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Prática Simulada I - Aula 03 - Anulação de negócio jurídico

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE VITÓRIA.
ANTÔNIO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua nº, bairro, Vilha Velha/ES, CEP:; e MARIA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua nº, bairro,Vilha Velha⁄ES, CEP:, vêm, por seu advogado que esta subscreve, com escritório na Rua nº, bairro, cidade/Estado, CEP:, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, perante Vossa Excelência, através do rito ordinário, propor a presente 
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
em face de JOAQUIM, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº, portadora do RG nº, inscrito no CPF sob o nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua nº, bairro, Vitória/ES, CEP; FLAVIA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº, inscrita no CPF sob o nº, endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua nº, bairro, Vitória⁄ES, CEP; e JAIR, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF sob o nº, endereço eletrônico, residente e domiciliado no mesmo endereço que a ré Flávia, pelos seguintes motivos:
DOS FATOS
Os Réus (Jair e Flávia), que são pais dos Autores, venderam bem imóvel ao Réu Joaquim, sem o consentimento dos Autores. O valor da celebração do negócio foi de R$ 200.000,00(duzentos mil reais), e a escritura de compra e venda foi lavrada no dia 20 de dezembro de 2013, sendo esta transcrita no Registro Geral de Imóveis.
Certo é que na data dos fatos o valor de mercado do referido bem era de R$ 450.000,00(quatrocentos e cinquenta mil reais), causando desta forma dano aos Autores.
DA FUNDAMENTAÇÃO
Da situação fática acima exposta pode-se extrair que o negócio jurídico celebrado entre os Réus é inválido, por não preencher os requisitos do artigo 104 do Código Civil, configurando-se assim a anulabilidade como medida justa ao caso em comento.
Frise-se que o negócio jurídico para se consubstanciar necessita da expressão de vontade livre; objeto lícito, possível, determinado ou determinável; forma prescrita ou não defesa em lei; e agente capaz, sob pena de ser inválido. Quanto ao requisito de capacidade do agente, se engloba tanto a capacidade civil plena como a legitimidade.
No caso em tela, em que pese a capacidade civil plena dos agentes para celebrar o negócio jurídico, não estavam imbuídos da necessária legitimidade, isto é, a lei os impôs certa limitação à liberdade de realizar negócios jurídicos(art. 496, caput, Código Civil). Desta forma, certo é que a compra e venda deve ser anulada.
Corroborando a tese defendida está nosso Código Civil, quando aduz que é anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes expressamente houverem consentido, como se pode extrair de seu artigo 496, caput.
É patente no caso em comento o não consentimento dos outros ascendentes, ora Autores, que pleiteiam a anulabilidade do negócio jurídico celebrado.
Destarte, se impõe como medida de justiça a procedência do pleito autoral, anulando-se do negócio jurídico celebrado entre os Réus.
		
DOS PEDIDOS
Isto posto, a AUTOR vem requerer à Vossa Excelência:
	a citação dos Réus, para, querendo, responder o presente pedido, sob pena de revelia a contar de quando findar o prazo para estes se manifestarem acerca da audiência de conciliação ou mediação em caso negativo, ou em caso positivo a contar da audiência de conciliação ou mediação;
	a procedência do presente pedido , para que seja determinada a anulação da escritura de compra e venda, pois foi celebrado entre ascendentes e descendente, sem o consentimento dos demais descendentes, com fulcro no artigo 496, caput, do Código Civil;
	que seja oficiado o Cartório de Registro de Imóveis competente, para que seja desfeita a transcrição no Registro Geral de Imóveis;
	a condenação dos Réus em custas processuais e honorários advocatícios.
DA PROVAS
 
Protesta, ainda, a produção de todos os meios de prova em direito admissíveis, especialmente documental, testemunhal e depoimento pessoal da RÉU, sob pena de confissão. 
DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se a presente o valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local, dia de mês de ano.
ADVOGADO
OAB/RJ N°

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