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Economia Professor Ricardo Mello 26/08/2013 ECONOMIA A Escola Politécnica – UFRJ Engenharia de Produção Economia – abordagem histórica e conceitos básicos Homo economicus – sec. XIX Corrente filosófica fundamental para a economia clássica: o Utilitarismo. John Stuart Mill (1806-1873) afirma que o que é útil é valioso e contrapõe o prazer calculado ao irracional. Consumo e Produção: funções elementares de todo indivíduo abstraem-se as outras dimensões, tipo a cultural; a religiosa; a política “surge” o Homo economicus Economia neoclássica: revolução marginalista Ênfase à economia como forma de satisfazer as necessidades humanas; consumidores se comportam de maneira racional, maximizando a utilidade em suas decisões Cunhagem do termo "marginal“, correspondente a acréscimo na margem Utilidade marginal: acréscimo de utilidade que se verifica quando é consumida mais de uma unidade de um bem ou serviço Utilidade marginal Saciedade enquanto não é alcançada: Utilidade marginal é sempre positiva - há algum acréscimo de utilidade quando é consumida mais uma unidade do bem ou serviço. Porém, há a... Lei das Utilidades Marginais Decrescentes este acréscimo de utilidade é cada vez menor. Ex.: quando se consome uma primeira maçã, ela possui uma determinada utilidade para o consumidor que, ao consumir a segunda maçã – embora a utilidade total aumente - o acréscimo é inferior ao que se verificou com o consumo da 1ª (segue...) Abordagem neoclássica: mainstream da ciência econômica (...) Quando se consome uma terceira maçã, e uma vez que ainda não tenha se alcançado a saciedade, o acréscimo de utilidade volta a acontecer, porem a níveis cada vez menores Ciência Econômica p/ Escola Neoclássica: estuda a alocação de recursos escassos Economia (def): “ciência que estuda as leis que regulam a produção, distribuição e consumo de bens e arte de pôr em prática as normas que daquelas se deduzem” (http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=economia) Objeto da economia Processos sociais de produção: relações que estabelecem os homens para transformar e utilizar a natureza O que produzir? Quantidade de bens e serviços que devem ser produzidos; Como produzir? Definição da forma mais eficiente de uso dos recursos para a produção de bens; Para quem produzir? Quais as necessidades dos consumidores a satisfazer Fatores de Produção: fatores que compõem o processo produtivo Terra: terras cultiváveis, terras urbanas, vento, subsolo, água → recursos naturais Trabalho: habilidade físicas e intelectuais dos seres humanos que interferem na produção Capital: bens que ajudam a produção, distribuição e consumo de outros bens → prédios, máquinas, meios de transporte, estradas Setores da Economia Primário: Agricultura, atividades extrativas Secundário: Unidades transformadoras de bens e serviços Terciário: Unidades para produção de serviços Classificação dos Bens Bens livres: são ilimitados em quantidade ou muito abundantes e não são apropriáveis. Não são precificados. (p. ex.: luz solar, ar, praias, florestas, animais silvestres, água de rios e mares); Bens econômicos: são escassos em quantidade, dada a sua procura e são apropriáveis e precificados. São objeto de estudo da economia. Classificação dos bens econômicos Bens de capital: não atendem diretamente às necessidades humanas. Bens de consumo: destinam-se à satisfação direta das necessidades humanas. Podem ser divididos em: duráveis: permitem o uso prolongado; não duráveis: acabam no primeiro ou próximos consumos. Classificação dos bens econômicos Bens intermediários: sofrem transformações antes de serem bens de consumo ou de capital Bens finais: sofreram transformações necessárias para o seu uso ou consumo. São bens prontos para o consumo Bens tangíveis: mercadorias físicas Bens intangíveis: serviços; bens não físicos Sistema econômico: conjunto de relações técnicas básicas e institucionais que caracterizam a organização econômica de uma sociedade Pode ser: sistema de mercado economia de livre iniciativa; governo intervém em ações regulatórias e conflitos privados sem soluções via mercado; sistema planificado problemas econômicos resolvidos pelos órgãos planejadores centrais e não pelo sistema de preços, como nas economias de mercado. propriedade dos meios de produção é pública; sistema misto Estado-empresário cobre “falhas” de bens e serviços não atendidos pela iniciativa privada. Propriedade pode ser pública ou privada. Capitalismo: sistema econômico de mercado Separação entre economia e política: decisiva para a afirmação do homo economicus Final séc.XIX 2ª Revolução Industrial Progresso técnico: energia elétrica, motor a explosão, avanços na siderurgia e química. Produtos: automóvel (fordismo), avião, rádio, anestesia, antibióticos Aprimoramento do processo de trabalho F.W.Taylor De “O que” produzir (M-D-Mꞌ) Para o “como”; o modo + eficiente: administração científica da produção Crescimento capitalista e as contradições Situações de desequilíbrio econômico seriam, portanto para os neoclássicos desdobramentos de imperfeições momentâneas de mercado, a serem ajustados pela livre reação dos agentes econômicos Estruturas de mercado: da concorrência perfeita ao monopólio exposição das contradições micro Necessidade de mercados: expansão imperialista final séc. XIX exposição das contradições macro Contradições macro - na origem? Corrente marxista: atividade econômica é coletiva; individual é a posse dos meios de produção no modo de produção capitalista Mais valia absoluta: jornada de trabalho abusiva; trabalho de mulheres e crianças) e relativa (remuneração do trabalho) Divisão Internacional do Trabalho: países centrais: exportadores de capital e produtos industriais; países periféricos (colônias): importadores de K e exportadores de produtos primários. Na virada do séc. XIX para o XX – capitalismo, contradições e conflito Marxismo, luta de classes e a revolução do proletariado Socialismo (anterior): Engels, Saint Simon Guerras pré-capitalistas: EUA (Secessão); França (do terror à comuna de Paris); libertação das colônias; Rússia (czar) Início do séc. XX: de um lado, fordismo; de outro, revolução socialista Produção e consumo de massa Final do séc. XIX: aumento da mecanização e da divisão do trabalho nas fábricas permitiram a produção em massa, reduzindo custos por unidade → consumo de massa Avanços técnico-científicos → aplicação de capitais em larga escala modificam a organização e a administração das empresas Das pequenas e médias firmas, individuais e familiares do mercado de concorrência aos grandes complexos industriais processo de concentração e centralização de capital Capital financeiro No mesmo final de séc. XIX, criou-se a “sociedade por ações”/"sociedade anônima“ (S.A.): empresas que se formam – ou que se capitalizam – por meio da captação da poupança de pequenos investidores Os bancos vendiam as ações, o que fez com que o capital industrial se associa-se ao capital bancário capital financeiro, controlado por poucas grandes organizações Estados-nação fortes e/ou emergentes (política) + economias nacionais capitalizadas (dimensão econômica) = Imperalismo (“neocolonialismo”) Séc. XX – crescimento e crise Do imperialismo ao fim da Belle Époque, com a I Guerra Mundial, passando pela Revolução Russa, e chegando à grande depressão econômica de 1929 As indústrias dos EUA, que produziam e exportavam em grandes quantidades para os países europeus sofreram a redução drástica da importação de produtos industrializados e agrícolas por parte dos mesmos Crise de 1929 Isso gerou o aumento do estoque involuntário de produtos, pois as empresas já não conseguiam mais vender como antes Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York. Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correriade investidores no intuito de vender suas ações Efeito devastador – falência de múltiplas empresas e desemprego em massa O entre guerras e Keynes Crise dos anos 30: John Maynard Keynes - Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936) Keynes propôs a expansão do papel do setor público no fomento (estímulo) à economia Mecanismo multiplicador da demanda: compras do governo → receita da empresa → matériaprima, salário, lucro → consumo Divisão da economia: Microeconomia e Macroeconomia Macro (origem) O termo macroeconomia teve origem na década de 1930 a partir da Crise de 1929, onde foram intensificadas a urgência dos estudo das questões macroeconômicas. Revolução Keynesiana em oposição à ortodoxia da Economia Clássica → da mão invisível, autoreguladora, à visão do Estado indutor do desenvolvimento econômico, através de instrumentos de política econômica Macroeconomia X Microeconomia MACROECONOMIA - Objeto: economia nacional Atividade determinada por demanda agregada (consumo famílias, empresas, gov.) Economia baseada em projeções empresariais Governo interfere para amenizar variações MICROECONOMIA – Objeto: comportamento individual do consumidor e do produtor Todos mercados tendem ao equilíbrio Livre concorrência produz resultado “ótimo” Intervenção governo distorce relações econômicas Para quinta feira– 29/08 Da pág. 59 – PARTE II: Produtores, consumidores e mercados competitivos, ao item 3.1 “Preferências do consumidor” – na pág 75 (até 3.2 exclusive) no cap. 3 do Pindyck Para próxima semana – 02 e 05/09 Capítulos 4 e 5 do Mankiw “As forças de mercado da oferta e da demanda” e “Elasticidade e suas aplicações (p. 63 – 113) Complementar: capítulo 2 do Pindyck “O básico sobre a oferta e a demanda” (p. 18 – 61)
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