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NEUROFISIOLOGIA DOENÇA DE ALZHEIMER

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SUMÁRIO
	Apresentação..................................................................................................
	4
	1. A doença de Alzheimer......................................................................
	 5
	Aspectos Médicos................................................................................
1.2 Causas................................................................................................
	 6
 7
	Diagnóstico..............................................................................................
Tratamento...............................................................................................
2. Alzheimer: Impactos Psicológicos.........................................................
3.1 Gráficos....................................................................................................
Conclusão.......................................................................................................
	 7
 9
12 12
12
	Referências.....................................................................................................
	16
	Anexos............................................................................................................
	17
�
Apresentação
	O presente trabalho teve como objetivo apresentar uma pesquisa feita referente a doença de Alzheimer. A escolha do tema doença de Alzheimer deu-se por ser um tema popularmente conhecido atualmente e de grande importância para familiares e pacientes com a doença em questão. Para elaboração deste trabalho, utilizou-se pesquisas bibliografias e virtuais, contribuindo com as informações e demonstrando de forma eficaz como ocorre todo o processo da doença, em todos os aspectos, físicos e psicológicos. 
A doença de Alzheimer é considerada como uma síndrome de demência, com perdas intelectuais nas funções cognitivas, funções coordenadas pelo Sistema Nervoso. Atingindo inicialmente a parte do cérebro que coordena a memória, raciocino e linguagem, onde a perda dessas funções cognitivas causa a morte de neurônios e compromete a capacidade mental do paciente. Atinge principalmente indivíduos com idade superior a sessenta e cinco anos de idade. 
É uma doença que não tem cura e cresce progressivamente, sua causa também é desconhecida. Mas existem tratamentos farmacológico e não farmacológico, com o objetivo de controlar os sintomas e proteger o indivíduo dos efeitos produzidos pela deterioração causada por sua condição, garantindo assim melhor qualidade de vida para o paciente submetido ao tratamento. Esses tratamentos atuam tentando bloquear a evolução da doença no cérebro, tendo assim casos onde o quadro clinico se mantem estabilizado por maior tempo.
O apoio psicológico e familiar também é um processo fundamental para um tratamento com menos impacto negativo ao paciente e aos familiares. Será apresentado nesse trabalho importantes aspectos e conceitos fisiológicos, psicológicos e sociais causados pela doença de Alzheimer.
1. A doença de Alzheimer
Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que ainda não tem cura e sua tendência é piorar com o passar do tempo. Mas existem tratamentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com a doença, quando diagnosticada no início, as chances de controlar seu avanço e seus sintomas aumentam, melhorando assim a qualidade de vida tanto do indivíduo afetado como de sua família.
Essa doença na maioria das vezes se desenvolve de maneira lenta e constante, e a partir do momento que a patologia é diagnosticada, o tempo de vida do paciente é de oito a dez anos. São muitos os prejuízos causados pela doença, que afetam não somente a vida social e o relacionamento com a família do paciente, mas seu estado físico, já que a doença de Alzheimer é considerada um dos tipos de demência mais conhecida.
A primeira vez que a doença de Alzheimer foi diagnosticada foi em 1907, por um neurologista alemão Alois Alzheimer, com a publicação do caso de uma paciente chamada Auguste D, de cinquenta anos, que havia perdido algumas capacidades mentais em apenas quatro anos, como também na autópsia foi evidenciado placas emaranhadas neurofibrilares dentro de amilóide. A doença de Alzheimer já existia antes de 1907 mais era confundida com outras demências.
Após essa data começou as investigações sobre a doença de Alzheimer. Em estudos que foram realizados em 1977 levantaram que 10% das pessoas com idades acima de 65 anos apresentam lesões cerebrais orgânicas que se relacionam com a sensibilidade. 75% dessas lesões se diagnostica sendo a doença de Alzheimer e em 25% se corresponde com alterações cerebrais produzidas por infartos múltiplos.
No decorrer do século XX, o diagnóstico da DA era direcionado para pessoas com idade de 45 e 65 anos, que desenvolveram os sintomas de demência. No entanto, esta terminologia foi alterada em 1977 após uma conferência concluíram que o diagnóstico de Alzheimer devia ser valido não importando a idade do indivíduo. Durante algum tempo o termo demência senil do tipo Alzheimer era usado para pacientes com mais de 65 anos, e o termo doença de Alzheimer era usado para as pessoas com menos de 65 anos de idade. Até que finalmente, o termo doença de Alzheimer foi considerado pela nomenclatura clínica para descrever qualquer pessoa apesentando um quadro de sintomas da doença, não importando sua idade.
Aspectos Médicos
Considerada uma patologia neurodegenerativa e suas causas estarem relacionadas a idade, a doença de Alzheimer apresenta dados justificando que cerca de pois 10% dos indivíduos afetados pela doença tem idade superior a 65 anos e quase metade dos casos, acima de 80 anos. Seus sintomas cognitivos e neuropsiquiátricos são resultados de uma deficiência progressiva e de incapacitação.
O sintoma principal da doença é a perda progressiva da memória recente. Conforme a doença se desenvolve outras alterações e sintomas influenciam a memória e a cognição. Uma dessas alterações são as deficiências de linguagem junto a desorientação no tempo e no espaço, a capacidade de fazer cálculos e a capacidade de usar objetos comuns. Causando na maioria das vezes distúrbios comportamentais, como agressividade, dificuldade em se concentrar, depressão e alucinações.
Essa doença apresenta três fases que são classificadas em leve, moderada e grave, portanto a primeira fase raramente é percebida e diagnosticada já como a doença propriamente dita, pois a maioria das pessoas acreditam que esquecer algumas coisas básicas pode ser normal. Já na segunda fase, que é considerada moderada a doença começa a progredir, e as limitações e dificuldades ficam cada vez mais óbvias e graves, fazendo com que o indivíduo afetado passe a ter mais dificuldade com atividades diárias e até mesmo causando distúrbios de sono. E por fim, quando a doença atinge o nível mais grave, o paciente se encontra em total dependência de outras pessoas e a inatividade aumenta, além do lado físico da doença se desenvolver ainda mais, pois o indivíduo apresenta dificuldade até mesmo para caminhar. Nesse último estágio a pessoa já não consegue reconhecer os próprios familiares ou entender o que acontece ao seu redor, e chega até mesmo ter momentos de alucinações e ver e ouvir coisas que não existem. Quando o último estágio se agrava ao máximo o paciente pode até mesmo perder a fala e sua consciência.
Causas
Como citado a doença ocorre pela morte de neurônios e suas causas são desconhecidas. Porém há exceção de alguns casos, onde têm sido identificadas algumas diferenças genéticas. Existem várias hipóteses que tentam explicar as causas dessa perda de células nervosas, algumas delas são a hipótese amiloide, hipótese da proteína de tau e hipótese colinérgica.
A hipótese amiloide é a explicação mais aceita atualmente, a formação das placas senis e dos emaranhados neurofibrilares. O cérebro dos pacientes com DA tem excesso de peptídeos amiloides interneuronais e devido a esse excesso de produção ou à diminuiçãode clearance do beta-amiloide. Leva à formação de oligômeros de amiloide densos, que são depositados como placas difusas. Placas que causam o processo inflamatório pela ativação de microglias, formação de citocina e ativação da cascata do complemento. Essa inflamação leva à formação de placas neuríticas, que causa lesão sináptica e neurítica e morte das células. 
A hipótese da proteína de Tau, que acredita que a Alzheimer é provocada por uma agregação anormal da proteína tau, que começa a se associar a outras cadeias de Tau que formam novelos neurofibrilares dentro das células nervosas. Quando isto acontece, os microtúbulos separam-se, acabando com o sistema de transporte dos neurônios, que resulta inicialmente em disfunções na comunicação bioquímica entre os neurônios e depois a morte das células.
A hipótese colinérgica é a mais antiga, a maior parte das terapêuticas farmacológicas se baseiam nessa hipótese, que propõe que a doença de Alzheimer seja causada por uma insuficiência na síntese do neurotransmissor acetilcolina. E não tem atualmente apoio generalizado, porque a medicação para o tratamento da deficiência em acetilcolina não está sendo eficaz e tem sido também propostos outros efeitos colinérgicos.
Diagnóstico
Não é um único teste que determina se a pessoa tem a doença de Alzheimer. É diagnosticado através de um processo de eliminação de outras doenças que podem evoluir também com quadros de demência. São eles, traumatismo craniano, tumores cerebrais, depressão, hidrocefalia, acidentes vasculares cerebrais, hipotireoidismo e intoxicação por álcool e drogas. Eliminados os diagnósticos diferenciais o paciente passa por outros exames que são utilizados para descobrir o estado físico e mental da pessoa.
É possível solicitar a quem cuida que providencie informações sobre o comportamento da pessoa, como, dificuldades em vestir-se, lavar-se, lidar com as finanças, cumprir compromissos, viajar sozinho, desembaraçar-se no emprego e usar electrodomésticos. Normalmente procede-se a uma avaliação neuropsicológica, para que descubram possíveis problemas com a memória, linguagem, planificação e atenção. Utiliza-se, um teste simples denominado de Mini Avaliação do Estado Mental. 
Pode-se aplicar uma bateria de testes. Por exemplo, análises de sangue e urina, para descobrir a possibilidade de existirem outras doenças que possam explicar a síndrome de Alzheimer, ou que possam piorar um caso já existente de doença de Alzheimer. Há também alguns métodos de visualização do cérebro, que produzem imagens do cérebro vivo, revelando assim diferenças entre os cérebros das pessoas com a doença de Alzheimer, e os das pessoas sem a doença. 
Apesar de não direcionarem a um diagnóstico exato da doença de Alzheimer, os médicos podem utilizar várias técnicas de imagiologia. A tomografia computadorizada, ressonância magnética, tomografia computadorizada por emissão de fotão único e tomografia por emissão de positrões, para reforçar o diagnóstico. 
A tomografia axial computorizada mede a espessura de uma certa parte do cérebro, que se torna rapidamente mais delgado em pessoas com a doença de Alzheimer. A tomografia por emissão de fotões únicos, Computorizada É usado para medir o fluxo de sangue no cérebro, que se detectou estar reduzido nos indivíduos com a doença de Alzheimer, por causa do mau funcionamento das células nervosas. E a tomografia por emissão de positrões é uma técnica de digitalização encontra-se frequentemente confinada só à investigação. Detecta mudanças no modo como é o funcionamento do cérebro de uma pessoa com a doença de Alzheimer. 
Existem três tipos de diagnóstico da doença de Alzheimer. O primeiro é o diagnóstico da doença de Alzheimer possível consiste na observação de sintomas clínicos e na diminuição de duas ou mais funções cognitivas, quando existe uma segunda doença que não seja considerada como causa de demência, que torna o diagnóstico da doença de Alzheimer menos correto. O segundo é o provável, tem como os mesmos critérios utilizados no diagnóstico da doença de Alzheimer possível, mas na ausência de uma segunda doença. O terceiro classificado como doença de Alzheimer definitiva, só pode ser efetuado através de biópsia ao cérebro ou depois da autópsia. Fazendo a identificação de placas e entrançados característicos, no cérebro, que é a única forma de confirmar, com certeza a doença de Alzheimer.
O indivíduo com a doença de Alzheimer pode escolher se prefere ter conhecimento do diagnóstico ou não. É recomendável que a transmissão do diagnóstico seja planejada, comunicar em local tranquilo, falar devagar e com cuidado, passar uma informação de cada vez, o paciente deve estar acompanhado de alguém para dar suporte na hora que toma conhecimento do diagnóstico.
Tratamento
Como citado a doença de Alzheimer ainda não tem cura, mas já foram desenvolvidos vários tratamentos que podem ser classificados como farmacológico e não farmacológico. Esses tratamentos atuam com o principal objetivo o alívio dos sintomas e o progresso mais lento da doença, garantindo assim, uma boa qualidade de vida para o paciente submetido ao tratamento.
O tratamento farmacológico se dá com uso de medicamentos que inibem a degradação de acetilcolina, pois esse neurotransmissor é reduzido em indivíduos com a doença. A medicação que está aprovada para uso no Brasil para tratar pacientes com Alzheimer, é a memantina, que reduz mecanismo de toxicidade das células cerebrais. Já para demências que são leves e moderadas, são recomendadas a rivastigmina, a donepezila e a galantamina, que são anticolinesterásicos. Já os sintomas comportamentais e os psicológicos são tratados com medicações exclusivas e controladas, que consistem no tratamento e controle da ansiedade, alterações no sono, agitação, depressão, agressividade, delírios e alucinações. 
Lembrando sempre de respeitar e seguir rigorosamente as doses e horários dos medicamentos que forem prescritos pelo médico. As reações não esperadas devem ser comunicadas ao médico.
O tratamento não farmacológico consiste na estimulação cognitiva, social e física. Essas estimulações favorecem a funcionalidade e a manutenção de habilidades preservadas. A estimulação cognitiva consiste em estimulação das atividades que precisam do uso da linguagem, pensamento, memória, atenção e planejamento e exercícios mentais favorecendo o raciocínio. A estimulação social é impontante para estimular o convívio do paciente com outras pessoas. A estimulação física é realizada por meio da prática de atividade física orientada e fisioterapia.
De acordo com a portaria 703, o paciente com Alzheimer tem direito a medicamentos gratuitos e assistência médica. Os medicamentos distribuídos pela rede pública são galantamina, rivastigmina e donepezil. O paciente precisa de auxílio nas atividades do cotidiano, necessitante assim de cuidadores, alguns até precisam de monitoramento constante.
O tratamento deve ser preferencialmente interdisciplinar, com o envolvimento de diversos profissionais, sendo eles psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais. Lembrando que o apoio e amor da família e também o carinho e a atenção são fundamentais e insubstituíveis.
2. Alzheimer: Impactos Psicológicos
Como foi apresentado, existem muitas limitações físicas e cognitivas que a doença de Alzheimer traz para a vida dos indivíduos afetados, porém não podemos deixar de mencionar os aspectos psicológicos que são apresentados pela doença.
Devido ao grau de esquecimento o paciente tem dificulta de realizar suas atividades diárias sozinho, ou seja, dependendo de outas pessoas para a realização dessas atividades. São estes familiares e cuidadores, sobrecarregando esses indivíduos, que não tem muitas informações sobre a doença e que para cuidar de um membro da família afetado pela doença de Alzheimer não conseguem aproveitar melhor seu tempo para dedicar ao lazer. Assim os cuidadores também precisam de um suporte psicológico. O psicólogo pode intervirajudando no controle das emoções cotidianas dos familiares e cuidadores, preocupando-se em evitar o adoecimento pela falta de apoio psicológico e falta informações sobre a doença.
O paciente com Alzheimer sofre com alterações comportamentais, como alucinações, delírios, insônia, sexualidade exacerbada, agressividade, depressão e ansiedade, que são angustiantes para o paciente, atingindo psicologicamente, familiares e cuidadores. A depressão e a ansiedade são um dos aspectos psicológicos principais que se desenvolvem não apenas nos pacientes, mas também em seus familiares ou amigos mais próximos.
O paciente pode apesentar depressão em períodos diferentes, perdendo o interesse em coisas que antes gostava de fazer o que acaba gerando grande estresse no cuidador ou familiar. O paciente com Alzheimer também sente uma ansiedade constante por depender de outros para realizar as atividades que antes fazia sozinho. Enquanto o cuidador se sente sobrecarregado.
2.1 Alzheimer: Papel do Psicólogo
A Psicologia, atuará de uma forma ampla, avaliando o ser humano em ambas situações, tanto como paciente como membro familiar. Com o paciente relacionado a doença de Alzheimer, a psicologia pode atuar desde o início da doença. O psicólogo ajudará o indivíduo a passar por este momento de sua vida, trabalhando com seus medos e outros sentimentos que surgirão junto com a doença, além de reforçar suas histórias e a manutenção de sua identidade. Já a psicoterapia é indicada somente quando a doença está em fase inicial, e sempre assegurando que as sessões tenham uma maior frequência, para ajudar o paciente a não se esquecer do psicólogo e para que se criar o laço terapêutico.
Em relação aos familiares e cuidadores, é recomendado um trabalho através da psicoterapia e orientação. A primeira questão a ser tratada é a aceitação de que a doença de Alzheimer não tem cura, mas que é possível trabalhar com diferentes alternativas para retardar o seu avanço, sempre buscando qualidade de vida para o paciente.
Quando o psicólogo trabalha tanto com o paciente e família, é possível ter uma ampla visão de todos os aspectos psicológicos que envolvem a doença de Alzheimer. Sempre buscando conhecer o paciente de uma maneira mais detalhada, sabendo seu histórico e preferências, incentivando a comunicação e dividindo angustias e orientações com os familiares e cuidadores.
O psicólogo irá aconselhar o cuidador direto e família para assim auxiliar cada vez mais no tratamento psicológico do paciente. Será importante sempre incentivar a independência. É necessário que o paciente receba estímulos à sua independência. Estabelecendo rotinas, mas mantenha a normalidade. O cuidador direto deverá atuar na rotina com ele e não por ele, respeitando e preservando sua capacidade atual de realizar atividades da vida diária. Fazer por ele apenas quando não houver nenhuma capacidade para execução de determinada tarefa. Isto o ajudará a manter a autoestima, o respeito próprio e, consequentemente, diminuirá a ansiedade do familiar.
O psicólogo deverá também orientar o cuidador a estar preparado para lidar com seu psicológico próprio e o psicológico do paciente. Ajudando o paciente a manter sua dignidade, lembrando sempre que a pessoa cuidada ainda é um indivíduo com sentidos e sentimentos.
O cuidador deve ser orientado a trabalhar sempre com diálogos diretos, simples e objetivos. Transmitindo a sensação de segurança e calma. Evitando confrontos ou qualquer tipo de estresse desnecessário. Sempre lembrando que atitudes como agressividade, desentendimento, agitação e perturbações são causas naturais do estágio que o paciente se encontra.
O cuidador poderá ser aconselhado também a utilizar artifícios reforçadores de memória. Poderá ajuda-los a lembrar de ações cotidianas e prevenis confusões. Essas atitudes podem ser tomadas através de apresentações de fotografias dos familiares com nomes, placas indicativas nas portas para ajudá-lo a identificar banheiro, quartos, etc. Porém o cuidador deverá sempre se lembrar que com o avançar da doença essas ações poderão não obter mais os resultados esperados.
 
3. Aspectos Neuropsicológicos
As pessoas com a doença de Alzheimer não sofrem os mesmos sintomas na mesma sequência, ou com o mesmo grau de gravidade. No entanto, existe um padrão geral de evolução da doença, que mostra os três principais estágios.	A seguinte descrição destes estádios, apesar de não ser exaustiva, pode ajudam os médicos a tratarem melhor a doença descobrindo causas, consequências e tratamentos dos pacientes.
Estágio 1: O primeiro estágio é onde começa os problemas de memória, como o esquecimento de nomes e de números de telefone, de algo que acabou de fazer, dificuldades em desempenhar tarefas, se perdem na sua própria casa, gostos peculiares de cores e roupas. A princípio a doença não é descoberta. A pessoa fica com medo do que realmente pode esta acontecendo com ela e tenta esconder de amigos e familiares percebam isso. Da mesma forma, os familiares, ou os amigos, não levam em consideração a gravidade do problema, talvez se deve ao fato de acharem que o esquecimento só acontece no envelhecimento. 
Estágio 2: No segundo estágio, aumenta gravidade dos sintomas, geralmente, os pacientes abandonam o seu emprego, a postura corporal tem menos estabilidade, aumentam os acidentes pois começam a ter visão dupla, mudanças fortes e frequentes de humor, recusam ajuda, ficam mais agressivos e agitados, os movimentos são menos coordenados, atividades diárias como lavar e se vestir se tornam impossíveis, tornando- se cada vez mais dependentes de outras pessoas. Tudo isso por causa da lesão cerebral. Os problemas de memória aumentam, como a falta de recordação de eventos recentes e passados, porém a memória para acontecimentos distantes permaneça intacta por mais tempo. Uma consequência disto é que, ao ver algum parente, alguns pacientes lembram-se de parentes que já morreram, ficando perturbados e levando os outros a pensar que não são capazes de saber a diferença entre vivo e morto.
Com a perca da memória os pacientes pensam que ninguém os visitam sendo que acabaram de sair, com o tempo não conseguem reconhecer os familiares muito menos associar rosto ao nome.
Torna-se mais difícil interpretar os estímulos que são o tacto, paladar, visão e audição repercutindo na perda de apetite, incapacidade de ler, e alucinações visuais e auditivas. A insônia pode tornar-se um problema, pôr a diferença entre dia e noite ter perdido o significado. Os pacientes começam a dormir mais de dia, e menos de noite. A noção de tempo e espaço é afetada.
Estágio 3: No terceiro estágio, pode-se dizer que o paciente sofre de demência grave. As funções cognitivas desapareceram quase por completo. O paciente perde a capacidade de entender ou utilizar a linguagem repetindo os finais das frases, sem compreender o significado das palavras. A incontinência passa a ser total, e perde-se a capacidade de andar, sentar, sorrir e engolir. O paciente está cada vez mais vulnerável a uma pneumonia, e corre o risco de fazer úlceras de decúbito (escariar). Caso não seja regularmente posicionado tornam-se rígidos, perdem os reflexos aos estímulos, e podem-se tornar agitados e irritáveis. Um acompanhamento constante é claramente necessário. No entanto, apesar da gravidade dos sintomas neste estágio, os pacientes ainda costumam responder bem ao toque e a vozes de seus familiares.
Nos estágios mais avançados da Doença de Alzheimer, a memória a curto prazo começa a diminuir, juntamente quando parte do hipocampo, que faz parte do Sistema Límbico, degenera. Com isso, a habilidade em executar tarefas rotineiras também diminui. 
Enquanto a doença de Alzheimer se espalha através do córtex cerebral (a camada exterior do cérebro), a capacidade de crítica e julgamento declinam, crises emocionais podem ocorrer e a linguagem se compromete. A progressão da doença conduz à morte de maior parte de tecido nervoso,proporcionando expressivas mudanças do comportamento, tais como andar sem rumo e agitação.
3.1 Atuação do Neuropsicológo
O neuropsicólogo é um profissional com formação em Psicologia, atuando com base em outras concepções sobre a saúde, sobre a doença e sobre os respetivos tratamentos. Tem interesse pela relação entre o cérebro e o comportamento, e identifica, com base em avaliações não invasivas do ponto de vista fisiológico, quais as funções cerebrais afetadas, os pontos intactos, qual o potencial de recuperação depois de uma lesão (um AVC, por exemplo), delineando, posteriormente, um plano de intervenção com base na estimulação e/ou reabilitação cognitiva. É responsável pelo planeamento/ organização de espaços físicos que irão receber doentes com sequelas de lesão cerebral, preparação para regresso a aulas, ao trabalho, ao meio familiar, social e qualquer outro ambiente de vivência/ participação do doente.
O neuropsicólogo, assegura uma avaliação detalhada à capacidade de desempenho cognitivo do indivíduo, o que permite distinguir, por exemplo, diferentes quadros demenciais. Na prática clínica, a distinção entre diferentes doenças, é frequentemente resolvida com o contributo da neuropsicologia. Um dos casos mais frequentes de confusão clínica surge entre os quadros de depressão e a demência de Alzheimer. O diagnóstico errado pode ter consequências graves, não só pessoais como familiares e sociais.
A neuropsicologia é também recomendada no controlo da evolução de doenças neurológicas; na orientação/ apoio e intervenção junto dos familiares e/ ou técnicos que cuidam e lidam com doentes neurológicos; na criação e implementação de planos de estimulação, planos ocupacionais pré e pós-reforma, reabilitação cognitiva e neuropsicológica.
Além disso, se qualquer pessoa sentir que ‘a sua cabeça não está bem’, que tem alterações na sua memória, na sua capacidade de concentração, de organização de informação, e se preocupa muito com questões deste domínio, pode, antes de procurar um neurologista, efetuar uma avaliação neuropsicológica, tanto detalhada como um simples rastreio cognitivo. O profissional da área da neuropsicologia poderá esclarecê-lo e tranquilizá-lo, se necessário, encaminha-lo para uma consulta de neurologia. 
Conclusão
	Este trabalho apresentou resumidamente alguns aspectos relacionados a doença de Alzheimer. Ao pesquisar conteúdo, abordagens e realizar entrevistas com pessoas que convivem com familiares que possuem a doença, no dia a dia, permitiu enxergarmos a importância de ajudar a preparar a sociedade para enfrentar esse processo.
Apesar de ser conhecida popularmente, a doença de Alzheimer ainda deixa muitas dúvidas principalmente para os familiares que irão lidar com os pacientes doentes. Pois falta informação, e apesar da doença não ter cura, resposta que muitas vezes assusta a família e os fazem com o decorrer do tempo desistir do familiar/parente, o Alzheimer pode sim ser adaptado para o dia a dia. E como visto, através de medicações e cuidados psicológicos, que são de extrema importância, o paciente pode conviver por longo tempo com a doença evitando maiores consequências.
Através desse trabalho podemos notar que o despreparo psicológico na maioria dos casos, faz com que o paciente fique abandonado, se deprima, e desista de lidar com a situação. Para nós estudantes de psicologia, é importante perceber como essa área de atuação pode ser carente, e nos despertar o interesse de aperfeiçoar os estudos na área, para conseguir transmitir melhorias psicológicas para os pacientes e família. Fortalecendo o psicológico do paciente e família, o processo de tratamento fica menos doloroso, pois devolve motivação, esperança e vontade de se adaptar à nova rotina. Estudos comprovam que o bom estado psicológico por muitas vezes salva o paciente de diversos quadros clínicos. Sendo assim, concluímos que ainda há muito o que se dizer nesta pesquisa, que não teve a pretensão de esgotar o assunto e sim de se conhecer um pouco mais a possibilidade de orientar e apoiar os paciente e cuidadores relacionados a doença de Alzheimer. 
Referências
CIPOLLA NETO; Luís Silveira Menna Barreto; Solange Castro Afeche). São Paulo: Martins Fontes, 2008. (Cap. 1 -p.03 – 20).
CORREA, A. C. de O. Envelhecimento, Depressão e Doença de Alzheimer. Belo Horizonte: Health, 1996.
ARAÚJO, P. B. alzheimer: o idoso, a família e as relações humanas. 2. ed. Rio de Janeiro: WSK; 2001.
OKUMA, H. Medicina em suas mãos. Santo André: Pinto; 2011.
HABIB.M., (1989). Bases Neurológicas do Comportamento. Paris. Masson
GIL, R., (1999). Manual Neuropsicologia. Barcelona. Masson
CHAVES MLF. Diagnóstico diferencial das doenças demenciantes. In: Forlenza OV, Caramelli P. Neuropsiquiatria geriátrica. São Paulo: Atheneu; 2000. p.81-104.
ROBERT, J., (1994). O cérebro. Flammarion. Collection Dominós

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