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Índice CAPÍTULO 1 - CUSTO HORÁRIO DE UM EQUIPAMENTO 1.1 - GENERALIDADES - 1 1.2 - VIDA ÚTIL - 1 1.3 - ESTIMATIVA DE CUSTOS HORÁRIOS - 3 1.3.1 - CUSTOS DE PROPRIEDADE -3 1.3.2 - CUSTOS DE OPERAÇÃO -5 1.3.3 - CUSTOS DE MANUTENÇÃO -10 1.3.4 - BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI) - 11 1.3.5 - APLICAÇÃO -11 1.4 - CRITÉRIO PARA DECISÃO DA COMPRA OU LOCAÇÃO DE UM EQUIPAMENTO - 17 1.5 - CUSTO UNITÁRIO DO SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM - 19 1.6 - CUSTO DO MOMENTO DE TRANSPORTE - 20 CAPÍTULO 2 - FUNDAÇÕES DE ATERROS 2.1 - GENERALIDADES - 21 2.2 - RECALQUE POR ADENSAMENTO - 21 2.3 - RUTURA POR AFUNDAMENTO - 22 2.4 - RUTURA POR ESCORREGAMENTO - 22 2.5 - PROCESSOS DE CONSOLIDAÇÃO - 23 2.5.1 - REMOÇÃO E SUBSTITUIÇÃO / SOLO DE MÁ QUALIDADE - 23 2.5.2 - DESLOCAMENTO DO MATERIAL INSTÁVEL - 24 2.5.3 - DESLOCAMENTO POR EXPLOSIVOS - 25 2.5.4 - DRENOS VERTICAIS - 27 2.5.5 - OUTROS PROCESSOS - 28 CAPÍTULO 3 - COMPACTAÇÃO DE ATERRO - 30 3.1 - GENERALIDADES - 30 3.2 - PRESSÃO ESTÁTICA E VIBRAÇÃO - 32 3.3 - SELEÇÃO DO EQUIPAMENTO - 33 3.4 - FATORES QUE INFLUEM NA COMPACTAÇÃO - 35 3.5 - RECOMENDAÇÃO GERAL - 39 CAPÍTULO 4 - ESCAVAÇÃO EM ROCHA - 40 4.1 - GENERALIDADES - 40 4.2 - EQUIPAMENTO DE PERFURAÇÃO - 41 4.3 - BROCAS - 58 4.4 - COMPRESSORES DE AR - 64 4.5 - EXPLOSIVOS – 83 4.6 - EXECUÇÃO DO DESMONTE DE ROCHAS - 118 4.7 - OBTENÇÃO DE SUPERFÍCIES REGULARES - 136 4.8 - ESCAVAÇÃO DE MATERIAL DE 2.ª CATEGORIA COM EXPLOSIVOS - 140 4.9 - ESCAVAÇÃO DE VALAS - 140 4.10 - APLICAÇÃO - 142 BIBLIOGRAFIA - HÉLIO DE SOUZA RICARDO E GUILHERME CATALANI – Manual Prático de Escavação - Normas do DNER 2 CAPÍTULO 1 - CUSTO HORÁRIO DE UM EQUIPAMENTO 1.1 GENERALIDADES: A determinação do custo horário é tarefa bastante difícil em razão de diversos fatores, entre os quais, destacam-se: • A grande variedade de equipamentos com características próprias e diferentes; • A influência nos custos de circunstâncias locais como topografia, tipo de solo, características especiais dos serviços, etc. Por estas razões a determinação prévia dos custos só é feita sob a forma de estimativas, baseadas em hipóteses razoáveis, que podem se aproximar ou fugir dos custos reais apropriados, dependendo da CORREÇÃO DOS PARÂMETROS ADOTADOS E DA EXPERIÊNCIA PESSOAL DO ORÇAMENTISTA. Por outro lado há diversas formas de identificar e estimar os custos parciais, motivo pelo qual nem sempre os resultados são convergentes. Pelos motivos anteriormente citados, torna-se indispensável a implantação de um sistema de apropriação dos custos e vida útil de cada equipamento. 1.2 – VIDA ÚTIL A vida útil técnica de uma máquina depende, principalmente, das condições de seu emprego e da qualidade de sua manutenção. A vida útil econômica de uma máquina é definida pelo intervalo de tempo em que seu emprego é rentável. Vários métodos têm sido empregados para determinar a vida útil de um equipamento. Um dos mais conhecidos é o do custo mínimo horário. Este método, baseado no princípio óbvio que os custos de depreciação diminuem com o passar do tempo e os custos de manutenção crescem. Quando a soma destes dois custos atinge um mínimo, determina a vida útil do equipamento. Figura 1 – Determinação de vida útil Do ponto de vista prático, a determinação da vida útil por qualquer método só será possível após a aquisição de experiência em equipamento idêntico ao adquirido. Por esta razão os fabricantes fornecem a vida útil provável de seus equipamentos, baseada nas condições de seu emprego, admitindo-se uma utilização média de 2.000h/ano Tabela 1 - Vida útil provável ( * ) Equipamento Tipo Condições favoráveis Condições médias Condições severas Tratores de esteira D3 – 07 6 anos ou 12.000h 5 anos ou 10.000h 4 anos ou 8.000h D8 – 011 11 anos ou 22.000h 9 anos ou 18.000h 7,5 anos ou 15.000h Motoniveladora 10 anos ou 20.000h 7,5 anos ou 15.000h 6 anos ou 12.000h Caminhão fora – de estrada 12,5 anos ou 25.000h 10 anos ou 20.000h 7,5 anos ou 15.000h Motoescreiper 613/615 outros 6 anos ou 12.000h 10 anos ou 20.000h 5 anos ou 10.000h 7,5 anos ou 15.000h 4 anos ou 8.000h 5 anos ou 10.000h Carregadeiras de Pneus 910/966 980/992 6 anos ou 12.000h 7,5 anos ou 15.000h 5 anos ou 10.000h 6 anos ou 12.000h 4 anos ou 8.000h 5 anos ou 10.000h Carregadeiras de Esteiras 6 anos ou 12.000h 5 anos ou 10.000h 4 anos ou 8.000h Compactadores 7,5 anos ou 15.000h 6 anos ou 12.000h 4 anos ou 8.000h Escavadores frontais 9 anos ou 18.000h 7,5 anos ou 15.000h 5 anos ou 10.000h ( * ) Os períodos de vida útil provável são dados em horas de serviço ou em anos, admitindo-se a utilização média de 2.000 h/ano, que é um dado de uso muito difundido. 2 Para o quadro dado, anteriormente, as condições de emprego são assim definidas: • Condições favoráveis Trajetos longos, rampas de pouca inclinação, materiais não abrasivos, solos com bom suporte e fraca resistência ao rolamento. • Condições severas Trajetos curtos, rampas com forte declividade, materiais abrasivos, solos de baixo suporte e alta resistência ao rolamento. • Condições médias São as condições intermediárias entre as favoráveis e as severas. 1.3 – ESTIMATIVA DE CUSTOS HORÁRIOS Os custos que normalmente ocorrem na utilização de um equipamento são classificados em três grandes grupos: - custos de propriedade - custos de operação - custos de manutenção 1.3.1 – CUSTOS DE PROPRIEDADE Os custos de propriedade são despesas decorrentes do simples fato de se possuir a máquina e engloba duas parcelas; - custos de depreciação - custos dos juros do investimento a. DEPRECIAÇÃO HORÁRIA 3 É uma despesa fixa independente da atividade do equipamento e da vontade de seu proprietário. Esta despesa representa a diminuição do valor do equipamento devido à passagem do tempo e ao desgaste físico normal do equipamento. Na realidade este custo visa à formação de uma reserva de capitais para substituição futura do equipamento, que deve ocorrer com o término de sua vida útil. A matemática financeira dispões de vários métodos para determinar a depreciação. Um dos métodos de cálculo mais empregado no Brasil é o da depreciação linear, dado pela fórmula: H VrVoDh −= onde: Dh = depreciação horária Vo = valor inicial do equipamento Vr = valor residual do equipamento ( avaliado, em geral, de 10 a 20% de Vo) H = vida útil em horas de utilização ( normalmente 2.000h/ano) OBS.: No caso de equipamento de PNEUS, utiliza-se V’0 no lugar de V0, sendo V’0=V0 – custo dos pneus. EXEMPLO 1 Determinar a depreciação horária de um trator D = 7, DE ESTEIRAS, cujo valor de aquisição é R$100.000,00, admitindo-se que o mesmo opera em condições severas. O valor residual estimado é de 20% do valor inicial. SOLUÇÃO: H VrVoDh −= Vo = 100.000,00 Vr = 0,2 x 100.000,00 = 20.000,00 H = 8.000h ( tabela 1) 4 00,10$R 000.8 000.20000.100Dh =−= b. JUROS DE INVESTIMENTO Esta despesa corresponde aos juros que a empresa teria se, ao invés de adquirir o equipamento, tivesse aplicado o dinheiro no mercado financeiro e é calculada pela fórmula: a jImJh ×= onde: Im = investimento médio anual j = taxa anual de juros do mercado a = horas de empregodo equipamento por ano ( 2.000h/ano) Cálculo do Im Vr n nVrVo ++−= 2 1)(Im onde: Im = investimento médio anual Vo = valor inicial Vr = valor residual n = vida útil em anos 1.3.2 – CUSTOS DE OPERAÇÃO São os que ocorrem quando o equipamento é operado para a realização de algum trabalho. São chamados custos variáveis 5 As principais despesas operacionais das máquinas são: • Combustíveis • Lubrificantes (óleos) • Graxas • Filtros • Mão – de – obra e leis sociais • Pneus a. COMBUSTÍVEIS Este item é um dos que mais oneram o custo de utilização de um equipamento. Existe uma relação muito forte entre o consumo de combustível e a potência do motor. Na falta de dados mais precisos o consumo de combustível pode ser avaliado pela expressão dada a seguir, admitindo-se que seja utilizada toda a potência do equipamento: P267,0C ×= onde: C = consumo de combustível em l/h P = potência do equipamento em HP A caterpillar, fornece o consumo de diversos equipamentos, conforme o fator “f” de utilização da potência, que varia em função das condições de emprego (favoráveis, médias e severas). 6 Tabela 2 - Consumo de combustível [ (l/h) / ( HP) ] Fator de carga (ou utilização da Potência) f = ~ 40% Baixo f = ~ 55% Médio f = ~ 75% Alto Compactadores 0,10 0,13 0,15 Tratores de esteira 0,11 0,15 0,18 Carregadeiras de esteira 0,11 0,16 0,20 Carregadeiras de rodas 0,10 0,14 0,19 “Motoescreiper” 0,10 0,14 0,17 Motoniveladoras 0,10 0,14 0,19 Caminhões “fora-de-estrada” 0,05 0,075 0,11 Escavadeiras frontais 0,10 0,15 0,20 b. LUBRIFICANTES Os lubrificantes utilizados num equipamento compreendem óleo para: • Cárter do motor; • Transmissão; • Comando final; • Sistema hidráulico. O manual de produção da Caterpillar indica o consumo de lubrificante por equipamento. A tabela a seguir dá o consumo médio de lubrificantes (l/h x HP) em função da potência, para vários tipos de equipamentos: 7 Tabela 3 - Consumo de lubrificantes Equipamento Lubrificantes [ (l/h) / (HP) ] TRATORES DE ESTEIRA 0,0014 MOTONIVELADORAS 0,0017 MOTOESCREIPER 0.0011 CARREGADEIRAS DE ESTEIRAS 0,0012 CARREGADEIRAS DE PNEUS 0,0013 MOTOESCREIPER COM 2 MOTORES 0,0010 Caso as condições de trabalho sejam severas, esses consumos devem ser aumentados em 25% ( Ex.: Operação em ambiente de muita poeira ) c. GRAXA LUBRIFICANTE O consumo médio de graxa pode ser estimado conforme o tipo de equipamento pela tabela a seguir: Tabela 4 - Consumo de graxa Tratores de esteira 0,002 Kg/h Carregadeiras de esteira 0,01 Kg/h Carregadeira de pneus 0,015 Kg/h Motoescreipers até 25 m3 0,01 Kg/h Motoniveladoras 0,01 Kg/h Caminhões fora-de-estrada 0,05 Kg/h Motoescreipers 0,05 Kg/h Escavadeiras frontais 0,02 Kg/h 8 d. FILTROS O custo da troca dos elementos de filtro dependerá do número de unidades existentes na máquina e do período recomendado para a troca. O Manual de Produção Caterpillar fornece a seguinte tabela: Tabela 5 - Consumo de filtros. Filtros ( óleos / ar ) Intervalo de troca Custo por unidade N.º de filtros/2.000h Total Motor 250h - 8 - Transmissões 500h - 4 - Sistema hidráulico 500h - 4 - Combustível final 500h - 4 - Combustível primário 2.000h - 1 - Ar – primário 2.000h - 1 - Ar – secundário 1.000h - 2 - ∑ Custo Custo por hora = h Custo 000.2 ∑ e. MÃO – DE – OBRA E LEIS SOCIAIS A mão-de-obra que incide sobre o custo do equipamento corresponde ao operador e ajudante. É uma despesa que ocorre mesmo com a máquina parada. Cada máquina ocupa 01 operador e 0,5 ajudante. Os encargos sociais são estimados em 135% sobre a remuneração da mão-de- obra. 9 f) PNEUS Os pneus desgastam-se muito mais depressa que o equipamento, por esta razão, o seu valor deve ser abatido do Valor Inicial da máquina, na depreciação, para onerar as despesas de manutenção. O quadro a seguir indica a vida útil dos pneus, em horas, para os seguintes equipamentos, operando na zona A (favorável),zona B (média) e zona C (severa) Tabela 6 - Consumo de pneus. Zona A Zona B Zona C Motoniveladora 6.000/4.000h 4.000/2.500h 2.500/1.500h Carregadeiras 4.000/3.000h 3.000/2.000h 2.000/1.000h “Motoescreipers” 5.000/4.000h 4.000/3.000h 3.000/2.000h Caminhões “fora-de-estrada 4.000/3.000h 3.000/2.000h 2.000/1.000h 1.3.3 - CUSTOS DE MANUTENÇÃO São estabelecidos coeficientes de reparo com base no valor de Depreciação do equipamento, que fornecem o custo horário de manutenção. O custo horário de manutenção é obtido pela fórmula: ××′= an Vr-VoKMh fazendo Vr = 0 n = 5 anos a = 2.000h, temos 000.10 V'KMh 0×= , fazendo K’ = 10K ; 000.1 VoKMh ×= onde: Mh = custo de manutenção horária K = coeficiente de reparo ( tabelado ) 10 Vo = valor inicial do equipamento Tabela 7 - Valores de K (Coeficientes de reparo) Condições de operação Zona A Zona B Zona C Trator de esteira 0,07 0,09 0,13 “Screiper” rebocado 0,03 0,04 0,06 “Motoescreiper” 0,02 0,09 0,13 Caminhão “fora-de-estrada” 0,06 0,08 0,11 Carregadeira de esteiras 0,07 0,09 0,13 Carregadeira de rodas 0,04 0,06 0,09 Motoniveladora 0,04 0,06 0,09 Compactadores - 0,075 - 1.3.4 - BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS ( BDI ) (Budget Different Income) Sobre o custo direto de utilização do equipamento, obtido pela soma dos itens anteriores, devem ser acrescidas as despesas gerais, ou indiretas que incidirão sobre os custos diretos, da empresa compreendendo os gastos com instalações, administração, impostos, publicidade, etc,. que subsistem, embora o equipamento esteja inoperante. Normalmente a taxa do BDI, assumida nas composições de preços, gira em torno de 35% do custo direto. 1.3.5 - APLICAÇÃO EXEMPLO -1 Determinar o custo horário de um motoescreiper de capacidade inferior à 25 m3, com 270HP de potência, admitindo-se a vida útil de 5 anos e a utilização de 2.000h por ano. As condições de uso são médias e o juro anual para investimento é de 12%. 11 Sabe-se que a máquina custou R$474.000,00 e seu valor residual foi fixado em 15%. De uma pesquisa de mercado obtiveram-se os seguintes valores de custo: Óleo diesel : R$0,22/l Óleo lubrificante: R$1,45/l Graxa : R$5,05/Kg Filtro de óleo do motor: R$50,00/und Filtro do sistema hidráulico: R$20,00/und Filtro do óleo de transmissão: R$30,00/und Filtro do combustível final: R$10,00/und Filtro do combustível primário: R$15,00/und Filtro de ar primário: R$30,00/und Filtro de ar secundário: R$20,00/und Pneus : R$7.000,00/und Operador: R$1,00/h Ajudante: R$0,8/h SOLUÇÃO: 1. Despesas de propriedade 1.1. Depreciação horária H VroVDh −= ' V’o = 474.000,00 - Custo do pneu V’o = 474.000,00 – 4 x 7.000,00 V'o = 446.000,00 Vr = 0,15 x 474.000,00 = 71.100,00 H = 5 anos x 2.000h/ano = 10.000h hRDh /49,37$ 000.10100.71000.446 =−= 12 1.2. Juros do investimento a jJh ×= Im j = 12% = 0,12 a = 2.000h Vr n nVrVo ++×−= 2 1)(Im n = 5 anos 100.71 10 15)100.71000.474(Im + +−= 00,840.312100.71 10 6900.402Im =+×= hRJh /77,18$ 000.2 12,0840.312 =×= Total das despesas de propriedade hRDp /26,56$77,1849,37 =+= 2. Despesas de operação: 2.1. Combustível Da tabela 2 tira-se o consumo para condições médias ( f = 55% ) → C= 0,14 l/h x HP , logo o consumo horário será: Ch = 0,14 x P = 0,14 x 270 = 37,80 l/h e a despesa horária com combustível será: DCh = 37,80 x 0,22 = R$8,32/h 13 2.2. Lubrificantes Da tabela 3 tira-se o consumo )()/()/(0011,0 HPPHPhl ×=λ hlh /30,02700011,0 =×=λ a despesa será: h/43,0$R45,130,0D h =×=λ 2.3. Graxa Da tabela 4 obtém-se o consumo: hKgg /01,0= a despesa será: hRxDg /05,0$05,501,0 == 2.4. Filtros Da tabela 5, tiramos os consumos para cada 2.000h Motor : 8 Transmissões : 4 Sistema Hidráulico : 4 Combustível final : 4 Combustível primário : 1 Ar primário : 1 Ar secundário : 2 O custo total para 2.000h será: 00,72500,20200,30100,15100,10400,20400,30400,508000.2 =×+×+×+×+×+×+×=hCF O custo horário, referente a filtros, será: h/36,0$R 000.2 00,725CFh == 14 2.5. Mão – de – obra e Leis Sociais Despesa com operador = 1 x 1,00 = 1,00 Despesa com ajudante = 0,5 x 0,8- = 0,40 TOTAL = 1,00 + 0,40 = 1,40 Leis Sociais = 1,35 x 1,40 = 1,89 hRCMo /29,3$89,140,1 =+= 2.6. Pneus Da tabela 6, tiramos, para condições médias, o valor médio Vp = 3.500h 00,8$ 500.3 00,000.74 R=Cp ×= /h 2.7. Total das Despesas de Operações: h/45,20$R00,829,336,005,043,032,8Dop =+++++= 3. Despesas de Manutenção 1000 VoK ×=Mh Da tabela 7, tira-se: K=0,09 hRMh /66,42$ 1000 000.47409,0 =×= Total das despesas de manutenção: hRDm /66,42$= 15 4. Cálculo do Custo Direto 6,4245,2026,56 ++=++= DmDopDpCD hRCD /37,119$= 5. Cálculo do BDI CDBDI ×= 35,0 78,4137,11935,0BDI =×= 6. Custo horário total BDICDCT += hRCT /15,161$78,4137,119 =+= EXEMPLO - 2 Calcular quanto custa a hora do motoescreiper do exemplo 1, colocado à disposição da obra e sem entrar em operação. SOLUÇÃO: O custo da máquina parada será a soma das despesas de propriedade e da mão-de-obra. 55,59$29,326,56 RCDpC MOMP =+=+= 16 1.4 - CRITÉRIO PARA DECISÃO DA COMPRA OU LOCAÇÃO DE UM EQUIPAMENTO Naturalmente, a compra do equipamento será indicada quando o custo da hora produtiva for menor ou igual ao custo da hora do aluguel. No cálculo do custo horário direto temos: 1.4.1 Despesa de Depreciação H VrVoDh −= ou, substituindo H= n.a onde, n= número de anos da vida útil a = horas trabalhadas por ano an VrVoDh × −= 1 1.4.2. Despesa com juros do investimento a jJh ×= Im Vr n nVrVo ++−= 2 1)(Im a jVr n nVrVoJh ++−= 2 )1( 2 1.4.3. Despesas Operacionais 17 Neste caso não será considerada pois elas existem tanto para a máquina comprada como para a alugada. 1.4.4. Custos de Manutenção 000.10 10 1000 VoKVoKMh ×=×= ou an VoK × ××10 3 logo teremos, se chamarmos de L o custo horário do aluguel: 1 + 2 + 3 ≤ L L an VoK a jVr n nVrVo an VrVo ≤× ××+ ++−+× − 10 2 )1)(( Assumindo a vida útil de 5 anos, que geralmente é adotada para equipamentos de terraplanagem temos: L a5 VoK10 a jVr 10 Vr6Vo a5 VrVo ≤××+ +−+− supondo que Vr seja nulo, para facilitar, temos: L a KVo a jVo a Vo ≤++ 2)6,0(2,0 ou, com LKj a ≤++ )26,02,0(Vo ou )26,02,0( KjL Voa ++≥ Onde “a” é o número mínimo de horas trabalhadas, por ano, que justifica a compra do equipamento. 1.4.5. APLICAÇÃO Decidir pela compra ou locação de um trator de esteiras que custa R$500.000,00 sabendo que a taxa de juros do mercado é de 10% ao ano, o aluguel de um equipamento idêntico é de R$150,00/h de trabalho e que este equipamento 18 será empregado em terreno de condições médias de operação, numa obra de 8 meses, num regime de trabalho de 20 dias de trabalho por mês e 8 horas de trabalho por dia. SOLUÇÃO: A compra é viável se: )26,02,0( aKj L Vo ≤++ ou )26,02,0( Kj L Voa ++≥ K = 0,09 (tabela 7) h280.18208a =××= 280.1)09,021,06,02,0( 150 000.500 ≤×+×+ 280.1)44,0(33,333.3 ≤ →≤ 280.176,466.1 não é verdadeiro. 280.167,466.1 ≥ Solução: Neste caso, é recomendada a locação do equipamento. 1.5 – CUSTO UNITÁRIO DO SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM De um modo geral, o custo será expresso por: h hL Q CT ∑C ∑= onde: soma dos custos horários dos equipamentos empregados =∑ hCT é a produção horária da equipe =∑ hQ C = custo unitário do serviço em R$ / m3 19 1.6 CUSTO DO MOMENTO DE TRANSPORTE É dado pela expressão: dPh ChCt ×= onde: custo do momento de transporte =Ct custo horário do equipamento de transporte =Ch produção horária do equipamento de transporte =Ph =d distância de transporte 20 CAPÍTULO 2 – FUNDAÇÕES DE ATERROS 2.1 - GENERALIDADES Na execução de aterros surgem dois problemas fundamentais: fundação e compactação. Ainda que a compactação da massa do aterro seja feita com todos os cuidados técnicos, a sua estabilidade pode ficar prejudicada se o terreno de fundação não possuir um bom suporte. Algumas camadas têm capacidade de suporte tão baixa, além de possuírem alta compressibilidade, que qualquer aterro, sobre elas executados, apresentará um comportamento indesejável, quanto a recalques e escorregamentos. São três os tipos de ocorrências que podem acontecer em terrenos de fraco suporte: • Recalque por adensamento • Rutura por afundamento • Rutura por escorregamento 2.2 - RECALQUE POR ADENSAMENTO Figura 2 – Recalque por adensamento 21 Resulta da pressão proveniente do peso próprio das cargas móveis que trafegam sobre o aterro, nas camadas compressíveis, ocasionando a diminuição lenta do volume de vazios pela expulsão da fase líquida, devido ao aumento da pressão neutra, resultando no adensamento da camada e, em conseqüência, na ocorrência do recalque. 2.3 - RUTURA POR AFUNDAMENTO Pode ocorrer quando a camada de fundação for de muito baixa capacidade de suporte e grande profundidade. Neste caso, o corpo do aterro sofre um deslocamento vertical e afunda por igual no terreno mole, havendo a expulsão lateral do material de má qualidade, com a formação de bulbos. Figura 3 – Rutura por afundamento 2.4 - RUTURA POR ESCORREGAMENTO Figura 4 – Rutura por escorregamento 22 A rutura por escorregamento ocorre quando o aterro é construído sobre uma camada mole, com baixaresistência ao cisalhamento e que se apoia sobre camada mais resistente. Na ocasião de chuvas intensas, o aumento da pressão hidrostática, devido à elevação do lençol freático, traduz-se pelo aumento da pressão neutra, reduzindo sensivelmente a resistência ao cisalhamento, formando uma superfície de escorregamento que afeta o aterro, levando-o à rutura. 2.5 - PROCESSOS DE CONSOLIDAÇÃO A existência de solos muito moles, materiais com grande percentagem de matéria orgânica, solos argilosos ou turfosos exigem a adoção de medidas visando à estabilização do terreno de fundação, antes da execução do aterro. Os processos de consolidação mais utilizados são: • Remoção do solo de “má “ qualidade e sua substituição. • Deslocamento do material instável • Deslocamento por explosivos • Drenos verticais de areia 2.5.1 - REMOÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE SOLO DE MÁ QUALIDADE Este processo é aplicável quando a camada de solo mole é de pequena espessura, encontrando-se logo abaixo uma camada de bom suporte. A experiência mostra que, até 3m de profundidade, a remoção é o processo mais econômico e rápido de consolidação. A escavação, neste caso, é ideal para as escavadeiras com “drag-line”, que podem operar sobre a camada de topo, a qual, geralmente, apresenta um mínimo de suporte, por possuir um teor de umidade mais baixo. 23 O material de reposição deverá ser, de preferência, arenoso para permitir a percolação de água, conseguindo-se, dessa forma, alguma compactação dessa camada, quando for impraticável o uso de equipamentos. Todavia, com bombas de sucção pode-se conseguir o rebaixamento do lençol d’água e proceder-se ao lançamento de materiais secos, permitindo o uso de equipamentos de compactação. Este processo apresenta como vantagens a rapidez de execução e a possibilidade de saber, com certeza, que todo o material imprestável foi, de fato, removido, garantindo-se a homogeneidade do aterro. 2.5.2 - DESLOCAMENTO DO MATERIAL INSTÁVEL Quando a camada é muito mole, a ponto de não permitir o emprego de equipamentos ou muito espessa, tornando inviável ou muito onerosa sua remoção, surge a necessidade do emprego de outros métodos. Um dos processos mais utilizados consiste em aproveitar o peso próprio do aterro para provocar o deslocamento do material instável, lateralmente, através da mobilização de tensões de azalhamento que ultrapassam a sua capacidade de resistência. Figura 5 – Método do deslocamento 24 Assim, com a expulsão da camada mole, o material do aterro afunda, vindo a ocupar, parcialmente, o espaço anterior ocupado por ela. A porção deslocada vem aflorar na superfície, ao lado do aterro, elevando o terreno natural pela formação de bulbos. Prosseguindo-se em várias etapas, obtém-se a expulsão total da camada mole, substituindo-a por solo de melhor qualidade, até encontrar o terreno firme subjacente. As desvantagens do processo estão no consumo excessivo de material para se conseguir a estabilização, onerando o custo da obra, e a impossibilidade de controlar a homogeneidade da camada, sendo normal a permanência de bolsões de material mole que podem futuramente prejudicar o comportamento do aterro. 2.5.3 - DESLOCAMENTO POR EXPLOSIVOS Há casos em que a camada mole suporta, sem a ocorrência de escorregamento lateral, o peso do aterro, de maneira que o método de expulsão, por peso, não é aplicável. Por outro lado, sendo a camada profunda, torna-se antieconômica a sua remoção. Nestes casos, tem sido utilizado, com êxito, o processo de deslocamento com explosivos. 25 Figura 6 – Método de deslocamento por explosivos A lama resiste às pressões da sobrecarga do aterro pela força de coesão e pressões hidrostáticas existentes. A detonação de explosivos ( dinamite ), em sua massa, provoca uma onda de choque, cuja energia é suficiente para superar as forças de coesão do material, expulsando-o lateralmente. O processo é iniciado com uma série de detonações superficiais, antes do lançamento do aterro, de maneira a liquefazer a camada mole superficial, mediante a dispersão da fase sólida na fase líquida, bem como a remover o entrelaçado de raízes da vegetação. Em seguida, lança-se o material de aterro com espessura maior que a do projeto, para compensar a expulsão do material mole. Completado o aterro, executam-se cinco linhas de furos para colocação do explosivo. Uma delas coincide com o eixo da pista, outras duas com as linhas de crista e as duas laterais com o pé do aterro. Cada linha de furos dista 3m da seguinte, possuindo tal profundidade que a carga é colocada na metade da camada mole. O explosivo usado pode ser a gelatina de 40%, resistente à água, com consumo de 150 a 200g/m3 de material deslocado. A detonação é feita por etapas, explodindo em primeiro lugar a linha do eixo do aterro, em seguida, as duas laterais e por fim, as da extremidade junto ao pé do aterro. 26 Após a ação das ondas de choque, todo o material instável deverá ser expulso de sob o aterro, havendo o abatimento da massa de terra. É necessário que se efetuem algumas sondagens a fim de se verificar a permanência de algum bolsão de material mole, que poderá ocasionar problemas futuros. Em caso positivo é indispensável repetir o processo até a remoção completa do solo instável. 2.5.4 - DRENOS VERTICAIS O processo dos drenos de areia, também chamado impropriamente de “estacas de areia “ visa a acelerar, a curto prazo, o adensamento da camada mole aumentando a resistência ao cisalhamento. Figura 7 – Drenos de areia Os drenos verticais são construídos por sondas rotativas ou pela cravação de tubos com altura suficiente para atingir a camada profunda de bom suporte, sendo o material interno removido por jatos de água. Em seguida, são cheios de material filtrante, possuidor de alto coeficiente de permeabilidade em relação à camada mole. Uma camada de areia é lançada sobre o topo dos drenos, de espessura ligeiramente maior que o diâmetro dos furos. A pressão, devido ao peso do aterro, faz com que a água da camada mole percole até encontrar o dreno vertical que é o caminho mais curto e de maior 27 permeabilidade para seu escoamento até atingir a base do aterro e sair pela camada drenante. Desta forma, o adensamento da camada mole é acelerado através da rápida perda de água, reduzindo o volume de vazios pela aproximação das partículas do solo. Ao mesmo tempo, a saída da água ocasiona o aumento da resistência ao cisalhamento pela diminuição da pressão neutra, concluindo-se que, com este processo, consegue-se um aumento acelerado de suporte do solo, diminuindo o risco de escorregamento lateral da camada mole. Em geral, o diâmetro dos furos varia de 20 a 60cm e seu espaçamento é de dez vezes o valor do diâmetro. 2.5.5 - OUTROS PROCESSOS Outros processos de estabilização do terrenos instáveis podem ser utilizados em condições especiais, de maneira a torná-los mais viáveis e econômicos do que os já mencionados. Entre estes, destacam-se: a. REMOÇÃO DE SOLOS LODOSOS COM DRAGAS DE SUCÇÃO Nas zonas litorâneas do Brasil, existem formações geológicas recentes, constituídas por solos sedimentares, extremamente instáveis, de baixíssima capacidade de suporte, alta compressibilidade e comportamento elástico, chamados “argila marinha” ou “vasa”. Na baixada santista a argila marinha atinge espessuras de 30 a 40 m. Para estes casos empregam-se dragas que sugam o lodo recalcando-o, atravésde tubulação, para locais apropriados. Estas dragas podem operar em materiais como pedregulho, de maior consistência, pois possuem lança com desagregador giratório que faz a desagregação do material para posterior sucção. 28 A troca de solos é feita pela própria draga que pode escavar e recalcar solos de boa qualidade que são espalhados e sedimentados em camadas. Após a separação e percolação da fase líquida, o solo arenoso seco adquire estabilidade, dando condição de emprego dos equipamentos de terraplanagem. A distância de transporte do material dragado, percorrendo as tubulações, pode alcançar alguns quilômetros quando usadas dragas de grande porte. b. EMPREGO DE BERMAS DE EQUILÍBRIO Figura 8 – Bemas de equilíbrio Sob determinadas condições, é possível evitar o deslocamento dos materiais instáveis, durante a execução do aterro, construindo-se camadas laterais, que servem de contrapeso aos empuxos resultantes da carga do aterro principal, denominadas bermas de equilíbrio. As bermas evitam a formação dos bulbos do material instável, bem como o afundamento do material de boa qualidade, obtendo-se um processo de estabilização rápido e econômico. c. EMPREGO DE SOBRECARGAS 29 Figura 9 – Emprego de sobrecarga Pode-se colocar excesso de carga no aterro, executando-o com altura maior que a do projeto, a fim de que as pressões, geradas por esta sobrecarga, apressem o adensamento, reduzindo substancialmente o tempo de recalque. É necessário, porém, que o aumento das tensões de cisalhamento não leve à rutura do solo instável e ao afundamento do solo do aterro. O volume do material de sobrecarga pode ser reutilizado em outro local. Este processo pode ser empregado simultaneamente com o método dos drenos de areia, conseguindo-se mais redução no tempo de recalque. CAPÍTULO 3 - COMPACTAÇÃO DE ATERRO 3.1 – GENERALIDADES Há três etapas distintas na execução de um aterro: o lançamento do material pelo equipamento de transporte, o espalhamento em camadas e a compactação propriamente dita 30 Sempre que as condições locais permitirem, os serviços devem ser organizados para que se tenha uma ou mais frentes de trabalho em que as citadas etapas sejam devidamente escalonadas. Obtém-se, assim, mais flexibilidade e maior rendimento na operação, minimizando-se as interferências meteorológicas e as falhas mecânicas dos equipamentos. A situação mais desfavorável, durante a execução do aterro, ocorre quando a camada está espalhada e o material solto e pulverizado. Ocorrendo chuvas a umidade ótima será ultrapassada em muito, sendo necessário a secagem posterior. Havendo possibilidade de chuvas, a melhor política é não iniciar os trabalhos de compactação. Se a camada estiver lançada e regularizada e ocorre a possibilidade de precipitação imprevista, faz-se a passagem de rolo liso pneumático para selar a camada, melhorando sua impermeabilidade. Quando os trabalhos forem reiniciados basta escarificar-se a camada selante e misturá-la com o solo mais seco. Os trabalhos executados em terrenos de topografia desfavorável implicam em aterros de grande altura e taludes de grande extensão. Como os equipamentos usuais não podem aproximar-se muito da linha de crista do aterro, permanece uma espessura variável, de 30 a 50 cm, com baixo grau de compactação. Posteriormente, com as chuvas, a água percola entre a parte mole compactada e o rolo bem adensado, formando uma superfície de escorregamento, com arrancamento da camada protetora de grama, iniciando-se o processo de erosão do aterro. Uma das soluções é o uso de compactadores de pequeno porte que descem pela saia rebocados por tratores, compactando-a adequadamente. 31 Figura 10 – Compactação dos taluges 3.2 - PRESSÃO ESTÁTICA E VIBRAÇÃO Ensaios de compactação têm demonstrado que as pressões verticais e de cisalhamento, devido à carga estática dos compressores, determinam o grau de compactação, obtido a diferentes profundidades, sob as rodas dos compactadores. O adensamento por vibração é conseguido através da rápida sucessão de impactos sobre o terreno que produzem ondas de pressão na massa do solo. As suas partículas entram em movimento e a fricção de grão a grão é superada, obtendo-se a redução do volume de vazios. A vibração pura e simples é eficiente apenas em solos granulares ou nas areias. Quando há mistura de materiais finos ( argila e silte), não se pode prescindir da combinação da vibração com pressão estática, a fim de serem geradas tensões de compressão e cisalhamento que consigam vencer as forças de coesão existente entre as partículas. 32 Na compactação por vibração destacam-se dois fatores que possibilitam adensidades elevadas: - O estado de movimento das partículas, oriundo da vibração, que elimina o atrito interno, permitindo a aproximação e o rearranjo dos grãos. - Tensões de compressão e cisalhamento, geradas pelo peso próprio e parcialmente produzidas pelas ondas de pressão. Quanto maior for a coesão do material, tanto maior deverá ser a pressão estática, para atingir a boa compactação do solo. Assim, para materiais arenosos e pedregulhos, pequenas pressões de 0,5 a 1Kg/cm2 são suficientes. Ao contrário, nos materiais argilosos necessitam-se pressões de 3 a 5Kg/cm2. Os compactadores leves vibratórios ( ≤ 3,3t ), trabalhando em materiais arenosos, atingem profundidade de 50cm e em solos argilosos de 10 a 15 cm. Os compactadores pesados ( t13≅ ) vibratórios, em solos arenosos, compactam camadas de até 1,50m e camadas argilosas até 0,5m. Resumindo, para areias e materiais granulares é preferível o uso da vibração. Nos solos argilosos a compactação será obtida pela ação preponderante do peso, sendo que a vibração terá pouca ou nenhuma influência no aumento da densidade. 3.3 – SELEÇÃO DO EQUIPAMENTO É um problema complexo, mas é possível estabelecer alguns princípios básicos que regem a escolha, levando-se em conta o tipo de solo. a) Para solos coesivos ( há predominância de siltes e argila) Os equipamentos tipo pé-de-carneiro, de elevado peso próprio, que produzem o efeito de amassamento aliado a elevadas pressões estáticas é o mais indicado. b) Para solos arenosos ou granulares, os equipamentos vibratórios são os mais indicados. 33 c) Nas misturas de solos, onde encontram-se materiais coesivos e granulares, não apresentando características típicas nem dos solos coesivos nem dos granulares, a escolha é mais complexa. Nestes solos são usados os rolos combinados tipo pé-de-carneiro vibratório de grande peso próprio e rolos pneumáticos pesados com pressão elevada dos pneus. O mais aconselhável é que a escolha seja feita em um trecho experimental, onde são testados os diversos equipamentos e ajustados os demais parâmetros, que influem no processo, como a espessura da camada solta, o número de passadas, a velocidade do equipamento, a umidade do solo, o uso de lastro, etc. Para orientação genérica, a figura e a tabela a seguir indicam os tipos mais apropriados, para os vários solos, que ocorrem na terraplanagem. Figura 11 – Zonas de aplicação dos compactadores 34 Tabela 8 – Emprego dos compactadores Tipo de Solo Peso máximo ( t ) Espessuras Máximas (após com- pactação Uniformidade da camadas Tipo de Solo Pé-de-carneiro estático 20 40cm Boa Argila e siltes Pé-de-carneiro vibratório 30 40cmBoa Misturas areia c / silte e argila Pneumático leve 15 15cm Boa Misturas areia c/ silte e argila Pneumático pesado 35 35cm Muito boa Praticamente todos Vibratório c/ rodas Areias, cascalhos, materiais granu- metálica lisas 30 30cm Muito boa lares Liso metálico estático ( 3 rodas ) 20 10cm Regular Materiais granulares, brita Grade ( malhas ) 20 20cm Boa Materiais granulares ou em blocos Combinados 20 20cm Boa Praticamente todos 3.4 – FATORES QUE INFLUEM NA COMPACTAÇÃO 3.4.1 – Energia de Compactação A obtenção do adensamento dos solos está intimamente ligada à energia transferida do compactador ao solo. Esta energia depende de 4 fatores principais: peso próprio ( P ) número de passadas ( n ) velocidade do rolo ( V ) espessura da camada ( e ) × ×= eV nPfE 35 De um modo geral, pode-se afirmar que crescerá com o aumento do peso próprio e o número de passadas e diminuirá com o aumento da velocidade e da espessura da camada. 3.4.2. UMIDADE DO SOLO A umidade exerce grande influência na compactação, devendo cada tipo de solo ser compactado na sua umidade ótima, determinada em laboratório. Isto obriga-nos freqüentemente a corrigir o teor de umidade natural do solo pela adição de água ou por sua aeração. A irrigação deverá ser feita com caminhão-tanque de barra de distribuição com bomba hidráulica, para garantir uma razão constante e conseguir a homogeneização do teor de umidade em toda a extensão da camada. A aeração é feita revolvendo-se o solo com arado, grade de disco, pulvimisturadora ou motoniveladora com escarificador, expondo-o à ação dos raios solares e do vento. Estas operações, levadas a efeito para deslocar a umidade natural do solo para a umidade ótima, retardam a compactação, reduzindo o seu rendimento e elevando o seu custo. 3.4.3 – NÚMERO DE PASSADAS Há interesse, por razões de custo, em determinar-se o menor número de passadas que conduza à densidade máxima desejada, sob as condições de umidade ótima. Isto só pode ser feito com segurança por tentativas em trechos experimentais, fixando-se os outros parâmetros. 36 O gráfico, mostrado a seguir, apresenta o efeito conjugado do número de passadas e da velocidade do rolo no grau de compactação. Observa-se que, após um determinado número de passadas o incremento de compactação vai se tornando cada vez menor. No caso de rolos vibratórios, uma vez atingida a densidade desejada, a insistência em elevar o número de passadas gera o problema de supercompactação, ou seja, o solo devolve ao rolo a energia fornecida, afetando seus mecanismos. Figura 12 – Grau de compactação em função das velocidades 3.4.4 – ESPESSURA DA CAMADA Por razões econômicas é preferível que a espessura seja a maior possível. O quadro de aplicação dos equipamentos ( tabela 8 ) fornece as espessuras máximas recomendadas para os diversos compactadores. A prática indica, porém, que é preferível a fixação de valores menores a fim de garantir a compactação uniforme em toda a altura da camada. No caso de materiais argilo-siltosos, usando-se o rolo de pé-de-carneiro, recomenda-se que a espessura solta da camada não ultrapasse 20% da altura da pata do rolo. Na hipótese de se utilizar rolo pneumático, a espessura da camada deve ser pequena, pois as tensões verticais diminuem rapidamente com a profundidade. As especificações para obras rodoviárias fixam em 30cm a espessura máxima das camadas após a rolagem, aconselhando espessuras de 20cm. para garantir a homogeneidade. No caso de materiais granulares recomenda-se camadas de, no máximo, 20cm, compactada. 37 3.4.5 – HOMEGENIZAÇÃO DA CAMADA É importante que a camada solta, antes da compactação, apresente-se, tanto quanto possível, pulverizada de forma homogênea, sem a presença de torrões muito secos, blocos ou fragmentos de rocha. Este fator cresce de importância quando o teor de umidade deve ser aumentado, pois garantirá uma percolação uniforme da água. Os implementos usados são grade de discos, motoniveladoras com escarificador e pulvimisturadora. 3.4.6 – VELOCIDADE DE ROLAGEM Como o material solto oferece, devido ao afundamento, resistência elevada ao rolamento (200Kg/f), inicialmente deve-se empregar a 1.ª marcha. Além disso, como as patas do rolo pé-de-carneiro penetram a certa profundidade na camada solta, a movimentação em velocidade baixa permite a aplicação de maiores esforços de compactação. Com o adensamento do solo as patas vão penetrando cada vez menos, permitindo o uso da 2.ª marcha. Embora não se possa estabelecer regras fixas, verifica-se que as velocidades são maiores para rolos pneumáticos (10 a 15Km/h), seguindo-se os rolos pé-de- carneiro (5 a 10 Km/h) e os vibratórios (3 a 4 Km/h) 3.4.7 – AMPLITUDE E FREQUÊNCIA DAS VIBRAÇÕES A experiência mostra que os melhores efeitos de compactação são obtidos nas freqüências entre 1.500 a 3.000 vibrações por minuto. Já o acréscimo de amplitude significa sensível aumento no adensamento e na profundidade atingida. Alguns tipos de rolos são equipados com dispositivo que permite o uso de duas amplitudes diferentes. 38 O uso de grande amplitude e alta freqüência não é aconselhável porque resulta em esforços muito grandes nos rolos, sendo preferível a utilização de maior amplitude com freqüências médias já indicadas. É importante aproveitar o efeito da ressonância das vibrações do sistema rolo vibratório x solo, que ocorre normalmente na faixa de 800 a 1.600 vibrações por minuto. No ponto em que se atinge a ressonância, a vibração das partículas do solo é somada à força de impacto e à amplitude das vibrações do equipamento obtendo- se, então, graus de compactação elevados com menor número de passadas. 3.5 – RECOMENDAÇÃO GERAL Quando não é possível atingir o grau de compactação desejado com o equipamento disponível deve-se procurar aumentar o número de passadas diminuindo a velocidade do rolo e/ou a espessura da camada solta. 39 CAPÍTULO 4 – ESCAVAÇÃO EM ROCHA 4.1 – GENERALIDADES A escavação em rocha a céu aberto constitui, em vários casos, um complemento da terraplanagem. Com freqüência, ao longo de um trecho de estrada em implantação, encontram-se maciços rochosos, cuja remoção exigirá técnicas específicas, inteiramente distintas da terraplanagem convencional. A exploração de jazidas de rocha, também exigem esta técnica específica para produzir os rachões, que deverão passar pelos britadores para serem transformados em pedra britada. Estes casos, aliados às fundações de barragens, edifícios e obras de arte em rocha constituem o que se chama escavação a céu aberto, em contrapartida às escavações de túneis, realizadas em ambientes confinados. As escavações em rochas são feitas por um processo cíclico de operações que engloba as seguintes fases : perfuração do maciço a distâncias predeterminadas, introdução de cargas explosivas nos furos, detonação desses explosivos e remoção do material extraído. As perfurações são feitas mecanicamente com diferentes tipos de equipamentos, chamados perfuratrizes, que, em sua grande maioria, são acionados por compressores de ar. A abordagem deste processo será realizada através da análise dos seguintes tópicos: • Perfuratrizes • Compressores de ar • Explosivos • Execução do desmonte • Produção As modernas técnicas de remoçãode maciços rochosos proporcionam superfícies relativamente planas, através dos processos conhecidos como pré- 40 fissuramento e da detonação amortecida. Tais métodos evitam a formação de projeções ou reentrâncias na superfície da rocha, ambas indesejáveis. Os diâmetros das perfurações para escavação de maciços rochosos variam de 33 a 100mm. As profundidades variam em função da rocha, do projeto e do equipamento disponível, sendo, entretanto, raras as perfurações além de 30m, ficando a maioria entre 4 e 18 metros. 4.2 – EQUIPAMENTO DE PERFURAÇÃO 4.2.1 – GENERALIDADES Um equipamento de perfuração é composto de: • Perfuratriz • Sistema de avanço • Sistema de apoio e locomoção • Fonte de ar comprimido A perfuratriz transmite movimentos de percussão e rotação à haste da broca, que através da ação da pastilha vai gradualmente triturando a rocha. É necessário um certo esforço sobre a perfuratriz para que haja pressão da broca sobre a rocha. Este esforço é criado pelo sistema de avanço e nas perfuratrizes manuais através da ação do próprio operador. É muito importante o deslocamento da máquina de perfuração para atingir novas locações de furos ou para por-se a salvo, antes das detonações. Necessitam, por isso, de um sistema de apoio e locomoção. A fonte de ar comprimido fornece a energia necessária ao acionamento da perfuratriz, do sistema de avanço e do sistema de apoio e locomoção. 41 4.2.2 – CLASSIFICAÇÃO DAS PERFURATRIZES As perfuratrizes, quanto ao modo como desagregam a rocha classificam-se em: • percussivas • rotativas • percussivo-rotativas • de furo – abaixo (DTH) Down Turn Hole a. Perfuratrizes Percussivas São aquelas que reproduzem o trabalho manual de perfuração de rocha. Um homem golpeava o ponteiro, de ponta semelhante a uma talhadeira; outro homem segurava o ponteiro e, após cada golpe, girava-o de um pequeno arco de círculo. Cada golpe causava um corte na rocha e a rotação, após cada golpe, permitia o corte completo do círculo e o avanço de perfuração. Embora chamada apenas percussiva ela, na realidade, produz um giro na broca, imediatamente após cada golpe. Este giro, sempre de um pequeno arco de círculo, é descontínuo. Simultaneamente a estes dois movimentos ocorre a introdução na perfuração de ar ou água de limpeza. b. Perfuratrizes rotativas Transmitem às brocas somente movimento de rotação contínua. Não há, portanto, percussões. A demolição da rocha no furo é feita apenas por rotação da broca que trabalha sob a ação de uma pressão constante. Conforme o tipo de broca, as perfuratrizes rotativas podem demolir a rocha por: • corte • abrasão • esmagamento 42 Destinam-se, quase sempre, a furos de grandes profundidades, como os necessários para prospecções geológicas, poços artesianos, prospecção e exploração de poços petrolíferos. São também aplicados na perfuração de rochas para posterior colocação de explosivos. c. Perfuratrizes percussivo-rotativas Apresentam rotação contínua, além de percussões sobre a broca. Diferem das perfuratrizes percussivas porque estas, além de porte menor, têm rotação da broca descontínua. São utilizadas para perfuração de diâmetro, geralmente, de 38 a 89mm, podendo chegar a 125mm. d. Perfuratrizes de furo-abaixo ( DTH ) O esforço de percussão para a extremidade da broca, onde efetivamente ocorre a demolição da rocha, é feito, nas perfuratrizes até agora estudadas, através de segmentos de aço ( hastes ) unidos por rosca. Desta forma, ao se atingir grande profundidade, há uma apreciável perda de energia na transmissão do esforço percussivo, da superfície até o fundo do furo, realizada por meio das hastes. As perfuratrizes de furo-baixo foram desenvolvidas para evitar esta dissipação. O mecanismo de percurssão, ao invés de ficar na superfície, está na extremidade da broca, junto à coroa, parte mais extrema da broca e que efetivamente trabalha contra a rocha. Desta maneira, a energia do ar comprimido convertida em percussões é aplicada praticamente toda na perfuração, ficando eliminadas as dissipações ao longo das hastes. Estas perfuratrizes têm larga aplicação em pedreiras de bancadas altas, geralmente acima de 20m. A comparação feita com as perfuratrizes percussivo-rotativas apresenta as seguintes vantagens e desvantagens: 43 Vantagens: • Não ocorre dissipação de energia de percussão nas hastes. • A limpeza do furo é mais eficiente. • O rendimento em metros de furo é maior para a mesma quantidade de ar comprimido. Desvantagens: • A velocidade de perfuração é menor. • A rutura ou o travamento do colar de hastes pode significar perda total da perfuratriz. • A vida útil das pastilhas ( material que rompe a rocha ) é menor • Não trabalha bem em rocha muito fraturada ou na presença de água. A perfuratriz de furo-baixo opera com rotação contínua através de um motor independente situado na superfície. O fluxo de ar comprimido desce pelo interior das hastes até atingir a perfuratriz. Seu funcionamento apresenta muita semelhança com a perfuratriz percussiva. Os diâmetros existentes para esse tipo de perfuratriz vão geralmente de 75mm a 225mm. Alguns fabricantes oferecem dispositivo para injeção de água no lugar comprimido, da ordem de 4 a 8 litros por minuto, com a finalidade de proporcionar um melhor desempenho da perfuratriz em rocha cujos detritos tendem a aderir ou quando avançando abaixo do nível do lençol freático. 4.2.3. SISTEMAS DE AVANÇO Para que ocorra um trabalho efetivo de demolição e conseqüente desenvolvimento da perfuração é necessário que seja exercido um esforço, aliado à rotação e percussão, que faz progredir o furo. 44 O esforço pode ser executado fisicamente pelo operador, como ocorre nas perfuratrizes manuais. Sem este esforço, ou quando o mesmo é insuficiente, a máquina fica saltitando improdutivamente. A necessidade de redução de custos de mão-de-obra e aumento da produção levou ao desenvolvimento de avanços que prescindem totalmente do esforço humano. Os sistemas de avanço desenvolvidos foram: • Pneumáticos • De corrente • De parafuso a. Avanço Pneumático No atual estágio de desenvolvimento os avanços pneumáticos, têm interesse não histórico, já que ainda existem pedreiras que os utilizam. É acionado por ar comprimido. Um conjunto pistão-cilindro é ligado à perfuratriz, sendo o esforço sobre ela produzido pelo deslocamento do pistão contra o cilindro apoiado em um ponto fixo ( que é a garra cravada no solo ) Figura 13 – Avanço pneumático As vantagens do avanço pneumático sobre o manual são: 45 • Economia de mão-de-obra; um homem pode operar dois ou três equipamentos; • A pressão do avanço é mantida com maior uniformidade, resultando em economia de brocas; • Maior produtividade da perfuratriz; Os avanços pneumáticos foram muito empregados na escavação de túneis. Nas escavações a céu aberto, apareceram com o nome de “Bencher”. b. Avanço de corrente Neste sistema, o esforço sobre a perfuratriz é exercido mecanicamente por uma corrente ligada a ela, tracionada no sentido de provocar pressão da perfuratriz contra a broca e desta contra a rocha. Os principais componentes do avanço de corrente são: estrutura de suporte, placa deslizante, motor, corrente e roda dentada. Figura 14 – Avanço de corrente 46 A placa deslizante, que se move ao longo da estrutura de suporte, está presaà corrente. Em conseqüência, funcionando-se o motor movimenta-se a corrente que, por sua vez, desloca a placa. A perfuratriz fica parafusada na placa deslizante e desloca-se com ela. O avanço de corrente é largamente utilizado nos trabalhos de escavação a céu aberto. Embora a perfuração possa não ser muito exata com relação à direção, este tipo de avanço é muito robusto e facilmente reparável. A pressão exercida sobre a perfuratriz é constante, de modo que quanto mais branda é a rocha, maior a velocidade de perfuração. c. Avanço de Parafuso Neste tipo de avanço, o esforço sobre a perfuratriz é exercido por um longo parafuso que substitui a corrente do avanço de corrente. A perfuratriz é presa à placa deslizante, que pode se deslocar ao longo da estrutura de suporte. A placa possui na base uma rosca, penetrada pelo parafuso do avanço que gira por ação de um motor de ar comprimido. À medida que o parafuso gira, a placa desce ou sobe, conforme o sentido de rotação. Entre as vantagens do avanço de parafuso destacam-se: • Maior rapidez na perfuração; • Vida útil do parafuso da ordem de 50.000m de perfuração; Como desvantagens destacam-se: • Estrutura de suporte, constituída de liga especial de alumínio, é facilmente prejudicada por choques. • No caso do parafuso ser danificado, só resta, como alternativa, substituí-lo. Em relação ao avanço de parafuso, o sistema de avanço de correntes apresenta duas grandes vantagens: 47 • No caso de avarias na corrente, basta a substituição de alguns elos; • Ocorrendo danos na estrutura de suporte, esta poderá ser recuperada por não ser de liga especial. d. Avanços Utilizados Os avanços hoje utilizados na escavação são, praticamente, os de corrente, adotados nos equipamentos de perfuração com locomoção própria. Os demais sistemas foram superados como solução e não têm mais expressão como equipamentos para comercialização. É importante, porém, ressaltar que muitos desses equipamentos ainda operam em diferentes tipos de exploração de rochas, sendo, por isso, necessário conhecê-los. 4.2.4 – LOCOMOÇÃO DAS PERFURATRIZES Dentro de um canteiro de obras, ocorrem três tipos de deslocamentos dos equipamentos de perfuração: • Na seqüência dos furos • Para abrigar o equipamento durante a detonação • Para novas frentes de trabalho Como os deslocamentos constituem uma parcela apreciável do ciclo de escavação, reduzindo o seu tempo, consegue-se significativo aumento na produção horária. Algumas soluções desenvolvidas para resolver este problema são: • Locomoção manual • Locomoção tracionada • Locomoção própria 48 a. LOCOMOÇÃO MANUAL As perfuratrizes manuais são deslocadas manualmente para a seqüência de furos e para abrigar a máquina na hora da detonação. O deslocamento para novas frentes é feito sobre veículos, geralmente um basculante, que opera no transporte da rocha detonada. b. LOCOMOÇÃO TRACIONADA A introdução de rodas e de uma estrutura de suporte para as perfuratrizes representou uma grande evolução. Utilizou-se uma estrutura de suporte ( chassis ) sobre a qual foi montada a perfuratriz com um sistema de avanço. Dotou-se o chassis de rodas de borracha maciça ou pneumáticos e uma barra de tração. O deslocamento é feito, com muito mais facilidade, manualmente e para distâncias mais longas é tracionado por veículo. A locomoção tracionada permitiu o desenvolvimento de perfuratrizes maiores, de maior produção e mais pesadas. c. LOCOMOÇÃO PRÓPRIA A perfuratriz e o respectivo sistema de avanço são montados sobre uma unidade tratora especialmente projetado e construída para recebê-los, sem necessidade de adaptação. A unidade tratora é quase sempre de esteiras, o que assegura a ascensão em rampas íngremes e deslocamento sobre terrenos irregulares. É impulsionado por motor acionado a ar comprimido, utilizando a mesma fonte que alimenta a perfuratriz. 49 4.2.5 – ASSOCIAÇÃO DE PERFURATRIZ, AVANÇO E LOCOMOÇÃO a. Perfuratrizes Manuais Neste equipamento a percussão é produzida mecanicamente e o esforço para avanço feito pelo operador. São utilizadas nos seguintes serviços: • Exploração de pedreiras de pequeno porte • Escavação de cortes rodoviários de pequeno porte • Escavação de fundações de barragens que exijam pequena produção mensal • Desmonte de matações ou aprofundamento de escavações para fundações de obras-de-arte e edifícios • Perfurações para fogachos em pedreiras • Perfurações esporádicas que auxiliam o desmonte de rocha decomposta em jazidas para pavimentação • Acabamento de cortes e valas para drenagem b. “Bencher” A associação de um avanço pneumático e de uma perfuratriz percussiva resultou num equipamento para perfurações verticais ou de pequena inclinação denominada “bencher”. A essa associação adicionou-se um eixo e um par de rodas de borracha, facilitando seu deslocamento. Deve ser previamente fixado na rocha para permitir o funcionamento do sistema de avanço. É um equipamento para furos com mais de 3m. A substituição das brocas integrais é facilitada pelo uso do avanço no sentido oposto ao da perfuração. 50 A produção dos “benchers” está interrompida pelos fabricantes. Entretanto, ainda existem empresas, especialmente pedreiras, que utilizam com êxito este equipamento, apesar de seu anacronismo. Figura 15 – Bencher 51 c. Wagon-drill É a associação da perfuratriz, de um avanço de corrente e de uma estrutura de suporte dotada de quatro rodas com pneumáticos e uma barra de tração. Permite o emprego de perfuratrizes pesadas ( de 45 a 170Kg ) e de furo- abaixo. Produz perfurações inclinadas em ângulos que variam de 40 graus até a vertical. Trabalha com brocas de extensão, aumentando-se o seu comprimento pela adição de hastes parafusadas. Os diâmetros de trabalho podem variar de 40mm a 64 mm. Podem ser empregados nos seguintes trabalhos: • Desmonte de rocha para britagem • Escavação de cortes rodoviários em rocha • Escavação de cortes rodoviários de 2.ª categoria, quando feito com explosivos. • Escavação de rochas para fundação de barragens • Desmonte de rochas para produção de rachão para enrocamento • Perfurações para ancoragem de muros atirantados Existem ainda muitos “wagon-drill” operando, sendo, por esta razão, importante conhecê-los. 52 d. Perfuratrizes sobre trator Figura 16 – Pefuratriz sobre trator A perfuratriz sobre trator apresenta tração própria. O tipo de maior aceitação tem a unidade tratora especialmente construída para receber o avanço e a perfuratriz. É um trator de esteiras acionado a ar comprimido. O avanço de corrente não fica solidário ao chassis do trator, mas articulado a ele por meio de um sistema acionado por pistões hidráulicos, que permitem os movimentos mostrados a seguir. 53 Figura 17 – Ângulos e posições de perfuração As perfuratrizes sobre trator apresentam uma ampla gama de possibilidades. Existe no mercado uma unidade tratora com dois avanços de corrente e duas perfuratrizes. Utiliza perfuratrizes leves ( ± 30Kg ) para trabalhar com brocas de 27 a 54 40mm de diâmetro e destina-se à escavação em bancadas baixas. O consumo de ar é da ordem de 10,3m3/min. As unidades de perfuratriz única trabalham com perfuratriz de 170 a 270 Kg com diâmetrosde 5 a 12,5 cm e consumo de ar de 17m3/min. Podem trabalhar também com perfuratriz de furo-abaixo. As principais vantagens e desvantagens da utilização da perfuratriz de furo-abaixo ( P.D.F.A. ) são: - Mantém avanço de perfuração uniforme, mesmo em grandes profundidades desde que as características da rocha não variem. - Não consome ar comprimido em excesso. O portal de exaustão da perfuratriz, estando dentro do furo facilita a limpeza. - As hastes têm vida mais longa pois transmitem apenas o movimento de rotação. - É muito mais silenciosa pois a perfuratriz trabalha dentro do furo - Permite perfurações bastante precisas em direção - Permite perfurações profundas. - Não permite a utilização de diâmetros de coroas muito diferentes, já que existe a limitação de diâmetro da própria perfuratriz. - Os custos de perfuração são menores. Dentre as perfuratrizes montadas sobre trator construído especialmente com esta finalidade, destacam-se: Uma perfuratriz percussivo-rotativa e avanço de corrente. • Escavação de bancadas em pedreiras, fundações de barragens, cortes rodoviários, perfuração de poços, ancoragens e injeção de cimento. 55 Duas perfuratrizes percussivas e dois avanços de corrente. • Abertura de valas, assentamento de dutos, perfurações secundárias, escavação de cortes de 2.ª categoria com explosivos, perfuração para pré-fissuramento Figura 18 – Duas perfuratrizes sobre trator Motor de rotação, perfuratriz de furo-abaixo e avanço de corrente. • Escavação de bancadas com diâmetro entre 3 ½ “ a 9” e profundidade além de 25m. 56 Motor de rotação e avanço pneumático ( ou de corrente perfuratriz rotativa ou eventualmente perfuratriz de furo abaixo ) e compressor de ar próprio. • Perfuração de diâmetro superior a 4” e grandes profundidades; serviços que exigem produção superior a 100.000m3 por mês e onde o topo da bancada apresenta condições favoráveis à entrada do equipamento que é bastante pesado. 4.2.6 – OPERAÇÃO DAS PERFURATRIZES As perfuratrizes requerem operação correta para que possam apresentar bom desempenho, produção condizente com suas características e também durabilidade. Os fabricantes de equipamentos, através de seus representantes, prestam grande auxílio, enviando seus técnicos às obras para orientar os operadores ou mesmo promovendo cursos sobre a operação das perfuratrizes e utilização das brocas. 4.2.7 – PRODUÇÃO HORÁRIA a. Tempo de Ciclo É o tempo gasto na perfuração completa de um furo, que compreende 5 fases, a saber: • Fase 1 – Alinhar a broca e embocar o furo. O tempo consumido nesta fase é um tempo fixo, pouco varia para a mesma equipe ou, em outras palavras, a grandeza das variações não é significativa; como valor médio, pode ser estimado em 2min. • Fase 2 – Tempo de perfuração 57 É um tempo variável e depende da profundidade do furo, do tipo de rocha e da velocidade de avanço da perfuratriz. • Fase 3 – Manuseio e colocação de hastes Como varia pouco para a mesma equipe, é considerado um tempo fixo para cada haste introduzida. Como valor médio, adota-se o tempo de 2,5 min por haste. • Fase 4 – Retirada das hastes Adota-se 1,5min por haste retirada. • Fase 5 – Deslocamento do equipamento até o novo furo É usualmente um tempo fixo pois, muito embora as distâncias entre os furos não sejam sempre as mesmas, as variações não conduzem a alterações sensíveis neste tempo. Na falta de levantamento real do tempo, adota-se 0,75min. O tempo de ciclo será dado pela fórmula: 54321 tttttTC ++++= Onde t1....t5 são os tempos gastos para cumprir cada uma das fases apresentadas anteriormente. b. Produção Horária TC EgHPh ××= 160 Onde: comprimento do furo em metros =1H =Eg Eficiência geral, normalmente adotada 50 min. de trabalho por hora, ou seja 84,0 60 50 ≅ no caso de tarefas normais e 0,75 no caso de tarefas difíceis. tempo de ciclo em minutos =TC produção horária, em m/h =Ph 58 4.2.8 - APLICAÇÃO Calcular a produção horária de uma perfuratriz capaz de executar 0,5m/min em furos de 12m de profundidade, sabendo que as hastes são de 3m, e o trabalho é feito em condições normais. SOLUÇÃO 1. Cálculo do tempo de ciclo ( fixo ) ( emboque ) min0,21 =t .min24 5,0 12 2 === V Ht ( perfuração ) 4 3 12 ==n hastes ( colocação de hastes ) min105,243 == xt ( retirada de hastes ) .min65,144 == xt ( fixo ) ( mudança de local ) 75,05 =t 54321 tttttTC ++++= .min75,4275.0610242 =++++=TC 2. Produção horária TC EgHPh ××= 60 hmPh /15,14 75,42 84,01260 =××= 4.3 – BROCAS As brocas são de dois tipos distintos e transmitem à rocha os esforços criados na perfuratriz. Através de sua extremidade cortante é feito o avanço efetivo na rocha. 59 4.3.1 – BROCAS INTEGRAIS OU MONOBLOCO São aquelas em que as partes componentes constituem uma peça única. Por isso, para se atingir diferentes cotas de aprofundamento do furo são necessárias brocas de vários comprimentos. Uma broca integral é composta das seguintes partes: Figura 19 – Broca integral • punho: extremidade da broca que se encaixa no mandril da perfuratriz. • colar : limita o comprimento da broca que penetra na perfuratriz • haste : tem comprimento modulado e transmite à coroa os esforços recebidos da perfuratriz no punho. • Na coroa temos a pastilha, que realmente perfura a rocha, e o orifício do qual sai a água e o ar do sistema de limpeza. Devido ao desgaste da coroa, numa série de brocas integrais, há uma redução constante de 1 mm no diâmetro das brocas, a medida que seu módulo de haste cresce. 60 Figura 20 – Perfuração com brocas integrais As séries de brocas integrais são produzidas nos diâmetros de punho de 3/4 “ ( 19mm ), 7/8” ( 22 mm ) e 1” ( 25mm ) para perfuração de bancadas. Nas escavações a céu aberto usa-se praticamente apenas o de 7/8”. 61 Tabela 9 - Brocas integrais Obs.: Haste de seção hexagonal, com medida entre as faces de 22,2 mm ( 7/8’’ ) 4.3.2 – Brocas de Extensão São as que podem ter seu comprimento aumentado pela adição de hastes. O desenvolvimento das brocas de extensão permitiu aumentar a profundidade das operações e também o seu diâmetro. As brocas integrais têm seu comprimento máximo limitado a 6,40m sendo o diâmetro para esse comprimento de 33mm. Uma broca de extensão é composta das seguintes partes: Figura 21 – Broca de extensão 62 • Punho Engatado no mandril da perfuratriz, transmite o movimento de percussão e também o de rotação. • Haste Transfere os esforços de rotação e percussão do punho à coroa. A haste mais utilizada tem comprimento de 3,05m. • Luva Faz a união entre o punho e a 1.ª haste e entre hastes sucessivas. • Coroa Em sua face externa estão inseridas as pastilhas ( ou bits ) responsáveis pela perfuração. 4.3.3 – Distinção entre metros de furo e metros de hastes Nas brocas de extensão, o avanço da perfuração é feito através da adição sucessiva de hastes rosqueadas na broca, aumentando seu comprimento. Assim, a primeira haste introduzida é a que mais vai trabalhar. Se furo tiver 9m de profundidade, no fim do trabalho, a 1.ª haste perfurou 9m, a 2.ª 6m e a 3.ª, 3m. Figura 22 – Perfuração com broca de extensão 63 Assim, para perfurar 9mde rocha foram necessários 18m de trabalho de hastes: 1.ª haste: 3 + 3+ 3 = 9m 2.ª haste: 3+3 = 6m 3.ª haste: 3 = 3m 18m A primeira haste é a que mais vai trabalhar. Logo, mantida esta situação, será a primeira a atingir o limite da fadiga. Substituindo-a por nova irá operar com as outras já com boa parte da vida útil cumprida, podendo ocasionar a perda da coroa dentro da perfuração. Esta situação indesejável é evitada com o rodízio das hastes, onde a primeira utilizada em um furo será a segunda no sucessivo e assim por diante. Dessa maneira, todas as hastes empregadas envelhecem simultaneamente, isto é, perfuram o mesmo número de metros. Tabela 10 – Rodízio de hastes Furos ( n.º ) Haste n.º 1 2 3 4 5 6 Total metros furo Total metros haste 1 12 - - 3 6 9 12 30 2 9 12 - - 3 6 12 30 3 6 9 12 - - 3 12 30 4 3 6 9 12 - - 12 30 5 - 3 6 9 12 - 12 30 6 - - 3 6 9 12 12 30 Como mostra o quadro, para execução de 6 furos de 12m cada, isto é, para se perfurar 72m com suas hastes, foram necessários 180m de hastes ( 6 x 30 ) Existe uma relação entre o número de metros de hastes e o número de metros de furos, que é a seguinte ( k ) 64 2 1+= nk onde, n = número de hastes necessárias para perfurar cada furo. k = relação metros de haste / metros de furo. No exemplo do quadro anterior, temos: 5,2 2 14 2 1 =+=+= nk Metros de haste = k x metros de furo Metros de haste = 2,5 x ( 6 x 12 ) = 180m 4.4 – COMPRESSORES DE AR 4.4.1 – GENERALIDADES O ar comprimido é utilizado em todos os equipamentos de perfuração, das perfuratrizes leves manuais até as grandes máquinas. A energia de perfuração é produzida pelo ar comprimido. O próprio acionamento dos tratores sobre os quais são montadas as perfuratrizes, é feito principalmente através dele. Por isso, o abastecimento de ar comprimido é um assunto extremamente importante em qualquer canteiro de escavação de rocha. Os compressores de ar são máquinas que aspiram o ar da atmosfera, comprimem-no, reduzindo o seu volume e aumentando a sua pressão, e enviam-no para um reservatório. 65 4.4.2 – TIPOS DE COMPRESSORES Os compressores empregados em escavação são de três tipos: • compressores de pistão • compressores de parafusos • compressores de palhetas a. Compressores de pistão Nos compressores de pistão a produção de ar comprimido é descontínua, já que na fase inicial, a de aspiração do ar, não há compressão no cilindro. Aspirado o ar, o pistão inverte o seu curso comprimindo o ar aspirado que, ao atingir uma determinada pressão, abre a válvula de exaustão e o ar comprimido segue para o reservatório. Figura 23 – Compressor de pistão 66 b. Compressores de parafusos Nos compressores rotativos, o aumento de pressão é obtido através da passagem do ar por um sistema rotativo. Nos compressores rotativos de parafuso esse sistema é constituído por dois rotores, um deles dotado de lóbulos ( rotor macho ), o outro de reentrâncias ( rotor fêmea) que recebem os lóbulos do outro rotor, girando em sentidos opostos. O ar passa pelo espaço existente entre os lóbulos e as reentrâncias, que se vão interpenetrando e comprimindo o ar. Figura 24 – Compressor de parafuso de um estágio Figuras 25 – Compressor de Parafuso de dois estágios 67 c. Compressores de palhetas Nos compressores de palhetas, um rotor gira excentricamente dentro de uma carcaça. O ar adentra na posição de máxima excentricidade do rotor em relação à carcaça e fica retido no espaço entre duas palhetas sucessivas. Esse espaço vai diminuindo à medida que o motor gira, devido à excentricidade do ROTOR em relação à CARCAÇA. As palhetas, por ação de molas ou apenas da força centrífuga, roçam a face interna da carcaça em todos os momentos, mantendo o ar aprisionado até o instante da descarga no reservatório. Figura 26 – Compressor de palhetas 4.4.3 – INSTALAÇÃO DOS COMPRESSORES. a. Compressores portáteis Os compressores portáteis são utilizados em canteiros de duração relativamente curta (seis meses). Um corte em rocha numa construção de estrada configura este caso. Não se justificaria a instalação de compressores estacionários, que normalmente requerem cuidados na construção da base sobre a qual se assentarão. Além disso, são de difícil locomoção e transporte. 68 Mesmo nos canteiros abastecidos por compressores de ar estacionários, existem alguns serviços para os quais será conveniente contar com compressores portáteis. b. Compressores estacionários Os compressores de ar estacionários são utilizados em obras de longa duração. É o caso de pedreiras, onde a frente de trabalho possui localização bem definida. O prazo de utilização dos compressores estacionários é quase sempre superior a 2 anos e pode-se transportar o ar comprimido através de tubos metálicos. O mesmo ocorre com as fundações para a construção dos vertedores e casas de força das barragens. Instalam-se os compressores de ar geralmente sobre bases de concreto, em galpão que se constitui numa verdadeira central de produção de ar comprimido. 4.4.4. ACIONAMENTO DOS COMPRESSORES Quanto ao acionamento, os compressores de ar podem ser acionados por motores elétrico ou a diesel. a. Acionamento a motor elétrico De um modo geral, associa-se compressor estacionários a motor elétrico, embora haja casos em que, por absoluta falta de energia elétrica, o acionamento deva ser feito opor motor diesel. b. Acionamento a motor diesel Quando não se dispõe de energia elétrica, adotam-se compressores de ar acionados por motor diesel. É o caso freqüente de cortes rodoviários, de desmonte de rochas para fundações de pontes e viadutos, e de pequenas pedreiras. 69 O acionamento por motor elétrico é mais econômico e de manutenção mais simples. Havendo possibilidade de se optar entre os motores elétricos e diesel, a escolha deverá recair sobre o elétrico. Entretanto, em muitos casos, não há possibilidade de energia elétrica no canteiro de obras, devendo-se, forçosamente usar compressores de ar acionados por motor diesel. 4.4.5 – LOCALIZAÇÃO DE CENTRAL DE AR COMPRIMIDO A localização correta da central de ar comprimido é extremamente importante, porque dela decorrem conseqüências econômicas e de eficiência altamente ponderáveis na operação do compressor. Os principais cuidados a serem tomados na escolha do local são: a. Condições do ar O compressor deve aspirar ar limpo, livre de poeira e outras partículas sólidas. Recomenda-se a localização da central de ar comprimido longe de instalações de britagem, estradas de terra, frentes de perfuração, detonação e de pátios com intenso movimento de veículos. b. Existência de água e energia elétrica A edificação que vai abrigar os compressores de ar deve estar próxima à rede de energia elétrica evitando-se, assim, transformadores suplementares e linhas de alta tensão. Para os refrigerados à água, procurar local onde ela possa ser facilmente encontrada. c. Condições do solo O solo de fundação deve ser de boa qualidade, evitando, assim, fundações complicadas para essas máquinas pesadas e que, em alguns casos, produzem grandes vibrações. Se o solo não for bom, deve ser consultada uma firma especializada para definir o tipo de fundação.
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