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APOSTILA AVALIAÇÃO FÍSICA E TESTES APLICADOS AO DESPORTO

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AVALIAÇÃO FÍSICA E TESTES APLICADOS AO DESPORTO
PROFª. Esp. WALDÊNIA DA SILVA MORAIS
walsmorais@hotmail.com
2016
INTRODUÇÃO
O futuro profissional de Educação Física deverá utilizar seus conhecimentos, para as mais diversas atividades, seja no campo da pesquisa científica, Treinamento desportivo, Saúde, Fitness, equipes multidisciplinares ou lazer.
Pode-se observar o crescimento da adesão à prática regular da atividade física pelas pessoas, motivado pelos grandes benefícios oferecidos à saúde e bem estar, conduta esta que deve ser incentivada nos mais variados segmentos e níveis da sociedade, considerando sua eficácia comprovada pela ciência, nos aspectos de prevenção, promoção, manutenção, melhora e recuperação da saúde e qualidade de vida em geral. Apesar disso, o processo de avaliação física para nortear as práticas do exercício físico, sejam elas espontâneas ou não, ainda é sub utilizado, carecendo de maior valorização de modo a corresponder com a sua real relevância no âmbito esportivo.
No contexto da atividade física e do esporte, a importância da avaliação, focaliza a motricidade humana, com ênfase nas capacidades e habilidades motoras e esportivas. Considerando-se, também, que a avaliação consiste na interpretação de um conjunto de dados ou informações obtidos por meio da aplicação de determinados testes, métodos, protocolos ou instrumentos validados, é imprescindível que essa interpretação seja feita de maneira adequada para que seja capaz de prescrever a(s) modalidade(s) o(s) exercício(s) e o(s) método(s) mais adequado(s) para equipes e/ou indivíduos. (UNESCO, 2013).
Nesse contexto, Pires (2010) indica que, para que um determinado programa de exercícios físicos seja lógico, objetivo, eficaz e individualizado, é indispensável que ele seja precedido de um criterioso e qualificado processo de avaliação funcional. Isso
porque somente essa avaliação poderá esclarecer as características individuais e, portanto, permitir que o programa de exercícios e/ou esporte seja realmente o mais indicado para determinado indivíduo, reduzindo assim a probabilidade de o programa promover resultados subótimos, não promover resultado algum ou, até mesmo, causar
algum dano. Somente a avaliação pode permitir que se pense um programa de esporte de forma a estabelecer – ou até mesmo rever – suas metas parciais e finais, conferindo-lhe lógica e objetividade.
De fato, o processo de avaliação no esporte pode proporcionar o diagnóstico do real estado dos praticantes, fornecendo subsídios importantes para que o professor ou treinador possa orientar e até modificar suas ações no processo de escolha, de desenvolvimento e de acompanhamento de suas atividades, em especial no âmbito do treinamento, tendo com isso condições de estabelecer as cargas de forma mais específica e individualizada (WEINECK, 2000; BOMPA, 2001).
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
AVALIAÇÃO: 
- É um julgamento, uma classificação e uma interpretação feito a respeito de um estudo baseado na medida ou em algum critério pré-determinado.
A avaliação é uma parte do processo educacional; medida uma técnica de avaliação e teste um instrumento de medida, como nos lembra BARROW. Enquanto a medida nos dá informação quantitativa de um trabalho, a avaliação nos posiciona qualitativamente dentro dele. 
A avaliação é um processo que deve ser permanente para nos criar condições de, partindo de valores básicos, determinar a ação, características, desvios e toda a seqüência do processo. Na análise final a avaliação torna possível julgar a eficiência do método empregado em função do grupo e do indivíduo.
BERTEUFFER e BREYRER estabeleceram um conceito - a medida focaliza um conhecimento ou habilidade específica de um momento e a avaliação é um processo dinâmico, uma mudança (preferentemente para melhor) em um período de tempo, fornecendo-nos bases preciosas de diferenças entre estes dois pontos. A medida e a avaliação são meios e fins, mas não uma finalidade básica em si mesma.
AVALIAÇÃO-ANÁLISE:
São técnicas que permitem visualizar a realidade do trabalho que se desenvolve, criando condições para que se entenda o grupo e situe-se um indivíduo
dentro deste grupo. Indica se os objetivos estão ou não sendo atingidos, indica se a metodologiade trabalho está sendo satisfatória.
Ex. 	O aluno obteve melhora no condicionamento aeróbico.
A estatura do testado está na média do grupo.
MEDIDA: 
- É a determinação de uma grandeza; processo de designar um número a alguma característica ou propriedade de um ser (no caso, aluno, cliente ou atleta) Pitanga, (2008, apud KISS, 1987).
- Escore ou número obtido baseado no teste ou aferição.
TESTE: é o instrumento utilizado para se obter medidas; instrumento, procedimento ou técnica para se obter uma informação.
PRINCIPAL DIFERENÇA ENTRE MEDIDA E AVALIAÇÃO:
MEDIDA 	ASPECTO QUANTITATIVOBERTEUFFER e BREYRER estabeleceram um conceito - a medida focaliza um conhecimento ou
habilidade específica de um momento e a avaliação é um processo dinâmico, uma mudança
(preferentemente para melhor) em um período de tempo, fornecendo-nos bases preciosas de diferenças
entre estes dois pontos. A medida e a avaliação são meios e fins, mas não uma finalidade básica em si
mesma.
AVALIAÇÃO		ASPECTO QUALITATIVO BERTEUFFER e BREYRER estabeleceram um conceito - a medida focaliza um conhecimento ou
habilidade específica de um momento e a avaliação é um processo dinâmico, uma mudança
(preferentemente para melhor) em um período de tempo, fornecendo-nos bases preciosas de diferenças
entre estes dois pontos. A medida e a avaliação são meios e fins, mas não uma finalidade básica em si
mesma.
TIPOS DE AVALIAÇÃO:
AVALIAÇÃO DIAGNOSTICA: Usada antes de se começar qualquer trabalho, meta, treinamento, período letivo, etc. Onde o objetivo será conhecer as condições iniciais do avaliado, para a partir daí serem traçados os objetivos iniciais, intermediários e finais do cliente, aluno ou atleta (MARINS & GIANNICHI, 2003; PITANGA, 2004).
AVALIAÇÃO FORMATIVA: Usada durante o período de aulas ou treinamento, através do qual é possível verificar o andamento do seu trabalho, ou como esta o desempenho do aluno, enquanto houver tempo de fazer modificações (MARINS & GIANNICHI, 2003; PITANGA, 2004).
A avaliação é realizada quase que diariamente. Quando a performance do indivíduo é obtida e avaliada, em seguida é feita uma retroalimentação, apontando e corrigindo os pontos fracos até ser atingido o objetivo proposto.
AVALIAÇÃO SOMATIVA: Determina a aprovação ou reprovação do aluno através de notas ou conceitos, em função de um padrão mínimo de rendimento, normalmente feita ao final do ano letivo ou do período de treinamento (MARINS & GIANNICHI, 2003; KISS, 2003; PITANGA, 2004).
OBJETIVOS DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES NA EDUCAÇÃO FÍSICA:
- Avaliar o estado do indivíduo ao iniciar a programação;
- Detectar deficiências, permitindo uma orientação no sentido de superá-la;
- Auxiliar o indivíduo na escolha de uma atividade física que, além de motiva-lo
possa desenvolver suas aptidões;
- Impedir que a atividade seja um fator de agressão;
- Acompanhar o progresso do indivíduo;
- Selecionar elementos de alto nível para integrar equipes de competição;
- Desenvolver pesquisa em Educação Física;
- Acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento dos nossos alunos.
ATIVIDADE FÍSICA: qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética que resulte em um gasto energético. 
EXERCÍCIO FÍSICO: atividade planejada e estruturada com um determinado objetivo e/ou melhoria de um ou mais componentes da Aptidão Física.
DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA:
Seria a capacidade de realizar esforços físicos sem fadiga excessiva, garantindo a sobrevivência de pessoas em boas condições orgânicas no meio ambiente em que vivem. 
Rev Bras Med Esporte _ Vol. 6, Nº 5 – Set/Out, 2000
1960 – conceito multidimensional da aptidão física foi delineado na literatura.
Consistia em vários componentesque auxiliam na efetiva funcionalidade do individuo na sociedade, sem excesso de fadiga e com reserva de energia para desfrutar o tempo livre.
	 DESENVOLVIMENTO FÍSICO
	APTIDÃO FÍSICA
	HABILIDADES ATLÉTICAS
	FISIOLÓGICA
	RELACIONADA À SAÚDE
	
Força Explosiva
Agilidade
Coordenação
Capacidade anaeróbica
Velocidade
	Pressão sanguínea
Tolerância à glicose
Perfil lipídico
Integridade óssea
	Capacidade aeróbica
Composição corporal
Resistência muscular
Flexibilidade
	
CRITÉRIOS CIENTÍFICOS
VALIDADE: quando o teste mede o que se propõe a medir. 
CONFIABILIDADE: reprodutibilidade dos resultados do teste.
OBJETIVIDADE: O teste deve produzir resultados consistentes quando usado por diversos testadores.
NORMA: é um padrão ao qual um resultado obtido em determinado teste pode ser comparado. (normas: médias,desvio padrão e percentis)
VARIÁVEIS DE PERFORMANCE
- VARIÁVEL METABÓLICA 
Sistema Aeróbico
Sistema Anaeróbico
- VARIÁVEL NEUROMUSCULAR 
Força
Resistência
Velocidade
Flexibilidade
Coordenação
- VARIÁVEL CINEANTROPOMÉTRICA 
Composição Corporal
Somatotipo
Proporcionalidade
Cresc. e desenvolvimento
POR QUE FAZER UMA AVALIAÇÃO FÍSICA?
• Para verificar a condição inicial do aluno, atleta ou cliente;
• Para obter dados para a prescrição adequada da atividade;
• Para obter dados para incluir, excluir e indicar uma atividade física;
• Para programar o treinamento;
• Para acompanhar a progressão do aluno durante o treinamento (reavaliações);
• Para verificar se os resultados estão sendo atingidos.
QUANDO FAZER UMA AVALIAÇÃO FÍSICA?
• Início de qualquer programa de atividade física;
• No decorrer do período de treinamento;
• Ao final de um ciclo de treinamento ou quando for necessária uma reformulação do mesmo.
ONDE FAZER UMA AVALIAÇÃO FÍSICA?
• Laboratório
• Campo
• Academia
• Escola
PONTOS IMPORTANTES
• Instrumentos: A escolha correta garantirá êxito nas medidas, escolher instrumentos válidos, fidedignos, adequados à população e atualizados.
• Comparação de dados: se formos comparar dados, devemos observar se foram coletados pelo mesmo avaliador e se foi utilizado o mesmo método.
• Local adequado e limpo.
• Orientar o aluno/cliente que utilize a roupa adequada para a avaliação e os procedimentos do testes.
• Seguir rigorosamente as indicações, normas e padrões dos testes.
POR ONDE COMEÇAR UMA AVALIAÇÃO FÍSICA?
Como ponto de partida o interessante é fazer uma Anamnese (questionário), onde constarão perguntas simples, mas de fundamental importância.
Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2000) alguns aspectos são importantes para constar em uma anamnese:
• Diagnósticos clínicos;	• Exames físicos e clínicos anteriores;
• Histórico de sintomas;	• Enfermidades recentes;
• Problemas ortopédicos;	• Uso de medicamentos
• Alergias	• Outros hábitos (atividade física, profissão, dieta, Consumo de álcool, fumo...)
• Histórico Familiar.
Um exemplo de questionário muito utilizado é o Par-Q = Prontidão para atividade física. (Physical Activity Readiness Questionnaire).
Tem sido recomendado para a entrada em programas de exercício de intensidade branda e moderada, para pessoas entre 15 a 69 anos.
METODOLOGIA, ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS TESTES
Muitos são os fatores que irão interferir para realização de uma boa avaliação e o primeiro passo é fazer uma boa medida. Vamos lembrar alguns aspectos que ajudarão bastante nesse sentido:
A- Orientação do Avaliador: Conhecimento do Teste - Antes de aplicá-lo deveremos proceder a um rigoroso e perfeito estudo da técnica e procedimento. 
B- Orientação do Avaliado: A pessoa que irá ser avaliada precisa estar ciente do processo de medida. 
C- Local: Deveremos previamente planejar e analisar o espaço disponível (dimensão), o material específico de que dispomos.
D- Instrumental: Os instrumentos de medida deverão merecer especial atenção quanto à:
1. Aquisição: devemos selecionar aquele equipamento que mais se ajuste as condições reais de trabalho;
2. Manipulação: procuraremos conhecer o uso adequado do equipamento. 
3. Calibração: todo instrumento de medida deverá ter sua calibração conferida antes do início dos testes. 
4. Conservação: os equipamentos sempre significam um investimento financeiro e prolongar sua vida média de uso é um hábito que o avaliador deve cultivar.
CONSTRUÇÃO DE UMA BATERIA DE TESTES
Seja para a área esportiva ou programa de exercícios que explore várias valências, a avaliação deverá ser feita em cada item utilizado na prática desportiva, ou na programação do treinamento. Sendo assim, há a necessidade de lidarmos vários testes, distribuídos dentro daquilo que chamamos de uma bateria de testes.
Procedimentos para organização dos testes:
Analisar as qualidades físicas que o programa esportivo solicita. Torna-se, pois, necessário conhecer quais os fatores que irão interferir na performance e em que intensidade cada um deles terá contribuição direta com o trabalho a ser desenvolvido. Não devemos levar em consideração os fatores dependentes da posição tática, uma vez que poderão variar e são difíceis de serem medidos. Atentar, contudo, para o aspecto biomecânico.
Selecionar itens de testes que se enquadram dentro das qualidades físicas desejadas. Se o objetivo é a aplicação esportiva deverão repetir, o mais possível, as situações a serem enfrentadas na prática
Natureza do teste. Não se deve tirar de um teste uma informação diferente daquela que o elemento pode nos fornecer. Deve-se estar atento à perfeita obediência dos critérios determinados e, em se tratando de algumas valências específicas, aos fatores internos e externos que podem alterar o resultado.
O MÉTODO CINEANTROPOMÉTRICO
Cineantropometria: é uma interface quantitativa entre a anatomia e a fisiologia ou entre a estrutura e a funcao. Considerada como uma especializacao cientifica emergente emprega a medida do ser humano para avaliar a forma, o tamanho, a proporcao, a composicao corporal e a maturacao humana, na tentativa de compreender o crescimento, o exercicio, o desempenho atletico, a nutricao e suas inter-relacoes.
 - Classificação das Variáveis de Performance, Modificada de Astrand e Rodah
	1.Variável Cineantropométrica
	2. Variável Metabólica
	3.Variável Neuromuscular
	- Proporcionalidade 
- Composição corporal 
 - Somatotipo 
	- Metabolismo aeróbico 
- Metabolismo anaeróbico alático 
– Metabolismo anaeróbico lático 
	- Velocidade de reação
- Força
- Técnica
RIBEIRO, J.P.; LUZARDO. A.; DE ROSE. E.H. Potência Anaeróbica em Indivíduos Treinados e Não Treinados. Revista Brasileira do Esporte. São Caetano do Sul, 1(3):11-15. maio. 1980.
 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
A antropometria busca determinar parâmetros de normalidade dos componentes corporais, com base em medidas de perímetro e comprimento de segmentos, tecido de gordura subcutâneo, diâmetros ósseos, massa corporal e estatura.
As regras de medição em antropometria devem seguir padrões nacionais e internacionais para garantir a fidelidade dos dados obtidos.
As medidas cineantropométricas são classificadas a partir de seus expoentes em lineares, de superfície , e de massa.
Medidas Anatômicas: As medidas lineares são divididas, segundo os planos e os eixos em que se encontram, em longitudinais, transversais, ântero-posteriores e circunferenciais. As dobras cutâneas são, também, medidas lineares.
Medidas Longitudinais: São medidas lineares realizadas no sentido vertical e recebem o nome de alturas.
Medidas Transversais: São medidas lineares realizadas em projeção entre dois pontos considerados, que podem ser simétricos ou não, situados em planos geralmente perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo. Diâmetros.
Principais Instrumentos
 
Balança estadiômetro paquímetro adipômetro 		fita métrica
Procedimento técnico de medida da dobra cutânea: O compasso deve ser tomado na mão direita e o gatilho do compasso manuseado com o dedo indicador, com a mão esquerda pinçamoso tecido adiposo subcutâneo entre o polegar e o indicador, cuidando para que o músculo não seja pinçado junto, na dúvida solicita-se uma leve contração e posterior relaxamento do músculo. A prega deve ser pinçada no ponto determinado, as extremidades do compasso são ajustadas perpendicularmente a prega 1 cm abaixo dos dedos, aguarda-se dois segundos antes de efetuar a leitura. São realizadas três medidas de cada prega cutânea, utilizando-se para os cálculos o valor mediano. Se ocorrerem duas medidas com valores iguais toma-se a moda, sendo estas as duas primeiras não é necessário que se faça uma terceira. As dobras cutâneas são tomadas sempre do lado direito, independente se este é o lado dominante, devendo o indivíduo estar com a musculatura relaxada.
Procedimento técnico para medida dos diâmetros: As ramas do paquímetro ou do antropômetro devem estar colocadas entre os dedos polegar e indicador, utiliza-se o dedo médio para localizar o ponto anatômico desejadoquando da utilização do paquímetro. Deve-se aplicar uma pressão firme sobreas ramas para minimizar o espessamento dos tecidos como músculos e gordura.
Procedimento técnico para medida dos perímetros: Tomar a fita métrica na mão direita e a extremidade livre na mão esquerda. Deve-se ter o cuidado de manter a fita formando um ângulo reto com o eixo do osso ou com o segmento que se está medindo. A fita passa ao redor do local onde se vairealizar a medida, cuidando para não comprimir a pele.
COMPOSIÇÃO CORPORAL: fracionamento quantitativo do peso corporal em seus diversos componentes. Didaticamente, pode ser dividido em modelos de dois e quatro componentes. 
Os protocolos de avaliação da composição corporal referem-se a medidas do tamanho corporal e de suas proporções e são um dos indicadores diretos do perfil nutricional do indivíduo. As medidas antropométricas mais utilizadas são:
a) massa corporal total;
b) estatura;
c) índice de massa corporal (IMC);
d) envergadura;
e) perímetros;
f ) dobras cutâneas.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
DIRETOS: dissecação de tecidos
INDIRETOS: desintometria, tomografia, ultrassom, DEXA,etc.
DUPLAMENTE INDIRETOS: antropometria e bioimpedância
CRITÉRIOS PARA GORDURA CORPORAL EXCESSIVA
As tabelas de altura-peso e o IMC sao limitados para avaliar a composicao corporal. Tres abordagens mais apropriadas medem o conteudo em gordura de uma pessoa:
1) Percentual de massa corporal representado por gordura (% de gordura corporal):
- Padrões do percentual de gordura (%G) corporal para homens e mulheres (LOHMAN, 1992).
 Homens 			Mulheres
Alto Risco * 			 ≤ 5 % 			 ≤ 8 %
Abaixo da media			6-14% 			 9-22 %
Media 				 15 % 			 23 %
Acima da media 			 16-24 % 			 24-31%
Alto Risco ** 				 ≥ 25 % 			 ≥ 32 %
* Alto risco para doenças e desordens associadas à desnutrição
** Alto risco para doenças associadas com a obesidade
2) Distribuicao (configuracao) da gordura em diferentes regiões anatomicas:
 
 
Configuracao da gordura masculina (padrao androide ou maca)
e feminina (padrão ginoide ou pera).
Mais especificamente, as relacoes da circunferencia para cintura-quadril RCQ) que ultrapassam 0,80 para mulheres e 0,95 para homens estao relacionadas ao maior risco de morte, ate mesmo após fazer os ajustes para o IMC.
	ICQ = perímetro da cintura em cm / perímetro do quadril em cm
	SEXO
	IDADE
	Risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares
	
	
	Baixo
	Moderado
	Alto
	Muito Alto
	HOMENS
	20-29
	<0,83 
	0,83-0,88 
	0,89-0,94 
	>0,94
	
	30-39
	<0,84 
	0,84-0,91 
	0,92-0,96 
	>0,96
	
	40-49
	<0,88 
	0,88-0,95 
	0,96-1,00 
	>1,00
	
	50-59
	<0,90 
	0,90-0,96 
	0,97-1,02 
	>1,02
	
	60-69
	<0,91 
	0,91-0,98 
	0,99-1,03 
	>1,03
	
	MULHERES
	20-29
	<0,71 
	0,71-0,77 
	0,78-0,82 
	>0,82
	
	30-39
	<0,72 
	0,72-0,78 
	0,79-0,84 
	>0,84
	
	40-49
	<0,73 
	0,73-0,79 
	0,80-0,87 
	>0,87
	
	50-59
	<0,74 
	0,74-0,81 
	0,82-0,88 
	>0,88
	
	60-69
	<0,76 
	0,76-0,83 
	0,84-0,90 
	>0,90
O índice de massa corporal (IMC) representa a relação entre a massa corporal (em quilogramas – kg) e a altura (em metros – m) elevada ao quadrado, conforme fórmula a seguir:
IMC = massa / (altura)2
Valores para o Índice de Massa Corporal de adultos
 				Peso					 IMC
Peso insuficiente		 		 <18,5
Normal					 18,5 a 24,9
Peso excessivo			 25,0 a 29,9
Obeso I				 30,0 a 34,9
Obeso II			 35,0 a 39,9
 Extremamente obeso		 >39,90 
3) Tamanho e numero de celulas adiposas individuais.
DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL - DOBRAS CUTÂNEAS
A espessura das dobras cutaneas permite avaliar o grau de desenvolvimento do tecido celular subcutaneo, ou seja, a adiposidade. Medição indireta da espessura do tecido subcutâneo.
A sua utilização se baseia em alguns pressupostos:
 A Dobra cutânea é uma boa medida da gordura subcutânea
 Distribuição de gordura subcutânea e interna é igual para todos.
A soma de dobras pode ser utilizada para estimar a gordura total.
A avaliação das dobras cutâneas é uma metodologia utilizada para medir, basicamente, a espessura da pele e do tecido adiposo subcutâneo em locais específicos do corpo do avaliado.
Material:
Compasso de dobras cutâneas
Procedimentos:
A aferição das dobras é um método relativamente simples, de baixo custo e não invasivo, para se estimar a gordura corporal total, mas exige que o avaliador seja bem treinado. Esse tipo de avaliação não é indicado para indivíduos obesos, devido à dificuldade de mensuração das dobras cutâneas. Para essas condições (obesidade excessiva ou mórbida), aconselha-se a utilização do índice de massa corporal (IMC) ou dos protocolos que estimam o percentual (%) de gordura corporal por meio dos perímetros ou da utilização de testes de bioimpedância elétrica7 (ACKLAND et al., 2012).
A técnica de medição de dobras cutâneas segue os seguintes passos:
a) em primeiro lugar, o avaliador deve conhecer os pontos anatômicos a serem avaliados, especificados a seguir;
b) levantar a pele e a camada de gordura do tecido subjacente;
c) tomar o tecido com o polegar e o indicador;
d) aplicar o compasso (também conhecido como adipômetro ou plicômetro) cerca de 1cm distal ao polegar e indicador;
e) realizar a leitura da dobra cutânea no compasso de dobras;
f ) observar que todos os pontos devem ser aferidos no hemisfério direito do avaliado.
Da mesma maneira que ocorre na perimetria, na medida de dobras cutâneas, as medições, sempre que possível, devem ser realizadas em triplicata em cada local, a fim de se obter a média dos três valores mensurados. Outra orientação importante é a de sempre realizar as medidas quando o aluno estiver com a pele seca e livre de loções ou óleos. Além disso, não se deve realizar essas medidas após os exercícios físicos (ACKLAND et al., 2012).
Com os valores da avaliação das dobras cutâneas, pode-se quantificar o percentual de gordura corporal por meio de equações preditivas. Um cuidado que se deve tomar é escolher conscientemente essas equações, porque sua utilização e seus resultados podem variar conforme o gênero, a idade, a etnia e o nível de atividade física.
Os protocolos calculam o percentual de gordura corporal diretamente pela equação, sendo que outros calculam a densidade corporal. Para as equações que calculam a densidade corporal, deve-se aplicar outra fórmula bastante simples e comum na área da antropometria, a fórmula matemática de Siri (1961):
Fórmulas para Predição da Composição Corporal
Faulkner(1968):
%G = 5,783 + 0,153(Σ4)
(Σ4) = somatório das dobras triciptal, subescapular, supra-ilíaca e abdominal.
Yuhasz (1962): Adultos jovens 18-30 anos
HOMENS
%G = 3,64 + 0,097(Σ6)
MULHERES
%G = 4,56 + 0,143(Σ6)(Σ6) = somatório das dobras triciptal, peitoral, subescapular, supra-ilíaca, abdominal, coxa.
Jackson e Pollock (1980): Atletas masculinos e femininos(18-29 anos)
HOMENS
DC=1,112 - 0,00043499(Σ7) + 0,00000055(Σ7) 2 - 0,00028826(idade)
MULHERES
DC=1,096095 - 0,0006952(Σ4) + 0,0000011(Σ4) 2 - 0,0000714(idade)
(Σ7) = somatório das dobras triciptal, subescapular, peitoral, axilar, supra-ilíaca, abdominal e coxa.
(Σ4) = somatório das dobras triciptal, supra-ilíaca, abdominal e coxa.
Jackson e Pollock (1980): Adultos, masculino e feminino
MULHERES: 18-55 anos
DC=1,0994921 - 0,0009929(Σ3) + 0,0000023(Σ3) 2 - 0,0001392(idade)
(Σ3)= somatório das dobras triciptal, supra-ilíaca, coxa
HOMENS: 18-61 anos
DC=1,109380 - 0,0008267(Σ3) + 0,0000016(Σ3) 2 - 0,0002574(idade)
(Σ3)= somatório das dobras peitoral, abdominal, coxa.
Jackson e Pollock (1980): Negros masculino e feminino
HOMENS: 18-61 anos
DC=1,1120 - 0,00043499(Σ7) + 0,00000055(Σ7) 2 - 0,00028826(idade)
MULHERES: 18-55 anos
DC=1,0970 - 0,00046971(Σ7) + 0,00000056(Σ7) 2 - 0,00012828(idade)
Fórmula para conversão de Densidade Corporal em Percentual de Gordura:
%G = [(4,95 / Dc) - 4,5] x 100
Medidas Circunferenciais ou Perimetrais: As medidas antropométricas de circunferência correspondem aos chamados perímetros. Podem ser definidos como perímetro máximo de um segmento corporal quando medido em ângulo reto em elação ao seu maior eixo. Conforme as diferentes escolas, que utilizam estes tipos de medida, variam os pontos em que elas são tomadas. Os perímetros aparecem no trabalho de quase todos que usaram a referência antropométrica para aferir quer o tipo físico, quer sua correlação com a performance. 
⇒ Perímetro do Tórax: É a medida da circunferência torácica, ao nível do ponto mesoesternal, tomada no final da fase expiratória.
⇒ Perímetro da Cintura: É a medida da região abdominal em seu menor perímetro. Deve ser paralelamente ao solo, estando o indivíduo em pé. O avaliador se posiciona de frente para o avaliado.
⇒ Perímetro do Abdome: É a medida de região abdominal à altura do umbigo. Deve ser paralelamente ao solo, estando o indivíduo em pé. O avaliador se posiciona de frente para o avaliado.
⇒ Perímetro de Quadril: É a medida da circunferência ao nível dos pontos trocantéricos direito e esquerdo, abordando a parte mais proeminente da região glútea. Deve ser feita paralelamente ao solo, estando o indivíduo em pé e o avaliador lateralmente.
⇒ Perímetro do Braço: Pode ser estudado com o braço descontraído e na posição anatômica, ou fletido e em contração isométrica máxima. No primeiro caso, considera-se como referência o ponto umeral médio. No segundo caso, o avaliado deve estar em pé, com cotovelo formando ângulo de 90º. Com a mão esquerda, segurando internamente o punho direito, de modo a opôr resistência a este. Ao sinal das palavras de comando Atenção! Força! - O avaliado realiza uma contração da musculatura flexora do braço. Devemos procurar medir a maior circunferência estando a fita métrica em um ângulo reto em relação ao eixo do braço. O avaliador posiciona-se postero-lateralmente ao avaliado.
⇒ Perímetro do Antebraço: É a circunferência máxima medida no lado direito, devendo o cotovelo ser posicionado em extensão. Utilizada na rotina do cálculo da massa muscular e % de gordura.
⇒ Perímetro do Punho: Considera-se a circunferência tomada distalmente aos processos estilóides do rádio e do cúbito. Utilizada na rotina do cálculo do Peso Ideal e estrutura óssea.
⇒ Perímetro da Coxa: É um dos mais difíceis perímetros para se ter uma precisão de medida, pois uma oscilação milimétrica, na colocação do ponto de reparo, fará variar significativamente o resultado. Diversos pontos tem servido de referência para esta medida, citaremos os mais fáceis e utilizados: 5, 10, e 15 cm acima da borda superior da patela ou o ponto mesofemural (ponto de reparo para medida de dobra cutânea) e parte superior da coxa, logo abaixo das nádegas. Utilizada na rotina do cálculo da massa muscular e composição corporal.
⇒ Perímetro do Joelho: Considera-se a circunferência tomada distalmente aos processos condilares lateral e medial do fêmur. Utilizado na rotina do cálculo do Índice Ósseo.
⇒ Perímetro da Perna: É a medida da maior circunferência da perna direita. Para facilitar a colocação da fita métrica, o indivíduo posiciona-se de pé, afastando levemente as pernas, distribuindo seu peso igualmente nos dois pés. Colocar a fita métrica a altura da panturrilha na sua maior circunferência, de modo que a fita fique perpendicular ao eixo longitudinal da perna. O avaliador deve postar-se à frente do avaliado.
 
Circunferências - Antebraço, braço e cintura Circunferências - Coxa e perna
AVALIAÇÃO CINEANTROPOMETRICA FUNCIONAL
 VARIÁVEIS NEUROMOTORAS
MEDIDAS DA POTÊNCIA ANAERÓBICA
A potência anaeróbia está relacionada ao sistema energético de maior potência e menor capacidade do sistema musculoesquelético, uma vez que ele predomina na produção de energia em atividades que duram em torno de 10 segundos, executadas em alta intensidade.
Fazem parte do metabolismo anaeróbio alático e são aquelas de maior potência do sistema musculoesquelético, tendo em vista as seguintes características:
a) produz uma única molécula energética por reação (ATP);
b) reações presentes dentro do próprio sistema musculoesquelético;
c) não necessita de oxigênio (O2) para poder produzir energia (ATP).
Com até 10 segundos, a energia provém principalmente dos estoques de ATP-CP, sendo este mecanismo metabólico denominado de anaeróbico alático. Portanto, são exemplos de eventos "anaeróbicos aláticos" as provas de salto em altura, extensão, triplo e com vara, o arremesso de peso, os lançamentos de disco, dardo e do martelo, modalidades de saltos ornamentais, halterofilismo.
Com duração em torno de 40 segundos, a energia provém principalmente do metabolismo do glicogênio estocado, sem participação significante do oxigênio, sendo um mecanismo denominado de "anaeróbico lático". Assim, são exemplos de eventos "anaeróbicos láticos" a prova de 400 m, com e sem barreiras, as provas de 100 m nos diferentes estilos da natação, bem como os períodos de 30 a 60 segundos iniciais de exercícios de qualquer duração.
Para investigar a potência anaeróbia, diversos testes têm sido relacionados na literatura especializada. Apresentam-se, a seguir, algumas possibilidades de avaliação, considerando testes que investigam tanto os membros superiores quanto os membros inferiores.
Saltos
Os saltos são utilizados classicamente como forma de investigação da potência anaeróbia ou força explosiva dos membros inferiores. Pede-se, ao executar protocolos de saltos, que as tentativas sejam repetidas três vezes, com uma pausa de 2 a 3 minutos entre cada tentativa. Caso o trabalho envolva um grupo grande de indivíduos a serem avaliados, pode-se utilizar o sistema de rodízio, de forma a respeitar a pausa sugerida acima.
Salto vertical ou sargent jump test
O salto vertical (WEINECK, 2000) pode ser realizado de maneiras diferentes, a saber:
a) salto squat jump (SJ);
b) salto contramovimento (SCM);
c) salto contramovimento com auxílio dos braços (SCMB).
A posição inicial deve estabelecer os pés unidos a 30cm da tábua de marcação; essa tábua tem 1,50m de comprimento e 30cm de largura. O avaliado “suja” a ponta dos seus dedos com giz ou com pasta de dentes. Procura-se alcançar o ponto mais alto (envergadura) sem o salto (em centímetros). Logo após essa primeira marcação na tábua, o salto é executado. O avaliado fará uma semiflexão do quadril e dos joelhos – imaginando que existe uma cadeira atrás de si para se sentar –, mantendo essa posição por 3 segundos de maneira estática, sem executar o contramovimento e/ou com o auxílio dos braços na impulsão. O avaliado executa o salto somente com a dinâmica positiva (para cima), devendo deslocar o braço para marcar a tábua somente quando estiver na fase aérea do movimento.Assim, mede-se a diferença entre a altura alcançada, a envergadura e o salto propriamente dito (em centímetros).
 	 
 
 Tabela de classificaçãopara o deslocamento vertical
 Desempenho		 Homens 	 Mulheres
 %			 cm 		 cm
 90 			 64 		 36
 80 			 61 		 33
 70			 58 		 30
 60			 48 		 25
 50 41 		 20
 40 33 		 15
 30 23 		 10
 20 20 		 05
 10 05 2.5
Fonte: Modified from H.J. Montaye, Living Fit, p. 53, 1988,
Benjamin/Cummings Publishing, Menlo Park, CA.
A fim de tornar o deslocamento vertical obtido em unidades de potencia dos membros inferiores, Lewis propos uma Equacao onde D e o deslocamento vertical (m), M a massa corporal (kg) e P e a potencia (kg. m/s).
P= √4,9 x M x √ D
Salto horizontal
O avaliado executará o salto no plano horizontal, sendo que uma fita métrica deve ser disposta no solo para facilitar a marcação da distância atingida. A referência é a colocação dos pés – na verdade, a ponta dos pés – imediatamente antes do início da marcação da fita presa no solo, com as pernas afastadas na mesma proporção dos quadris, joelhos semiflexionados e tronco ligeiramente projetado para a frente; a distância de salto é medida tomando como referência o calcanhar do indivíduo quando este toca o solo após a execução do salto. Para isso, deve-se considerar o calcanhar que estiver mais próximo do ponto de origem do salto, ou seja, o pé que estiver posicionado mais para trás após a execução do salto.
 
A capacidade anaeróbia está relacionada ao sistema energético intermediário, tanto em termos de potência quanto da capacidade do sistema musculoesquelético na produção de energia (ATP), uma vez que predomina em atividades que duram mais do que 10 segundos, executadas também em altas intensidades. As reações que integram a capacidade anaeróbia, denominadas metabolismo anaeróbio lático, constituem a via metabólica chamada glicolítica lática, As diferenças dessa via anaeróbia lática para as vias aláticas são as seguintes:
a) tem como produto final o lactato;
b) produz energia de maneira relativamente rápida, pois depende de 11 reações para que o ATP seja produzido;
c) produz três moléculas de ATP por molécula de glicogênio.
Teste de Corrida de 40 segundos - Este teste tem como objetivo medir a potencia anaerobia total (alatica e latica). Em uma pista de atletismo demarcada a cada 10 m, a partir dos 150 aos 350 m da pista, dois avaliadores (A) e (B) devem ser posicionados conforme a Figura , ficando A na posicao de largada e B em um local intermediario entre os setores de 200 e 300 m da pista. O avaliador A da o inicio do teste comandando “Atencao” e “Ja”, o avaliado inicia a corrida, em velocidade maxima,procurando percorrer a maior distancia possivel durante 40s. O resultado sera a distancia percorrida pelo testando, com precisao de 1 metro, levando-se em conta o ultimo pe que esteve em contato com o solo no momento do termino do teste. O Avaliador A devera se deslocar ao encontro de B e contar (em voz alta) os 5 segundos finais para que o avaliador B possa acompanhar o deslocamento do avaliado e marcar o ponto do ultimo toque do pe no solo. Por se tratar de um teste muito cansativo, e aconselhavel a estimulacao dos avaliados.
 
FORÇA
TESTE DINÂMICO DE BARRA
A - Objetivo: Medir indiretamente a força muscular de membros superiores através do
desempenho em se elevar acima do nível de uma barra horizontal.
B - Material: 1 barra de ferro ou madeira de 1 ½ polegada ou 3,80 cm.. material para anotação.
C - Procedimento: A barra deve ser instalada a uma altura suficiente que o avaliado, mantendo-se pendurado com os cotovelos em extensão, não tenha contato dos pés com o solo. A posição da pegada é pronada e corresponde a distância biacromial. Após assumir esta posição o avaliado tentará elevar seu corpo até que o queixo passe acima do nível da barra e então retornará o corpo é posição inicial. O movimento é repetido tantas vezes quanto possível, sem limite de tempo. Será contado o número de movimentos completados corretamente.
Precauções:
1) Observar se os cotovelos estão em extensão total para o início do movimento de flexão.
2) Não permitir repouso entre um movimento e outro. A execução deve ser dinâmica.
3) Permitir somente uma tentativa, a não ser que o avaliado seja prejudicado por algum motivo.
4) Verificar se o queixo ultrapassa o nível da barra antes de iniciar o movimento de extensão dos cotovelos.
5) Não permitir qualquer movimento de quadril, ou pernas como auxílio e muito menos tentativas de extensão da coluna cervical.
TESTE ABDOMINAL
A - Objetivo: Medir indiretamente a força da musculatura abdominal através do desempenho em flexionar e estender o quadril.
B - Material: 1 colaborador, 1 cronômetro com precisão de segundo. Material para anotação.
C - Procedimento: O avaliado coloca-se em decúbito dorsal com o quadril e joelhos flexionados, plantas dos pés no solo. Os antebraços são cruzados sobre a face anterior do tórax, com a palma das mãos voltadas para o mesmo, sobre o corpo da mama e com o terceiro dedo da mão em direção ao acrômio. Os braços devem permanecer em contato com o tórax durante toda a execução dos movimentos. Os pés são seguros por um colaborador para mantê-los em contato com a área de teste (solo). Permite-se uma distância tal entre os pés em que os mesmos se alinhem dentro da distância do diâmetro bitrocanteriano. O avaliador por contração da musculatura abdominal curva-se à posição sentada, pelo menos até o nível em que ocorra o contato da face anterior dos antebraços com as coxas e o avaliado retornando a posição inicial (deitado em decúbito dorsal) até que toque o solo pelo menos a metade inferior das escápulas. O teste é iniciado com as palavras "Atenção!!! Já!!! e é terminado com a palavra "Pare!!!". O número de movimentos executados corretamente em 60 segundos será o resultado. O cronômetro é acionado no "Já!!!" e é travado no "Pare!!!" O repouso entre os movimentos é permitido e o avaliado deverá saber disso antes do início do teste, entretanto, o objetivo do teste é tentar realizar o maior número de execuções possíveis em 60 segundos.
 
Padrões de Teste “Abdominal” em 1 minuto para homens
CONCEITO
Idade		Excelente 	Bom 		Regular 	Fraco 		Deficiente
20-29 		≥45 		40-44 		35-39 		30-34 		 0-29
30-39 		≥37		32-36 		27-31 		22-26 		 0-21
40-49		≥32 		26-31 		21-25 		17-20 		 0-16
50-59		≥29 		23-28 		17-22 		12-16 		 0-11
60-69 		≥25 		19-24 		13-18 		9-12 		 0-8
Padrões de Teste “Abdominal” em 1 minuto para mulheres
CONCEITO
Idade		 Excelente 	Bom 		Regular 	Fraco 		Deficiente
20-29		 ≥40 		35-39 		30-34 		26-29 		0-25
30-39 		≥35 		30-34 		25-29 		21-24 		0-20
40-49 		≥30 		25-29 		20-24 		16-19 		0-15
50-59 		≥25 		20-24 		15-19 		11-14 		0-10
60-69 		≥20 		15-19		10-14 		6-9 		0-5
TESTE DE 50 METROS 
A - Material: Para realizarmos o teste de velocidade de 50 metros necessitamos do seguinte material:
a) Cronômetro preciso;
b) Folha de anotação;
c) Local plano sem obstáculo e que possua, além dos 50 metros, um espaço suficiente para saída e outro para chegada (15 a 20 metros).
B - Procedimentos: Para realizarmos esta medida devemos explicar ao avaliado que este é um teste máximo, ou seja, deve sair na máxima velocidade e passar a faixa de chegadatambém na máxima velocidade. Em seguida mostraremos a faixa de saída, dizendo que a posição de saída é em afastamento ântero-posterior das pernas e com o pé da frente o mais próximo possível da faixa (ver figura 1).
Explicaremos então que a voz de comando será pelas palavras: "Atenção!!!" "Já!!. devendo o avaliado se preparar ao escutar a palavra "ATENÇÃO" e sair correndo quando escutar "JÁ". Então de posse do cronometro o avaliador se colocará na linha de chegada e comandará o teste com as palavras: ATENÇÁO!... JÁ!!. acionando o cronometro no momento que estiver pronunciando "JÁ" e parando no momento que o avaliado cruzar a faixa de chegada. Caso ocorra qualquer problema no teste e tenha que ser repetido, aconselhamos um intervalo mínimo de 5 minutos. Na folha de protocolo, além dos dados de identificação, devemos anotar a data, horário, marca e tipo do cronômetro, condições do solo, do tempo e o nome do avaliador. Quando possível seria interessante anotarmos as medidas de temperatura, umidade relativa e Pressão atmosférica. O avaliado ao realizar o teste deverá estar trajando tênis, calção e camiseta. Sempre que formos executar reavaliações, devemos procurar manter as mesmas condições do primeiro teste, como solo, horário, cronometro, etc.. para não chegarmos a um resultado que não corresponda a realidade. Permitiremos apenas uma tentativa e o resultado do teste será o tempo de percurso dos 50 metros com precisão de décimo de segundo e quando possível centésimo de segundo. Como vemos, o teste de corrida de 50 metros é simples, mas devemos tomar alguns cuidados para que realmente obtenhamos um resultado do qual não iremos duvidar posteriormente.
C - Precauções:
1) Explicar com calma o teste quando se tratar de crianças ou pessoas que não estiverem acostumadas a correr. Reforçar a idéia de que o teste deve ser realizado na máxima velocidade, devendo o avaliado passar pela faixa de chegada na maior velocidade possível;
2) O cronômetro deve ser acionado no momento em que se estiver pronunciando a palavra "JÁ" e não quando a criança iniciar o movimento;
3) Desaconselhamos sinais de comando com o braço ou bandeira, pois não permitem uma boa precisão de início do teste;
4) Observar para que nada atrapalhe o avaliado a correr como pessoas passando no percurso do teste, aglomerados perto dele na saída ou chegada, local escorregadio, etc.;
5) Quanto ao aquecimento, consideramos sem necessidade, principalmente tratando-se de crianças. No entanto quando se tratar de atletas e como estes estão acostumados a se aquecerem, o mesmo poderá ser realizado normalmente. Nesse caso devemos dar um pequeno intervalo de 2 minutos entre o final do aquecimento e o início do teste permitindo assim a reposição dos estoques da ATP-CP.
 
TESTE "SHUTTLE RUN"
No teste de shuttle-run (Figura a seguir), o aluno coloca-se o mais próximo possível da linha de partida. Após o sinal de saída, inicia-se o teste; com o acionamento simultâneo do cronômetro ou da célula fotoelétrica, ele se desloca correndo à máxima
velocidade até 2 blocos dispostos equidistantes a 9,14 metros da linha de saída. Ao chegar, o avaliado deve pegar um dos blocos e retornar ao ponto de partida, depositando esse bloco atrás da linha demarcatória; o bloco não deve ser jogado, mas
sim colocado no solo. Em seguida, sem interromper a corrida, ele parte novamente, em busca do segundo bloco, procedendo da mesma forma. Ao pegar ou deixar o bloco, o avaliado terá de transpor pelo menos com um dos pés as linhas que limitam o espaço de teste. O cronômetro é parado quando o avaliado coloca o último bloco no solo e transpõe com pelo menos um dos pés a linha final.
- Demonstrativo da disposição e da execução do protocolo shuttle-run para a avaliação da agilidade
 
TESTE DO QUADRADO
A - Objetivo: Avaliação da agilidade.
B - Material: Um cronômetro, um quadrado desenhado em solo antiderrapante com 4m de lado, 4 cones de 50 cm de altura ou 4 garrafas de refrigerante de 2 litros do tipo PET.
C - Procedimento: O aluno parte da posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente atrás da linha de partida. Ao sinal do avaliador, deverá deslocar-se até o próximo cone em direção diagonal.
Na seqüência, corre em direção ao cone à sua esquerda e depois se desloca para o cone em diagonal (atravessa o quadrado em diagonal). Finalmente, corre em direção ao último cone, que corresponde ao ponto de partida. O aluno deverá tocar com uma das mãos em cada um dos cones que demarcam o percurso. O cronômetro deverá ser acionado pelo avaliador no momento em que o avaliado realizar o primeiro passo, tocando com o pé o interior do quadrado. Serão realizadas duas tentativas, sendo registrado o melhor tempo de execução.
A medida será registrada em segundos e centésimos de segundo (duas casas após a vírgula).
Figura . Esquema do teste do quadrado
 
MEDIDAS DE FLEXIBILIDADE
Conceito - Flexibilidade é definida como a capacidade física “expressa pela maior amplitude possível do movimento voluntário de uma articulação, ou combinações de articulações num determinado sentido”. O grau de flexibilidade é determinado pela amplitude articular e pela elasticidade ou extensibilidade muscular (DANTAS, 1985).
Teste de sentar-e-alcançar (banco de Wells)
Esse teste consiste na execução de 3 repetições – separadas por 10 segundos de descanso entre elas – de movimento de flexão do tronco, com o avaliado sentado no chão, com os joelhos completamente estendidos, os braços (o esquerdo sobre o direito) também estendidos, buscando alcançar a maior distância possível na régua que demarca a medida, sem executar movimento de contrabalanço com o tronco (também conhecido como “tomada de impulso”); o avaliado também deve manter o queixo próximo ao peito (Figura , a seguir).
O melhor valor, dentro das 3 tentativas, é considerado válido. É importante observar que o avaliado deve estar “frio” para a execução desse teste, ou seja, não deve ter executado nenhum tipo de atividade física prévia, nem aquecimento nem alongamento muscular.
Figura : execução do teste de sentar-e-alcançar
 
Tabela. Valores de referencia para o teste sentar e alcancar (Banco de
Wells).
Alcance Máximo obtido para homens (cm)
Idade 	 	15-19 	20-29 	30-39 	40-49 	50-59 	60-69
Fraco	 	 ≤ 23 ≤24 	 ≤22 	 ≤17 	 ≤15 	 ≤14
Regular 	24-28 25-29 23-27 18-23 16-23 15-19
Medio 		29-33 	30-33 	 28-32 24-28 24-27 20-24
bom 		34-38 34-39 33-37 29-34 28-34 25-32
Excelente 	 ≥39 	 ≥40 	 ≥38 ≥35 ≥35 ≥33
Alcance Máximo obtido para Mulheres (cm)
Idade		 15-19 	 20-29 	30-39 	40-49	 50-59 	 60-69
Fraco 		 ≤ 28 	 ≤27 ≤26 ≤24 ≤24 ≤23
Regular 	 29-33 28-32 27-31 25-29 25-29 24-26
Medio 		 34-37 33-36 32-35 30-33 30-32 27-30
bom 		 38-42 37-40 36-40 34-37 33-38 31-34
Excelente 	 ≥43 ≥41 ≥41 ≥38 ≥39 ≥35
Fonte: Pollock, M.L. e Wilmore, J.H. 1993
CAPACIDADE CARDIORRESPIRATÓRIA/POTÊNCIA AERÓBIA
Um dos parâmetros mais importantes para as modalidades de longa duração, ou modalidades de resistência (endurance), é a potência aeróbia. A potência aeróbia também é denominada pela capacidade máxima do organismo consumir oxigênio. O VO2max é um parâmetro individual, resultado da herança genética e do treinamento, que sofre influência do sistema cardiovascular e de fatores periféricos, como a densidade capilar, a proporção dos tipos de fibras musculares, a massa da hemoglobina e a atividade das enzimas oxidativas (LARSEN, 2003).
A medida que permite expressar quantitativamente a capacidade individual ou a taxa de consumo de oxigenio durante o exercicio e denominado de VO2max ou potencia aeróbia maxima. Ela reflete: 
1) a capacidade do coracao, pulmoes e sangue de transportar oxigenio para os musculos em exercício;
 2) a utilizacao de oxigenio pelos musculos duranteo exercício.
(HEYWARD, 2004).
COMO UTILIZAR ESSA UNIDADE METABÓLICA, O VO2máx.?
Como vimos, o VO2max pode ser utilizado de forma absoluta e relativa. As fórmulas utilizadas nos protocolos dos testes apresentam ambos resultados, e podemos transforma-los. 
Exemplo 1:
Peso = 80 kg 		VO2max = 35 ml (kg.min)–1
Qual o valor relativo?
VO2máx l.min –1 = Peso kg x VO2max ml (kg.min)-1
 1000
VO2máx = 80 x 35 = 2800 = 2,8 l.min-1
 1000 1000
Exemplo 2:
Peso = 55 kg 		VO2máx = 3,5 l.min-1
Qual o VO2 áx em ml(kg.min)-1
VO2máx = 1000 x VO2máx l.min -1
Peso
VO2máx = 1000 x 3,5 = 3500 = 63,6 ml (kg.min)-1
 55 55
PROTOCOLOS DE CAMPO
Uma das características mais positivas desses testes é que são muito fáceis de administrar. Por outro lado, tais testes baseados no desempenho têm algumas limitações substanciais. Por exemplo, o nível individual de motivação e capacidade de
ritmo pode ter um impacto profundo nos resultados. Nos últimos anos, o teste de Aptidão para Andar Uma Milha tem-se difundido como um meio eficaz de estimar a capacidade cardiorespiratória. A tarefa primáriaenvolvida nesse procedimento de avaliação é fazer com que o indivíduo ande uma milha (1.600m) tão rápido quanto possível, de preferência em uma trilha ou superfície nivelada. Imediatamente depois de completada a caminhada, a FC é medida usando-se a técnica palpatória. O consumo de O2 é estimado por uma equação de regressão baseada em peso, idade, sexo, tempo de caminhada e FC pós-exercício.
Veremos a seguir alguns protocolos de teste de campo.
Teste de Caminhada de 1600 do Canadian Aerobic Fitness Test
População alvo: mesma citada no teste anterior. Ideal para quem não faz atividade física há algum tempo.
Metodologia: antes da aplicação do teste deve-se coletar os dados de peso e idade.
Aplicação: o teste inclui em uma caminhada de 1600 metros com tempo cronometrado. Depois de encerrado o teste, deve-se, o mais rápido possível, fazer a contagem de freqüência cardíaca (FC) durante 15 segundos; o resultado é 19 multiplicado por 4, e se obtém a FC do minuto. Com todos os dados apurados, aplica-se a fórmula (Pollock & Wilmore, 1993):
VO2máx = 6,952 + (0,0091 x P) – (0,0257 x I) + (0,5955 x S) – (0,2240 xTI) – (0,0115 x FC)
Onde:
P = libra (peso em libras = peso em kg x 2,205) 	 I = idade (ano mais próximo)
S = (1) masculino ou (0) feminino 			 TI = tempo gasto na caminhada
FC = freqüência cardíaca da última volta
Teste de Corrida de 2,400 metros (Cooper)
População alvo: de 13 a 60 anos, para homens e mulheres. O ideal que o testado esteja familiarizado com a prática de atividade física regular. Para atletas também é conveniente.
Metodologia: o teste consiste em cronometrar o tempo gasto pelo avaliador para percorrer a distância de 2,400 metros.
VO2máx ml(kg.min)-1 = (D x 60 x 0,2) + 3,5 ml (kg.min)-1
Duração em segundos
Onde:
D = distância em metros.
Exemplo:
Um indivíduo correu 2,400 metros em 11 minutos.
VO2máx = (2,400 x 60 x 0,2) + 3,5 = 43,6 ml (kg.min)-1
 660
OBSERVAÇÃO:
Para transformar minutos em segundos, basta aplicar uma regra de três.
1 minuto........................ 60 segundos
11 minutos..................... x
Teste de Andar e correr 12 minutos (Cooper)
População alvo: pessoas de baixo condicionamento e atletas, idade entre 10 e 70 anos, ambos os sexos.
Metodologia: o avaliado deve correr ou caminhar sem interrupção o tempo de 12 minutos, será computado a distância percorrida nesse tempo. O ideal é aplicar esse teste em pista já demarcada.
Fórmula para Cooper
VO2máx. = (D - 504) / 45
D = distância percorrida
Exemplo:
Distância percorrida = 3,000 metros
VO2máx ml(kg.min)-1 = 3000 – 504 = 55,47
45
Yo-yo endurance test
Desenvolvido pelo pesquisador Jens Bangsbo em 1994, o teste de vai e vem (yo-yo endurance test) é utilizado principalmente no futebol e em modalidades acíclicas, para
avaliar o VO2max de maneira específica (BANGSBO, 1994).
Esse teste consiste em corridas de ida e volta (shuttle-runs) entre marcadores (cones)
paralelos, separados uns dos outros por uma distância de 20 metros (Figura 23, a seguir).
A velocidade de corrida entre os cones é controlada por meio de um sinal sonoro do avaliador. O avaliado deverá correr do cone inicial até o outro, chegando nele no momento exato do sinal sonoro; ao voltar em direção ao primeiro cone, o mesmo procedimento deverá ser realizado novamente. A velocidade inicial é de 11,5km/h, com aumento de 0,5 km/h em cada estágio, sendo que cada um desses estágios dura, aproximadamente, 1 minuto. Esses aumentos na velocidade são fornecidos em um CDRom com o programa do yo-yo test (BANGSBO, 1996). Quando o avaliado falhar duas vezes seguidas em chegar aos cones no respectivo sinal, ou quando se sentir incapaz de completar a corrida na velocidade estabelecida, o teste é finalizado, e o último estágio (distância) alcançado por ele é considerado como a pontuação do teste.
Figura :Exemplo de disposição dos cones para a execução do protocolo do yo-yo test
 
Para realização do teste de vai e vem (yo-yo test), organizou-se 7 raias, demarcadas por cones, separados por 2 metros uns dos outros, permitindo avaliar 7 atletas por vez. Pediu-se aos participantes que realizassem o maior número possível de corridas. O valor de pontuação alcançado por cada atleta foi utilizado para estimar o VO2max (BANGSBO, 1996).
Um ponto positivo desse protocolo é o fato de ele permitir que se avalie mais de um indivíduo ao mesmo tempo. No entanto, em termos práticos, aconselha-se a avaliação de no máximo 5 indivíduos, para haver melhor controle Terminado o teste, deve-se observar o valor do VO2max referente ao último estágio completado pelo indivíduo. 
Protocolo em cicloergômetro de Astrand-Ryhming
Entre as técnicas de testes submáximos é que tem apresentado maior aceitação. É um teste de fase única que dura 6 minutos. A taxa de trabalho sugerida é selecionada de acordo com o sexo e estado individual de atividade do testado:
Cargas Iniciais Possíveis:
- Homens não condicionados 300 ou 600 kgm/minuto (50 - 100 watts)
- Homens condicionados 600 ou 900 kgm/min (100 - 150 watts)
- Mulheres condicionadas 450 ou 600 kgm/min (75 - 100 watts)
- Mulheres não condicionadas 300 ou 450 kgm/min (50 - 75 watts)
􀂾 A freqüência de pedalada é ajustada em 50 rpm.
􀂾 A freqüência cardíaca é medida no quinto e sexto minuto de trabalho. A média das duas freqüências cardíacas é então usada para estimar o consumo máximo de O2 a partir de um Nomograma.
􀂾 O valor encontrado deve então ser corrigido para diferentes idades , principalmente após os 35 anos, usando fatores de correção, conforme tabela.
Idade				 Fator de Correção
35-38 					0,87
39 					0,86
40-42					0,83
43 					0,82
44 					0,81
45-48 					0,78
49 					0,77
50-51 					0,75
52 					0,74
53 					0,73
54 					0,72
55 					0,71
56 					0,70
57-58 					0,69
59-60 					0,68
61 					0,66
62-65 					0,65
Para populações que não encontram-se relacionadas na tabela o fator de correção pode ser calculado da seguinte forma:
Fator de correção (F) = - 0,009 x idade + 1,212
Fórmulas para cálculo de Freqüência cardíaca máxima (FCM)
Autores 					Fórmula
Karvonen (1957) 			FCM = 220 – idade
Jones (1975) 				FCM = 210 – (0,65 x idade)
Sheffield (1965) Destreinado 	FCM = 205 – (0,41 x idade)
 Treinado 		FCM = 198 – (0,41 x idade)
Seals e Tanaka (2001) 		FCM = 208 – (0,7 x idade)
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