será o competente de forma “perpétua” 
para julgar a demanda. Nesse sentido, por exemplo, pouco importa se a ação 
foi proposta na cidade “X”, que era o domicílio do réu, e este veio a se mudar 
no decorrer do processo. O Juiz continua como competente, apesar desta 
mudança fática. 
Quando for definida a competência, permanece até o julgamento 
final, com o objetivo legal de impedir que posteriores modificações depois da 
propositura da ação possam influir na decisão do magistrado competente. 
O que vimos logo acima é a regra, que tem exceções. Será possível 
modificar a competência, mesmo já conhecido a ação quando decorrer da 
observância de critérios de competência absoluta. O CPC informa que será 
possível a modificação da competência por supressão do órgão jurisdicional
(Ex: extinção de uma determinada Vara ou da Comarca) ou por alteração 
posterior de competência em razão da matéria ou da hierarquia. Na realidade, 
qualquer modificação decorrente de critérios de competência absoluta (em 
razão da matéria, funcional e pessoal) flexibilizará a perpetuação da jurisdição. 
CPC 
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a 
ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de 
fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando 
suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em 
razão da matéria ou da hierarquia (competência absoluta). 
Conexão e Continência. 
A Conexão é a relação existente entre 2 ou + ações que impõe o 
seu julgamento conjunto, para que sejam evitados julgados conflitantes, 
envolvendo a mesma matéria. 
A Conexão determina a competência para julgamento da ação, 
podendo, inclusive, modificá-la após o seu ajuizamento. Por isso que se houver 
conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das 
partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que 
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sejam decididas simultaneamente. 
Para que reste configurada a Conexão entre as ações, será 
necessário que entre elas coincidam 2 (dois) pontos básicos: causa de pedir
e pedido (objeto). 
A Conexão tem o condão de prorrogar a competência, isto é, 
de permitir que um Juiz inicialmente incompetente passe a ser efetivamente 
competente. A prorrogação ou modificação de competência é o fenômeno 
processual de atribuir competência a um juiz que não era originariamente 
competente. 
Somente ocorrerá a prorrogação da competência nos casos de 
competência relativa, que são definidas pelo mero interesse privado, 
especialmente nos casos de competência territorial e em razão do valor 
da causa. Neste casos, a competência poderá ser posteriormente prorrogada 
(modificada). 
Vale ressaltar que as partes poderão modificar os casos de 
competência relativa, mas deverão fazê-lo por meio de contrato escrito e com 
especificação a determinado negócio jurídico (Ex: determinado contrato). Este 
foro contratual (foro por eleição entre as partes) obriga os seus herdeiros 
e sucessores. 
De outro lado, não será possível modificar/prorrogar a competência 
absoluta (competência funcional/hierarquia, em razão da matéria e da 
pessoa), dado o interesse público em sua determinação. 
Em resumo: a competência poderá ser prorrogável se for 
relativa; não será possível nos casos de competência absoluta. 
CPC 
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é 
inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar
a competência em razão do valor e do território, elegendo foro 
onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações. 
§ 1o O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de 
contrato escrito e aludir expressamente a determinado negócio 
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jurídico. 
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das 
partes. 
A Continência ocorre quando em 2 ou + ações há identidade de 
partes e causa de pedir, mas o pedido (objeto) de uma é maior ou 
abrange o da outra. Para decorar continência: uma ação está contida na outra. 
A Continência é uma forma especial e qualificada de conexão, 
pois não é só a mesma causa de pedir, mas também porque há identidade 
quanto às pessoas e o objeto de uma ação é maior do que as outras. 
Prevenção. 
Se for caso de Conexão ou Continência de ações, será necessário 
definir qual será o Juízo competente para julgar todas elas de forma conjunta. 
O critério utilizado será o da Prevenção do Juiz. 
Se as ações conexas forem da mesma competência territorial (ex: 
mesma Comarca ou Seção Judiciária), será considerado prevento o 
magistrado que despachou em 1º lugar. Caso sejam de competência 
territorial diversas (distintas Comarcas ou Seções Judiciárias), será 
considerado prevento aquele que realizar a citação. 
CPCArt. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que 
têm a mesma competência territorial, considera-se prevento 
aquele que despachou em primeiro lugar. 
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz 
litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por 
juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a 
prescrição. 
A prevenção também funciona como critério de modificação de 
competência nos casos de ações acerca de imóvel situado em + de 1 Estado 
ou Comarca (ex: Fazendas enormes que figuram em + de 1 município). Para 
ações envolvendo esses imóveis, a competência abrangerá todo o imóvel e 
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será competente o Juiz prevento, segundo os critérios acima estudados. 
Ação Acessória e Principal. 
Por ser dependente da ação principal, a ação acessória deverá 
ser proposta perante o Juiz da principal. Por exemplo, ocorre com a ação 
cautelar, ação anulatória, embargos à execução, que têm total dependência da 
ação principal. Neste caso, a distribuição da ação acessória será realizada por 
dependência para com a ação principal. 
Com isso, o CPC informa que o Juiz da causa principal é também 
competente para a reconvenção, a ação declaratória incidente, as ações de 
garantia e outras que respeitam ao terceiro interveniente. 
Este é um caso de competência funcional/hierarquia (absoluta). 
Suspensão do processo por fato delituoso. 
É possível que seja suspenso o processo cível se seu exame 
depender de verificação da efetiva ocorrência de crime (fato delituoso) no juízo 
criminal. Isso poderá ocorrer quando a questão criminal for prejudicial para o 
juízo cível (gerar dependência entre as duas ações). 
Neste caso, o Juiz Cível poderá determinar o sobrestamento do 
feito até a decisão final na esfera Criminal. No entanto, se a ação penal não 
for proposta em até 30 DIAS, os efeitos da suspensão serão cessados e o juiz 
cível deverá decidir acerca da questão prejudicial ainda não ultimada no juízo 
criminal. 
Declaração de Incompetência. 
Enquanto que a incompetência absoluta do Juiz deve ser 
reconhecida de ofício pelo próprio Magistrado, a incompetência relativa só 
pode ser argüida pelo RÉU e por meio de Exceção de incompetência. O Juiz 
não pode levantar sua própria incompetência relativa, apenas a absoluta. 
A incompetência relativa só pode ser argüida pelo Réu porque o 
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autor é quem escolhe o juízo territorialmente competente (ele não pode 
posteriormente “achar” que o Juiz é incompetente relativamente). Caso o Réu 
não alegue a eventual incompetência relativa do Juiz (Ex: em vez de ter sido 
ajuizada a ação no domicílio do réu, foi no domicílio do autor), o juiz 
relativamente incompetente tem sua competência prorrogada, passando a 
ser competente para julgar a matéria e perpetuando a jurisdição. 
O réu deve suscitar a Exceção de Incompetência relativa no prazo 
da Contestação, sob pena de preclusão. Já a argüição da incompetência 
absoluta poderá ser apresentada em qualquer momento do processo, 
especialmente nas preliminares da Contestação, mas não poderá ser 
apresentada na exceção de incompetência, que é exclusiva de incompetência 
relativa. 
Apesar de estar autorizado a alegar a qualquer tempo a 
incompetência absoluta, caso a parte não a alegue nas preliminares da 
Contestação ou na 1ª oportunidade que falar nos autos, responderá 
integralmente pelas custas. 
Após a declaração da incompetência absoluta para julgamento da 
ação, serão anulados apenas os atos decisórios, sendo remetidos os autos do 
processo aos juiz competente. 
Os contratos de adesão, especialmente aqueles que envolvem o 
consumidor e fornecedores de massa, podem prever a chamada cláusula de 
eleição de foro. Estas cláusulas, quase sempre, impõem à parte hiposuficiente 
o ônus de só poderem demandar em juízo apenas na cidade sede da empresa, 
o que pode impossibilitar o seu acesso à justiça. Com isso, o CPC prevê regra 
de que o Juiz pode declarar de ofício a nulidade da cláusula de eleição de 
foro em contrato de adesão, devendo declinar de competência para o juízo de 
domicílio do réu. 
CPC 
Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício
e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, 
independentemente de exceção. 
§ 1o Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na 
primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos, a 
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parte responderá integralmente pelas custas. 
§ 2o Declarada a incompetência absoluta, somente os atos 
decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz 
competente. 
Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar
na forma do parágrafo único do art. 112 desta Lei ou o réu não 
opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais. 
Conflito de Competência. 
Os Conflitos de competência são conflitos na atividade 
jurisdicional de magistrados, que podem ser positivos (ambos declaram-se 
competentes) ou negativos (ambos declaram-se não competentes), bem 
como quando entre 2 ou + juízes surge controvérsia acerca da reunião ou 
separação de processos. 
O conflito poderá ser suscitado pelo Juiz, por ofício ao Tribunal, ou 
pela parte ou MP, por petição escrita com a prova do conflito. São legitimados
para julgarem o conflito de competência: 
a) as Partes; 
b) o Ministério Público – quando não suscitar, sempre será 
ouvido nos conflitos de competência (MP como custus legis – 
fiscal da lei). 
c) o Juiz. 
Por lógica, se a parte já ofereceu exceção de incompetência não 
poderá suscitar o conflito de competência, pois já manifestou sua posição 
acerca da competência dos órgãos jurisdicionais envolvidos. No entanto, na 
situação oposta, mesmo que já tenha sido instaurado o conflito de 
competência, será plenamente possível à parte oferecer exceção de 
incompetência. 
Em regra, o Conflito de Competência será distribuído a um 
Membro Relator, que poderá determinar o sobrestamento do processo se o 
conflito for positivo, até que seja definida especificamente a competência 
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do Magistrado. Tanto na hipótese do conflito ser positivo quanto ser negativo, 
o Relator deverá designar um Juiz para a adoção de medidas urgentes de 
caráter provisório. 
A regra é que o próprio Tribunal julgue o conflito de competências, 
por meio de suas Turmas ou Câmaras. No entanto, a legislação autoriza ao 
próprio Relator julgar o conflito monocraticamente e de plano (de imediato) 
quando houver jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão 
suscitada. Desta decisão, caberá AGRAVOinterno no prazo de 5 DIAS. 
Regras gerais acerca do Conflito de Competências: 
a) Após o prazo dos Juízes em conflito prestarem informações, o 
MP será ouvido em 5 DIAS; depois, o Relator apresentará o 
conflito em sessão de julgamento. 
b) Na decisão do conflito o Tribunal deve declarar qual o juiz é o 
competente, pronunciando-se também sobre a validade dos 
atos do juiz incompetente, encaminhando os autos do 
processo em que se manifestou o conflito ao juiz declarado 
competente. 
c) Os regimentos internos dos tribunais regularão o processo e 
julgamento do conflito de atribuições entre autoridade
judiciária e autoridade administrativa. 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
QUESTÃO 78: TRE - AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
05/06/2011. 
Poderá modificar-se pela conexão ou continência a competência em razão 
a) da matéria e da hierarquia. 
b) do valor, apenas. 
c) do valor e do território. 
d) da hierarquia, apenas. 
e) da matéria, apenas. 
COMENTÁRIOS: 
Estudamos que somente ocorrerá a prorrogação da competência 
nos casos de competência relativa, que são definidas pelo mero interesse 
privado, especialmente nos casos de competência territorial e em razão do 
valor da causa. Neste casos, a competência poderá ser posteriormente 
prorrogada (modificada). 
De outro lado, não será possível modificar/prorrogar a competência 
absoluta (competência funcional/hierarquia, em razão da matéria e da 
pessoa), dado o interesse público em sua determinação. 
Em resumo: a competência poderá ser prorrogável se for 
relativa; não será possível nos casos de competência absoluta. 
CPC 
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é 
inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar
a competência em razão do valor e do território, elegendo foro 
onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações. 
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RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 79: TRT 23ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
15/05/2011. 
João e José são domiciliados na cidade de São Paulo, mas são proprietários de 
lotes vizinhos num condomínio de praia na Comarca de Ubatuba. João 
construiu um muro na divisa do seu lote e bloqueou o acesso da servidão de 
passagem através da qual José tinha acesso à via pública. José ajuizou ação 
para liberação da servidão na comarca de São Paulo, ação esta que João 
contestou, aceitando, por conveniência, o foro, deixando de opor exceção de 
incompetência, no prazo legal, apesar do art. 95 do CPC dispor que nas ações 
fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da 
coisa. Nesse caso, 
a) haverá prorrogação da competência porque o réu aceitou o foro e não opôs 
exceção de incompetência no prazo legal. 
b) haverá prorrogação da competência, pois a lei permite ao autor optar pelo 
foro do domicílio do réu. 
c) não há possibilidade de prorrogação da competência, por tratar-se de ação 
relativa a servidão de passagem. 
d) só poderá haver prorrogação da competência se o foro da comarca de São 
Paulo tiver sido eleito pelas partes em contrato. 
e) haverá prorrogação da competência porque tanto o autor, como o réu são 
domiciliados da mesma cidade. 
COMENTÁRIOS: 
O caso trata de caso de servidão, envolvendo direito real imobiliário. 
Foro do IMÓVEL nas Ações Reais Imobiliárias (que versem sobre imóveis) 
– Este é o chamado foro da situação da coisa (foro rei sitae). 
Este foro será aplicável apenas quando houver violação de um direito real. 
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Caso seja a discussão de um direito pessoal vinculado ao imóvel (ex: contrato 
de aluguel), a ação não será real imobiliária, mas pessoal imobiliária, o que 
afasta a necessidade de demandar no foro da situação da coisa. 
Nesse sentido, o próprio CPC informa que o autor poderá optar entre o Foro 
do domicílio do RÉU ou o previamente eleito em contrato quando o conflito 
judicial NÃO envolver direito de propriedade, posse do imóvel, regras sobre 
vizinhança, divisão e demarcação de terras, servidão e nunciação de obra 
nova. 
Se recair sobre estes direitos, o único foro será o da situação do imóvel. Isso 
porque o foro da situação do imóvel é de competência absoluta quando 
envolver direito real imobiliário! Se envolver direito pessoal imobiliário, 
será caso de competência relativa (opção do autor entre o domicílio do réu ou 
o de eleição). 
Como é caso de servidão, a competência territorial é absoluta, não cabendo 
prorrogação. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 80: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] - 
01/05/2011. 
Sobre a competência, de acordo com o que estabelece o Código de Processo 
Civil, analise as seguintes assertivas: 
I. A competência em razão da hierarquia é inderrogável por convenção das 
partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor, da 
matéria e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas 
de direitos e obrigações. 
II. Havendo jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o 
relator poderá decidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no 
prazo de cinco dias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão 
recursal competente. 
III. Não arguindo a parte a incompetência absoluta na contestação ou na 
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primeira oportunidade que lhe couber falar nos autos, responde integralmente 
pelas custas processuais. 
IV. Correndo em separado ações conexas perante juízos que tem a mesma 
competência territorial, considera- se prevento aquele perante o qual a 
primeira demanda foi distribuída. 
Está correto SOMENTE o que se afirma em 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) I, II e III. 
e) II, III e IV. 
COMENTÁRIOS: 
Item I – errado. Somente ocorrerá a prorrogação da competência nos casos de 
competência relativa, que são definidas pelo mero interesse privado, 
especialmente nos casos de competência territorial e em razão do valor 
da causa. Neste casos, a competência poderá ser posteriormente prorrogada 
(modificada). 
De outro lado, não será possível modificar/prorrogar a competência 
absoluta (competência funcional/hierarquia, em razão da matéria e da 
pessoa), dado o interesse público em sua determinação. 
A competência em razão da matéria é também inderrogável pela 
vontade das partes, portanto o item está errado. 
CPC 
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é 
inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar
a competência em razão do valor e do território, elegendo foro 
onde serãopropostas as ações oriundas de direitos e obrigações. 
Item II – correto. A regra é que o próprio Tribunal julgue o conflito de 
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competências, por meio de suas Turmas ou Câmaras. No entanto, a legislação 
autoriza ao próprio Relator julgar o conflito monocraticamente e de plano (de 
imediato) quando houver jurisprudência dominante do tribunal sobre a 
questão suscitada. Desta decisão, caberá AGRAVO interno no prazo de 5 
DIAS. 
CPC 
Art. 120 
Parágrafo único. Havendo jurisprudência dominante do tribunal 
sobre a questão suscitada, o relator poderá decidir de plano o 
conflito de competência, cabendo agravo, no prazo de cinco dias, 
contado da intimação da decisão às partes, para o órgão recursal 
competente. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 1998) 
Item III – correto. Apesar de estar autorizado a alegar a qualquer tempo a 
incompetência absoluta, caso a parte não a alegue nas preliminares da 
Contestação ou na 1ª oportunidade que falar nos autos, responderá 
integralmente pelas custas. 
CPC 
Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício
e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, 
independentemente de exceção. 
§ 1o Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na 
primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos, a parte 
responderá integralmente pelas custas. 
Item IV – errado. Se as ações conexas forem da mesma competência 
territorial (ex: mesma Comarca ou Seção Judiciária), será considerado 
prevento o magistrado que despachou em 1º lugar. Caso sejam de 
competência territorial diversas (distintas Comarcas ou Seções Judiciárias), 
será considerado prevento aquele que realizar a citação. 
CPC 
Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que 
têm a mesma competência territorial, considera-se prevento 
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aquele que despachou em primeiro lugar. 
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz 
litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por 
juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a 
prescrição. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 81: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011 
(ADAPTADA). 
Quanto à competência, é correto afirmar: 
a) Argúi-se por meio de exceção a incompetência absoluta. 
b) Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção de 
incompetência. 
c) Em razão da matéria e da hierarquia, a competência é derrogável pela 
convenção das partes. 
d) O foro contratual é personalíssimo, não obrigando os herdeiros e sucessores 
das partes. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Enquanto que a incompetência absoluta do Juiz deve ser 
reconhecida de ofício pelo próprio Magistrado, a incompetência relativa só 
pode ser argüida pelo RÉU e por meio de Exceção de incompetência. 
A argüição da incompetência absoluta poderá ser apresentada em qualquer 
momento do processo, especialmente nas preliminares da Contestação, 
mas não poderá ser apresentada na exceção de incompetência, que é 
exclusiva de incompetência relativa. 
CPC 
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e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, 
independentemente de exceção. 
Item B – correto. Se a parte já ofereceu exceção de incompetência não 
poderá suscitar o conflito de competência, pois já manifestou sua posição 
acerca da competência dos órgãos jurisdicionais envolvidos. 
CPC 
Art. 117. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, 
ofereceu exceção de incompetência. 
Item C – errado. Ao contrário, são não derrogáveis! 
Item D – errado. O foro contratual (foro por eleição entre as partes) obriga
os seus herdeiros e sucessores. 
CPC 
Art. 111. 
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das 
partes. 
RESPOSTA CERTA: B 
QUESTÃO 82: TRE - TO - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
20/02/2011. 
O conflito de competência 
a) não obsta que a parte, que o não suscitou, ofereça exceção declinatória do 
foro. 
b) não pode ser suscitado pelo Ministério Público, tratando- se de ato exclusivo 
das partes e do juiz, devendo, entretanto este ser ouvido em todos os 
conflitos. 
c) pode ser suscitado pela parte que ofereceu exceção de incompetência. 
d) poderá ser decidido de plano pelo relator em qualquer hipótese, cabendo 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
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agravo no prazo de dez dias para o órgão recursal competente. 
e) será suscitado pela parte através de ofício dirigido ao presidente do Tribunal 
competente. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. Mesmo se já tiver sido instaurado o conflito de competência, 
será plenamente possível à parte oferecer exceção de incompetência. 
CPC 
Art. 117 
Parágrafo único. O conflito de competência não obsta, porém, a 
que a parte, que o não suscitou, ofereça exceção declinatória do 
foro. 
Item B – errado. 
O conflito poderá ser suscitado pelo Juiz, por ofício ao Tribunal, ou 
pela parte ou MP, por petição escrita com a prova do conflito. São legitimados
para julgarem o conflito de competência: 
a) as Partes; 
b) o Ministério Público – quando não suscitar, sempre será 
ouvido nos conflitos de competência (MP como custus legis – 
fiscal da lei). 
c) o Juiz. 
Item C – errado. Se a parte já ofereceu exceção de incompetência não 
poderá suscitar o conflito de competência, pois já manifestou sua posição 
acerca da competência dos órgãos jurisdicionais envolvidos. 
CPC 
Art. 117. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, 
ofereceu exceção de incompetência. 
Item D – errado. A regra é que o próprio Tribunal julgue o conflito de 
competências, por meio de suas Turmas ou Câmaras. No entanto, a legislação 
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autoriza ao próprio Relator julgar o conflito monocraticamente e de plano (de 
imediato) quando houver jurisprudência dominante do tribunal sobre a 
questão suscitada. Desta decisão, caberá AGRAVO interno no prazo de 5 
DIAS. 
Item E – errado. O conflito poderá ser suscitado pelo Juiz, por ofício ao 
Tribunal, ou pela parte ou MP, por petição escrita com a prova do conflito. 
CPC 
Art. 118. O conflito será suscitado ao presidente do tribunal: 
I - pelo juiz, por ofício; 
II - pela parte e peloMinistério Público, por petição. 
RESPOSTA CERTA: A 
QUESTÃO 83: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] - 
24/10/2010. 
Uma empresa alugou um imóvel para uma autarquia federal e, no contrato de 
locação, as partes elegeram o foro da Justiça Estadual da cidade de Goiânia 
para dirimir todas as questões a ele relativas. Após o vencimento do contrato, 
a empresa ajuizou ação de cobrança de aluguéis distribuída a uma das Varas 
Cíveis da Justiça Estadual de Goiânia. Em tal situação, o juiz 
a) deverá ouvir o Ministério Público Federal e poderá processar e julgar a ação 
se este não arguir a incompetência. 
b) poderá processar e julgar a ação em razão da competência decorrente do 
foro contratual. 
c) só poderá processar e julgar a ação se a autarquia federal não arguir a 
incompetência no prazo da contestação. 
d) só poderá processar e julgar a ação se a autarquia federal não arguir a 
incompetência até a 
sentença. 
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e) deverá declarar-se incompetente de ofício e ordenar a remessa dos autos à 
Justiça Federal. 
COMENTÁRIOS: 
Envolvendo a União e todos os entes federais (Autarquias, Empresas 
Públicas, Fundações Públicas), salvo as sociedades de economia mista, a 
competência será sempre da Justiça Federal e não da Justiça Estadual, 
conforme previsões do art. 109, da CF-88. 
Com isso, o Juiz deve declarar-se absolutamente incompetente e ordenar a 
remessa à Justiça competente, que é a Justiça Federal. 
RESPOSTA CERTA: E 
QUESTÃO 84: TRT 8ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados 
[FCC] - 24/10/2010. 
A respeito das modificações de competência, considere: 
I. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto 
ou a causa de pedir. 
II. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade 
entre as partes e a causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, 
abrange o das outras. 
III. A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi 
julgado. 
IV. A competência em razão da matéria poderá modificar-se pela conexão ou 
continência. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II e III. 
b) I, III e IV. 
c) II e IV. 
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d) III e IV. 
e) I e II. 
COMENTÁRIOS: 
Item I – correto. 
Para que reste configurada a Conexão entre as ações, será 
necessário que entre elas coincidam 2 (dois) pontos básicos: causa de pedir
e pedido (objeto). 
CPC 
Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes 
for comum o objeto ou a causa de pedir. 
Item II – correto. 
A Continência ocorre quando em 2 ou + ações há identidade de 
partes e causa de pedir, mas o pedido (objeto) de uma é maior ou 
abrange o da outra. Para decorar continência: uma ação está contida na outra. 
A Continência é uma forma especial e qualificada de conexão, 
pois não é só a mesma causa de pedir, mas também porque há identidade 
quanto às pessoas e o objeto de uma ação é maior do que as outras. 
CPC 
Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre 
que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o 
objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. 
Item III – correto. Isso mesmo. A reunião de processos por conexão é para 
julgamento em conjunto. Após a exaração do julgado em um processo, não 
haverá como juntá-los novamente para decidir novamente a matéria. 
Item IV – errado. Como é caso de competência absoluta, é imodificável e 
improrrogável. 
RESPOSTA CERTA: A 
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QUESTÃO 85: Pref- Teresina - Procurador Municipal [FCC] - 
24/10/2010. 
Quanto à competência, 
a) de modo geral, são relevantes as modificações do estado de fato ou de 
direito ocorridas posteriormente à propositura da demanda. 
b) é determinada no momento da propositura da demanda. 
c) a autoridade judiciária brasileira a tem concorrente para conhecer de ações 
relativas a imóveis situados no país. 
d) como regra, quando territorial, pode ser declinada de ofício pelo juiz, sem 
necessidade de provocação da parte. 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. A competência é fixada com a propositura da ação em juízo. 
Com isso, não tem qualquer relevâncias modificações do estado de fato ou de 
direito que venham a ocorrer posteriormente. Nesse sentido, quando for 
conhecido o processo pelo Juiz, este será o competente de forma “perpétua” 
para julgar a demanda. Nesse sentido, por exemplo, pouco importa se a ação 
foi proposta na cidade “X”, que era o domicílio do réu, e este veio a se mudar 
no decorrer do processo. O Juiz continua como competente, apesar desta 
mudança fática. 
CPC 
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a 
ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de 
fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando 
suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em 
razão da matéria ou da hierarquia (competência absoluta). 
Item B – correto. 
CPC 
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a 
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ação é proposta. 
Item C – errado. 
São casos de Competência Exclusiva do Brasil: 
a. Qualquer Ação relativa a IMÓVEIS situados no Brasil – 
toda e qualquer ação que envolva imóveis localizados no 
Brasil é julgada exclusivamente por autoridade judiciária 
brasileira. Exemplo: ação de reintegração de posse; ação 
de locação. 
b. Proceder a inventário e partilha de bens, situados no 
Brasil, mesmo que o autor da herança seja estrangeiro e 
tenha residido fora do território nacional. 
LICC 
Art. 12 
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das 
ações relativas a imóveis situados no Brasil. 
Item D – errado. Enquanto que a incompetência absoluta do Juiz deve ser 
reconhecida de ofício pelo próprio Magistrado, a incompetência relativa só 
pode ser argüida pelo RÉU e por meio de Exceção de incompetência. O Juiz 
não pode levantar sua própria incompetência relativa, apenas a absoluta. 
A incompetência relativa só pode ser argüida pelo Réu porque o 
autor é quem escolhe o juízo territorialmente competente (ele não pode 
posteriormente “achar” que o Juiz é incompetente relativamente). Caso o Réu 
não alegue a eventual incompetência relativa do Juiz (Ex: em vez de ter sido 
ajuizada a ação no domicílio do réu, foi no domicílio do autor), o juiz 
relativamente incompetente tem sua competência prorrogada, passando a 
ser competente para julgar a matéria e perpetuando a jurisdição. 
RESPOSTA CERTA: B 
QUESTÃO 86: TJ - SE - Analista Judiciário – Direito [FCC] - 
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36 
23/08/2009. 
As partes podem modificar a competência em razão 
a) da hierarquia e do território. 
b) do valor e do território. 
c) do valor e da hierarquia. 
d) da hierarquia, apenas. 
e) do território, apenas. 
COMENTÁRIOS: 
São casos de competência relativa previstas na questão as referentes ao 
território e ao valor. 
RESPOSTA CERTA: B 
QUESTÃO 87: TCE - RO – Procurador [FCC] - 05/09/201 - 78 
Nas ações relativas a imóveis situados no Brasil, em que for autor Estado 
estrangeiro e o foro de eleição os Estados Unidos, a competência será 
a) do Brasil ou do Estado estrangeiro. 
b) exclusiva do Estado estrangeiro. 
c) dos Estados Unidos. 
d) relativa. 
e) exclusiva do Brasil. 
COMENTÁRIOS: 
Pouco importa foro de eleição e o envolvimento de Estado estrangeiro. Se a 
questão versar sobre imóvel situado no Brasil, a competência será exclusiva do 
Brasil. 
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A Competência será exclusiva do Brasil nas hipóteses em que a 
autoridade judiciária brasileira é a única competente para dirimir a lide 
internacional, não sendo admissível ou reconhecível qualquer ato de 
autoridade estrangeira. Nos casos, a sentença estrangeira não produzirá 
qualquer efeito, não sendo passível de homologação perante o Magistrado 
brasileiro. 
São casos de Competência Exclusiva do Brasil: 
a. Qualquer Ação relativa a IMÓVEIS situados no Brasil 
– toda e qualquer ação que envolva imóveis localizados 
no Brasil é julgada exclusivamente por autoridade 
judiciária brasileira. Exemplo: ação de reintegração de 
posse; ação de locação. 
b. Proceder a inventário e partilha de bens, situados no 
Brasil, mesmo que o autor da herança seja 
estrangeiro e tenha residido fora do território 
nacional. 
LICC 
Art. 12 
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das 
ações relativas a imóveis situados no Brasil. 
RESPOSTA CERTA: E 
QUESTÃO 88: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. 
Considere as seguintes assertivas a respeito das modificações da competência: 
I. A competência em razão da matéria poderá modificar-se pela conexão. 
II. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade 
quanto as partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais 
amplo, abrange o das outras. 
III. A competência em razão da hierarquia é inderrogável por convenção 
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38 
das partes. 
De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que se afirma 
APENAS em 
a) II. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) I. 
COMENTÁRIOS: 
Item I – errado. Não, pois é de competência absoluta. 
Item II – correto. 
A Continência ocorre quando em 2 ou + ações há identidade de 
partes e causa de pedir, mas o pedido (objeto) de uma é maior ou 
abrange o da outra. Para decorar continência: uma ação está contida na outra. 
A Continência é uma forma especial e qualificada de conexão, 
pois não é só a mesma causa de pedir, mas também porque há identidade 
quanto às pessoas e o objeto de uma ação é maior do que as outras. 
Item III – correto. Perfeito, por ser competência absoluta. 
RESPOSTA CERTA: D 
QUESTÃO 89: METRÔ - Secretária Pleno [CESPE] - 21/03/2010. 
Acerca do direito processual civil, julgue os próximos itens, relativos à 
jurisdição e à competência. 
A incompetência em razão do território, ao contrário da que ocorre em razão 
do valor da causa, é absoluta, não podendo ser prorrogada. 
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39 
COMENTÁRIOS: 
Ao contrário, a regra é que a competência territorial seja RELATIVA, salvo 
quando versar sobre direitos reais imobiliários, quando será competência 
relativa. 
RESPOSTA CERTA: E 
QUESTÃO 90: METRÔ - Secretária Pleno [CESPE] - 21/03/2010. 
A competência é fixada no momento da propositura da ação, não importando 
alterações de direito supervenientes. 
COMENTÁRIOS: 
CPC 
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a 
ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de 
fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando 
suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em 
razão da matéria ou da hierarquia (competência absoluta). 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 91: TRT 21ª - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 
28/11/2011. 
Lara e Rafael, representados por sua genitora, ingressaram com ação de 
alimentos em face de seu pai, Francisco, na cidade de Curitiba, onde 
moravam. A referida ação havia acabado de ser distribuída para a Terceira 
Vara de Família de Curitiba/PR, quando Ana, a mãe dos menores, tomou posse 
em um cargo público em Goiânia/GO, cidade onde, a partir de então, passou a 
residir com os menores e onde, coincidentemente, Francisco possuía domicílio 
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40 
desde a propositura da ação. 
Considerando a situação hipotética acima apresentada e as regras do instituto 
da competência descritas no Código de Processo Civil ( CPC ), julgue o item 
abaixo. 
Os autos do processo de alimentos não devem ser remetidos para Goiânia/GO, 
já que o juízo de Curitiba/PR mantém sua competência para o julgamento do 
feito. 
COMENTÁRIOS: 
Igualmente à questão anterior, as modificações de fato não alteram em nada 
competência, pois já foi perpetuada. 
A competência é fixada com a propositura da ação em juízo. Com 
isso, não tem qualquer relevâncias modificações do estado de fato ou de 
direito que venham a ocorrer posteriormente. Nesse sentido, quando for 
conhecido o processo pelo Juiz, este será o competente de forma “perpétua” 
para julgar a demanda. Nesse sentido, por exemplo, pouco importa se a ação 
foi proposta na cidade “X”, que era o domicílio do réu, e este veio a se mudar 
no decorrer do processo. O Juiz continua como competente, apesar desta 
mudança fática. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 92: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. 
No que se refere à distribuição da competência entre os órgãos do Poder 
Judiciário, julgue os itens que se seguem. 
a) [100] Em caso de conflito de competência, o Ministério Público será ouvido, 
mesmo nos conflitos por ele não suscitados (Adaptada). 
COMENTÁRIOS: 
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São legitimados para julgarem o conflito de competência: 
a) as Partes; 
b) o Ministério Público – quando não suscitar, sempre será 
ouvido nos conflitos de competência (MP como custus legis – 
fiscal da lei). 
c) o Juiz. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 93: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. 
b) [101] A incompetência relativa, cujo reconhecimento independe de 
provocação das partes, é declarada de ofício pelo juiz. 
COMENTÁRIOS: 
Jamais, apenas a incompetência absoluta pode ser argüida de ofício pelo Juiz. 
RESPOSTA CERTA: E 
QUESTÃO 94: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. 
c) [102] A competência territorial aproxima o Estado-juiz dos fatos 
relacionados à pretensão manifestada pelo autor, devendo-se, contudo, 
observar os foros especiais. 
COMENTÁRIOS: 
Isto mesmo. Critério TERRITORIAL ou de FORO – os órgãos jurisdicionais 
exercem suas jurisdições nos limites dos respectivos territórios. Segundo o 
Princípio da Aderência, o exercício da jurisdição é vinculado a determinado 
território (a jurisdição adere ao território). 
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42 
Contudo, há os diversos foros especiais previstos na legislação, que mitigam 
tal regra. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 95: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. 
d) [103] Caso seja proposta ação em juízo relativamente incompetente, e o 
réu não ofereça exceção de incompetência no prazo cabível de demanda para 
contestação, considera-se prorrogada a competência do juízo, o que configura 
caso típico de modificação de competência por conexão. 
COMENTÁRIOS: 
Não. Nesse caso não há qualquer conexão. O que ocorreu foi mera prorrogação 
da competência relativa do Juiz, dado o fato que não foi alegada a tempo. 
Isso porque o réu deve suscitar a Exceção de Incompetência relativa no prazo 
da Contestação, sob pena de preclusão. 
CPC 
Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar
na forma do parágrafo único do art. 112 desta Lei ou o réu não 
opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais. 
RESPOSTA CERTA: E 
QUESTÃO 96: MPU - Analista Processual [CESPE] - 11/09/2010. 
e) [104] A continência é uma das causas para a modificação de competência. 
COMENTÁRIOS: 
Correto. As 2 ou + ações contidas entre si devem ser juntadas para 
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julgamento conjunto, modificando-se posteriormente a competência de 
julgamento. 
RESPOSTA CERTA: C 
QUESTÃO 97: TRT 17-ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa 
[CESPE] - 19/04/2009. 
Célia ajuizou contra Ronaldo ação de separação judicial com pedido de 
alimentos. No curso do processo, a autora passou a residir em outra cidade, 
por necessidade da empresa na qual trabalha. 
Com base nessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
Considerando tratar-se de competência relativa, desde que haja concordância 
do réu, será possível Célia ter deferido o pedido de deslocamento do processo 
para a localidade onde atualmente reside. 
COMENTÁRIOS: 
Como já estudamos (vejam como esse ponto se repete!), as modificações nas 
circunstâncias fáticas pouco importa quando a competência já foi definida 
(perpetuação da jurisdição). 
RESPOSTA CERTA: E 
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EXERCÍCIOS com GABARITO 
QUESTÃO 78: TRE - AP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
05/06/2011. 
Poderá modificar-se pela conexão ou continência a competência em razão 
a) da matéria e da hierarquia. 
b) do valor, apenas. 
c) do valor e do território. 
d) da hierarquia, apenas. 
e) da matéria, apenas. 
QUESTÃO 79: TRT 23ª - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 
15/05/2011. 
João e José são domiciliados na cidade de São Paulo, mas são proprietários de 
lotes vizinhos num condomínio de praia na Comarca de Ubatuba. João 
construiu um muro na divisa do seu lote e bloqueou o acesso da servidão de 
passagem através da qual José tinha acesso à via pública. José ajuizou ação 
para liberação da servidão na comarca de São Paulo, ação esta que João 
contestou, aceitando, por conveniência, o foro, deixando de opor exceção de 
incompetência, no prazo legal, apesar do art. 95 do CPC dispor que nas ações 
fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da 
coisa. Nesse caso, 
a) haverá prorrogação da competência porque o réu aceitou o foro e não opôs 
exceção de incompetência no prazo legal. 
b) haverá prorrogação da competência, pois a lei permite ao autor optar pelo 
foro do domicílio do réu. 
c) não há possibilidade de prorrogação da competência, por tratar-se de ação 
relativa a servidão de passagem. 
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45 
d) só poderá haver prorrogação da competência se o foro da comarca de São 
Paulo tiver sido eleito pelas partes em contrato. 
e) haverá prorrogação da competência porque tanto o autor, como o réu são 
domiciliados da mesma cidade. 
QUESTÃO 80: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] - 
01/05/2011. 
Sobre a competência, de acordo com o que estabelece o Código de Processo 
Civil, analise as seguintes assertivas: 
I. A competência em razão da hierarquia é inderrogável por convenção das 
partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor, da 
matéria e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas 
de direitos e obrigações. 
II. Havendo jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão suscitada, o 
relator poderá decidir de plano o conflito de competência, cabendo agravo, no 
prazo de cinco dias, contado da intimação da decisão às partes, para o órgão 
recursal competente. 
III. Não arguindo a parte a incompetência absoluta na contestação ou na 
primeira oportunidade que lhe couber falar nos autos, responde integralmente 
pelas custas processuais. 
IV. Correndo em separado ações conexas perante juízos que tem a mesma 
competência territorial, considera- se prevento aquele perante o qual a 
primeira demanda foi distribuída. 
Está correto SOMENTE o que se afirma em 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) I, II e III. 
e) II, III e IV. 
QUESTÃO 81: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011 
(ADAPTADA). 
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