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Aula 05

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TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 5 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 
 
“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
1 
 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) 
Aula 5 de Direito Processual Civil! 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
2 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
1. Atos Processuais (Parte 2). 
a. Comunicação dos Atos Processuais. 
b. Nulidades Processuais. 
 
1. Atos Processuais (Parte 2). 
 
 
a) Comunicação dos Atos Processuais. 
 
Cartas Processuais. 
Os Atos Processuais praticados ou a serem práticos pelas partes e 
pelo Juiz, em regra, devem ser devidamente comunicados aos sujeitos 
participantes do Processo. Exemplo: se o autor interpõe ação contra o réu, 
solicitando que este deixe de fazer algo, será logicamente necessário que seja 
cientificado da instauração do processo para que possa defender-se da 
demanda do autor; esta comunicação ao réu para responder à ação 
apresentada pelo autor é chamada de CITAÇÃO. 
Os Atos Processuais serão comunicados na esfera de competência 
do Juiz, por ordem judicial específica para cientificação do sujeito 
participante do processo. Exemplo: determinação de intimação de testemunha 
que resida na Comarca do Magistrado, para comparecer em juízo e prestar 
depoimento. 
Esta intimação será realizada em virtude da ordem do Juiz, que 
“manda” em sua Comarca, Seção Judiciária (circunscrição territorial de sua 
competência jurisdicional). Um Juiz de outra localidade não pode determinar a 
mesma intimação, sem a prévia ciência e participação do Magistrado vinculado 
ao seu respectivo território em que exerce competência. Burlar tal regra 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
3 
geraria invasão da competência de outro Juiz (conflito de competências). 
Se um Juiz necessitar cumprir ou comunicar determinado Ato 
Processual a pessoa localizada em outra Comarca (outra circunscrição 
territorial) diversa da que exerce competência, terá que expedir uma CARTA. 
As Cartas expedidas entre Magistrados são de 3 Espécies diversas: 
o Carta PRECATÓRIA – expedida entre Juízes ou Tribunais de 
mesma hierarquia ou mesmo grau jurisdicional (Exemplo: de 
um Juiz de uma Comarca para o Juiz de outra Comarca, do 
mesmo ou de outro Estado; de um Tribunal para outro 
Tribunal); 
o Carta de ORDEM – expedida de um Tribunal para um Juiz 
a ele vinculado. A Carta é de Ordem, pois existe uma relação 
de hierarquia entre o Tribunal e o Juiz (ordem “de cima para 
baixo”). 
o Carta ROGATÓRIA – expedida para autoridade judiciária 
estrangeira (ato a ser realizado no exterior). 
 
Deprecante X Deprecado... 
a) Juízo Deprecante, Ordenante, Rogante - quem expede a 
Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória. 
b) Juízo Deprecado, Ordenado, Rogado – quem recebe a Carta 
Precatória, de Ordem ou Rogatória para cumprimento. 
CPC 
Art. 200. Os atos processuais serão cumpridos por ordem 
judicial ou requisitados por carta, conforme hajam de realizar-se 
dentro ou fora dos limites territoriais da comarca. 
Art. 201. Expedir-se-á carta de ordem se o juiz for subordinado 
ao tribunal de que ela emanar; carta rogatória, quando dirigida à 
autoridade judiciária estrangeira; e carta precatória nos demais 
casos. 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
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A Lei prevê que todas as 3 espécies de Cartas devem obedecer aos 
seguintes requisitos legais: 
� a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato; 
� o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do 
instrumento do mandato conferido ao Advogado 
(Procuração); 
� a menção do ato processual, que lhe constitui o objeto (Ex: 
citação, intimação, penhora, oitiva de testemunha, etc); 
� o encerramento com a assinatura do juiz. 
 
Peculiaridades das CARTAS: 
o Se na diligência requerida na Carta Precatória, de Ordem ou 
Rogatória for necessário o exame de peças do processo pelas 
partes, peritos ou testemunhas, inclusive, de mapa, desenho ou 
gráfico, tais peças devem ser encaminhadas juntamente com a 
Carta. 
o Se a Carta visar exame pericial de documento, este deve ser 
encaminhado com a Carta, no original. Nos autos do processo 
originário ficará apenas cópia. 
o Com o processo eletrônico da atualidade, é possível a expedição 
de Carta de Precatória, de Ordem ou Rogatória por MEIO 
ELETRÔNICO, com assinatura digital (eletrônica) do Juiz. 
o O Juiz que expedir a Carta deve fixar o prazo para o 
cumprimento da solicitação. 
o A Carta tem caráter itinerante, isto é, não é vinculada ao Juízo 
inicialmente destinatário. Se após a sua expedição for verificado 
que o cumprimento do ato processual deve ocorrer em outro 
juízo, a este deverá ser remetido. Exemplo: Juiz da Comarca de 
Porto Alegre/RS encaminha carta precatória a Juiz da Comarca 
de Campo Grande/MS, mas, posteriormente descobre que o 
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ato deve ser cumprido em Cuiabá/MT; outro exemplo é caso do 
réu que deverá ser citado da ação mudar-se de domicílio, 
necessitando a alteração do Juízo destinatário da Carta. Com 
isso, a Carta poderá ser remetida para o novo destinatário, dada 
sua itinerância. 
o Admite-se em casos de urgência, a transmissão de Carta por 
telegrama, radiograma ou telefone. Mesmo as Cartas 
transmitidas com urgência por tais meios, devem obedecer aos 
requisitos descritos acima e devem conter declaração da agência 
expedidora (Ex: Agência dos Correios), de reconhecimento da 
assinatura do Juiz. 
o Estas Cartas transmitidas por telegrama, radiograma ou telefone 
serão executadas de ofício (iniciativa própria e imediata do 
Juízo Deprecado, Ordenado ou Rogado). No entanto, a parte 
requerente deve depositar na Secretaria do tribunal ou no 
Cartório do juízo deprecante, a importância correspondente às 
despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-
se o ato. 
o A respeitode Cartas por Telefone, o Secretário do Tribunal ou 
o Escrivão do Juízo Deprecante transmitirá, a carta de ordem, 
ou a carta precatória ao juízo, em que houver de cumprir-se o 
ato, mediante o aparelho telefônico. Esta Carta deverá ser 
dirigida ao escrivão do 1º Ofício da 1ª Vara da Comarca, caso 
existam mais de uma. O escrivão do Juízo Deprecado ou 
Ordenado deverá retornar a ligação ao Juízo Deprecante ou 
Ordenante no mesmo dia ou no próximo dia útil para confirmar 
o teor da Carta. Somente após esta confirmação por telefone é 
que a Carta será submetida a Despacho do Juiz (será conclusa 
para julgamento). 
o Depois que a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória for 
cumprida, deverá ser encaminhada ao Juízo de origem em até 
10 DIAS, devendo as custas ser pagas pela parte requerente. 
 
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Recusa do cumprimento de Carta Precatória. 
A Lei autoriza ao Juiz recusar o cumprimento de Carta precatória 
nas seguintes hipóteses, nas quais poderá devolvê-la com um Despacho 
Motivado (fundamentado): 
o quando não estiver revestida dos requisitos legais (ex: não 
houver menção ao ato a ser praticado; ausência de 
assinatura do Juiz, etc); 
o quando carecer de competência em razão da matéria ou 
da hierarquia (quando o Juiz for incompetente funcional 
para julgar o caso – incompetência absoluta, não apenas 
relativa); a doutrina sustenta que a incompetência 
territorial também é caso para recusa da Carta Precatória 
(exemplo: Juiz de uma Comarca não poderá cumprir uma 
Carta materialmente deverá ser cumprida no território de 
outra comarca). 
o quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade. 
 
Carta Rogatória. 
As Cartas Rogatórias encaminhadas ou recebidas do estrangeiro 
devem observar ao disposto em Convenção Internacional quanto a sua 
admissibilidade e forma de cumprimento em cada País. Se não houver 
Convenção Internacional a Carta será remetida não diretamente à autoridade 
judiciária estrangeira, mas por Diplomática, traduzida para a língua do país 
rogado. 
As Cartas Rogatórias que devam ser cumpridas aqui no Brasil 
devem observar às regras previstas no Regimento Interno do STF quanto à 
concessão de exequibilidade (execução). 
 
Citações. 
A Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o RÉU ou o 
interessado para defender-se das alegações do autor. A Citação é o ato de 
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chamamento do sujeito passivo a juízo, que o vincula ao processo e a seus 
efeitos. 
Sem a realização da citação não será fechada a relação jurídica 
triangular entre Autor, Juiz e Réu. Mediante a citação válida, a relação 
jurídica processual torna completa com a integração do réu ao processo, 
sendo. Por isso, a lei torna obrigatória a citação do sujeito passivo em todos 
os processos judiciais. 
A ausência de citação válida do réu é uma irregularidade 
processual de natureza gravíssima, que pode ensejar a nulidade absoluta 
do processo por meio de Ação própria (Querela nullitatis). 
A despeito da necessidade de citação expressa, em sua falta, caso 
o réu compareça espontaneamente em juízo a ausência de citação será suprida 
para todos os fins processuais. Se ele comparece em juízo, não há motivo para 
uma exigência burocrática e inútil de nova citação, não é verdade? Se o 
comparecimento do réu em juízo for apenas para pugnar a nulidade do ato de 
citação, a própria citação será reconhecida e reputada para a data em que o 
Advogado do réu foi intimado da decisão que decretar a nulidade (reconhecer o 
vício da falta de citação válida). 
CPC 
Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação 
inicial do réu. 
§ 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a 
falta de citação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) 
§ 2o Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo 
esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele 
ou seu advogado for intimado da decisão. 
 
Citação Pessoal. 
A regra é que a citação do réu seja PESSOAL, isto é, na pessoa do 
réu ou de quem detenha poderes específicos de representação (representante 
legal ou procurador legalmente autorizado). 
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A citação só não será na pessoa do réu quando este estiver 
ausente. Neste caso, a citação será realizada na pessoa, não do réu, mas de 
seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de 
atos por eles praticados. Exemplo: um Pecuarista que seria citado em ação de 
cobrança de dívidas de empréstimos rurais encontra-se em viagem; neste caso 
a citação poderá ser realizada na pessoa do Administrador ou Gerente da 
Fazenda. 
No caso específico de ausência de Locador de Imóvel, o CPC 
prevê expressamente que na hipótese de sua ausência do país sem a devida 
ciência ao Locatário acerca de eventuais procuradores, é determinada a citação 
na pessoa do Administrador do imóvel encarregado do recebimento dos 
aluguéis. 
 
Lugar da Citação. 
O réu poderá ser citado em qualquer lugar em que se encontre 
(Ex: em casa, no trabalho, no fórum, etc). Apenas se for Militar ativo, é que 
deverá ser citado na unidade em que estiver servindo se não for conhecida a 
sua residência ou nela não for encontrado. 
 
Impedimentos para a Citação do réu. 
A Lei prevê algumas hipóteses em que a citação não será 
realizada (como regra). São situações temporárias em que não é 
recomendada a citação, que poderá ser realizada tão somente quando for 
estritamente necessária para evitar o perecimento do direito (ex: prescrição de 
dívida). 
Hipóteses de não citação do réu, salvo para evitar o perecimento 
do direito: 
1. a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; 
2. ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, 
consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral 
em 2º GRAU, no dia do falecimento e nos 7 DIAS 
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seguintes – até após a Missa do 7º dia do falecido os 
parentes até o 2º GRAU não poderão ser citados! 
3. aos NOIVOS, nos 3 primeiros DIAS de bodas; 
4. aos DOENTES, enquanto grave o seu estado. 
Como colocado, nestas hipóteses acima ainda é possível a citação 
se for caso de urgente, para evitar o perecimento do direito do autor. De outro 
lado, o CPC prevê que NÃO será realizada citação, mesmo se for caso urgente, 
se o réu for Demente ou estiver impossibilitado de recebê-la. Mesmo que 
o direito esteja próximo de perecer, se o réu não estiver em condições físico-
mentais (incapacidade) para receber a citação ou estiver demente, a citaçãonão será realizada. 
Neste caso de incapacidade do réu, o Oficial de Justiça deve 
certificar o fato para que seja nomeado médico perito, que elaborará Laudo 
em 5 DIAS. Se for reconhecida a impossibilidade do réu de receber a citação, 
o Juiz nomeará um CURADOR para a prática do ato citatório. Esta nomeação 
do Curador não é para todo e qualquer processo, mas apenas para aquele 
especificamente tratado nos autos (restrita à causa). O Curador terá o encargo 
de receber a citação e de defender o réu. 
 
Espécies de Citação. 
As formas de citação são classificadas pela doutrina em 2 Grupos, 
a depender da certeza da citação do réu: 
� Citações REAIS – as citações reais são aqueles em que se 
tem a certeza da efetiva citação do réu (que este realmente 
foi citado e tem inteiro conhecimento da existência do 
processo). São também chamadas de Citações Pessoais (na 
pessoa do réu). As modalidades de citações reais geram os 
efeitos da revelia do réu na hipótese de não apresentação de 
resposta do réu (Ex: falta de contestação à Ação). Formas de 
Citação REAL: 
a) Por CORREIO – a citação feita pelo Correio 
(correspondência) poderá ser realizada em 
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qualquer Comarca do País, salvo as exceções legais. 
Tem sido a adotada como regra geral na Justiça, 
pela facilidade de comunicação mediante os 
Correios, salvo nas seguintes hipóteses (vedação 
de citação pelos Correios): 
o nas Ações de Estado (Estado Civil da 
pessoa física: casamento, separação, 
divórcio, investigação de paternidade, etc); 
o quando for RÉ pessoa incapaz; 
o quando for RÉ pessoa de direito público; 
o nos processos de Execução; 
o quando o réu residir em local não atendido 
pela entrega domiciliar de correspondência 
(Ex: alguns vilarejos do interior do Rio 
Amazonas); 
o quando o autor a requerer de outra forma. 
Na citação pelos Correios o escrivão ou chefe da 
secretaria remeterá ao citando cópias da petição 
inicial e do despacho do juiz, expressamente 
consignada em seu inteiro teor a advertência de que 
se não for contestada a Ação serão presumidos 
como verdadeiros todos os fatos descritos pelo 
autor, se o litígio versar sobre direitos disponíveis. 
Ademais, deve-se comunicar o prazo de resposta 
(Ex: 15 DIAS para Contestar), o juízo e cartório, 
com o endereço respectivo. 
A validade da citação depende da assinatura do réu 
ou de quem o represente no Aviso de 
Recebimento da própria citação. No caso do réu ser 
Pessoa Jurídica, a entrega e assinatura do Aviso de 
Recebimento da citação será na pessoa com 
poderes de gerência geral ou de 
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administração. 
 
b) Por OFICIAL DE JUSTIÇA – a regra é que se o 
autor não optar pela citação pelos Correios ou esta 
for frustrada (sem sucesso), a citação será por meio 
do Oficial de Justiça, que cumprirá o mandado de 
citação com o seguinte conteúdo: 
o os nomes do Autor e do Réu, bem como os 
respectivos domicílios ou residências; 
o o fim da citação (finalidade), com todas as 
especificações constantes da petição inicial, 
bem como a advertência do dever de 
contestar, sob pena da presunção de 
veracidade dos fatos alegados pelo autor, 
se o litígio versar sobre direitos disponíveis; 
o a cominação, se houver; 
o o dia, hora e lugar do comparecimento; 
o a cópia do despacho; 
o o prazo para defesa; 
o a assinatura do escrivão e a declaração de 
que o subscreve por ordem do Juiz. 
O autor deve apresentar uma quantidade de cópias 
da Petição Inicial idêntica ao número de réus no 
processo, que serão encaminhadas para cada um 
deles, pois farão parte integrante do mandado de 
citação. 
Ao Oficial de Justiça cabe citar o réu onde o 
encontrar e: 
o Ler o mandado e entregar a contrafé; 
o Portar por fé se recebeu ou recusou a 
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contrafé (o Oficial de Justiça deve certificar 
se o réu recebeu ou recusou de assinar a 
citação); 
o Obter a nota de ciente, ou certificando que 
o réu não a apôs no mandado – esta 
certidão tem fé pública e presunção relativa 
de veracidade. 
O Oficial de Justiça poderá realizar as citações e 
intimações nas Comarcas contíguas (interligadas) 
ou nas da mesma região metropolitana (Ex: 
Comarca do Rio de Janeiro e Niterói), mesmo que 
não seja especificamente a Comarca onde exerce 
prioritariamente suas funções. 
 
c) Por MEIO ELETRÔNICO – com o advento do 
processo eletrônico, as citações agora também 
podem ser realizadas por meio eletrônico, desde que 
sejam obedecidos os requisitos previstos no art. 5º 
da Lei nº 11.419/2006. Esta citação pode ser 
considerada como real, pois permite ao réu amplo e 
irrestrito acesso aos autos. 
 
� Citações FICTAS ou PRESUMIDAS – são formas de citação 
em que apenas se presume formalmente a citação do réu, 
dadas as dificuldades para sua citação real. Nestes casos, o 
réu não sofrerá os efeitos da revelia, sendo nomeado 
Curador Especial para sua defesa. São formas de citação 
Ficta ou Presumida: 
a) Por EDITAL – a citação por mero edital ocorrerá 
quando: 
1. For desconhecido ou incerto a pessoa do 
RÉU – o desconhecimento ou a incerteza 
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refere-se à pessoa física do réu (“se o réu é 
ele mesmo”); 
2. For ignorado, incerto ou inacessível o lugar 
em que se encontrar o RÉU – localização 
imprecisa ou absoluto desconhecimento do 
paradeiro do réu. 
3. Hipóteses expressamente previstas em Lei 
Especial (Ex: processos de Usucapião, 
inventário, etc, que preveem a citação por 
edital). 
Se um País recusar o cumprimento de carta 
rogatória, este será considerado inacessível para 
fins de citação por Edital. 
Ademais, nas hipóteses de inacessibilidade do réu, a 
sua citação por edital será acompanhada de notícia 
divulgada no Rádio (se na comarca houver 
emissora de radiodifusão). 
Requisitos de validade do Edital de citação: 
1. a afirmação do AUTOR, ou a certidão do 
oficial, de ser desconhecido ou incerto a 
pessoa física do réu ou de ser ignorado, 
incerto ou inacessível o lugar em que se 
encontrar o réu; 
2. a afixação do Edital na sede do juízo 
certificada pelo escrivão; 
3. a publicação do Edital no prazo máximo 
de 15 DIAS, 1 VEZ no Órgão Oficial e pelo 
menos 2 VEZES em Jornal Local – se a 
parte for beneficiária da Justiça Gratuita, a 
publicação será realizada apenas no órgão 
oficial. 
4. a fixação do prazo de contestação da 
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Ação entre 20 e 60 DIAS, correndo da 
data da 1ª publicação; 
5. a advertência do dever de contestar, sob 
pena da presunção de veracidade dos 
fatos alegados pelo autor, se o litígio 
versar sobre direitos disponíveis; 
O autor responderá por perdas e danos caso venha a 
informar dolosamente desconhecer o lugar onde se 
encontra o réu ou quem é o próprio réu, ensejando a 
citação por Edital de forma indevida. Neste caso, 
sofrerá multa de 5 VEZES o salário mínimo, que será 
revertida ao réu a ser citado. 
 
b) Por HORA CERTA – para os casos em que o réu 
estiver furtando-se deliberadamente de receber a 
citação, a Lei prevê que o Oficial de Justiça deve 
comparecer por 3 VEZES no domicílio do réu. Se 
não o encontrar e houver suspeita da sua ocultação 
para não ser citado, deverá o Oficial de Justiça 
informar a qualquer pessoa da família do réu, bem 
como a qualquer vizinho, que no próximo dia (dia 
imediato) retornará em horário previamente 
marcado para realizar a citação do réu. Chegando ao 
local no dia e hora marcado, caso não encontre o 
réu, o Oficial de Justiça o citará, deixando a 
contrafé com os familiares ou vizinhos. 
Por fim, depois de ter Ficticiamente citado o Réu, 
mediante a Hora Certa, o escrivão enviará ao réu 
Carta Registrada dando-lhe ciência do ocorrido, que 
não exige o efetivo aviso de recebimento. 
 
CPC 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
15 
Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver 
procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, 
deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa 
da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia 
imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar. 
Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, 
independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio 
ou residência do citando, a fim de realizar a diligência. 
§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça 
procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a 
citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca. 
§ 2o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé 
com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, 
declarando-lhe o nome. 
Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu 
carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência. 
 
Efeitos da Citação. 
A Citação do Réu é um ato processual de extrema relevância, que 
gera diversos efeitos processuais (Prevenção, Litispendência e Litigiosidade 
da coisa) e efeitos materiais (constituição em mora do devedor e interrupção 
da prescrição). Não entendi nada Professor! 
A citação gera 5 efeitos diversos: 
1. Prevenção – a prevenção é a fixação da competência 
quando 2 ou + juízes são igualmente competentes para 
conhecer do pedido. Ela ocorre quando o 1º Juiz realiza a 
citação válida (afastando a competência do outro), servindo 
como solução do conflito entre juízes de competência 
territorial distintas. 
2. Litispendência – a litispendência ocorre quando, pendente 
uma ação, outra idêntica é apresentada (identidade de 2 ou 
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16 
mais ações). “Lide Pendente”. A identidade de ações, neste 
caso, envolve as mesmas partes, o mesmo pedido e a 
mesma causa de pedir (identidade de ações). O primeiro 
processo em que houver citação prosseguirá normalmente, 
mas os demais serão extintos sem resolução de mérito. 
3. Litigiosidade do Objeto – implica na caracterização de 
eventual fraude à execução do processo. Isto porque a 
alienação da coisa discutida em juízo, após a citação válida, é 
ineficaz para o processo, não gerando a alteração das partes 
e vinculando seu destino à futura sentença. 
4. Constituição em Mora do Devedor – a mora decorrente da 
citação tem os efeitos de uma interpelação judicial, gerando, 
entre outros efeitos, a incidência de juros moratórios (por 
atraso no pagamento). 
5. Interrupção da Prescrição – a prescrição é a perda da 
pretensão à reparação de um direito violado pela inércia de 
seu titular por determinado tempo previsto em lei. Com a 
citação, a prescrição que começou a correr anteriormente, a 
partir da violação ao direito, é interrompida (zerada e 
recontada novamente – o prazo de prescrição é zerado e 
começa novamente) com a citação válida. Esta interrupção 
tem seus efeitos retroagidos à data da propositura da 
ação e não à data da própria citação. 
O Autor deve promover a citação do réu, deve requerer e 
diligenciar a citação no prazo de 10 DIAS após o despacho 
que a ordenar, devendo fornecer o endereço do réu e pagar 
as custas e despesas processuais pela citação. Este prazo de 
10 DIAS pode ser prorrogado por até 90 DIAS. Eventual 
superação deste prazo por conta de atraso do serviço 
judiciário não prejudica o autor para fins interrupção da 
prescrição. Somente se a citação não ocorrer por conta do 
autor é que não será reputada como interrompida. 
Atualmente, o Juiz deve pronunciar de ofício a prescrição, 
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17 
a despeito de ser ainda matéria de livre disposição das partes 
e não de ordem pública. 
 
Os efeitos processuais da citação (Prevenção, Litispendência, 
Litigiosidade) não são gerados quando a citação é realizada por Juiz 
Absolutamente incompetente. De outro lado, os efeitos materiais 
(Constituição em mora do devedor e interrupção da prescrição) são 
plenamente gerados após a citação do réu, mesmo quando realizada por Juiz 
Absolutamente incompetente. 
 
CPC 
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz 
litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por 
juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a 
prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) 
§ 1o A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura 
da ação.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994) 
§ 2o Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) 
dias subseqüentes ao despacho que a ordenar, não ficando 
prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço 
judiciário. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994) 
§ 3o Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o 
máximo de 90 (noventa) dias.(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 
1994) 
§ 4o Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos 
parágrafos antecedentes, haver-se-á por não interrompida a 
prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) 
§ 5o O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. (Redação dada 
pela Lei nº 11.280, de 2006) 
§ 6o Passada em julgado a sentença, a quese refere o parágrafo 
anterior, o escrivão comunicará ao réu o resultado do julgamento. 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
18 
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) 
Art. 220. O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos 
extintivos previstos na lei. 
 
 
Intimações. 
O CPC não diferencia o que é Intimação de Notificação. No entanto, 
para a doutrina a Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos 
ou termos do processo que já foram praticados. Já a Notificação seria a 
comunicação da prática de um ato a ser realizado, convocando alguém para 
que faça ou deixe de fazer alguma coisa no futuro. 
Esta diferenciação não tem relevância para o CPC, que conceitua a 
Intimação genericamente como o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos 
atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa. 
A Citação é o ato inicial pelo qual o réu toma conhecimento da 
existência do processo, passando a fazer parte dele. Já as Intimações são 
atos de informação da prática dos demais atos do processo. Exemplo: 
intimação para acompanhar oitiva de testemunha previamente marcada; 
intimação de juntada de prova pericial, etc. 
Peculiaridades das Intimações: 
� Enquanto a citação deve ser requerida pelo Autor, em regra, 
as intimações são realizadas por impulso oficial (ex-oficio) 
nos processos já deflagrados, salvo as exceções em que a 
própria lei prevê a possibilidade de requerimento de alguma 
das partes. 
� As intimações podem ser realizadas por Escrivão, por 
Oficial de Justiça, por publicação na imprensa e por 
Meio Eletrônico. Igual às citações, as intimações podem ser 
realizadas por meio eletrônico, de acordo com a Lei nº 
11.419/2006. 
� A regra é que as intimações sejam realizadas pelos 
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19 
Correios (por meio de carta registrada com AR) ou, se 
presentes as partes em cartório, diretamente pelo Escrivão 
ou Chefe de Secretaria. Nesse sentido, a Lei presume que as 
comunicações processuais diversas encaminhadas ao 
endereço declinado na Petição Inicial, Contestação ou 
Embargos são válidas, cabendo às partes a atualização do 
endereço. 
� No DF e nas Capitais dos Estados consideram-se feitas as 
intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial. 
Contudo, tais publicações devem constar com os nomes das 
partes e de seus Advogados, suficientes para sua 
identificação, sob pena de nulidade. 
� A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será 
feita PESSOALMENTE, por vista dos autos. 
� Nas outras Comarcas do interior (fora do DF e das Capitais), 
será possível intimação por publicação no órgão oficial se 
existir referido órgão. De todo modo, ao Escrivão será 
possível intimar as partes, seus representantes legais ou 
Advogados pessoalmente, se tiver domicílio na sede do 
juízo, ou por carta registrada com Aviso de Recebimento 
(AR), se tiver domicílio fora do juízo. 
� A intimação por meio de Oficial de Justiça é também 
subsidiária, somente sendo cabível quando frustrada a 
realização pelo Correio. 
� As citações e as intimações serão NULAS, quando feitas 
sem observância das prescrições legais. 
 
Prazos e Intimação e Citação. 
Os prazos para as partes manifestarem-se nos autos após a prática 
do ato processual de intimação ou citação começam a correr seguindo as 
seguintes regras: 
1. quando a citação ou intimação for pelo CORREIO, da 
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20 
data de juntada aos autos do Aviso de Recebimento 
(AR); 
2. quando a citação ou intimação for por Oficial de Justiça, da 
data de juntada aos autos do mandado cumprido; 
3. quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do 
ÚLTIMO Aviso de Recebimento (AR) ou mandado 
citatório cumprido; 
4. quando o ato se realizar em cumprimento de Carta de 
Ordem, Precatória ou Rogatória, da data de sua juntada 
aos autos devidamente cumprida; 
5. quando a citação for por EDITAL, finda a dilação assinada 
pelo juiz – o Juiz pode fixar o prazo de contestação da Ação 
entre 20 e 60 DIAS, correndo da data da 1ª publicação. 
 
Peculiaridades do prazo das intimações: 
� Se a intimação ocorrer em dia não útil (sem expediente 
forense. Ex: domingo, feriado), o dia da intimação a ser 
considerado é o próximo dia útil. 
� O prazo para a interposição de RECURSO conta-se da data, 
em que os Advogados são intimados da decisão, da 
sentença ou do acórdão. 
� Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é 
publicada a decisão ou a sentença. 
� Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a 
requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os 
Advogados para ciência da nova designação. 
 
 
 
 
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21 
 
b) NULIDADES. 
 
Os Atos Processuais estão sujeitos a vícios com três ordens 
diversas, que resumo brevemente: 
1. Inexistência – atos processuais inexistentes são aqueles 
impossíveis sequer de ocorrer e de gerar qualquer efeito 
jurídico prático. Exemplo: Sentença prolatada por um 
Delegado ou por um Promotor. 
2. Nulidade Absoluta - os atos que não respeitam os 
requisitos essenciais previstos em lei em razão do interesse 
público são nulos de pleno direito. Exemplo: desrespeito ao 
contraditório e à ampla defesa; ausência de citação do réu; 
parcialidade do Juiz, etc. 
3. Nulidade Relativa – decorre da não observância da forma 
prevista em lei para o ato processual, mas que não é 
impeditiva para a produção dos efeitos jurídicos do ato, salvo 
se a parte alegar prejuízo. A nulidade relativa visa proteger o 
interesse privado. Se a parte entende que não foi violado, o 
vício será convalidado, precluindo o direito de alegá-lo 
posteriormente. Exemplo: incompetência relativa do Juiz; 
recolhimento a menor das custas processuais; publicação de 
ato processual com equívoco na nomenclatura da parte, etc. 
 
A Teoria das Nulidades do Direito Processual elenca, na realidade, 
uma série de princípios processuais. Seguindo esta principiologia, o CPC previu 
uma série de postulados normativos acerca das nulidades processuais: 
o Princípio da Instrumentalidade das Formas – o 
processo é um meio para se alcançar um fim, e não um 
fim em si mesmo, por isso, é considerado válido o ato 
praticado de forma diferente da prescrita em lei, desde 
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22 
que atinja o seu objetivo. Isso somente ocorrerá se a lei 
não prescrever a sanção de nulidade do ato. 
o Ninguém pode beneficiar-se da própria torpeza - a 
Nulidade deve ser decretada a requerimento da parte que 
sofreu prejuízos e não da parte causadora dos vícios. 
o Princípio da Preclusão – as nulidades relativas devem 
ser alegadas na 1ª oportunidade em que couber alega-las 
nos autos, sob pena de serem convalidadas, precluindo o 
direito de aduzi-las novamente. Se houver legítimo 
impedimento será possível a parte alegar as nulidades 
relativas posteriormente. As nulidades relativas não pode 
ser reconhecidas de ofício pelo Juiz. 
As nulidades absolutas podem ser arguidas a qualquer 
tempo, podendo ser reconhecidas de ofício pelo Juiz. 
o Intimação Obrigatória do MP – quando for o caso de 
intervenção do Ministério Público e este não for intimado 
para intervir, o processo será declarado NULO. Se a 
ausência de intervenção for apenas parcial, a anulação 
será apenas dos atos praticados a partir do momento em 
que o órgão devia ter sido intimado. 
o Princípio da Causalidade ou Consequencialidade – a 
anulação do processo somente atingirá os atos que 
tiverem uma relação de causa e efeito (interdependência). 
Tal princípio está em consonância com outro Princípio: o 
da Economia Processual. Exemplo: nos atos instrutórios 
de um processo, será plenamente possível anular uma 
perícia realizada irregularmente, permanecendo com as 
outras provas já colhidas; de outro lado, a nulidade de um 
documento falso juntado aos autos contamina os 
depoimentos colhidos sobre aquele mesmo documento 
falso. Por isso que, anulado o ato, reputam-se de nenhum 
efeito todos os subseqüentes, que dele dependam. 
Todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará 
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as outras, que dela sejam independentes. 
o Princípio do Prejuízo – só haverá nulidade de houver 
prejuízo à parte; não será declarada nulidade se não 
houve prejuízo às partes e não aproveita a quem deu 
causa. Há causas de nulidade absoluta que o prejuízo é 
presumido, não precisa ser provado. Exemplo: 
imparcialidade do Juiz. Com isso, o ato não se repetirá 
nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar a parte. 
o Princípio da Conservação - O juiz deve pronunciar a 
nulidade, declarar quais serão os atos atingidos, 
ordenando as providências necessárias, a fim de que 
sejam repetidos, ou retificados, mas somente os 
estritamente necessários. No entanto, quando puder 
decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a 
declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem 
mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. 
Ademais, o erro de forma do processo acarreta 
unicamente a anulação dos atos que não possam ser 
aproveitados, devendo praticar-se os que forem 
necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as 
prescrições legais. Como regra, devem-se aproveitar os 
atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
QUESTÃO 139: PGE - RO - Procurador do Estado Substituto [FCC] - 
01/05/2011. 
Como preconizado pelo Código de Processo Civil, se o autor requerer na peça 
inicial a citação pelo correio ela poderá ser normalmente realizada 
a) nas ações de estado. 
b) quando for ré a Fazenda Pública do Estado de Rondônia. 
c) quando for ré empresa pública. 
d) nos processos de execução. 
e) quando for ré pessoa incapaz. 
 
COMENTÁRIOS: 
Citação por CORREIO – a citação feita pelo Correio 
(correspondência) poderá ser realizada em qualquer Comarca do País, salvo as 
exceções legais. Tem sido a adotada como regra geral na Justiça, pela 
facilidade de comunicação mediante os Correios, salvo nas seguintes hipóteses 
(vedação de citação pelos Correios): 
o nas Ações de Estado (Estado Civil da 
pessoa física: casamento, separação, divórcio, investigação de 
paternidade, etc); 
o quando for RÉ pessoa incapaz; 
o quando for RÉ pessoa de direito público; 
o nos processos de Execução; 
o quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar 
de correspondência (Ex: alguns vilarejos do interior do Rio 
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25 
Amazonas); 
o quando o autor a requerer de outra forma. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 140: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011. 
No tocante às nulidades processuais, é INCORRETO afirmar: 
a) Sob pena de preclusão, a nulidade dos atos processuais deve ser alegada na 
primeira oportunidade em que couber à parte manifestar-se nos autos, mesmo 
quando deva o juiz decretá-la de ofício. 
b) Em ação na qual haja interesse de incapaz, a não intervenção do Ministério 
Público acarreta a nulidade do processo. 
c) Pelo princípio da instrumentalidade das formas, realizado o ato processual 
de modo diverso ao previsto em lei, sem nulidade estabelecida, o juiz terá tal 
ato como válido se alcançar sua finalidade. 
d) Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará os atos atingidos, ordenando as 
providências necessárias para que sejam repetidos ou retificados. 
e) São nulas as citações e intimações, quando feitas sem observância das 
prescrições legais. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. As nulidades relativas devem ser alegadas na 1ª 
oportunidade em que couber alega-las nos autos, sob pena de serem 
convalidadas, precluindo o direito de aduzi-las novamente. Se houver legítimo 
impedimento será possível a parte alegar as nulidades relativas 
posteriormente. As nulidades relativas não pode ser reconhecidas de ofício pelo 
Juiz. 
As nulidades absolutas podem ser arguidas a qualquer tempo, podendo ser 
reconhecidas de ofício pelo Juiz. 
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26 
CPC 
Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira 
oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de 
preclusão. 
Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o 
juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a 
parte legítimo impedimento. 
Item B – correto. É hipótese de intervenção obrigatória do MP, gerando a 
nulidade absoluta do processo a sua não intervenção. 
Item C – correto. Princípio da Instrumentalidade das Formas – o processo 
é um meio para se alcançar um fim, e não um fim em si mesmo, por isso, é 
considerado válido o ato praticado de forma diferente da prescrita em lei, 
desde que atinja o seu objetivo.Isso somente ocorrerá se a lei não prescrever 
a sanção de nulidade do ato. 
CPC 
Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de 
nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que 
Ihe deu causa. 
Item D – correto. Princípio da Conservação - O juiz deve pronunciar a 
nulidade, declarar quais serão os atos atingidos, ordenando as providências 
necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados, mas somente os 
estritamente necessários. No entanto, quando puder decidir do mérito a favor 
da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a 
pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. 
CPC 
Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são 
atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que 
sejam repetidos, ou retificados. 
Item E – correto. As citações e as intimações serão NULAS, quando feitas 
sem observância das prescrições legais. 
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27 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 141: TRE - RN - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 
06/02/2011. 
Mário e Mariana se casaram ontem (domingo), e na manhã de hoje (segunda-
feira) receberam oficial de justiça para citá-los em ação ordinária de cobrança. 
Neste caso, em regra, o oficial de justiça 
a) deverá citá-los normalmente, não havendo impedimento legal. 
b) não poderá citá-los, tendo em vista que o casal contraiu matrimônio ontem. 
c) deverá citá-los, mas fornecerá prazo de quarenta e oito hora para 
assinatura do mandato. 
d) só poderá citá-los se decorreram vinte e quatro horas da cerimônia 
matrimonial, tendo em vista a proteção legal existente no Código de Processo 
Civil. 
e) só poderá citá-los se decorreram doze horas da cerimônia matrimonial, 
tendo em vista a proteção legal existente no Código de Processo Civil. 
 
COMENTÁRIOS: 
Hipóteses de não citação do réu, salvo para evitar o perecimento 
do direito: 
1. a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; 
2. ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, 
consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral 
em 2º GRAU, no dia do falecimento e nos 7 DIAS 
seguintes – até após a Missa do 7º dia do falecido os 
parentes até o 2º GRAU não poderão ser citados! 
3. aos NOIVOS, nos 3 primeiros DIAS de bodas; 
4. aos DOENTES, enquanto grave o seu estado. 
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28 
Como o prazo de Bodas é de 3 DIAS, a regra é que o oficial de justiça só cite 
os noivos após este prazo, salvo para evitar perecimento do direito. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 142: TRT 22ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] - 
14/11/2010. 
A carta precatória 
a) poderá ser dirigida a cumprimento por juiz subordinado ao que a expediu ou 
a autoridade judiciária estrangeira. 
b) não poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se 
praticar o ato, pois não tem caráter itinerante. 
c) que tiver por objeto exame pericial sobre documento deverá ser instruída 
com cópia deste, ficando nos autos o original. 
d) não poderá em nenhuma situação ser recusada pelo juízo deprecado, ainda 
que através de despacho motivado. 
e) poderá ser transmitida por telefone, havendo urgência, entre o escrivão do 
juízo deprecante e o do juízo deprecado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. O juiz subordinado recebe Carta de Ordem; para o 
estrangeiro, será carta Rogatória. 
As Cartas expedidas entre Magistrados são de 3 Espécies diversas: 
o Carta PRECATÓRIA – expedida entre Juízes ou Tribunais de 
mesma hierarquia ou mesmo grau jurisdicional (Exemplo: de 
um Juiz de uma Comarca para o Juiz de outra Comarca, do 
mesmo ou de outro Estado; de um Tribunal para outro 
Tribunal); 
o Carta de ORDEM – expedida de um Tribunal para um Juiz 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
29 
a ele vinculado. A Carta é de Ordem, pois existe uma relação 
de hierarquia entre o Tribunal e o Juiz (ordem “de cima para 
baixo”). 
o Carta ROGATÓRIA – expedida para autoridade judiciária 
estrangeira (ato a ser realizado no exterior). 
Deprecante X Deprecado... 
a) Juízo Deprecante, Ordenante, Rogante - quem expede a 
Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória. 
b) Juízo Deprecado, Ordenado, Rogado – quem recebe a Carta 
Precatória, de Ordem ou Rogatória para cumprimento. 
CPC 
Art. 200. Os atos processuais serão cumpridos por ordem 
judicial ou requisitados por carta, conforme hajam de realizar-se 
dentro ou fora dos limites territoriais da comarca. 
Art. 201. Expedir-se-á carta de ordem se o juiz for subordinado 
ao tribunal de que ela emanar; carta rogatória, quando dirigida à 
autoridade judiciária estrangeira; e carta precatória nos demais 
casos. 
Item B – errado. A Carta tem caráter itinerante, isto é, não é vinculada ao 
Juízo inicialmente destinatário. Se após a sua expedição for verificado que o 
cumprimento do ato processual deve ocorrer em outro juízo, a este deverá ser 
remetido. Exemplo: Juiz da Comarca de Porto Alegre/RS encaminha carta 
precatória a Juiz da Comarca de Campo Grande/MS, mas, posteriormente 
descobre que o ato deve ser cumprido em Cuiabá/MT; outro exemplo é caso do 
réu que deverá ser citado da ação mudar-se de domicílio, necessitando a 
alteração do Juízo destinatário da Carta. Com isso, a Carta poderá ser 
remetida para o novo destinatário, dada sua itinerância. 
Item C – errado. Se a Carta visar exame pericial de documento, este deve ser 
encaminhado com a Carta, no original. Nos autos do processo originário ficará 
apenas cópia. 
Item D – correto. A Lei autoriza ao Juiz recusar o cumprimento de 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
30 
Carta precatória nas seguintes hipóteses, nas quais poderá devolvê-la com um 
Despacho Motivado (fundamentado): 
o quando não estiver revestida dos requisitos legais (ex: não 
houver menção ao ato a ser praticado; ausência de 
assinatura do Juiz, etc); 
o quando carecer de competência em razão da matéria ou 
da hierarquia (quando o Juiz for incompetente funcional 
para julgar o caso – incompetência absoluta, não apenas 
relativa); a doutrina sustenta que a incompetência 
territorial também é caso para recusa da Carta Precatória 
(exemplo: Juiz de uma Comarca não poderá cumprir uma 
Carta materialmente deverá ser cumprida no território de 
outra comarca). 
o quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade. 
Item E – correto. Admite-se em casos de urgência, a transmissão de Carta 
por telegrama, radiograma ou telefone. Mesmo as Cartas transmitidas com 
urgência por tais meios, devem obedecer aos requisitosdescritos acima e 
devem conter declaração da agência expedidora (Ex: Agência dos Correios), de 
reconhecimento da assinatura do Juiz. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 143: TRT 8ª - Analista Judiciário – Judiciário [FCC] - 
24/10/2010. 
A citação poderá ser feita pelo correio 
a) quando o réu for pessoa incapaz. 
b) nas ações de estado. 
c) quando o réu for pessoa jurídica de direito público. 
d) quando o réu residir em outra comarca do país. 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
31 
e) nos processos de execução. 
 
COMENTÁRIOS: 
Citação por CORREIO – a citação feita pelo Correio 
(correspondência) poderá ser realizada em qualquer Comarca do País, salvo as 
exceções legais. Tem sido a adotada como regra geral na Justiça, pela 
facilidade de comunicação mediante os Correios, salvo nas seguintes hipóteses 
(vedação de citação pelos Correios): 
o nas Ações de Estado (Estado Civil da pessoa física: casamento, 
separação, divórcio, investigação de paternidade, etc); 
o quando for RÉ pessoa incapaz; 
o quando for RÉ pessoa de direito público; 
o nos processos de Execução; 
o quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar 
de correspondência (Ex: alguns vilarejos do interior do Rio 
Amazonas); 
o quando o autor a requerer de outra forma. 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 144: TRT 9ª - Téc- Judiciário – Administrativa [FCC] - 
25/07/2010. 
Os atos processuais que devam ser cumpridos no exterior, em outra comarca 
ou por juiz subordinado a tribunal, serão requisitados, respectivamente, 
através de carta 
a) rogatória, carta precatória e carta de ordem. 
b) precatória, carta rogatória e carta de ordem. 
c) de ordem, carta precatória e carta rogatória. 
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d) rogatória, carta de ordem e carta precatória. 
e) de ordem, carta rogatória e carta precatória. 
 
COMENTÁRIOS: 
As Cartas expedidas entre Magistrados são de 3 Espécies diversas: 
o Carta PRECATÓRIA – expedida entre Juízes ou Tribunais de 
mesma hierarquia ou mesmo grau jurisdicional (Exemplo: de 
um Juiz de uma Comarca para o Juiz de outra Comarca, do 
mesmo ou de outro Estado; de um Tribunal para outro 
Tribunal); 
o Carta de ORDEM – expedida de um Tribunal para um Juiz 
a ele vinculado. A Carta é de Ordem, pois existe uma relação 
de hierarquia entre o Tribunal e o Juiz (ordem “de cima para 
baixo”). 
o Carta ROGATÓRIA – expedida para autoridade judiciária 
estrangeira (ato a ser realizado no exterior). 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 145: TRF 4ª Região - Técnico Judiciário – Administrativa 
[FCC] - 17/04/2010. 
Considere as seguintes assertivas a respeito da citação: 
I. Não se fará a citação aos noivos, salvo para evitar o perecimento do direito, 
nos sete primeiros dias de bodas, incluindo o dia das núpcias. 
II. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a 
coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o 
devedor e interrompe a prescrição. 
III. Quando, por duas vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em 
seu domicílio, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
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a qualquer pessoa da família de que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar 
a citação, na hora que designar. 
IV. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. O 
comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação. 
De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta APENAS 
em 
a) II, III e IV. 
b) I, II e III. 
c) II e IV. 
d) I, II e IV. 
e) I e IV. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item I – errado. O prazo de bodas é de 3 DIAS. 
Item II – correto. 
CPC 
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz 
litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por 
juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a 
prescrição. 
Item III – errado. 3 VEZES e não 2 Vezes. 
Citação por HORA CERTA – para os casos em que o réu estiver 
furtando-se deliberadamente de receber a citação, a Lei prevê que o Oficial de 
Justiça deve comparecer por 3 VEZES no domicílio do réu. Se não o 
encontrar e houver suspeita da sua ocultação para não ser citado, deverá o 
Oficial de Justiça informar a qualquer pessoa da família do réu, bem como a 
qualquer vizinho, que no próximo dia (dia imediato) retornará em horário 
previamente marcado para realizar a citação do réu. Chegando ao local no dia 
e hora marcado, caso não encontre o réu, o Oficial de Justiça o citará, 
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deixando a contrafé com os familiares ou vizinhos. 
Item IV – correto. A ausência de citação válida do réu é uma irregularidade 
processual de natureza gravíssima, que pode ensejar a nulidade absoluta 
do processo por meio de Ação própria (Querela nullitatis). 
A despeito da necessidade de citação expressa, em sua falta, caso o réu 
compareça espontaneamente em juízo a ausência de citação será suprida para 
todos os fins processuais. Se ele comparece em juízo, não há motivo para uma 
exigência burocrática e inútil de nova citação, não é verdade? Se o 
comparecimento do réu em juízo for apenas para pugnar a nulidade do ato de 
citação, a própria citação será reconhecida e reputada para a data em que o 
Advogado do réu foi intimado da decisão que decretar a nulidade (reconhecer o 
vício da falta de citação válida). 
CPC 
Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação 
inicial do réu. 
§ 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a 
falta de citação. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 146: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. 
Considere as assertivas abaixo a respeito das cartas. 
I. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem, no prazo de 30 dias, 
mediante traslado e pagamento das custas pela parte. 
II. A carta tem caráter itinerante; antes ou depois de Ihe ser ordenado o 
cumprimento, poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim 
de se praticar o ato. 
III. Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será 
remetido em cópia fotográfica de alta resolução, ficando nos autos o 
documento original. 
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35 
IV. A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida 
por meio eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser 
eletrônica, na forma da lei. 
De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que se afirma 
APENAS em 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) II e IV. 
d) III e IV. 
e) II, III e IV. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item I – errado. Depois que a Carta Precatória, de Ordem ou Rogatória for 
cumprida, deverá ser encaminhada ao Juízo de origem em até 10 DIAS, 
devendo as custas ser pagas pela parte requerente. 
CPC 
Art. 212. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem, no 
prazo de 10 (dez) dias, independentemente de traslado, pagas as 
custas pela parte. 
Item II – correto. A Carta tem caráter itinerante, isto é, não é vinculada ao 
Juízo inicialmente destinatário. Se após a sua expedição for verificado que o 
cumprimento do ato processual deve ocorrer em outro juízo, a este deverá ser 
remetido. Exemplo: Juiz da Comarca de Porto Alegre/RS encaminha carta 
precatória a Juiz da Comarca de Campo Grande/MS, mas, posteriormente 
descobre que o ato deve ser cumprido em Cuiabá/MT; outro exemplo é caso do 
réu que deverá ser citado da ação mudar-se de domicílio, necessitando a 
alteração do Juízo destinatário da Carta. Com isso, a Carta poderá ser 
remetida para o novo destinatário, dada sua itinerância. 
CPC 
Art. 204. A carta tem caráter itinerante; antes ou depois de 
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Ihe ser ordenado o cumprimento, poderá ser apresentada a juízo 
diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato. 
Item III – errado. . Se a Carta visar exame pericial de documento, este deve 
ser encaminhado com a Carta, no original. Nos autos do processo originário 
ficará apenas cópia. 
CPC 
Art. 202 
§ 2o Quando o objeto da carta for exame pericial sobre 
documento, este será remetido em original, ficando nos autos 
reprodução fotográfica. 
Item IV – correto. Com o processo eletrônico da atualidade, é possível a 
expedição de Carta de Precatória, de Ordem ou Rogatória por MEIO 
ELETRÔNICO, com assinatura digital (eletrônica) do Juiz. 
CPC 
Art. 202 
§ 3o A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode 
ser expedida por meio eletrônico, situação em que a assinatura do 
juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 147: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010. 
Com relação as nulidades é INCORRETO afirmar: 
a) Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a 
decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. 
b) O erro de forma do processo acarreta a nulidade absoluta de todos os atos 
nele praticado em razão da inobservância legal pré-determinada, sendo 
vedado o aproveitamento de atos. 
c) Em regra, a nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade 
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37 
em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. 
d) Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que 
dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as 
outras, que dela sejam independentes. 
e) Se o processo em que deva intervir tiver corrido sem conhecimento do 
Ministério Público o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia 
ter sido intimado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. Princípio do Prejuízo – só haverá nulidade de houver 
prejuízo à parte; não será declarada nulidade se não houve prejuízo às partes 
e não aproveita a quem deu causa. Há causas de nulidade absoluta que o 
prejuízo é presumido, não precisa ser provado. Exemplo: imparcialidade do 
Juiz. Com isso, o ato não se repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não 
prejudicar a parte. 
CPC 
Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de 
nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que 
Ihe deu causa. 
Item B – errado. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação 
dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem 
necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais. 
Como regra, devem-se aproveitar os atos praticados, desde que não resulte 
prejuízo à defesa. 
Item C – correto. Princípio da Preclusão – as nulidades relativas devem ser 
alegadas na 1ª oportunidade em que couber alega-las nos autos, sob pena de 
serem convalidadas, precluindo o direito de aduzi-las novamente. Se houver 
legítimo impedimento será possível a parte alegar as nulidades relativas 
posteriormente. As nulidades relativas não pode ser reconhecidas de ofício pelo 
Juiz. 
CPC 
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38 
Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira 
oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de 
preclusão. 
Item D – correto. Princípio da Causalidade ou Consequencialidade – a 
anulação do processo somente atingirá os atos que tiverem uma relação de 
causa e efeito (interdependência). Tal princípio está em consonância com outro 
Princípio: o da Economia Processual. Exemplo: nos atos instrutórios de um 
processo, será plenamente possível anular uma perícia realizada 
irregularmente, permanecendo com as outras provas já colhidas; de outro 
lado, a nulidade de um documento falso juntado aos autos contamina os 
depoimentos colhidos sobre aquele mesmo documento falso. Por isso que, 
anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele 
dependam. Todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, 
que dela sejam independentes. 
CPC 
Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os 
subseqüentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma 
parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam 
independentes. 
Item E – correto. Intimação Obrigatória do MP – quando for o caso de 
intervenção do Ministério Público e este não for intimado para intervir, o 
processo será declarado NULO. Se a ausência de intervenção for apenas 
parcial, a anulação será apenas dos atos praticados a partir do momento em 
que o órgão devia ter sido intimado. 
CPC 
Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for 
intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. 
Parágrafo único. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do 
Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o 
órgão devia ter sido intimado. 
 
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39RESPOSTA CERTA: B 
 
QUESTÃO 148: TRT - 7ª Região - Analista Judiciário – Administrativa 
[FCC] - 11/10/2009. 
O despacho que ordenar a citação se prolatado por juiz 
a) incompetente, constitui em mora o devedor e suspende prescrição. 
b) competente, constitui em mora o devedor e suspende a prescrição. 
c) competente ou incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a 
prescrição. 
d) incompetente, constitui em mora o devedor mas não interrompe a 
prescrição. 
e) competente, não constitui em mora o devedor mas suspende a prescrição. 
 
COMENTÁRIOS: 
Os efeitos processuais da citação (Prevenção, Litispendência, 
Litigiosidade) não são gerados quando a citação é realizada por Juiz 
Absolutamente incompetente. De outro lado, os efeitos materiais 
(Constituição em mora do devedor e interrupção da prescrição) são 
plenamente gerados após a citação do réu, mesmo quando realizada por Juiz 
Absolutamente incompetente. 
CPC 
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz 
litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por 
juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a 
prescrição. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 149: TJ - PI - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) 
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40 
06/09/2009. 
Manifestação do princípio do contraditório, a citação constitui o ato de 
integração do réu na relação processual e sua validade é essencial para 
possibilitar a regularidade da prestação jurisdicional. Por tal razão, deve ser 
a) realizada, ainda que o réu se encontre gravemente doente. 
b) dirigida pessoalmente ao réu, apenas. 
c) realizada, ainda que o oficial de justiça constate ser o réu demente. 
d) dirigida pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador 
legalmente autorizado. 
e) realizada, ainda que no dia do falecimento do cônjuge do réu. 
 
COMENTÁRIOS: 
A regra é que a citação do réu seja PESSOAL, isto é, na pessoa do 
réu ou de quem detenha poderes específicos de representação (representante 
legal ou procurador legalmente autorizado). 
CPC 
Art. 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu 
representante legal ou ao procurador legalmente autorizado. 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 150: TJ - PI - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] – 
06/09/2009. 
É correto afirmar que a intimação aos advogados das partes 
a) não precisa ser realizada quando houver revelia. 
b) pode ser realizada através do órgão oficial, sempre. 
c) deve ser feita pessoalmente, em caso de antecipação da audiência. 
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41 
d) pode ser dispensada, a critério do juiz. 
e) não se faz necessária no procedimento sumário. 
 
COMENTÁRIOS: 
Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a 
requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os Advogados para 
ciência da nova designação. 
CPC 
Art. 242 
§ 2o Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a 
requerimento da parte, mandará intimar pessoalmente os 
advogados para ciência da nova designação. (§ 3o renumerado 
pela Lei nº 8.952, de 1994) 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
QUESTÃO 151: TJ - SE - Técnico Judiciário – Judiciária [FCC] – 
23/08/2009. 
Com relação a citação podemos afirmar que começa a correr o prazo, da data 
a) da sua publicação, se a citação for por edital. 
b) do cumprimento do mandado, se a citação for por oficial de justiça. 
c) da citação pessoal de cada réu, se houver vários. 
d) do carimbo do correio, se a citação for por carta. 
e) de juntada aos autos devidamente cumprida, se a citação for por carta 
precatória. 
 
COMENTÁRIOS: 
Os prazos para as partes manifestarem-se nos autos após a 
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42 
prática do ato processual de intimação ou citação começam a correr seguindo 
as seguintes regras: 
1. quando a citação ou intimação for pelo CORREIO, da data de 
juntada aos autos do Aviso de Recebimento (AR); 
2. quando a citação ou intimação for por Oficial de Justiça, da 
data de juntada aos autos do mandado cumprido; 
3. quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do 
ÚLTIMO Aviso de Recebimento (AR) ou mandado 
citatório cumprido; 
4. quando o ato se realizar em cumprimento de Carta de 
Ordem, Precatória ou Rogatória, da data de sua juntada 
aos autos devidamente cumprida; 
5. quando a citação for por EDITAL, finda a dilação assinada 
pelo juiz – o Juiz pode fixar o prazo de contestação da Ação 
entre 20 e 60 DIAS, correndo da data da 1ª publicação. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 152: MPE - SE - Técnico do Ministério Público – 
Administrativa [FCC] – 19/04/2009. 
Se o processo tramita perante Tribunal de Justiça, o ato processual, cuja 
execução deva ser feita por Juiz de Comarca do interior do Estado, deve ser 
requisitado através de carta 
a) simples. 
b) registrada. 
c) precatória. 
d) rogatória. 
e) de ordem. 
 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS 
ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA 
AULA 5 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
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COMENTÁRIOS: 
Como há hierarquia entre o TJ e o Juiz de 1ª Instância, a Carta do TJ será de 
ORDEM. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
QUESTÃO 153: DPE - MA - Defensor Público [FCC] – 29/03/2009. 
A citação poderá ser feita pelo correio, para qualquer comarca do País 
a) quando o autor residir em local não atendido pela entrega domiciliar de 
correspondência. 
b) quando for ré pessoa incapaz. 
c) quando for ré pessoa de direito público. 
d) nos processos de execução. 
e) nas ações de estado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Citação por CORREIO – a citação feita pelo Correio 
(correspondência) poderá ser realizada em qualquer Comarca do País, salvo as 
exceções legais. Tem sido a adotada como regra geral na Justiça, pela 
facilidade de comunicação mediante os Correios. 
CPC 
Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca 
do País, exceto: (Redação dada pela Lei nº 8.710, de 1993) 
 
RESPOSTA CERTA: A 
 
QUESTÃO 154: TRT - SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] – 
16/11/2008. 
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“O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 
 
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Numa ação ordinária movida contra cinco réus, Paulo foi pessoalmente citado 
por oficial de justiça, tendo o mandado de citação

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