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Dengue: Características Clínicas e Epidemiologia

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D E N G U E
Francisco Américo Micussi
Médico Pediatra / Infectologista
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Introdução 
Doença febril aguda que pode ser de curso benigno ou grave. Atualmente é a mais importante Arbovirose que acomete o ser humano e constitui sério problema de saúde pública no mundo. Ocorre e dissemina-se em países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes Aegypte, principal mosquito do vetor.
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Características Clínicas 
Agente etiológico
Vetor
Reservatório
Modo de transmissão
Período de incubação
	
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Dengue
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Conhecendo o Aedes aegypti 
para combatê-lo
O desenvolvimento do mosquito dura mais ou menos 7 dias e passa por 4 fases: 
 ovo 	larva 	pupa 	adulto 
De ovo até pupa ocorre na água. O adulto se forma dentro da pupa e quando está pronto sai por uma abertura e voa.
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Aedes aegypti adulto
 
É fácil de reconhecer por ser
rajado de branco e preto 
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Mais “armas” do inimigo
	Cada fêmea bota cerca de 300 ou mais ovos (há quem fale em mil!).Portanto, uma só fêmea pode originar uma “multidão” de mosquitos! 
			
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CRIADOUROS 
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Alguns dos muitos criadouros possíveis
Pneus com água
Plásticos ao relento
Garrafas ou qualquer vasilhame contendo água
Tampas de garrafas ou de vidros de qualquer tipo
Cascas de ovos
Caixa d água
Manter a caixa d´água sempre bem tampada
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Epidemiologia
2.5 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco no mundo
50 milhões de casos documentados anualmente
Aproximadamente 24 mil mortes/ano
50 vezes mais casos de dengue hemorrágica nos últimos 10 anos
A dengue hemorrágica é uma das principais causas de mortalidade infantil em países da Ásia
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Epidemiologia
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Epidemiologia-Brasil
2008 foram registrados 205 mil casos;
O ano de 2002 apresentou o número recorde de 794 mil casos e 150 mortes em todo o país, devido a uma epidemia concentrada no Rio de Janeiro.
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Epidemiologia- Brasil
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Fatores de endemicidade
Grande abundância do mosquito na área de risco;
Falta de programas eficazes de controle dos vetores; 
Péssimos sistemas de saneamento básico;
Urbanização desenfreada;
Tráfego aéreo;
Vacinação ausente;
Patogenia indefinida;
Escassos investimentos em pesquisa. 
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Investigação - Anamnese
 1-História da doença atual
 -Cronologia dos sinais e sintomas
 -Caracterização das curvas febris
 -Pesquisa dos sinais de alerta 
 
 2- Epidemiologia
 3- História patológica pregressa
 - Doenças crônicas associadas
 - Medicamentos 
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Exame Físico
Exame físico geral
 Ectoscopia
 Pressão arterial
 Temperatura
Ritmo Respiratório
Hidratação 
Exame físico específico
 Pele
 Segmento torácico
 Segmento abdominal
Neurológico
Prova do laço 
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SINTOMAS
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SINTOMAS
FALTA DE APETITE
 Depois que a pessoa foi picada por um 
 mosquito que estava com o vírus, ela não fica 
 logo doente; existe um período de incubação 
 de 3 a 15 dias. Só depois é que começa a sentir:
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Dor de cabeça
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Febre
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Dor Abdominal
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Vômitos e Desmaios
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Queda brusca de temperatura
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Irritabilidade, sonolência ou ambos
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. Dor abdominal intensa e persistente.
. Vômitos muito frenquentes e abundantes.
. Queda brusca de temperatura.
. Lipotímia.
. Irritabilidade, sonolência ou ambos.
. Hematócrito em aumento progressivo.
. Plaquetas em queda progressiva.
Recapitulando:
				Sinais de Alarme
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Apresentação clínica –Forma Clássica
Febre alta de inicio súbito
Cefaléia intensa
Dor retroorbital
Mialgia , artralgia
Exantemas
Sangramentos
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Febre hemorrágica da dengue
Sintomas iniciais semelhantes ao da forma clássica;
Hemorragias;
Dores abdominais;
Palidez cutânea;
Pele fria e pegajosa;
Agitação; 
Sonolência;
Dificuldade respiratória;
Pulso rápido e fraco;
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Critérios de classificação da FHD
Febre
Manifestações hemorrágicas
Trombocitopenia
Extravasamento do plasma
 - Hemoconcentração
 - Derrame cavitário
 - Hipoalbuminemia
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Classificação da FHD
GRAU I
GRAU II
GRAU III
GRAU IV
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Sinais de alerta da FHD 
Dor abdominal intensa e contínua
Vômitos persistentes 
Hepatomegalia dolorosa
Derrames cavitários
Sangramentos
Hipotensão arterial
Hipotensão postural
Diminuição da diurese
Letargia/agitação
Pulso rápido e fraco
Extremidades frias/ cianose
Lipotimia
Diminuição da temperatura corporal e sudorese profusa
Aumento repentino do hematócrito
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ACHADOS CLÍNICOS - FHD
DISTENSÃO ABDOMINAL COM EDEMA DE PAREDE
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ACHADOS CLÍNICOS - FHD
EDEMA GENERALIZADO
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Sinais e sintomas – dengue/FHD
Edema generalizado 
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Sinais e sintomas – dengue/FHD
Edema de membros
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Sinais e sintomas – dengue/FHD
Exantema
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HEMORRAGIAS - PETÉQUIAS
 Sinais e sintomas – dengue/FHD
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Sinais e sintomas – dengue/FHD
Exantema petequial
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Sinais e sintomas – dengue/FHD
Exantema petequial
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Sinais e sintomas – dengue/FHD
Exantema petequial
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Sinais e sintomas – dengue/FHD
Petéquias de palato
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Sinais e sintomas– dengue/FHD
Hemorragia digestiva alta
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Sinais e sintomas– dengue/FHD
Hemorragia em acesso venoso
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Sinais e sintomas – dengue/FHD
Epistaxe
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Diagnóstico Diferencial
Forma clássica
Gripe
 
Rubéola
Sarampo
FHD
Febre amarela
Malária
Hepatites
Leptospirose
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Diagnóstico- exames complementares 
		
inespecíficos
Hemograma
Leucograma
Plaquetas 
Enzimas hepáticas
Proteínas totais e frações
Rx tórax e us abdominal
específicos
Isolamento viral
Sorologia
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Medidas de controle da Dengue
Eliminação do mosquito transmissor
 - Ações de saneamento ambiental
 - Uso do carro fumacê
 - Uso de inseticidas nas áreas infestadas
 - Educação em saúde na tentativa diminuir os criadouros das larvas do Aedes 
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Tratamento
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Tratamento
Hidratação oral supervisionada na unidade de atendimento, iniciar antes do resultado do hemograma:
Caso ocorra hemoconcentração (Hto >38%), 50 ml/kg por um período de quatro a seis horas;
Em caso de vômitos e recusa da ingestão do soro oral, recomenda- se a administração da hidratação venosa;
Avaliação clínica sistemática para detecção precoce dos sinais de alarme.
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Tratamento
Fase de manutenção (necessidade hídrica basal, segundo a regra de Holliday-Segar):
Até 10 kg: 100 ml/kg/dia;
De 10 a 20 kg: 1.000 ml + 50 ml/kg/dia para cada kg acima de 10 kg;
De 20 a 30 kg: 1.500 ml + 20 ml/kg/dia para cada kg acima de 20 kg;
Acima de 30 kg: 40 a 60 ml/kg/dia ou 1.700 a 2.000 ml/m²SC*;
* Superfície corpórea (SC) m² = Peso (kg) x 4 + 7
				 Peso (kg) + 90
Dengue : diagnóstico e manejo clínico : criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância
em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011
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Tratamento
Reposição de eletrólitos:
Sódio: 3 mEq em 100 ml de solução ou 2 a 3 mEq/kg/dia (máximo de 70 mEq/dia);
Potássio: 2 mEq em 100 ml de solução ou 2 a 4 mEq/kg/dia (máximo de 50 mEq/dia).
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Sintomáticos: febre elevada ou dor; deve ser evitada a via intramuscular até que se conheça a contagem de plaquetas;
Antitérmicos e analgésicos:
Dipirona, Acetaminofen
* Os salicilatos são contraindicados e não devem ser administrados.
Antieméticos:
Bromoprida e Metoclopramida
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Repouso
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Beba sempre muito líquido, água e sucos naturais. 
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SORO CASEIRO
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Avaliação Clínica e Laboratorial:
Avaliação clínica rigorosa, após cada fase de hidratação, para detecção precoce dos sinais de alarme;
Monitorar volume urinário;
Monitorar
principalmente o valor do hematócrito e das plaquetas.
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COMPLICAÇÕES
	 As complicações se apresentam geralmente entre o 3º e 6º dia de doença e os familiares, Agentes Comunitários e demais profissionais de saúde, devem observar o paciente até 02 (dois) dias após o desaparecimento da febre.
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Procurar ATENDIMENTO MÉDICO se aparecerem:
COMPLICAÇÕES
PONTOS ou MANCHAS VERMELHAS ou 
 ROXAS na pele;
SANGRAMENTO de nariz, boca e/ou outros.
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Procurar ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA se aparecerem:
COMPLICAÇÕES
FEZES pretas;
VÔMITOS freqüentes;
Muito SONO ou AGITAÇÃO;
Tontura, vista escura, desmaio;
Pele PÁLIDA, FRIA SÊCA;
Dor abdominal intensa ou contínua;
Dificuldade RESPIRATÓRIA.
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UMA PESSOA PODE TER
DENGUE MAIS DE UMA VEZ?
 
SIM
 A dengue é uma infecção causada por vírus.
 São 4 os sorotipos do vírus causador da Dengue:
 o DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4
 
 Se uma pessoa tem a doença pelo tipo 1, por exemplo, adquire imunidade para este tipo, mas pode pegar a doença por outro sorotipo do vírus. No caso de uma infecção por outro tipo, o quadro clínico tende a ser mais grave, podendo se caracterizar por sangramentos Intensos (Dengue hemorrágica). 
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 Obrigado!
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